BIB0001 - Noções de Bibliologia - Apostila - 1ª Edição

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Noções de Bibliologia

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A formação do Antigo Testamento abrange um período demil anos. Foi veiculada por homens de diversas categorias soborientação direta e exclusiva de Deus. É difícil determinar todoo processo editorial desses livros embora haja casos em quehouve ordem Divina imediata como se vê em Jeremias 36.

Ágape Estudos BíblicosRua Potiguaranas, 522 – Nova Descoberta

084 88494682 e 084 99140473

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NOÇÕES DE BIBLIOLOGIA

CURIOSIDADES ACERCA DA BÍBLIA SAGRADA

TEXTO ÁUREO:

―Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração: O mandamento do Senhor é puro, e alumia os o-lhos‖ Sl. 19.8. 

1.  INTRODUÇÃOA ORIGEM DA BÍBLIAO termo Bíblia tem origem no grego "Biblos" e somente foi usado a partir do ano 200 d.C. pelos cristãos.

É um livro singular, inspirado por Deus, diversos Escribas, Sacerdotes, Reis, Profetas e Poetas (2Tm 3.16;2Pe 1.20,21) a escreveram, num período aproximado de 1.500 anos, foram mais de 40 pessoas e notadamen-te vê-se a mão de Deus na sua unidade. Estes textos foram copiados e recopiados de geração para geraçãoem diversos idiomas, tais como Hebraico, Aramaico e Grego, até chegar a nós.

Verificou-se através do Método Textual, que 99% dos textos mantêm-se fiel aos originais. É certamenteuma obra divina, levando em consideração os milhares de anos entre a escrita e nossos dias. As partes maisantigas das Escrituras encontradas são um pergaminho de Isaías em Hebraico do segundo século a.C., des-coberto em 1947 nas cavernas do Mar Morto e um pequeno papiro contendo parte do Livro de João 18.31-33,37,38 datados do segundo século d.C.

Divisão em Capítulos. A Bíblia em sua forma original é desprovida das divisões de capítulos e versículos.Para facilitar sua leitura e localização de "citações" o Prof. Stephen Langton, no ano de 1227 d.C. a dividiuem capítulos.

Divisão em Versículos. Até o ano de 1551 d.C. não existia a divisão denominada versículo. Neste ano o

Sr. Robert Stephanus chegou a conclusão da necessidade de uma subdivisão e agrupou os texto em versícu-los.Até a invenção da gráfica por Gutenberg, a Bíblia era um livro extremamente raro e caro, pois eram todos

feitos artesanalmente (manuscritos) e poucos tinham acesso às Escrituras. Os povos de língua portuguesa sócomeçaram a ter acesso à Bíblia de uma forma mais econômica a partir do ano de 1748 d.C., quando foiimpressa a primeira Bíblia em português, uma tradução feita a partir da "Vulgata Latina".

A Bíblia é composta de 66 livros, 1.189 capítulos, 31.173 versículos, mais de 773.000 palavras e aproxi-madamente 3.600.000 letras. Gasta-se em média 50 horas (38 VT e 12 NT) para lê-la ininterruptamente oupode-se lê-la em um ano seguindo estas orientações: 3,5 capítulos diariamente ou 23 por semana ou ainda,100 por mês em média.

Encontra-se traduzida em mais de 2.400 línguas e dialetos. Há uma estimativa que já foi comercializado

no planeta milhões de exemplares entre a versão integral e o NT. Mais de 500 milhões de livros isolados jáforam comercializados. Afirmam ainda que a cada minuto 50 Bíblias são vendidas, perfazendo um total diá-rio de aproximadamente 72 mil exemplares!

Encontram-se nas livrarias com facilidade as seguintes versões em português. (1) Revista e Corrigida, (2)Revista e Atualizada, (3) Contemporânea, (4) Nova Tradução na Linguagem de Hoje, (5) Viva, (6) Jerusa-lém, (7) NVI - Nova Versão Internacional, (8) Revisada e Corrigida - FIEL.

No segundo domingo de Dezembro, comemora-se o Dia Nacional da Bíblia, aprovado pelo CongressoNacional.

Materiais em que foram escritos os textos bíblicos. A Palavra de Deus foi escrita em diversos materiais,vejamos os principais. Pedra. Inscrições encontradas no Egito e Babilônia datados de 850 a.C. Argila e Ce-râmica. Milhares de tabletes encontrados na Ásia e Babilônia. Madeira. Usada por muitos séculos pelos gre-

gos. Couro. O AT possivelmente foi escrito em couro. Os rolos tinham entre 26 a 70 cm de altura. Papiro. ONT provavelmente foi escrito sobre este material, feito de fibras vegetais prensadas. Velino ou Pergaminho.

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Velino era preparado originalmente com a pele de bezerro ou antílope, enquanto o pergaminho era de pelede ovelhas e cabras. Quase todos os manuscritos conhecidos são em velino, largamente usado há centenas deanos antes de Cristo. Papel. Forma amplamente utilizada hoje.

Inegavelmente o Senhor Deus queria que sua Palavra se perpetuasse pelos séculos e providenciou meio

para isto acontecesse. É um fato que evidencia a sua credibilidade como Livro inspirado pelo Espírito Santo.Mas conhecer dados históricos não o aproxima do Senhor e tão pouco abre seus ouvidos para a voz do Espí-rito que revela a Palavra. Isto apenas enriquece-nos intelectualmente e é dispensável. O que realmente preci-samos é estarmos aptos para ouvir o Espírito que flui através das páginas do Livro Sagrado e isto só aconte-ce quando nos colocamos em santidade e abertos para o santo mover.

A palavra grega Bíblia, em plural, deriva do grego bíblos ou bíblion (βίβλιον) que significa "rolo" ou "l i-vro". Bíblion, no caso nominativo plural, assume a forma bíblia, significando "livros". No latim medieval,biblìa é usado como uma palavra singular — uma colecção de livros ou "a Bíblia". Foi São Jerónimo, tradu-tor da Vulgata Latina, que chamou pela primeira vez ao conjunto dos livros do Antigo Testamento e NovoTestamento de "Biblioteca Divina". A Bíblia é uma coleção de livros catalogados, considerados como divi-namente inspirados pelas três grandes religiões dos filhos de Abraão, que são o Cristianismo, o Judaismo e oIslamismo. São, por isso, conhecidas como as "religiões do Livro". É sinónimo de "Escrituras Sagradas" e"Palavra de Deus".

Os livros bíblicos considerados canônicos pelas igrejas cristãs são ao todo 66 livros, sendo 39 livros noAntigo Testamento e 27 livros no Novo Testamento. A Bíblia Católica contém 7 livros a mais no AntigoTestamento do que outras traduções bíblicas usadas pelas religiões cristãs não-católicas e pelo Judaísmo.Esses livros são chamados pela Igreja Católica de deuterocanónicos ou livros do "segundo Cânon". A listados livros deuterocanónicos é a seguinte. Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico(Ben Sira ou Sirácida) e Baruque. Além disso, ela possui alguns trechos a mais em alguns livros protocanô-nicos (ou livros do "primeiro Cânon") de Ester e Daniel. Outras denominações religiosas consideraram esteslivros deuterocanônicos como apócrifos, ou seja, livros ou escritos que carecem de inspiração divina, reco-

nhecendo, porém, o valor histórico dos livros dos Macabeus.A Bíblia é um livro muito antigo. Ela é o resultado de longa experiência religiosa do povo de Israel. É oregistro de várias pessoas, em diversos lugares, em contextos diversos. Acredita-se que tenha sido escrita aolongo de um período de 1600 anos por cerca de 40 homens das mais diversas profissões, origens culturais eclasses sociais.

Os cristãos acreditam que estes homens escreveram a Bíblia inspirados por Deus e por isso consideram aBíblia como a Escritura Sagrada. No entanto, nem todos os seguidores da Bíblia a interpretam de forma lite-ral, e muitos consideram que muitos dos textos da Bíblia são metafóricos ou que são textos datados que fazi-am sentido no tempo em que foram escritos, mas foram perdendo seu sentido dentro do contexto da atuali-dade.

Para o cristianismo tradicional, a Bíblia é a Palavra de Deus, portanto ela é mais do que apenas um bom

livro, é a vontade de Deus escrita para a humanidade. Para esses cristãos, nela se encontram, acima de tudo,as respostas para os problemas da humanidade e a base para princípios e normas de moral.Os agnósticos vêem a Bíblia como um livro comum, com importância histórica e que reflete a cultura do

povo que os escreveu. Os não crentes recusam qualquer origem Divina para a Bíblia e a consideram comode pouca ou de nenhuma importância na vida moderna, ainda que na generalidade se reconheça a sua impor-tância na formação da civilização ocidental (apesar de a Bíblia ter origem no Médio Oriente).

A comunidade científica tem defendido a Bíblia como um importante documento histórico, narrado naperspectiva de um povo e na sua fé religiosa. Muito da sua narrativa foi de máxima importância para a in-vestigação e descobertas arqueológicas dos últimos séculos. Mas os dados existentes são permanentementecruzados com outros documentos contemporâneos, uma vez que, a história religiosa do povo de Israel singraem função da soberania de seu povo que se diz o "escolhido" de Deus e, inclusive, manifesta essa atitude

nos seus registros.

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Independente da perspectiva que um determinado grupo tem da Bíblia, o que mais chama a atenção nestelivro é a sua influência em toda história da sociedade ocidental e mesmo mundial, face ao entendimento delanações nasceram (Estados Unidos da América etc.), povos foram destruídos (Incas, Maias, etc), o calendáriofoi alterado (Calendário Gregoriano), entre outros fatos que ainda nos dias de hoje alteram e formatam nosso

tempo. Sendo também o livro mais lido, mais pesquisado e mais publicado em toda história da humanidade,boa parte das línguas e dialetos existentes já foram alcançados por suas traduções. Por sua inegável influên-cia no mundo ocidental, cada grupo religioso oferece a sua interpretação, muitas vezes, sem a utilização daHermenêutica.

Os idiomas originais. Foram utilizados três idiomas diferentes na escrita dos diversos livros da Bíblia. ohebraico, o grego e o aramaico. Em hebraico consonantal foi escrito todo o Antigo Testamento, com exce-ção dos livros chamados deuterocanônicos, e de alguns capítulos do livro de Daniel, que foram redigidos emaramaico. Em grego comum, além dos já referidos livros deuterocanônicos do Antigo Testamento, foramescritos praticamente todos os livros do Novo Testamento. Segundo a tradição cristã, o Evangelho de Ma-teus teria sido primeiramente escrito em hebraico, visto que a forma de escrever visava alcançar os judeus.

O hebraico utilizado na Bíblia não é todo igual. Encontramos em alguns livros o hebraico clássico (porex. livros de Samuel e Reis), em outros um hebraico mais rudimentar e em outros ainda, nomeadamente osúltimos a serem escritos, um hebraico elaborado, com termos novos e influência de outras línguas circunvi-zinhas. O grego do Novo Testamento, apesar das diferenças de estilo entre os livros, corresponde ao chama-do grego koiné (isto é, o grego "comum" ou "vulgar", por oposição ao grego clássico), o segundo idiomamais falado no Império Romano.

Inspirada por Deus. O apóstolo Paulo afirma que "toda a Escritura é inspirada por Deus" [literalmente,"so prada por Deus", que é a tradução da palavra grega θεοπνευστος, theopneustos] (2 Timóteo 3.16). Naocasião, os livros que hoje compõem a Bíblia não estavam todos escritos e a Bíblia não havia sido compila-da, entretanto muitos cristãos crêem que Paulo se referia à Bíblia que seria posteriormente canonizada. Oapóstolo Pedro diz que "nenhuma profecia foi proferida pela vontade dos homens. Inspirados pelo Espírito

Santo é que homens falaram em nome de Deus." (2 Pedro 1.21) Veja também os artigos Cânon Bíblico eApócrifos.Os cristãos crêem que a Bíblia foi escrita por homens sob Inspiração Divina, mas essa afirmação é consi-

derada subjetiva na perspectiva de uma pessoa não-cristã ou não-religiosa. A interpretação dos textos bíbli-cos, ainda que usando o mesmo Texto-Padrão, varia de religião para religião. Verifica-se que a compreensãoe entendimento a respeito de alguns assuntos pode variar de teólogo para teólogo, e mesmo de um crentepara outro dependendo do idealismo e da filosofia religiosa defendida, entretanto, quanto aos fatos e às nar-rações históricas, existe uma unidade.

A fé dos leitores religiosos da Bíblia baseia-se na premissa de que "Deus está na Bíblia e Ele não fica emsilêncio", como declara repetidamente o renomeado teólogo presbiteriano e filósofo, o Pastor Francis Scha-effer, dando a entender que a Bíblia constitui uma carta de Deus para os homens. Para os cristãos, o Espírito

Santo de Deus atuou de uma forma única e sobrenatural sobre os escritores. Seguindo este raciocínio, Deus éo verdadeiro autor da bíblia, e não os seus escritores, por si mesmos. Segundo este pensamento Deus usou assuas personalidades e talentos individuais, para registrar por escrito os seus pensamentos e a revelação pro-gressiva dos seus propósitos em suas palavras. Para os crentes, a sua postura diante da Bíblia determinará oseu destino eterno.

A interpretação bíblica. Diferente das várias mitologias, os assuntos narrados na Bíblia são geralmente li-gados a datas, a personagens ou a acontecimentos históricos (de fato, vários cientistas têm reconhecido aexistência de personagens e locais narrados na Bíblia, que até há poucos anos eram desconhecidos ou consi-derados fictícios), apesar de não confirmarem os fatos nela narrados, por outro lado, comprovando que acon-teceram de alguma forma.

Os judeus acreditam que todo o Velho Testamento foi inspirado por Deus e, por isso, constitui não apenas

parte da Palavra Divina, mas a própria palavra. Os cristãos, por sua vez, incorporam também a tal entendi-mento os livros do Novo Testamento. Os ateus e agnósticos possuem concepção inteiramente diferente, des-

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crendo por completo dos ensinamentos religiosos. Tal descrença ocorre face ao entendimento de que exis-tem personagens cuja real existência e/ou atos praticados são por eles considerados fantásticos ou exagera-dos, tais como os relatos de Adão e Eva, da narrativa da sociedade humana ante-diluviana, da Arca de Noé,o Dilúvio, Jonas engolido por um "grande peixe", etc. Os ateus não crêem na existência de Deus algum, por-

tanto para eles qualquer ensinamento religioso, venha da Bíblia ou do Alcorão é falso, desnecessário e atémesmo prejudicial.

A hermenêutica, uma ciência que trata da interpretação dos textos, tem sido utilizada pelos teólogos parase conseguir entender os textos bíblicos. Entre as regras principais desta ciência encontramos. 1.A Bíblia -coleção de livros religiosos - se interpreta por si mesma, revelando toda ela uma doutrina interna; 2.O textodeve ser interpretado no seu contexto e nunca isoladamente; 3.Deve-se buscar a intenção do escritor, e nãointerpretar a intenção do autor; 4.A análise do idioma original (hebraico, aramaico, grego comum) é impor-tante para se captar o melhor sentido do termo ou as suas possíveis variantes; 5.O intérprete jamais podeesquecer os fatos históricos relacionados com o texto ou contexto, bem como as contribuições dadas pelageografia, geologia, arqueologia, antropologia, cronologia, biologia...

Sua estrutura interna. A Bíblia é um conjunto de pequenos livros ou uma biblioteca. Foi escrita ao longode um período de cerca de 1600 anos por 40 homens das mais diversas profissões, origens culturais e classessociais, segundo a tradição judaico cristã. No entanto, exegetas cristãos divergem sobre a autoria e a dataçãodas obras.

Origem do termo "Testamento". Este vocábulo não se encontra na Bíblia como designação de uma de su-as partes. A palavra portuguesa "testamento" corresponde à palavra hebraica berith (que significa aliança,pacto, contrato), e designa a aliança que Deus fez com o povo de Israel no Monte Sinai, tal como descrito nolivro de Êxodo (Êxodo 24.1-8 e Êxodo 34.10-28). Tendo sido esta aliança quebrada pela infidelidade dopovo, Deus prometeu uma nova aliança (Jeremias 31.31-34) que deveria ser ratificada com o sangue de Cris-to (Mateus 26.28). Os escritores neotestamentários denominam a primeira aliança de antiga (Hebreus 8.13),em contraposição à nova (2 Coríntios 3.6-14). Os tradutores da Septuaginta traduziram berith para diatheke,

embora não haja perfeita correspondência entre as palavras, já que berith designa "aliança" (compromissobilateral) e diatheke tem o sentido de "última disposição dos próprios bens", "testamento" (compromissounilateral). As respectivas expressões "antiga aliança" e "nova aliança" passaram a designar a coleção dosescritos que contém os documentos respectivamente da primeira e da segunda aliança. O termo testamentoveio até nós através do latim quando a primeira versão latina do Velho Testamento grego traduziu diathekepor testamentum. São Jerônimo, revisando esta versão latina, manteve a palavra testamentum, equivalendoao hebraico berith  — aliança, concerto, quando a palavra não tinha essa significação no grego. Afirmamalguns pesquisadores que a palavra grega para "contrato", "aliança" deveria ser suntheke, por traduzir me-lhor o hebraico berith. As denominações "Antigo Testamento" e "Novo Testamento", para as duas coleçõesdos livros sagrados, começaram a ser usadas no final do século II, quando os evangelhos e outros escritosapostólicos foram considerados como parte do cânon sagrado.

Livros do Antigo Testamento. O Antigo Testamento é composto de 46 livros. 39 conhecidos como proto-canônicos e 7 conhecidos como deuterocanônicos. Os livros deuterocanônicos fazem parte apenas da BíbliaCatólica, não sendo incluídos na Bíblia Protestante ou na Tanakh judaica.

Livros Protocanônicos. Pentateuco. Gênesis - Êxodo - Levítico - Números  – Deuteronômio. Históricos.Josué - Juízes - Rute - I Samuel - II Samuel - I Reis - II Reis - I Crônicas - II Crônicas - Esdras - Neemias  –  Ester. Poéticos e Sapienciais. Jó - Salmos - Provérbios - Eclesiastes (ou Coélet) - Cântico dos Cânticos deSalomão. Proféticos. Profetas Maiores. A designação ―Maiores‖ não se trata porém da relevância históricadestes personagens na história de Israel, mas tão somente ao tamanho de seus livros, maiores se comparadosaos livros dos Profetas ―Menores‖. Isaías - Jeremias - Lamentações de Jeremias - Ezequiel – Daniel. ProfetasMenores. Como referido acima, a designação ―Menores‖ não se trata da relevância histórica destes persona-gens na história de Israel, mas tão somente ao tamanho de seus livros. Oséias - Joel - Amós - Obadias - Jo-

nas - Miquéias - Naum - Habacuque - Sofonias - Ageu - Zacarias – Malaquias.

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Livros Deuterocanônicos. Tobias - Judite - I Macabeus - II Macabeus - Baruque - Sabedoria - Eclesiásti-co (ou Ben Sira) - e alguns acréscimos ao texto dos livros Protocanônicos. Adições em Ester (Ester 10.4 a11.1 ou a 16.24) e Adições em Daniel (Daniel 3.24-90; Cap. 13 e 14). Os livros deuterocanônicos (ou apó-

crifos) foram, supostamente, escritos entre Malaquias e Mateus, numa época em que segundo o historiador  judeu Flávio Josefo, a Revelação Divina havia cessado porque a sucessão dos profetas era inexistente ouimprecisa. O parecer de Josefo não é aceito pelos cristãos católicos e ortodoxos, porque Jesus afirma quedurou até João Batista (cf. Lucas 16.16; Mateus 11.13). No período entre o século III e o século I a.C. ocorrea Diáspora judaica helenística, numa época em que os judeus já estavam, em partes, dispersos pelo mundo.Uma colônia judaica destaca-se esta se localiza em Alexandria no Egito, onde se falava muito a língua gre-ga. A Bíblia foi então traduzida do hebraico para o grego. Alguns escritos recentes foram-lhe acrescentadossem que os judeus de Jerusalém os reconhecessem como inspirados. Somente no final do século I d.C. foifixado o cânon (=medida) hebraico, portanto numa época em que a diferenciação entre judaísmo e cristia-nismo já era bem acentuada. E os escritos acrescentados não foram aceitos no cânon hebraico. Quando Jerô-nimo traduziu a Bíblia para o latim (a famosa Vulgata), no início do Século V, incluiu os deuterocanônicos,e a Igreja Católica admitiu-os como inspirados da mesma forma que os outros livros. No século XVI, com osurgimento da Reforma Protestante, é novamente colocada em dúvida a canonicidade dos deuterocanônicospelo fato de não fazerem parte da Bíblia hebraica primitiva. No Concílio de Trento, em 8 de abril de 1546,no Decretum de libris sacris et de traditionibus recipiendis (DH 1501), a Igreja Católica novamente os con-firmou como partes integrantes da Bíblia Católica, mas desde então foram considerados apócrifos no Protes-tantismo e no século XVII deixaram de fazer parte das Bíblias protestantes.

Livros do Novo Testamento. O Novo Testamento é composto de 27 livros. Evangelhos. Mateus, Marcos,Lucas e João. Livro Histórico. Atos dos Apóstolos (abrev. Atos). Cartas Paulinas. Romanos - I Coríntios - IICoríntios - Gálatas - Efésios - Filipenses - Colossenses - I Tessalonicenses - II Tessalonicenses - I Timóteo -II Timóteo - Tito – Filemom. Cartas Gerais. Hebreus - Tiago - I Pedro - II Pedro - I João - II João - III João

 – Judas. Livro profético. Apocalipse.Versões e traduções bíblicas. Livro do Gênesis, Bíblia em Tamil de 1723. Apesar da antiguidade dos li-vros bíblicos, os manuscritos mais antigos que possuímos datam a maior parte do III e IV Século d.C.. Taismanuscritos são o resultado do trabalho de copistas (escribas) que, durante séculos, foram fazendo cópiasdos textos, de modo a serem transmitidos às gerações seguintes. Transmitido por um trabalho desta naturezao texto bíblico, como é óbvio, está sujeito a erros e modificações, involuntários ou voluntários, dos copistas,o que se traduz na coexistência, para um mesmo trecho bíblico, de várias versões que, embora não afectemgrandemente o conteúdo, suscitam diversas leituras e interpretações dum mesmo texto. O trabalho desenvol-vido por especialistas que se dedicam a comparar as diversas versões e a selecioná-las, denomina-se CríticaTextual. E o resultado de seu trabalho são os Textos-Padrão. A grande fonte hebraica para o Antigo Testa-mento é o chamado Texto Massorético. Trata-se do texto hebraico fixado ao longo dos séculos por escolas

de copistas, chamados Massoretas, que tinham como particularidade um escrúpulo rigoroso na fidelidade dacópia ao original. O trabalho dos massoretas, de cópia e também de vocalização do texto hebraico (que nãotem vogais, e que, por esse motivo, ao tornar-se língua morta, necessitou de as indicar por meio de sinais),prolongou-se até ao Século VIII d.C.. Pela grande seriedade deste trabalho, e por ter sido feito ao longo deséculos, o Texto Massorético (sigla TM) é considerado a fonte mais autorizada para o texto hebraico bíblicooriginal.

No entanto, outras versões do Antigo Testamento têm importância, e permitem suprir as deficiências doTexto Massorético. É o caso do Pentateuco Samaritano (os samaritanos eram uma comunidade étnica e reli-giosa separada dos judeus, que tinham culto e templo próprios, e que só aceitavam como livros sagrados osdo Pentateuco), e principalmente a Septuaginta Grega (sigla LXX).

A Versão dos Setenta ou Septuaginta Grega, designa a tradução grega do Antigo Testamento, elaborada

entre os séculos IV e II a.C., feita em Alexandria, no Egipto. O seu nome deve-se à lenda que referia ter sidoessa tradução um resultado milagroso do trabalho de 70 eruditos judeus, e que pretende exprimir que não só

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o texto, mas também a tradução, fora inspirada por Deus. A Septuaginta Grega é a mais antiga versão doAntigo Testamento que conhecemos. A sua grande importância provém também do facto de ter sido essa aversão da Bíblia utilizada entre os cristãos, desde o início, e a que é citada na grande parte do Novo Testa-mento.

Da Septuaginta Grega fazem parte, além da Bíblia Hebraica, os Livros Deuterocanônicos (aceitos comocanônicos apenas pela Igreja Católica), e alguns escritos apócrifos (não aceitos como inspirados por Deuspor nenhuma das religiões cristãs ocidentais).

Encontram-se 4 mil manuscritos em grego do Novo Testamento, que apresentam variantes. Diferente-mente do Antigo Testamento, não há para o Novo Testamento uma versão a que se possa chamar, por assimdizer, normativa. Há contudo alguns manuscritos mais importantes, pelas sua antiguidade ou credibilidade, eque são o alicerce da Crítica Textual.

Uma outra versão com importância é a chamada Vulgata Latina, ou seja, a tradução latim por São Jeró-nimo, em 404 d.C., e que foi utilizada durante muitos séculos pelas Igrejas Cristãs do Ocidente como a ver-são bíblica autorizada.

De acordo com o Scripture Language Report, a Bíblia já foi traduzida para 2.403 línguas diferentes, sen-do o livro mais traduzido do mundo.

Uma cópia da Bíblia de Gutenberg é propriedade do Congresso norte-americano.A Bíblia em Português. Os primeiros registros da tradução de trechos da Bíblia para o português remon-

tam ao final do século XIII, por Dom Dinis. Mas a primeira Bíblia completa em língua portuguesa foi publi-cada somente em 1753, na tradução de João Ferreira de Almeida (1628-1691), que apesar de muitos não osaberem, não era pastor ou padre.

O missionário e tradutor João Ferreira de Almeida foi o principal tradutor da Bíblia para a língua portu-guesa. Ele já conhecia a Vulgata, já que seu tio era padre. Após converter-se ao protestantismo aos 14 anos,

Almeida partiu para a Batávia. Aos 16 anos traduziu um resumo dos evangelhos do espanhol para o portu-guês, que nunca chegou a ser publicado. Em Malaca traduziu partes do Novo Testamento também do espa-nhol.

Aos 17, traduziu o Novo Testamento do Latim, da versão de Theodore Beza, além de ter se apoiado nasversões italiana, francesa e espanhola.

Aos 35 anos, iniciou a tradução diretamente dos originais, embora seja um mistério como ele aprendeu osidiomas originais. É certo que ele usou como base o Texto Massorético para o Antigo Testamento, o TextusReceptus, editado em 1633 pelos irmãos Elzevir, e alguma tradução da época, como a Reina-Valera. A tra-dução do Novo Testamento ficou pronta em 1676.

O texto foi enviado para a Holanda para revisão. O processo de revisão durou 5 anos, sendo publicado em1681, e teve mais de mil erros. A razão é que os revisores holandeses queriam harmonizar a tradução com a

versão holandesa publicada em 1637. A Companhia das Índias Orientais ordenou que se recolhesse e destru-ísse os exemplares defeituosos. Os que foram salvos foram corrigidos e utilizados em igrejas protestantes noOriente, sendo que um deles está exposto no Museu Britânico. Após sua morte foram detectados 1.119 errosde tradução.

Traduções no Brasil. A primeira tradução realizada no Brasil foi feita pelo bispo Joaquim de Nossa Se-nhora de Nazaré. Era um Novo Testamento traduzido a partir da Vulgata. No prefácio, havia acusações con-tra os protestantes, chamando suas versões da Bíblia de "falsificadas". Foi publicada em São Luís, no Mara-nhão, em 1847, sendo impressa em Portugal em 1875.

Em 1879, a Sociedade de Literatura Religiosa e Moral publica uma revisão do Novo Testamento de Al-meida. Foi revisada por José Manoel Garcia, pelo pastor M. P. B. de Carvalhosa e pelo pastor AlexandreLatimer Blackford.

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O imperador D. Pedro II era um profundo admirador da cultura judaica. Após aprender o Hebraico, queera a sua língua favorita, traduziu partes da Bíblia, como o livro de Neemias, além de partes do Velho Tes-tamento para o Latim.

F. R. dos Santos Saraiva, autor de um dicionário latino-português, traduziu os Salmos, com o título de

Harpa de Israel, em 1898.Duarte Leopoldo e Silva traduziu e publicou os Evangelhos em forma de harmonia. O Colégio da Imacu-

lada Conceição, Botafogo, Rio de Janeiro, publicou uma tradução dos Evangelhos e Atos, do Francês, prepa-rada por um padre, em 1904. Padres franciscanos iniciaram um trabalho de tradução a partir da Vulgata,sendo concluído em 1909. No mesmo ano, o padre Santana traduziu o Evangelho de Mateus diretamente doGrego. É a primeira tradução parcial da Bíblia, em Português, dos idiomas originais feita por um padre cató-lico, embora tenha sido apoiado pelo Latim.

J. L. Assunção traduziu o Novo Testamento a partir da Vulgata em 1917. Surge, no mesmo ano, o livrode Amós, traduzido por Esteves Pereira. Foi traduzido do etíope. Em 1923, J. Basílio Pereira traduz o NovoTestamento e os Salmos a partir da Vulgata.

O então padre Huberto Rohden foi o autor de uma tradução do Novo Testamento. Começou a traduzirenquanto estudava na Leopold-Franzens-Universität Innsbruck, Áustria, completando em 1930. Foi publica-do pela Cruzada da Boa Imprensa (atualmente é pela editora Martin Claret). Utilizou como base o TextusReceptus.

O rabino Meir Matzliah Melamed traduz a Torá, numa edição sem data, com o nome de A Lei de Moisése as Haftarot. Foi publicada em 1962. A tradução foi revisada e lançada, em 2001, com o nome de A Lei deMoisés. Está disponível pela Editora Sêfer.

Em 1993 é publicado o Novo Testamento da Nova Versão Internacional. Em 2005, o pastor batista Frido-lin Janzen traduziu o Novo Testamento em Português, baseado no Textus Receptus.

Traduções completas. A primeira tradução completa foi a Tradução Brasileira. Foi uma tradução da Bí-blia que não contava apenas somente com teólogos, como H. C. Tucker, William Campbell Brown, Eduardo

Carlos Pereira, mas também com eruditos como Ruy Barbosa, José Veríssimo e Virgílio Várzea.A tradução se principiou em 1902. Os dois primeiros evangelhos foram editados em 1904, e depois de al-guma crítica e revisão, o Evangelho de Mateus saiu novamente em 1905. Os Evangelhos e o livro dos Atosdos Apóstolos foram publicados em 1906, e o Novo Testamento completo em 1910. Publicada em sua intei-reza em 1917, apresenta características eruditas, sendo bastante literal em relação aos textos originais.

Não obteve o agrado dos leitores, por traduzir nomes hebraicos de uma maneira próxima à daquela lín-gua, falta de literalidade e falta de revisões.

A Almeida Revista e Corrigida foi a primeira Bíblia a ser impressa no Brasil, em 1948. Está em circula-ção a revisão de 1995.

Publicada em 1959, a Almeida Revista e Atualizada utiliza o Texto Crítico, ao invés do Textus Receptus.Ganhou aprovação da CNBB.

Em 1959 é publicada a tradução dos monges Maredsous em Português. O trabalho de tradução foi coor-denado pelo franciscano João José Pedreira de Castro, do Centro Bíblico de São Paulo. Foi traduzida a partirda versão francesa publicada na Bélgica.

A Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas é uma tradução da Bíblia feita com direcionamentoespecífico para as Testemunhas de Jeová. Foi publicada em 1963, sendo traduzida da versão inglesa.

A Versão Revisada foi publicada em 1967, pela Imprensa Bíblica Brasileira e pela Juerp. É de orientaçãobatista.

Em 1976 é publicada a Bíblia de Jerusalém, pelas Edições Paulinas. É baseada na versão francesa, sendoque as notas e comentários são traduzidos. Em 2002 é publicada a revisão, chamada de Nova Bíblia de Jeru-salém.

Em 1981 é publicada a Bíblia Viva, uma paráfrase da Bíblia. A versão original foi elaborada por Kenneth

Taylor e foi traduzida na base da equivalência dinâmica (idéia por idéia). Já está na 2ª edição.

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Noções de Bibliologia 9

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Em 1982 é publicada a Bíblia Vozes, pela editora Vozes, traduzida por uma comissão, presidida pelofranciscano Ludovico Garmus. No mesmo ano é publicada uma versão pela Editora Santuário. No ano se-guinte é publicada a Bíblia Mensagem de Deus pelas edições Loyola.

Em 1988 é publicada A Bíblia na Linguagem de Hoje, caracterizada por ter uma linguagem popular e

tradução flexível. Um exemplo é a tradução de Juízes 3:24: ―Aí os empregados chegaram e viram que as portas estavam trancadas. Então pensaram que o rei tinha ido ao banheiro‖. Muitos eruditos vêem uma ex-cessiva utilização de linguagem popular, que pode comprometer a fidelidade com o texto original. Devido aesses problemas, essa tradução passou por um grande processo de revisão, que resultou na Nova Traduçãona Linguagem de Hoje, em 2000.

Em 1990 é publicada a Edição Pastoral. Coordenada pelo teólogo Ivo Storniolo, é uma tradução afinadacom a teologia da libertação, sendo voltada para uso dos leigos.

Ainda em 1990, a Editora Vida publicou a sua Edição Contemporânea da Bíblia de Almeida (EAC). Essaedição eliminou arcaísmos e ambigüidades do texto original de Almeida, mas com a promessa de preservaras excelências do texto que lhe serviu de base.

Em 1997 é publicada a Tradução Ecumênica da Bíblia (sendo baseada na versão francesa), sendo parte desua comissão católicos, protestantes e judeus. O Antigo Testamento foi mantido do modo como se utilizanas Bíblias judaicas.

Em 2001, a CNBB produziu uma tradução comemorativa dos 50 anos da CNBB, e já está na 3ª edição eenvolveu cooperação entre sete editoras católicas. No mesmo ano é publicada a Torah Viva, traduzida porAdolfo Wasserman, baseada na versão inglesa. É publicada também a versão completa da Nova Versão In-ternacional.

Em 2002 é publicada a Bíblia do Peregrino, traduzida por Luís Alonso Schökel. É uma tradução da ver-são espanhola.

Em 2006 é publicada a Bíblia Hebraica. É o primeiro Tanakh completo publicado em Português, desde1553. Os tradutores foram David Gorodovits e Jairo Fridlin e foi revisada por rabinos e professores.

Em 2007 é publicada a Bíblia Almeida Século 21, uma atualização da "Versão Revisada" do texto deAlmeida (também conhecida como "Versão revisada segundo os melhores textos") por uma parceria entre aImprensa Bíblica Brasileira/Juerp, a Editora Hagnos e a Editora Atos.

Traduções feitas em outros países. A Sociedade Bíblica Trinitariana, fundada no Reino Unido em 1831,também produziu uma versão para o Português do Novo Testamento, em 1883. É baseada, no Textus Recep-tus, assim como todas as Bíblias da Sociedade Bíblica Trinitariana.

(Fontes de consulta: Enciclopédias em Português, Inglês, Francês, Italiano, Espanhol, Latim e Hebraico). 

Resumo do Primeiro tópicoHistória da Bíblia

A Bíblia, um livro que tem continuado vivo através dos séculos e indispensável aos Servos do Rei, é o tema destecomentário.O termo Bíblia tem origem no grego "Biblos" e somente foi usado a partir do ano 200 dC pelos cristãos é um livro

singular, inspirado por Deus, diversos Escribas, Sacerdotes, Reis, Profetas e Poetas (2Tm 3.16; 2Pe 1.20,21) a escre-veram, num período aproximado de 1.500 anos, foram mais de 40 pessoas e notadamente vê-se a mão de Deus na suaunidade. Estes textos foram copiados e recopiados de geração para geração em diversos idiomas, tais como: Hebraico,Aramaico e grego; até chegar a nós.

Verificou-se através do Método Textual, que 99% dos textos mantêm-se fiel aos originais, é certamente uma obradivina, levando em consideração os milhares de anos entre a escrita e nossos dias. As partes mais antigas das Escritu-ras encontradas são um pergaminho de Isaías em hebraico do segundo século aC, descoberto em 1947 nas cavernas doMar Morto e um pequeno papiro contendo parte do Livro de João 18.31-33,37,38 datados do segundo século dC.

DIVISÃO EM CAPÍTULOS:A Bíblia em sua forma original é desprovida das divisões de capítulos e versículos. Para facilitar sua leitura e loca-

lização de "citações" o Prof. Stephen Langton, no ano de 1227 dC a dividiu em capítulos.

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Noções de Bibliologia 10

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DIVISÃO EM VERSÍCULOS:Até o ano de 1551 dC não existia a divisão denominada versículo. Neste ano o Sr. Robert Stephanus chegou a con-

clusão da necessidade de uma subdivisão e agrupou os texto em versículos.

Até a invenção da gráfica por Gutenberg, a Bíblia era um livro extremamente raro e caro, pois eram todos feitos ar-tesanalmente (manuscritos) e poucos tinham acesso às Escrituras.O povo de língua portuguesa só começaram a ter acesso à Bíblia de uma forma mais econômica a partir do ano de

1748 dC, quando foi impressa a primeira Bíblia em português, uma tradução feita a partir da "Vulgata Latina".É composta de 66 livros, 1.189 capítulos, 31.173 versículos, mais de 773.000 palavras e aproximadamente

3.600.000 letras. Gasta-se em média 50 horas (38 VT e 12 NT) para lê-la ininterruptamente ou pode-se lê-la em umano seguindo estas orientações: 3,5 capítulos diariamente ou 23 por semana ou ainda, 100 por mês em média.

Encontra-se traduzida em mais de 1000 línguas e dialetos, o equivalente a 50% das línguas faladas no mundo. Háuma estimativa que já foi comercializado no planeta milhões de exemplares entre a versão integral e o NT. Mais de500 milhões de livros isolados já foram comercializados. Afirmam ainda que a cada minuto 50 Bíblias são vendidas,perfazendo um total diário de aproximadamente 72 mil exemplares!

Encontra-se nas livrarias com facilidade as seguintes versões em português:Revista Corrigida;Revista Atualizada;Contemporânea;Nova Tradução na Linguagem de Hoje;Viva;Jerusalém;NVI - Nova Versão Internacional;O segundo domingo de Dezembro, comemora-se o Dia Nacional da Bíblia, aprovado pelo Congresso.Nestes séculos a Palavra de Deus foi escrita em diversos materiais, vejamos os principais:PedraInscrições encontradas no Egito e Babilônia datados de 850 aCArgila e CerâmicaMilhares de tabletes encontrados na Ásia e Babilônia.MadeiraUsada por muitos séculos pelos gregos.CouroO Antigo Testamento possivelmente foi escrito em couro. Os rolos tinham entre 26 a 70 cm de altura.PapiroO Novo Testamento provavelmente foi escrito sobre este material, feito de fibras vegetais prensadas.Velino ou PergaminhoVelino era preparado originalmente com a pele de bezerro ou antílope, enquanto o pergaminho era de pele de ove-

lhas e cabras. Quase todos os manuscritos conhecidos são em velino, largamente usado a centenas de anos antes de

Cristo.PapelForma amplamente utilizada hoje.CDÁudioCD – RomPara computadores, é a forma mais recente.

On – lineVia internet.Inegavelmente o Senhor Deus queria que sua Palavra se perpetuasse pelos séculos e providenciou meio para isto

acontecesse. É um fato que evidencia a sua credibilidade como Livro inspirado pelo Espírito Santo.

Mas conhecer dados históricos não o aproxima do Senhor e tão pouco abre seus ouvidos para a voz do Espírito querevela a Palavra. Isto apenas enriquece-nos intelectualmente e é dispensável. O que realmente precisamos é estarmos

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aptos para ouvir o Espírito que flui através das páginas do Livro Sagrado e isto só acontece quando nos colocamos emsantidade e abertos para o santo mover.

