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& 102 Outubro Revista da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul BENS SERVIÇOS O HEADHUNTER PAULO FRANCISCO CONTA COMO ATRAIR E MANTER TALENTOS NAS EMPRESAS Entrevista 10 PASSOS Confira dicas de como vender mais e melhor EQUIPES Identifique os colaboradores “tóxicos” e saiba como lidar com eles NICHO Lojas de artigos esportivos se destacam em momento pré-Copa JOVENS FAZEM A DIFERENÇA NO MERCADO GAÚCHO ECONOMIA

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Revista da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul

BENS SERVIÇOS

o headhunter paulo francisco conta como atrair e manter talentos nas empresas Entrevista

10 paSSoS confira dicas de como vender

mais e melhor

EquipES identifique os colaboradores “tóxicos” e saiba como lidar com eles

Nicho lojas de artigos esportivos se destacam em momento pré-copa

jovens fazem a diferença no mercado gaúchoEc

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Zildo de Marchi Presidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac

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SeR jovem é SentiR no pulso a vontade de mudar. É acordar diariamente com sede de conquistas e novas transformações. A revolução é uma característica suprema da juventude. Em certos aspectos, esses traços podem ser confundidos com rebeldia, mas, na verdade, trata-se de uma voz que merece ser ouvida. É natural aos jovens da geração atual se considerarem mais inovadores e menos engessados que aqueles que foram jovens em outras gerações. Esse pensamento permeará muitas outras gerações por vir.

É preciso, entretanto, lembrar que hoje – como poucas vezes foi visto – a juventude exala a coragem de empreender e liderar. Isso porque antes era conhecido o caminho de, após a graduação, fazer carreira em uma única empresa. Hoje, o mercado globalizado multiplica as opções e, por isso, a necessidade de manter o foco sobressai.

O resultado, como não poderia ser diferente, tem seus impactos na economia. No anseio de realizar seus sonhos o quanto antes, os jovens veem na sua relação com a economia as alternativas para percorrer a estrada que levará à realização. A soma entre a poupança iniciada ainda nos primeiros estágios e as ideias efervescentes resulta em negócios inovadores, capitaneados pela forte presença da tecnologia nos dias de hoje.

O cenário econômico atual é capaz de balançar mesmo os mais experientes, mas da juventude corajosa também são emitidos estímulos muito positivos. Já foi dito antes: o mercado não está para amadores. Entretanto, um novo futuro e uma nova economia são possíveis, e devemos, sempre, depositar nossa confiança na juventude – e no jovem que existe em cada um de nós.

Jovens, sempre em frente!

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especial / ecONOMia

revista beNs & serviçOs / 102 / OutubrO 2013

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eNtrevista prOFissÕes NichO

paulo francisco fala

sobre iniciativas que fazem

a diferença na gestão

de pessoas

novas profissões surgem

no mercado geradas

por mudanças advindas

da tecnologia e redes sociais

lojas de artigos esportivos

despontam como oportunidade

de negócios em momento que

antecede a copa no brasil

sem perder tempo e com

um olhar apurado para

oportunidades, os jovens

estão fazendo a diferença

no mercado gaúcho – seja

com a abertura de suas

próprias empresas ou na

forma de se relacionar com

a economia do estado

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Esta revista é impressa com papéis com a certificação FSC (Forest Stewardship Council), que garante o manejo social, ambiental e economicamente

responsável da matéria-prima florestal.

Impressão: Pallotti

Selo FSC

PubliCação mEnSal do SiStEma FEComérCio-rS FEdEração do ComérCio dE bEnS E dE SErviçoS do EStado do rio GrandE do Sulavenida alberto bins, 665 – 11º andar – Centro – Porto alegre/rS – brasil

CEP 90030-142 / Fone: (51) 3284.2184 – Fax: (51) 3286.5677 www.fecomercio-rs.org.br – [email protected]

www.revista.fecomercio-rs.org.br

presIdente:Zildo de marchi

VIce-presIdentes: luiz Carlos bohn, ronaldo netto Sielichow, levino luiz Crestani, luiz antônio baptistella, Jorge ludwig Wagner, antônio trevisan,

andré luiz roncatto, arno Gleisner, Cezar augusto Gehm, Flávio José Gomes, Francisco José Franceschi, itamar tadeu barboza da Silva, ivanir antônio

Gasparin, Joel vieira dadda, leonardo Ely Schreiner, leonides Freddi, luiz Caldas milano, moacyr Schukster, nelson lídio nunes, olmar João Pletsch,

Julio ricardo andriguetto mottin, alécio lângaro ughini, ibrahim muhd ahmad mahmud, renzo antonioli, João oscar aurélio, maria Cecília Pozza, manuel

Suarez Cacheiro, Joarez miguel venço, ivo José Zaffari, Jaime Gründler Sobrinho, João Francisco micelli vieira

dIretores: adair umberto mussoi, ary Costa de Souza, Carlos Cezar Schneider, Celso Canísio müller, Cladir olimpio bono, darci alves Pereira,

Edson luis da Cunha, Edison Elyr dos Santos, élvio renato ranzi, Francisco Squeff nora, Gabriel de oliveira Souto Jr., Gerson nunes lopes, Gerson

Jacques müller, Hélio berneira, Henrique José Gerhardt, isabel Cristina vidal ineu, Jamel Younes, Joel Carlos Köbe, Jorge Salvador, José nivaldo da rosa, Jovino antônio demari, liones oliveira bitencourt, luiz Carlos dallepiane, luiz Henrique Hartmann, marco aurélio Ferreira, marcos andré mallmann, marice

Fronchetti, milton Gomes ribeiro, Paulo roberto Kopschina, Paulo renato beck, rogério Fonseca, rui antônio dos Santos, Sérgio José abreu neves, Sueli lurdes

morandini marini, tien Fu liu, túlio luis barbosa de Souza, Walter Seewald, Zalmir Francisco Fava. diretores Suplentes: airton Floriani, alexandre Carvalho acosta, andré luis Kaercher Piccoli, antonio Clóvis Kappaun, arlindo marcos

barizon, Carmen Zoleike Flores inácio, Clobes Zucolotto, daniel miguelito de lima, dinah Knack, Eduardo vilela neves, Eider vieira Silveira, Ernesto

alberto Kochhann, Everton barth dos Santos, Francisco amaral, Gilberto José Cremonese, Gilmar tadeu bazanella, Hildo luiz Cossio, Janaína Kalata das

neves, Jair luiz Guadagnin, Jarbas luff Knorr, João antonio Harb Gobbo, Jorge alfredo dockhorn, José Joaquim Godinho Cordenonsi, José vilásio Figueiredo, José vagner martins nunes, Juares dos Santos martins, Jurema Pesente e Silva,

ladir nicheli, luiz alberto rigo, luiz Carlos brum, marcus luis rocha Farias, miguel Francisco Cieslik, Paulo Ganzer, ramão duarte de Souza Pereira, régis luiz Feldmann, ricardo Pedro Klein, romeu maurício benetti, Silvio Henrique

Frohlich, Susana Gladys Coward Fogliatto, valdir appelt

conselho FIscaltitulares: rudolfo José müssnich, Erselino achylles Zottis e nelson Keiber Faleiro

Suplentes: luiz roque Schwertner e Gilda lúcia Zandoná

delegados representantes cnc: titulares: Zildo de marchi, moacyr Schukster Suplentes: luiz Carlos bohn e ivo José Zaffari

conselho edItorIal: Júlio ricardo andriguetto mottin, luiz Carlos bohn e Zildo de marchi

assessorIa de comunIcação: aline Guterres, Camila barth, Caroline Santos, Catiúcia ruas, Fernanda romagnoli, liziane de Castro, luana trevisol e

Simone barañano

coordenação edItorIal: Simone barañano

produção e eXecução: temática Publicações

edIção: Fernanda reche (mtb 9474) / cheFe de reportagem: luísa Kalil

reportagem: diego Paiva de Castro, Giane laurentino, luísa Kalil, marcelo Salton Schleder, marina Schmidt e rafael tourinho raymundo

colaboração: Edgar vasques, Paulo Sérgio de moraes Sarmento

edIção de arte: Silvio ribeiro

dIagramação: vanessa bratz

reVIsão: Flávio dotti Cesa

Imagem de capa: Yuri/istockphoto

tIragem: 22,7 mil exemplares

é permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião do veículo.

Visão Política

Mercado

Economia

seçãO página

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Palavra do Presidente

Sobre / Planejamento

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O futurO é incertO. POrém, é POssível

evitar surPresas ruins quandO

se Preveem as variáveis. seja nOs

negóciOs Ou na vida PessOal,

Planejar-se é uma maneira de dar

Ordem aO caOs

O planejamento estratégico não lida com decisões futuras. Ele lida com o futuro de decisões do presente. O que precisamos, hoje, é estar

prontos para um amanhã incerto.

”“

Peter Drucker Escritor e consultor administrativo

“Tive um professor que pediu para escrevermos um plano

de carreira para os próximos 25 anos. Vasculhando ma-

teriais antigos, eu encontrei o plano, que se tornara ama-

relado com o tempo. Eu diria que ele foi bem preciso

para os primeiros 18 ou 24 meses, mas não havia um

ponto sequer que estivesse correto depois disso. A lição é

que a jornada, para mim, não foi nem um pouco previ-

sível. Tudo o que se pode fazer é preparar-se. O mundo

e o ambiente mudarão muitas vezes. Você pode acabar

na mesma empresa ou não, na mesma carreira ou não,

com o mesmo cônjuge ou não.

Há muitas coisas que mudam,

por isso é preciso ter

um norte, ater-se a ele e

deixar o resto passar.”

tim cook, CEO da Apple, em palestra na Duke University (EUA)

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Planejamento

“Sem objetivos, ou planos para alcançá-los, você é como um navio a navegar sem destino. Primeiro, escreva seu objetivo. Sua segunda tarefa é quebrar esse objetivo numa série de passos, começando com passos que sejam absurdamente fáceis. Algumas pessoas, quando trabalham em busca de um objetivo, encontram-se presas à inércia, quando chega a hora da ação. Se isso acontecer a você, apesar dos passos fáceis, então é hora de reanalisar o objetivo. Avalie o quão importante ele é, ou descarte-o e substitua-o por um objetivo mais adequado, ou continue os passos com um senso renovado da importância de atingi-lo.”

Fitzhugh DoDson, psicólogo e escritor

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notícias negócios&Ed

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Novo Código O Sistema Fecomércio-RS e a CNC promoveram, no dia 23 de setembro, seminário sobre o Novo Código

Comercial Brasileiro. O evento ocorreu no Plaza São Rafael, em Porto Alegre, e contou com palestras do deputado federal

Laércio Oliveira e do jurista Fábio Ulhôa Coelho, que estão à frente do projeto de lei na Câmara Federal.

Porto Alegre sediArá lAnçAmento nAcionAl dA nFc-eApós testes ocorridos em alguns estados, a Nota Fiscal Eletrônica para o Consumidor Final (NFC-e) será apresentada oficialmente para todo o país. A cerimônia de lançamento acontece no dia 19 de novembro, em Porto Alegre. O evento contará com a presença de au-toridades da Receita Federal, represen-tantes de entidades varejistas e empresá-rios. Os participantes pretendem mostrar a importância do documento eletrônico, cujas informações podem ser enviadas por e-mail ou armazenadas em QR Code.

MudANçA No fisCo

A Receita Federal decidiu, por

meio da Instrução Normativa

nº 1.397, reinstituir o padrão

contábil brasileiro antigo, vigente

até o fim de 2007. Com a medida,

empresas que já aplicavam as

normas contábeis internacionais

(IFRS) poderão ser autuadas por

terem pagado menos impostos

desde 2008. Na prática, serão

exigidos dois balanços completos.

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siNdiCAtos ApreseNtAM NovA MArCA Após a renovação das

marcas do Sistema Fecomércio, Sesc, Senac e CNC, foi apresentada

a nova identidade visual dos sindicatos vinculados à entidade.

O design se alinha às demais marcas, demonstrando a unificação dos

diferentes setores do comércio de bens, serviços e turismo. O símbolo

iconográfico utilizado, a asa, representa o sonho e a capacidade de

realizá-lo. O alinhamento visual reforça a missão dessas instituições de

trabalhar para a transformação positiva do país.

esPAço sindicAl

MAis de 22 toNelAdAs de

lixo eletrôNiCo

reColhidAs eM sANto

ÂNgelo A campanha Re-

ciclagem – Comprometi-

mento – Inovação: faça a

diferença, promovida pelo

Sindilojas Missões, reco-

lheu 22 toneladas de lixo eletrônico em 28 de

setembro. A ação ocorreu na Praça do Brique.

CoNsultoriA eM vitriNisMo pArA AssoCiAdos

siNdilojAs fArroupilhA O Sindilojas Farroupilha

está com as solicitações abertas para a consul-

toria em vitrinismo, em parceria com o Sebrae.

O serviço consiste em consultoria de três horas

para avaliar a composição da vitrine e exposi-

ção do produto, iluminação natural ou artificial e

permeabilidade da loja. Após, serão propostas

melhorias pontuais para serem implementadas

pelo lojista. As solicitações podem ser feitas via

telefone: (54) 3268-1888.

iNAugurAção do BAlCão do eMpreeNdedor

eM são BorjA O presidente do Sindilojas São

Borja, Ibrahim Mahmud, participou da inaugura-

ção do Balcão do Empreendedor, da Secreta-

ria Municipal da Fazenda. O ato contou com

a presença do prefeito Antonio Carlos Rocha

Almeida, da gerente regional do Sebrae-RS,

Fabiana de Freitas, além de secretários munici-

pais e representantes de órgãos de classe da

comunidade. O objetivo do Balcão é acelerar

a abertura de novas empresas e assessorar

futuros empreendedores.

siNdilojAs vAle do tAquAri deseNvolve

projeto Atitudes veNCedorAs Com o objetivo

de estimular e destacar as boas iniciativas do

comércio regional, o Sindilojas Vale do Taquari

desenvolveu a premiação Atitudes Vencedoras.

A iniciativa contemplará a participação de em-

presas que buscam a excelência no atendimen-

to e se destacam por viabilizar a evolução do

negócio frente à comunidade.