Experimente !Fonte:Revista Comunhão Ano 4 nº 44 e Bíblia em Bytes (CD - Rom)

Questionário

1.  Quais os nomes dados à Bíblia?

2.  Cite as maravilhas da Bíblia.

3.  Discorra acerca da História da Bíblia.

4.  Fale acerca das versões da Bíblia.

5.  Fale acerca dos materiais utilizados para ―Impressão/Armazenagem‖ da Bíblia. 

2. OS TESTAMENTOS

Testamento significa ato autêntico pelo qual alguém dispõe de todos os seus bens ou parte deles, em benefício deoutrem, para depois de sua morte; disposição autentica da ultima vontade de um ―morto‖. A palavra Testamento, naBíblia, deriva do grego Diatheke, que significa ―concerto‖, testamento, pacto, aliança (aparece trinta e três vezes noNovo Testamento e duzentas e oitenta e cinco vezes no Velho Testamento) o correspondente hebraico para a mesmapalavra é b´rith. Uma particularidade do testamento é que El não pode ser mudado, pelo mais simples que seja. A Bí-blia divide-se em dois testamentos, a saber:

1.1.  O Velho Testamento (VT). O Velho Testamento desenvolveu-se durante o período aproximado de mil anos(mil ou ml e cem anos) pelo aumento de um livro sagrado após outro. Começando com o Gênesis e acabando em Ma-laquias.

As Escrituras hebraicas estão divididas em: A lei (Torah), Os profetas (Hebhim), os escritos (Kethubhim). Pelostradutores ―gregos‖ (os LXX, ou septuaginta – latim setenta), foi a última parte chamada de Hagiógrafos, ou os San-

tos Escritos. As escrituras judaicas possuem ―apenas‖ vinte e dois ou vinte e quatro livros, isto se deve ao fato de ser considerados como um só livro, os profetas menores (Oséias a Malaquias), juízes e Ruth, Jeremias e lamentações, I eII Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, além de Esdras e Neemias e etc. Ele foi escrito em pergaminho, couro e papiro eetc..

Introdução ao Antigo Testamento

Antigo testamento (AT) é o nome que os cristãos dão ao conjunto das Escrituras Sagradas do povo de Israel. Esseslivros, originalmente escrito em hebraico, fazem parte também da Bíblia Sagrada dos cristãos.

O Antigo Testamento fala sobre a antiga aliança de Deus, por meio dos patriarcas e de Moisés, fez com o seu povo.Já o Novo Testamento trata da nova aliança que Deus, por meio de Jesus Cristo, fez com o seu povo.

Os israelitas agrupam os livros do antigo Testamento em três divisões: 

1- Lei: A Lei agrupa os primeiros cinco livros do AT.2- Profetas: Os profetas têm duas divisões: Os Profetas Anteriores (de Josué a 2Reis), e os Posteriores (Isaias aMalaquias). Os profetas de Oséias a Malaquias recebem dos israelitas o nome de ―O Livro dos Doze‖. 

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Noções de Bibliologia 12

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3- Escritos: fazem parte desta divisão os seguintes livros: Salmos, Jó, Provérbios, Rute, Cântico dos Cânticos, E-clesiastes, Lamentações, Ester, Daniel, Esdras, Neemias e Crônicas. 

As três divisões correspondem à ordem histórica em que os seus livros foram aceitos como autorizados a fazerem parte do cânon dos israelitas. ―Cânon‖ é a coleção de livros aceitos como Escrituras Sagr adas.

As Igrejas Cristãs seguem, em geral, um arranjo diferente do dos israelitas, mas os livros são os mesmos, em nú-mero de trinta e nove. Essa ordem se encontra nas antigas versões gregas e latinas usadas pela igreja primitiva.Os primeiros cinco livros do AT são chamados de ―Pentateuco‖ ou ―Os Livros da Lei‖. A palavra ―Pentateuco‖

quer dizer ―cinco volumes‖. Eles falam sobre a criação do mundo e da humanidade e contam a história dos hebreus,começando com a chamada de Abraão e continuando até a morte de Moisés, que aconteceu quando o povo de Israelestava para entrar em Canaã, a Terra Prometida.

Os doze livros seguintes, de Josué até Ester, são livros históricos, que narram os principais acontecimentos da his-tória de Israel desde a sua entrada na Terra Prometida até o tempo em que as muralhas de Jerusalém foram reconstruí-das, depois da volta dos israelitas do cativeiro. Isso aconteceu uns quatrocentos e quarenta e cinco anos antes do nas-cimento de Cristo.

Os livros de Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos e Lamentações de Jeremias são chamadosde Livros Poéticos.

Os últimos dezessete livros do AT contêm mensagens de Deus anunciadas ao povo de Israel pelos profetas. Essesmensageiros de Deus condenavam os pecados do povo, exigiam o arrependimento e prometiam as bênçãos divinaspara as pessoas que confiassem em Deus e vivessem de acordo com a vontade dele. Es livros estão divididos em doisgrupos: Profetas Maiores (Isaias a Daniel) e Profetas Menores (Oséias a Malaquias).

Algumas versões antigas, tais como a Septuaginta, em grego, e a Vulgata, em latim, incluem no AT alguns livrosque não se encontram na Bíblia Hebraica de Israel. Esses livros foram escritos no período intertestamentário. A IgrejaRomana os aceita e os chama de ―Deuterocanônicos‖, isto é, pertencem a um ―segundo cânon‖. São eles: Tobias, Judi-te, Ester Grego, 1 e 2 Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, Carta de Jeremias e os acréscimos a Daniel, quesão a Oração de Azarias e as histórias de Suzana, de Bel e do Dragão.

A formação do Antigo Testamento 

Os trinta e nove livros que compõem o AT foram escritos durante um período de mais de mil anos. As histórias, oshinos, as mensagens dos profetas e as palavras de sabedoria foram agrupadas em coleções, que, com o tempo foram juntadas e aceitas como escritura sagrada.

Alguns livros de história que são mencionados no AT se perderam. São eles: Livro do Justo (Js 10.13), a Históriade Salomão (1Rs 11.41), a História dos Reis de Israel (1Rs 14.19) e a História dos Reis de Judá (1Rs 14.29).

Os livros de Salmos e de Provérbios são obra de vários autores.

Para o povo de Israel conhecer o autor de determinado livro das Escrituras não era tão importante como reconhe-cer que se tratava de livro que tinha sido escrito por inspiração divina e que continha mensagem ou mensagens devalor permanente a respeito de Deus e de seus relacionamentos com o povo de Israel em particular e com os povos domundo em geral. São variadas e divididas as opiniões dos estudiosos das Escrituras quanto à autoria de cada livro em

particular.Prosa e Poesia no Antigo Testamento 

Boa parte do AT está escrita em prosa. Estão escritos em prosa os relatos da vida de pessoas, como se pode ver emGênesis e Rute. Outros livros narram a história de Israel, por exemplo, Êxodo 1-19, partes de Números, Josué, Juizes,Samuel, Reis, Crônicas, Esdras, Neemias e Ester. Estão em prosa os registros das leis dadas por Deus a Israel, bemcomo os assuntos relacionados ao culto.

O Livro de Deuteronômio consta principalmente de discurso pronunciados por Moisés.Há livros de profetas escritos em prosa, como, por exemplo, Jeremias (boa parte), Ezequiel, Daniel e os profetas

menores, menos Naum e Habacuque.Nos livros de Provérbios e Eclesiastes, aparece uma forma especial de prosa apropriada à literatura de sabedoria.

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Noções de Bibliologia 13

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Há vários livros e partes de livros que foram escritos em forma de poesia. A poesia hebraica se expressa de umaforma especial chamada de paralelismo. As características desse tipo de poesia são tratadas em Salmos, ela se chamalitúrgica, porque os Salmos forma escritos para serem usados no culto.

O livro de Jó também é poético. Há livros proféticos que empregam a linguagem poética, como Isaías, partes de Je-

remias, Lamentações, Naum e Habacuque.

Geografia de Israel 

Incluindo-se os territórios dos dois lados do rio Jordão, o Israel antigo ocupava uma área de mais ou menos 16.000km quadrados. De norte a sul, isto é, de Dã até Berseba, a distância era de 240 km. De leste a oeste, isto é, de Gaza atéo mar Morto, a distância é de 86 km. Mas é impressionante o fato de que um país tão pequeno tenha exercido umainfluência religiosa tão poderosa que se estende pelo mundo inteiro até hoje.

Os vizinhos mais próximos de Israel eram, no litoral, os filisteus e os fenícios; ao norte, estavam os heteus e os a-rameus (sírios); a leste do Jordão, habitavam os amonitas e os moabitas; e, ao sul, os edomitas. Os vizinhos mais dis-tantes eram o Egito e a Assíria.

Durante o período da conquista dos Juízes, o país foi dividido pelas tribos de Israel. No período do Reino unido, acapital era Jerusalém. Após a divisão a capital de Judá (Reino do Sul), era Jerusalém e capital de Israel (Reino do Nor-te), era Samaria.

Na terra de Israel, observam-se quatro zonas paralelas, na direção norte-sul. A primeira zona é a planície costeira.A segunda, no centro, é a região montanhosa. A terceira é o vale do Jordão, rio que desemboca no mar Morto. E aquarta é o planalto onde hoje está a Jordânia.

Os Israelitas dividiam o ano em duas estações. No verão, fazia calor e se colhiam frutas; no inverno, terminavam ascolheitas, chovia e fazia frio.

Períodos da História de Israel 

A história do povo de Deus no AT divide-se em oito períodos.1º Período: De mais ou menos 1900 a 1700 aC, e nele viveram os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó.2º Período: Escravidão no Egito e êxodo, mais ou menos de 1250 a 1030 aC. O líder nesse período é Moisés.3º Período: Conquista e posse de Canaã, mais ou menos de 1250 a 1030 aC. O povo é comandado por Josué e pelos

Juízes. O último juiz foi Samuel.4º Período: O Reino unido, mais ou menos de 1030 a 932 aC. O povo é governado por três reis: Saul, Davi e Salo-

mão.5º Período: O Reino dividido, de 931 a 586 aC. O Reino de Israel, ao norte, durou 200 anos. Samaria, sua capital,

caiu em 722 aC. Conquistada pelos assírios. O Reino de Judá, ao sul, durou 345 anos, tendo chegado ao fim com aconquista de Jerusalém pelos babilônios em 587 ou 586 aC.

6º Período: O período do cativeiro, também chamado de exílio, começou em 722, com a conquista de Samaria. Os

moradores do Reino do norte foram levados como prisioneiros para a Assíria. 136 anos depois, em 587 ou 586, Jerusa-lém foi conquistada, e os moradores do Reino do sul foram levados para a Babilônia.7º Período: A volta do povo de Deus à Terra Prometida começou em 538 aC, por ordem de Ciro, rei da Pérsia, que

havia dominado a Babilônia. Vários grupos de judeus voltaram para a terra de Israel, ficaram morando nela e recons-truíram o templo (520 aC) e as muralhas de Jerusalém (445-443 aC).

8º Período: É o intertestamentário, isto é, o que fica entre o fim do Antigo Testamento e o começo do Novo Testa-mento. Ele vai de Malaquias, o último profeta, que profetizou entre 500 e 450 aC, até o nascimento de Cristo.

Este período é chamado de helenístico por causa do domínio e da cultura grega. O rei grego Alexandre, o Grande,começou a governar Israel em 333 aC.

De 323 a 198, o governo foi exercido pelos ptolomeus, descendentes de um general de Alexandre. De 198 a 166, odomínio foi dos selêucidas, descendentes de um general de Alexandre que havia governado a Síria. De 166 a 63, Israelviveu 123 anos de independência, sendo o país governado pelos asmoneus, que eram descendentes de Judas Macabeu,

o líder da libertação de Israel. Em 63 aC, Jerusalém caiu em poder dos romanos e passou a fazer parte do ImpérioRomano. O governo em Israel era exercido por reis nomeados pelo Imperador de Roma. Um desses reis foi Herodes, oGrande, que governou de 37 a 4 aC.

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Noções de Bibliologia 14

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Valores Religiosos 

O Antigo Testamento registra a experiência que os seus autores e o povo de Israel tiveram com Javé, o verdadeiro

Deus. As nações vizinhas tinham vários deuses e deusas, que eram adorados na forma de imagens (ídolos). A crençade Israel era diferente. Javé era o único Deus de Israel, e dele não se faziam imagens. Javé era o Deus único, Criador eSenhor do Universo. Ele era um Deus vivo e salvador, sempre vivendo com o seu povo.

Esse Deus impunha aos seus adoradores leis e normas morais que tinha em vista um procedimento correto nos re-lacionamentos da vida. E havia leis sociais que protegiam interesses das outras pessoas, inclusive as marginalizadas, edo povo como um todo. Javé perdoava as pessoas que quebravam suas leis. Mas o perdão era somente concedido nacondição de as pessoas se arrependerem, confessarem os seus erro e se disporem a corrigir-se. As pessoas que perma-neciam em pecado, eram julgadas por Deus e castigadas.

Javé fez com o povo de Israel uma aliança, pela qual ele prometeu ser o Deus de Israel; e o povo, por sua vez,prometeu ser fiel a Deus, disposto a seguir e obedecer às suas leis. Essa doutrina fundamental da crença do povo deIsrael é complementada por estas palavras que Jesus pronunciou na ocasião da instituição da Ceia: ―Este cálice é anova aliança feita por Deus com o seu povo, aliança que é garantida pelo meu sangue, derramado em favor de vocês‖

(Lc 22.20).Por meio de símbolos e de profecias, o AT preparou o povo de Deus para a vinda do Messias, aquele que Deus iria

enviar a fim de trazer a salvação completa para as pessoas.Para se entender bem o Novo Testamento, é necessário recorrer ao AT, porque este forma a base para os ensina-

mentos encontrados no Novo Testamento. Mas nem todo os ensinamentos encontrados no AT têm validade para oscristãos. O cristão lê o AT com a luz que vem da maneira de Jesus interpretá-lo e completá- lo. Jesus disse: ―Não pen-sem que eu vim acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos profetas. Não vim para acabar com eles,mas para dar o seu sentido completo‖ (Mt 5.17). E, logo adiante Jesus afirmou algo que é totalmente novo: ―Vocêssabem o que foi dito: ‗Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos.‘ Mas eu lhes digo: ‗Ame os seus inimigos e a-mem os que perseguem vocês‘‖ (Mt 5.43,44). Essas palavras de Jesus sobre inimigos vão muito além dos ensinamen-tos do AT sobre o assunto.

Os ensinamentos do AT sobre a lei, o culto, a conduta das pessoas, a sua vida, a sua morte e a sua vida após a mor-te são entendidos e vividos pelos cristãos à luz da revelação completa e final que se encontra no Novo Testamento.

Fonte:Bíblia de Estudo NTLH

Bíblia - Antigo TestamentoTEXTO E FORMAAntigo Testamento é o nome dado, desde os primórdios do Cristianismo, às escrituras sagradas do povo de Israel,

formadas por um conjunto de livros muito diferentes uns dos outros em caráter e gênero literário e pertencentes a di-versas épocas e autores.

O Antigo Testamento ocupa, sem dúvida, um lugar preeminente no quadro geral da importante literatura surgida no

Antigo Oriente Médio. No decorrer da sua longa história, egípcios, sumérios, assírios, babilônicos, fenícios, hititas,persas e outros povos da região produziram um importante tesouro de obras literárias porém nenhuma delas se compa-ra ao Antigo Testamento quanto à riqueza dos temas e beleza de expressão e, muito menos, quanto ao valor religioso.

Os gêneros literários do Antigo TestamentoEm termos gerais, todos os escritos do Antigo Testamento podem ser incluídos em um ou outro dos dois grandes

gêneros literários que são a prosa e a poesia em tudo, uma segunda aproximação permite apreciar a grande diversidadede classes e estilos que, muitas vezes misturados entre si, configuram ambos os gêneros.

Quanto à prosa, é o gênero no qual estão escritos textos como os seguintes:a) relatos históricos, presentes sobretudo nos livros de caráter narrativo e que, a partir de Abraão (Gn 11.27-25.11),

referem-se ou diretamente ao povo de Israel e aos seus personagens mais significativos ou indiretamente aos povos enações cuja história está relacionada muito de perto com Israel;

b) o relato de Gn 1-3 sobre as origens do mundo e da humanidade, o qual, do ponto de vista literário, merece refe-

rência à parte;

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Noções de Bibliologia 15

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c) passagens especiais (p. ex., a história dos patriarcas), narrações épicas (p. ex., o êxodo do Egito e a conquista deCanaã), quadros familiares (p. ex., o livro de Rute), profecias (em parte), visões, crônicas oficiais, diálogos, discursos,instruções, exortações e genealogias;

d1) textos legais e normas de conduta e regulamentação da prática religiosa coletiva e pessoal.

Quanto à poesia, o Antigo Testamento oferece vários modelos literários, que podem ser resumidos em:d2) cúlticos (p. ex., Salmos e Lamentações);d3) proféticos (uma parte muito importante dos textos dos profetas de Israel);d3) sapienciais, os quais recolhem reflexões e ensinamentos relativos à vida diária (Provérbios e Eclesiastes) ou

que giram em torno de algum problema de caráter teológico (Jó).

Autores e tradiçãoDe acordo com a sua origem, os livros do Antigo Testamento podem ser classificados em dois grandes grupos. O

primeiro é formado pelos escritos que deixam transparecer a atividade criadora do autor e parecem ser marcados peloselo da sua personalidade. Tal é o caso de boa parte dos textos proféticos, cuja mensagem inicial foi, às vezes, amplia-da, chegando, posteriormente, ao seu pleno desenvolvimento em âmbitos onde a inspiração do profeta original se dei-xava sentir com intensidade.

No segundo grupo são incluídos os livros nos quais, não tendo permanecido marcas próprias do autor, foram astradições que se encarregaram de transmitir a mensagem preservada pelo povo, proclamando-a e aplicando-a às cir-cunstâncias próprias de cada tempo novo. A esse grupo pertence uma boa parte da narrativa histórica e da literaturacúltica e sapiencial.

Transmissão do textoA passagem da tradição oral para a escrita chega ao Antigo Testamento num tempo em que o papiro e o pergami-

nho já estavam em uso como materiais de escrita. Deles se faziam longas tiras que, convenientemente unidas, forma-vam os chamados "rolos", uma espécie de cilindros de peso e volume às vezes consideráveis. Assim, chegaram até nósos textos do Antigo Testamento (cf. Jr 36), ainda que não nos seus manuscritos hebraicos originais, porque com otempo todos desapareceram, mas graças à grande quantidade de cópias feitas ao longo de muitos séculos. Dentre elas,as mais antigas que temos pertencem ao séc. I a.C. Foram descobertas em lugares como Qumran, a oeste do mar Mor-to, algumas em muito bom estado de conservação e outras, muito deterioradas e reduzidas a fragmentos.

Das cópias que contêm o texto integral da Bíblia Hebraica, a mais antiga é o Códice de Alepo, que data do séc. Xd.C. e é o reflexo da tradição tiberiense.

O sistema alfabético utilizado nos primitivos manuscritos hebraicos carecia de vogais: na sua época e de acordocom um uso comum de diversas línguas semíticas, somente as consoantes tinham representação gráfica. Essa peculia-ridade era, obviamente, uma fonte de sérios problemas de leitura e interpretação dos escritos bíblicos, cuja unificaçãorealizaram os especialistas judeus do final do séc. I d.C.

O trabalho daqueles sábios foi favorecido na última parte do séc. V a.C. pelo desenvolvimento, sobretudo em Tibe-ríades e Babilônia, de um sistema de leitura que culminou entre os séculos VIII e XI d.C. com a composição do textochamado "massorético". Nele, fruto do intenso trabalho realizado pelos "massoretas" (ou "transmissores da tradição"),ficou definitivamente fixada a leitura da Bíblia Hebraica através de um complicado conjunto de sinais vocálicos e

entonação.Apesar do excelente cuidado que os copistas tiveram para fazer e conservar as cópias do texto bíblico, nem semprepuderam evitar que aqui e ali fossem introduzidas pequenas variantes na escrita. Por isso, a fim de descobrir e avaliartais variantes, o estudo dos antigos manuscritos implica uma minuciosa tarefa de comparação de textos, não somenteentre umas ou outras cópias hebraicas, mas também em antigas traduções para outras línguas:

O texto samaritano do Pentateuco (escrita samaritana)As versões gregas, especialmente a LXX (feita em Alexandria entre os séculos III e II a.C. e utilizada freqüente-

mente pelos escritores do Novo Testamento)As aramaicas (os targumim, versões parafrásticas)As latinas, em especial a VulgataAs siríacas, as coptas ou a armênia. Os resultados desse trabalho de fixação do texto se encontram sintetizados nas

edições críticas da Bíblia Hebraica.

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Noções de Bibliologia 16

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GEOGRAFIA E RELIGIÃOA Palestina do Antigo TestamentoA região onde se desenrolaram os acontecimentos mais importantes registrados no Antigo Testamento está situada

na zona imediatamente a leste da bacia do Mediterrâneo. O nome mais antigo dela registrado na Bíblia é "terra de

Canaã" (Gn 11.31), substituído posteriormente, entre os israelitas, por "terra de Israel" (1Sm 13.19 Ez 11.17 Mt 2.20).Os gregos e romanos preferiram chamá-la de "Palestina", termo derivado do apelativo "filisteu", pelo qual era conhe-cido o povo que habitava a costa do Mediterrâneo. No tempo em que o Império Romano dominou o país, pelo menosuma região deste recebeu o nome de "Judéia". Durante a maior parte do período monárquico (931-586 a.C.), a terra deIsrael esteve dividida em duas: ao sul, o reino de Judá, sendo Jerusalém sua capital e ao norte, o reino de Israel, tendoa cidade de Samaria como capital. As grandes diferenças políticas que separavam ambos os reinos aumentaram aindamais quando, em 721 a.C., o reino do Norte foi conquistado pelo exército assírio.

O território palestino é formado por três grandes faixas paralelas que se estendem do Norte ao Sul. A ocidental,uma planície banhada pelo Mediterrâneo, estreita-se em direção ao Norte, na Galiléia, e depois fica cercada pelo mon-te Carmelo. Nessa planície se encontravam as antigas cidades de Gaza, Asquelom, Asdode e Jope (atualmente umsubúrbio de Tel Aviv) e a Cesaréia romana, de construção mais recente.

A faixa central é formada por uma série de montanhas que, desde o Norte, como que se desprendendo da cordilhei-

ra do Líbano, descem paralelas pela costa até penetrar no Sul, no deserto de Neguebe. O vale de Jezreel (ou de Esdre-lom), entre a Galiléia e Samaria, cortava a cadeia montanhosa, cujas duas alturas máximas estão uma (1.208 m) naGaliléia e a outra (1.020 m), na Judéia. Nessa faixa central do país, encontra-se a cidade de Jerusalém (cerca de 800 macima do nível do mar) e outras importantes da Judéia, Samaria e Galiléia.

A oriente da região montanhosa serpenteia o rio Jordão, o maior rio da Palestina, o qual nasce ao norte da Galiléia,no monte Hermom, e caminha em direção ao sul ao longo de 300 km, (pouco mais de 100 km, em linha reta). No seucurso, atravessa o lago Merom e depois o mar ou lago da Galiléia (ou ainda "mar de Tiberíades") e corre por uma de-pressão que se torna cada vez mais profunda, até desembocar no mar Morto, a 392 m abaixo do nível do Mediterrâneo.

Mais além da depressão do Jordão, no seu lado oriental, o terreno torna a elevar-se. Sobretudo na região norte hácumes importantes, como, já fora da Palestina, o monte Hermom, com até 2.758 m de altura.

A Palestina é predominantemente seca, desértica em extensas regiões do Leste e Sul do país, com montanhas muitopedregosas e poucos espaços com condições favoráveis para o cultivo. Os terrenos férteis, próprios para a agricultura,encontram-se, sobretudo, na planície de Jezreel, ao norte, no vale do Jordão e nas terras baixas que, ao ocidente, a-companham a costa. As altas temperaturas predominantes se atenuam nas partes elevadas, onde as noites podem che-gar a ser frias. As duas estações mais importantes são o inverno e o verão (cf. Gn 8.22 Mt 24.20,32), mas, quanto aoclima, o essencial para os trabalhos agrícolas é a regularidade na chegada das chuvas: as temporãs (entre outubro enovembro) e as serôdias (entre dezembro e janeiro). Armazena-se, então, a água em algibes (ou cisternas), para podertê-la durante os outros meses do ano.

Valorização religiosa do Antigo TestamentoNo Antigo Testamento, como em toda a Bíblia, é reconhecida, em sua origem, uma autêntica experiência religiosa.

Deus se revelou ao povo de Israel na realidade da sua história e fez isso como o único Deus, Criador e Senhor do uni-verso e da história, não se assemelhando a nenhuma outra experiência humana, nem identificando-se com alguma

imagem feita pelos homens. Deus é o Autor da vida, o Criador da existência de todos os seres e é um Deus salvador,que está sempre ao lado do seu povo, mas que não se deixa manipular por ele que impõe obrigações morais e sociais,que não se deixa subornar, que protege os fracos e ama a justiça. É um Deus que se achega ao povo, especialmente noculto um Deus perdoador, que quer que o pecador viva, porém julga com justiça e castiga a maldade. As idéias e alinguagem do Antigo Testamento transparecem nos escritos do Novo Testamento, em cujo pano de fundo está semprepresente o Deus do Antigo Testamento, o Pai de Jesus Cristo, em quem é revelado, definitivamente, o seu amor e a suavontade salvadora para todo aquele que o recebe pela fé.

O Antigo Testamento dá especial atenção ao relacionamento de Deus com Israel, o seu povo escolhido. Um dosmais importantes aspectos desse relacionamento é a Aliança com Israel, mediante a qual Javé se compromete a ser oDeus daquele povo que tomou como a sua possessão particular e dele exige o cumprimento religioso dos mandamen-tos e das leis divinas. Assim, a fé comum, as celebrações cúlticas e a observância da Lei são os elementos que confi-guram a unidade de Israel, uma unidade que se rompe quando se torna infiel ao Deus ao qual pertence. A história de

Israel como povo escolhido revela que o mais importante é manter a sua identidade religiosa em meio ao mundo aoseu redor, passo necessário que será dado em direção à mensagem universal que depois, em Jesus Cristo, será procla-mada pelo Novo Testamento.

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Noções de Bibliologia 17

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Nem todos os aspectos do Antigo Testamento mantêm igual vigência para o cristão. O Antigo Testamento deve serinterpretado à luz da sua máxima instância, que é Jesus Cristo. A projeção histórica e profética do povo de Israel noAntigo Testamento é uma etapa precursora no caminho que conduz à plena revelação divina em Cristo (Hb 1.1-2). Poroutro lado, o Novo Testamento é o testemunho de fé de que as promessas feitas por Deus a Israel são cumpridas com a

vinda do Messias (cf., p. ex., Mt 1.23 Lc 3.4-6 At 2.16-21 Rm 15.9-12). Por isso, certas instruções absolutamente vá-lidas para o povo judeu deixam de ser igualmente vigentes para o novo povo de Deus, que é a Igreja (cf. At 15 Gl3.23-29 Cl 2.16-17 Hb 7.11-10.18) e alguns aspectos da lei de Moisés, do culto do Antigo Testamento e da doutrinasobre o destino do ser humano, pessoal e comunitariamente considerado, devem ser interpretados à luz do evangelhode Jesus Cristo, o Filho de Deus.

HISTÓRIA E CULTURAA existência de Israel como povo remonta, provavelmente, ao último período do séc. XI a.C. Era o tempo do nas-

cimento da monarquia e da unificação das diversas tribos, que viviam separadas entre si até que, sob o governo do reiDavi, constituiu-se o Estado nacional, com Jerusalém por capital.

Até chegar a esse momento, a formação do povo havia sido lenta e difícil, mesclada freqüentemente com a históriadas mais antigas civilizações que floresceram no Egito, às margens do Nilo e na Mesopotâmia, nas terras regadas pelo

Tigre e o Eufrates. As fontes extrabíblicas da história de Israel naquela época são muito limitadas, carentes da basedocumental necessária para se estabelecerem com precisão as origens do povo hebreu. Nesse aspecto, o livro de Gêne-sis proporciona alguns dados de valor inestimável, pois o estudo dos relatos patriarcais permite descobrir alguns as-pectos fundamentais da origem do povo israelita.

A época dos patriarcas Os personagens do Antigo Testamento, habitualmente denominadas "patriarcas", eram che-fes de grupos familiares seminômades que iam de um lugar a outro em busca de comida e água para os seus rebanhos.Não havendo chegado ainda à fase cultural do sedentarismo e dos trabalhos agrícolas, os seus assentamentos eram, emgeral, eventuais: duravam o tempo em que os seus gados demoravam para consumir os pastos.

Gênesis oferece uma visão particular do começo da história de Israel, que é mais propriamente a história de umafamília. Procedentes da cidade mesopotâmica de Ur dos caldeus, situada junto ao Eufrates, Abraão e a sua esposa che-garam ao país de Canaã. Deus havia prometido a Abraão que faria dele uma grande nação (Gn 12.1-3 cf. 15.1-21 17.1-4) e, conforme essa promessa, nasceu o seu filho Isaque, que, por sua vez, foi o pai de Jacó. Durante a sua longa via-gem, primeiro na direção norte e depois na direção sul, Abraão deteve-se em diversos lugares mencionados na Bíblia:Harã, Siquém, Ai e Betel (Gn 11.31-12.9) atravessou a região desértica do Neguebe e chegou até o Egito, de onde,mais tarde, regressou para, finalmente, estabelecer-se em um lugar conhecido como "os carvalhais de Manre", junto aHebrom (Gn 13.1-3,18). Ao morrer Abraão (Gn 25.7-11 cf. 23.2,17-20), Isaque converte-se no protagonista do relatobíblico, que o apresenta como habitante de Gerar e Berseba (Gn 26.6,23), lugares do Neguebe (Gn 24.62), na regiãomeridional da Palestina. Isaque, herdeiro das promessas de Deus a Abraão, aparece no meio de um quadro descritivoda vida seminômade do segundo milênio a.C.: busca de campos de pastoreio, assentamentos provisórios, ocasionaistrabalhos agrícolas nos limites de povoados fronteiriços e discussões por causa dos poços de água onde se dava debeber ao gado (Gn 26).

Depois de Isaque, a atenção do relato concentra-se nos conflitos pessoais surgidos entre Jacó e o seu irmão Esaú,que são como que uma visão antecipada dos graves problemas que, posteriormente, haveriam de acontecer entre os

israelitas, descendentes de Jacó, e os edomitas, descendentes de Esaú. A história de Jacó é mais longa e complicadaque as anteriores. Consta de uma série de relatos entrelaçados: a fuga do patriarca para a região mesopotâmica de Pa-dã-Arã a inteligência e a riqueza de Jacó o regresso a Canaã o episódio de Peniel, onde Deus mudou o nome de Jacópara Israel (Gn 32.28) a revelação de Deus e a renovação das suas promessas (Gn 35.1-15) a história de José e a mortede Jacó no Egito (Gn 37.1-50.14).

A saída do EgitoA situação política e social das tribos israelitas, do Egito e dos países do Oriente Médio, no período que vai da

morte de José à época de Moisés, sofreu mudanças consideráveis.O Egito viveu um tempo de prosperidade depois de expulsar do país os invasores hicsos. Este povo oriundo da Me-

sopotâmia, depois de passar por Canaã, havia se apropriado, no início do séc. XVIII a.C., da fértil região egípcia dodelta do Nilo. Os hicsos dominaram no Egito cerca de um século e meio, e, provavelmente, foi nesse tempo que Jacó

se instalou ali com toda a sua família. Esta poderia ser a explicação da acolhida favorável que foi dispensada ao patri-arca, e de que alguns dos seus descendentes, como aconteceu com José (Gn 41.37-43), chegaram a ocupar postos im-portantes no governo do país.

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Noções de Bibliologia 18

Noções de Bibliologia Página 18

A situação mudou quando os hicsos foram finalmente expulsos do Egito. Os estrangeiros residentes, entre os quaisencontravam-se os israelitas, foram submetidos a uma dura opressão. Essa mudança na situação política está registradaem Êx 1.8, que diz que subiu ao trono do Egito um novo rei "que não conhecera a José." Durante o mandato daquelefaraó, os israelitas foram obrigados a trabalhar em condições subumanas na edificação das cidades egípcias de Pitom e

Ramessés (Êx 1.11). Porém, em tais circunstâncias, teve lugar um acontecimento que haveria de permanecer gravado,para sempre, nos anais de Israel: Deus levantou um homem, Moisés, para constituí-lo libertador do seu povo.Moisés, apesar de hebreu por nascimento, recebeu uma educação esmerada na própria corte do faraó. Certo dia,

Moisés viu-se obrigado a fugir para o deserto, e ali Javé (nome explicado em Êx 3.14 como "EU SOU O QUE SOU")revelou-se a ele e lhe deu a missão de libertar os israelitas da escravidão a que estavam submetidos no Egito (Êx 3.1-4.17). Regressou Moisés ao Egito e, depois de vencer com palavras e ações maravilhosas a resistência do faraó, con-seguiu que a multidão dos israelitas se colocasse em marcha em direção ao deserto do Sinai.

Esse capítulo da história de Israel, a libertação do jugo egípcio, marcou indelevelmente a vida e a religião do povo.A data precisa desse acontecimento não pode ser determinada. Têm-se sugerido duas possibilidades: até meados doséc. XV e até meados do séc. XIII. (Neste último caso seria durante o reinado de Ramsés II ou do seu filho Meneptá.).

Durante os anos de permanência no deserto do Sinai, enquanto os israelitas dirigiam-se para Canaã, produziu-seum acontecimento de importância capital: Deus instituiu a sua Aliança com o seu povo escolhido (Êx 19). Essa Alian-

ça significou o estabelecimento de um relacionamento singular entre Javé e Israel, com estipulações fundamentais queficaram fixadas na lei mosaica, cuja síntese é o Decálogo (Êx 20.1-17). A conquista de Canaã e o período dos juízes.

Depois da morte de Moisés (Dt 34), a direção do povo foi colocada nas mãos de Josué, a quem coube guiá-lo aopaís de Canaã, a Terra Prometida. A entrada naqueles territórios iniciou-se com a passagem do Jordão, fato de grandesignificação histórica, porque com ela inaugurava-se um período decisivo para a constituição da futura nação israelita(Js 1-3).

Conquistar e assentar-se em Canaã não se tornou empresa fácil. Foi um longo e duro processo (cf. Jz 1), às vezes,de avanço pacífico, mas, às vezes, de inflamados choques com os hostis povos cananeus (cf. Jz 4-5), formados porpopulações diferentes entre si, ainda que todas pertencentes ao comum tronco semítico muitas delas terminaram ab-sorvidas por Israel (cf. Js 9).

Naquele tempo da chegada e conquista de Canaã, os grandes impérios do Egito e da Mesopotâmia já haviam inici-ado a sua decadência. Destes eram vassalos os pequenos Estados cananeus, de economia agrícola e cuja administraçãopolítica limitava-se, geralmente, a uma cidade de relativa importância nos limites das suas terras. Em relação à religi-ão, caracterizava-se sobretudo pelos ritos em honra a Baal, Aserá e Astarote, e a deuses secundários, geralmente di-vindades da fecundidade.

A etapa conhecida como "período dos juízes de Israel" sucedeu à morte de Josué (Js 24.29-32). Desenvolveu-se en-tre os anos 1200 e 1050 a.C., e a sua característica mais evidente foi, talvez, a distribuição dos israelitas em grupostribais, mais ou menos independentes e sem um governo central que lhes desse um mínimo sentido de organizaçãopolítica. Naquelas circunstâncias surgiram alguns personagens que assumiram a direção de Israel e que, ocasionalmen-te, atuaram como estrategistas e o guiaram nas suas ações de guerra (ver, p. ex., em Jz 5, o Cântico de Débora, quecelebra o triunfo de grupos israelitas aliados contra as forças cananéias). Entre todos os povos vizinhos, foram, prova-velmente, os filisteus que representaram para Israel a mais grave ameaça. Procedentes de Creta e de outras ilhas doMediterrâneo oriental, os filisteus, conhecidos também como "os povos do mar", que primeiramente haviam intentado

sem êxito penetrar no Egito, apoderaram-se depois (por volta de 1175 a.C.) das planícies costeiras da Palestina meri-dional. Ali estabeleceram-se e constituíram a "Pentápolis", o grupo das cinco cidades filistéias: Asdode, Gaza, Asque-lom, Gate e Ecrom (1Sm 6.17), cujo poder reforçou-se com a sua aliança e também com o monopólio da manufaturado ferro, utilizado tanto nos seus trabalhos agrícolas quanto nas suas ações militares (1Sm 13.19-22).

O início da monarquia de IsraelA figura política dos "juízes", apta para resolver assuntos de caráter tribal, mostrou-se ineficaz ante os problemas

que, mais tarde, haveriam de ameaçar a sobrevivência do conjunto de Israel no mundo palestino. Assim, pouco a pou-co, veio a implantação da monarquia e, com ela, uma forma de governo unificado, dotado da autoridade necessáriapara manter uma administração nacional estável. Ainda que a monarquia tenha enfrentado, no início, fortes resistên-cias internas (1Sm 8), paulatinamente chegou a impor-se e consolidar-se. Samuel, o último dos juízes de Israel, foisucedido por Saul, que em 1040 a.C. iniciou o período da monarquia, que se prolongou até 586 a.C., quando, durante

o reinado de Zedequias, os babilônios sitiaram e destruíram Jerusalém, tendo Nabucodonosor à frente. Saul, que co-meçou a reinar depois de ter obtido uma vitória militar (1Sm 11) e de ter triunfado em outras ocasiões, todavia, nunca

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Noções de Bibliologia 19

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conseguiu acabar com os filisteus, e foi lutando contra eles no monte Gilboa que morreram os seus três filhos e elepróprio (1Sm 31.1-6).

Saul foi sucedido por Davi, proclamado rei pelos homens de Judá na cidade de Hebrom (2Sm 2.4-5). O seu reinadoiniciou-se, pois, na região meridional da Palestina, mas depois estendeu-se em direção ao norte. Reconhecido como rei

por todas as tribos israelitas, conseguiu unificá-las sob o seu governo. Durante o tempo em que Davi viveu, produzi-ram-se acontecimentos de grande importância: a anexação à nova entidade nacional de algumas cidades cananéiasantes independentes, a submissão de povos vizinhos e a conquista de Jerusalém, convertida desde então na capital doreino e centro religioso por excelência. Próximo já da sua morte, Davi designou por sucessor o seu filho Salomão, sobcujo governo alcançou o reino as mais altas cotas de esplendor. Salomão soube estabelecer importantes relacionamen-tos políticos e comerciais, geradores de grandes benefícios para Israel. As riquezas acumuladas sob o seu governopermitiram realizar em Jerusalém construções de enorme envergadura, como o Templo e o palácio real. O prestígio deSalomão fez-se proverbial, e a fama da sua prudência e sabedoria nunca tiveram paralelo na história dos reis de Israel(1Rs 5-10).

A ruptura da unidade nacionalA despeito de todas as circunstâncias favoráveis que rodearam o reinado de Salomão, foi precisamente aí que a u-

nidade do reino começou a fender-se. Por um e outro lado do país, surgiam vozes de protesto pelos abusos de autori-dade, pelos maus tratos infligidos à classe trabalhadora e pelo agravamento dos tributos destinados a cobrir os gastosque originavam as grandes construções. Tudo isso, fomentando atitudes de descontentamento e rebeldia, foi causa doressurgimento de antigas rivalidades entre as tribos do Norte e do Sul.

Os problemas chegaram ao extremo quando, morto Salomão, ocupou o trono o seu filho Roboão (1Rs 12.1-24).Sem a sensatez do seu pai, Roboão provocou, com imprudentes atitudes pessoais, a ruptura do reino: de um lado, atribo de Judá, que seguiu fiel a Roboão e manteve a capital em Jerusalém de outro, as tribos do Norte, que proclama-ram rei a Jeroboão, antigo funcionário da corte de Salomão. Desde esse momento, a divisão da nação em reino doNorte e reino do Sul se fez inevitável.

Judá, sempre governada por um membro da dinastia davídica, subsistiu por mais de trezentos anos, ainda que a suaindependência nacional tivesse sofrido importantes oscilações desde que, no final do séc. VIII a.C., a Assíria a subme-teu a uma dura vassalagem. Aquele antigo império dominou a Palestina até que medos e caldeus, já próximo do séc.VI a.C., apagaram-na do panorama da história (Na 1-3). Então, em Judá, onde reinava Josias, renasceram as esperan-ças de recuperar a perdida independência mas, depois da batalha de Megido (609 a.C.), com a derrota de Judá e a mor-te de Josias (2Cr 35.20-24), o reino entrou em uma rápida decadência, que terminou com a destruição de Jerusalém em586 a.C. O Templo e toda a capital foram arrasados, um número grande dos seus habitantes foi levado ao exílio, e adinastia davídica chegou ao seu fim (2Rs 25.1-21). Ao que parece, a perda da independência de Judá supôs a sua in-corporação à província babilônica de Samaria mas, além disso, o país havia ficado arruinado, primeiro pela devastaçãoque causaram os invasores e em seguida pelos saques a que o submeteram os seus povos vizinhos, Edom (Ob 11),Amom e outros (Ez 25.1-4).

O reino do Norte, Israel, nunca chegou a gozar uma situação politicamente estável. A sua capital mudou de lugarem diversas ocasiões, antes de ficar finalmente instalada na cidade de Samaria (1Rs 16.24), e várias tentativas paraconstituir dinastias duradouras terminaram em fracasso, freqüentemente de modo violento (Os 8.4). A aniquilação do

reino do Norte sob a dominação assíria ocorreu gradualmente: primeiro foi a imposição de um grande tributo (2Rs15.19-20) em seguida, a conquista de algumas povoações e a conseqüente redução das fronteiras do reino e, por últi-mo, a destruição de Samaria, o exílio de uma parte da população e a instalação de um governo estrangeiro no paísconquistado.

O exílioOs babilônios permitiram que os exilados do reino de Judá formassem famílias, construíssem casas, cultivassem

pomares (Jr 29.5-7) e chegassem a consultar os seus próprios chefes e anciãos (Ez 20.1-44) e, igualmente, permitiram-lhes viver em comunidade, em um lugar chamado Tel-Abibe, às margens do rio Quebar (Ez 3.15). Assim, pouco apouco, foram-se habituando à sua situação de exilados na Babilônia. Em semelhantes circunstâncias, a participaçãocomum nas práticas da religião foi, provavelmente, o vínculo mais forte de união entre os membros da comunidadeexilada e a instituição da sinagoga teve um papel relevante como ponto de encontro para a oração, a leitura e o ensi-

namento da Lei, o canto dos Salmos e o comentário dos escritos dos profetas.Desta maneira, com o exílio, a Babilônia converteu-se num centro de atividade religiosa, onde um grupo de sacer-dotes entregou-se com empenho à tarefa de reunir e preservar os textos sagrados que constituíam o patrimônio espiri-

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Noções de Bibliologia Página 20

tual de Israel. Entre os componentes desse grupo se contava Ezequiel, que, na sua dupla condição de sacerdote e pro-feta (Ez 1.1-3 2.1-5), exerceu uma influência singular.

Dadas as condições de tolerância e até de bem-estar em que viviam os exilados na Babilônia, não é de estranharque muitos deles renunciassem, no seu tempo, regressar ao seu país. Outros, pelo contrário, mantendo vivo o ressen-

timento contra a nação que os havia arrancado da sua pátria e que era causa dos males que lhes haviam sobrevindo,suspiravam pelo momento do regresso ao seu longínquo país (Sl 137 Is 47.1-3).

Retorno e restauraçãoA esperança de uma rápida libertação cresceu entre os exilados quando Ciro, rei de Anshan, empreendeu a sua car-

reira de conquistador e fundador de um novo império. Elevado já ao trono da Pérsia (559-530 a.C.), as suas qualidadesde estrategista e de político permitiram-lhe superar rapidamente três etapas decisivas: primeiro, a fundação do reinomedo-persa, com a sua capital Ecbatana (553 a.C.) segundo, a conquista de quase toda a Ásia Menor, culminada coma vitória sobre o rei de Lídia (546 a.C.) terceiro, a entrada triunfal na Babilônia (539 a.C.). Desse modo, ficou configu-rado o império persa, que, durante mais de dois séculos, dominou o panorama político do Oriente Médio.

Ciro praticou uma política de bom relacionamento com os povos submetidos. Permitiu que cada um conservasse osseus usos, costumes e tradições e que praticasse a sua própria religião, atitude que redundou em benefício aos judeus

residentes na Babilônia, os quais, por decreto real, ficaram com a liberdade de regressar à Palestina.O livro de Esdras contém duas versões do referido decreto (Ed 1.2-4 e 6.3-12), no qual se ampararam os exilados

que quiseram voltar à pátria. E é importante assinalar que o imperador persa não somente permitiu aquele regresso,mas também devolveu aos judeus os ricos utensílios do culto que Nabucodonosor lhes havia arrebatado e levado àBabilônia. Para maior abundância, Ciro ordenou também uma contribuição de caráter oficial para apoiar economica-mente a reconstrução do templo de Jerusalém.

O retorno dos exilados realizou-se de forma paulatina, por grupos, o primeiro dos quais chegou a Jerusalém sob aliderança de Sesbazar (Ed 1.11). Tempos depois iniciaram-se as obras de reconstrução do Templo, que se prolongaramaté 515 a.C. Para dirigir o trabalho e animar os operários contribuíram o governador Zorobabel e o sumo sacerdoteJosué, apoiados pelos profetas Ageu e Zacarias (Ed 5.1). O passar do tempo deu lugar a muitos problemas de índolemuito diversa. As duras dificuldades econômicas às quais tiveram que fazer frente, as divisões no seio da comunidadee, muito particularmente, as atitudes hostis dos samaritanos foram causa da degradação da convivência entre os repa-triados em Jerusalém e em todo Judá.

Ao conhecer os problemas que afligiam o seu povo, um judeu chamado Neemias, residente na cidade de Susã, co-peiro do rei persa Artaxerxes (Ne 2.1), solicitou que, com o título de governador de Judá, tivesse a permissão de aju-dar o seu povo (445 a.C.). Neemias revelou-se um grande reformador, que atuou com capacidade e eficácia. A suapresença na Palestina foi decisiva, não somente para que se reconstruíssem os muros de Jerusalém, mas também paraque a vida da comunidade judaica experimentasse uma mudança profunda e positiva (cf. Ne 8-10).

Artaxerxes investiu, também de poderes extraordinários, ao sacerdote e escriba Esdras, a fim de que este, dotado deplena autoridade, se ocupasse de todas as necessidades do Templo e do culto em Jerusalém e cuidasse de colocar sob alei de Deus tanto os judeus recém-repatriados como os que nunca haviam saído da Palestina (Ed 7.12-26). Entre eles,promoveu Esdras uma mudança religiosa e moral tão profunda, que, a partir de então, Israel converteu-se no "povo doLivro". A sua figura ocupa nas tradições judaicas um lugar comparável ao de Moisés. Com relação às referências a

Artaxerxes no livro de Esdras (7.7) e no de Neemias (2.1), se correspondem a um só personagem ou a dois, os histori-adores não têm chegado a uma conclusão definitiva.

O período helenísticoO domínio persa no Oriente Médio chegou ao seu fim quando o exército de Dario III sucumbiu em Isso (333 a.C.)

ante as forças de Alexandre Magno (356-323 a.C.). Ali começou a hegemonia do helenismo, que se manteve até 63a.C. e que entre os seus sucessos contou com o estabelecimento de importantes vínculos entre Oriente e Ocidente. Masas rivalidades surgidas entre os sucessores de Alexandre (os Diádocos) impediram o estabelecimento de uma unidadepolítica eficaz nos territórios que ele havia conquistado. De tais divisões originou-se, com referência à Palestina, a quefora dominada primeiro pelos ptolomeus (ou lágidas) do Egito e depois pelos selêucidas da Síria, duas das dinastiasfundadas pelos generais sucessores de Alexandre. Durante a época helenística estendeu-se consideravelmente o uso dogrego, e muitos judeus residentes na "diáspora" (ou "dispersão") habituaram-se a utilizá-lo como língua própria. Che-

gou um momento em que se fez necessário traduzir a Bíblia Hebraica para atender às necessidades religiosas das co-lônias judaicas de fala grega. Essa tradução, chamada de Septuaginta ou Versão dos Setenta, foi feita aproximadamen-te entre os anos 250 e 150 a.C.

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Noções de Bibliologia 21

Noções de Bibliologia Página 21

Durante o reinado do selêucida Antíoco IV Epífanes (175-163 a.C.), produziu-se na Palestina um intento de heleni-zação do povo judeu, que causou entre os seus membros uma grave dissensão. Muitos adotaram abertamente costumespróprios da cultura grega, divergentes das práticas judaicas tradicionais, enquanto que outros se agarraram com tenazfanatismo à lei mosaica. A tensão entre eles foi crescendo até desembocar na rebelião dos macabeus. Essa rebelião

desencadeou-se quando um ancião sacerdote chamado Matatias e os seus cinco filhos organizaram a luta contra o e-xército sírio. Depois da morte de Matatias, Judas, o seu terceiro filho, ficou à frente da resistência e, chefiando os seus,reconquistou o templo de Jerusalém, que havia sido profanado pelos sírios, e o purificou e o dedicou. A Hannuká ouFesta da Dedicação (Jo 10.22) comemora esse fato. Convertido em herói nacional, Judas foi o primeiro a receber osobrenome de "macabeu" (provavelmente "martelo"), que depois foi dado também aos seus irmãos.

Depois da morte de Simão, o último dos macabeus, a sucessão recaiu sobre o seu filho João Hircano I (134-104a.C.), com quem teve início a dinastia hasmonéia. Ainda viveu a Judéia alguns dias de esplendor, mas, em geral, du-rante o governo dos hasmoneus, a estabilidade política deteriorou-se progressivamente. Mais tarde, entrou em jogo oImpério Romano, e, no ano 63 a.C., o general Pompeu conquistou Jerusalém e a anexou, com toda a Palestina, à que jáera oficialmente província da Síria. A partir desse momento, a própria vida religiosa judaica ficou hipotecada, dirigidaaparentemente pelo sumo sacerdote em exercício, mas submetida, em última instância, à autoridade imperial.

Fonte:

iLúmina - A Bíblia do século XXI

1.2.  O Novo Testamento (NT). Após cerca de quatrocentos anos de silêncio, começou-se, com o advento de Cris-to, a ser escrito, em grego. No inicio da pregação do evangelho não existia, ainda, o Novo Testamento, como podemosver, Pedro faz alusão ao velho testamento em sua primeira pregação (Joel 2.28,32) além de característica dos aconte-cimentos ―recentes‖ concernentes e algumas citações do livro de Salmos (Sl 16.8-11; 110.1). Estevão basicamente fezuma sínese dos Livros de Gênesis e Êxodo. Algum tempo depois começaram a ser escritos os evangelhos para que asboas mensagens (Ev angelion) fossem transmitidas através de cartas, Epístolas e revelação (Apocalipse).

Bíblia - Novo TestamentoO Cristianismo, nas suas etapas iniciais, considerou o Antigo Testamento como a sua única Bíblia. Jesus, como os

seus discípulos e apóstolos e o resto do povo judeu, citou-o como "as Escrituras", "a Lei" ou "a Lei e os Profetas" (cf.Mc 12.24 Mt 12.5 Lc 16.16).

Com o passar do tempo, a Igreja, tendo entendido que em Cristo "as coisas antigas já passaram eis que se fizeramnovas" (2Co 5.17), produziu muitos escritos acerca da vida e da obra do Senhor, estabeleceu e transmitiu a sua doutri-na e estendeu a mensagem evangélica a regiões cada vez mais distantes da Palestina. Dentre esses escritos foi-se des-tacando aos poucos um grupo de vinte e sete, que pelos fins do séc. II começou a ser conhecido como Novo Testamen-to. Eram textos redigidos na língua grega, desiguais tanto em extensão como em natureza e gênero literário. Todos,porém, foram considerados com especial reverência como procedentes dos apóstolos de Jesus ou de pessoas muitopróximas a eles.

O uso cada vez mais freqüente que os crentes faziam daqueles vinte e sete escritos (convencionalmente chamados"livros") conduziu a uma geral aceitação da sua autoridade. A fé descobriu, sem demora, nas suas páginas a inspiraçãodo Espírito Santo e o testemunho fidedigno de que em Jesus Cristo, o Filho de Deus, cumpriam-se as antigas profecias

e se convertiam em realidade as esperanças messiânicas do povo de Israel. Conseqüentemente, a Igreja entendeu queos escritos hebraicos, que chamou de Antigo Testamento, requeriam uma segunda parte que viesse a documentar ocumprimento das promessas de Deus. E, enfim, após um longo processo e já bem avançado no séc. V, ficou oficial-mente reconhecido o cânon geral da Bíblia como a soma de ambos os Testamentos. Divisão do Novo Testamento.

Desde o séc. V, o índice do Novo Testamento agrupa os livros da seguinte maneira:1. Evangelhos (4):a). Sinóticos (3): Mateus, Marcos e Lucas.b). João2. Atos dos Apóstolos (1)3. Epístolas (21):a) Paulinas (13): Romanos, 1Coríntios, 2Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1Tessalonicenses,

2Tessalonicenses, 1Timóteo, 2Timóteo, Tito e Filemom.

b) Epístola aos Hebreus (1)c) Universais (7): Tiago, 1Pedro,2Pedro, 1João, 2João, 3João e Judas4. Apocalipse (1)

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Noções de Bibliologia 22

Noções de Bibliologia Página 22

Essa catalogação dos livros do Novo Testamento não corresponde à ordem cronológica da sua redação ou publica-ção é, antes, um agrupamento temático e por autores. Talvez, deve-se ver nesse agrupamento o propósito de apresentara revelação de Deus e o anúncio do seu reino eterno a partir da boa nova da encarnação (Evangelhos) até a boa novado retorno glorioso de Cristo no fim dos tempos (Apocalipse), passando pela história intermediária da vida e da in-

cumbência apostólica da Igreja (Epístolas).

A transmissão do texto É realmente extraordinário o número de manuscritos do Novo Testamento que chegou a nós depois de tantos sécu-

los desde que foram escritos. Ao todo, são mais de 5.000. Alguns são apenas pequenos fragmentos, tão deterioradospelo tempo e pelas más condições ambientais, que a sua utilidade é praticamente nula. Mas são muito mais numerososos manuscritos que, no todo ou em parte, se conservaram num estado suficientemente satisfatório para transmitir até opresente a sua mensagem e testificar assim a fidelidade dos cristãos que os escreveram.

Assim sendo, os manuscritos que conhecemos não são autógrafos, isto é, nenhum provém da mão do próprio autor.Todos, sem exceção, são cópias de cópias dos textos originais gregos ou de traduções para outros idiomas. Copistasespecializados pacientemente consagrados a esse labor de muitos anos de duração, os produziram nos lugares maisdiversos e no decorrer de séculos.

As cópias mais antigas até agora conhecidas são papiros que datam do séc. III, procedentes do Egito.O papiro é uma planta abundantemente encontrada às margens do Nilo. Da sua haste, cortada e prensada, prepara-

vam-se tiras retangulares, que se uniam formando folhas de uns 30 centímetros de largura e vários metros de compri-mento. Uma vez escritas, enrolavam-se as folhas com o texto para dentro, atando-as com fios.

Os rolos de papiro eram de fácil fabricação, mas o seu manejo era incômodo. Ademais, tanto a umidade como o ca-lor seco danificavam o material e impediam a sua prolongada duração. Por isso, em substituição ao papiro, entre osséculos II e V, se difundiu o uso de pergaminho, que era uma folha de pele de ovelha ou cordeiro especialmente curti-da para poder-se escrever nela. Esse novo material, bastante mais custoso que o anterior, porém muito resistente eduradouro, permitiu, primeiro, a preparação de cadernos e, depois, o de códices, isto é, livros na forma em que os co-nhecemos atualmente. Entre os diversos códices da Bíblia descobertos até o dia de hoje, os mais antigos e, simultane-amente, mais completos são os chamados Sinaítico e Vaticano, ambos datados do séc. IV.

Palestina romanaJesus nasceu em fins do reinado de Herodes, o Grande (47 a 4 a.C.) Homem cruel (cf. Mt 2.1-16) e, sem dúvida,

inteligente, distinguiu-se pela grande quantidade de terras e cidades que conquistou e pelas numerosas e colossaisconstruções com que as dotou. Entre estas, o templo de Jerusalém, do qual apenas se conservaram uns poucos restospertencentes à muralha ocidental (o Muro das Lamentações).

Após a morte de Herodes (Mt 2.15-19), o seu reino foi dividido entre os seus filhos Arquelau, Herodes Antipas eFilipe. Arquelau (Mt 2.22), etnarca da Judéia e Samaria, foi deposto pelo imperador Augusto no ano 6 d.C. A partir deentão, o governo esteve em mãos de procuradores romanos, entre eles Pôncio Pilatos, que manteve o cargo desde oano 26 até 36. Herodes Antipas (Lc 3.1) foi tetrarca da Galiléia e Peréia até o ano 39 e Filipe (Lc 3.1), até 34 o foi daIturéia, Traconites e outras regiões orientais do Norte (Ver a Cronologia Bíblica).

No ano 37, o imperador Calígula nomeou rei a Herodes Agripa e o colocou sobre a tetrarquia de Filipe, à qual logo

acrescentou a de Herodes Antipas. Com a morte de Calígula (assassinado no ano 41), o seu sucessor, Cláudio, ampliouainda mais os territórios de Agripa com a anexação da Judéia e Samaria. Desse modo, Agripa reinou até a sua morte(44 d.C.), praticamente sobre toda a Palestina.

Antipas foi aquele que mandou prender e matar a João Batista (Mc 6.16-29) e Herodes Agripa foi quem perseguiua igreja de Jerusalém e mandou matar a Tiago e prender a Pedro (At 12.1-19). O Novo Testamento fala também deoutro Herodes Agripa, filho do anterior: o rei que, acompanhado da sua irmã e mulher Berenice, escutou o discursopronunciado por Paulo em sua própria defesa, em Cesaréia (At 25.13-26.32).

Por detrás de todos esses personagens se manteve, sempre vigilante, o poder romano. Roma era quem empossavaou demitia governantes nos países submetidos ao seu domínio, conforme lhe convinha. Durante a vida de Jesus e até àdestruição de Jerusalém no ano 70, sucederam-se em Roma sete imperadores (ou césares). Três deles são mencionadosno Novo Testamento: Augusto (Lc 2.1), Tibério (Lc 3.1) e Cláudio (At 11.28 18.2). E há um quarto, Nero, cujo nomenão é mencionado, a quem Paulo faz tácita referência ao apelar ao tribunal de César (At 25.10-12 28.19).

A Palestina fazia parte do Império Romano desde o ano 63 a.C. Essa circunstância significara a perda definitiva dasua independência nacional. Dois longos séculos de agitação política a tinham levado a um estado de irreparável pros-

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Noções de Bibliologia 23

Noções de Bibliologia Página 23

tração moral, de que Roma, pela mão do general Pompeu, aproveitou-se apoderando-se do país e integrando-o na pro-víncia da Síria.

A fim de manter a paz e a tranqüilidade nos seus territórios, Roma atuava geralmente com muita cautela, sem pres-sionar excessivamente a população submetida e sem forçá-la a mudar os seus próprios modelos da sociedade, nem os

seus costumes, cultos e crenças religiosas. Inclusive, às vezes, a fim de pôr uma nota de tolerância e boa vontade, con-sentia a existência de certos governos nacionais, como os de Herodes, o Grande, e dos seus sucessores dinásticos. Oque Roma nunca permitiu foi a agitação política e muito menos a rebelião aberta dentro das suas fronteiras. Quandoisso ocorria, o exército se encarregava de restabelecer a ordem, atuando com presteza e com o máximo rigor. Foi issoque aconteceu no ano 70 d.C., quando Tito, filho do imperador Vespasiano, arrasou Jerusalém e provocou a "diáspo-ra" (ou dispersão) de grande parte da população, a fim de acabar de uma vez por todas com as revoltas judaicas inicia-das uns quatro anos antes.

Configuração física da PalestinaO Jordão é o rio da Palestina. Nasce no monte Hermom e percorre o país de norte a sul, dividindo-o em dois: a Cis-

 jordânia, ou lado ocidental, e a Transjordânia, ou lado oriental. Depois de atravessar o mar da Galiléia, corre serpente-ante ao longo de uma depressão geológica cada vez mais profunda, até desembocar no mar Morto, a uns 110 km do

lugar do seu nascimento e a quase 400 m abaixo do nível do Mediterrâneo.O mar Morto, de quase 1000 km² de superfície, deve o seu nome ao fato de que a alta proporção de sal e outros e-

lementos dissolvidos nas suas águas fazem nelas impossível a vida de peixes e de plantas. Ao contrário, o mar (ou olago) da Galiléia, também chamado de lago de Genesaré ou de Tiberíades (cf., p. ex., Mt 4.18 14.34 e Jo 6.1), de 145km² de superfície e situado igualmente em uma profunda depressão (212 m abaixo do nível do Mediterrâneo), é umagrande represa natural de água doce em que abundam os peixes (cf. Lc 5.4-7 Jo 21.6-11).

A Palestina é uma terra de montanhas. Na época do Novo Testamento, quase todas as suas cidades estavam situa-das em algum ponto da cordilheira que desce, desde os maciços do Líbano (3.083 m) e do Hermom (2.760 m) até oslimites meridionais do país na região desértica do Neguebe. Essa cadeia só se vê cortada pela planície de Jezreel (Js17.16), que penetra nela, deixando ao norte os montes da Galiléia e ao sul os desvios das montanhas de Samaria.

Alguns nomes do sistema orográfico da Palestina se conhecem pela menção que deles fazem os relatos bíblicos. Nolado oriental do Jordão, p. ex., encontra-se o monte Nebo, de 1.146 m de altura e, no lado ocidental, o Carmelo (552m), o Gerizim (868 m), o monte das Oliveiras (uns 800 m) e o Tabor (562 m).

A Palestina achava-se limitada pelos desertos da Arábia e da Síria ao leste e, a oeste, pelo mar Mediterrâneo, sepa-rado das montanhas pelas terras baixas que começam na fértil planície de Sarom (cf. Ct 2.1 Is 35.2), junto ao monteCarmelo.

Populações da PalestinaOs Evangelhos e Atos dos Apóstolos mencionam um bom número de cidades, vilas e aldeias espalhadas pelo país,

especialmente a oeste do Jordão e do mar Morto. Na região da Galiléia se encontravam, às margens do lago de Gene-saré, Cafarnaum, Corazim e Magdala e, mais ao interior, Caná, Nazaré e Naim.

Na região da Judéia, a quase 1.150 m acima do nível do mar Morto, eleva-se Jerusalém. Perto dela, ao sul, Belém aleste, sobre o monte das Oliveiras, Betânia e Betfagé e, a oeste, Emaús, mais longe, Lida e, por último, o porto de

Jope. A partir daqui, descendo pelo litoral, Azoto e Gaza. O Novo Testamento menciona também algumas cidades evilas palestinas que não pertenciam à Judéia ou Galiléia: Cesaréia de Filipe, na Ituréia Sarepta, Tiro e Sidom, no litoralda Fenícia Siquém, em Samaria.

Sociedade e cultura no mundo judaicoOs relatos dos evangelistas oferecem uma espécie de retrato da forma de vida dos judeus de então. As parábolas de

Jesus e as ocorrências nos percursos que fez pela Palestina destacam a importância que, naquela sociedade, represen-tavam os trabalhos do campo. A semeadura e a colheita de cereais, o plantio de vinhas e a colheita de uvas, a produçãohortícola e as referências à oliveira, à figueira e a outras árvores são dados reveladores de uma cultura basicamenteagrária, completada com a criação de rebanhos de ovelhas e cordeiros, de animais de carga e, inclusive, de manadas deporcos. Por outro lado, a pesca ocupava um lugar importante na atividade dos moradores que viviam nas aldeias cos-teiras do mar da Galiléia. Junto a essas profissões exerciam-se também outras de índole artesanal. Ali se encontravam

perfumistas, tecelões, curtidores, carpinteiros (cf. Mc 6.3), oleiros e fabricantes de tendas de campanha (cf. At 18.3) e,certamente, também servidores domésticos, comerciantes, banqueiros e cobradores de impostos (ver Publicanos naConcordância Temática). Nos degraus mais baixos da escala sócio-econômica estavam os peões contratados ao salário

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Noções de Bibliologia 24

Noções de Bibliologia Página 24

do dia, os escravos (cf. Êx 21.1-11), as prostitutas e um número considerável de pessoas que sobreviviam com a práti-ca da mendicância.

Religião e política

A religião e a política caminham juntas no mundo judaico. Eram dois componentes de uma só realidade, expressano sentimento nacionalista que brotava da mesma fonte, a fé no Deus de Abraão, Isaque e Jacó. A história do povo deIsrael é a história da sua fé em Deus e a sua fé é a fé em que Deus governa toda a sua história.Por isso, o sumo sacerdote em exercício era precisamente aquele que presidia o Sinédrio, máximo órgão jurídico eadministrativo da nação. Este consistia num conselho de 71 membros, no qual estavam representados os três grupospolítico-religiosos mais significativos da época:

os sacerdotes, arrolados na sua maioria no partido saduceuos anciãos, geralmente fariseus eos mestres da Lei.O Sinédrio gozava de todas as competências de um governo autônomo, salvo aquelas em que Roma se reservava os

direitos de última instância. O Sinédrio, p. ex., era competente para condenar à morte um réu, mas a ordem da execu-ção exigia o visto da autoridade romana, como sucedeu no caso de Jesus (cf. Jo 19.10).

Em relação aos partidos, convém assinalar que os fariseus eram os representantes mais rigorosos da espiritualidade judaica. Com a sua insistência na observância estrita da Lei mosaica e no respeito às tradições dos "pais" (isto é, osantepassados), exerciam uma forte influência no povo. Jesus reprovava o seu exagerado zelo ritual e o afã de satisfazeros mais insignificantes aspectos da letra da Lei, que os fazia esquecer freqüentemente os valores do espírito que aanima (cf. Mc 7.3-4,8-13. Ver 2Co 3.6).

Os saduceus representavam, de certo modo, a aristocracia de Israel. Esse partido, mais reduzido numericamenteque o fariseu, era formado, em grande parte, pelas poderosas famílias dos sumos sacerdotes. Na sua doutrina, em con-traste com o que ensinavam os fariseus, os saduceus mantinham "não haver ressurreição, nem anjo, nem espírito" (At23.8).

Tradicionalmente, se tem considerado que os zelotes constituíam um grupo judaico nacionalista que se rebeloucontra Roma. Eram conhecidos também como cananitas. Com ambos os epítetos se identifica no Novo TestamentoSimão, um dos doze discípulos de Jesus (ver Lc 6.15, nota n e cf. Mt 10.4 e Mc 3.18 com Lc 6.15 e At 1.13). Os zelo-tes desempenharam um papel muito ativo na rebelião dos anos 66 a 70.

À parte desses três grupos, havia outros, como os herodianos, cuja identidade não se conseguiu esclarecer total-mente. É provável que se tratasse de pessoas a serviço de Herodes, embora alguns achem que o nome se adapte me-lhor aos partidários de Herodes e de sua dinastia.

Os escribas, mestres da Lei ou rabinos formavam um grupo profissional e não um partido. Eram os encarregadosde instruir o povo em matéria de religião. Não pertenciam, em geral, à classe sacerdotal, mas eram influentes e chega-ram a gozar de uma elevada consideração como intérpretes das Escrituras e dirigentes do povo.

Pouco tempo e pouco espaço necessitou Jesus de Nazaré para realizar uma obra cujas bênçãos haveriam de alcan-çar a todos os seres humanos de todos os tempos e de todos os lugares. O Novo Testamento dá testemunho disso: ele éo registro que, com a mesma singeleza com que o Filho de Deus se manifestou em carne, também fala do amor deDeus e da sua vontade salvadora.

Fonte:iLúmina - A Bíblia do século XXI

3.A Bíblia

A Palavra Bíblia, plural de ―biblion‖, diminutivo de ―biblos‖ neutro, que significa livros ou libreto, que a seu termovem de ―biblos‖ que é propriamente a entr ecasca da planta do papiro (uma cana ou junco que cresce às margens do rioNilo, áfrica, e outros rios do oriente), vide ex. 2.3, Jô 8.11, Is. 18.2, e que cobre o material em que se escrevia. Dopapiro se extraíam tiras, as quais eram coladas umas às outras Formando um rolo de qualquer extensão. Outro materialusado para a escrita era o pergaminho, que vem dos tempos cristãos.

Bíblia, então, quer dizer ―os livros‖. O Antigo testamento, no tempo de Jesus, já era chamado ―as escrituras‖ (Ai

graphai). Cada livro era escrito separadamente em seu rolo especial e, os das sinagogas, eram presos a duas hastes demadeira, em cada banda, desenrolando-se de uma e enrolando-se de outra á proporção que era lido. A bíblia significa,hoje, ―o livro por excelência‖, ―o livro sagrado‖.

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Noções de Bibliologia 25

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Lê-lo sempre que pode é o dever de todo cristão. ―Examinai as escrituras...‖, como nos disse o Nosso Senhor eSalvador Jesus Cristo.

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Noções de Bibliologia 26

Noções de Bibliologia Página 26

2.  Os Manuscritos

Manuscrito é uma palavra de origem latina, ou seja, manus  – mão e scriptus – escritos. Um documento manuscrito

quer dizer: o que foi escrito à mão. No passado, todos s documentos eram escritos ou copiados a mão; e os textos bí-blicos nos foram transmitidos através dos manuscritos. Materiais empregados:O Papiro  – O papiro deu nome ao papel. Da casca dessa planta (que atingia de dois a quatro metros de

altura) se faziam as folhas para os manuscritos, e estas eram de quin-ze a vinte e sete centímetros de comprimento.

Pergaminho. Do Latim pergamina, de Pérgamo. ―segundo Plínio, nome pergaminho teve origem com o queaconteceu a rei de Pérgamo, Eumenis II, em 160 a.C.. este rei planejou formar uma biblioteca maior que a de Alexan-dria, no Egito‖. O rei desse país, inveja, proibiu a exportação de papiro para Pérgamo, obrigando Eumenis a recorrerao processo de preparar peles para a escrita. Isto promoveu o surgimento de um novo método de preparação, tão aper-feiçoado que a cidade-estado de Pérgamo deu o nome ao pergaminho (II Tm. 4.13). Temos, ainda, Outros materiaisempregados.

A Argila. Em forma de tijolos cozidos ou não (ex. 4.1)

Ostracom. Fragmentos de cerâmica que já não serviam para outros fins.Bronze. Liga de cobre e estanho;Cera. Escritas em tábuas revestidas de cera (Is. 8.1; 30.8; Lc. 1.63);Chumbo. (Jo. 19.23,24)Linho. Usado pelos Egípcios e Romanos;Madeira;Ouro. Há muitas descobertas de moedas e jóias com inscrições (Êx. 28, 36);Pedra. Há três notáveis pedras:Rocha de behistum (Irã). Foi chave para decifrar a escrita cuneiforme (em forma de cunha);Pedra de roseta. Foi chave para decifrar os hieróglifos egípcios.Pedra moabita. Escrita por Mesa, o Rei de Moabe (850 a.C. a. C.) II Re.

4.A Bíblia e as sua Divisões

O ANTIGO TESTAMENTO

PENTATEUCO 

Gênesis 

nome do Livro é Encontrado na septuaginta (versão dos setenta) e significa princípio, origem ou nasci-mento. O Propósito do Livro é organizar a introdução para toda a leitura da Bíblia. O estudo do Gênesisproporciona um entendimento mais acurado sobre o povo eleito por Deus e o seu relacionamento com o

novo testamento.A Principal doutrina do Gênesis é a criação de todas as coisas, e nesta criação, a principal figura, é indiscutivel-

mente o Criador.Diferenças que se harmonizam, entre o relato Bíblico e as últimas descobertas cientificas: Surge a pergunta clássi-

ca: Quantos anos tem a Terra? A ciência tem descoberto através de reações atômicas (Fissão Nuclear _ Período deMeia Vida) aplicadas na estratificação de massas geológicas, que a terra é antiqüíssima e que existem diferentes ida-

des para as sedimentações. Cria-se aparentemente um conflito entre o lado bíblico e as descobertas científicas. Comosolucionar este conflito? Segundo alguns estudiosos, o problema não reside na contradição do relato bíblico co aquiloque a ciência descobriu, porém entre a ciência e o relato mal interpretado. Hoje é de bom alvitre se admitir a teoria do

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Noções de Bibliologia 27

Noções de Bibliologia Página 27

vazio ou do arruinamento e recriação: Sucedeu uma catástrofe universal entre Gn. 1.1 e 1.2, relacionada com a quedade satanás e o juízo de Deus. Como o resultado da grande catástrofe, a Terra ficou sem forma e vazia.

As Traduções fiéis à vulgata Latina, dizem: ―A Terra estava informe e vazio‖. Podendo, deste modo, terem trans-corrido milhões de anos entre a criação original e a recriação. É bom notar que nem sempre o termo ―dia‖, correspo n-

de a um dia de vinte e quatro horas. Gn. 2.4 ―no dia em que o Senhor Deus fez a Terra‖. Deste modo não há nada deconflito entre o relato bíblico e as descobertas cientificas. Convém ainda salientar, que o homem transforma matériaem energia; enquanto Deus transforma energia em matéria.

Outra grande doutrina é a que diz respeito à queda do homem, às suas conseqüências e a promessa de redenção.O dilúvio também ocupa um lugar de destaque, tendo sido o juízo de Deus sobre toda uma geração infiel.Outro grande acontecimento relatado pelo Gênesis, é a historia de Abraão. O Gênesis usa onze capítulos para tudo

o que aconteceu antes de Abraão, e mais treze capítulos para quase exclusivamente sobre a vida do patriarca.

Êxodo 

O Título deste livro significa ―saída‖, isso porque narra o grande acontecimento que foi a saída dos israelitas do

Egito. Este livro é considerado o elo que une todo o Pentateuco e ao próprio Novo testamento, em virtude de suasmúltiplas figuras. 

Assunto principal  – Deus redime o seu povo e o transforma em nação.Desenvolvimento dos assuntos – Israel é liberto – Deus suscita um Líder. O conflito com faraó – Provações no de-

serto.Antecedentes históricos  – os Hicsos (reis pastores) invadiram o Egito no Século XVIII a. C.. É aproximadamente

nessa época que se dá a entrada de Jacó (Israel) e sua família no Egito. Cerca de quatrocentos anos depois, se daria asaída do povo, guiado por Moisés.

Propósito e Mensagem do Livro  – Registrar como s família escolhida no Gênesis veio a ser uma nação, o livra-mento da escravidão do Egito e a entrega da lei no monte Sinai.

Travessia do Mar Vermelho  – Equivale ao batismo em águas (I co. 10.1,2).Provações  –  Mara (águas amargosas) – A fome e o Maná do Céu (Cristo é o Pão que desceu do Céu)  – Sede do

povo e dos animais: A rocha de Horebe (Paulo diz que a rocha era cristo (I Co. 10.4) – (olhar a semelhança: Quem temsede vem a mim e beba  – Jo. 7.37). Inúmeras guerras e batalhas: todas elas representavam a luta do cristão contra ashostes espirituais da maldade (Ef. 6).

Israel no Sinai, o pacto da Lei: O início da Teocracia.As desobediências e os castigos: Bezerra de ouro – Prostituições e

etc..O Tabernáculo: Testemunho visível que no meio do povo havia

um lugar santo. Construído com as ofertas do povo e o segundo o mo-delo que Deus revelou a Moisés. (adoração segundo o modelo bíblico,livre de invenções humanas).

O Pacto da Lei: O decálogo. Israel chega ao monte Sinai seis se-

manas após a sua partida do Egito e travessia do Mar Vermelho. Alipermaneceu quase um ano (Nm. 10.11).Nota: O Egito na época do Êxodo era a maior Potência Militar, econômica e cultural do mundo.

Levítico

Caráter do Livro – Trata das leis relacionadas com os ritos, sacrifícios e serviço do sacerdócio levitico. Livro to-talmente legislativo; trata apenas de três acontecimentos históricos: A investidura dos sacerdotes (8.9); e o pecado ecastigo de Nadabe e Abiú (10); o castigo de um blasfemo (24.10-14,23);

Propósito – Ensinar o povo a santificar-se, a fim de manter a comunhão co Deus. A palavra "Santo" aparece se-tenta e três vezes neste livro. O tabernáculo e seus moveis eram santos, os sacerdotes eram santos, as vestimentas sa-

cerdotais eram santas, as ofertas eram santas, as festas eram santas e tudo era santo para que Israel cultuasse um Deusque é santo. Do mesmo modo como o livro fala da santidade, fala da graça que possibilita o perdão através dos sacrifí-cios.

A Principal doutrina do

Gênesis é a criação de todas

as coisas, e nesta criação, a

principal figura, é indiscu-

tivelmente o Criador.

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Noções de Bibliologia 28

Noções de Bibliologia Página 28

Esboço do Livro  – Sacrifícios (1-7); Matéria dos sacrifícios (1-5); Função e direitos sacerdotais com relação aosacrifício (6,7); O sacerdócio (8-10); consagração de Aarão e seus filhos (8,9); o pecado de Abiú e Nadabe (10); Puri-ficação da vida em Israel (11-15); leis referentes ao puro e impuro (11); leis referentes ao parto (12); diagnostico emodo de enfrentar a lepra (13,14); Leis de santidade (16-27); Grande dia da Expiação (16); Sacrifício e importância do

sangue (17); Pecados contra a lei Moral (18-20); Regras para o sacerdote (21,22); Festas Sagradas (23-25); Provisãopara o tabernáculo e o blasfemo (24); Promessas e ameaças (26); Votos e dízimos (27).Sacrifícios – Deus aproxima-se do povo pela relação e o povo aproxima-se de Deus através dos sacrifícios.Animais Utilizados – Gado vacum, ovinos, caprinos, pombas e a rola. O animal imundo não podia servir de sím-

bolo para o sacrifício de Cristo. Rm usados nos sacrifícios sangrentos, sal, azeite (apontando para o Novo Testamen-to). Quem oferecia sacrifício convidava os pobres para o banquete.

Consagração dos sacerdotes – Havia aspersão do sangue do sacrifício sobre a ponta da orelha direita sobre o dedopolegar da mão direita e sobre o dedo polegar do pé direito.

Festas principais – Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos. A Páscoa comemora a saída do Egito e equivale à santaceia no Novo Testamento, Pentecostes comemora o Fim da colheita do trigo e a festa dos Tabernáculos como a lem-brança da época em que moravam em tendas, no deserto.