BrAsil é 2º no mercAdo de colheitAdeirAssegundo estimativas da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas de colheitadeiras no Brasil devem superar os números de toda a Europa Ocidental, em 2013. Com isso, o país se torna o segundo maior mercado desses equipamentos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. A Anfavea prevê que 8,5 mil unidades sejam comercializadas até o fim do ano. Entre janeiro e setembro de 2013, o número de veículos vendidos já era 55,7% superior ao do ano passado, no comparativo do mesmo período. O aumento da comercialização de máquinas agrícolas no Brasil está atrelado a sucessivas safras rentáveis e à tendência de modernização do setor.

notA FiscAl gAúchA no FAceBookNo mês de outubro, o programa Nota Fiscal Gaúcha (NFG) lançou sua fan page no Facebook. Voltada a empresas e entidades partici-pantes, bem como à sociedade em geral, a fan page www.facebook.com.br/notafiscalgaúcha publicará comunicados oficiais da NFG e informações como lista de premiados e datas de sorteios, entre outras. Até o momento, 659.837 mil cidadãos estão cadastrados na NFG e 204.639 mil estabelecimentos credenciados. Até o fechamento desta edição, o total de notas fiscais processadas era: 629.655.906.

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Divulgação/Sindilojas

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três PerguntAs

Gustavo Cerbasi é especialista

em finanças pessoais e autor

de livros sobre o tema. Mestre

em Administração, ele já foi

eleito o melhor educador

financeiro do Brasil.

AiNdA há eMpresAs que Não se preoCupAM eM

fAzer diNheiro? Sim. Em empresas familiares,

muito do que as move é a história e o orgulho do

fundador de ter funcionários fiéis e compromissos

pagos em dias. Normalmente, os sucessores não

percebem que sempre houve uma preocupação

de fazer do negócio um bom investimento. Por

isso, uma parte significativa das companhias está

fadada ao fracasso nessa fase de transição de

poder, basicamente por falta de conhecimento e de

preparo de quem assume.

viveMos A eCoNoMiA do CoNheCiMeNto. quAl A

pArtiCipAção do diNheiro Nesse CeNário? Montar

um negócio próprio é o que há de mais complexo

em investimentos. É importante que o empresário

saiba fazer uma leitura dos indicadores, para saber

se esse investimento se mantém saudável. É o que se

chama de business intelligence. Isso faria com que

o aprendizado, que hoje é muito empírico, fosse por

meio de um estudo de mercado e de um plano de

negócios, evitando riscos desnecessários do capital.

Muitos eMpresários AiNdA “MisturAM” o diNheiro

dA eMpresA CoM o do próprio Bolso. por quê?

O ideal seria separar, mas é ingenuidade supor que

isso existirá desde a criação da companhia. Manter

contas física e jurídica e fazer transações separadas

significa gastar mais, o que muitas vezes é inviável

para um pequeno negócio. Portanto, não acho um

absurdo essa mistura. O problema é não fazer um

controle, porque o empreendedor demorará mais

para perceber que o negócio não vai bem.

Ca

rlota

Pa

uls

eletrodomésticos terão Selo Ruído

fabricantes de liquidificadores, aspiradores de pó e secadores de cabelo terão que diminuir o nível de ruído dos aparelhos. O Progra-ma Nacional de Educação e Controle de Poluição Sonora e Silêncio, inicia-tiva do Inmetro com o Ibama, pre-tende combater o barulho emitido por eletrodomésticos nacionais e importados. O objetivo é propor-cionar mais conforto ao cidadão e estimular a fabricação de utensí-

lios mais silenciosos. Será criado o Selo Ruído para infor-mar ao consumidor a potência sonora de cada aparelho. A regra começa a valer no dia 20 de fevereiro de 2014 e não se aplica a produtos usados em salões de beleza, apenas a artigos comerciais. O Inmetro também deve estudar o uso da classificação sonora em máquinas de lavar e aparelhos de ar condicionado.

notícias negócios&

inFlAção soB controledurante evento no Sul de Minas Gerais, no mês de ou-tubro, a presidente Dilma Rousseff afirmou que a infla-ção deve ficar dentro da meta, seguindo a conquista dos últimos dez anos. A meta é de 4,5%, com margem de 2,5 pontos percentuais. Na ocasião, a presidente também des-tacou em seu discurso o fato de o Brasil ter, atualmente, uma das menores dívidas públicas líquidas do mundo em relação ao Produto interno Bruto (PIB), além de o país de-ter uma reserva internacional de US$ 376 bilhões.

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terCeirA idAde MoviMeNtA eCoNoMiA

Os idosos já representam 15% dos consumidores

brasileiros, de acordo com dados do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O público da terceira idade investe, por ano,

mais de R$ 2 bilhões na economia do país,

gastando principalmente com viagens e com

eletrodomésticos. No Estado, são R$ 150 milhões

por ano. Com o aumento da expectativa de

vida da população, muitas empresas têm

redirecionado seu posicionamento, pensando

em produtos ou serviços específicos para clientes

acima dos 60 anos.

Aeromóvel: Projeto segue em FrenteNo dia 14 de outubro, um segundo veículo do aeromóvel de Porto Alegre foi instalado na Estação Aeroporto da Trensurb. A operação começou ainda durante a manhã e foi concluída no início da tarde. Com o dobro de capacidade, o modelo A200 ligará o Trensurb ao aeroporto Salgado Filho. Com 25,1 metros de comprimento e capacidade para 300 pessoas, o veículo foi trazido por dois caminhões da cidade de Três Rios, no Rio de Janeiro. O modelo A100 já transporta passageiros, mas ainda está em fase de testes. Uma média de sete mil usuários devem ser atendidos pelo aeromóvel diariamente.

Fecomércio-rs Promove 6º WorkshoP comércio e serviços o 6º Workshop Comércio e Serviços, promovido pelo Sistema Fecomércio-RS e pelo Comitê Se-torial Comércio e Serviços do PGQP, apresentou cases de sucesso de empresas e entidades ven-cedoras do Prêmio Qualidade RS 2013. O encontro, ocorrido no Teatro do Sesc, em Porto Alegre, no dia 25 de setembro, contou com palestra de Oswaldo Paleo, professor da ESPM-Sul e pesqui-sador na área de neurociência cognitiva apli-cada ao processo decisório. Ao final do evento, houve o reconhecimento às 31 organizações ga-nhadoras do Prêmio Qualidade RS 2013. A iniciativa visou a enaltecer as organizações que mais se des-tacaram na busca pela melhoria contínua do seu sistema de gestão.

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MONITOR ECONÔMICO Acompanhe boletins semanais com os principais indicadores do mercado. O site do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac

apresenta dados de levantamentos, índices da economia e outras notícias pertinentes aos empresários. Também é possível acessar os resultados de pesqui-

sas sobre o cenário socioeconômico do Estado e entender de que maneira ele influencia o comércio de bens e serviços.

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equipes

uncionários que lutam de

maneira velada para prejudicar

os colegas e contaminar o

ambiente de trabalho podem passar

despercebidos durante muito tempo,

afetando a empresa como um todo

Freiteradas ao trabalho, críticas in-

cessantes, sabotagem da equipe, desrespeito pela opinião dos outros, fuga das responsabilidades e roubo de material. É desta maneira que agem as “laranjas podres”, termo po-pular para descrever colaboradores “tóxicos”. Elas costu-mam bajular quem está acima hierarquicamente e abusar de quem está abaixo. As organizações afetadas por seus atos apresentam taxas de estresse e rotatividade.

O problema, embora seja relativamente comum, come-çou recentemente a ser motivo de estudo mais aprofundado pela área de recursos humanos. “É justamente a capacidade

FoFocas, intrigas, manipulações, Faltas

Laranjas podreslú

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texto Diego paiva de castro

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de ligar e desligar os comportamentos nocivos, dependen-do do efeito a ser causado, que dificulta a identificação do colaborador tóxico”, definem os pesquisadores americanos Elizabeth Holloway e Mitchell Kusy no livro Profissionais Tó-xicos – Descubra e neutralize as atitudes que sabotam a sua equipe (Ed. Gente). Segundo os autores, a maioria dos trabalhado-res “vai conviver com uma pessoa desse tipo, e por um longo período de tempo, em decorrência das opiniões divergentes a respeito dela”.

Peter J. Frost, autor de Emoções Tóxicas no Trabalho (Ed. Futura), vê a dor emocional como uma consequência inevi-tável da atual vida corporativa, com suas metas impossíveis e prazos absurdos, economia instável e mudanças constan-tes. “Essa dor emocional, se não tratada adequadamente, transforma-se em emoções tóxicas, ou seja, em atitudes pre-judiciais e não curativas diante das dificuldades enfrentadas no trabalho”, relata na obra.

NuveNs ciNza

No entender do administrador de empresas Cássio Mat-tos, proprietário da CMC Consultoria de Recursos Humanos, o funcionário danoso para a empresa coloca suas crenças pessoais como valores da organização, e uma coisa difere da outra. “São nuvens cinza sobre as nossas cabeças”, defi-ne. Ele enfrentou a situação na pele: “Tive de desligar uma pessoa que afirmava estar num lugar e estava noutro, dizia estar fazendo entrevista e estava dormindo em sua sala. Sua competência técnica era grande, mas ela criava um descon-forto nos colegas e reincidiu no erro após conversa”.

Adriana Cardoso, diretora da MARH Gestão de Pessoas, também lidou com uma profissional “tóxica”. “Quando tra-balhava em um estabelecimento de ensino particular, um departamento inteiro foi minado por fofocas de uma cola-boradora contratada para assessorar uma antiga gestora. Ela falava mal da sua líder para os colegas e vice-versa”, conta. “Sentimos que havia algo estranho em razão da alta rotatividade no período.” O setor de Recursos Humanos re-alizou entrevistas com o objetivo de apurar a crise, incenti-vando o grupo envolvido a falar sem medo. “Ela sofreu uma advertência, mas, como o comportamento nocivo perdurou, ainda que em menor escala, tivemos de demiti-la. O proces-so demorou mais de seis meses”, lamenta Adriana.

soluções

De acordo com Cássio Mattos, um dos modos de prevenir o aparecimento do problema está na realização de criteriosa entrevista de seleção. Ele também cita como boas medidas, para análise de clima organizacional, o desenvolvimento de programas de orientação de comportamento e o alinha-mento de condutas entre gerências e diretoria. “É preciso também avaliar o grau de toxicidade do funcionário para tomarmos uma decisão”, defende. Adriana Cardoso sugere também avaliações sistemáticas de desempenho entre che-fias e subordinados.

Conforme os pesquisadores Mitchell Kusy e Elizabeth Holloway, a estratégia para evitar e detectar ambientes tó-xicos passa pelo aculturamento dos valores da organização na rotina de trabalho. “É preciso um trabalho assim na or-ganização como um todo, nas equipes e individualmente. Uma política de tratamento respeitoso, sem prima-donas, pitbulls, bajuladores e torturadores”, argumentam. “A em-presa deve instituir políticas que permitam ao corpo fun-cional se manifestar acerca da conduta de seus líderes e seus colegas. Outra ação necessária é a realização de entrevistas demissionais para estudar possíveis erros no percurso da gestão de pessoas.”

O comportamento negativo no ambiente de trabalho custa caro em termos humanos e financeiros. No livro The Cost of Bad Behavior: How incivility is damaging your business and what to do about it (O custo do mau comportamento: Como a incivilidade está prejudicando o seu negócio e o que fazer quanto a isso, ainda sem tradução no Brasil), as autoras Christine Pearson e Christine Porath mostram o prejuízo causado aos entrevistados em função do trabalho com profissionais “tóxicos”: 48% propositalmente diminuíram seu esforço profissional

47% propositalmente diminuíram sua jornada

63% perderam tempo útil tentando evitar o ofensor

78% disseram que sua dedicação à empresa caiu

o impacto sobre o desempenho

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Para vender mais

ão basta ter bons vendedores: é preciso estratégia. para aumentar a conversão,

o empresário deve monitorar o mercado, compreender os desejos dos

consumidores e envolver as equipes na busca pelas melhores soluçõesN

Plano de vendas

IdentIfIque o terreno

O primeiro passo para melhorar as vendas é conhecer o mercado.

Devem-se identificar as tendências do segmento, assim como os concorrentes

diretos e indiretos. Junto a isso, é preciso saber quem é o consumidor, quais são

seus hábitos e o que ele procura. Os colaboradores têm que ter uma ideia muito

clara do perfil do cliente, pois, assim, poderão trabalhar estratégias para atender

às suas demandas. Pesquisas de opinião com o público podem ajudar

a definir o mix de produtos ou serviços diferenciados.

ConquIste novos ClIentes

Quanto mais consumidores, maiores as chances de vendas. Por isso, aposte nas estratégias

de market share. Campanhas e investimento em publicidade são sempre uma opção

para divulgar a marca. Outra abordagem é a prospecção de clientes por meio

de telefonemas ou distribuição de panfletos. No entanto, cuidado com o telemarketing

em horários impróprios ou com e-mails que possam ser considerados spam.

Mais uma vez, vale a máxima de conhecer o público, para garantir ações mais assertivas,

com possibilidades reais de conversão.

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desenvolva a venda ConsultIva

O consumidor não busca apenas um produto, mas uma solução para melhorar seu

dia a dia. “O vendedor tem que identificar necessidades do cliente e propor uma solução

adequada. O segredo está na capacidade investigativa”, explica Carlos Cruz, diretor do

Instituto Brasileiro de Vendas (IBVendas). Oriente os colaboradores sobre como abordar o

público. Numa loja de roupas, por exemplo, quem leva uma calça pode não entender de

moda. Cabe ao vendedor sugerir composições e apresentar camisas que

combinem, desde que não se force uma situação desagradável.

Ninguém gosta quando atendentes “empurram” produtos a mais.

ProPorCIone uma boa exPerIênCIa de ComPra

Rapidez, eficiência, cordialidade e simpatia ganham qualquer pessoa. A experiência

do consumidor tem que ser satisfatória a partir do momento em que ele pise na loja.

Ambientes tumultuados, em que o atendimento demore a acontecer, podem gerar

estresse e afastar a clientela. O mesmo vale para vendedores de cara amarrada ou que

não saibam responder às dúvidas do cliente. O sorriso no rosto e o olho no olho transmitem

proximidade e acolhimento, o que já torna a ida às compras mais agradável.

estImule as equIPes

Para um bom atendimento, é preciso uma equipe motivada. Nesse aspecto, o gestor tem um

papel fundamental. “Ele cuida dos resultados, dos processos de vendas e das equipes”, enu-

mera Carlos Cruz. É necessário apresentar aos colaboradores quais são as metas da empresa

e como fazer para alcançá-las. Deve-se estimular, ainda, um bom ambiente de trabalho, com

abertura ao diálogo e que reconheça o esforço dos funcionários.