Sacrifício dos dois bodes  – Azazel – Um deles era sacrificado ao Senhor e sobre o outro o sacerdote colocava a

mão e confessava os pecados de Israel, enviando este bode ao deserto para não mais voltar. Simbolizava cristo sendosacrificado e Cristo levando sobre si as nossas faltas.

Números (bedmidhbar - Aritmoi) 

Título e Conteúdo – O Título (Números) tem origem na versão dos setenta (Septuaginta) que preferiu chamar A-ritmoi em lugar do nome Bedmidhbar e que significa no deserto a versão grega fez esta modificação tendo em vista osdois recenseamentos que o livro apresenta. Quando São Jerônimo, por volta do ano quatrocentos da nossa era, traduziudo grego para o latim – a célebre vulgata latina.

Caráter do Livro – Acontecimentos Históricos e Peregrinação de Israel no deserto. O livro abrange de cerca detrinta e nove anos de vida no deserto, e forma um elo de êxodo a Josué. Números é um dos livros mais humanos emais tristes da Bíblia. Revela o fracasso dos Israelitas em obedecer às leis divinas, os castigos, a intercessão de Moisése a infinita misericórdia de Deus. Neste livro, parece que Moisés está sempre ajoelhado perante o Senhor. É uma épo-ca difícil, onde existe falta de fé, queixas, murmurações, deslealdades e rebelião.

Comparação com a vida evangélica – A Igreja caminhando para o deserto deste mundo árido. As lutas internas,rebeliões e etc. a invasão da igreja no livro dos Cânticos ―quem é esta que sobe do deserto, e que vem encostada ao braço do seu amado?‖ 

Finalidade do Livro – Preparar o povo para entra em Canaã. Na vida evangélica, assemelha-se à preparação para aentrada na Canaã Celestial.

Acontecimento mais importante  – A serpente de bronze (Símbolo de Cristo). Assim como Moisés levantou aserpente no deserto (...).

Outro acontecimento – Balaão e todos os seus estratagemas. Profeta que vende o dom de Deus em troca de seuspróprios interesses. Pela experiência do novo Testamento esse pecado é chamado de Simonia.

Complemento – Intercessão perigosa de Moisés (Êx. 32.32,33).

Deuteronômio 

Propósito do Livro – últimos preparativos para a entrada do povo Israelita na terra de Canaã.Conteúdo – O livro fala principalmente de três atitudes: Recordar, Obedecer e Ter Cuidado. O recordar se deve às

maravilhas que Deus havia operado no passado, uma vez que a geração que havia saído do Egito havia morrido nodeserto. A geração que iria entrar em Canaã não havia presenciado aquelas maravilhas, porém deviam conhecer a his-tória que continua sendo o nosso dever. Além deste conhecimento, o povo devia obedecer, para que as maravilhasnovamente acontecessem –  travessia do Jordão a pé enxuto, queda de Jericó, vitórias sucessivas sobre os cananeus,etc.. A desobediência do povo israelita frente aos seus inimigos. O cuidado se referia principalmente ao zelo pela lei

do Senhor em todos os mandamentos da Lei. A repetição do Decálogo é uma prova deste cuidado. O grande cuidadoseria após a entrada em Canaã, erradicar completamente a idolatria  – os idólatras, feiticeiros, etc., seriam mortos pu-blicamente.

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Noções de Bibliologia 29

Noções de Bibliologia Página 29

Deveres Religiosos – Entre os deveres religiosos se dava ênfase à peregrinação à Jerusalém, três vezes ao ano, paraas três festas mais importantes: Páscoa, dos Tabernáculos e Pentecostes.

Forma de Governo – Foi estabelecida a Teocracia.Idades de Refúgio para os assassinos acidentais  – Seis cidades foram estabelecidas para socorrer alguém que

houvesse praticado um crime acidental.Últimos dias de Moisés  – Bênçãos das Tribos – a benção de Naftali tinha referencia ao Novo testamento. A terradoada à tribo de Naftali era a mesma galiléia dos gentios do tempo de Cristo. A expressão ―galileus‖ era como se fossehomem de Naftali. Lembrar do crescimento do cristianismo sempre a ocidente de Israel.

Morte de Moisés e seu sepultamento  –  Esta última parte deve ter sido escrita por Josué.Deus escondeu o lugar do sepultamento para evitar a idolatria.

Livros Históricos

Introdução Não obstante toda a bíblia possa ser considerada uma grande história, alguns livros são especialmente históricos,

em face da natureza dos acontecimentos relatados. Dentre estes, figuram os livros de Josué, juízes, Rute, Crônicas,

Esdras, Neemias e Ester. Os livros de Josué, juízes, Rute, Samuel e Reis relatam a historia do povo de Israel desde aconquista da terra prometida, até o Exílio babilônico (586 a C.).

Para apreciar devidamente o propósito dos livros históricos no AT., é imprescindível levar em conta a finalidadedos autores sagrados, bem como o espírito que os levaram a escrever os livros. O que eles desejam é evidenciar, é amão de Deus, especialmente levando-se em conta a salvação do homem. Deus é o grande historiador, procurando a-través da historia se revelar aos homens, e reunir todas as coisas em Cristo.

Josué Época aproximada: 1451 a C.O livro toma o nome do protagonista, nos fatos por ele narrados. Para continuar a missão de Moises, sucede-lhe Jo-

sué. Tinha à sua frente duas grandes missões: Ocupar a Terra Prometida (Canaã) e dividira a Terra entre tribos de Isra-el. Este trabalho Fo realizado durante cerca de trinta anos.

O Livro é uma espécie de elo entre os históricos e o Pentateuco, tendo em vista a intimidade de Josué com os as-suntos relativos à saída do Egito. Dos relatos de Josué, os mais importantes são a passagem do Jordão e a tomada deJericó.

Juízes 

O Livro dos juízes nos é apresentado como sendo uma coletânea de memórias de diversos heróis. Neste livro surgea realidade de que Israel foi Feliz, enquanto se manteve fiel ao Senhor e muito infeliz quando se apartou de Jeová.

O Período dos Juízes é de cerca de trezentos anos, época esta em que, em vários momentos, os israelitas de domi-nadores passaram à condição de dominados pelos povos que dantes eles haviam vencido.

A grande verdade contida no livro dos Juízes é que deus havia de cumprir a sua promessa, sem, contudo, deixar depunir os israelitas, na desobediência pagã e idolatra. Um dos textos que ilustra essa época é o versículo dezessete docapitulo seis no qual se lê: ―Em Israel não havia rei e qualquer um fazia o que lhe agr adava‖.

Rute 

Este livro é mais uma história de amor que finalmente triunfa sobre todas as adversidades. Deste livro, apenas umterço pertence ao gênero narrativo; os demais capítulos organizam-se em diálogo. O livro fala mais de Noemi, a sograde Rute, do que da própria Rute.

O assunto envolve a saída de Noemi com os seus dois filhos e o seu marido, a fim de peregrinarem pelas terrasmoabitas. Esta saída é a figura do afastamento do servo de deus do convívio da sua congregação.

Nesta peregrinação descrita no livre de Rute, acontece o casamento dos dois filhos de Noemi, com moças moabi-tas. A partir deste ponto, a mão de Deus começa a intervir, mudando o quadro familiar. A morte do marido de Noemi,a morte de seus dois filhos e o regresso de Noemi para o seio de Israel.

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Noções de Bibliologia 30

Noções de Bibliologia Página 30

A partir desse ponto, Rute assume o papel principal até o seu casamento com Boaz, o Remidor. Deste casamentode Boaz com uma moça gentia (moabita) procede a descendência davídica e a conseqüente genealogia de Cristo se-gundo a carne. Essa genealogia originada através de mistura de raças é uma figura da união de Cristo com a sua Igrejagentílica. No livro dos Cânticos se Lê: ―Vem do Líbano, esposa minha, vem do Líbano‖. Em outras palavras, vem da

gentilidade.

I e II Samuel

1.  Um só livro no Principio. No Cânon judaico esses dois livros são chamados de ―Samuel‖, nome do grandelíder, sacerdote, juiz e profeta de Israel. Seu nome em hebraico é Shemu‘el, que significa ―ouvido por Deus‖. Os livrosde Samuel e dos reis eram no principio um só livro. Os dois de Samuel são chamados de 1 e 2 Reis e os dos Reis sãochamado de 3 e 4 Reis na septuaginta. A divisão desses livros veio da septuaginta por causa do seu grande volumequando foram traduzidos para a língua grega.

2.  Autoria. Samuel, Natã e Gade escreveram a historia do rei Davi (1 Cr. 29.29) com base nessa passagem bíbli-ca podemos afirmar que Samuel escreveu os primeiros capítulos de ! Samuel e o restante do livro são da lavra de Natãe Gade, mas a redação final e do período de Judá (1 Sm. 27.6).

3.  Conteúdo. 1 Samuel narra os últimos diz dos Juízes. A historia de Eli vai ate o Capitulo 5 e a judicatura deSamuel ate o capitulo 12, que termina logo após a coroação de Saul. O rei Saul repetidamente quanto às ordens divi-nas e deus mandou Samuel ungir Davi rei em Israel em seu lugar. A partir do capitulo 16 Davi passa a ocupar as pagi-nas desse livro. Os grandes eventos do livro são: a instituição da monarquia (10.24), a escolha de Davi para reinarsobre Israel (16.1,12,13)e a vitória de Davi sobre o Gigante Golias (17.49-54). O segundo livro começa com a coroa-ção de Davi e registra os seus quarenta anos de reinado. Nesse livro esta o relato da heróica conquista de Jerusalémpor Davi. Essa cidade estratégica estava nucleada por uma inexpugnável fortaleza inimiga chamada Jebus (II Sm. 5.6-9).

4.  Profecias Messiânicas. Os livros de Samuel são citados no Novo testamento. II Samuel revela pela primeiravez que o Messias viria da progênie de Davi (7.16) a partir dessa profecia, o conceito do Messias ser descendente deDavi se expandiu nos Salmos e profetas (Sl. 132.11; Is. 11.1; Jr. 23.5,6) e cumpriu-se no Novo Testamento (Rm. 1.3).

I e II Reis

A história dos reis de Israel tem, na realidade, o seu início no livro de Samuel, uma vez que é ali que se dá a funda-ção da monarquia hebraica, com a consagração de Saul. Segue-se a história dos demais reis de Israel, desde o reinadodavídico, até a queda de Jerusalém sob os assaltos dos exércitos assírio e babilônicos no ano de quinhentos e oitenta esete antes de Cristo.

Durante a narração dos reis, inserem-se minuciosos relatos da religião judaica e da atividade dos profetas, onde fi-guram com relevância as personalidades de Natã, Elias e Eliseu. No reinado de Davi, o profeta Natã o repreende nocaso do adultério com a mulher de Urias, chamada de Batseba e no que diz respeito ao assassinato de Urias.

Elias tem a grande atividade no reino de Acabe, o qual era casado com uma princesa fenícia e havia introduzido oculto idólatra em Israel, tornando a religião idólatra fenícia a religião oficial de Israel.

Eliseu foi o sucessor de Elias, com porção dobrada do Espírito que operou em Elias e teve parte na unção de Jeú, eno extermínio da descendência de Acabe e na restauração do culto judaico.

I e II Crônicas

As Crônicas são relatos que foram omitidos nos livros dos Reis, incluindo-se os acontecimentos havidos no cativei-ro babilônico, a restauração do Templo de Jerusalém, dos muros de Jerusalém e da própria cidade. Na versão dos se-tenta (a septuaginta), estes livros são chamados de ―Paralipômenos‖, e que significa exatamente coisas omitidas.

Esdras e Neemias

No original hebraico a na versão dos setenta, Esdras e Neemias constituem quase que um único livr. A divisão se

deve, a que cada um desses profetas teve papel proeminente em diferentes épocas dos cativeiros assírio e babilônico.Os dois profetas, entretanto, atuaram com a mesma finalidade.

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Noções de Bibliologia 31

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O livro de Esdras descreve o regresso dos judeus desta servidão, assim como a restauração do culto judaico. É des-ta época o primeiro decreto d Ciro, permitindo a reconstrução do templo de Jerusalém.

A primeira leva dos regressos se dá no ano de quinhentos e trinta e sete antes de Cristo sob o comando de Zoroba-bel. Esta data é muito importante, porque é, a partir dessa época, que se inserem as setenta semanas do profeta Daniel,

quando ocorre o surgimento do Messias, o Cristo.

Ester Relata a história de uma moça israelita que se tornou rainha dos assírios, no reinado de Artaxerxes.Neste livro existe a historia de quatro principais figuras: Mardoqueu ou Mordecai, Hamã, a rainha Ester e o rei

Assuero (Artaxerxes).O ponto central da história no livro de Ester é a tentativa de destruição do povo judeu e a conseqüente vitória deste

povo sobre os seus inimigos.Esta tentativa de extermínio repete a tentativa do Faraó do Egito no tempo do nascimento de Moisés e prefiguram a

matança dos inocentes de Belém nos tempos de Cristo e através dos séculos todas as tentativas de extermínio dos Isra-elitas.

Livros Poéticos

Introdução Vamos estudar agora os Livros ―poéticos‖. Antes de examiná-los separadamente, porém, é preciso notar certas ca-

racterísticas comuns a todos eles.Os dezessete livros já estudados ―a anteriori‖ são históricos. Esses cinco livros poéticos são experiências. Os d e-

zessete livros históricos referem-se a uma nação como tal. Esses cinco livros poéticos ocupam-se de indivíduos comotais. Os dezessete tratam da nação hebraica. Estes cinco, do coração humano.

1.  Definição da área Poética

a.  Poema é uma composição literária, geralmente em forma de verso, que expressa uma idéia ou um sentimento.b.  Devemos compreender claramente que o termo ―poético‖ refere-se apenas à sua forma. Não se deve entender

o termo como uma insinuação de que tais livros sejam fantasiosos e irreais, mero fruto da imaginação humana.

2.  Para compreender e apreciar os livros poéticos é importante reconhecer em primeiro lugar as características,os objetivos e as singularidades da própria poesia.

a.  Grande parte da poesia moderna se apóia na rima ou paralelismo sonoro. Ritmo ou paralelismo de tempo (re-gularidade de repetições de sons) e expressões figurativas que se utilizam de comparações e analogias  –  O poeta ―pin-ta‖ um retrato com palavras. 

Exemplo: Ide-vos! Na verdade

Não quero ser assimA minha liberdadeVive dentro de mim.b.  A poesia hebraica se caracteriza pelo paralelismo de idéias. Este pode ser de três tipos:

i.  Completivos – Sl. 92.12; 46.1;ii.  Contrastantes – Sl. 30.5; Pv.. 14.11;

iii.  Construtivos – Sl. 21.1,2; 20.7,8;

3.  Objetivo da poesia hebraicaExpor a verdadeira religião, a saber: a religião do Deus de Israel. Seus ensinos são universais e abrangem assuntos

de máxima importância e interesse para todos. Suas palavras são pensamentos do homem refletindo e proclamando averdade inalterável do Altíssimo.

4.  Idéias principaisJó – A Bênção por meio do sofrimento.

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Noções de Bibliologia 32

Noções de Bibliologia Página 32

Salmos – o louvor por meio da oração.Provérbios – a prudência por meio do preceito.Eclesiastes – a verdade por meio da vaidade (Vacuidade).Cantares – a bem-aventurança por meio da união.

Livro de Jó

- Introdução 1 – Jó – O primeiro Livro Poético.2 - Título – O livro de Jó foi assim chamado em homenagem ao seu personagem principal, seu herói.3 – O Livro de Jó resume-se num drama poético. Tendo um prólogo e um epílogo prosaico.4 – Tema –  ―Por que sofre o justo?‖ Essa frase interrogativa é o tema principal do livro, pois trata de um assunto

perenemente contemporâneo. Jó 9.2,3.

1.  Cenário Histórico-Geográfico1.1.  Não se sabe com certeza quando e por quem foi escrito. Vários nomes foram cogitados: Jó, Eliú, Moisés, Sa-

lomão, Jeremias. Também não se tem precisão da época; as evidencias internas como: o fato de não mencionar a leimosaica, ou as intervenções divinas no Êxodo, apontam à época patriarcal (contemporâneo de Abraão  – Gn. 11.29,22.20,21);

1.2.  Jó é identificado como habitante de Uz (terá de Uz) e não de um lugar fictício (Jó 32.2);1.3.  Provas da historicidade de Jô – Através de Ezequiel Deus refere-se quatro vezes a Jó, bem como Noé e Daniel

(Ez. 14.14,16,18,20) e em Tiago 5.10,11 invoca a historicidade do sofrimento e paciência.1.4.  As cenas celestes do prólogo e epílogo são obviamente históricas apenas em virtude da sua revelação divina.

2.  Objetivos2.1.  Mostrar que Deus geralmente usa da adversidade, bem como a prosperidade, para amadurecer seu povo;2.2.  Mostrar a grande soberania de Deus sobre satanás, e como Deus pode usar os pores ataques do diabo para o

cumprimento dos seus objetivos e o bem do seu povo;2.3.  Mostrar a dinâmica da pessoa de Deus quando Ele se ocupa com o seu povo, não com regras mecânicas e le-

galistas, mas com a infinita misericórdia e amor;2.4.  Demonstrar a todo universo a grande capacidade que Deus tem de reproduzir o seu amor nas pessoas a ponto

de as suas reações serem a adoração, mesmo quando não entendem;

3.  Verdades surpreendentes relativas à Satanás

3.1.  O questionamento não é que satanás tenha o atrevimento não o privilégio de acesso a Deus, mas sim que é o-brigado a apresentar-se ao Trono de Deus mesmo a contragosto;

3.2.  As perguntas feitas por deus a satanás não foram feitas por falta de conhecimento dos seus atos, provocaçãoou incitamento, e sim para estimular a confissão;

3.3.  Na pergunta ―Observaste a meu servo Jó?‖ (...) literalmente a tradução é ―puseste a teu cor ação contra o meuservo Jó. Porque ninguém há na terra semelhante a ele?‖ A resposta de satanás revela que sim e que acredita não ter 

obtido êxito por Deus proteger Jó Excessivamente;3.4.  No versículo 7 a resposta de Satanás revela sua atividade inquieta e ininterrupta. As escrituras tornam claro

que ele tem grande influencia sobre os males que afligem a humanidade e o planeta Terra.4.  Os amigos de Jó, consoladores molestos e infelizes

4.1.  Elifaz –  ―Deus é ouro Refinado‖, ―Deus concede‖. È o mais entendido, culto, sincero, polido e nobre. Segundoele ―o sofrimento é o resultado do pecado‖ (5.8-16). Em lugar de Jó ele buscaria a Deus;

4.2.  Bildade  –  ―Filho da contenda‖. È bem mais severo que Elifaz, sua fala baseia-se em máximas e provérbios,acusa a Jó de impiedade. Um de seus argumentos é que deus jamais perverte o direito (8.3). Jó é hipócrita;

4.3.  Zofar  –  ―rude/cabeludo‖. Dogmático, severo e moralista, mais santo que o próximo. Acusa Jó de jactância.

Um de seus argumentos é que Deus jamais ignora a iniqüidade de ninguém;

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Noções de Bibliologia 33

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4.4.  Eliú –  ―Ele é meu deus‖. Seu principal argumento é que Deus é sempre bom e misericordioso e que o sofr i-mento é punitivo e corretivo (―serve para castigar e restaurar‖ –  mesma função das punições disciplinares no Milita-rismo).

5.  O Personagem

Jó não pode ser analisado individualmente. Porém podemos ter um esboço do homem em si.5.1.  Jó um homem íntegro, porém, progressivamente despojado de todos os seus bens e convicções.5.1.1.  Perde toda a sua riqueza;5.1.2.  Perde todos os seus filhos;5.1.3.  Perde a saúde;5.1.4.  Perde os parentes;5.1.5.  Perde a amizade da esposa (o elo da fé comum entre marido e mulher);5.1.6.  Perde a compaixão dos três amigos.5.2.  Um terrível processo de despojamento opera no intimo da alma e do espírito de Jó.5.2.1.  Despojamento do sentimento de dignidade (ANTES ... nu saí do ventre de minha mãe ... DEPOIS al-

meja surpreendentemente a morte);5.2.2.  Perde o senso de relacionamento, ―bondade e fidelidade‖ de Deus para com ele. (ANTES... ―o senhor 

deu o Senhor tomou‖... DEPOIS ―por que te fizeste de mim um alvo?‖);  5.2.3.  Duas realidades inquestionáveis restauram a Jó: Deus e o ego. Deus Jó não consegue compreende-lo e

o Ego – Jó não consegue escapar de si mesmo;5.2.4.  As palavras de Jó, em seus pronunciamentos, não são apenas respostas aos amigos, mas também um

lamento de uma alma desolada a um Deus que não podia ser encontrado, vindo de um Ego do qual não podia fugir ede uma angustia que não podia ser explicada (42.5).

6.  Cenário Histórico-Geográfico6.1.  Não se sabe com certeza quando e por quem foi escrito. Vários nomes foram cogitados: Jó, Eliú, Moisés, Sa-

lomão, Jeremias. Também não se tem precisão da época; as evidencias internas como: o fato de não mencionar a leimosaica, ou as intervenções divinas no Êxodo, apontam à época patriarcal (contemporâneo de Abraão  – Gn. 11.29,22.20,21);

6.2.  Jó é identificado como habitante de Uz (terá de Uz) e não de um lugar fictício (Jó 32.2);6.3.  Provas da historicidade de Jô – Através de Ezequiel Deus refere-se quatro vezes a Jó, bem como Noé e Daniel

(Ez. 14.14, 16, 18, 20) e em Tiago 5.10, 11 invoca a historicidade do sofrimento e paciência.6.4.  As cenas celestes do prólogo e epílogo são obviamente históricas apenas em virtude da sua revelação divina.

7.  Objetivos7.1.  Mostrar que Deus geralmente usa da adversidade, bem como a prosperidade, para amadurecer seu povo;7.2.  Mostrar a grande soberania de Deus sobre Satanás, e como Deus pode usar os piores ataques do diabo para o

cumprimento de seus objetivos e o bem de seu povo; 7.3.  Mostrar a dinâmica da pessoa de Deus quando ele se ocupa com o seu povo, não com regras mecânicas e lega-

listas e sim com a infinita misericórdia e amor. 

Livro dos SalmosI - Títulos 1 –  Origem e significado do Título dos ―salmos‖ –  Salmos vem do grego ―psalmos‖ – plural Psalmoi – que signifi-

ca –  ―poema‖ para ser cantado com instrumento de corda;2  – Epígrafes ou Títulos dos Capítulos  – Uma característica singular dos salmos. Somente 34 não têm titulo, 52

tem títulos reduzidos tais como salmo de Davi, salmo de Asafe, oração de Davi, salmo de Salomão, salmo dos filhosde Corá. Há 14 Salmos com epigrafes que explicam sua ligação histórica com outras passagens das Sagradas Escritu-ras tal como o Salmo de Davi quando fugia de Absalão seu filho. 39 possuem o que chamamos de epigrafes especiais.Exemplo: em voz de soprano. Cântico (alamote). Ao mestre do canto, com instrumentos de corda (Neginote). Em tomde oitava (shminit).

II - Classificação do livro de Salmos

Estes 150 cânticos de adoração podem ser classificados de várias maneiras. Estudaremos apenas duas: a tradicional judaica e moderna.

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Noções de Bibliologia 34

Noções de Bibliologia Página 34

a.  A tradicional judaica tem divisão em cinco livros cada um com uma doxologia (Forma de louvar a glória deDeus);

i.  Livro I – 1-41 – Gênesis;ii.  Livro II – 42 – 72 - Êxodo;

iii.  Livro I – 73-89 – Levitico;iv.  Livro I – 90-106 – Números;v.  Livro V – 107-150 – Deuteronômio.

b.  Provavelmente a mais recente classificação baseia-se pelo uso dos salmos no culto público e nas devoçõespessoais, em conformidade com seu conteúdo.

i.  Hinos de Louvor (31 Salmos);ii.  Lamentos, expressões de confiança em Deus, ou ação de Graças individuais (58 Salmos);

iii.  Lamentos, confiança ou ações de graças da comunidade (27 Salmos);iv.  Salmos Reais (11 Salmos);v.  Salmos de instruções ou didáticos (23 Salmos).

III - Alguns Grupos dos Salmos

1 – Cânticos dos degraus – é um grupo de 15 salmos consecutivos...2 – Epígrafes ou Títulos dos Capítulos  – Uma característica singular dos salmos 120 ao 134. Cada um deles tem

como título a frase ―cântico dos degraus‖. Dez deles são anônimos, quatro são atribuídos a Davi e um a Salomão. 

Por que cântico dos degrausa)  Idéia judaica – tinha esse nome para ser cantado em sua ordem...b)  Lutero – o significado do título fosse (cântico no coro mais alto).c)  Calvino – julgava que fossem cantados num tom mais alto.d)  O bispo JEBB – cantado por ocasião da subida da arca ao Monte Sião.e)  Outros – a subida do povo para as três festas anuais em Jerusalém; cânticos dos exilados ao voltarem de babi-

lônia, etc.f)  Porém a explicação mais convincente está na bíblia – a palavra degraus no hebraico vem antecedida de artigo

definido. Os únicos degraus mencionados na bíblia são os do ―grande relógio de sol ― do rei Acaz em Jerusalém  –  retroceder ―dez graus‖ ou ―passos‖  – degraus ( Reis 20.5-11);

g)  O cântico dos degraus relacionados com Ezequias: escreveu Salmos Is. 38.9; organizou salmos Pv. 25.1; Gra-tidão ao Senhor pela cura Is. 38.20.

3 – os salmos messiânicos – os principais são (2, 8, 16, 22, 23, 24, 40, 41, 45, 68, 69, 72, 87, 89, 102, 110 e 118)Por que messiânicosa)  Porque encontramos um notável numero de elementos proféticos nestes salmos; b)  Três temas são abordados pelos Salmos proféticos: 1.  A humilhação e a exaltação do Messias; 2.  Os sofrimentos e a libertação final de Israel; 3.  A benção futura de todas as nações mediante o reinado do Messias de Israel. 

c) 

Confirmação de que tais Salmos se referiam a se referem a Jesus (Lc. 24.25,44)4   – Acrósticos alfabéticos (9, 10, 22, 25, 34, 37, 111, 112, 119 e 145) 5   – E ―Selá‖ e ―Aleluia‖ IV- Conclusão1)  Palavra chave adoração2)  Verso chave 29.23)  Mensagem: ―daí ao Senhor a glória devida ao seu Nome‖. 

Provérbios de Salomão

1 – Título –  Provérbio na língua portuguesa pode significar máximas que expressam uma verdade de forma sucin-ta.2   – Autores:

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Noções de Bibliologia Página 35

A maior parte do livro foi escrita por Salomão, Filho de Davi, conforme I RS. 4.32.Agur é outro responsável pelo Cap. 30 e o rei Lemuel no Cap. 31 compartilha as instruções da sua mãe. A identi-

dade e a historia destes dois últimos personagens são desconhecidas.

3   –  Propósito:

a)  O propósito de provérbios não e explicar um assunto, mas sim expressá-lo de uma forma enfática;b)  São palavras para orientar a vida.

4  Tema – Exaltação da sabedoria (a verdadeira sabedoria começa pelo respeito/temor a Deus).

5   –  Verso Chave  – 9.10 

6   – Valor do livro de provérbios

a)  Enfatizam a vida religiosa externa;

b)  Ensinam a praticar a religião e a vencer as tentações do dia-a-dia;c)  Expressam crença em Deus e em seu governo sobre o universo e, portanto, buscam, os livros proféticos, fazer

da sua religião o motivo controlador na vida e na conduta;d)  Expressam um profundo conceito religioso, mas colocam maior força na pratica da religião, em todas as rela-

ções da vida.7   – o ensino de provérbiosEra uma das mais antigas formas de instrução. Desde os tempos históricos mais remotos, cada nação possuía seus

provérbios. Tal método de ensino se adaptava, perfeitamente, a época, quando os livros rareavam e eram caríssimos.As sentenças claras, vivas eram facilmente decoradas. Ainda hoje – idade da erudição e ciência – os provérbios são tãofamiliares que exercem poderosa influência.

Eclesiastes 

1 – Título –  O Título hebraico significa Pregador e refere-se àquele que reúne ou discorre às assembléias.2 – Autor e caráter de Eclesiastes2.1- Não há duvida de que Salomão é o autor do livro( 1.1) e que é, certamente, a sua autobiografia de sua vida

dramática cheia de experiências difíceis desde que se desviou de Deus e apelou para recursos pessoais para alcançar afelicidade;

2.2  - Aqui Salomão focaliza a existência no seu ―todo‖ e não nas suas particularidades. Seu interesse é mais pelosignificado da vida que pelos seus problemas. Como um filósofo ele Pôe de lado (atentei, disse comigo, eu vi, etc.)porem sua indagações ficam sem uma reposta satisfatória (Eclesiastes é o primeiro livro da bíblia a fazer uma pausapara refletir filosoficamente no significado da própria vida);

2.3  - Este livro originou-se provavelmente numa fase mais madura da vida de Salomão, num triste afastamento de

Deus; porém os últimos versículos do livro parecem declarar a sua restauração;3  O Livro de Eclesiastes é um sermão. Ele abrange de um tema. uma breve introdução, o desenvolvimento do

tema e uma aplicação pratica como conclusão. O tema é ―qual é o bem maior?‖ O ponto de vista é o da razão natural.Devemos observar onde a procura do bem nos leva quando buscamos simplesmente com base na experiência, obser-vação e indução naturais.

4  Análise  – Eclesiastes a busca do bem maior.

5  Objetivo do livroO objetivo do escritor do livro foi demonstrar, cientifica e filosoficamente a futilidade da vida sem deus, e mostrar

a satisfação e a alegria de viver na percepção da sabedoria divina (12.13,14).  

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Noções de Bibliologia 36

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Cântico dos Cânticos ou Cantares de Salomão

1 – Título –  Os hebreus deram-lhe o nome de ―Cântico dos Cânticos‖ devido às primeiras palavras do livro. Essenome enfatiza a importância de serem eles os melhores Cânticos de Salomão.

Cânticos de Salomão por serem escritos por ele;2 – Tema –  As delicias do puro amor conjugal retratando o amor de Deus pelo seu povo.3   – Métodos de Interpretação3.1.  Literal ou Naturalista - historia ou descrição de um amor matrimonial; 3.2.  Tipológica  – as metáforas baseadas no relacionamento conjugal são usadas como referencia à relação entre

Deus e Israel; 3.3.  Alegórica  – simbolicamente salienta a união espiritual entre Deus e Israel. Ou Cristo e a Igreja. 

4   –  Forma Poética  – Idílio Pastoral (Rústicos – è um breve poema que, sobretudo, dá um tom de romance àscenas familiares e rotineiras.

Livros Proféticos Os profetas eram homens que investidos do espírito de Deus, exerciam determinada missão no seio da nação israe-

lita. Dividem-se em função dos seus escritos em profetas maiores e menores. Os maiores são;  Isaías, Jeremias, Eze-

quiel e Daniel. Os menores são em número de doze: Oseías, Joel , Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacu-que, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Existe ainda os profetas que não escreveram livros, porém foram homensque prestaram grandes serviços em Israel, por exemplo: Natã, Elias e Eliseu.

De uma forma ou de outra, todos os profetas se empenharam numa mensagem de restauração, e a promessa de umapaz eterna. Essa mensagem tem como objetivo anunciar o messias, às vezes chamado de Emanuel, Servo do Senhor,Raiz de Jessé, ou seja, Filho de  Davi. O principal objetivo da pregação nos tempos Apostólicos foi por excelência,identificar o Cristo de Nazaré com esses títulos.

PROFETAS MAIORES

ISAÍAS (O Senhor Salva)Chamado o profeta por excelência Messiânico, pregou contra os desmandos do rei manasses e apontou todos os

castigos que haviam de ocorrer em Israel. Exortava a Israel se manter neutro quanto à disputa entre o Egito e a Assíria,e a confiar tão somente na em Deus, que era o próprio fundador da nação judaica. Não foi obedecido na sua mensa-gem, e Israel ficou mais propenso a uma aliança com o Egito, que levou os assírios e babilônios a destruírem Jerusa-lém, e ter inicio assim, o cativeiro babilônico, por cerca de setenta anos.

A maior promessa messiânica, esta em (Is. 9.6,7  –  ―por que um menino...) – a sua mensagem profeta envolve onascimento de Cristo, a sua morte (Cap. 53) e o segundo advento do messias, com o estabelecimento do Reino Eternode Cristo. Descreve a esperança da paz eterna com a modificação da própria natureza (Cap. 65.25) e Cap. 11.6-9  –  ―O

leão e o boi pastarão junto...‖.JEREMIAS e LAMENTAÇÕES

Este é o profeta que sucede a Isaias e a sua mensagem de ordem política e igual a mensagem de Isaias. Entre a dis-puta do Egito Vs. Assíria aconselha o rei de Israel a tomar o partido da assíria, no que não é obedecido. Trata-se de umdos profetas que mais sofreu perseguições. Profetizou o cativeiro babilônico e foi lançado num poço que lhe serviu decárcere. Este homem é considerado o profeta que mais chorou. Quanto ao drama do Calvário de cristo. Profetizou emlamentações (1.12 –  ―Ó vós que passais pelo caminho, olhai e vede se há dor como a minha dor‖) 

A mensagem de Jeremias obedece à simbologia do oleiro e da transformação dos vasos, muito enfatizam pelospregadores evangélicos pela hinologia Cristã (faz-me um vaso de bênção...).

Ezequiel

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Este profeta foi um dos exilados para a babilônia, e sua mensagem traduz uma profunda angustia. Exorta a Israel auma vida de santidade mesmo no cativeiro babilônico. É um profeta de linguagem dura, muito diferente de Jeremias.O início do livro pertence ao estilo apocalíptico, e dá a entender o fim de todas as coisas através de visões sobrenatu-rais. O versículo 10 do capitulo um, mostra a visão de um animal com quatro rostos, a saber: rosto de homem, rosto de

boi, rosto de Leão e rosto de águia. Esta simbologia aplica-se muito à personalidade de Jesus Cristo. ele foi homem,foi animal de sacrifício, é leão da tribo de Judá e muito em breve será a Águia que arrebatará a sua Igreja.Um dos mais belos trechos de sua mensagem é a visão do vale cheio de ossos secos (37.2-10).

Daniel

Também este profeta é um dos deportados para a Babilônia, tendo sido agregado à coorte do rei Nabucodonosor, erecebido o nome de Beltessazar. Um verdadeiro modelo de fidelidade, Daniel foi agraciado por deus com o dom deinterpretação de sonhos e visões. Em virtude desta capacidade, se tornou primeiro ministro da corte da babilônia. Den-tro das suas visões, estão as celebres setenta semanas de Daniel, e que correspondem a setenta semanas de anos, perfa-zendo quatrocentos e noventa anos. Dentro desta quantidade de anos, ocorre à reconstrução de Jerusalém, do templo, eno final dessa época, o primeiro advento de cristo, abrindo-se um período parentético e chamado ―Período da igreja‖. 

Esta igreja é vista no apocalipse cap. 12, vivendo este período um tanto quanto enigmático e chamado: ―um tempo,dois tempos e metade de um tem po‖, e que corresponde em sentido figurado à primeira metade da ultima semana desete anos, ou a segunda metade desta semana (compare a linguagem enigmática de tempos, com os 1260 dias do mes-mo capitulo e versículo nove).

Profetas Menores 

Oséias O método de Oséias apresenta pela primeira vez na bíblia, a figura do amor conjugal entre deus e a igreja. Nesta fi-

gura os erros de Israel são apontados como uma traição ao próprio Deus. A mensagem figurada é de difícil interpreta-ção, uma vez que deus manda o profeta tomar como esposa, uma prostituta, para representar a prostituição de Israel,seguindo os costumes idólatras.

Joel

A mensagem de Joel não Censura diretamente os erros do povo, porem convida a todos voltarem para o senhor etambém sofre o derramamento do Espírito Santo.

No dia de Pentecostes, foi lembrado por Pedro, quando disse: ―é para que se cumpram as palavras de Joel...‖. 

Amós

Este profeta exerceu as suas atividades, numa época em que a prosperidade deslumbrou Israel, porem a espirituali-

dade estava arruinada. Nesta época o poderio assírio crescia assustadoramente e Amós concitou o povo ao arrependi-mento e voltar à simplicidade. Faz questão da santidade dos costumes, condena o luxo e as vaidades, e dá a entenderque havendo o luxo e demais coisas vãs, o sacrifício das vitimas é inútil.

Obadias

Foi companheiro de Jeremias e de Ezequiel, e a sua mensagem advertia sobre o cativeiro babilônico, e exortava aIsrael ao arrependimento. Este livro é o menor entre os profetas menores, e conta, apenas, com um capítulo e vinte eum versículos. 

Jonas

Escrito no estilo narrativo, dá ênfase nesta narração ao egoísmo humano e a imensa misericórdia de Deus. Na his-toria de Jonas, se pode ver a universalidade do Cristianismo, em virtude de um profeta de Israel ser enviado a uma

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Noções de Bibliologia 38

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nação idolatra. Jesus no Novo Testamento se refere a este episódio ―os ninivitas se levantarão no juízo e condenarãoesta geração, pois se arrependeram com a pregação do profeta Jonas‖ (Mt. 12.41) 

A narração de Jonas é em muitas ocasiões, contestada pelos críticos em virtude da inviabilidade de uma pessoapassar três dias no ventre de um peixe, e não morrer. A pobreza da mente dos homens contesta porque desconhece o

poder de Deus.

Miquéias

Contemporâneo de Isaías, a mensagem também é messiânica. No Novo Testamento , as palavras do profeta são ci-tadas (Mq. 5.6) quando os magos interrogaram a Herodes: ―onde é nascido o rei dos judeus?‖ 

Naum

Este profeta profetiza a destruição de Nínive. Isto acontece no ano 612 a C., sendo esta cidade destruída pelos e-xércitos babilônios e persas.

Habucuque

A mensagem deste profeta procura a, despeito de toda adversidade, levar Israel a confiar em Jeová. Tem muito demessianismo quando diz: ―por que a terra se encherá do conhecimento e da gloria do senhor, como as águas cobrem omar‖ (2.14). É também um libelo contra a idolatria em estilo sátiro (2.18,19).

Sofonias

Profetizou no tempo do rei Josias e combateu a idolatria que se insinuava em Israel através das praticas gentílicas(religiosidade popular), antes da reforma realizada pelo rei Josias, no ano 621 a. C.. No Cap. 9 ele prega a teocracia,quando toda a humanidade aceitará o senhor e abandonará a idolatria. Refere-se provavelmente ao Milênio de Cristo.

Ageu

Não obstante ser um dos profetas menores, quanto a sua mensagem é profundamente messiânico. Trata da SegundaVinda de Cristo como ―O desejado de todas as nações‖ antes anuncia os grandes terremotos e maremotos que antec e-derão a Segunda Vinda de cristo. Esta enunciação é muito interessante para o estudo para o estudo da escatologia.

Zacarias

Um dos profetas menores que mais se notabilizou pela mensagem messiânica. Exorta a Jerusalém para que escolhao seu Rei que vem montado em um Jumento (Zc. 9.9). Esta profecia se realizou literalmente e é descrita em Mt. 21.5 e

Jô. 12.16.É muito positiva a visão ―daquele que traspassaram‖ Zc. 12.10. Outra visão importante é a visão do messias vol-tando exatamente sobre o Monte das Oliveiras (Zc. 14.4)

Tudo isto nos leva a ascensão de cristo, descrita nos altos, pois os anjos disseram; ―da mesma maneira ele virá‖. 

Malaquias

É o profeta que fala do dizimo com muita propriedade e do Sol da Justiça, que é Cristo. Diz na sua mensagem pro-fética que antes que chegue o fim, Elias virá. Jesus reconheceu João batista como vindo do mesmo espírito de Elias(mesma doutrina) e disse: Elias já veio.

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Noções de Bibliologia 39

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NOVO TESTAMENTO (Fonte: Zanluca)

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO

Testamento = ―Aliança‖ entre Deus e seu povo Antigo Testamento (AT): Velha Aliança ( Abraão e Moisés )Novo Testamento (NT): Nova Aliança (Cristo)

A Bíblia toda trata da história da salvação - o NT cumpre e completa o VT. Tem 27 livros, escritos por noveautores diferentes. Tem uma idade superior a mil e novecentos anos.

CLASSIFICAÇÃO DO NOVO TESTAMENTO:1.  Escritos Narrativos (Evangelhos e Atos);2.  As treze cartas de Paulo (Epístolas Paulinas);3.  Epístola aos Hebreus;4.  As sete cartas gerais (Epístolas Gerais ou Universais) e

5.  Revelação ou Apocalipse.

Objetivo do NT: Proclamar o Evangelho (Boas Novas): Jo 3.16, 20.30-31A Primeira Divisão (Escritos Narrativos) conta uma história. Logo no inicio da sua história, a igreja começou a

chamar os quatro primeiros escritos do Novo Testamento pelo nome ―Evangelhos‖ Os evangelistas, escritores dos Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João):1)  Preocupam-se com um período curto (três anos no máximo) da vida de Jesus;2)  Nem sempre relatam os fatos na ordem que se realizaram, e, sim, dispõe a matéria segundo o assunto tratado;3)  Preocupam-se especialmente com a morte e a ressurreição de Jesus.Marcos consagra um terço do seu evangelho a esta última semana da vida de Jesus.Os três primeiros evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas) são bem semelhantes entre si, enquanto o quarto (João) é

bastante diferente deles. Por isso, os evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas são chamados de ―Sinóticos‖ (= ―sinop-se‖ ou uma visão de conjunto). 

Evangelhos

Mateus MATEUS –  O evangelho do “Messias Real” 

ateus (Ou Levi), apóstolo de Jesus (Mt 10.3, Mc 3.18), coletor de impostos (Mt 9.9-13)

O objetivo do Evangelho é proclamar Cristo como o ―Messias Real ― Cristo (grego) = Messias ( Hebraico) = Ungido (consagrado a Deus para um obra toda especial).

Mateus sempre está citando o Velho Testamento. Inicia o seu livro com a genealogia ( relação da família) deJesus, o ―filho de Abraão‖ (1.1). Seu objetivo é provar que Jesus é o cumprimento das profecias ( 1.22-23, 2.4-6, 15 18, etc.)

Cristo é Rei. Ao nascer, recebeu presentes reais (2.11), sendo ele filho do grande rei Davi (1.1). Ele falaconstantemente do seu Reino. ― Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra ―(28.18). 

Um segundo tema é : o povo do messias é a Igreja Universal (16.18,18.17). Todo o mundo é chamado (28.19),os ― gentios‖ ( não judeus) inclusive. Os gentios esperam no seu nome (12.21), ouvem o evangelho (24.14), tornam-sediscípulos (28.19)

Mais que outros evangelhos, Mateus dá ênfase (destaque) ais ensinos de Jesus. Jesus é o profeta prometido (Dt18.15-18) que nos ensina o que é a justiça exigida pelo reino (6.33). E a Igreja deve continuar esta obra, fazendodiscípulos (28.18-20)

Mateus preocupa-se tanto com os atos quanto com os ensinos de Jesus. A seguinte divisão do livro pode serfeita:

M

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Noções de Bibliologia 40

Noções de Bibliologia Página 40

Atos (Capítulos) Ensinos (Capítulos)3-4 5-6 (Sermão de Monte)8-9 10 (Missão da Igreja)11-12 13 (sete Parábolas)

14-17 18 (Conduta de Igreja)19-22 23-25 (Censura as Fariseus, as(as últimas coisas)

Marcos

MARCOS –  O EVANGELHO DO “FILHO DE DEUS” Marcos foi discípulo do apóstolo Pedro. Escreveu seu evangelho interessado em atingir os romanos (gentios).

Ele não se preocupa tanto quanto Mateus com as profecias do Velho Testamento, mas sim com a identidade de Jesus  –  sua ações, seus milagres, seu poder.

Jesus é o Filho de Deus (1.1), segundo a voz dos céus (1.11, 9.7) e o testemunho de Jesus mesmo ( 12.1-12,35-37)

Marcos dá mais espaço ( em proporção) aos milagres do que os outros evangelhos. Como Marcos eradiscípulo de Pedro, seu evangelho reflete a pregação e a personalidade de Pedro  – que era um homem de ação;

Outro título importante dado por Marcos a Jesus é ― Filho do Homem‖ (13.26, 2.10, 8.38 – Veja Daniel 7.13-14).

Como Filho do Homem, Jesus pode perdoar pecados (2.10), é o senhor do sábado (2.28), ressuscitará após suamorte (8.31, 9.9,10.29-34), virá nas nuvens com poder e glória (8.38, 13.26, 14.62).

Apesar de toda sua autoridade, Jesus veio para servir e dar a sua vida (10.45). O Servo Sofredor de Isaías 53.Sim, Marcos nos apresenta o Jesus que é , ao mesmo tempo, o poderoso filho do Homem e o humilde filho de Deus.Marcos destaca, assim, tanto a natureza divina quanto a natureza humana de Jesus.

Divisão do Livro :1) Período de êxito ( sucesso) : Jesus é seguido pela ― multidão‖ (1.1-8.26)2) Narrativa da Paixão : Últimas semanas de Jesus (8.27-16.8)

Marcos registra 18 milagres e somente 4 parábolas de Jesus.

Lucas

LUCAS –  O EVANGELHO DO “SALVADOR DIVINO” 

Lucas, médico (C1 4.14) e companheiro de viagem de Paulo (Fm 24,2 Tm 4.11). Ao contrário dosevangelistas Mateus, Marcos e João, que eram Judeus, Lucas era gentio. Ele escreveu seu livro baseado em suasinvestigações sobre a vida de Jesus (Lc 1.1-4).

Endereçou seu livro a Teófilo, uma alta autoridade romana (1.3).Lucas destaca Jesus como ― salvador ― (Jesus = ― O Senhor Salva ― Lc 1.31). Salvador não só do corpo (

Lucas, médico, registra muitas curas), mas da alma. Jesus, que ao mesmo tempo é humano e divino, preocupa-se comas pessoas, e come com pecadores (5.29-32, 15.1-2), salva os ricos, (19.1-10), redime os pobres (4.18-19). Sim, ―Todaa carne verá a salvação de Deus‖ (3.6). 

Além de Salvador, Jesus é ―Senhor ― (2.11, 24.34), um título extremamente elevado, utilizado no AntigoTestamento somente para designar o próprio Deus.

Lucas tem sido chamado o ―livro mais lindo do mundo‖, por suas passagens específicas sobre salvação,alegria e louvor ( Lc 1-2, 7.36-50, 9.25-37,15.11-32,18.9-14,19.1-10, etc). O objetivo do autor, além de mostrar Jesuscomo Salvador e Senhor, é caracterizar a reação das pessoas salvas ou curadas e do povo em geral através da alegria(2.10, 13.177, 15.6-9) e louvor (7.16, 18.43, 24,53).

Também a oração é característica do redimido ( Lc 11.1 a 13) e do próprio Jesus (4.42).O livro de Lucas registra 6 milagres e 11 parábolas que não se encontram em outros evangelhos.Lucas é o livro poético. Abre com um hino ― Glória a Deus ― e encerra com um hino ― E estavam sempre no

templo, louvando a Deus‖. Ele preserva hinos preciosos para os cristãos: O ―Magnificat‖ - Hino de alegria de Maria (1.46-55)O Hino de Zacarias (1.68-79)

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Noções de Bibliologia 41

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O Hino dos anjos (2.8-14)

Deste evangelho, aprendemos que, como menino, Jesus se desenvolveu naturalmente (2.40-52). Como criança, erasujeito a José e Maria (2.51). Só Lucas conta a visita de Jesus ao Templo, aos 12 anos. Como homem, trabalhou com

as mãos, chorou sobre a cidade, ajoelhou-se em oração, e conheceu a agonia do sofrimento.

João

JOÃO – O EVANGELHO DO CRISTO, O FILHO DE DEUSJoão foi apóstolo de Jesus, pescador, o ― discípulo a quem Jesus amava‖ (Jo 21.7), irmão de Tiago, chamado

também ― filho do trovão‖ (Mc 3.17), por causa do seu temperamento forte (Lc 9.54-55)As palavras favoritas neste evangelho são: ― vida, amor, crer, verdade, luz e caminho‖. O objetivo de João : provar que Jesus é o Cristo, O Filho de Deus ( veja João 20.30-31), para que nós

tivéssemos vida nele. A palavra crer, em suas diversas formas, encontra-se quase cem vezes no livro.O evangelho destaca a origem divina de Cristo (Jo 1.1 a 14). Na época de João, haviam heresias ( = Falsos

ensinos) que afirmavam que Jesus não era nascido por Deus. Por Isso, João teve de escrever este evangelho, para

combater o ―gnosticismo‖ ( = negação da encarnação de Deus em Jesus) João destaca as seguintes provas que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus:

1)  Os sinais que ele faz : A multiplicação dos pães (6.1-14), a mudança da água em vinho (2.1-11), curas (4.46-5.9), andar sobre a o mar (6.16-21), a ressurreição de Lázaro (11.1-45), entre outros.

2)  Os seus discursos: é somente João que nos dá o longo discurso do cenáculo (capítulos 14-16), onde Jesusconforta os discípulos com a promessa do Espírito Santo . Outros discursos são os ― Eu Sou‖, onde Jesus nos diz queele é ―o pão da vida ―, ― a luz do mundo ―, etc. 

3)  Os testemunhos: João Batista (1.7-8,15,29,36;5.33), André (1.41), Filipe (1.45), Natanael (1.49), a mulhersamaritana (4.39), o próprio Pai (8.18), o Espírito (15.26), o evangelista mesmo (19.35, 21.24).

4)  As Escrituras : elas apontam para Ele (1.23,5.39,45-46,7.38,etc.)Diante de tantas evidências que Jesus é o Cristo, como é que o homem deve reagir ? CRENDO (20.31) e ―rece-

 bendo‖ Jesus como ele se apresenta (1.12). O resultado de crer em Jesus como Ele se apresenta (1.12). O resultado decrer em Jesus é ter a vida (11.25-26), e isto imediatamente! (3.18, 5.24).

JOÃO EM RESUMO:REVELAÇÃO DE JESUS : SINAIS

RESPOSTAS : CRERRESULTADO : VIDA

Histórico

Atos dos ApóstolosATOS – A AÇÃO DO ESPÍRITO NA IGREJA

O Livro de Atos foi escrito por Lucas, sendo a 2ª parte de seu livro endereçado à Teófilo (At 1.1). Juntos, oevangelho de Lucas e o livro de Atos traçam os princípios da Igreja, desde João Batista até o encarceramento (prisão)de Paulo em Roma.

O nome do livro tem a ver com as ações dos 12 apóstolos, logo após a ascensão (subida) de Jesus aos céus.Mas, convenientemente, poderíamos chamar este livro de ― Atos do Espírito Santo‖ 

Podemos dizer que o 2º Capítulo é o fundamento do livro todo. E o assunto deste livro, digo, capítulo, é adescida do Espírito Santo sobre a Igreja (Pentecostes). A descida do Espírito Santo cumpre tanto a promessa de Jesus(At. 1.5,8) como as Escrituras (At. 2.16-21).

A conversão de Paulo (Capítulo 9) é outra passagem importante de Atos, pois o livro é a ponte entre osevangelhos e as cartas de Paulo.A pregação das Boas Novas (Evangelho) começa em Jerusalém (At.2.14-41) e continua progredindo até

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Noções de Bibliologia 42

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chegar à capital do Império Romano  – Roma (At. 2816-31). Veja a ordem de Jesus em At 1.8. Roma a capital dosgentios ( o povo sem Deus).

Esboço de Atos:

CAPÍTULO: Assunto: ANOS:

1.1-11.18 Em redor de Jerusalém 29-44

11.19-15,35 Na região de Antioquia 45-48

15.36-28.31 Atividades de Paulo 48-62

Lucas, o escritor, foi companheiro de viagens de Paulo, presenciando muitos das cenas descritas em seu livro.O livro de Atos registra a súbita (rápida) mudança de atitudes por parte dos apóstolos. Antes do batismo do

Espírito Santo (capítulo 2) eles se trancavam em 4 paredes, negavam a Jesus, se escondiam. Após o batismo,encheram-se de poder e coragem e, apesar das perseguições, levaram o evangelho ao mundo conhecido da época! Istosem radio, TV, microfone, papel, veículos motorizados! Você não estaria lendo estas linhas hoje, se não fosse os―Atos de Apóstolos‖ em ação ! 

INTRODUÇÃO ÀS EPÍSTOLASConsiderações geraisI – IntroduçãoAs epístolas constituem a maior parte dos escritos do Novo Testamento. Das vinte e uma epistolas, quatorze tem

sua autoria atribuída a Paulo. Excetuando-se a carta aos hebreus, dentre as 14, a maioria é comprovadamente da auto-

ria de Paulo.As epístolas dividem-se em: Epístolas Paulinas e Epístolas gerais ou Universais (Católicas). Nelas encontram-se demaneira muito completa a ordem, a posição, os privilégios e os deveres da Igreja. Elas são a explicação do Evangelhode Nosso Senhor e salvador Jesus cristo e a revelação do ministério que esteve oculto em Deus (Ef. 3.9).

A estrutura de uma carta consistia em seis partes (Fee e Stuart, P. 30)Ord.01. Nome do escritor Ex.: Paulo02. O nome do endereçado Ex.: A Igreja em Corinto03. A saudação Ex.: Graça a vós outros e paz da parte de Deus nosso Pai.04. Oração, um desejo ou ações de

GraçasEx.: Sempre dou graças a Deus a deus a vosso respeito.

05. O corpo Os assuntos da Epístola.06. A saudação final e despedida Ex.: a graça do senhor Jesus Cristo seja convosco.

Pela quase total invariabilidade da estrutura, as epístolas são consideradas cartas verídicas e não apenas obras lite-rárias como sugere o nome ―Epístolas‖. Verifica-se nelas quase que integralmente a estrutura de uma carta antiga.

Apesar de inspiradas pelo Espírito Santo, as Epístolas documentos ocasionais pertencentes ao Século I. isto signifi-ca dizer que geralmente foram ocasionadas ou conclamadas por alguma circunstancia especial, ou do lado do leitor oudo lado do autor. Usualmente a ocasião era algum tipo de comportamento que precisava de correção ou até mesmo umerro de doutrina que necessitava ser entendido, ou mal-entendido que se exigia ser melhor esclarecido.

A disposição das epístolas na bíblia não obedece a ordem cronológica em que foram escritas. A provável ordemtemporal em que foram escritas é a seguinte:

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Noções de Bibliologia 43

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Tiago 45 -50 aD.Gálatas 49 – 52 aD.I e II Tessalonicenses 51 aD.I Co. 56 aD.

II Co. 57 aD.Romanos 58 aD.Filemom 60 – 63 aD.Filipenses, Colossenses e Efésios 61 – 64 aD.I Timóteo 63 aD.I Pedro 63 aD.Tito 65 aD.II Timóteo 66 aD.II Pedro 66 aD.Hebreus 64 – 68 aD.Judas 70 – 80 aD.

I, II e III João 90 aD.

Epístolas Paulinas

I – IntroduçãoAs epístolas Paulinas constituem os primeiros escritos do Novo Testamento, concluídos num período entre 49 e 67

depois de Cristo, pouco antes do martírio de Paulo em Roma. Foram também os primeiros livros aceitos como canôni-cos. Pedro as chama de Escrituras (II Pe. 3.15,16).

As epistolas de Paulo Têm características próprias. Através de Paulo temos a revelação detalhada do corpo de cris-to em sua vocação, promessa e destino celestiais. Em suas epistolas encontramos de maneira mais completa a ordem, aposição, os privilégios e os deveres da Igreja. Podemos aprender dos escritos de Paulo a organização e a administraçãodas Igrejas locais.

Cristo ensinou que vivia para a sua Igreja (Jo. 14.3) e Paulo detalhou este ensinamento em e 1 Co. 15.15-58 e em 1Ts. 4.13-18 e na seguinte seqüência:

―Nem [nós] todos dormiremos‖ Os mortos em cristo ressuscitarão primeiroOs crentes vivos serão ―transformados‖ quando ele vier e serão ―arrebatados (...) para o encontro do Senhor

nos Ares‖. Mais do que em qualquer outro escrito do Nov Testamento, Paulo explicitou a doutrina da graça nos ensinamentos

de cristo expondo sobre: a natureza e o propósito da Lei; a base e o meio d Justificação, santificação e glorificação(aspectos da Salvação) do crente; interpretação da morte e da ressurreição de Cristo; a posição, conduta, expectativa etestemunho do cristo glorificado, a cabeça da Igreja, que é o seu corpo. São estas coisas que constituem o escopo dasepistolas de Paulo. Elas desenvolvem a doutrina da Igreja. Em suas cartas às sete igrejas (em Roma, em Corinto, naGalácia, em Eféso, em Filipos, em Colossos e em Tessalônica) encontra-se revelada a Igreja como o corpo de Cristo(cabeça da Igreja), ―o mistério, desde os séculos ocultos em Deus” (Ef. 3.9). Alem disso, nestas epistolas a igreja einstruída sobre o seu lugar especial nos conselhos e propósitos de Deus (Scofield, P. 1141).

Como já foi dito na introdução, a ordem cronológica das epistolas não corresponde à ordem em que elas aparecemna Bíblia. A das Epistolas Paulinas e geralmente considerada, a ordem, assim: Gálatas, I e II Tessalonicenses, I e IICo. , Romanos, Efésios, Colossenses, Filemom, Filipenses, I Timóteo, Tito e II Timóteo.

Quanto à autoria da carta dos hebreus, Orígenes (185-254) afirmou: ―quem a escreveu só deus sabe com certeza‖Agostinho (354-430 d C), bispo de Hipona na áfrica do norte, afirmou que Paulo era o seu autor. As igrejas orientaisatribuíram sua autoria a Paulo, mas as ocidentais até o século IV recusaram a admitir. (Silva, A. G., 1986).  

As epistolas aos efésios, Colosensses e Filipenses são chamadas de epistolas de prisão, por terem sido escritas, evi-dentemente, quando Paulo se encontrava preso. As epistolas a Timóteo e a Tito são chamadas de epistolas Pastorais.

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Noções de Bibliologia 44

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Os temas das epistolas são os seguintes: Romanos Justificação pela Fé.I Co. A conduta Cristã com relação à Igreja, o lar, o mundo.I Co. O ministério de Paulo, seus motivos, sacrifícios, responsabilidade e eficiência.

Gálatas A liberdade em Cristo em oposição ao Jugo da Lei;Efésios A grandeza e a glória da vocação cristã exigem uma conduta digna e santa;Filipenses A alegria da vida e do serviço cristão manifestada em todas ao circunstancias;Colossenses A preeminência de cristo: ele é o primeiro na natureza, na igreja, na ressurreição, na

ascensão e na glorificação; Ele é o único mediador, salvador e fonte de vida;I Tessalonicenses e

II TessalonicensesA vinda do Senhor;

I Timóteo O combate cristão e a conduta na casa de Deus;II Timóteo Um bom Soldado de Cristo;Tito Necessidades, qualificações e obra Pastoral de um verdadeiro ministro de Cristo;Filemom O amor exemplificado;

Hebreus A superioridade do Amor de Cristo.Romanos ROMANOS – A CARTA DA JUSTIÇA DE DEUS : CRISTO

Paulo escreveu 13 cartas. De perseguidor da Igreja, passou a pregador do evangelho, convertendo-se naestrada de Damasco (At 9). Seu nome judaico era Saulo. Nasceu e cresceu em Tarso. Era cidadão romano. Homemculto, desde os 14 anos estudou em Jerusalém com um dos rabinos (mestres) mais famosos: Gamaliel (At 22.3)

Na carta aos Romanos, dirigida à Igreja de Roma, Paulo considera a nossa salvação em termos da justiça deDeus (Rm 1.17, 5.18). Naquela época ( e até hoje!) os judeus pretendiam salvar-se pelas obras da lei, mas na cartaaos Romanos entendemos que só pela fé em Jesus cristo é que somos justificados perante Deus (3.22-23)

Que segurança há na salvação? (veja Rm. 5.1-2). Isto é um dom, um presente de Deus, que nos garante a paz!

Por causa da justificação, somos unidos com Cristo  –  em Sua morte e ressurreição (6.5-6). Por isso, nósmorremos com ele para o pecado (6.10-11).Você tem o Espírito Santo em sua vida ? É ele quem te liberta da escravidão do pecado! (8.8-11).E como nós, os cristãos, devemos viver a nossa vida de liberdade ?

Veja Rm 12.1-2. Por causa da gratidão que temos a Cristo, pela nossa salvação, manifestaremos uma vida de amorao próximo e zelo espiritual (12.9-21).

Outras recomendações de Romanos:

a) Obediência às autoridades (13.1-7);b) O amor contínuo e fraternal (13.8-10);c) Vigilância espiritual (13.11-14);d) Tolerância dos fracos na fé (14.1-23);

e) Imitação de Cristo (15.1-12).“ E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experi-

menteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (12.2) 

I e II Coríntios

CORÍNTIOS. (1ª CARTA): A LIBERDADE CRISTÃ

Corinto, importante cidade da Grécia. Centro do culto imoral à deusa Afrodite, onde Paulo ficou durante ano emeio, e fundou uma de suas maiores igrejas (At. 18.1-18).

O propósito de sua 1ª carta foi corrigir erros e responder perguntas. Os cristãos em Corinto estavam divididosentre si ( 1 Co 1.11-4.21; 11.17-18), certo homem vivia com sua madrasta (cap.5); uns irmãos estavam processandooutros (6.1-11); havia abusos na ceia do Senhor (11.17-34) e até havia aqueles que negavam a ressurreição dos mortos(15.12).

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Noções de Bibliologia 45

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Nesta carta, Paulo esclarece duvidas a respeito do casamento (cap.7), dos alimentos oferecidos aos ídolos (8.1-11.1), do papel da mulher no culto (11.2-16) e do uso dos dons espirituais (12.1-14.40)

Muito importante, nesta carta, é o critério descrito para o uso da liberdade cristã: o amor (1 Co 13). O amor é odom supremo (mais alto) do Espírito Santo. O cristão é livre em seus atos, porém escolhe aquilo que convém a uma

vida santa e cheia de amor para com seu próximo ! (6.12-20, 8.9-13, 10.23-33).Outro capítulo importante é o 15: sobre a ressurreição. Alguns falos mestres da igreja de Corinto estavamafirmando que a ressurreição é só espiritual e já se realizou! (15.12, 2 Tm 2.18). Mas claramente, neste capítulo,sabemos que haverá ressurreição do corpo porque Cristo ressuscitou! (15.20-23).

― Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis, e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que,no senhor, o vosso trabalho não é vão ― (1 Co 15.58). 

2 ª CARTA AOS CORÍNTIOS - “A SUFICIÊNCIA DA GRAÇA DE DEUS” 

Os cristãos em Corinto ficaram muito tristes após receberem a 1ª carta de Paulo. Lemos em 2 Co 7.7-10 queesta tristeza produziu verdadeiro arrependimento! Aleluia! A palavra de Deus é eficaz para nossos corações, sendopurificadora (Jo 15.3)

Porém ainda havia discípulos que negavam que Paulo fosse um apóstolo de Cristo. Por isso, ele teve queescrever sua segunda carta à igreja de Corinto, defendendo-se das acusações. Esta carta foi escrita 14 anos após aconversão de Paulo (2 Co 12.2).

É uma carta que nos mostra a pessoa de Paulo: suas aflições, preocupações e ansiedades. Veja 2 Co 4.5, 7.2,10.8, 14-16, 11.4-32, 12.11-13.

Do início até o fim, a carta testemunha a suficiência (o completo alcance) da graça de Deus em toda provaçãoe aflição. ―A MINHA GRAÇA TE BASTA‖, disse Deus à Paulo (2 Co 12.9). Qualquer que seja a tribulação (aflição),ela será, no máximo, passageira, limitada a esta vida terrena! (4.17-18).

Para consolo dos atribulados (aqueles que sofrem tribulação), Paulo insiste: quando morrermos, estaremoscom o Senhor (5.6-8); e que na hora da ressurreição herdaremos um corpo celestial (5.1-4) e a glória eterna! (4.17). É justamente na fraqueza do homem que está evidente (visível) o poder de Cristo! (12-9.10) Leia 2 Co 4.8-9.

Qual o sentindo da tribulação do crente ? (veja Dt. 8.5, Hb 12.11, 2 Co 4.17,12.9-10)O que faremos com as promessas de Deus ? (2 Co 7.1)Veja os sofrimentos do apóstolo Paulo em 2 Co 11.23-28, 12.7-9.

― E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos nas para aquele que por eles mor-reu e ressuscitou‖ - 2 Co 5.15

Gálatas 

GÁLATAS – A SALVAÇÃO PELA FÉ

Romanos e Gálatas exerceram papéis importantíssimos na reforma da Igreja, no século 16. Por quê? Todas as

duas cartas destacam a justificação pela fé!O trabalho de Paulo na Galácia fora muito bem sucedido. Muitos gentios aceitaram o evangelho. Mas, apósPaulo sair dali, certos ―mestres ― judeus se puseram a insistir que os gentios não podiam ser cristão sem guardar a leicerimonial de Moisés.

Qual foi a recomendação de Paulo? (G. 3.1-5). A base de nossa salvação é a fé, e não obras da lei! (2.16,3.26).

Os ―judaizantes‖ queriam que o cristão fossem um ― judeu melhorado‖ JUDEU : A leiJUDAIZANTES: Lei e CristoCRISTÃO : Só cristo

A obediência à lei cerimonial já fora descartada (eliminada) pelo primeiro Concílio (reunião) da igreja emJerusalém (veja At 15). Apenas a lei moral, como os dez mandamentos deve ser obedecida. A lei cerimonial foi

abolida em Cristo (Ef. 2.15, Cl 2.14, Hb 7.18, 12.27)Se estamos livres da lei, como vamos usar esta liberdade preciosa?(GL 5.13,14)

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Noções de Bibliologia 46

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Quem dirigem nossa liberdade ? (5.16-18)Escreva baixo o fruto do Espírito (G1 5.22-23)________________________________________________________________________________________

______________________________________________________

Agora assinale aqueles itens que você não conseguiu se desenvolver, como cristão. Passe a orar diariamente por is-to. Veja ainda G1 6.8Ainda hoje existem os judaizantes na Igreja ? ( por exemplo, a exigência de guardar o sábado).

GLOSSÁRIO Circuncisão: Cerimônia religiosa dos judeus que consiste em cortar a pele do prepúcio (órgão sexual masculino).

Veja Gn 17.9-14Gentios: Povo não-judeu.Judeu: Povo de Deus, antes do início da Igreja.Justificação: Ato de Deus, pelo qual o pecador é declarado justo.Lei Cerimonial: as cerimônias e festas dos judeus ( leis do sábado, circuncisão, carnes imundas, etc.).Lei Moral: Os dez mandamentos e as leis humanitárias (dízimos, casamento – Lv 18, alei máxima – Lv 19.18).

Efésios 

EFÉSIOS: A IGREJA – O CORPO DE CRISTO

Éfeso: cidade onde Paulo passara 3 anos ministrando. A igreja era formada por muitos gentios convertidos.Paulo escreveu esta carta quando estava preso (Ef 3.1,4.1).Nesta carta, ele destaca a grandeza do evangelho. Apesar de simples, a mensagem de Deus é a coisa mais

maravilhosa que já existiu na face da terra! (1.17-2.10). Você compreende que o Evangelho é algo bonito e inigualável? (3.17-21)

A depositária do Evangelho é a Igreja – o Corpo de Cristo (3.10).A existência da Igreja não pode ser explicada por simples esforços humanos, mas só pela graça de Deus.

Para que a Igreja existe ?1) Para louvor da glória da graça de Deus (1.6,12,14,2.7)2) Para a maturidade dos cristãos (4.11-15)3) Para espalhar o Evangelho (3.10)

A Igreja, sendo o Corpo de Cristo, recebe o Espírito do poderoso Senhor exaltado (1.13,2.18,3.5,5.18).Como deve ser a vida da Igreja ? Os capítulos 4 a 6 de Efésios tratam da questão :1) Preservar a unidade : 4.1-62) Servir e edificar os outros pelo amor : 4.7-5.203) Sujeitar-se às autoridades ordenadas por Deus : 5.21-6.9

Descreva a armadura de Deus (6.10-20):______________________________________________________________________________________________________________________________________________

Qual destas vestimentas você ainda não fez uso?

GLOSSÁRIO:

Depositária: recebedora de um deposito (bem ou dinheiro)Exaltado: que recebe a glória.Excede, exceder : que supera a medida.Igreja: a comunhão dos cristãos.

Inigualável : que não tem igual.Maturidade: contrário de infantilidade. Estágio em que a pessoa está adulta. Na Bíblia refere-se à progresso espiri-tual.

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Noções de Bibliologia 47

Noções de Bibliologia Página 47

Ministrando, ministrar : exercer a ministério (serviço cristão).Plenitude: Extensão, grandeza.

― A fim de poderdes compreender, como todos os santos, qual é a largura, e comprimento, e a altura, e a profund i-

dade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus― - Efésios 3.18-19.

Filipenses 

FILIPENSES – BOAS NOVAS DA ALEGRIAA primeira igreja na Europa foi fundada em Filipos (At 16.11-40).

Nesta cidade, Paulo estabeleceu uma igreja muito dinâmica. Chegou a receber ajuda financeira (dinheiro) dos fili-penses (2 Co 11.9, Fp 1.5, 4.15-16). Além de agradecer pela ajuda, Paulo escreveu esta carta, estando na prisão (Fp1.7, 13, 20), exortando aos filipenses à uma vida cheia de alegria cristã, vivendo corretamente na presença de Deus(Fp 3.1, 4.4, 2;12-18, 1.10, 1.27),

Leia Fp 2.5-11. Esta é uma das passagens mais lindas do Novo Testamento. Leia-a e descreva abaixo duas

linhas sobre ela :

Mas, na igreja de Filipos, havia adversários (3.2, 18-19, 1 .28)Estes eram pessoas mundanas, e Paulo ensina que ― nossa pátria está nos céus‖ (3.20), e o nosso pensamento deve

se ocupar com coisas virtuosas (4.9).Veja quantas vezes a palavra ―alegria―, em seus diversos modos e sinônimos, é apresentada: 

1. 4 Fazendo sempre com alegria oração por vós em todas as minhas súplicas,2. 17 Mas outros, por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho. 18 Mas que importa? Contanto que

Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda.

4. 1 Portanto, meus amados e mui queridos irmãos, minha alegria e coroa, estai assim firmes no Senhor, amados.1. 18 E vós também regozijai-vos e alegrai-vos comigo por isto mesmo.2. 28 Por isso vo-lo enviei mais depressa, para que, vendo-o outra vez, vos regozijeis, e eu tenha menos tristeza.

4. 4 Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos.2. 2 Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mes-

ma coisa.

3. 1 RESTA, irmãos meus, que vos regozijeis no Senhor. Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas, e ésegurança para vós.

4. 10 Ora, muito me regozijei no Senhor por finalmente reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheislembrado, mas não tínheis tido oportunidade.

Escreva um resumo dos motivos de nossa alegria, baseado nos versículos acima.Veja quantos conselhos práticos!

― Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo‖ - 1.27― Considerando cada um os outros superiores a si mesmo‖ - 2.3― Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus‖ 2.5 Leia também 2.14,3.7.3.16,4.1,4.4 e 4.13 !

GLOSSÁRIO:

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Noções de Bibliologia 48

Noções de Bibliologia Página 48

Contendas  – brigas, conflitosDinâmica  – viva, cheia de entusiasmo, ativa.Exortando  – Aconselhando, orientando,Mundanas  – do mundo, da carne, contrário de espiritual.

Murmurações  – resmungos, queixas.Regozijo  – alegria, satisfação.Virtuosas  – que têm virtude, bons hábitos.

―Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável,tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo oque é amável , tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento‖ - Fp 4.8

Colossenses

COLOSSENSES – BOAS NOVAS DO CRISTO COMPLETO

A cidade de Colossos era caminho entre Roma e Oriente, sendo bastante movimentada. A igreja era compostade gentios, e havia muita mistura de religiões naquela cidade.

Paulo estava na prisão (C1 4.3,10,18) e não conhecia pessoalmente os colossenses (2.1), sabendo da situaçãodaquela igreja através de Epafras (1.7-8 e 4.12).

Esta carta foi escrita para combater heresias : os cristãos estavam aceitando filosofias (2.4,8) que incluíam um― culto aos anjos ― (2.18), uma vida ascética (2.16,20-23 ) e cheia de ritos judaicos (2.11-14)

Os cristãos de Colossos necessitavam aprender que Cristo é o suficiente para TUDO. Preencha a palavra queestá faltando : ―Em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da ................................ ― (2.9) 

Tendo Cristo, nós não precisamos de nenhum ―Complemento‖ : filosofias, rituais, religiões, ou outra coisaqualquer ! É a união com Cristo que salva o homem (2.10-15,3.1-4). A vida da Igreja nasce da fé em cristo, não emespeculações vãs (1.23, 2.7,8)

Nós, o povo de Deus, somos convocados a ―Pensar nas coisas lá do alto‖ (3.1-2). Mas, além de simplespensamento, a vida em Cristo nos conduz à ação ! Vejamos :

1) Despir-se do velho homem (3.5-9)2) Revestir-nos do novo homem (3.10-17)3) Sujeitarmos-nos aos outros (3.18-4.1)

4) Vigiar e orar (4.2-6)

REFLEXÕES :1.  Leia Cl 1.15-16. Qual o objetivo da criação ?2.  As seitas e falsas religiões utilizam muito os métodos descritos em Cl 2.4, 16, 21-22,83.  Você se encontra em Cristo ? Observe a palavra ―se‖ em Cl 1.22-23

GLOSSÁRIO:

Especulações vãs : comentários inúteis, palavreado.Filosofias : pensamentos do homem, idéias para explicar algo pela razão.Heresias : falsa doutrinas, ensinos errados.Novo Homem : pessoa nascida de novo, em Cristo, arrependida de seis écados e vivendo uma vida espiritual sadia

 – veja Cl 3.12-17 e 2.6-7Velho Homem : pessoa carnal, mundana. Atitudes que tínhamos antes de nossa conversão. Veja Cl 3.5,8-9Ritos : rituais, cerimônias.Vida ascética : pobreza material. Negação de qualquer prazer (alimento variado, vestimentas, casamento).

I e II Tessolonicenses

1ª e 2ª CARTAS AOS TESSALONICENSES : A VINDA DO SENHOR

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Noções de Bibliologia 49

Noções de Bibliologia Página 49

As duas cartas à igreja de Tessalônica foram uma das primeiras a serem escritas por Paulo. Ele estava nacidade de Corinto. A igreja de Tessalônica era um igreja jovem, formada por convertidos do paganismo (adoradoresde ídolos) – 1 Ts 1.9. Mas, por ocasião da fundação da igreja, Paulo teve que fugir da cidade, por causa da perseguição

dos judeus (At 17.1-9).O problema dos cristãos em Tessalônica era que eles não tinham a fé amadurecida (1 Ts 3.2-3 e 10). Alémdisso, eles estavam sofrendo por causa do evangelho, necessitando por isso palavras de consolação (1 Ts 1.6, 2.14,3.3,5, 2 Ts 1.4-10).

Na parte doutrinária, a igreja estava necessitando esclarecimentos quanto à 2ª Vinda de Cristo. Este é oassunto principal das duas cartas. Quais os fatos que Paulo ensinou ?

1 Ts 1.10: Jesus nos _______________ da ira vindoura1 Ts 4.13-16: Haverá a _______________ dos que dormem (mortos)1 Ts 4.17: Os vivos serão ____________________ e estaremos para sempre com ___________1 Ts 5.2: O dia do Senhor vem como ___________________2 Ts 2.2-3 : Antes do dia do Senhor, será revelado _________________

2 Ts 2.8 : O Senhor Jesus _________________________________ iníquo.

Você conseguiu completar ? Quem quer saber mais a respeito da Vinda de Cristo deve ler as cartas ao tessaloni-censes !

Leia 1 Ts 4.1-8. é possível a santificação ? Como ? Veja 1 Ts 5.23-24, 2 Ts 3.3

Decore 1 Ts 5.18 e pratique.Você se alegra quando vê alguém crescer espiritualmente ? Veja 2 Ts 2.13 e 1 Ts 3.9.____________________________________________________________________________________________

___Sua vida pode ser imitada ? Veja o que Paulo afirmou em 1 Ts 1.6 !

_______________________________________________________________________________________________

― Exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reinoe glória ― 1 Ts 2.12

GLOSSÁRIO:

Amadurecida: adulta, crescidaDoutrinária : de doutrina, verdades cristãs.― O iníquo ‖ : o Anticristo, mandado por satanás.

I e II Timóteo

AS CARTAS PASTORAIS - 1º e 2º TIMÓTEO E TITO

As últimas cartas que Paulo escreveu foram as ―pastorais‖. Escreveu-as para seus amigos e cooperadores,Timóteo, que mandara pastorear a igreja em Éfeso (1 Tm 1.3) e Tito, em Creta (Tt 1.5). Contêm conselhos, a seremseguidos por nós hoje também (1 Tm 3.14-15 ). Paulo estava novamente encarcerado em Roma, quando escreveu 2ºTimóteo (2 Tm 1.8, 16-17, 2.9)

O problema comum entre as igrejas de Éfeso e Creta era as falsas doutrinas. Surgiram falsos mestres

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Noções de Bibliologia 50

Noções de Bibliologia Página 50

ensinando uma mistura de doutrinas e práticas judaicas e pagãs: proibição do casamento, abstinência de alimentos (1Tm 4.3), alguns afirmavam que a ressurreição já se realizou (2 Tm 2.18) e ensinos de deus pagãos (1 Tm 4.1). Havia,ainda, muitas contendas e discussões nas igrejas (Tt 2.9  – 11 )

Para combater as falhas doutrinas, Paulo recomenda a nomeação de oficiais qualificados, em cada igreja (Tt

1.5). é importante que o oficial nomeado seja irrepreensível (1 Tm 3.1-13, Tt 1.5-9)No combate contra as heresias (falsas doutrinas), Paul escreve as verdades centrais do cristianismo : salvaçãopela graça, através de Cristo; vida santificada, livre do pecado; o juízo de Deus, etc. É a chamada ― sã doutrina‖ (1 Tm1.15, 2.5, 2 Tm 2.11,12, Tt 2.11-14, 3.3-8). E esta sã doutrina deve ser ensinada para o povo (2 Tm 2.2, Tt 2.1, 2 Tm3.25)

Você já foi repreendido ? Como reagiu ? Veja o objetivo de repreensão cristã em 1 Tm 1.5-9.Você poderia ser um oficial da igreja ? Veja as qualificações descritas em Tt 1.5-9Estude Tt 2.6. Se você é empregado, leia Tt 2.9 – 102 Tm 1.6-14 é uma excelente passagem para os desanimados na fé.Leia e decore 2 Tm 3.22.Se você não tem lido a bíblia, reanime-se lendo 2 Tm 3.16-17

GLOSSÁRIO:Abstinência : ato de abster-se, evitar algo ou alguma coisa (fumo, alimento, álcool, etc.)Irrepreensível : que não tem repreensão, boa conduta.Pagãs: atitudes de quem não conhece Deus, idolatria, prostituiçãoCriteriosos : em Tt 2.6 significa ― sabedoria ― , buscar a vontade de Deus. 