ComPartIlhe IdeIas

Ainda no que se refere à motivação das equipes, um ponto importante são as reuniões

periódicas. É nesses momentos que se dá o feedback aos colaboradores, explicando o que

está bom e o que pode melhorar. Os encontros também servem para que as próprias equipes

sugiram melhorias nos processos de venda – afinal, quem trabalha no chão de loja conhece o

dia a dia do negócio e lida constantemente com situações que envolvem o público.

As estratégias devem ser construídas em conjunto, visando aos objetivos da empresa, mas

tendo em vista a realidade prática e a satisfação de todos os envolvidos.

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Para vender mais

tenha uma estratégIa Clara

As vendas só acontecem quando os colaboradores estão em sintonia com a

empresa. “O resultado não depende somente do vendedor. Deve existir uma

estrutura por trás que analise o mercado, levante dados e posicione as ações de

venda de acordo com as estratégias que tenham sido traçadas”, recomenda

Paulo Ancona Lopez, diretor da consultoria Vecchi & Ancona. Quando entendem e

se engajam no posicionamento da companhia, os colaboradores conseguem ter

autonomia para fechar negociações e, logo, suprir as demandas do público.

ConfIe nos números

Monitorar históricos de vendas, gerar relatórios e realizar análises estatísticas

colabora para visualizar os pontos fortes e fracos do negócio. Os indicadores de

desempenho orientam o posicionamento estratégico. Conforme os resultados

apareçam, pode-se alterar o sortimento da loja, ou priorizar serviços mais

rentáveis em detrimento de outros que tenham menos saída.

fIdelIze os ClIentes ConquIstados

Programas de fidelização podem garantir visitas periódicas – a exemplo

dos restaurantes que oferecem almoço grátis para quem preencher

uma cartela um número determinado de vezes. Se o atendimento é

satisfatório, o cliente volta e consome mais. Nesse ponto, retorna-se ao

primeiro passo: é preciso entender as tendências do mercado e as ex-

pectativas dos consumidores. O diálogo constante com o público leva

a melhores soluções e mantém as vendas sempre aquecidas.

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mantenha o ConCeIto do emPreendImento

A força de uma marca está na padronização e na harmonia dos elementos. “Tudo

deve falar com o público-alvo: a arquitetura da loja, a música que toca, a postura

dos vendedores, os produtos ofertados, a qualidade e a forma da propaganda”,

analisa Paulo Ancona Lopez. Os consumidores têm expectativas em relação ao

estabelecimento que devem ser correspondidas. Ao mesmo tempo que gostam

de novidades, os clientes valorizam o atendimento e o serviço que já conhecem.

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Quando temos a resposta para essa pergunta não tão simples parece que tudo fica mais fácil, principalmente porque a partir dessa constatação podemos pensar em como fazer crescer a nossa empresa, o seu valor e trabalhar a sua perenidade.

Para o crescimento há um caminho. Há um processo de desenvolvimento. São etapas que passam primeiramente pela revisão do plano de negócios que, pela sua estrutura de raciocínio, encerra em seu conteúdo a resposta à pergunta de qual negócio temos, ou pretendemos. O plano, que sempre deve ser revisto, é estruturado por uma sequência de questões que cobram respostas pontuais e realistas. No entanto, é um plano. Não um planejamento. O planejamento estratégico, junto com o planejamento financeiro, vem em seguida para dar direção às atividades que decorrem da proposta enunciada pelo plano de negócio. É no planejamento estratégico que se determinam os objetivos, metas, posicionamento, estratégias, competências, recursos, ações e tempo. O planejamento financeiro organiza a aplicação dos recursos, aponta os riscos de perdas e traça o caminho do lucro que irá garantir a sustentabilidade do negócio e a remuneração do capital. Quando se aplica o planejamento estratégico, tem-se a oportunidade de identificar e entender os aspectos cruciais para os

negócios, como: vantagem competitiva, valor, missão, inovação, necessidade de investimentos e rentabilidade.

Existe uma grande diferença entre uma boa ideia e um bom produto. Uma boa ou má ideia só compromete o dono delas. As coisas se complicam quando a boa ou má são colocadas em prática. Envolvem pessoas, expectativas, capital, compromissos e, principalmente, os outros que nada têm a ver.

É necessário que haja ideias, preferivelmente as boas. O mundo e o desenvolvimento huma-no precisam delas e o progresso está calcado nesse conceito. A execução das ideias e, mais ainda, ter sucesso com elas é uma longa pere-grinação, em que não basta só o entusiasmo que a “grande sacada” costuma dar.

Não há crescimento sem desenvolvimento de ideias, de processos e de pessoas. Não há plano sem o consequente planejamento para a sua efetividade. Se para alguns possa parecer que elaborar plano e planejamento venham ser trabalho desnecessário, burocrático, perda de tempo, ou “eu já tenho tudo na minha cabeça”, lembro que é exatamente o contrário. Esse “trabalho” é o que dará segurança, previsão e maiores possibilidades de sucesso. É o que diferencia uma gestão profissional de uma gestão empírica e amadora.

Paulo Sérgio de MoraeS SarMentoeconomista

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Qual é mesmo o seu negócio?

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Quais são os principais desafios de hoje na gestão de

pessoas? Um desafio gritante são os conflitos entre as ge-rações X e Y. Os mais jovens têm uma pressa inerente às características da geração. Eles entram em uma empresa achando que serão gerentes em seis meses, no período de um ano terão uma boa diretoria e, quem sabe, em um ano e meio uma vice-presidência. É uma velocidade incompatível com a realidade. As pessoas acreditavam que ficar muitos anos na mesma empresa era o grande modelo, mas a nova geração acha que todo dia é uma experiência nova e a cada dia você tem que dar um desafio. O mercado não funciona com desafios diários. Acho que a convivência harmônica visando ao resultado do negócio e à satisfação das pessoas tem que ser administrada.

como garantir Que os colaboradores assimilem a

cultura organizacional? Primeiro, eles têm que enten-der que sua ansiedade e sua pressa não vão mudar a em-presa. As organizações têm seus valores, têm fundadores que acreditaram em algo ao longo de uma vida e criaram as empresas como elas são hoje. Isso não vai ser mudado. Mas é uma via de mão dupla. As empresas também têm muito a aprender com essa geração. Talvez o idealismo, a vontade de trazer o prazer para dentro do trabalho e não ter só aquela obrigação de ganhar dinheiro. Eu costumo di-zer que o mais inteligente é o que cede primeiro, pois tem mais tempo para refletir para onde vai. Enquanto você luta

headhunter Paulo Francisco, diretor da advisors Hr, exPlica

quais são as estratégias Para atrair e manter talentos que Façam

a diFerença nas emPresas. o desaFio é administrar diversidades

em nome de um objetivo comum

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ferozmente por um ponto de vista do qual não quer abrir mão, você se fecha nele. Se você para, pensa e se reposiciona, existe uma possibilidade de achar um caminho melhor. Os mais ve-lhos têm a aprender com a juventude e vice-versa.

o perfil de colaborador Que os empresários procuram

é o perfil Que eles precisam? As empresas querem alguém que fale inglês, francês, russo, alemão, mandarim, tudo fluen-te. Elas desejam um profissional que tenha de cinco a dez anos de experiência, sendo pelo menos metade no exterior, mas não com mais de 24 anos de idade. Esse profissional é Clark Kent,

o tal do Super-Homem. Os empresários querem alguém que tenha superforça, que seja à prova de balas, seja ético, tenha características de comportamento fantásticas. É quem eles de-sejam, mas eles precisam do Batman, que apanha, sangra, não tem amigos nem consegue manter relacionamentos. Ou seja, ele tem problemas de ser humano. Porém, cada vez que o Bat-man passa por uma dificuldade, ele inventa uma nova ferra-menta para seu cinto de utilidades. Ele aprende com seus erros e prepara-se para enfrentá-los num novo patamar. Tem força de vontade, estratégia e esforço. As empresas vão sempre pe-dir que os headhunters achem o Super-Homem, mas nós vamos mostrar que o Batman é de quem elas realmente precisam.

como é possível identificar talentos? Primeiro, dando opor-tunidade para as pessoas se exporem. Se elas têm medo de er-rar, elas se escondem para não serem pegas no erro. Quem tra-balha erra. Deve-se ter a oportunidade de aprender com isso. O talento está na capacidade de se superar, reconhecer os erros e fazer melhor. Os americanos costumam utilizar a expressão the extra mile, a milha extra. O talento é fazer além do espe-rado, preferencialmente num prazo razoável de trabalho. Não há certo ou errado. Depende do segmento, se é uma empresa muito conservadora ou moderna, do varejo ou da indústria. As expectativas de talentos serão diferentes nesses negócios.

Quais são os erros mais comuns na hora da contrata-

ção? Pedir indicação aos amigos. Eles indicam pessoas legais: alguém que organiza o futebol, que assa o churrasco, que faz a festa de fim de ano. É o cara de quem todo mundo gosta – óti-mo no relacionamento, mas não necessariamente a pessoa que entregará o trabalho necessário. O erro é tentar achar atalhos facilitadores que, no fim, mostrem-se estratégias arriscadas. Há uma máxima que diz ‘não contrate quem você não possa demitir’. Como se demite o filho do amigo? É um clima delica-do. E isso é muito comum no Rio Grande do Sul – no varejo, nos serviços, em qualquer segmento.

fala-se muito em apagão de mão de obra Qualificada. na

sua opinião, por Que isso acontece? Nós passamos muito tempo focando em preparação técnica, mas esquecemos do comportamento. As empresas contratam pela excelência téc-nica e depois chegam à conclusão de que o profissional não

“As empresas vão sempre pedir que os headhunters achem o Super-Homem, mas nós vamos

mostrar que o Batman é de quem elas realmente precisam.”

| Paulo Francisco

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tem o perfil humano – não se enquadra na equipe nem acredita nos mesmos valores. Faltou às empresas olharem pra dentro. É um tempo que se perdeu, e estamos pagando o ônus.

como os empresários podem identificar suas necessida-

des? Uma característica muito brasileira é não planejar além da semana. Nosso problema é a falta de uma visão estruturada de médio e longo prazos. Nós temos sonhos de longo prazo: ‘Quero ser a maior empresa de varejo no meu segmento em 2020’. Mas o que você vai fazer para isso? Cadê as ações que le-varão a isso? Nós acabamos apagando muitos incêndios. Preci-so de alguém no financeiro? Contrato. Quando se vê, acabamos inchando o quadro, pois trouxemos gente para apagar incên-dios, não para resolver o problema que estava gerando o fogo.

o Que significa inteligência estratégica? É saber onde es-tou, aonde vou chegar, como vou chegar lá e com quem. Eu tenho que saber qual é meu segmento e suas perspectivas – se está crescendo, encolhendo ou estagnado. Também tenho que entender os concorrentes em grupos estratégicos. Nem todos da área são meus concorrentes diretos. Tem muita gente que trabalha em RH, por exemplo, mas poucos são headhunters. São serviços num âmbito parecido, mas totalmente diferenciados. Tenho que ter o sonho, mas preciso estruturá-lo. Se sou um sonhador e me encho de sonhadores à volta, eles vão sonhar junto comigo, mas faltarão as mesmas bases. Preciso de gente

que me contradiga, no sentido de fazer diferente, de propor mudanças. Preciso daquele chato que diga na reunião “como vamos chegar lá? Vamos fazer um desenho”.

após atrair os talentos, como fazer com Que eles Queiram

permanecer nas organizações? Se não houver um projeto desafiador, as pessoas se frustram e vão embora. Se o ambiente de trabalho não for bom – se for competitivo para o mal, se não for motivador –, as pessoas vão embora mesmo que a remu-neração seja boa. Em terceiro lugar, vem o reconhecimento. O ser humano adora se destacar, seja com sua foto no quadro de funcionário do mês ou circulando no jornal interno da empre-sa. Depois, vem o salário. Se a remuneração não for adequada, balança todo o resto, mas, sozinha, não mantém as pessoas. A empresa tem que criar um clima organizacional que passe por esses pontos para que os colaboradores queiram ficar.

é possível apontar tendências para a gestão de pessoas?

Cada vez mais, entender os jovens. Deve-se fazê-los admi-nistrar a ansiedade e trazer valores que sejam compatíveis com o grupo no qual eles se inserem. Eles têm a tendência de ser muito individualistas, mas precisam entender que fa-zem parte de uma coletividade. Eu diria que o sucesso é tra-zer harmonia para ambientes cada vez mais caóticos. Nem é uma tendência, mas uma realidade que vivemos hoje: saber lidar com as diferenças diariamente.

“Se eu entender como a cabeça das pessoas funciona, consigo fazer com que tenhamos um objetivo comum, mesmo que com

formas diferentes de atingi-lo.”

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reg

iões

omposta por 34 municípios,

a região central do rio grande

do sul tem na posição

geográfica uma de suas grandes

potencialidades. a logística

privilegiada favorece

o escoamento e a chegada dos

mais variados produtos

Cprimário, a região conta com o impulso da

agricultura, mas vem despontando em outras frentes, com o aprimoramento do comércio e dos serviços. Quinto maior município gaúcho e o maior da região Central, Santa Maria é comumente referida como o “coração do Rio Grande do Sul”. A cidade é o núcleo da mesorregião que integra o polo de atra-ção de estudantes, que disputam acesso a uma das principais universidades do Rio Grande do Sul, a Universidade Federal de Santa Maria. O porte, a agregação de talentos e a economia for-te, impulsionada, sobretudo, pelo setor de serviços, colocam o município em posição de destaque na economia gaúcha e são a maior prova do potencial de crescimento da região central.

A empresária e presidente do Sindilojas São Sepé, Isabel Cristina Vidal Ineu, destaca que são os empreendedores jovens da cidade que têm impulsionado o desenvolvimento local. O es-pírito jovial tem tomado conta do município, que faz parte da mesorregião central. “As nossas lojas oferecem boas condições de parcelamento e estão sempre se modernizando”, comenta.

Com a eConomia mais direCionada para o setor

Do centro Do rS para o munDo

João Vilnei/divulgação prefeitura municipal de santa maria

texto marina schmidt

Centro

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Proprietária do Magazine Ineu Masculino, Isabel salienta que as empresas do ramo de vestuário estão sempre atentas às ten-dências. “Quando lança algo lá em São Paulo, em São Sepé já tem”, assegura. O ambiente favorável do comércio local, que emprega 70% da mão de obra da cidade, é que retém os talen-tos no município. “Hoje os jovens estão se formando fora da-qui, mas eles vêm para São Sepé de volta. É porque temos uma potencialidade e que só faltava ser explorada.”

EmprEsas inovam E ampliam mErcado

Descobrir o caminho das pedras pode não ser tão fácil, mas não é impossível. Ainda mais quando se pode contar com recursos que eliminam a distância entre o comerciante e o consumidor, como a internet. Foi a partir dela que os irmãos e sócios Tássia Silva Saldanha e Maike Silva Saldanha repaginaram os negócios da família. Proprietários da Porti-nhola, uma loja de confecção instalada no município há 34 anos, eles usaram um site de relacionamento para divulgar um dos produtos da loja, as sandálias Melissa.

A loja, que passou por três gerações da família – da avó para mãe e da mãe para os atuais sócios –, começou a explo-rar o novo e promissor nicho da internet a partir de 2008, ano em que os irmãos passaram a gerir o negócio. A venda de sandálias pelo Orkut sinalizava para a oportunidade de comercialização para um público maior e que tinha nítido interesse naquele produto. “Na época não tinha muitos sites especializados em vender apenas Melissa, e criando um site com esse objetivo nós ganhamos visibilidade”, conta Tássia. A visibilidade garantiu um alcance surpreendente para uma ideia que foi implantada sem muitas dificuldades, como sa-lienta a empresária.

Em 2009, os sócios inauguraram o site Portinhola Melissa. No ano seguinte, os produtos já estavam sendo exportados. “Nós exportamos para o mundo todo: Europa, Ásia, Estados Unidos”, elenca Tássia. A loja física também não ficou atrás e, embora se mantenha focada nos consumidores locais, ga-nhou mais uma unidade. “Neste ano, nós inauguramos um espaço exclusivo para o público masculino.”

A partir de uma única loja, os jovens fizeram mais dois negócios e hoje possuem dois estabelecimentos na cidade, além do site, e não pensam em parar. Projetando saltos maiores, no entanto, concentram-se em consolidar o cres-cimento obtido até aqui para só então alçar novos voos. A

experiência de Tássia e Maike é promissora não só pela com-petitividade local, mas também por garantir a continuidade dos negócios independentemente das condições econômi-cas da cidade. São Sepé, assim como as demais da região, está fortemente vinculada ao setor primário, numa relação em que as finanças acabam variando de acordo com o po-tencial da safra anual.

Felipe Trevisan João, presidente do Sindilojas do Vale do Jacuí, instalado em Cachoeira do Sul, lembra que nos últimos anos a região sofreu com oscilações climáticas, como enchente e seca, que impactaram na economia de toda cidade. O dinhei-ro em circulação é dependente dos bons resultados da safra, e a saída para o empresário é buscar alternativas, como as vendas pela internet. Como empresário ele possui duas empresas no ramo de informática. “Tenho uma loja (Cell System) que aten-de a cidade e um escritório (Registros Ativos) que atua apenas com vendas para órgãos públicos”, explica.

O direcionamento do escritório permite que a empresa atue em diversos municípios, expandindo os negócios. Essa di-versificação, explica João, é saudável a todas as empresas, mas ainda é uma exceção. “O comércio de Cachoeira do Sul sem-pre depende do sucesso da agricultura”, argumenta. Para con-tornar essa situação, ele defende maior estímulo público para micro e pequenos empresários e atração de novas indústrias para a cidade, criando novas oportunidades de renda e geração de emprego. Individualmente, a saída para os empresários é agregar cada vez mais diferenciais aos seus negócios, buscando crescimento constante. Os Sindilojas de São Sepé, Cachoeira do Sul e Santa Maria realizam cursos e qualificações para estimu-lar o potencial empreendedor da região central.

São Sepé tem sua economia

pautada pela safra anual

divulgação/prefeitura municipal de são sepé

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PROFISSÕES

avanço da tecnologia

proporcionou o surgimento de

novas profissões no mercado de

trabalho. conheça exemplos de

especialistas que teremos no futuro

Oavança parece não ser a mesma de há 20 anos.

A urgência percebida nas tarefas diárias é reflexo de uma sociedade que se transforma diante de todos. No campo do trabalho não é diferente: enquanto algumas profissões desaparecem, novas funções surgem e ganham força de-vido à demanda cada vez mais especializada.

No século 21, o principal destaque é o avanço da tec-nologia que se tornou indispensável até nas ações mais simples. Nesse contexto, surgem novas necessidades que demandam profissionais mais diversos e com formação

A velOcidAde cOm que O relógiO

Você ainda Vai ouVir falar deles

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imo

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texto giane laurentino

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cada vez mais plural. “Muitas das profissões que estão surgindo exigirão diferentes campos do saber”, afirma o diretor de Educação da ABRH-Nacional, Luiz Edmundo Rosa. Um exemplo dessa pluralidade é o arquiteto de in-formação. Este especialista é o responsável por organizar as informações dentro dos sites de forma clara e simples de encontrar. Entre as suas principais características es-tão a organização, bom senso estético e capacidade de abstração. Apesar de a função existir há dez anos, somen-te nos últimos quatro este campo de conhecimento vem se destacando. Quem atua como arquiteto de informação é oriundo de formações como comunicação, design e bi-blioteconomia, entre outras.

Mais uma função que ganhou impulso com o avanço da tecnologia é a de desenvolvedor de aplicativos para smart­phones e tablets. Segundo o Instituto Brasileiro de Geogra-fia e Estatística (IBGE), 69,1% dos brasileiros acima dos 10 anos possuíam telefones celulares em 2011.

Com o crescimento do consumo desses aparelhos, sur-ge a necessidade de um desenvolvedor que crie softwares compatíveis com a nova tecnologia. Este profissional ge-ralmente é formado em áreas relacionadas à tecnologia de informação, mas pode ser autodidata. “A demanda por desenvolvedores é grande e o mercado ainda está carente de especialistas”, afirma o diretor de negócios da Holden Recruiting Talents, Jonas Kafka.

A internet é um grande repositório de informações. Todos os dias cresce o número de blogs e sites onde os mais diversos assuntos são tratados. “Produzir conteúdo já não é mais a barreira, agora é preciso mostrar o que é relevante dentro da internet”, comenta o coordenador do curso de Comunicação Digital da Unisinos, Daniel Bitten-court. Analisar o conteúdo produzido e hierarquizar as informações realmente importantes no mar de assuntos que surgem todos os dias na web é papel do curador de conteúdo. Hoje, um curador trabalha principalmente em agências online, atuando em ações de marketing e produ-ção de conteúdo para as mais diversas marcas.

Formação plural

O desenvolvimento tecnológico tem proporcionado o aparecimento de diferentes funções. Porém, existe uma demanda fora desse campo que merece destaque. “A tec-

nologia é uma das fontes de novas profissões, mas não é a única. Estamos evoluindo em várias frentes e não em uma só”, afirma Rosa. O setor de serviços, por exemplo, está cada vez mais especializado, atendendo a públicos cada vez mais específicos. Entre as especialidades, Rosa destaca os profissionais que trabalham atendendo idosos e animais de estimação.

Com o aumento da expectativa de vida da população, surge a necessidade de pensar como aproveitar os poten-ciais daqueles que se encaminham para o fim de um longo período de atividade. O Conselheiro de Aposentadoria é o profissional que se preocupa com essa fase em todos os aspectos. “Ele orienta pessoas que estão em fase de apo-sentadoria ou pré-aposentadoria”, conta Rosa.

O conselheiro precisa entender de psicologia, admi-nistração e se especializar para atender a terceira idade. O conselheiro não cuida apenas de trâmites legais, ele orienta para que a nova fase tenha qualidade e seja acom-panhada, se o idoso assim desejar, da continuidade no mercado de trabalho. Segundo Rosa, grandes empresas começam a orientar seus funcionários com pelo menos cinco anos antecedência.

O meio ambiente também é motivo de preocupação das empresas. O investimento em ações que visam a mini-mizar os prejuízos à natureza ganhará cada vez mais des-taque na pauta de pequenos, médios e grandes negócios. Nesse cenário, o Gestor de Ecorrelações ganha destaque. Ele será responsável por observar todos os processos da empresa sob a ótica da sustentabilidade. O gestor acom-panha os indicadores, relaciona-se com governos e co-munidades atingidas diretamente pelas ações da empresa na qual atua. Esse especialista também precisa de uma formação plural, que lhe proporcione habilidades como marketing, direito ambiental e relações públicas.

Entre as prioridades do governo, a ciência tem cada vez mais destaque no país. Com isso, profissionais pou-co conhecidos podem se destacar no mercado. Para Rosa, áreas como nanomedicina e biotecnologia terão forte in-vestimento nos próximos anos, trazendo à tona funções cada vez mais especializadas. “Biotecnólogo, por exem-plo, é alguém que pode produzir medicamentos, combus-tíveis, novos tecidos e construções de casas.” Apesar de já existirem profissionais nessas áreas, o país ainda carece de cursos de capacitação.

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especial

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Sem perder tempo

difícil ignorar o dinamismo da juventude de hoje. com um

jeito peculiar de se relacionar com a sociedade, os jovens

alteraram o cenário da economia gaúcha. veja o que eles

pensam sobre gestão e as expectativas para o futuroÉpor uma causa e mãos dispostas

a abraçar as oportunidades. Assim são os jovens, seja qual for a geração. Entretanto, quem nasceu dos anos 1980 até meados da década seguinte tem sonhos e objetivos que pouco lembram os de seus pais. Trata-se de um grupo que cresceu ouvindo alertas sobre os riscos do desenvolvimen-to desenfreado para o meio ambiente e esteve à frente da popularização das redes sociais.

texto Marcelo Salton Schleder

imagem de abertura Yuri/Istockphoto

Cabeça CheIa de IdeIaS, Coração apaIxonado

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A juventude atual tem um jeito próprio de tratar da car-reira, com impacto direto na economia. No princípio, o trajeto permanece inalterado: entrada na universidade e experiência com estágios. Porém, hoje cresce o número de profissionais que abrem mão de buscar o primeiro emprego para apostar na abertura de um negócio próprio. Uma pesquisa do insti-tuto Data Popular no segundo trimestre de 2012 revela que existe hoje 1,5 milhão de empreendedores com idade até 35

anos, dos quais 52,6% pertencem à classe média. As principais justificativas de quem decidiu se tornar dono de empresa são o prazer por fazer o que gosta, a oportunidade de ampliar a renda e ter mais liberdade de horário.

Com uma nova visão sobre o mundo dos negócios, a nova geração de empreendedores contribui para oxigenar a economia do Rio Grande do Sul. “De uma maneira geral, esses jovens estão muito conectados às recentes transfor-

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mações tecnológicas e estão dispostos a fazer a diferença. Isso pode ser verificado no cenário das startups, em que eles são os protagonistas”, destaca o presidente do Institu-to de Estudos Empresariais (IEE), Bruno Zaniol Zaffari.

No cenário atual, o segmento de serviços é o que mais se beneficia da contribuição dos jovens. “É uma área que oferece, hoje, mais oportunidades para novos modelos de negócios do que o comércio e a indústria”, compara o vi-ce-presidente executivo da Federação das Associações de Jovens Empreendedores do Rio Grande do Sul (Fajers), Fili-pe Toledo. Para ele, quem tem até 35 anos tem um ímpeto de empreender e superar desafios, enquanto a geração an-terior valorizava a estabilidade profissional, mais disposta a aproveitar as oportunidades já existentes no mercado.

Realização pessoal

Concluir um curso superior e encontrar um emprego ainda é o objetivo da maioria dos jovens. Entretanto, as ambições profissionais da nova geração não são mais as mesmas. “A geração que entrou há pouco tempo no mer-cado não pensa tanto na carreira. O principal foco é a rea-lização pessoal através do trabalho”, explica Toledo. Para as organizações, a adaptação a essa cultura tem se mos-trado difícil, de acordo com os especialistas. Uma prova é a crescente dificuldade para assegurar a permanência de seus talentos, mais dispostos a deixar a companhia diante da dificuldade de terem seus anseios atendidos.

“A atual geração valoriza o prazer quase que instan-tâneo. As pessoas estão mais dispostas a procurar aqui-lo que é capaz de torná-las felizes naquele momento”, conta Zaffari, do IEE. Para o líder empresarial, embora estejam menos interessados em sacrifícios no curto pra-zo para um ganho futuro, os jovens são capazes de com-pensar essa característica com uma maior abertura para fazer negócios. As redes colaborativas e o outsourcing, por exemplo, são contribuições de quem está nessa faixa etária e contribuiu para tornar o panorama econômico mais dinâmico.

No que se refere às questões sociais, hoje o jovem en-contra um mundo mais disposto a compreender os dife-rentes desejos de cada indivíduo. Não por acaso, aumenta o número de pessoas inclinadas a deixar o Estado para re-sidir em outras regiões ou países. Para quem fica, não fal-tam opções de onde investir o dinheiro conquistado com o trabalho: compra de imóvel ou de automóvel, viagem, investimento em qualificação ou abertura do próprio ne-gócio. “Chega até a ser uma contradição com a situação política e econômica em que estamos inseridos, em que há uma tentativa de planificação”, reflete Zaffari.

sonho de baixo Risco

Após conversar com um amigo empresário, Cristiano Nery, de 25 anos, tomou coragem e decidiu inaugurar há cinco meses o seu próprio negócio, a Imobiliária Con-ceitto, de Farroupilha. Com apoio familiar e cinco anos de experiência no segmento, o empreendedor conta que a escolha de deixar a segurança do antigo emprego foi

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A atual geração valoriza o prazer

quase que instantâneo. As

pessoas estão mais dispostas a procurar aquilo que é capaz de torná-las felizes naquele momento.”

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presidente do Instituto de estudos

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planejada. “Pensei nessa ideia por um período suficiente para me organizar financeiramente. Sempre fui uma pes-soa que economizou e soube investir o dinheiro no que era necessário”, explica.

Como não tem sócios, Nery fez um planejamento cui-dadoso antes de lançar a empresa. “O ramo passa por um momento muito favorável. O mercado está aquecido e o governo tem incentivado com a redução das taxas de juros para financiamento”, considera. Ainda assim, sa-crifícios foram necessários, como a venda do automóvel. Estudante de Administração de Empresas, o empreende-dor usa do conhecimento aprendido em sala de aula para superar o receio de tomar decisões que comprometam o futuro da imobiliária.