Filemon

FILEMOM – A CARTA DA LIBERDADE CRISTÃ

A última carta de Paulo foi escrita na prisão (Fm 1). É a menos de todas : tem 1 capítulo e 25 versículos. Foidirigida a um cristão da cidade de Colossos, chamado Filemom.

Versos 4 a 7 : mostra o apreço de Paulo por Filemom. Como seria a vida da Igreja se nós nos considerássemosaos outros, amando-os !Paulo chegou a ser ―reanimado‖ (v.7) pelo amor de Filemom !

Versos 8-20: é o tema central da carta. Onésimo, que quer dizer ― Útil‖, era um escravo de Filemom, quehavia fugido e roubado. Mas, veio encontrar-se com Paulo e se converteu. Paulo, usando a liberdade cristã, mandapessoalmente a Onésimo de volta (v.12), pedindo que Filemom o perdoe e liberte da escravidão (v .16). Que beladissertação de Paulo ! A escravidão era um costume comum naquela época. Muitos escravos, e senhores, seconverteram ao cristianismo. Podemos imaginar a surpresa de Filemom receber Onésimo, acompanhado de uma cartade Paulo : E o apóstolo chegou até a declarar que pagaria as contas ou prejuízos que Onésimo fizera! (v.18-19).

Versos 21-25 : saudações finais. O apóstolo não tinha dúvida que Filemom atenderia o seu pedido (v.21), queele mesmo seria liberto da prisão e voltariam se encontrar. (v.22)

Você já recusou a perdoar alguém ? Veja Fm 17-19 e Mt 6.15.

Leia Fm 10-11. Você é um servo útil ?Quem você acha mais indicado para resolver os problemas que surgem entre as pessoas? Leia o tato de Pauloao lidar com seu amigo Filemom em 8-17.

Qual o seu amor pelo seu irmão na fé? É parecido com o de Fm 5-7 ?O que você poderia fazer para melhorar este amor ? Veja Fm4,2 Tm 1.7, 2 Co 9.6

GLOSSÁRIO :Apreço : afeto, consideração.Dissertação : redação, argumentação escrita.

Epístolas aos Hebreus

Hebreus

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Noções de Bibliologia 51

Noções de Bibliologia Página 51

HEBREUS – A CARTA DE CRISTO, NOSSO SACERDOTE

O autor do livro aos Hebreus não menciona seu nome. É uma carta com muitas referências ao VelhoTestamento. Foi dirigida aos cristãos que haviam se convertido do judaísmo (religião dos judeus).

A exortação da carta é aproximar-nos de Deus (7.25, 10.22). Faz comparação com os ritos, sacrifícios eofertas do Velho Testamento, ineficazes para resolver o problema do pecado (9.9, 10.1-9). Como nos aproximarmosde Deus, então? Através do único Sacerdote real, Cristo ! (4.14-16, 5.1-10, 9.14-17, etc.).

A linguagem de Hebreus é cheia de símbolos e explicações sobre a Velha Aliança (veja 9.1-7, 11-13, etc.).Cristo é chamado ― sacerdote ―, ― mediador ―. Ele é superior a anjos (capítulos 1 -2), e à Moisés (cap.3). Seusacerdócio é superior aos sacerdotes levíticos (caps. 5-7). O santuário onde Ele age é celeste, assim superior ao deMoisés (caps. 8-9). É seu sacrifício que nos livra dos pecados, em contraste com os sacrifícios imperfeitos e limitadosdos animais oferecidos pelos levitas (cap.10). Assim, Ele (Jesus) abriu um ― novo e vivo caminho ― para Deus (10.20) 

Outro ensino importante é sobre a fé (11-12). Veja quantos exemplos! Abel, Enoque, Noé, Abraão, Isaque,Jacó, José , Moisés, etc. ― Sem fé é impossível agradar a Deus‖ (11.6, veja também 3.12 e 10.22). 

Para o povo de Deus, a Igreja, o futuro significa ― o descanso de Deus‖ (4.1-11), a ― salvação‖ queacompanhará a Vinda de Cristo (9.28), uma ― pátria celestial ― (11.16), a ― cidade que Deus preparou ― (11.16, 14.14),

―ver‖ o Senhor (12.14). Todas estas promessas nos fortalecem a fé e fazem possível suportarmos as tribulações edisciplinas presentes (10.32-35)

Procure Hb 9.27. Que heresias este versículo contesta ?(traga seus comentários para a aula da próxima semana )

Sobre a santificação, veja Hb 12.14, 13.12m 10.10 e 1 Ts 4.3

GLOSSÁRIO :

Ineficazes : que não têm eficiência.Velha Aliança : Antiga Aliança entre Deus e Israel, que vigorou até a vinda de Jesus.Levíticos: de levitas, a tribo de Israel que era separada para servir de sacerdotes entre Deus e o povo.

― JESUS CRISTO ONTEM E HOJE É O MESMO, E O SERÁ PARA SEMPRE ―  Hebreus 13.8

Epístolas Universais

Desde o IV século que as sete Epístolas: Tiago, I e II Pedro, I, II e III João e Judas (Epístolas) têm sidos considera-dos como Epístolas Católicas o universais (Gerais).

Diferentemente da epistolas paulinas, estas não tem sido designadas a Igrejas ou indivíduos em particular, mas an-tes, a um circulo mais amplo e até mesmo a igreja com um todo. A designação ―Católica‖ para cada uma destas Epís-

tolas no sentido de Universal é mais primitiva, enquanto que o termo geral é mais recente.Tiago é o livro mais antigo, tendo sido escrito antes da obra missionária de Paulo ter sido completada e num perío-do em que a Igreja ainda estava sendo formada principalmente de cristãos hebreus.

As epistolas gerais suplementam os Ensinos de Paulo, sem entrar em conflitos com eles. Poe Ex.: O ensino da justi-ficação pelas obras (Tg. 2.14-26) complementa o ensino de Paulo sobre a  justificação pela fé; e os ensinamentos dePedro sobre os Últimos Dias e a Volta do Senhor, suplementam os de Paulo sobre o mesmo assunto.

Resumindo: podemos afirmar que as epistolas gerais complementam a doutrina do Novo testamento acrescentandoalgo à grande exposição paulina do cristianismo. Paulo o apresenta principalmente aos gentios a Tiago aos judeus; eJoão, em suas epistolas, dá o aspecto universal do cristianismo.

Pelo que escreveram os Apóstolos, Paulo pode ser considerado como um Apóstolo de fé, Tiago como o Apóstolode obras; Pedro como o Apóstolo da esperança; João como o Apóstolo do amor; e Judas como o Apóstolo da defesada fé. Contudo há muita coisa em comum entre as epistolas.

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Noções de Bibliologia 52

Noções de Bibliologia Página 52

Tiago 

TIAGO - A CARTA DE VERDADEIRA RELIGIÃO

O autor é Tiago, irmão de Jesus, e um dos principais líderes da igreja em Jerusalém. (1.1) Escreveu-a para oscristãos da ― dispersão ― , isto é , para aqueles que estavam fora da cidade de Jerusalém.

A carta é muito prática em seus ensinos. Mostra ao leitor a verdadeira religião, baseada na fé (1.2, 6, 5.15 ),nas boas obras (2.14-26), ou melhor, ― na fé que opera boas obras ―, na dependência da sabedoria em Deus (1.5, 3.13 -18), numa vida santificada (1.19-27), na esperança (5.7-11) e no amor (2.8).

Tiago questiona muito a religião nominal, aquela que não esta comprometida com o serviço cristão. Se oslíderes do povo de Deus lessem e ensinassem esta carta com mais veemência ! Há muitas pessoas e igrejas que estão ―enganando a si mesmas ― (Veja 1.22). A religião nominal diz ― eu tenho fé‖ (2.19 ), mas a religião verdadeira, ― a fé para servir ― (2.24,26). Leia também (2,17-18)

Na carta, vemos os ensino sobre a igualdade entre as pessoas (2.1-9) os pecados da língua (3.1-12 e 4.11-12),a cobiça (4.1-10), as riquezas injustas (5.1-6), a paciência (5.7-11) e o juramento (5.12)

Como você reage às dificuldades ? Veja 1.2 e 1.12Como jovem, é muito importante você aplicar o versículo 1.5 em sua vida.Você já culpou Deus por seus erros e fracassos ? Leia 1.13 e corrija seus pensamentosO cristianismo nominal será condenado, conforme 2.14, 19, 26.Pratique Tg. 5.9

GLOSSÁRIO 

Dependência: depender de, necessidade.Vida Santificada: a vida separada do mundanismo, ou seja, do pecado e das ambições do mundo.Religião Nominal? Aquela em que a pessoa se declara ―cristã‖ mas não pratica obediência à Deus, nem se exerci-

ta em oração, freqüência à Igreja, Leitura bíblica e serviço cristão.Veemência: ênfase, rigor, autoridade.Cobiça: vontade de possuir coisas ou fama ou prazer.

I e II Pedro

1ª CARTA DE PEDRO – PACIÊNCIA E SANTIDADE

Pedro , apóstolo de Jesus, escreveu sua primeira carta aos cristãos (―eleitores‖) de várias regiões da ÁsiaMenor (1 Pe 1.1)

Os cristãos estavam sendo perseguidos, por causa de sua vida de fé (4.12,16,19). A maioria havia deixado o

paganismo (1.18,2.9-10). Mas Pedro lembra-lhes que eles não são deste mundo, pois sua pátria está nos céus. Somos ―peregrinos e forasteiros― (2.1). Nosso comportamento, pois é diferente daquele dos demais homens (2.12,4.16). Diz-lhes Pedro que o sofrimento caracteriza os cristãos em geral (5.9), mas dura por pouco tempo (1.6),

porque o fim está perto (4.7). Deus tem um propósito no sofrimento: aperfeiçoar nossa fé (1.6-9). A mensagem de 1ºPedro representa um grande consolo para a Igreja em toda época e em todo lugar.

Várias vezes esta carta fala da esperança – a necessidade de perseverar e esperar a Vinda do Senhor (1.13,21,1.3-9, 5.7) acompanhando de uma vida de santidade (1.15-16, 2.1-10, 4.2, etc.)

Ao povo esperançoso e santo, o apóstolo exorta à submissão (2.11), mesmo quando isto leva o cristão a sofrer(2.18-24, 3.13-4.2,, 4.2-19)

Devemos respeito à :1) Às autoridades (2.13-17)2) Aos superiores e mestres (2.18-25)

3) Nosso cônjuge (3.1-7)Sobre a liberdade cristã, veja 2.17;Observe as palavras ― ardentemente‖ e ― intenso ― em 1.22 e 4.8. 

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Noções de Bibliologia 53

Noções de Bibliologia Página 53

Você deseja quela vontade mencionada em 2.2 ?Já fez a troca de 4.2 ?

GLOSSÁRIO:

Paganismo : Religião que adora animais, astros, ídolos, deuses diversos, e contém imoralidade nos cultos.Peregrinos / Forasteiros : estrangeiros, viajantes.Submissão : Obediência, respeito.

2ª CARTA DE PEDRO: O VERDADEIRO EVANGELHO

Pedro escreveu sua 2ª carta aos cristãos de todo lugar (2 Pe 1.1). Seu objetivo é destacar o verdadeiroevangelho (1.16). Naquela época, como hoje, as falsas doutrinas campeavam, e somente o apego as verdadesespirituais nos trará luz eterna (1.21).

Não apenas o ímpio será punido, mas também os falsos profetas (2.1,20-22). Há muita severidade nas palavrasde Pedro (2.2-19). Não há brincadeira com o evangelho! Não são apenas heresias que blasfemam da Boa Palavra, mas

também as más condutas e exemplos (2.9-12).Uma heresia séria é a negação da futura vinda de Cristo (3.3-4)

Esta vinda é certa e repentina (3.5-7 e 10). Observe os motivos da aparente demora desta vinda em 3.8-9. E o resul-tado da certeza da vinda do Senhor deve ser uma vida santa (3.11) e cheia de esperança (3.12-13).

Leia 2 Pe 1.5-8 e 10. o que falta reunir, em sua vida ?Você é ―inativo‖ ? (v.8) Há algum tropeço ? (v.10)

Os motivos de Pedro ao escrever a carta estão em 1.15, 3.1-2.A Bíblia é o único livro que não provém de pensamentos humanos (2 Pe 1.20-21)A pessoa que deixa o evangelho compara-se com 2.22A carta é toda cheia de exortações amáveis (1.10, 3.1, 8, 11-14 e 3.17)As seitas normalmente incorrem no erro destacado por Pedro em 3.15-16.

GLOSSÁRIO :Apego: consideração, fidelidadeCampeavam: Multiplicavam, existir em grande quantidade.Ímpio: o que comete pecado.Severidade : rigor.

Analise: o cristão pode ser um cego espiritual? Leia 1.9. Este versículo refere-se aos anteriores, de 1.5-7.

I, II e III João

1

a

, 2

a

E 3

a

CARTA DE JOÃO: A PRÁTICA DO AMOR E DA SANTIDADEO apóstolo João escreveu 3 cartas, que são profundamente doutrinárias e abordam aspectos práticos do exercício dafé cristã, através do amor e da obediência.

Na sua primeira carta, 21 vezes Jesus é chamado Filho de Deus, 12 vezes Deus é chamado o Pai, enfatizando assima divindade de Cristo.

Logo no início da primeira carta, a ênfase na obediência e na pureza doutrinária é expresso em 1 Jo 1.5-10. Hoje,muitos cristãos querem viver isolados, longe das ―imperfeições‖ de uma igreja (congregação), mas se esquecem que acomunhão é uma forma de obediência ao mandamento do amor (1 Jo 1.7).

A definição de pecado está em 1 Jo 5.4.A ênfase na vida santificada do crente é presente em 1 Jo 2.1-6, 15-17, 3.1-10.A primeira carta de João, além de doutrinária, enfatiza a prática do amor (1 Jo 2.7-11, 3.11-24, 4.7-21). Se os cris-

tãos de hoje observassem mais a prática do amor, e dessem menos ênfase aos aspectos ritualísticos (forma do culto,batismo, ceia, etc.), que diferença faríamos neste mundo!

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Noções de Bibliologia 54

Noções de Bibliologia Página 54

Como carta combativa, no capítulo 4 de 1 Jo o apóstolo exorta a ―provar os espíritos‖. Portanto, o sincretismo reli-gioso (mistura de crenças, idéias, doutrinas e rituais) não encontra qualquer respaldo bíblico. A verdade, sempre será averdade!

Jesus é Deus e também é homem (1 Jo 4.1-3, 5.20).

Quem tem Jesus como único Senhor e Salvador, não precisa adorar qualquer ídolo (1 Jo 5.21).A 2a. Carta volta a frisar o amor, como norma de liberdade e prática cristã (2 Jo 1.5-6), sem deixar de considerar anecessidade de pureza doutrinária (2 Jo 1.7-11).

A 3a. Carta foi escrita para um amigo, chamado Gaio. Nela, João confessa sua alegria de ver seus ―filhos‖ andaremna verdade (3 Jo 1.4). Será que nós, como obreiros de Deus, podemos ser elogiados como Gaio o foi? (3 Jo 1.3, 5-8).

Infelizmente, nas igrejas pode haver o ―espírito de Diótrefes‖, que equivale ao autoritarismo, arrogância e malícia(3 Jo 1.9-10). As exortações práticas das duas cartas anteriores estão presentes também na terceira: 3 Jo 1.11-12.

Judas

JUDAS, A CARTA DO JUÍZO DE DEUS

Judas , irmão de Jesus, escreve ás igrejas para orientá-las quanto a certeza do juízo de Deus,(Jd 1,5-7,15).Ofato de preceder Apocalipse é muito próprio , acendendo luz ao panorama profético daquele majestoso livro.

Por causa dos cristãos nominais, que tinham vida dissoluta ,Judas exortou aos leitores a manterem a fé pura.Se você é um cristão dando mau testemunho, não justifique suas atitudes erradas com base naquilo que vê!(3-4)

Aqueles maus cristãos negavam o governo, difamavam as autoridades (v.8), murmuravam e andavamdescontentes (16), falavam arrogantemente e adulavam (16).

Para nós, Judas adverte a mantermos a Boa Palavra (17), orando (20), e esperando Senhor Jesus(21) e exercendo misericórdia (21-22).

Em Jd 3 contesta-se o uso de outros livros, senão a Bíblia , para a base da doutrina cristã (―uma vez por todas foi entregue aos santos‖). Ex: livro dos mórmons, o evangelho segundo Allan Kardec.- Você acha que as suas tentações e problemas espirituais não têm solução? Leia Jd 24.- Não apenas os homens ,mas os anjos caídos sofrerão o juízo de Deus.-6- Veja que descrição exata que Judas faz do ímpio: 10-13

Toda zombaria que a fé cristã tem sofrido é profética (17-18).você zomba de algum aspecto da fé cristã? Cuidado!

Os objetos de uso pagão (ex: imagens de Buda) podem fazer parte da decoração da casa de umcristão? Veja 23.

GLOSSÁRIO:

Difamavam: falavam mau, desprezavamDissoluta: imoralArrogantemente:autoritariamente, ―nariz empinado‖ 

Adulavam:lisonjeavam, elogiavam para receber benefícios e não por causa dos mériots de quem recebia o elogio.Panorama: horizonte.Profético:de profecia,revelaçãoZombaria: piada, escárnio, sátira, comentários zombadores(Leia Salmo 1.1)

Profético

Apocalipse APOCALIPSE – REVELAÇÃO GLORIOSA

Apocalipse quer dizer ―revelação‖, dada por Jesus Cristo ao apóstolo João (Ap 1.1). 

Foi o último livro escrito da Bíblia, entre os anos 81 e 96, quando João estava preso na ilha de Patmos por ter pre-gado o evangelho (1.9). Era época de perseguição aos cristãos sob o regime do imperador Domiciano.

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Noções de Bibliologia 55

Noções de Bibliologia Página 55

A linguagem do Apocalipse é bastante característica:o uso de símbolos era bastante comum entre os judeus. Veja-mos alguns símbolos (são mais de 300!):

Cordeiro=Jesus CristoMulher = Povo Judeu

Dragão = SatanásBesta = AnticristoNoiva = IgrejaBabilônia =Os povos e nações da Terra

João, achando-se ―em espírito, no dia do Senhor‖ (1.10-e 4.2) descreve o que lhe foi revelado por Jesus (1.11-20). Inicia-se o livro com as 7 cartas ás igrejas da Asia Menor(atual Turquia):

Éfeso (2.1-7), Esmirna (2.8-11), Pérgamo (2.12-17), Tiatira (2.18-29), Sardes (3.1-6), Filadélfia (3.7-13) e Laodi-céia (3.14-19).

Nestas cartas, Jesus faz advertências contra a frieza espiritual (2.4-5), as heresias (2.14-15), a prostituição e falsascerimônias (2.20-22), as obras de aparência (3.2) e a falsidade religiosa (3.15-17).

A partir do cap. 4 desenrola-se um duplo panorama :visões do céu e da terra , em tempos futurosno desenvolvimento dos capítulos seguintes ,há contraste da glória nos céus com o juízo de Deus sobre a terra e as

obras satânicas.O apocalipse foi dirigido a uma igreja sofredora .Havia perseguições por parte de Roma , a

inimizade dos judeus, as heresias. É um livro de esperança, para quem sofre, e juízo, para os perseguidores.Cap. 4 e 5: revela-se o ―Trono de Deus‖. É chegada o tempo de juízo,com a abertura do ―livro do Juízo‖ (5.7). 

- Cap.6: cada abertura de cada selo mostra um juízo de Deus que recairá sobre a terra, no tempo da ―grande tr i-bulação‖. 

Cap.7 e 8: o povo de Deus na terra, neste período, os judeus ,serão ―selados‖, continuando no cap. 8 o s juízos deDeus: há caos ecológico (8.7-9), incluindo o envenenamento das águas (8.10.11) e escuridão (8.12).‖Ai,ai,ai dos quemoram na terra‖ (8.13)! 

Cap.9: está profetizado que os ímpios sofrerão no mínimo por 5 meses (9.5). O poder da morte será sustado neste período: (9.6). Infelizmente está escrito que os ―homens não se arrependeram‖ (9.20-21)

Há coisas que o apóstolo João foi negado que relatasse (10.4). Deus ainda enviará duas testemunhas quepregarão o evangelho neste período (11.3-13). Mas Satanás, irado, começara a dar suas últimas cartadas, sendoexpulso dos céus e atirando na terra junto com os deus pagãos (12.9). Sabendo que ―pouco tempo lhe resta ― (12.12),Satanás persegue os judeus furiosamente (12.13-18).

Surgem as ―bestas‖: o anticristo (cap. 13). Os homens adoram a Satanás (13.4). A difamação a Deus atinge oponto máximo (13.6). Cada homem recebe a marca da besta (13.18)

Novamente iniciam-se as visões do céu, no cap. 14. Do céu, Deus ordena a retaliação aos planos de Satanásdominar o mundo (são as ―vozes e flagelos‖' - cap. 14 e 15). Os sete ―flagelos‖ consumem a cólera de Deus (15.1).São muito parecidos com as pragas do Egito: úlceras (16.2), morte da vida marinha (16.3), águas transformam-se emsangue (16.4), queimaduras (16.8), trevas (16.10), terremoto e chuvas de pedras (16.17-21).

Apesar dos claros juízos de Deus, os homens se unirão ao anticristo para batalhar contra Jesus (cap. 17). Tal

como Sodoma e Gomorra, a capital do império do anticristo será destruída pelo fogo (cap.18). No céu, há umaverdadeira comemoração pela queda da Babilônia (cap. 19.1-10).Cristo desce à terra e vence o anticristo (19.11-21). Satanás é preso por 1.000 anos (20.1-3). Inicia-se o Reino

de Cristo na terra, é o chamado ― Milênio ― (20.4-6).Após os 1.000 anos, Satanás será solto e volta a seduzir as nações (20.7-8). Mas desce fogo do céu e consome

os rebeldes (20.9). Finalmente, Satanás é preso eternamente, no ―lago de fogo‖ (20.10). Começa o julgamento dasobras dos ímpios (20.11-15).

Após a eliminação completa do mal, Deus cria o ― novo céu e a nova terra ― (21.1 -8). A capital, NovaJerusalém, tem a ―glória de Deus ― (21.11). Sua descrição é lindíssima, e nossa linguagem é impotente para descrevê-la (21.12-27). Nós, os salvos, reinaremos junto com Cristo (22.5).

Antes de finalizar o livro, há várias advertências e consolações (22.6-19). ―Certamente venho sem demora.

Amém. Vem, Senhor Jesus ― (22.20). 

GLOSSÁRIO :

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Noções de Bibliologia 56

Noções de Bibliologia Página 56

―Grande tribulação‖: período de 7 anos, logo após o arrebatamento da Igreja de Cristo na terra.Sustado: retido, impedido.Relatasse : narrasse, escrevesse.Marca da besta : número 666, conforme Ap 13.18.

Difamação : Injúria, Palavreado obscenoRetaliação : contra ação, resposta com atos.Seduzir : tentar, puxar para um mau caminho.

EM TEMPO :

―Alfa e Ômega‖ = últimas e primeiras coisas. Alfa é a primeira letra do alfabeto grego, ômega a última.Símbolo que refere-se a Deus em Ap.1.8 e 1.17.

Nas cartas às Igrejas, há promessas após a exortação. Leia 2.7, 11, 17, 26, 3.5,12,21.Leia os belos cânticos celestiais de 4.8,11,5.9,10,12,13,7.10,12 etc.Há uma promessa para os leitores de Ap. Veja 1.3 e 22.7.

5.Jesus na Bíblia

Como exercício, encontre a referência bíblica concernente ao tipo referente a Cristo. Lembre-se queJesus sempre é o Antítipo. Se possível amplie a lista acrescentando alguns tipos de Cristo com as suas res-pectivas referências (Trechos Bíblicos). Lembre-se que a referência bíblica é composta de livro, capítulo eversículo. Exemplo: Romanos, capítulo seis, versículo vinte e três – Rm. 6.23. Tenha um bom Estudo!

Velho TestamentoGênesis - Ele é a semente da mulher

Êxodo - Ele é o cordeiro pascalLevítico - Ele é o sumo sacerdoteNúmeros - Ele é a nuvem de dia e a coluna de

fogo a noite (Rocha Ferida)Deuteronômio - Ele é o profeta semelhante a

Moisés (profeta vindouro)Josué - Ele é o capitão da nossa salvaçãoJuizes - Ele é o nosso Juiz e o nosso LegisladorRute - Ele é o parente remidorI e II Samuel - Ele é o profeta em quem confi-

amosReis e Crônicas - Ele é o Rei ReinanteEsdras - Ele é o construtor de muralhas indes-

trutíveis na nossa vidaNeemias - Ele é o nosso restauradorEster - Ele é o nosso MardoqueuJó - Ele é o nosso redentor sempiterno, porque

"Eu sei que meu Redentor vive"Salmos - Ele é o nosso PastorProvérbios e Eclesiastes - Ele é a nossa sabe-

doria

Cânticos de Salomão - Ele é o nosso amadoEsposoIsaías - Ele é o nosso Príncipe da Paz

Jeremias - Ele é o nosso Renovo Justo

Lamentações - Ele é o nosso profeta Lamenta-dor

Ezequiel - Ele é o maravilhoso homem de qua-tro faces

Daniel - Ele é o quarto homem da fornalha defogo ardente

Ozéias - Ele é o nosso marido fielJoel - Ele é o nosso batizador com o Espírito

Santo e com fogoAmós - Ele é o carregador de nosso fardoObadias - Ele é o poderoso para salvarJonas - Ele é o nosso grande missionário es-

trangeiroMiquéias - Ele é o mensageiro de pés formo-

sosNaum - Ele é o vingador dos eleitos de DeusHabacuque - Ele é o evangelista de Deus, gri-

tando: "Revivificai vosso trabalho no meios dosanos"

Sofonias - Ele é o nosso SalvadorAgeu - Ele é o nosso restaurador de heranças

perdida de DeusZacarias - Ele é a fonte que purifica o pecadoe a impureza

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Noções de Bibliologia 57

Noções de Bibliologia Página 57

Malaquias - Ele é o Sol da Justiça

Novo testamento Mateus - É o Messias

Marcos - É o realizador de maravilhasLucas - É o Filho do homemJoão - É o filho de DeusAtos - É o Espírito SantoRomanos - É o nosso justificadorI e II Coríntios - É o nosso santificadorGálatas - É o nosso libertador da maldição da

leiEfésios - É o Cristo das inescrutáveis riquezasFilipenses - É o Deus que supre todas as nossas

necessidadesColossenses - É a plenitude da Divindade en-

carnadaI e II Tesslanicenses - É o nosso Rei que re-

gressará brevementeI e II Timóteo - É o nosso mediador entre

Deus e o homemTito - É o nosso pastor fielFilemon - É o amigo mais chegado que um ir-

mãoHebreus - É o sangue do Concerto Eterno

Tiago - É o nosso grande médico, pois "A ora-ção da fé salvará o doente"I e II Pedro - É o nosso sumo Pastor que breve

voltará com a coroa de glóriaI, II e III João - Ele é amorJudas - É o Senhor vindo com milhares de seus

santosApocalipse - Ele é o Rei do reis e o Senhor dos

SenhoresO Sacrifício de Abel - Gn. 4.4;

Outro tipos de Cristo Jesus. (Pesquise em

um dicionário teológico acerca de Tipo e Antí-tipo).

O arco-íris de Noé - Gn. 9.12, 13;O Cordeiro de Abraão - Gn. 22.8;Os Poços de Isaque - Gn. ;A escada de Jacó - Gn. 28.10-17;A Vara de Moisés - Êx. 9.12, 13; O Manto de Elias - II Rs. 2.8;O Bordão de Eliseu -O Velo de lã de Gideão - Jz. 6.36-40;

O Vaso de azeite de Samuel - I Sm. 16.49;

A pasta de Figos de Isaías - II Re. 20.8;O Relógio de Acaz - II Re. 20.11;As Visões de Daniel - Dn. 7 e 8;O Fardo de Amós - ;A sombra de Pedro - Atos ;Os lenços e aventais de Paulo - Atos ;O marido da viúva - ;O Cálice transbordante - Sl. 23 ;O mel da rocha - ;

Tudo em todos ();O Filho do Homem - ;O Governo da Nossa vida está em seus

ombros - ;A raiz de Jessé - ;

A semente da Mulher -Gn. 3.15;O Brilho da Glória de Deus -Maravilhoso, Deus Forte, Conselheiro, Pai

da Eternidade e Príncipe da Paz - ;O profeta do futuro - ;O Escudo (Gn. 15.1);A descendência de Abraão - ;A rocha em terra sedenta - ;O Parente Remidor – Et.O renovo de Davi - ;

O ômega (Ap. );O Alfa (Ap. );O Filho do Deus Vivo ();A Vara e o Cajado consoladores - ;A pedra de Esquina/Angular - ;A Estrela da Manhã - ;Os sinais e maravilhas de Estevão - ;O sol da Justiça - Ml.______ ;Aquele que não faz acepção - ;O Pai do órfão ();

O Chefe (Cabeça) da Igreja - ;O Ressurreto - ;O Amado - ;O Socorro Celestial - ;O Restaurador - ;O Redentor Vivo -Jó. 19.25;A Sabedoria ();O Emanuel - ;O General Invencível - ;O Profeta do Futuro – Êx. ;

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Noções de Bibliologia 58

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6. Os Escritores e tradutores da Bíblia

Segundo reza a tradição, as sagradas escrituras foram escritas por cerca de quarenta homens que viveram num pe-ríodo aproximado a mil e seiscentos anos. Estes homens escreveram sob diversas condições: Alguns na Prisão ou cati-

veiro (o Apóstolo Paulo, os Profetas Daniel e Jeremias), outros em palácios (Salomão, Davi e Daniel), outros em ca-vernas no deserto (Moisés), em viagens (Lucas), no campo (Amós); no Exílio (João, na ilha de Patmos), na beira derios (Ezequiel), na derrota, enfim sobre todas as circunstâncias. Deus não fez acepção de pessoas. Quando Deus Esco-lheu, pois, estes homens eram das mais variadas profissões: Reis (Salomão e Davi). Lavradores (Amós), Sacerdotes(Esdras e Samuel), Nobres estadistas (Daniel), pastores (Davi), Cantores e músicos (Hemã, Etã, Asafe, os filhos de Coré e o próprio rei Davi), políticos (Daniel), Cobrador de imposto (Levi, chamado Mateus), Pescadores (Pedro eJoão), Irmãos do Senhor (Tiago e Judas), Doutores da Lei (Paulo), Fazedores de Tendas (Paulo), Escribas (Esdras) eEtc.. Os assuntos também são diversos e as formas de escrever Idem. Foram escritos em prosa e em poesia, os temasforam criação, a existência e o caráter do plano de Deus, a justificação, a natureza e o destino do pecado e da morte, osCéus, o Inferno entre milhares de outros. Até a diferença entre os Testamentos, o Velho Termina com maldição  – Ml.4.6 – e o Novo com benção – Ap. 22.11, Ap. 21.3.

7.  Traduções da Bíblia e outros assuntos concernentes à bíblia

Vulgata – Latim – Jerônimo mais ou menos quatrocentos a. C.;Septuaginta  – Grego  – Versão dos setenta  – Setenta homens que moravam em Alexandria, no Egito, onde

muitos judeus se haviam estabelecido;Português – João Ferreira de Almeida, Figueiredo, entre outros;Inglês – King James Version – Versão do Rei Tiago.

BÍBLIA - Traduções em Português Os mais antigos registros de tradução de trechos da Bíblia para o português datam do final do século XV.

Porém, centenas de anos se passaram até que a primeira versão completa estivesse disponível em três volumes, em1753.Trata-se da tradução de João Ferreira de Almeida.A primeira impressão da Bíblia completa em português, em um único volume, aconteceu em Londres, em 1819,

também na versão de Almeida.

Veja a seguir a cronologia das principais traduções da Bíblia completa publicadas na língua portuguesa.Traduções da Bíblia em Português

·1753 -

Publicação da tradução de João Ferreira de Almeida, em três volumes.

·1790 -

Versão de Figueiredo - elaborada a partir da Vulgata pelo Padre católico Antônio Pereira de Figueire-do, publicada em sete volumes, depois de 18 anos de trabalho.

·1819 -

Primeira impressão da Bíblia completa em português, em um único volume. Tradução de João Ferreirade Almeida.

·1898 -

Revisão da versão de João Ferreira de Almeida, que recebeu o nome de Revista e Corrigida. A tradu-ção de Almeida foi trazida para o Brasil pela Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, em data anterior àfundação da SBB. Naquela época, a tradução de Almeida foi entregue a uma comissão de tradutores bra-sileiros, que foram incumbidos de tirar os lusitanismos do texto, dando a ele uma feição mais brasileira.

·

1917 -

Versão Brasileira. Elaborada a partir dos originais, foi produzida durante 15 anos por uma comissão de

especialistas e sob a consultoria de alguns ilustres brasileiros. Entre eles: Rui Barbosa, José Veríssimo eHeráclito Graça.

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Noções de Bibliologia 59

Noções de Bibliologia Página 59

·1932 -

Versão de Matos Soares, elaborada em Portugal.

·

1956 -

Versão Revista e Atualizada, elaborada pela Sociedade Bíblica do Brasil. Quando em 1948, a SBB foi

fundada, uma nova revisão de Almeida, independente da Revista e Corrigida, foi encomendada a outraequipe de tradutores brasileiros. O resultado desse novo trabalho, publicado em 1956, é o que hoje conhe-cemos como a versão Revista e Atualizada.

·1959 -

Versão dos Monges Beneditinos. Elaborada a partir dos originais para o francês, na Bélgica, e traduzi-da do francês para o português.

·1968 -

Versão dos Padres Capuchinhos. Elaborada no Brasil, a partir dos originais, para o português.

·1988 -

Bíblia na Linguagem de Hoje. Elaborada no Brasil, pela Comissão de Tradução da SBB, a partir dosoriginais.

·1993 - 2a Edição da versão Revista e Atualizada, de Almeida, elaborada pela SBB.

·1995 -

2a Edição da versão Revista e Corrigida, de Almeida, elaborada pela SBB.

·2000 -

Nova Tradução na Linguagem de Hoje. Elaborada pela Comissão de Tradução da SBB

Fonte: site da SBB -

II. REVELAÇÃO

A) Definição: ―Um desvendamentos; especialmente a comunicação da mensagem divina ao homem‖ B) Meios de Revelação: 1) Pela Natureza (Rm 1.18-21; Sl 19)2) Pela Providência (Rm 8.28; At 14.15-17)3) Pela Preservação do Universo (Cl 1.17)4) Através de Milagres (Jo 2.11)5) Por Comunicação Direta (At. 22.17-21)6) Através de Cristo (Jo 1.14)7) Através da Bíblia (1Jo 5.9-12)

III. INSPIRAÇÃOA) Definição:Inspiração é a ação supervisionadora de Deus sobre os autores humanos da Bíblia de modo a, usando suas próprias

personalidades e estilos, comporem e registrarem sem erro as palavras de Sua revelação ao homem. A Inspiração seaplica apenas aos manuscritos originais (chamados de autógrafos).

B) Teorias sobre a Inspiração: 1) Natural - não há qualquer elemento sobrenatural envolvido. A Bíblia foi escrita por homens de grande talento.2) Mística ou Iluminativa - Os autores bíblicos foram cheios do Espírito como qualquer crente pode ser hoje.3) Mecânica (ou teoria da ditação) - Os autores bíblicos foram apenas instrumentos passivos nas mãos de Deus

como máquinas de escrever com as quais Ele teria escrito. Deve-se admitir que algumas partes da Bíblia foram ditadas(e.g., os Dez mandamentos).

4) Parcial - Somente o não conhecível foi inspirado (e.g., criação, conceitos espirituais)

5) Conceitual - Os conceitos, não as palavras, foram inspirados.6) Gradual - Os autores bíblicos foram mais inspirados que outros autores humanos.

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Noções de Bibliologia 60

Noções de Bibliologia Página 60

7) Neo-ortodoxa - Autores humanos só poderiam produzir uma registro falível.8) Verbal e Plenária - Esta é a verdadeira doutrina e significa que cada palavra (verbal) e todas as palavras (plená-

ria) foram inspiradas no sentido da definição acima.9) Inspiração Falível - Uma teoria, que vem ganhando popularidade, de que a Bíblia é inspirada mas não isenta de

erros.

C) Características da Inspiração Verbal e Plenária: 1) A verdadeira doutrina é válida apenas para os manuscritos originais.2) Ela se estende às próprias palavras.3) Vê Deus como o superintendente do processo, não ditando aos escritores, mas guiando-os.4) Inclui a inerrância.

D) Provas da Inspiração Verbal e Plenária:1) 2Tm 3.16. Theopneustos, soprado por Deus. Afirma que Deus é o autor das Escrituras e que estas são o produto

de Seu sopro criador.2) 2Pe 1.20,21. O ―como‖ da inspiração - homens ―movidos‖ (lit., ―carregados‖) pelo Espírito Santo.

3) Ordens especificas para escrever a Palavra do Senhor (Ex 17.14; Jr 30.2).4) O uso de citações (Mt 15.4; At 28.25).5) O uso que Jesus fez do ANTIGO TESTAMENTO (Mt 5.17; Jo 10.35).6) O NOVO TESTAMENTO afirma que outras partes do NOVO TESTAMENTO são Escrituras (1Tm 5.18; 2Pe

3.16).7) Os escritores estavam conscientes de estarem escrevendo a Palavra de Deus (1Co 2.13; 1Pe 1.11,12)

E) Provas de Inerrância: 1) A fidedignidade do caráter de Deus (Jo 17.3; Rm 3.4).2) O ensino de Cristo (Mt 5.17; Jo 10.35).3) Os argumentos baseados em uma palavra ou na forma de uma palavra (Gl 3.16, ―descendente‖; Mt 22.31,32,

―sou‖). 

IV. CANONICIDADE.A) Considerações fundamentais: 1) A Bíblia é auto-autenticável e os concílios eclesiásticos só reconheceram (não atribuíram) a autoridade inerente

nos próprios livros.2) Deus guiou os concílios de modo que o cânon fosse reconhecido.

B) Cânon do ANTIGO TESTAMENTO: 1) Alguns afirmam que todos os livros do cânon do ANTIGO TESTAMENTO foram reunidos e reconhecidos sob

a liderança de Esdras (quinto século a.C.).2) O NOVO TESTAMENTO se refere a ANTIGO TESTAMENTO como escritura (Mt 23.35; a expressão de Je-

sus equivaleria dizer hoje ―de Gênesis a Malaquias‖; cf. Mt 21.42; 22.29).3) O Sínodo de Jamnia (90 A.D.) Uma reunião de rabinos judeus que reconheceu os livros do ANTIGOTESTAMENTO

C) Os princípios de Canonicidade dos Livros do NOVO TESTAMENTO: 1) Apostolicidade. O livro foi escrito ou influenciado por algum apóstolos?2) Conteúdo. O seu caráter espiritual é suficiente?3) Universalidade. Foi amplamente aceito pela igreja?4) Inspiração. O livro oferecia prova interna de inspiração?