Focado na internet – uma característica comum à maioria dos negócios comandados por jovens – e no marketing, o empreendimento tem hoje como principal objetivo se consolidar na região serrana. Entretanto, já há projetos de médio prazo para expandir a área de atu-ação além das fronteiras do Rio Grande do Sul. Apesar de pouco tempo de atividade, Nery não se arrepende de ter apostado no empreendedorismo. “Me considero realiza-

do, porque consigo visualizar o que idealizei tendo êxito e conquistando resultados positivos”, ressalta.

empResas em séRie

Situação diferente vive Henrique Zago Cervo, de 30 anos. Diretor-geral de três empresas da família no setor de comunicação em Faxinal do Soturno, ele enfrentava dificuldades para encontrar um prestador de serviços de informática. Quando finalmente encontrou um profissional habilitado, concluiu que essa carência afetava toda a região e logo o convidou a abrirem juntos um negócio. Há dois anos em funcionamento, a HJ Web Desenvolvimento de Sites e Sistemas já conquistou clientes até de fora do Estado.

“Planejamos para que a empresa se tornasse sustentável desde o primeiro dia. Para isso, usamos nossos próprios re-cursos, e parte dos lucros reinvestimos no desenvolvimen-

aos 25 anos, Cristiano Nery viu no mercado

imobiliário aquecido uma oportunidade

de abrir o seu próprio negócio

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to”, explica Cervo, estudante de Administração de Empresas e responsável por cuidar da gestão do negócio. O cuidado com que administra as finanças das empresas foi uma lição do pas-sado, quando aos 15 anos foi morar sozinho em outro mu-nicípio e aprendeu a controlar a mesada enviada pelos pais. “Minha vida é o meu primeiro negócio”, enfatiza.

Sem se considerar realizado profissionalmente, Cer-vo estuda a abertura de um novo empreendimento. Nem mesmo as dificuldades tributárias e trabalhistas, queixas comuns de muitos empresários, o inibem. “O cenário é sempre favorável para quem conhece a si próprio. Para os jovens, eu questiono: vocês irão esperar o governo agir para abrirem seus negócios?”, reflete. Na avaliação do em-

presário, o medo que muitos têm de investir tem como causa a falta de incentivos nas escolas.

Rede social

Assim como Cervo, Daniel Freitas, de 30 anos, transfor-mou-se em empreendedor por oportunidade. Formado em Medicina e especializado em Urologia, ele e dois colegas discutiam a carência de um software para compartilhar in-formações sobre a saúde dos pacientes. “O atendimento ao paciente é muito segmentado e muitas vezes os exames são os mesmos”, explica. Aos poucos, o grupo desenvolveu a ideia de um programa capaz de servir como um banco de dados, sem que houvesse a participação de ninguém além dos próprios médicos. A partir disso nasceu a Metacem, uma rede social para compartilhar prontuários médicos.

Bancada por recursos próprios, a startup acumula hoje 3 mil pacientes cadastrados por médicos. “Eu não me

Startup criada por thomás Capiotti (d) e

colegas de faculdade já rendeu prêmios.

eles apostam na empresa sem deixar de

conciliar atividades paralelaspâmella Charão/divulgação on Security

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considero empreendedor. A minha profissão é a Medici-na”, ressalta. Embora tenha cogitado se matricular em um MBA, Freitas entende que é mais proveitoso se dedi-car ao que realmente considera sua vocação, deixando a gestão do negócio nas mãos de profissionais especializa-dos. Como prova, a Metacem desenvolveu um plano de negócios para os próximos cinco anos. Para garantir o crescimento, os três sócios avaliam, hoje, a captação de novos investimentos.

“Nossa grande motivação é o desafio. Muitos diziam que não iria dar certo, e isso nos estimulou ainda mais”, revela Freitas. O médico diz que hoje sente também satis-fação pessoal como os rumos da Metacem, abrindo mão, muitas vezes, de horas de folga para checar o desempe-nho da startup. Para quem pensa em lançar projetos se-melhantes, as palavras são de estímulo. “O cenário é mui-to favorável para investimentos em pequenas empresas de tecnologia, pois possibilitam retornos superiores aos investimentos tradicionais.”

mudança de planos

Gaúcho recém-radicado em São Paulo, Thomás Capiotti, de 23 anos, é formado em Computação pela Unipampa. Foi lá que desenvolveu com três colegas o projeto que originou a startup On Security. “Para uma disciplina da faculdade, nós desenvolvemos um sistema para detectar a vulnerabi-lidade no ambiente online. Entretanto, percebemos que o número de pessoas que visitaram o site era impressionan-te”, conta. Depois de uma pesquisa de mercado, o grupo percebeu que a área de segurança é explorada por poucas empresas, tanto no país como no exterior.

O lançamento da startup, com o sistema já lapidado, cha-mou a atenção de aceleradoras de crescimento, mas o grupo rejeitou as propostas. Para Capiotti, os rumos do projeto al-teraram por completo os seus planos de carreira. “Quando me formei, o cenário provável era de buscar a estabilidade de um cargo no serviço público”, confessa. Hoje, porém, ele se mostra seduzido pelo negócio próprio. Como todos têm um emprego fora da On Security, razão pela qual o empre-sário deixou o Estado, os sócios planejam atualmente a con-tratação de seus primeiros colaboradores.

Capiotti afirma que a On Security é o seu xodó, ao qual dedica boa parte do tempo de folga. Na avaliação dele, os

jovens atualmente tem um cenário promissor de cresci-mento profissional. “Antes, para conquistar um cargo im-portante dentro de uma empresa eram necessários muitos anos. Hoje isso mudou, está bem mais rápido. Com a quan-tidade de informações disponível na internet, a probabi-lidade é que a velocidade se torne ainda maior e que os jovens assumam papel fundamental no desenvolvimento econômico do país”, acredita.

Presidente da IEE, Bruno Zaffari entende que a partici-pação dos jovens extrapola o cenário econômico. “Os pro-testos de junho, organizados por redes sociais, demons-tram que há uma vontade da juventude de mudar o país e o Estado, transformando-o em espaço com oportunidades para todos”, relembra. Nem melhor nem pior do que as an-tecessoras, a nova geração tem uma forma própria de inte-ragir. Empreendedor ou executivo, a contribuição trazida por eles é de um ambiente mais dinâmico e capaz de gerar oportunidades de negócio.

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A geração que entrou há pouco tempo no mercado não pensa tanto na carreira.

O principal foco é a realização pessoal

através do trabalho.”

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presidente da Fajers

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saiba

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mais

mais & menosGESTÃO / Custo da má ComuniCaçãoSer claro ao transmitir uma ideia é essencial para o bom andamento dos ne-gócios. Uma pesquisa do Project Management Institute (PMI) revela que a cada US$ 1 bilhão investido em um projeto, US$ 75 milhões ficam em risco exclusivamente por deficiências na comunicação. A pesquisa ouviu 742 ges-tores, 148 patrocinadores executivos e 203 empresários, todos envolvidos em projetos com orçamento total de 250 mil dólares ou mais nos últimos três anos em organizações com pelo menos mil colaboradores. Para quem deseja minimizar os riscos, o PMI sugere quatro passos:

EMPREENDEDORISMO / mais e melhorUm relatório do Sebrae aponta que, nos últimos cinco anos, o Brasil regis-trou um aumento de 165% no número de pequenos negócios, contando com quase 8 milhões de em-presas. Esse crescimento, entretanto, veio acompanhado de qualidade. Há uma década, metade dos negócios deixava de funcionar antes de completar dois anos de atividade. Hoje, de cada cem novas empresas, 76 sobrevivem além do segundo aniver-sário. De acordo com a pesquisa, esse quadro positivo é reflexo da elevação do nível de escolaridade do empreendedor brasileiro. Em 2003, 29% deles tinha Ensino Médio completo, enquanto atualmente esse percentual beira os 50%. A abertura de negócios também deixou de ser uma saída para o de-semprego. De cada dez empresas abertas, sete são por oportunidade e não por necessidade. As PMEs correspondem a 99% do total de empresas no país e representam 25% do PIB do país.

HábITOS cUlTURaISEstudo do Ibope/Conecta sobre os

internautas da cidade de São Paulo

aponta que 94,8% das pessoas

utilizam a internet para consulta de

eventos sociais. Entre os jovens (de 16

a 29 anos) esse número sobe para

98,5%, contra 38,8% de jornais e

29,1% de revistas.

baTISMOMaria é o nome mais popular entre

as mulheres do país. Mais de 13,5 milhões de brasileiras foram assim

batizadas, muito acima dos 2,5

milhões de Ana, segundo prenome

mais popular. Os dados são da

consultoria Proscore.

cREDIbIlIDaDEUm levantamento da consultoria

internacional de negócios Bain &

Company indica que 85% dos

executivos brasileiros acreditam que

as mídias sociais foram responsáveis

pela melhoria da relação das marcas

com seus consumidores.

EM vIaGEMOs Estados Unidos são o destino

preferido de 34,3% dos

turistas brasileiros de alta renda.

A informação é de um relatório

do grupo Omint. Muito distantes

estão França (5,8%) e Itália (4,4%),

segundo e terceiro colocados,

respectivamente.

MERcaDO DE TRabalHOA utilização dos sites de emprego

cresce no Brasil. Na busca pela

atual ocupação, 51,7% dos

trabalhadores utilizaram a internet,

segundo dados da Catho.

• Usar linguagem simples e mensagens diretas. Quando

colaboradores não compreendem as mensagens de diretores e líderes,

a equipe se desmotiva e a produtividade cai.

• Elaborar estratégias de comunicação específicas para cada grupo.

Cada setor tem seus próprios interesses. O executivo deve estar

atento ao que é capaz de sensibilizar cada um deles.

• Valorizar a gestão de projetos. O estudo demonstra que quanto mais

importância se dá ao gerenciamento, melhores são os resultados.

• Padronizar a mensagem. Mesmo com estratégias diferentes, o

conteúdo das mensagens deve ser o mesmo.

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PERFIl / DUPla jOrnaDaNovos tempos den-tro das empresas. Be-nefícios criados para permitir às mães con-ciliar o trabalho e a vida familiar são mais utilizados pelos ho-mens do que pelas próprias mulheres. Essa mudança é reflexo das transformações das últimas décadas, com a diferença entre os gê-neros cada vez menos acentuada. De acordo com dados da edição mais recente do Guia Sa-larial Hays Insper, 77% dos funcionários hoje optam por mudanças no horário de trabalho ou pelo home office, contra apenas 73% das co-laboradoras. Trânsito e a possibilidade de ir à academia em horários de menor movimento estão entre os fatores apontados.

FINaNÇaS / elimine os risCosNos primeiros oito meses do ano, 1,25 milhão de novos em-preendimentos surgiram no Brasil. Porém, apenas espírito empreendedor não é suficiente para garantir o bom anda-mento dos negócios. É preciso fazer uma boa gestão admi-nistrativa e contar com o planejamento financeiro adequa-do. Um levantamento da Serasa Experian revela que 44% das empresas que tiveram falência decretada em 2013 foram PMEs. Um dos principais obstáculos para a sobrevivência dos negócios foi o despreparo e a ansiedade dos gestores frente às dívidas. Para não cair na mesma armadilha, conheça nove passos que podem tirar a empresa da UTI.

MERcaDO / DE OlHO NO FUTURO

A consultoria Euromonitor

International lançou um novo

e-book com as cinco principais

tendências de varejo em 15

nações das Américas do Norte

e do Sul. Sobre o Brasil, o livro

observa que, após cinco anos

de forte performance, o ritmo

de crescimento do varejo será

reduzido nos próximos meses,

enquanto o crediário, muito

utilizado pelas famílias da classe C,

segue com um papel importante

para atrair novos consumidores.

Além disso, o relatório sustenta que

as empresas de e-commerce

nacionais devem enfrentar uma

dura competição diante das rivais

internacionais e que o comércio

de luxo seguirá como uma opção

atrativa para os investidores.

• Reconheça as dívidas: faça um controle rigoroso do que

é devido a cada fornecedor, banco e ao governo.

• identifique os eRRos: entenda os fatores que levaram a

empresa para o vermelho.

• Reduza os gastos: localize onde estão os excessos

e faça cortes.

• saiba quais são as maioRes dívidas: procure os credores

e tente uma renegociação em aberto.

• estabeleça condições Reais de pagamento: não

se comprometa a pagar além da capacidade financeira

do negócio.

• evite o efeito bola de neve: não perca tempo para tomar

ações emergenciais, pois a demora pode fazer a situação

sair de controle.

• busque ajuda: há consultorias especializadas no mer-

cado, prontas a auxiliar o seu negócio.

• tRace planos: é importante ter metas realistas no curto,

médio e longo prazos. não repita os erros do passado.

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m 2013, o SeSc comemora cinco

décadaS dedicadaS à qualidade

de vida doS idoSoS. Para quem

ParticiPa de atividadeS do

Programa SeSc Maturidade ativa,

a idade deixou de Ser obStáculo

Para Seguir como ProtagoniSta

da vida da comunidade

Ehumana é uma conquista global. A mais recen-

te pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísti-ca (IBGE), de 2010, revela que quem nasce no país tende a viver 73,5 anos, índice 11,5 anos superior ao registrado há três décadas. Mais tempo de vida, entretanto, não significa manter a sensação de bem-estar. Atento a esse cenário, o Sesc completa, em 2013, 50 anos de programas de estímulo à qualidade de vida na terceira idade.

A entidade é uma das pioneiras em lançar iniciativas es-pecíficas para o público de idade avançada. Em 1963, o Sesc lançou o projeto Trabalho Social com Idosos em São Paulo, após observar que, à medida que envelheciam, muitas pessoas se afastavam do convívio social e perdiam a qualidade de vida. Em 2003, o Programa Sesc Maturidade Ativa foi lançado no Rio Grande do Sul, promovendo atividades de educação, cultura, recreação, esportes e saúde. “Por meio dessas ações, o Sesc mostra um novo significado para o envelhecimento, não mais associado ao isolamento e inatividade, mas à valorização e ao reconhecimento de que essa fase da vida pode ser vivida de

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Celebrações do dia do ComerCiário

para comemorar a data, o Sesc-RS promove em todas as

regiões do Estado diversas ações de esporte, lazer, cultura

e saúde para os mais de 1,4 milhão de trabalhadores do

setor terciário gaúcho e seus familiares. alusivos ao dia do

comerciário 2013, os eventos serão realizados em todas

as cidades com unidades do Sesc e balcões Sesc/Senac

nos últimos dias de outubro.

22/outCasa da saúde

acontece, em santa Maria, o lançamento da Mostra

Casa da Saúde Sesc. a comunidade terá acesso gratui-

to a testes de saúde, exposições interativas e palestras.

24/outTemporada de Férias

O lançamento da edição 2013/ 2014 acontecerá no dia

24 de outubro. uma rede de hotéis e pousadas no rio

Grande do sul e em santa catarina está à disposição

de quem deseja curtir opções de lazer e entretenimento

durante os meses mais quentes do ano.

29/outbalcões sesc/senac

O sistema Fecomércio inaugura novas instalações

em Palmeira das Missões. no espaço, os comerciários

receberão atendimento para usufruir dos produtos e

serviços das entidades.

aGenda de eVentOs

mesa brasil CombaTe o desperdíCio de alimenTos

criado em 1945 pela Organização das nações unidas

para a agricultura e a alimentação (FaO), o dia mundial

da alimentação é comemorado em 16 de outubro.

a data busca conscientizar a população sobre o proble-

ma da fome no planeta, além de estimular o combate

ao desperdício de alimentos. no Rio Grande do Sul, o

programa mesa Brasil Sesc irá realizar ações simultâneas

em porto alegre e Região metropolitana, cachoeira do

Sul, Erechim, caxias do Sul, Santa maria, Rio Grande e

vales do taquari e Rio pardo (Lajeado, Estrela, Santa cruz

do Sul e venâncio aires).

forma repleta de satisfação e realizações”, afirma o coordena-dor do Programa, Eduardo Schmitz.

Atualmente, o Sesc mantém 45 grupos do Maturidade Ati-va no Estado. No programa, todas as ações são desenvolvidas a partir de políticas reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). São promovidos encontros de idosos com jovens e crianças, viabilizando a transmissão da memória cultural, além de palestras e debates, de forma a incentivar o conhecimento sobre temas atuais e hábitos saudáveis, as-sim como informar os participantes de seus direitos e deve-res. Outra preocupação constante é o envelhecimento ativo. Através de atividades comunitárias, os idosos socializam e se integram à sociedade, enquanto encontros e confraterni-zações com os colegas fortalecem as amizades e motivam o convívio social fora do grupo.

No Sesc Maturidade Ativa, o idoso é transformado em prota-gonista da sua comunidade. “As pessoas nessa faixa etária são potenciais agentes de transformação social, podendo contri-buir para o cumprimento da missão do Sesc. A entidade, por sua vez, oferece a eles a oportunidade de resgatar sonhos e projetos de vida. Assim, o idoso se sente realizado, reconhecido e valorizado”, explica Schmitz. Os grupos foram responsáveis pela adoção de canteiros municipais e creches carentes, ações ambientais e por oficinas para o público.

“Além da socialização, essa iniciativa do Sesc é importante pelas atividades proporcionadas a nós, como viagens, oficinas de artesanato e peças de teatro. Esse é um incentivo para nin-guém ficar isolado ou em depressão”, diz Ieda Goulart Schar-dong, de 66 anos e que há cinco é participante do programa. Para Benito Marchesin, de 76 anos e frequentador desde o lançamento do Maturidade Ativa, a vida ganhou um outro sig-nificado. “Esse programa é uma coisa até fora do normal, de tão bom que é. Aqui recebo tudo que preciso: companheiris-mo, conhecimento e qualidade de vida”, completa.

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ho Artigos esportivos

om o país prestes a sediar a Copa

do mundo e os Jogos olímpiCos,

a adoção da estratégia Correta

pode signifiCar a oportunidade

de expandir os negóCios

Cmuitas vezes, a serem sedentárias e

provoca distúrbios como obesidade, doenças cardíacas e estresse. Para quem deseja conciliar saúde e sensação de bem-estar, ter uma rotina de atividades físicas torna-se obrigatório. Entretanto, a prática de esportes requer rou-pas e equipamentos adequados, gerando oportunidade de negócios para diversas empresas.

No Rio Grande do Sul, uma das pioneiras nesse seg-mento é a rede varejista Ughini. Fundada em Tapejara em 1927, a empresa se dedicava, no princípio, ao comércio de secos e molhados, ferragens e cereais. Sediada hoje em

O estilO de vida mOdernO leva as pessOas,

Com a bola toda

Fotos: lúcia simon

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Porto Alegre, a companhia vende produtos de vestuário, calçados e artigos de cama, mesa e banho, mas são os ar-tigos esportivos sua principal fonte de receitas. “A nossa clientela é bastante diversificada. Há muitos consumido-res que buscam produtos de outros departamentos, mas circulando pela loja acabam adquirindo itens do setor de esportes”, conta o diretor Lídio Ughini.

Enquanto a matriz tem um mix de produtos diversifi-cado, as três filiais são focadas em artigos esportivos. Para manter um fluxo constante de clientes, a rede tem apostado em venda parcelada, com resultados positivos. “A oferta de crediário alavanca as vendas, assim como o retorno das pes-soas às lojas para o pagamento de prestações. Nessas ocasi-ões, os consumidores aproveitam para fazer novas compras ou conhecer as novidades”, explica Ughini. As vendas por crediário próprio são responsáveis por 65% do total, contra apenas 15% de cartões de créditos de terceiro.

Na relação de itens mais vendidos, o futebol aparece com destaque. São chuteiras, calções, meias e camisas de clubes ou personalizadas, mas, ainda assim, a Ughini Esportes busca oferecer a maior variedade possível de equipamen-tos para as modalidades mais populares, especialmente das marcas mais conhecidas. Em relação à sazonalidade, Ughini diz que, apesar de o verão ser a estação mais associada à pra-tica esportiva, os negócios esfriam. “Nos meses de janeiro e fevereiro, o volume de transações cai significativamente, enquanto em dezembro a venda ultrapassa os 55% da média mensal anual”, comenta.

Negócio de ocasião

Os últimos meses também são os de maior movimento no interior do Estado. É o caso da Play Tennis, de Passo Fun-do. “Nosso melhor trimestre engloba o período de outubro a novembro. É quando o calor faz as pessoas praticarem es-portes, e isso tem reflexo direto nas vendas”, diz a empre-sária Maria Cláudia Rossetto. Ao lado do marido, Domingos Justen, e do casal Adelar e Paulina Bettiol, eles dirigem a empresa desde 1998. “Não somos os fundadores da compa-nhia, mas decidimos comprá-la por já sermos clientes. Cada um de nós sempre teve gosto pelo esporte”, destaca.

Na Play Tennis, a maior parte de seus clientes é frequen-tadora de academias, mas nem sempre foi assim. A loja nas-ceu com a vocação de atender os praticantes de tênis e de-

pois passou a dedicar a maior parte do mix no futebol. “Hoje o foco são as pessoas que praticam atividade física com ênfase na saúde. Em termos de idade, inicia nos 20 e segue até perder de vista”, relata Maria Cláudia. De acordo com a empresária, na hora da compra homens e mulheres têm postura distintas: eles querem conforto acima de tudo; elas também valorizam a beleza das peças.

Hoje, a empresa é formada por três lojas para o público adulto e uma dedicada exclusivamente a vender artigos es-portivos para o público infantil. “Nessa unidade temos ex-celentes resultados, com os calçados como itens de maior saída”, destaca. Além disso, a gestora avalia que o segmento se tornou mais dinâmico na comparação com a década pas-sada. “Os jogadores de futebol trocam o modelo de chutei-ra a cada três meses, por exemplo. O cliente sempre quer a mais atual, e isso exige um cuidado constante do lojista”, frisa Maria Cláudia. Para o próximo ano, a Copa é o foco das atenções da Play Tennis. “Já fechamos negociações com os fornecedores e esperamos que tenha impacto positivo nos negócios. É um evento que atrai mesmo quem não costuma se envolver com o futebol”, conclui a empresária.

Para Lídio Ughini, a aposta nos crediários

torna constante o fluxo de clientes,

que aproveitam o momento do

pagamento para novas compras

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Fórum

órum de economia discutiu

as dificuldades que o país e o

estado enfrentam para promover

a competitividade e garantir o

crescimento continuado

Fbrasileira e gaúcha para aumentar a sua compe-

titividade e as possíveis soluções foram o tema do Fórum de Economia, promovido pelo Sistema Fecomércio-RS, no dia 9 de outubro. O coordenador do Conselho de Economia da Fe-comércio-RS, Leonardo Schreiner, fez a abertura do evento, ressaltando a importância do grande momento de aprendiza-do por meio de uma conversa entre indivíduos com visões e experiências tão diferenciadas.

O presidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac, Zildo De Marchi, comentou que o comércio é a vanguarda, pois está na ponta da cadeia. “Por isso os empresários do setor precisam estar sempre bem informados, pois as questões da economia os atingem diretamente e muito rapidamente. Precisamos aten-der às novas demandas, e a informação tem papel fundamental nesse processo”, disse.

Os desaFiOs enFrentadOs pela ecOnOmia

Desafios para crescer

Foto

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O primeiro painel, intitulado Os Desafios de Competitivi-dade na Economia Brasileira, teve mediação do consultor eco-nômico da Fecomércio-RS, Marcelo Portugal, e contou com a presença do economista-chefe do Citibank/Citigroup no Brasil, Marcelo Kfoury Muinhos; da presidente da Dudalina, Sônia Hess, e da fundadora das empresas Lemon e FazInova, Bel Pesce. Kfoury apontou tendências não muito otimistas para o próximo ano, com previsão de crescimento de apenas 2% em 2014. O economista alegou que a política de crédito e estímulo ao consumo do Governo Federal não se susten-ta mais. Além disso, o excesso de intervencionismo estatal com a finalidade de conter a inflação teve efeito contrário, gerando uma série de ineficiências na economia brasileira, com reflexos inflacionários.

A presidente da Dudalina, que atua tanto na indústria quanto no comércio, defendeu a necessidade de uma reforma trabalhista no país. Sônia acredita que a CLT está defasada e que as leis de trabalho são inflexíveis, além de ter reclamado da quantidade excessiva de tributos pagos pelos empresários, sustentando que os processos da Receita deveriam ser menos burocráticos. “O Brasil não está ficando mais rico; está ficando mais caro”, manifestou a executiva. Já Bel Pesce destacou que, além de modificar a estrutura das instituições, é preciso mudar o modo de pensar dos indivíduos. Inovação, segundo a empre-sária, é uma sucessão de tentativas e erros, muito mais do que um “momento Eureka”: “ É fundamental investir mais na edu-cação, de maneira que as pessoas sejam incentivadas a tentar inovar e que aprendam com as falhas ao longo do caminho”.

Planos futuros

No final do painel, cada um dos participantes sugeriu mu-danças que promoveriam o aumento da competitividade brasi-leira. Marcelo Kfoury ressaltou a importância da recomposição do tripé macroeconômico (sistema de metas de inflação, metas de superávit primário e câmbio flutuante), da reforma traba-lhista e previdenciária. Bel Pesce afirmou que para estimular a inovação é preciso uma educação de qualidade e que não é

possível ter uma legislação trabalhista e tributária tão rígida quanto a verificada no Brasil. Sônia Hess defendeu a necessi-dade de haver um plano de longo prazo para o Brasil, que se estenda além dos mandatos públicos.

O segundo painel, com o tema Rio Grande do Sul: ficamos para trás? teve a participação do ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto; do gerente industrial da CMPC Celulo-se Riograndense, José Wilhelms Ventura, e do vice-presidente do grupo Dimed, Denis Pizzato; com mediação da economista-chefe da Fecomércio-RS, Patrícia Palermo.

Pizzato abriu o painel falando que grande parte da respon-sabilidade do baixo desempenho do Estado na comparação com os demais deve-se à incapacidade de criação de consensos com relação ao que é bom para o Rio Grande do Sul. A necessidade de cada governo deixar sua marca, na opinião do empresário, tem se refletido na incapacidade do Estado de atrair investimen-tos e promover o crescimento ininterrupto. O ex-governador frisou que a continuidade dos projetos é fundamental, mesmo que os governos mudem. Ele alertou que diante do sério déficit estrutural que o Estado enfrenta é muito importante que haja mais parcerias público-privadas (PPPs) para a modernização de portos, aeroportos e estradas, condição fundamental para a expansão da atividade produtiva.

Ventura, por sua vez, observou que a burocracia e a falta de estrutura dos órgãos fiscalizadores são um entrave para o desenvolvimento. Ele lembrou que não há pessoal suficiente para realizar todas as inspeções exigidas em lei, o que acaba atrasando o processo para abertura de empresas ou execução de obras, por exemplo. Os participantes sugeriram alterações na condução da política do Estado, buscando ganhos de com-petitividade. Para Rigotto, a transparência da situação fiscal do Estado é o primeiro passo. Melhorar a qualidade da educação, ponto compartilhado entre todos os participantes, e apostar em vocações próprias estão entre as questões a serem tratadas pelos próximos governos. Tanto Pizzato quanto Ventura de-fenderam que a estabilidade de regras, a redução da burocra-cia e a estrutura adequada do Estado são fundamentais para o crescimento da economia gaúcha.

Empresários, executivos

e estudantes ficaram atentos

aos painéis apresentados

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senac

eira estimula a produção

científica e tecnológica de

alunos do senac-rs em todo o

estado. neste ano, o tema foi o

desenvolvimento sustentável

Fda vida de modo sustentável? Essa foi a

pergunta que motivou os trabalhos da 4ª Feira de Projetos. A iniciativa do Senac-RS é um evento anual que mobiliza alunos dos cursos técnicos e de Formação Inicial e Continu-ada (FIC) em todo o Rio Grande do Sul.

Ocorrida nos dias 12 e 13 de setembro, no Sesc Campestre, a Feira premiou os melhores trabalhos científicos elaborados por estudantes de unidades do Senac de diversas localidades do Estado. Entre os assuntos abordados nos projetos, estavam a reciclagem de materiais eletrônicos, o reaproveitamento de alimentos e a adoção de animais. Foram agraciadas as escolas Senac de Bagé, Bento Gonçalves, Cachoeira do Sul, Canoas, Comunidade Centro, Lajeado, Passo Fundo, Rio Grande, São Luiz Gonzaga, Torres, Três Passos e Uruguaiana.