D) A Formação do Cânon do NOVO TESTAMENTO: 1) O período dos apóstolos. Eles reivindicaram autoridade para seus escritos (1Ts 5.27; Cl 4.16).

2) O período pós-apostólico. Todos os livros forma reconhecidos exceto Hebreus, 2 Pedro e 3 João.3) O Concílio de Cartago, 397, reconheceu como canônicos os 27 livros do NOVO TESTAMENTO

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Noções de Bibliologia 61

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V. ILUMINAÇÃOA) Em Relação aos Não-Salvos: 1) Sua necessidade (1Co 2.14; 2Co 4.4)2) O ministério do convencimento do Espírito ( Jo 16.7-11)

B) Em Relação ao Crente: 1) Sua necessidade (1C0 2.10-12; 3.2).2) O ministério do ensino do Espírito (Jo 16.13-15)

VI. INTERPRETAÇÃO

A) Princípios de Interpretação:1) Interpretar histórica e gramaticalmente.2) Interpretar de acordo com os contextos imediatos e mais amplo.3) Interpretar em harmonia com toda a Bíblia, comparando Escritura com Escritura.

B) Divisões Gerais da Bíblia: 

1) ANTIGO TESTAMENTOA- Livros históricos: de Gênesis a Ester.B- Livros poéticos: de Jó a Cantares.C- Livros proféticos: de Isaías a Malaquias.

2) NOVO TESTAMENTOA- Evangelhos: Mateus a João.B- História da Igreja: Atos.C- Epístolas: de Romanos a Judas.D- Profecia: Apocalipse.

C) Alianças Bíblicas:Adãmica (Gn. )Noética (Gn 8.20-22)Abraâmica (Gn 12.1-3)Mosaica (Ex 19.3 - 40.38)Palestiniana (Dt 30)Davídica (2Sm 7.5-17)Nova Aliança (Jr 31.31-34; Mt 26.28)

8. Curiosidades

Maior Livro - SalmosMenor Livro – II João – treze versículos;Maior Capítulo – Salmo 119 – cento e setenta e seis versículos;

Menor Capítulo – Salmo 117 – Apenas dois versículos;Maior Versículo – Ester 8.9 – noventa e duas palavras;

Menor Versículo – varia com a versão. O mais aceito é Êx. 20.13 – Não matarás. Em outras versões temos ain-da Lucas 20.30 – E o segundo e Jo. 3.2 – E disse Jó;

Total de capítulos – Mil cento e oitenta e nove;

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Noções de Bibliologia 62

Noções de Bibliologia Página 62

Total de versículos – trinta e um mil e cento e setenta e cinco;Total de livros – sessenta e seis, sendo trinta e nove do Antigo Testamento e vinte e sete do Novo Testamento;

Idiomas traduzidos – mil e trezentos, com dialetos inclusos;Divisão em versículos – Velho Testamento – Rabi Mardoqueu Natã e Novo Testamento – Estéfano – um tipó-

grafo Francês;Primeira Impressão – 1516 – Erasmo de Roterdã;Livro que não cita o nome de Deus – Ester;Homem mais velho _ Metusala ou Matusalém – novecentos e sessenta nove anos;Homem mais manso – Moisés – Nm. 12.3;Versículo Central – Sl. 118.8;Palavra Senhor – Oito mil vezes;Palavra Jeová – Seis mil oitocentos e cinqüenta e cinco vezes;Não Temas – Trezentos e sessenta e cinco vezes;Bênçãos – Oito mil;Foi escrita em couro, papiro e pergaminhos;

Foi escrita em hebraico e grego;Primeira tradução – Grego – mais ou menos trezentos a. c. (Septuaginta) ou 285 a. C.;Tradução mais célebre em latim – Vulgata - São Jerônimo mais ou menos quatrocentos anos a. C.;Novo Conserto – Jo. 3.16;Velho Conserto – Êx. 24.8 paralelo a Hb. 9.14 (Novo conserto);Exempla mais antigo –  ―Codéx Hillel‖ – Toledo;Remanescente –  ―Codéx Vaticano‖ – 4º Século d. C. – Biblioteca do vaticano;O primeiro livro da Bíblia – Gênesis foi escrito por Moisés cerca de mil e quinhentos anos antes de Cristo;O último Livro – Apocalipse ou revelação foi escrito por João cerca de noventa e seis anos depois de Cristo;A Bíblia inteira foi escrita num período que abrangeu aproximadamente mil e seiscentos anos. Foi escrita por

cera de quarenta autores; entre eles reis, agricultores, pastores, advogados, cobradores de impostos, escribas, doutores

da Lei, médicos, pescadores e etc.;Houve um período de quatrocentos anos de silêncio entre Malaquias e Mateus  – Período Interbíblico;Os originais não contêm pontuação, capitulação e versiculação;Atribui-se ao cardeal Hugo a divisão da Bíblia em capítulos – mil duzentos e cinqüenta depois de Cristo;O AT. Foi escrito em hebraico por cerca de trinta autores, contem trinta e nove livros canônicos, Seu livro

central é provérbios – vigésimo livro; versículo central – II Cr. 20.8; Metade da Bíblia Sl. 117.2;O Novo Testamento foi escrito em grego – exceto Mateus – por cerca de dez autores. Contém vinte e sete li-

vros, capítulo central – Rm. 13; versículo central At. 17.17; Maio versículo – Lc. 20.30;

Selecionamos dezenas de curiosidades bíblicaspara você usar em gincanas, brincadeiras, etc. Con-fira!

1.  Quais os livros da Bíblia que tem apenas 1capítulo?R: Obadias, Filemom, II João, III João e Judas.

2.  Quais os livros da Bíblia que terminamcom um ponto de interrogação?R: Lamentações, Jonas e Naum.

3. Qual o menor livro da Bíblia?R: II João (possui somente 13 versículos).

4. Qual o maior livro da Bíblia?R: Salmos (possui 150 capítulos).

5. Qual o menor capítulo da Bíblia?R: Salmo 117 (possui 2 versículos).

6. Qual o maior capítulo da Bíblia?R: Salmo 119 (possui 176 versículos).

7. Qual o menor versículo da Bíblia?R: Êxodo 20-13 (possui 10 letras).

8. Qual o maior versículo da Bíblia?R: Ester 8-9 (possui 415 caracteres).9. Quantas palavras a Bíblia contêm aproximadamen-

te?R: 773.693 palavras.

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Noções de Bibliologia 63

Noções de Bibliologia Página 63

10. Quantas letras a Bíblia contêm aproximadamente?R: 3.566.480 letras.

11. Quantos capítulos e quantos versículos a Bíbliapossui?R: 1.189 capítulos e 31.102 versículos.

12. Em quais os livros da Bíblia não encontramos apalavra Deus?R: Ester e Cantares de Salomão.

GÊNESIS13. Quem foi o primeiro bígamo citado na Bíblia equais eram os nomes das esposas?R: Lameque. Ada e Zilá. Gênesis 4-19.

14. Quem foi o pai dos que habitam em tendas e pos-suem gado?R: Jabal. Gênesis 4-20.

15. Quem foi o pai de todos os que tocam harpa e flau-ta?R: Jubal. Gênesis 4-21.

16. Quem era rei e sacerdote ao mesmo tempo?R: Melquisedeque. Gênesis 14-18.

17. Qual é a única mulher cuja idade é mencionada naBíblia?R: Sara. Gênesis 23-1.

18. Onde lemos na Bíblia de camelos se ajoelhando?R: Gênesis 24-11.

19. Quais os nomes dos filhos de Abraão?R: Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Jisbaque, Sua (filhos deQuetura), Isaque (filho de Sara) e Ismael (filho de Ha-gar). Gênesis 25-2,9.

ÊXODO20. Qual a mãe que recebeu um salário para criar o seupróprio filho?R: Joquebede, mãe de Moisés. Êxodo 2-8,9,10.

21. Qual o nome do homem acusado por sua esposa dederramar sangue?R: Moisés. Êxodo 4-24,25.

22. Qual o sobrinho que se casou com a sua tia?R: Anrão, pai de Moisés. Êxodo 6-20.

23. Onde se lê na Bíblia que as águas, por serem amar-

gas, não serviam para consumo, porém tornaram-sedoces depois?R: Êxodo 15-23,24,25.

24. Onde se encontra a lei, por meio da qual um escra-vo ganhava liberdade por perder um dente?R: Êxodo 21-27.

25. Onde se lê na Bíblia que os israelitas foram adver-tidos para obedecerem a um Anjo?R: Êxodo 23-20,21.

NÚMEROS26. Qual o rei teve os seus inimigos abençoados peloprofeta que ele tinha chamado para amaldiçoá-los?R: Balaque, rei de Moabe. Números 22-5,6,12 + Nú-

meros 23-11,12.

27. Qual o cavaleiro que teve o seu pé imprensadocontra o muro?R: Balaão. Números 22-25.

DEUTERONÔMIO28. Onde se lê na Bíblia sobre a conservação da natu-reza?R: Deuteronômio 20-19.

29. Quais os alimentos que o povo de Israel não comeudurante os 40 anos de peregrinação pelo deserto?R: Pão e vinho. Deuteronômio 29-5,6.

30. Quais as 4 cidades mencionadas na Bíblia que fo-ram destruídas por causa da ira de Deus ?R: Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim. Deuteronômio29-23.

31. Quem foi sepultado por Deus em um vale?R: Moisés. Deuteronômio 34-5,6.

JOSUÉ32. Que homem, citado na Bíblia, era o mais alto nomeio do seu povo (que era formado por gigantes)?R: Arba. Josué 14-15.

33. Onde se lê na Bíblia o nome de um estado brasilei-ro e de sua capital?R: Pará - Josué 18-23 e Belém - Josué 19-15.

JUÍZES34. Que rei reconheceu que Deus fez com ele o mesmo

que ele tinha feito aos seus inimigos?R: Adoni-Bezeque, rei de Bezeque. Juízes 1-6,7.

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Noções de Bibliologia 64

Noções de Bibliologia Página 64

35. Qual o rei citado na Bíblia pelo sua massa?R: Eglom, rei dos moabitas. Juízes 3-17.

36. Qual o juiz de Israel que libertou o seu povo, usan-do um ferrão de tocar bois?R: Sangar. Juízes 3-31.

37. Qual o comandante de Israel que disse que só iria àbatalha se uma mulher fosse com ele?R: Baraque. Juízes 4-4,6,8,9.

38. Qual a mulher que acolheu o seu inimigo e depoiso matou?R: Jael. Juízes 4-18,21.

39. Qual a mãe que aguardava ansiosamente seu filho,olhando pela janela?R: Mãe de Sísera. Juízes 5-28.

40. Qual o filho de um juiz de Israel que, depois damorte do seu pai, se declarou rei junto a seus irmãos edepois os matou?R: Abimeleque. Juízes 9-1,2,3,4,5,6.

41. Qual o juiz de Israel tinha 30 filhos, que cavalga-vam 30 jumentas e tinham 30 cidades?R: Jair. Juízes 10-4.

42. Que personagem bíblico prometeu sacrificar aoSenhor a 1ª pessoa que visse ao voltar vitorioso dabatalha e quem foi sacrificado?R: Jefté. Sua filha. Juízes 11-30,31,32,34,35,39,40.

43. Qual o homem que, depois de morto, matou maispessoas que em sua vida?R: Sansão. Juízes 16-30.

RUTE44. Qual era o nome da bisavó de Davi?R: Rute. Rute 4-13,16,17.

I SAMUEL45. Qual o juiz que morreu após cair da cadeira paratrás?R: Eli. I Samuel 4-18.

46. Que mulher que, ao saber que a Arca do Senhortinha sido tomada e de que seu marido e seu sogro

tinham morrido, teve um parto prematuro e, depois,morreu?R: A mulher de Finéias. I Samuel 4-19,20.

47. Que povo foi derrotado na batalha por causa dostrovões?R: Os filisteus. I Samuel 7-10.

48. Quem ganhou um reino quando procurava as ju-mentas do seu pai?R: Saul. I Samuel 9-2,3,17.

49. Qual o homem que, engatinhando, venceu umabatalha e contra que povo ele estava guerreando?R: Jônatas, filho do rei Saul. Filisteus. I Samuel 14-13,14.

50. Onde se menciona o queijo na Bíblia pela 1ª vez?

R: I Samuel 17-18.

II SAMUEL51. Quem foi condenado à morte por ter matado um reide Israel?R: Um moço amalequita. II Samuel 1-1 a 16.

52. Quais os 2 irmãos que, depois de mortos, tiveramsuas mãos e pés decepados ?R: Recabe e Baaná. II Samuel 4-8,9,10,11,12.

53. Que homem israelita era celebrado por sua beleza ?R: Absalão. II Samuel 14-25.

54. Quem cortava os cabelos no fim de cada ano, poisos mesmos muito lhe pesavam?R: Absalão. II Samuel 14-25,26.

55. Qual o nome do amigo do rei Davi, que disse queestaria a seu lado em qualquer situação?R: Itai. II Samuel 15-21.

56. Quais os 2 homens que, ajudados por uma mulher,se enconderam em um poço, conseguindo, assim, en-ganar os seus inimigos ?R: Jônatas e Aimaás. II Samuel 17-17,18,19,20,21.

57. Quem foi o 1º homem, citado na Bíblia, que seenforcou?R: Aitofel. II Samuel 17-23.

58. Quem matou o irmão quando o beijava?R: Joabe. II Samuel 20-9,10.

59. Quem matou um gigante que tinha 6 dedos emcada mão e em cada pé ?

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Noções de Bibliologia 65

Noções de Bibliologia Página 65

R: Jônatas, irmão de Davi. II Samuel 21-20,21.

60. Quais os 3 melhores guerreiros do exército do reiDavi ?

R: Josebe-Bassebete, Eleazar e Samá. II Samuel 23-8,9,10,11,12.

I REIS61. Qual o personagem bíblico que morreu por ir embusca dos seus escravos fugitivos ?R: Simei. I Reis 2-40,42,46.

62. Quantos provérbios escreveu Salomão?R: Três mil. I Reis 4-32.

63. Quantos cânticos Salomão compôs?

R: Mil e cinco. I Reis 4-32.

64. Por que o rei Davi não pôde construir um Templopara Deus?R: Por causa das muitas guerras que ele teve de enfren-tar contra os seus inimigos. I Reis 5-3.

65. De onde foi tirada a madeira para a construção do1º Templo de Jerusalém?R: Do Líbano. I Reis 5-6.

66. Quais os reis que praticaram comércio marítimoentre os seus reinos?R: Hirão, rei de Tiro e Salomão, rei de Israel. I Reis 9-27.

67. Quantas vezes Deus apareceu a Salomão?R: Duas vezes. I Reis 11-9.

68. Qual o nome do rei de Israel cujo filho morreuquando sua mãe entrou em casa?R: Jeroboão. I Reis 14-1,2,17.

69. Qual o rei de Israel que morreu queimado em seupróprio castelo?R: Zinri. I Reis 16-18.

II REIS70. Onde se lê na Bíblia a morte de um grupo de rapa-zes por terem zombado de um servo do Senhor, cha-mando-o de careca?R: II Reis 2-23,24.

71. Quem morreu de dor de cabeça?

R: O filho da mulher de Suném. II Reis 4-17,18,19,20.

72. Quem foi a 1ª pessoa na Bíblia que realizou o mi-

lagre da multiplicação de pães?R: Eliseu. II Reis 4-42,43,44.

73. Quem fez o ferro flutuar na água?

R: Eliseu. II Reis 6-6.

74. Qual o nome que deram à serpente de bronze le-vantada por Moisés no deserto?R: Neustã.II Reis 18-4.

75. Quem, pela oração, teve sua vida aumentada por 15anos?R: Rei Ezequias. II Reis 20-1,2,3,4,5,6.

76. Qual o rei que adivinhava pelas nuvens, praticava

feitiçaria e queimou o seu filho em sacrifício?R: Manassés, rei de Judá. II Reis 21-6,11.

I CRÔNICAS77. Por que Rubens, o filho mais velho de Jacó, perdeua sua primogenitura?R: Por ter profanado o leito do seu pai. I Crônicas 5-1.

78. Qual o nome da mulher fundadora de duas cida-des?R: Seerá. I Crônicas 7-24.

79. Por que o rei Saul morreu?R: Por causa da sua transgressão contra o Senhor, pornão ter guardado a Palavra do Senhor e por ter consul-tado uma necromante. I Crônicas 10-13,14.

80. Quem perdeu a vida por ter tocado na arca deDeus?R: Uzá. I Crônicas 13-9,10.

81. Quem recebeu a visita de um anjo quando debu-lhava trigo?

R: Ornã. I Crônicas 21-20.82. Qual homem que, além de profetizar, regia os seus6 filhos com harpas em ações de graças e louvores aoSenhor ?R: Jedutum. I Crônicas 25-3.

II CRÔNICAS83. Quais as 3 festas anuais que a Lei Mosaica estabe-lecia e o rei Salomão obedecia ?R: Festa dos Pães Asmos, Festa das Semanas (Pente-costes) e Festa dos Tabernáculos. II Crônicas 8-13.

84. Qual o profeta que foi esbofeteado?R: Micaías. II Crônicas 18-23,24.

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Noções de Bibliologia 66

Noções de Bibliologia Página 66

ESDRAS85. Onde se lê que o barulho do choro não era ouvido,porque os gritos de alegria eram maiores?

R: Esdras 3-12,13.

ESTER86. Quais os nomes dos 3 reis citados na Bíblia, quetiveram insônia ?R: Assuero, rei da Pérsia - Ester 6-1,2 ; Nabucodono-sor, rei da Babilônia - Daniel 2-1 e Dario, rei da Pérsia- Daniel 6-18.

87. Quem morreu pelo instrumento que pretendia ma-tar seu inimigo?R: Hamã. Ester 7-10.

JÓ88. Qual o nome do servo de Deus que teve seus filhosmortos por um tufão?R: Jó. Jó 1-18,19.

89. Quem chamou os médicos de mentirosos?R: Jó. Jó 13-4.

90. Que personagem bíblico que se vestia de justiça eera pai dos necessitados?R: Jó. Jó 29-14,16.

91. Qual a ave, citada na Bíblia, que trata os seus filhoscomo se não fossem seus?R: A avestruz. Jó 39-13,14,15,16.

SALMOS92. Quais os 2 salmos que são idênticos ?R: Salmo 14 e Salmo 53.

93. Qual é o versículo que se encontra no meio da Bí-blia?

R: Salmo 118-8.PROVÉRBIOS95. Onde se lê que o coração alegre é bom remédio?R: Provérbios 17-22.

ECLESIASTES96. Onde se lê que a mágoa é melhor que o riso?R: Eclesiastes 7-3.

ISAÍAS97. Qual rei que teve o seu coração agitado como árvo-

res no bosque?R: Rei Acaz. Isaías 7-2.

98. Onde se lê que o lobo, o cordeiro e o leão comerãopalha juntos?R: Isaías 65-25.

JEREMIAS99. Qual a mãe animal que abandona suas crias porfalta de água?R: Veada. Jeremias 14-4,5.

100. Que falso profeta lutou contra um profeta de Deuse morreu naquele mesmo ano por sua rebeldia contra oSenhor?R: Hananias. Jeremias 28-15,16,17.

101. Qual o profeta mentiroso que Deus disse que nãoteria mais descendentes e não veriam o bem que Ele

iria fazer?R: Semaías. Jeremias 29-31,32.

102. Onde a Bíblia compara o coração dos valentescom o coração da mulher que está com dores de parto?R: Jeremias 49-22.

103. Que profeta escreveu um livro falando dos malesque aconteceriam a uma determinada cidade? Qual onome da cidade e qual o nome do rio dessa cidadeonde o livro deveria ser lançado, após sua leitura emvoz alta?R: Jeremias. Babilônia e rio Eufrates. Jeremias 51-60,61,62,63,64.

104. Qual o nome do 1º aposentado da Bíblia?R: Rei Joaquim. Jeremias 52-33,34.

EZEQUIEL105. Quem recebeu uma ordem de Deus de usar umabalança para fazer um penteado?R: Filho do homem, isto é, Ezequiel. Ezequiel 5-1.

106. Que profeta a quem Deus determinou que profeti-zasse contra Israel?R: Ezequiel. Ezequiel 21-1,2,3.

107. Onde se lê na Bíblia que o Senhor ficou a favorda Babilônia e contra o povo do Egito?R: Ezequiel 30-25.

DANIEL108. Qual o rei que teve suas unhas crescidas como asdas aves?R: Nabucodonosor, rei da Babilônia. Daniel 4-33.

109. Quem perdeu o sono por causa de um jejum?R: Rei Dario. Daniel 6-18.

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Noções de Bibliologia 67

Noções de Bibliologia Página 67

110. Que rei mandou matar um servo de Deus e depoisnão conseguiu comer nem dormir?R: Rei Dario. Daniel 6-16 a 19.

OSÉIAS111. Qual o povo foi comparado a uma vaca rebelde?R: O povo de Israel. Oséias 4-16.

112. Qual o povo que iria tremer de medo por causa deum simples bezerro?R: O povo de Samaria. Oséias 10-5.

113. Qual o rei que foi comparado a um pedaço demadeira na superfície da água?R: O rei de Samaria. Oséias 10-7.

AMÓS114. De onde eram as mulheres que oprimiam pobres einduziam os seus maridos a beberem e a que animalelas foram comparadas?R: Basã. Vaca. Amós 4-1.

115. Quem, em visão, contemplou o Senhor com uminstrumento de pedreiro na mão?R: Amós. Amós 7-7,8.

116. Onde lemos na Bíblia que Israel passou 3 mesessem chover ?R: Amós 4-7.

MIQUÉIAS117. Onde se lê que os sacerdotes ensinavam por inte-resse e os profetas adivinhavam por dinheiro?R: Miquéias 3-11.

ZACARIAS118. Qual a frase que será gravada nos apetrechos doscavalos no dia do Senhor?

R: Santo ao Senhor. Zacarias 14-20.MATEUS119. Quais os nomes dos 12 discípulos de Jesus?R: Simão Pedro, André, Tiago (filho de Zebedeu),João, Filipe, Bartolomeu, Tomé, Mateus, Tiago (filhode Alfeu), Judas Tadeu, Simão (o Zelote) e Judas Isca-riotes. Mateus 10-2,3,4.

MARCOS120. Quem foi a 1ª pessoa para a qual Jesus apareceuapós a sua ressurreição?

R: Maria Madalena. Marcos 16-9.

LUCAS

121. Quem ficou mudo após falar com um anjo?R: Zacarias. Lucas 1-18,19,20.

122. Quem disse que não morreria sem conhecer o

Cristo?R: Simeão. Lucas 2-25,26.

123. Onde se encontram na Bíblia os 4 pontos cardeais?R: Lucas 13-29 e Gênesis 13-14.

124. Qual é a única pessoa de quem diz as Escriturashaver subido em uma árvore ?R: Zaqueu. Lucas 19-4.

125. Onde se lê na Bíblia que Jesus escreveu ?

R: João 8-6,7,8.

126. Em quais idiomas foi escrito o título "Jesus Naza-reno, o Rei dos Judeus", colocado em cima da cruz deCristo ?R: Hebraico, latim e grego. João 19-19,20.

ATOS127. Qual acontecimento extraordinário que foi vistopor todos os habitantes de Lida e Sarona ?R: Enéias, homem que era paralítico havia oito anos,foi curado por Pedro. Atos 9-33,34,35.

128. Onde os discípulos foram chamados cristãos pelaprimeira vez ?R: Em Antioquia. Atos 11-26

129. Qual o profeta que previu uma grande fome nosdias do Imperador Romano Cláudio ?R: Ágabo. Atos 11-27,28.

130. Quais os personagens bíblicos que foram chama-dos por nome de planetas ? Quais os nomes dos plane-

tas ?R: Barnabé foi chamado de Júpiter e Paulo, de Mercú-rio. Atos 14-12.

131. Quem foi a 1ª mulher convertida na Europa peloapóstolo Paulo ?R: Lídia. Atos 16-14.

132. Qual o profeta que através de um cinto, previu aprisão do dono do cinto?R: Ágabo. Atos 21-10,11.

133. Quem foi professor do apóstolo Paulo ?R: Gamaliel. Atos 22-3.

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Noções de Bibliologia 68

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134. Onde se lê na Bíblia que mais de 40 homens jura-ram não comer nem beber até matar uma pessoa equem era esta pessoa ?R: Atos 23-12,13,14. Paulo.

135. Qual dos apóstolos foi mordido por uma cobra,porém não sofreu mal nenhum ?R: Paulo. Atos 28-3,5.

ROMANOS136. Qual o nome das 3 mulheres, mencionadas peloapóstolo Paulo, que muito o ajudaram na causa doSenhor ?R: Trifena, Trifosa e Pérside. Romanos 16-12.

137. Quem escreveu a carta de Paulo aos Romanos ?

R: Tércio. Romanos 16-22.

I TESSALONICENSES138. Onde se lê que não se deve apagar a luz do Espíri-to Santo ?R: I Tessalonicenses 5-19.

I TIMÓTEO139. Quantas vezes na Bíblia é encontrada a palavraimortal ?R: Uma vez. I Timóteo 1-17.

140. Quais os nomes dos 2 homens que o apóstoloPaulo entregou a Satanás para serem castigados ?R: Himeneu e Alexandre. I Timóteo 1-20.

TIAGO141. Quem foi chamado de "amigo de Deus" ?R: Abraão. Tiago 2-23.

APOCALIPSE142. Na visão de Jesus glorificado que João teve, o quesignificavam as 7 estrelas e os 7 candeeiros ?

R: 7 candeeiros = 7 igrejas da Ásia e 7 estrelas = 7anjos das igrejas. Apocalipse 1-20.

143. Onde se lê que um homem recebeu ordem paranão chorar ?R: Apocalipse 5-5.

GERAL143. Quem profetizou que a luz da lua seria tão bri-lhante quanto a do sol ? - Isaias 30:26

144. Onde é mencionada uma rede de dormir ? - Isaías

24:20 (SBB)

145. Quem queimou uma víbora viva ? - Atos 28:3,5

146. Quantos conveses havia na arca de Noé ? - Gêne-sis 3:16

147. Quem fez um machado de ferro flutuar ? - II Reis6:5,7

148. Qual o pai de dois filhos que foi também o seuavô ? - Gênesis 19:36-38

149.De quem a respiração era semelhante ao aromadas maçãs ? - Cantares 7:1-8

150. Quem descobriu fontes termais no deserto ? -Gênesis 36:24

151. Qual a única referência da bíblia a anões ? - Leví-tico 21:20

152. Qual o livro da bíblia que não contém o nome deDeus ? - O livro de Ester

153. Qual o salmo mais curto ? - Salmos 117

154. Onde se diz, na Bíblia, que é difícil domesticarum boi selvagem ? - Jó 39:9-12

155. Onde são descritos os espirros do crocodilo ? - Jó41:18

156. Quais os dois lugares em que são mencionadospavões ? - IRs 10:22,IICr 9:21

157. Que homens tinham rostos semelhantes a leões ? -I Crônicas 12:8

158. Onde há pena de morte prescrita para um animal ?- Êxodo 21:28

159. Onde se fala da planta do pé da pomba ? - Gêne-sis 8:9

160. Quem comeu carne de vitela preparada por umafeiticeira ? - I Samuel 28

161. Quem é o único escritor da Bíblia que menciona oestômago ? - Juízes 1:7

162. Quem comeu o próprio filho ? - II Reis 6:29

163. Quem comeu um livrinho e teve indigestão ? -

Apocalipse 10:10

164. Os Apóstolos de Jesus: SAIBA QUAL O

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Noções de Bibliologia 69

Noções de Bibliologia Página 69

DESTINO DE CADA UM

166. Abraão oferece Isaque - Gênesis 22

167. Davi e Golias - I Samuel 17

168. Sansão e Dalila - Juízes 16

169. Adão e Eva são tentados - Gênesis 3

170. José e sua túnica - Gênesis 37

171. Noé entra na arca - Gênesis 7

172. A estória de Davi - I e II Samuel

173. O Novo Testamento foi originalmente escrito emGrego e o Velho Testamento foi escrito em Hebraico.

174. Nenhum dos livros da Bíblia recebeu qualquertítulo na época em foram escritos. Os títulos dos 66livros vieram muitos anos depois que os livros já esta-vam circulando

175. Saduceus (Mc. 12.18). Era uma classe religiosaque não acreditava em ressurreição. Também não cri-am na existência de anjos e deus pagãos. nos temposde Jesus, os saduceus em Jerusalém eram uma minoria,entretanto tinham mais poder político e religioso doque a maioria da população.

176 Aos tempos do Novo Testamento, cerca de 50%da população de Roma era formada de escravos. Como já dissemos, ela tinha mais de 1milhão e meio de habi-tantes. A grande maioria de todos os crentes de Romaera de escravos

177 Gólgota ou Calvário (João 19.17). Literalmentesignifica "caveira". É o nome do lugar onde Jesus foi

crucificado. Tinha este nome porque ali ficavam joga-dos os ossos de algumas das pessoas que eram crucifi-cadas. Quando pensavam neste lugar, só lembravamdas caveiras que tinham sido deixadas lá..

178 A Babilônia, famosa por sua crueldade e poder nostempos do Velho Testamento, fica situada num desertoque está dentro dos limites do Iraque (terra de SaddanRussein). O mais espantoso é que o governo do Iraqueestá trabalhando para reedificar a antiga Babilônia.

179 As Epístolas (cartas) do Novo testamento foram

escritas antes dos Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucase João). Estas epístolas foram escritas pelos apóstolos.Depois que eles e todas as pessoas que tinham conhe-

cido a Jesus morreram, não havia mais ninguém paracontar as histórias sobre a vida de Jesus. Por isso entãoforam escritos os Evangelhos, para que tudo o queJesus fez e ensinou fosse preservado para sempre. Vo-

cê sabia? Confiram em Lucas cap. 1 versículos 1 a 4.

180 Thiago ou Jacó. Este nome vem do hebraico Ya-qôbh (Jácó), que em grego é Iakobos (Thiago) e noinglês é James. De acordo com Vila & Escuan, estenome significa "usurpador"

181 Corinto era uma importante cidade Grega aostempos do Novo Testamento. Nessa época era umacidade com cerca de 600 mil habitantes. Era uma me-trópole com várias religiões. Ali havia adoração a to-dos os deuses. O principal culto praticado nesta região

era a adoração à Afrodite (deusa do amor erótico - edaí vem a palavra afrodisíaco). Quando Paulo chegouali, muitas vidas que estavam cansadas do pecado en-tregaram suas vidas ao Senhor Jesus, e a partir dissouma grande igreja começou a nascer naquela grandecidade

182 Escribas (Mt. 23.2). Tinham esse nome porqueescreviam (copiavam) os escritos bíblicos numa épocaem todas as cópias tinham que ser feitas à mão. Detanto copiarem o Velho Testamento, eles acabaram setornado grandes conhecedores dos escritos bíblicos,por isso também eram chamados de "doutores da Lei".Muitos escribas se converteram ao Senhor Jesus, mas amaioria era contra o Cristianismo e por isso foramduramente criticados por Jesus.

183 Evangelho (Mc. 1.1). Essa palavra significa lite-ralmente "Boa Notícia", mas muitas vezes, nos textosbíblicos, ela significa a história do ministério de Jesus,isto é, suas obras, sua morte e ressurreição. Assim,"crer no Evangelho" é crer que a vida, morte e ressur-reição de Jesus são poderosos para mudar os rumos da

nossa vida mesmo nos dias de hoje.184 O primeiro livro do Novo Testamento foi escritocerca de 400 anos depois do último livro do VelhoTestamento. Neste período de 400 anos foram escritosalguns livros não inspirados por Deus conhecidos por"apócrifos", que são justamente os livros excedentes dabíblia católica.

185 Publicanos (Mt. 9.11). Eram funcionários públi-cos, mais especificamente "cobradores de impostos".Os publicanos eram detestados pelo povo, pois cobra-

vam impostos muito acima do que o Império Romanohavia estipulado

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Noções de Bibliologia 70

Noções de Bibliologia Página 70

186 Tiago foi o primeiro livro do Novo Testamento aser escrito, e muitos acreditam que sua escrita tenhaocorrido entre 45 e 48 d.C. Os Evangelhos (Mateus,

Marcos e Lucas) só foram escritos pelo menos 10 anosdepois de Tiago. E o Evangelho de João só foi escritoquase 45 anos depois de Tiago.

187 Davi. Esse nome significa "amado" (J. Davis -p.149). Foi o nome do mais importante rei da históriade Israel. Uma variação desse nome é "Davidson" (eminglês, "filho de David").

188 Voto (Salmo 116.14). Significa promessa, com-promisso, pacto ou acordo que alguém faz com al-guém. Normalmente os personagens do Antigo Testa-

mento faziam votos (promessas) a Deus, para que Elelhes abençoasse em algum empreendimento ou neces-sidade particular. Uma pessoa que faz votos mas nãocumpre é uma pessoa infiel, e por isso deve pensarmuito bem antes de prometer alguma coisa a Deus.

189 "BÍBLIA" vem do grego "Biblion" (que significa"livro"). O plural de "biblion" é BÍBLIA (que significasimplesmente "LIVROS).

190 Durante anos, os céticos declararam que MOISÉSnão poderia ter escrito a primeira parte da Bíblia por-que a escrita era desconhecida na época (1500 A.C). Aciência da arqueologia provou desde então que a escri-ta já era conhecida milhares de anos antes dos dias deMoisés. Os sumérios já escreviam cerca de 4000 A.C.,e os egípcios e babilônios quase nessa mesma época.

191 Judeu (Rm. 1.16). Este era o nome do povo quevivia numa tribo de Israel chamada JUDÁ. Com opassar do tempo todos os israelitas passaram a serchamados de "judeus", pois hoje a nação de Israel ocu-pa apenas a região que era ocupada pela tribo de Judá.

Se alguém tem descendência judaica, então é um ju-deu, mesmo que venha a nascer em outro país.

192 Os Salmos 14 e 53 são um só. O Salmo 53 é ape-

nas uma cópia do 14. A única diferença entre eles éque as palavras no Salmo 14 estão distribuídas em seteversículos, e no Salmo 53 estão distribuídas em seisversículos

193 O idioma que Jesus falava era o aramaico. Sim ,esta era a língua praticada na Judéia e na Galiléia dostempos de Jesus. O Hebraico - idioma dos hebreus(judeus) descaracterizou-se em anos anteriores aostempos do Novo Testamento e desta descaracterizaçãoé que surgiu o aramaico, o idioma que Jesus e seusdiscípulos falavam

194 Aba (Mc. 14.36). Esta é uma palavra aramaica quesignifica simplesmente "pai". Quando na oração Jesusdisse "aba", o autor do livro estava apenas informando

qual foi a palavra exata que saiu da boca de Jesus.

195 Lucas e Atos provavelmente são os únicos livrosda Bíblia que não foram escritos por israelitas. O mé-dico Lucas (Cl. 4.14) é o autor desses dois livros. To-dos os autores dos livros bíblicos têm origem israelita,menos Lucas. Ele era grego e não tinha qualquer des-cendência israelita. Também, ao contrário do que mui-tos imaginam, não tinha sido discípulo de Jesus

196 Igreja (Mt. 16.18). Esta palavra ocorre 109 vezesna Bíblia, mas não aparece nenhuma vez no AntigoTestamento. É a tradução da palavra grega "eklesia" esignifica "chamados para fora". O conceito exato é queigreja é um povo que Jesus comprou com Seu sangue.A igreja não tem nome, nem endereço, nem cor, nemtribo, nem nação. Ela não é uma instituição com tem-plos, organizações, etc. A igreja são as pessoas, o povode Deus.

197 Apocalipse significa revelação. No grego tem amesma raiz do verso "apocalipto", que significa "tirar

o véu". O último livro da Bíblia tem este nome porquese propõe revelar as coisas que estão encobertas paraos últimos dias

9. Os livros Apócrifos

LIVROS APÓCRIFOS (CURIOSIDADES) Apócrifos = ―escritos escondidos‖, no grego. 

Os livros de nosso Antigo Testamento (versão ―evangélica‖), embora em ordem diferente, são idênticos aos livrosdas Escrituras hebraicas (utilizadas pelos judeus até hoje), no total de 39 livros.

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Noções de Bibliologia 71

Noções de Bibliologia Página 71

Há, porém 14 livros contidos em algumas Bíblias, entre os 2 Testamentos. Originaram-se do 3 º ao 1º Século A.C., amaioria dos quais de autores incertos, e foram adicionados á Septuaginta, tradução grega do Antigo Testamento feitanaquela período.

Detalhes sobre estes livros:

1) Não foram escritos no ANTIGO TESTAMENTO (Antigo Testamento) hebraico.2) Foram produzidos depois de terem cessado as profecias e revelação direta do ANTIGO TESTAMENTO3) A maioria destes livros originaram-se fora da Palestina.4) Josefo, um dos maiores historiadores judeus, que viveu na época da Igreja Primitiva, rejeitou-os totalmente.5) Não foram reconhecidos pela Igreja Primitiva como sendo de autoridade canônica, nem de inspiração divina.6) Nunca foram reconhecidos pelos judeus como parte das Escrituras hebraicas.7) Nunca foram citados por Jesus, nem por ninguém mais no NOVO TESTAMENTO (Novo Testamento).A Igreja Romana, no Concílio de Trento, de 1546, realizado para deter o movimento da Reforma, declarou canôni-

cos tais livros, que ainda figuram na Versão de Matos Soares, etc. (Bíblica Católica Romana).Os livros são os seguintes: 1 e 2 Esdras, Tobias, Judite, complemento de Ester, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico,

Baruque, Cântico dos Três Moços, História de Susana, Bel e o Dragão, Oração de Manassés, 1 e 2 Macabeus.Fonte: Manual Bíblico, de H.H.Haley (Ed. Vida Nova) 

LIVROS APÓCRIFOSA palavra ―Apócrifo‖ significa oculto, e com toda probabilidade foi o termo primitivamente utilizado por certas

seitas a respeito de livros seus, que eram guardados para o seu próprio uso.O termo Apócrifo é, agora, restritivo aos livros não-Canônicos. Posteriormente, o vernáculo apócrifos era aplicada

aos livros expúrios.Vejamos alguns:

III de Esdras: trata dos fatos históricos desde o tempo de Josias até Esdras, sendo a maior parte da matéria ti-rada dos livros das crônicas, de Esdras e de Neemias. Foi escrito, talvez, no 1º século depois de Cristo;

IV de Esdras: Uma série de visões e profecias, especialmente, apocalípticas, que Esdras anunciou. É do fim do1º século depois de Cristo;

Tobias: Uma narrativa lendária, interessante pelo conhecimento dos costumes dos antigos tempos de Aicar.

Cerca do princípio do 2º século depois de Cristo;Judite: Uma história a respeito de serem libertados os judeus do poder de Holofernes, General persa, pela co-ragem da heroína Judite. Foi escrito cerca de meados do 2º século depois de Cristo;

Ester: Capítulos adicionais à obra canônica. È talvez, do 2º séculodepois de Cristo;

Sabedoria de Salomão: livro escrito um pouco no estilo do livro deprovérbios, sendo precioso por estabelecer o contraste entre a verdadeirasabedoria e o paganismo. A data de seu aparecimento deve ser entre o anocinqüenta antes de Cristo e dez depois de Cristo;

Eclesiástico; ou sabedoria de Jesus, filho de Siraque: È uma coleçãode ditos prudentes e judiciosos em forma muito semelhante ao livro de pro-vérbios. Foi escrito primitivamente em hebraico, cerca do ano Cento e oiten-

ta a cento e setenta e cinco antes de Cristo, e traduzido em grego depois decento e trinta e dois antes de Cristo. A maior parte do original hebraico foidescoberta entre os anos mil oitocentos e noventa e seis e mil e novecentos;

Baruque: uma pretensa profecia feita por Baruque na babilônia, comuma epistola ao mesmo Baruque por Jeremias. Provavelmente é um escritopor volta do 2º século depois de Cristo;

Adições à historia de Daniel: Isto é:o  O Cântico dos três jovens (Benedicite, com uma introdução);o  A história de Suzana, representando Daniel como justo Juiz;o  Bel e o Dragão, em que Daniel mostra a loucura do paganismo. Há pouca base para determinar a data destas

adições.