Como é possível inovar para o desenvolvimento

Projetos Para o futuro

Cla

iton

do

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se

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Equipe

comemora

vitória de

trabalho sobre

turismo para

deficientes

visuais

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SEnac-RS amplia póS-GRaduação

os cursos presenciais de pós-graduação oferecidos

pelo senac-rs foram estendidos para as Unidades de

erechim, Bagé, Caxias do sul, rio Grande, santa maria e

Uruguaiana. Já as faculdades de porto alegre e pelotas

estão com matrículas abertas para Computação nas

nuvens; liderança, Coaching e Gestão de pessoas;

Gestão de negócios; segurança da informação;

Gerenciamento de projetos; Comunicação e marketing

estratégico, e Gestão de moda. informações pelo site

www.senacrs.com.br/pos.

pRESidEntE dilma RouSSEf REaliza foRmatuRa

em 11 de outubro, a presidente dilma rousseff participou

da formatura dos cursos do pronatec. na ocasião, 300

alunos do senac-rs das cidades de Canoas, Cachoeira

do sul, Gravataí, montenegro, novo Hamburgo, porto

alegre, são leopoldo e viamão

receberam o certificado de

conclusão das capacitações

gratuitas oferecidas pelo

Governo Federal.

24/novVestibular de Verão

faculdades senac Porto alegre e Pelotas

realizam as provas do Vestibular de Verão 2014.

as inscrições podem ser realizadas até o dia 22

de novembro, pelo site www.senacrs.com.br/

vestibular ou pela página www.facebook.com/

senacrsoficial.

26/outcaravana digital

Iniciativa do senac-rs com a rádio farroupilha,

leva oficinas gratuitas de informática para a

população de baixa renda. o próximo destino é o

bairro Mathias Velho, em Canoas.

até 30/outfenachamp

em Garibaldi, senac Bento Gonçalves ministrará

28 oficinas gastronômicas gratuitas. Chefs

do senac ensinarão pratos doces e salgados

harmonizados com espumantes da região.

aGenda

Na modalidade FIC, o destaque foi para “Sistema de Re-serva de Energia Sustentável para Emergências”, elaborado pelos alunos Carlos Maicon Rodrigues do Prado, João Pedro Weber de Morais e Lucas Stangherlin Vieira, sob orientação da docente Águeda Cecília Back, do Senac São Luiz Gonza-ga. “Sempre se tem a melhor expectativa possível quando se participa de um evento como este, mas ficar em primeiro lugar é uma grande conquista, além de um incentivo a mais para os estudos”, afirma João Pedro, um dos vencedores.

Já na categoria Ensino Técnico, o prêmio máximo foi para o projeto Turismo sem limites: inclusão dos deficientes visuais no turismo, desenvolvido pelos estudantes Fernan-do Fagundes Nogueira, Monyque Bianca Lenciza Alves e Ana Lenir de Oliveira Jardim Fagundes, sob orientação da docente Michele Fernanda Garcia Peixoto Ferreira, da Escola de Educação Profissional Senac Bagé. “Participar deste projeto foi uma experiência inesquecível, pois o trabalho apresentado é pioneiro na área de turismo vi-sual. Já temos o apoio da prefeitura de Bagé, que vai in-centivar na elaboração e execução do trabalho”, destaca a vencedora Monyque.

IncentIvo

Para Nara dos Anjos, coordenadora de projetos especiais do Núcleo de Educação Profissional (NEP) do Senac-RS, a Feira de Projetos trouxe integração entre estudantes e do-centes, além de prepará-los para outros eventos científicos. “Eles já concluem uma edição perguntando quando será a do ano que vem, tamanhos o entusiasmo e a dedicação de todos”, garante. Nara também destaca a realização conco-mitante da Mostra de Inovação, que apresentou projetos de colaboradores e professores do Senac, com o objetivo de in-centivar a cultura da inovação.

Roberto Berte, gerente do NEP, afirma que a feira fomen-ta a produção científica e tecnológica de alunos de todos os níveis educacionais, tornando-se um incentivo: “Estar na Feira de Projetos já é uma vitória para todos os alunos que se empenharam, mostraram vontade e criatividade”.

E o estímulo aos estudantes não para. Por terem sido premiados na Feira de Projetos, 15 trabalhos da modalidade Cursos Técnicos puderam participar da 7ª Feira Estadual de Ciência e Tecnologia da Educação Profissional (Fecitep).

roberto stuckert Filho/divulgação pr

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MERCADO

inculado ao SiStema Público

de eScrituração digital

(SPed), Projeto ProPõe

mudançaS que facilitam a

rotina contábil e aPrimoram

recurSoS de fiScalização

Vque o eSocial entre em vigor, as dúvidas relativas

ao projeto, que é amplo e está vinculado ao regime de escri-turação fiscal digital, são muitas e a preocupação com a adap-tação, maior ainda. Apesar do início conturbado, a iniciativa deve simplificar processos quando estiver consolidada.

Graças à unificação de informações trabalhistas, previ-denciárias e fiscais, o projeto abastece dados vinculados a órgãos como Caixa Econômica Federal (Caixa), Instituto Na-cional do Seguro Social (INSS), Ministério da Previdência, Mi-nistério do Trabalho e Emprego (MTE) e Receita Federal do Brasil (RFB) em um único arquivo, isentando o empregador de uma série de obrigações acessórias. Os primeiros passos para adequação é que atravancam um pouco o avanço. Com-preender as exigências, que ainda estão sendo normatizadas, é o primeiro ponto de entrave. Mesmo antes de ser divulgada, a regulamentação já tem atraído atenção de especialistas na área ou a inquietação de quem sabe que vai levar um tempo para alinhavar os novos parâmetros à rotina.

A assessora tributária do Sistema Fecomércio-RS Tatiane Correa adverte para a importância de buscar informações o quanto antes para minimizar o impacto da medida. “Nor-malmente, as empresas deixam tudo para a última hora”, lembra. O recado é válido, sobretudo, para as companhias de menor porte, que, segundo a assessora, tradicionalmente enfrentam maior dificuldade para se adaptar.

Debaixo De um granDe guarDa-chuva

O Sped começou a ganhar forma a partir de 2007, quando foi detalhado como uma das medidas adotadas para o aper-feiçoamento do sistema tributário. A previsão de implanta-ção do Sped estava integrada às iniciativas do governo fe-deral para expandir o crescimento econômico do país. De lá para cá, periodicamente, adotaram-se mudanças que são pontuais, mas que têm como objetivo alcançar a eficiência tributária mencionada há seis anos.

Faltando menos de três meses para

Os desafiOs dO esOcial

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imo

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Com isso, vieram o Sped Contábil, a Nota Fiscal Eletrônica e tantas outras mudanças que têm ajustado, cada vez mais, a rotina burocrática das empresas a um contexto mais amplo. “O eSocial está debaixo de um grande guarda-chuva”, sinte-tiza Tatiana, lembrando que a mudança é bem-vinda. “Com certeza ele vem para facilitar”, assegura.

Ao agilizar a entrega das informações relativas ao qua-dro funcional das empresas, o eSocial levará todas as exi-gências, que requerem vários arquivos, a somente um. Além dessa, que já é uma grande vantagem e que reduz custos com produção e controle, ela tem alcance de vantagens à outra ponta do sistema: os órgãos públicos. O compartilha-mento das informações, de forma mais estratégica, vai favo-recer a fiscalização, tornando-a mais ágil, e reduzir fraudes previdenciárias e a informalidade nas relações de trabalho.

Fecomércio Disponibiliza material De apoio

Os questionamentos e a necessidade de compreender melhor os mecanismos de funcionamento do eSocial não são exclusividade de quem está alheio à rotina burocrática da gestão contábil e tributária das empresas. Profissionais des-ses segmentos também enfrentam o desafio de acompanhar a mudança. Agora, se não está fácil nem para eles, imagine para os demais. Pensando nessa dificuldade, os assessores tributários do sistema Fecomércio-RS elaboraram um ma-nual contendo os principais tópicos vinculados ao eSocial.

“Divulgamos esse material no sentido de orientar as em-presas, e, pelo que eu estou vendo, a própria divulgação oficial está sendo demorada. Então tentamos nos adiantar”, destaca

• Livro de Registro de Empregado

• Folha de Pagamento

• Comunicação de Acidente de Trabalho

• Perfil Profissiográfico Previdenciário

• Arquivos eletrônicos entregues à fiscalização (Manad)

• Termo de Rescisão e Formulários do Seguro Desemprego

• Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à

Previdência Social (GFIP)

• Relação Anual de Informações Sociais (Rais)

• Cadastro Geral de Empregados e

Desempregados (Caged)

• Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf).

Todas as informações passarão a constar de uma única plataforma digital

Obrigações acessórias substituídas pelO esOcial

* O cronograma está sujeito a alterações a critério da Receita Federal do Brasil e demais entidades.Fonte: Assessoria Tributária – Fecomércio-RS

Quem é ObrigadO e a partir de QuandO?

Tatiane Correa, assessora tributária da entidade. O material foi distribuído para todos os conselhos da Fecomércio-RS, com o intuito de favorecer a preparação dos gestores para o novo mo-delo. Diferentemente dos assessores tributários, que tiveram que se debruçar sobre leis muito mais complexas, quem tem acesso ao manual consegue assimilar melhor os conceitos do eSocial. Embora seja necessário empenho maior de quem lida com os programas para obtenção de especificações mais téc-nicas, o manual, para o público ou para a primeira de muitas leituras, é um ótimo começo e está disponível para download no link www.fecomercio-rs.org.br/agencia-pesquisas.php ou dire-tamente com a equipe de assessoria tributária da entidade.

regimes obrigaDosLucro real

Lucro presumido

Simples Nacional

MEI e pequeno

produtor rural

Empregador doméstico

caDastramento inicial*Até 30/04/2014

Até 30/09/2014

Até 30/09/2014

Implantação do eSocial com

Recolhimento unificado

envio De eventos*A partir de 30/05/2014

A partir de 30/10/2014

A partir de 30/10/2014

Final do 1º semestre de 2014

A partir de 120 dias após a publicação da regulamentação

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pelo mundo

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Sem barreiraS Eliminar qualquer dificuldade de comunicação entre pessoas que falam diferentes idiomas. Essa é a finalidade do Sigmo, equipamento capaz de traduzir automaticamente 25 línguas em tempo real – inclusive o português do Brasil. Criado pelos suíços Marti Karrer e David Barnett, o dispositivo funciona conectado ao smartphone do usuário por meio do bluetooth e conta com um aplicativo que faz o reconhecimento das frases e as converte em texto. O conteúdo é então convertido para o idioma desejado com o auxílio do Google Translate e em seguida o aplicativo faz a leitura pelos pequenos alto-falantes do gadget. Recém-lançado nos Estados Unidos, o Sigmo custa US$ 50.

Div

ulg

ão

/Sig

mo

reStaurante Sobre rodaS Comida vendida em trailers há muito

tempo deixou de ser novidade. Entretanto, a crise econômica dos Estados Unidos foi responsável por criar uma onda de food

trucks pelo país, mas com uma diferença: gastronomia internacional e ingredientes

requintados. Com o fechamento de muitos restaurantes, chefs desempregados

enxergaram nos caminhões adaptados uma forma de oferecer seus pratos sem os custos de aluguel e de manutenção de um espaço tradicional. Febre nas principais

metrópoles, as opções oferecidas são muito variadas: dos temakis aos bocadillos

(sanduíches espanhóis), passando por tortas e chocolates. Com a ajuda do

boca a boca nas mídias sociais, alguns conquistaram uma ampla clientela,

lançando então serviço de tele-entrega. No Brasil, essa febre ganha adeptos e já é possível enxergar alguns food trucks nas esquinas de cidades como São Paulo e

Porto Alegre.

balão da cultura Uma sala de concertos inflável com

capacidade para 700 espectadores. Essa é a Ark Nova, estrutura móvel que pretende

levar música para as áreas mais devastadas pelo tsunami de 2011 no Japão. Criado

pelo escultor britânico Anish Kapoor e o arquiteto japonês Arata Isozaki, o espaço

é uma iniciativa do Lucerne Festival e tem estreia marcada para 12 de outubro, na

cidade litorânea de Matsushita. Semelhante a um circo futurista, a sala é feita de uma

membrana bem fina e resistente e tem interior equipado com palco e bancos de

madeira. Após cada concerto, os móveis e equipamentos são retirados e a estrutura é

esvaziada em poucos minutos.

Divulgação/Lucerne Festival Ark Nova

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vis

ão p

olitica

A criAção de novos partidos políticos com vistas à disputa eleitoral de 2014 reacendeu o debate sobre a quantidade de legendas no Brasil, expondo um dilema de nossa jovem democracia: como restringir o excesso de legendas, sem ferir um princípio democrático tão importante como a liberdade de criação, fusão, incorporação e extinção de partidos? Se, por um lado, a possibilidade da criação de partidos faz parte da tradição política brasileira, por outro, a existência de 32 legendas dificulta os debates e confunde o eleitor, pois não existem tantas opiniões divergentes sobre os temas públicos que são discutidos na arena política.

Além de confundir o eleitor – que não encontra diferenças programáticas entre os partidos, o excesso de agremiações é oneroso para os contribuintes e emperra a produção legislativa. Quando um novo partido é criado, já nasce com direito a recursos do fundo partidário, programas no horário eleitoral gratuito (que são pagos pelos cofres públicos) e, com um pouquinho de habilidade, estrutura de funcionamento no Congresso Nacional. Isso significa que os novos partidos podem ter direito a assessorias de bancada e

prerrogativas legislativas sobre a tramitação de projetos. Ou seja, os partidos já nascem com muito poder.

Quanto maior for o número de partidos, maior será o esforço empenhado pelo governo para conseguir implementar sua agenda legislativa. No caso brasileiro, esse esforço pode ser traduzido no oferecimento de cargos públicos importantes e emendas parlamentares. Não é por acaso que temos 39 ministérios. Ademais, muitos partidos, no Brasil, servem apenas para que seus dirigentes exerçam o controle do fundo partidário e negociem o tempo de rádio e televisão com partidos maiores.

Uma solução para esse impasse entre a liberdade democrática e o bom senso seria a instituição da cláusula de barreira, instrumento legal que não impede a criação, mas limita a atuação de pequenos partidos nas casas legislativas, diminuindo o custo e o poder de legendas com pouca expressão eleitoral. Esse instrumento já foi instituído no Brasil, mas foi derrubado por força do corporativismo político. Afinal de contas, nunca se sabe quando um novo partido pode ser necessário...

RodRigo giacometconsultor Político da Fecomércio-rs

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Muitos Partidos, Poucas ideias

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VAREJO

ongreso DeL CoMerCIo DetaLLIsta

De Las aMérICas reúne, na capital

gaúcha, representantes do

comércio varejista de diferentes

países do continente. em pauta,

os entraves econômicos

enfrentados pelo setor

C25 e 28 de setembro, a 23ª edição do Congreso Del

Comercio Detallista de las Américas. O evento acontece todos os anos em diferentes países do continente, reunindo empresá-rios e vendedores do setor varejista. Na edição de 2013, a rea-lização do congresso, ocorrido no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, ficou a cargo do Sistema Fecomércio-RS.

Durante dois dias, delegações de países como Chile, Uru-guai, Argentina e República Dominicana apresentaram pales-tras em que discutiam suas respectivas realidades econômicas. As apresentações também traçaram um panorama do cenário brasileiro, a partir das falas de diferentes especialistas. A pro-gramação foi complementada, ainda, por uma rodada de negó-cios, que estreitou os laços comerciais entre os participantes, e por passeios turísticos na capital gaúcha e na Serra.

Porto Alegre sediou, entre os diAs

Desafios além Das fronteiras

Foto

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Menos iMpostos

Um dos destaques do congresso foi a palestra do coorde-nador da Assessoria Legislativa do Sebrae Nacional, Bruno Quick. Intitulada O Impacto da Tributação nos Pequenos Negó-cios: o caso da Substituição Tributária do ICMS, Quick explicou aos presentes como a tributação afeta a saúde financeira dos micro e pequenos empreendimentos.

Ele defendeu a ideia de que, para se ter um país desen-volvido, é preciso uma máquina empresarial forte. Isso sig-nifica garantir que os negócios possam prosperar. Para tan-to, é preciso desonerar as PMEs.

O palestrante salientou que a economia brasileira é base-ada em serviços e no comércio de pequeno porte, e que as PMEs são responsáveis pela arrecadação de impostos que são revertidos em benefícios sociais como bolsas e pensões da Previdência. A ideia de que mais tributos levam a mais arre-cadação não procede, segundo Quick, pois a quantidade ex-cessiva de impostos mitiga as empresas. É preciso simplificar e desburocratizar o processo, de maneira que os empreende-dores possam sair da informalidade e expandir os negócios. Assim, eles abrem espaço para novos empregos, o que gera mais renda e mais consumo, fazendo girar a economia.

Já Marcelo Portugal, consultor econômico da Fecomér-cio-RS, prevê crescimento lento para os próximos anos. Na apresentação O Mundo em Crise: Perspectivas Macroeconômicas para a América Latina, ele explicou que a China não será um competidor tão forte no âmbito internacional. Desta manei-ra, os países latinos dependerão de suas próprias políticas econômicas. Após as crises nos Estados Unidos e na Euro-pa, que modificaram a economia mundial nos últimos cinco anos, o mundo deve crescer mais lentamente. Com isso, afir-mou o economista, é preciso aprender com os vizinhos Chi-le, Colômbia, Peru e Uruguai. Com uma abertura econômica baseada em menos impostos e num controle da inflação, esses países têm apresentado índices positivos. Portugal en-fatizou, também, a importância das políticas econômicas in-ternas e lembrou que é necessário ajustar as contas públicas para possibilitar o crescimento.

intercâMbio cultural

O contato com diferentes realidades do comércio varejis-ta evidencia que, apesar das particularidades de cada região,

alguns desafios são comuns a todos. Impostos excessivos e a competição com vendedores de rua irregulares são situ-ações apontadas pelos congressistas. “No continente, pra-ticamente há a mesma quantidade de informais e formais. São 50% que não pagam impostos nem contratam pessoas. É uma competição desleal. Os empreendedores têm que se organizar”, diz Rafael Cumsille Zapapa, presidente da Con-federación del Comercio Detallista y Turismo de Chile.

A chilena Norma Cortes explica por que decidiu sair de Caldera, no norte do país, para acompanhar o evento em Porto Alegre: “É muito importante vir ao congresso. Apren-demos muito por meio dos demais companheiros”, acredita, confirmando que, em sua terra, o comércio de rua é, de fato, um problema a ser resolvido. O dominicano Rafael Japa, por sua vez, considera a ocasião como uma ótima maneira de conhecer melhor outras culturas. “É uma magnífica opor-tunidade para fomentar a amizade e a solidariedade entre os membros do setor”, exclama o empresário do ramo de colmados (lojas de produtos comestíveis).

Adrián Cabrera,

representante do Uruguai, foi

um dos palestrantes

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monitor de juros mensal

O Monitor de Juros Mensal é uma publicação que objetiva auxiliar as empresas no processo de tomada de

crédito, disseminando informações coletadas pelo Banco Central junto às instituições financeiras. O Monitor

compila as taxas de juros médias (prefixadas e ponderadas pelos volumes de concessões na primeira

semana do mês) praticadas pelos bancos com maior abrangência territorial no Rio Grande do Sul, para seis

modalidades de crédito à pessoa jurídica.

Capital de Giro Com prazo até 365 dias

Cheque espeCial

anteCipação de Faturas de Cartão de Crédito

no

tas

Capital de Giro Com prazo aCima de 365 dias

Conta Garantida

desConto de Cheques

Na modalidade de capital de

giro até 365 dias, de modo

geral, as taxas médias de juros

apresentaram sutil elevação

na comparação com o mês

anterior. O Citibank, contudo,

permanece com a menor média.

O HSBC, apesar de figurar na

segunda posição, apresenta muita

volatilidade na análise semanal.

Na modalidade de cheque

especial, os dois bancos com

as taxas médias mais baixas

permaneceram os mesmos em

relação a agosto. A diferença entre

os mesmos, contudo, aumentou,

à medida que o Banrisul apresentou

leve tendência de queda enquanto

a Caixa, sutil elevação.

Na antecipação de faturas

de cartão de crédito, o Banco

Safra manteve-se com a taxa

média de concessão mais bai-

xa, permanecendo praticamen-

te estável em relação a agosto.

O Banrisul, apesar de se manter

no segundo lugar, registrou

aumento dos juros médios.

Na modalidade de capital de giro

acima de 365 dias, as taxas médias

mais baixas permaneceram com as

mesmas instituições em setembro

(Caixa, Citibank, Banrisul e Banco do

Brasil). Santander e Bradesco, que já

estavam entre os bancos com as

taxas médias mais altas em agosto,

apresentaram os acréscimos mais

significantes em setembro.

Na modalidade de conta garantida,

também se registrou estabilidade,

de modo geral, nas taxas médias

de juros. O Banco do Brasil, com sutil

redução, permaneceu com a taxa

mais baixa, porém não muito abaixo

de Banrisul e Santander. O Banco

Safra, que já tinha a taxa média

mais elevada, registrou aumento

adicional em setembro.

Na modalidade de desconto de

cheques, em que pese alguma

volatilidade ao longo de agosto, o

Banco Safra entrou em setembro

com a taxa média mais baixa

do mercado. Para as demais

instituições, contudo, manteve-se a

relativa estabilidade tradicional de

juros da modalidade.

1) A fonte das informações utilizadas no Monitor de Juros Mensal é o Banco Central do Brasil, que as coleta das instituições financeiras. Como cooperativas de crédito efinanceiras não prestam essa classe de informações ao Banco Central, as mesmas não são contempladas no Monitor de Juros Mensal.2) As taxas apresentadas referem-se ao custo efetivo médio das operações, incluindo encargos fiscais e operacionais incidentes sobre as mesmas.3) Período de coleta das taxas de juros: 02/09/2013 a 06/09/2013.

Instituição

Instituição

Instituição

Instituição

Instituição

Instituição

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

AGO

0,96

1,08

1,47

1,60

1,66

1,78

1,90

1,88

1,90

AGO

4,51

4,56

6,34

7,87

8,00

9,07

10,00

10,54

AGO

0,89

1,24

1,81

1,52

2,51

2,51

2,97

AGO

1,17

1,43

1,41

1,43

1,49

1,68

1,56

1,81

1,77

AGO

1,97

2,00

2,08

2,25

2,74

3,42

3,92

5,69

AGO

1,81

1,73

1,88

2,40

2,28

2,38

2,44

2,64

Citibank

HSBC

Banco do Brasil

Banrisul

Caixa

Santander

Banco Safra

Bradesco

Itaú

Banrisul

Caixa

Bradesco

Itaú

Banco Safra

Banco do Brasil

HSBC

Santander

Banco Safra

Banrisul

Banco do Brasil

Santander

HSBC

Bradesco

Itaú

Caixa

Citibank

Banrisul

Banco do Brasil

Banco Safra

HSBC

Santander

Itaú

Bradesco

Banco do Brasil

Banrisul

Santander

HSBC

Itaú

Citibank

Bradesco

Banco Safra

Banco Safra

Caixa

Banrisul

Santander

HSBC

Itaú

Banco do Brasil

Bradesco

SET

1,18

1,41

1,42

1,54

1,73

1,77

1,88

1,93

2,08

SET

4,25

4,72

6,40

7,78

8,19

9,08

9,99

10,51

SET

0,88

1,49

1,86

1,96

2,49

2,55

2,99

SET

1,19

1,23

1,27

1,37

1,41

1,49

1,75

1,88

1,91

SET

1,88

2,04

2,10

2,26

2,72

3,41

3,92

6,04

SET

1,44

1,76

1,83

2,35

2,35

2,37

2,45

2,66

É permitida a reprodução total ou parcial deste conteúdo, elaborado pela Fecomércio-RS, desde que citada a fonte. A Fecomércio-RS não se responsabiliza por atos/interpretações/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações.

/ SETEMBRO 2013

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No primeiro semestre do ano a economia gaúcha cresceu em um ritmo bem mais acelerado do que a média nacional. Nesse período, enquanto o PIB gaúcho se expandia em 8,9%, o PIB brasileiro cresceu minguados 2,6%. As estimativas para o segundo semestre apontam para uma redução da diferença de crescimento entre o Brasil e o Rio Grande do Sul, mas, ainda assim, a economia gaúcha deverá crescer o dobro da nacional em 2013.

Todos os gaúchos contribuíram para esse bom resultado. As empresas, as famílias e o governo do Estado certamente se esforçaram para fazer com que o Rio Grande crescesse de forma mais acelerada. Contudo, o principal responsável por esse bom desempenho da economia gaúcha neste ano chama-se São Pedro.

Aliás, foi ele também o nosso principal algoz em 2012, quando o PIB gaúcho encolheu -1,8%, enquanto o PIB brasileiro crescia 0,9%. A seca do ano passado fez com que a nossa safra de grãos encolhesse de 28,8 milhões de toneladas, em 2011, para 20,9 milhões em 2012, o que representa uma redução de -27,4%. Em 2013, São Pedro foi mais bondoso e nos brindou com ótimas condições climáticas, permitindo que a safra de grãos voltasse a um patamar acima dos 28 milhões de toneladas.

Em outras palavras, a produção de grãos não saiu do lugar. Ela caiu em 2012 e recuperou o patamar anterior em 2013. Mas essa recuperação do patamar anterior garante uma elevada taxa de crescimento no ano.

Assim, infelizmente, o crescimento gaúcho, acima do nacional, que está sendo observado em 2013 não representa uma tendência de longo prazo que venha a garantir uma elevação da nossa participação no PIB nacional. Muito pelo contrário. Nos últimos 20 anos o Rio Grande do Sul vem perdendo participação no total da economia brasileira.

Para iniciarmos um ciclo longo de crescimento sustentado, fazendo com que a economia gaúcha cresça acima da nacional por muitos anos, é preciso atacar nossas principais deficiências. Dois pontos são fundamentais nesse sentido: a elevação da participação do investimento público no total do orçamento do Estado, com foco em irrigação, segurança pública e transporte, e a melhoria da qualidade da educação pública, de forma a elevar a produtividade do trabalho.Sem isso a alternativa é continuar a rezar para São Pedro. Ou, melhor ainda, elegê-lo governador do Estado. Lanço aqui a campanha: São Pedro para Governador!

Marcelo PortugalConsultor econômico da Fecomércio-rs

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CresCendo mais que o Brasil:

por quanto tempo?

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50

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2013

102

DICAS DO MÊS

ONLINE

livro

A buscA pelA criAtividAde Para estar à frente do mercado,

um fator essencial é a capacidade de inovar. Companhias de sucesso,

como a Apple, a Google e a Amazon, são admiradas por combinarem

empreendedorismo e produtos e serviços revolucionários. Desvendar os segredos por trás do trabalho dos fundadores e CEOs dessas empresas

é a proposta de DNA do inovador, escrito por Clayton M. Christensen,

Jeff Dyer e Hal Gregersen. O livro é resultado de um estudo de oito anos sobre o processo criativo de

inventores e gestores de empresas inovadoras. Os depoimentos revelam

que, apesar da inspiração ser um dom, qualquer pessoa pode desenvolver suas habilidades para ser mais do

que um executor. Fundamental para profissionais dispostos a criarem

novos conceitos, a obra traz um teste para calcular o seu DNA inovador

e ainda oferece uma nova metodologia para medir o grau de

inovação das organizações.

Ficha técnicaTíTulo: DNA do inovador

AuTor: Clayton M. Christensen, Jeff Dyer e

Hal Gregersen

EdiTorA: HSM

NúMEro dE págiNAS: 159

o vAlor dA oportunidAde

Adolescente sem teto em Memphis,

Michael Oher (interpretado por

Quinton Aaron) leva uma vida repleta

de dificuldades. Entretanto, tudo

muda quando ele conhece a

família Tuohy. Após ser adotado, o

jovem recebe apoio para se dedicar

aos estudos, ao mesmo tempo

que descobre o potencial para

ser atleta profissional. Baseada em fa-

tos reais, Um sonho possível – respon-

sável pelo Oscar de Melhor Atriz para

Sandra Bullock – mostra a importância

da solidariedade e ensina que, muitas

vezes, dedicação e afeto despertam

potenciais até então desconhecidos.

bê-Á-bÁ dA bolsA Opção para os investidores que desejam retorno acima das demais aplicações

do mercado financeiro, a bolsa de valores não é indicada para leigos. Para ajudar quem tem interesse em ações e está preparado para correr riscos, a Bovespa oferece uma guia online com todas as etapas para quem tem vontade de investir, mas não sabe como. A definição de um objetivo, as diferentes aplicações – compra direta, fundos de índices, clubes e fundos de investimento –, orientações para a escolha da corretora, a abertura de conta, as taxas cobradas e as dicas para tomar decisões com conhecimento e segurança. Com linguagem simples e direta, além de oferecer simuladores, o conteúdo está disponível em www.bmfbovespa.com.br/como-investir-na-bolsa.aspx

Luiz Prado/Divulgação BM&FBOVESPA

film

e/drAm

A

Reprodução

Ficha técnicaTíTulo: Um sonho possível

dirETor: John Lee Hancock

roTEiro: Michael Lewis e John Lee Hancock

durAção: 129 MiNuToS

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