Oração de Manassés, rei de Judá, no seu cativeiro da babilônia. A data é desconhecida.Primeiro livro dos Macabeus, narrando os fatos da revolta macabeana que se deu no ano cento e sessenta e se-te antes de Cristo. Foi escrito por volta do ano oitenta antes de Cristo;

A palavra “Apó-

crifo” significa oculto,

e com toda probabili-

dade foi o termo pri-

mitivamente utilizado

por certas seitas a res-peito de livros seus,

que eram guardados

para o seu próprio uso.

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Noções de Bibliologia 72

Noções de Bibliologia Página 72

Segundo livro dos Macabeus, assunto semelhante, porém mais legendário e homilético. Há também, o terceirolivro dos Macabeus, que é, segundo parece, uma historia fictícia do ano duzentos e dezessete antes de Cristo, tratandodas relações do rei Egípcio, Ptolomeu IV com os judeus da Palestina e de Alexandria. Data incerta, mas antes de se-tenta depois de Cristo. Existe ainda o quarto livro dos Macabeus, que é um ensaio homilético, feito por um judeu de

Alexandria, conhecedor da Escola Estóica, sobre a matéria contida no Segundo livro dos Macabeus. É. Talvez, do 1ºSéculo depois de Cristo. Ainda que os livros Apócrifos estejam compreendidos na versão dos setenta, nenhuma cita-ção certa se faz deles no Novo Testamento. É verdade que os Pais muitas vezes os citaram isoladamente, como sefossem escritura sagrada, mas, na argumentação, eles distinguiam os Apócrifos dos livros canônicos. São Jerônimo,em particular, no fim do quarto século depois Ed Cristo, fez entre estes livros uma claríssima distinção. Para defender-se de ter limitado a sua tradução latina aos livros do Cânon hebraico, ele disse: ―Qualquer livro, além destes, deve ser contado entre os Apócrifos‖, santo Agostinho, porém trezentos e cinqüenta e quatro e quatrocentos e trinta depois deCristo que não sabia hebraico, juntava os apócrifos com os Canônicos como para diferenciá-los dos livros heréticos.Infelizmente, prevaleceram as idéias deste escritor, e, ficaram, os livros apócrifos na edição oficial (a vulgata) daIgreja Ed Roma. O concílio de Trento, mil quinhentos quarenta e seis, aceitou ―todos os livros (...) com igual senti-mento e reverência‖. E anatematizou os que não os consideravam de igual modo. A Igreja Anglicana, pelo tempo dareforma, nos seus trinta e nove artigos (1563 e1571), seguiu precisamente a maneira de ver São Jerônimo, não julgan-

do os Apócrifos como livros das santas escrituras, mas aconselhando a sua leitura ―para exemplo de vida e instruçãode costumes.

Livros pseudo-epígrafos. Nenhum artigo sobre os livros apócrifos pode omitir estes inteiramente, porque deano para ano está sendo mais compreendida a sua importância. Chamam-se Pseudo-Epígrafos, porque se apresentamcomo escritos pelos Santos do Antigo Testamento. Eles são amplamente apocalípticos, e representam esperanças eexpectativas que não produziram boas influências no Primitivo Cristianismo.

o  Entre eles, podem mencionar-se o Livro de Enoque (Etíope), que é citado em Judas 14. Atribui-se várias da-tas pelos últimos dois séculos da era cristã.

o  Os segredos de Enoque (eslavo), livro escrito por um judeu helenista, ortodoxo, na primeira metade do pri-meiro século depois de Cristo.

o  O Livro dos Jubileus (dos Israelitas), ou o Pequeno Gênesis, tratando de uma forma imaginária e legendáriaescrito por um fariseu entre os anos de cento e trinta e cinco e cento e cinco antes de Cristo.

o  Os Testamentos dos Doze Patriarcas: É este livro um alto modelo de ensino moral. Pensa-e que o original he-braico foi composto nos anos 109 a 107 AC, e a tradução grega, em que a obra chegou até nós, foi feita antes do ano50dc.

o  Os oráculos Sibilinos, livros III-V: Descrições poéticas das condições passadas e futuras dos judeus; a partemais antiga é colocada cerca de 140 AC, sendo a porção mais moderna do ano 80 da nossa era, pouco mais ou menos.

o  Os salmos de Salomão, entre 70 e 40 AC;o  As odes de Salomão, cerca do ano cem da nossa Era (tempo), são provavelmente escritos cristãos.o  O apocalipse Ciríaco de Baruque (II Baruque), 60 a cem dc.o  O apocalipse grego de Baruque (III Baruque), do segundo século da nossa Era;o  A Assunção de Moisés 7 a 30 dc.o  A Ascensão de Isaías, do primeiro século ou do segundo século dc.

Os livros Apócrifos do Novo Testamento. Sob este nome são algumas vezes reunidos vários escritos cristãosde primitiva data, que pretendem dar novas informações acerca de Jesus Cristo e seus Apóstolos, ou novas instruçõessobre a natureza do cristianismo em nome dos primeiros cristãos. Entre os evangelhos apócrifos podem mencionar-se:o evangelho segundo os hebreus (há fragmentos do segundo século);

o  O Evangelho Segundo São Tiago, tratando do nascimento de Maria e de Jesus (segundo século);Ainda que casualmente algum livro não-Canônico se ache apenso a manuscritos do Novo Testamento, esse fa-

to é, contudo, tão raro que podemos dizer que, na realidade, nunca se tratou seriamente de incluir qualquer deles noCânon

o  Os Atos de Pilatos.o  Atos, os de Paulo e Tecla (segundo século);o  Atos de Pedro (terceiro século);o  Epístolas, a de Barnabé (fim do século primeiro);o  Apocalipses, o de Pedro (segundo Século);

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Noções de Bibliologia 73

Noções de Bibliologia Página 73

10. A Bíblia por Ela MesmaComo nós, cristãos, sabemos, a Bíblia é:

A Palavra de Deus – Sl 33.4;A Verdade – Jo. 17.17;

Completa – Ap. 22.18,19;Eterna – Is. 40.8;Inspirada – II Tm. 3.16;Obra do Espírito Santo – II Ped. 1.21;Escrita por ordem divina – Jr. 36.1,6;Alimento – Mt. 4.4; Dt. 8.3;Mais prezada que o próprio alimento – Jó. 23.12;Mais doce que o mel – Sl. 119.103;Fonte de alegria – Jr. 36.1-6;O leite racional – I Ped. 2.2;Lâmpada e luz – Sl. 119.105;

Divinamente inspirada – I Ped. 1.21;Alimento desejado – Jr. 15.16; Ez. 3.1,3; Ap. 10.6,10;Absolutamente digna de confiança – I Rs. 8.56; Mt. 5.18;Pura – Sl. 19.8; 119.140;Santa, Justa e Boa – Rm. 7.12;Perfeita – Sl. 19.7; Rm. 12.2;Verdadeira – Sl. 119.142;Eterna Sl 119.89; Mt. 24.35;Etc..

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Noções de Bibliologia 74

Noções de Bibliologia Página 74

Questionário 

Responda as seguintes perguntas acerca do Tema Noções de Bibliologia. Este questionário contém alguns subsí-

dios a ser utilizados na nossa prova.1.  O que significa Testamento?

2.  Quais as palavras, na Bíblia, traduzidas por Testamento?

3.  Quantos Livros Há no Velho Testamento?

4.  Quantos Livros Há no Novo Testamento?

5.  Em quantos anos foi escrito Velho Testamento?

6.  Em quantos anos foi escrito Novo Testamento?

7.  Quantos foram os anos de silêncio (Período Interbíblico)?

8.  Em Quais Livros da Bíblia Jesus Esta Presente;

9.  O que significa Apócrifo?

10.  Quais as Traduções mais antigas da Bíblia?

11.  Quais os Livros do Pentateuco?

12.  Quais os Livros Históricos?

13.  Quais os Livros Poéticos?

14.  Quais os Livros Proféticos

15.  Quais os Livros Biográficos? Quais são os sinóticos?

16.  Qual é o Livros Histórico do Novo Testamento?

17.  Quais as Epístolas Paulinas? Quais São as Pastorais? Quais as de prisão?

18.  Quais as Epístolas Católicas ou Universais?

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Noções de Bibliologia 75

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19.  Quem escreveu a Epístola aos Hebreus?

20.  Qual é o livro Profético do Novo Testamento?

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Noções de Bibliologia 76

Noções de Bibliologia Página 76

Questionário 2

Medite nos textos bíblicos abaixo e responda com suas próprias palavras.

1. Quem foi que escreveu a Bíblia? II Pedro 1.21 2. Qual é o tema central da Bíblia? 

Jo 5.39 compare com Mt 20.28 3. Como a Bíblia que é a Palavra de Deus age? 

Sl 119.15Sl 119.72Sl 119.103Tg 1.23Hb 4.12Jr 23.29Is 55.10

Lc 8.11Dt 8.3Ef 5.23

 4. Conhecimentos bíblicos. 4.1. O que quer dizer a palavra Bíblia?4.2. Encontramos a palavra Bíblia, na própria Bíblia?4.3. Aproximadamente, quantos autores escreveram a Bíblia?4.4. Em quantas línguas a Bíblia foi escrita?4.5. Como está dividida a Bíblia?4.6. Quantos livros têm o Velho Testamento?4.7. Quantos livros têm o Novo Testamento?4.8. Quanto tempo demorou para se formar a Bíblia?4.9. Como podemos classificar o VT?4.10. Como podemos classificar o NT?4.11. O Velho Testamento está relacionado como o Novo? Por que?

 5. O que é revelação? 5.1. O que é revelação geral? Cite versículos da Bíblia!5.2. O que é revelação especial? Cite versículos da Bíblia!

6. O que é inspiração? 6.1. Como a inspiração se revela? Comprove com a Bíblia!

7. O que é Iluminação? 8. Por que é de suma importância orar antes de ler a Bíblia? 

Jo 14.26

 9. Por que devemos praticar a Palavra de Deus? Mt 7.24-25 compare com Tg 1.22-25

ConclusãoEste é o livro mais polêmico de todos os tempos, porém é fonte de esperança, não só para os que nele crêem, mas

também a todos os que vierem a crer na palavra de Deus.

Bibliografia Consultada e Recomendada

Heresiologia, EETAD, 1994;Bíblia sagrada. ARC, 1987;

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Noções de Bibliologia 77

Noções de Bibliologia Página 77

Bíblia sagrada. ARA, 1993;Arante, Janildo da Silva e Queiroz, Anderson Raulino. O Caminho do Justo. Ágape Estudos Bíblicos. No-

vembro de 1996;Buckland, A. R.. Glossário Bíblico Universal. 2 ed. . Vida,USA, 1998. (traduzida por Joaquim dos santos Fi-

gueiredo);Colaboração: Walney Lopes Cosmo e Josué dos Santos Barbosa.www.teologia.org.br/biblia/abiblia.htmwww.EBDONLINE.com.br  ZANL,UCA Júlio César. CURSO NOVO TESTAMENTO.   Reprodução permitida, desde que de forma

 gratuita e citando-se a fonte 

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Noções de Bibliologia 78

Noções de Bibliologia Página 78

APÊNDICE

GLOSSÁRIO

ALGUNS TERMOS IMPORTANTES:

MANUSCRITOS: Conforme o próprio nome sugere significa "Escritos à mão"; São rolos ou livros da antiga lite-ratura.

PAPIRO: Era uma planta aquática que crescia junto aos rios, lagos e banhados do Oriente da casca dessa planta sefaziam às folhas para os manuscritos, e estas eram de 15 a 27 cm de cumprimento; as tiras extraídas do papiro eramcoladas uma a outra até formarem um rolo de qualquer extensão; de papiro derivou-se a nossa palavra papel.

PERGAMINHO: É a pele de animais curtida e polida utilizada na escrita; é uma material de qualidade superior aopapiro. A origem do pergaminho: Do latim pergamina, de Pergamo. "Segundo Plínio, o nome pergaminho teve origemcom o que aconteceu ao rei de Pérgamo, Eumenis II, em 160 AC. Este rei planejou formar uma biblioteca maior que ade Alexandria, no Egito". O rei desse país, por inveja, proibiu a exportação de papiro para Pérgamo, obrigando Eume-

nis a recorrer ao processo de preparar peles para escrita. Isto promoveu o surgimento de um novo método de prepará-las tão aperfeiçoado que a cidade-estado deu o nome ao pergaminho (2 Tm 4.13).

FORMATO PRIMITIVO DA BÍBLIA: A Bíblia foi originalmente escrita em forma de rolos, sendo cada livroum rolo.

O VOCÁBULO BÍBLIA: Literalmente significa "Coleção de livros pequenos"; é um vocábulo grego, derivado donome que os gregos davam ás folhas do papiro preparadas para a escrita "biblos"; um rolo de papiro de tamanho pe-queno era chamado "biblion" e vários destes, era uma Bíblia.

CÂNON: É uma palavra grega e significa literalmente "Vara reta de medir"; no sentido religioso Cânon não signi-fica aquilo que mede, mas aquilo que serve de regra ou norma.

ESCRITURAS CANÔNICAS: É a coleção completa dos livros divinamente inspirados, constituindo a Bíblia.TORÁ: Nome dado pelos judeus aos livros da Lei; os cinco primeiros livros da Bíblia, também conhecidos como

"O Pentateuco".PENTATEUCO: É a junção das palavras PENTA = CINCO + TEUCO = VOLUMES, logo, Pentateuco significa

cinco volumes, referindo-se aos cinco primeiros livros da Bíblia.APÓCRIFOS: Apócrifo do grego = OCULTO - Sem inspiração divina. A Bíblia protestante tem 66 livros, 7 a

menos que a Bíblia católica. Os livros de Baruc, Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, 1º e 2º Macabeus e parte doslivros de Ester e Daniel fazem parte da Bíblia Católica; os mesmos não constam na bíblia protestante. Razões teológi-cas e históricas levaram os judeus - e depois os protestantes - a considerar esses livros como livros apócrifos.

COMPOSIÇÃO DA BÍBLIA: A Bíblia é composta de dois testamentos; são eles, o "Antigo e o Novo Testamen-to". O Antigo Testamento contém os livros sagrados dos judeus, isto é, a "coleção das escrituras que o povo hebreu foiacumulando desde o tempo de Moisés até cerca de um século antes de Jesus Cristo; Nos diversos livros dessa coleçãoacham-se os principais fatos históricos e outras manifestações da vida espiritual desse povo". A língua original doAntigo Testamento é o Hebraico, com ligeira exceção: Ed 4.8 - 8.18; 7.12-26; Jr 10.11; Dn 2.4-7 - 7.28, escritos em

aramaico. Três séculos antes de Cristo, o AT foi traduzido para o grego em Alexandria, autorizado pelos setenta e dois juizes ou príncipes do Sinédrio (Versão dos LXX), aproximadamente no ano de 275 AC. Foi esta versão que dividiu esituou os livros por assuntos, como temos hoje: Lei, História, Poesia, Profecia. Citada freqüentemente por Jesus. Adisposição, divisão e ordem dos livros no Cânon hebraico é também diferente da nossa; nele temos 24 livros, enquantoque no nosso temos 39; Damos a seguir essa disposição dentro da tríplice divisão do cânon já mencionada (Lei, Profe-tas e Escritos).

1- LEI - 5 livros -: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.2- PROFETAS - 8 livros - divididos em 2 grupos:2-1- Primeiros Profetas: São 4 livros - Josué, Juizes, Samuel e Reis.Obs. No Cânon hebraico, 1º e 2º Samuel e 1º e 2º Reis são contados como um só livro.2-2- Últimos Profetas: Isaías, Jeremias, Ezequiel e os Doze.Obs. Os doze profetas menores aparecem no Cânon hebraico como um único livro também.

3- ESCRITOS - 11 livros, divididos em 3 grupos:3-1- Livros Poéticos: São 3 livr5os; Salmos, Provérbios e Jó.3-2- Os cinco Rolos: São 5 livros; Cantares, Rute, Lamentações, Eclesiastes e Éster.

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Noções de Bibliologia 79

Noções de Bibliologia Página 79

3-3-Livros Históricos: São 3 livros; Daniel, Esdras/Neemias e Crônicas.Obs. Esdras e Neemias também são contados como um único livro, assim como 1º e 2° Crônicas.Nota: Os Cinco Rolos eram assim chamados porque eram rolos separados, lidos anualmente em festas distintas, as-

sim:

1 - Cantares: Na Páscoa, em alusão ao Êxodo;2 - Rute: No Pentecoste, na celebração da colheita, em seu inicio;3 - Ester: Na Festa do Purim, comemorando o livramento de Israel da mão do mau Hamã;4 - Eclesiastes: Na Festa dos tabernáculos - festa de gratidão após a colheita;5 - Lamentações: No mês de Abibe, relembrando a destruição de Jerusalém pelos babilônios.Obs. No cânon hebraico os livros não estão em ordem cronológica ( Ordem exata em que foram escritos); Os ju-

deus não se preocupavam com um sistema cronológico.

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Noções de Bibliologia 80

Noções de Bibliologia Página 80

Anexo:ESCRITURAProvamos que a Escritura é a autoridade definitiva no sistema cristão, e que nosso conhecimento de Deus depende

dela. Portanto, é apropriado começar o estudo da teologia examinando os atributos da Escritura.A NATUREZA DA ESCRITURADevemos enfatizar a natureza verbal ou proposicional da revelação bíblica. Numa época em que muitos menospre-

zam o valor de palavras, em prol de imagens e sentimentos, devemos notar que Deus escolheu se revelar através daspalavras da linguagem humana.

A comunicação verbal é um meio adequado de transmitir informação de e sobre Deus.Isto não somente afirma o valor da Escritura como uma revelação divina significante, mas também o valor da pre-

gação e da escrita como meios para comunicar a mente divina, como apresentada na Bíblia.A própria natureza da Bíblia como uma revelação proposicional, testifica contra as noções populares de que a lin-

guagem humana é inadequada para falar sobre Deus, que as imagens são superiores às palavras, que a música temvalor maior que o da pregação, ou que as experiências religiosas podem ensinar mais a uma pessoa, sobre as coisasdivinas, do que os estudos doutrinais.

Alguns argumentam que a Bíblia fala numa linguagem que produz vívidas imagens na mente do leitor. Contudo,esta é somente uma descrição da reação de alguns leitores; outros podem não responder do mesmo modo às mesmaspassagens, embora eles possam captar a mesma informação delas. Assim, isso não conta contra o uso de palavras co-mo a melhor forma de comunicação teológica.

Se imagens são superiores, então, por que a Bíblia não contém nenhum desenho? Não seria a sua inclusão a melhormaneira de se assegurar que ninguém formasse imagens mentais errôneas, se são elas deveras um elemento essencialna comunicação teológica?

Mesmo se imagens fossem importantes na comunicação teológica, o fato de que Deus escolheu usar palavras-imagens ao invés de desenhos reais, implica que as palavras são suficientes, se não superiores. Mas além de palavras-imagens, a Escritura também usa palavras para discutir as coisas de Deus em termos abstratos, não associados comquaisquer imagens.

Uma figura não vale mais do que mil palavras. Suponha que apresentemos um desenho da crucificação de Cristo auma pessoa que não tenha qualquer background cristão. Sem qualquer explicação verbal, seria impossível para elaconstatar a razão para sua crucificação e o significado dela para a humanidade. A imagem em si mesma não mostranenhuma relação alguma entre o evento e qualquer coisa espiritual ou divina. Ela não mostra se o evento foi históricoou fictício. A pessoa, ao olhar para o desenho, não saberia se o ser executado à morte era culpado de algum crime, enão haveria como saber as palavras que ele falou enquanto estava na cruz. A menos que haja centenas de palavrasexplicando a figura, a imagem, por si só, não tem nenhum significado teológico. Mas, uma vez que há muitas palavraspara explicá-la, alguém dificilmente necessitará de imagem.

O ponto de vista que exalta a música acima da comunicação verbal sofre a mesma crítica. É impossível derivarqualquer significado religioso da música, se ela é executada sem palavras. É verdade que o Livro de Salmos consistede uma grande coleção de cânticos, provendo-nos com uma rica herança para adoração, reflexão e doutrina.

Contudo, as melodias originais não acompanharam as palavras dos salmos; nenhuma nota musical acompanha

qualquer um dos cânticos na Bíblia. Na mente de Deus, o valor dos salmos bíblicos está nas palavras, e não nas melo-dias. Embora a música desempenhe um papel na adoração cristã, sua importância não se aproxima das palavras daEscritura ou do ministério da pregação.

Com respeito às experiências religiosas, até mesmo uma visão de Cristo não é de mais valia do que mil palavras daEscritura. Não se pode provar a validade de uma experiência religiosa, seja uma cura miraculosa ou uma visitaçãoangélica, sem o conhecimento da Escritura. Os encontros sobrenaturais mais espetaculares são vazios de significadosem a comunhão verbal para informar a mente.

O episódio inteiro de Êxodo não poderia ter ocorrido, se Deus houvesse permanecido em silêncio quando apareceua Moisés, através da sarça ardente. Quando Jesus apareceu num resplendor de luz, na estrada de Damasco, o que teriaacontecido se Ele se recusasse a responder quando Saulo de Tarso lhe pergun tou: ―Quem és, Senhor?‖ A única razão pela qual Saulo percebeu quem estava falando com ele, foi porque Jesus respondeu com as palavras: ―Eu sou Jesus, aquem persegues‖ (Atos 9:3-6). As experiências religiosas são sem significado, a menos que acompanhadas pela co-

municação verbal, transmitindo conteúdo intelectual.Outra percepção errônea com respeito à natureza da Bíblia é considerar a Escritura como um mero registro de dis-cursos e eventos reveladores, e não a revelação de Deus em si mesma. A pessoa de Cristo, suas ações e seus milagres

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Noções de Bibliologia 81

Noções de Bibliologia Página 81

revelavam a mente de Deus, mas é um engano pensar que a Bíblia é meramente um relato escrito deles. As própriaspalavras da Bíblia constituem a revelação de Deus para nós, e não somente os eventos aos quais elas se referem.

Alguns temem que uma forte devoção à Escritura implica em estimar mais o registro de um evento revelador doque o evento em si mesmo. Mas, se a Escritura possui o status de revelação divina, então tal preocupação não tem

fundamento. Paulo explica que ―Toda Escritura é soprada por Deus‖ (2 Timóteo 3:16). A própria Escritura foi sopradapor Deus. Embora os eventos que a Bíblia registra possam ser reveladores, a única revelação objetiva com a qual te-mos contato direto é a Bíblia.

Visto que a elevada opinião da Escritura que advogamos aqui é somente a que a própria Bíblia afirma, os cristãosdevem rejeitar toda doutrina exposta como sendo da Escritura que comprometa nosso acesso à revelação infalível deDeus. Sustentar uma opinião inferior sobre a Escritura destrói a revelação como a autoridade última de alguém, e,então, é impossível superar o problema de epistemologia resultante. 1

Enquanto uma pessoa negar que a Escritura seja a revelação divina em si mesma, ela permanece sendo ―apenas umlivro‖, e essa pessoa hesita em lhe dar reverência completa, como se fosse possível adorá-la excessivamente. Há su-postos ministros cristãos que pressionam os crentes a olhar para ―o Senhor do livro, e não para o livro do Senhor‖, oupara algo com esse objetivo. Mas, visto que as palavras da Escritura foram sopradas por Deus, e aquela é a única reve-lação objetiva e explícita de Deus, é impossível olhar para o Senhor sem olhar para o seu livro. Visto que as palavras

da Escritura são as próprias palavras divinas, alguém está olhando para o Senhor somente até onde estiver olhandopara as palavras da Bíblia. Nosso contato com Deus é através das palavras da Escritura. Provérbios 22:17-21 indicaque confiar no Senhor é confiar em suas palavras:

Preste atenção e ouça os ditados dos sábios, e aplique o coração ao meu ensino.Será uma satisfação guardá-los no íntimo e tê-los todos na ponta da língua. Para que você confie no Senhor , a você

hoje ensinarei. Já não lhe escrevi conselhos e instruções, ensinando-lhe  palavras dignas de confiança, para que vocêresponda com a verdade a quem o enviou?

Deus governa sua igreja através da Bíblia; portanto, nossa atitude para com ela reflete nossa atitude para com ele.Ninguém que ama a Deus não amará as suas palavras da mesma forma. Aqueles que declaram amá-lo, devem demons-trar isso por uma obsessão zelosa para com as suas palavras:

Como eu amo a tua lei! Medito nela o dia inteiro... Como são doces para o meu paladar as tuas palavras! Mais queo mel para a minha boca! (Salmo 119:97,103) O temor do Senhor é puro, e dura para sempre. As ordenanças do Se-nhor são verdadeiras, são todas elas justas. São mais desejáveis do que o ouro, do que muito ouro puro; são mais docesdo que o mel, do que as gotas do favo. (Salmo 19:9-10)

Uma pessoa ama a Deus somente até onde ame a Escritura. Pode haver outras indicações do amor de alguém paracom Deus, mas o amor por sua palavra é um elemento necessário, pelo qual todos os outros aspectos da nossa vidaespiritual são mensurados.

A INSPIRAÇÃO DA ESCRITURAA Bíblia é a revelação verbal ou proposicional de Deus. É Deus falando a nós. É a voz do próprio Deus. A própria

natureza da Bíblia indica que a comunicação verbal é a melhor maneira de transmitir a revelação divina. Nenhum ou-tro modo de se conhecer a Deus é superior ao estudo da Escritura, e nenhuma outra fonte de informação sobre Deus émais precisa, acurada e abrangente.

O apóstolo Paulo diz:Toda Escritura é soprada por Deus e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justi-ça; para que o homem de Deus seja plenamente preparado para toda boa obra (2 Timóteo 3:16-17).

Todas as palavras da Bíblia foram sopradas por Deus. 2 Tudo que podemos chamar de Escritura foi inspirado porDeus. Que a Escritura é ―soprada por Deus‖ refere-se a sua origem divina. Tudo da Escritura procede de Deus; portan-to, podemos corretamente chamar a Bíblia de ―a palavra de Deus‖. Esta é a doutrina da INSPIRAÇÃO DIVINA. 

O conteúdo da Escritura consiste de todo o Antigo e Novo Testamento, sessenta e seis documentos no total, fun-cionando como um todo orgânico. O apóstolo Pedro dá endosso explícito aos escritos de Paulo, reconhecendo seustatus de Escritura inspirada:

Tenham em mente que a paciência de nosso Senhor significa salvação, como também o nosso amado irmão Paulolhes escreveu, com a sabedoria que Deus lhe deu. Ele escreve da mesma forma em todas as suas cartas, falando nelasdestes assuntos. Suas cartas contêm algumas coisas difíceis de entender, as quais

os ignorantes e instáveis torcem, como também o fazem com as demais Escrituras, para a própria destruição deles(2 Pedro 3:15-16).

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Noções de Bibliologia 82

Noções de Bibliologia Página 82

Pedro explica que os homens que escreveram a Escritura foram ―impelidos pelo Espírito Santo‖, para que nenhuma parte dela ―tivesse origem na vontade de homem‖ ou pela ―interpretação pessoal do profeta‖ (2 Pedro 1:20-21).

A Bíblia é uma revelação verbal exata de Deus, a ponto de Jesus dizer que ―Digo-lhes a verdade: Enquanto existi-rem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra‖ (Ma-

teus 5:18). Deus exerceu tal controle preciso sobre a produção da Escritura que o seu conteúdo, na própria letra, é oque ele desejava colocar em escrito.Essa elevada opinião da inspiração escriturística não supõe ditado. Deus não ditou sua palavra aos profetas e após-

tolos como um patrão dita suas cartas para uma secretária. A princípio, alguém pode tender a pensar que o ditado seriaa mais alta forma de inspiração, mas não o é. Um patrão pode ditar suas palavras à secretária, mas ele não pode tercontrole sobre os detalhes diários da vida dela — seja passado, presente ou futuro — e tem ainda menos poder sobre osseus pensamentos.

Em contraste, a Bíblia ensina que Deus exercita controle total e preciso sobre cada detalhe de sua criação, a talponto que até mesmo os pensamentos dos homens estão sob o seu controle. 3

Isso é verdade com respeito a todo indivíduo, incluindo os escritores bíblicos. Deus de uma tal forma ordenou, di-rigiu e controlou as vidas e pensamentos 4 de seus instrumentos escolhidos que, quando o tempo chegou, suas perso-nalidades e os seus cenários eram perfeitamente adequados para escrever aquelas porções da Escritura que Deus tinha

designado para eles:5Disse-lhe o SENHOR: ―Quem deu boca ao homem? Quem o fez surdo ou mudo? Quem lhe concede vista ou o tor-

na cego? Não sou eu, o SENHOR? Agora, pois, vá; eu estarei com você, ensinando-lhe o que dizer‖ (Êxodo 4:11-12).A palavra do Senhor veio a mim, dizendo: ―Antes de formá -lo no ventre eu o escolhia; antes de você nascer, eu o

separei e o designei profeta às nações‖... O Senhor estendeu a mão, tocou a minha boca e disse-me: ―Agora ponho emsua boca as minhas palavras‖ (Jeremias 1:4-5,9).

Irmãos, quero que saibam que o evangelho por mim anunciado não é de origem humana. Não o recebi de pessoaalguma nem me foi ele ensinado; ao contrário, eu o recebi de Jesus Cristo por revelação.... Mas Deus me separou des-de o ventre materno e me chamou por sua graça. Quando lhe agradou revelar o seu Filho em mim para que eu o anun-ciasse entre os gentios... (Gálatas 1:11-12, 15-16).

Então, quando chegou o tempo de escrever, o Espírito de Deus supervisionou o processo para que o conteúdo daEscritura fosse além do que a inteligência natural dos escritores pudesse conceber. 6 O produto foi a revelação verbalde Deus, e ela foi literalmente o que Ele desejava pôr por escrito. Deus não encontrou as pessoas certas para escrever aEscritura; Ele fez as pessoas certas para escrevê-la, e então, supervisionou o processo de escrita. 7

Portanto, a inspiração da Escritura não se refere somente aos tempos em que o Espírito Santo exerceu controle es-pecial sobre os escritores bíblicos, embora isto tenha deveras acontecido, mas a preparação começou antes da criaçãodo mundo. A teoria do ditado, a qual a Bíblia não ensina, é, em comparação, uma opinião inferior a respeito da inspi-ração, atribuindo a Deus um controle menor sobre o processo.

Esse ponto de vista acerca da inspiração explica o suposto ―elemento humano‖ evidente na Escritura. Os documen-tos bíblicos refletem vários cenários sociais, econômicos e intelectuais dos autores, suas diferentes possibilidades, eseus vocabulários e estilos literários singulares. Este fenômeno é o que se poderia esperar, dado o ponto de vista bíbli-co sobre a inspiração, no qual Deus exerceu controle total sobre a vida dos escritores, e não somente sobre o processode escrita. O ―elemento humano‖ da Escritura, portanto, não prejudica a doutrina da inspiração, mas é consistente com

ela e pela mesma explicado.A UNIDADE DA ESCRITURAA inspiração subentende a unidade da Escritura. Que as suas palavras procedem de uma única mente divina, faz

supor que a Bíblia deve exibir uma coerência perfeita. Isso é o que encontramos na Bíblia. Embora a personalidadedistinta de cada escritor bíblico seja evidente, o conteúdo da Bíblia como um todo exibe uma unidade e desígnio querevela um único autor divino. A consistência interna caracteriza os vários documentos escriturísticos, de forma queuma parte não contradiz outra.

Jesus pressupõe a coerência da Escritura quando responde à seguinte tentação de Satanás:Então o Diabo o levou à cidade santa, colocou-o na parte mais alta do templo e lhe disse: ―Se és o Filho de Deus,

 joga-te daqui para baixo. Pois está escrito: ―Ele dará ordens a seus anjos a seu respeito, e com as mãos eles o segura-rão, para que você não tropece em alguma pedra‖. Jesus lhe respondeu: ―Também 

está escrito: ‗Não ponha à prova o Senhor, o seu Deus‘‖ (Mateus 4:5-7).Satanás encoraja Jesus a pular do templo citando Salmo 91:11-12. Jesus replica com Deuteronômio 6:16, suben-tendendo que o uso da passagem por Satanás contradiz aquela instrução e, portanto, é uma má-aplicação. Quando

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Noções de Bibliologia 83

Noções de Bibliologia Página 83

alguém entende ou aplica uma passagem da Escritura de uma maneira que contradiz outra passagem, é porque mane- jou mal o texto. O argumento de Cristo aqui presume a unidade da Escritura, e nem mesmo o diabo pôde contestá-la.

Numa outra ocasião, quando Jesus tratava com os fariseus, seu desafio para com eles supõe a unidade da Escriturae a lei da não-contradição:

E, estando reunidos os fariseus, interrogou-os Jesus, dizendo: Que pensais vós do Cristo? De Estando os fariseusreunidos, Jesus lhes perguntou: ―O que vocês   pensam a respeito do Cristo? De quem ele é filho?‖ ―É filho de Davi‖, responderam eles. Ele lhes disse: ―Então, como é que Davi, falando peloEspírito, o chama ‗Senhor‘? Pois ele afirma: ―‗O Senhor disse ao meu Senhor: 

Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo de teus pés ‘. Se, pois, Davi o chama ‗Senhor‘,como pode ser ele seu filho?‖ Ninguém conseguia responder-lhe uma palavra; e daquele dia em diante, ninguém ja-mais se atreveu a lhe fazer perguntas (Mateus 22:41-46).

Visto que Davi estava ―falando pelo Espírito‖, ele não poderia ter errado. Mas, se o Cristo haveria de ser um des-cendente de Davi, como ele poderia ser seu Senhor ao mesmo tempo? Que isso coloca um problema significa, emprimeiro lugar, que tanto Jesus como sua audiência admitiam a unidade da Escritura e a lei da não-contradição.

Se eles reconhecessem que a Escritura se contradiz, ou que alguém pode afirmar duas proposições contraditórias,então Jesus não estaria significativamente fazendo questão em absoluto. A resposta aqui é que o Messias é tanto divi-

no como humano e, portanto, tanto ―Senhor‖ como ―filho‖ de Davi. Mas é popular encorajar-se uma tolerância para com as contradições na teologia. Alister McGrath escreve em seu

livro Understanding Doctrine:O fato de que algo é paradoxal e até mesmo autocontraditório, não o invalida...Aqueles dentre nós que têm trabalhado no campo científico estão muitíssimos conscientes da completa complexi-

dade e do caráter misterioso da realidade. Os eventos subjacentes à teoria quântica, as dificuldades de se usar modelosna explicação científica — para mencionar apenas dois fatores de que posso lembrar claramente do meu próprio perí-odo como cientista natural — apontam para a inevitabilidade do paradoxo e da contradição em tudo, exceto quando ocompromisso com a realidade é o mais superficial.... 8 Isso não tem sentido. Admitindo que McGrath conheça ciênciao suficiente para falar sobre o assunto, 9 esse é um testemunho contra a ciência, e não um argumento para se tolerarcontradições na teologia. Ele pressupõe a confiabilidade da ciência e julga todas as outras disciplinas por ela. Parafra-seando-o, se há contradições na ciência, então, as contradições devem ser aceitas, e deve-se tolerá-las quando surgiremtambém numa reflexão teológica.

Contudo, uma razão para rejeitar a confiabilidade da ciência é precisamente porque ela freqüentemente se contra-diz. A ciência é uma disciplina pragmática, útil para manipular a natureza e avançar a tecnologia, mas que não podedescobrir nada sobre a realidade. O conhecimento sobre a realidade vem somente de deduções válidas da revelaçãobíblica, e nunca de métodos científicos ou empíricos. 10 McGrath não nos dá nenhum argumento para ignorar ou tole-rar as contradições na ciência; ele apenas assume a confiabilidade dela, a despeito das contradições. Mas, ele não dánenhuma justificativa para assim o fazer.

O que torna a ciência o padrão último pelo qual devemos julgar todas as outras disciplinas? O que dá à ciência o di-reito de criar as regras para todos os outros campos de estudo? McGrath declara que a ciência aponta ―para a inevitabi-lidade do paradoxo e da contradição em tudo, exceto se o compromisso com a realidade for o mais superficial‖. Po-rém, ciência não é teologia. Além do mais superficial ―compromisso com a realidade‖ — embora eu negue a confiabi-

lidade da ciência até mesmo em tal nível — a ciência gera contradições e desmorona, mas isto não quer dizer que ateologia sofra o mesmo destino.A teologia trata de Deus, que tem o direito e poder para governar tudo da vida e do pensamento. Deus conhece a

natureza da realidade, e a comunica para nós através da Bíblia. Portanto, é a teologia que cria as regras da ciência, eum sistema bíblico de teologia não contém paradoxos ou contradições.

Qualquer proposição que afirme uma coisa é, necessariamente, uma negação do seu oposto. Afirmar X é negarnão-X, e afirmar não-X é afirmar X. Para simplificar, suponha que o oposto de X é Y, de forma que Y=não-X. Então,afirmar X é negar Y, e afirmar Y é negar X. Ou, X=não-Y, e Y=não-X. Visto que afirmar uma proposição é, ao mes-mo tempo, negar o seu oposto, afirmar X e Y ao mesmo tempo é o equivalente a afirmar não-Y e não-X. Afirmar duasproposições contrárias é, na realidade, negar ambas. Mas afirmar tanto não-Y como não-X, é afirmar também X e Y,que significa novamente negar Y e X. E, assim, toda a operação se torna sem sentido. É impossível afirmar duas pro-posições contrárias ao mesmo tempo.

Afirmar a proposição, ―Adão é um homem‖ (X) é, ao mesmo tempo, negar a proposição contrária, ―Adão não é umhomem‖ (Y, ou não-X). Da mesma forma, afirmar a  proposição, ―Adão não é um homem‖ (Y), é negar a proposiçãocontrária, ―Adão é um homem‖ (X). Ora, afirmar tanto ―Adão é um homem‖ (X) como ―Adão não é um homem‖ (Y)

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Noções de Bibliologia 84

Noções de Bibliologia Página 84

não é nada mais do que negar ambas as proposições na ordem inversa. Ou seja, é equivalente a negar ―Adão não é umhomem‖ (Y) e negar ―Adão é um homem‖ (X). Mas então, isto é o mesmo que voltar a afirmar as duas proposições naordem inversa outra vez. Quando afirmamos ambas, negamos ambas; quando negamos ambas, afirmamos ambas.Afirmar duas proposições contrárias, portanto, não gera nenhum significado inteligível. É o mesmo que não dizer na-

da.Admita que a soberania divina e a liberdade humana sejam contraditórias. Alguns teólogos, alegando que a Bíbliaensina ambas, encorajam seus leitores a afirmarem aquelas duas. Contudo, se afirmar a soberania divina é negar aliberdade humana, e afirmar a liberdade humana é negar a soberania divina, então, afirmar ambas significa rejeitartanto a soberania divina (na forma de uma afirmação da liberdade humana)

como a liberdade humana (na forma de uma afirmação da soberania divina). Nesse exemplo, visto que a Bíblia a-firma a soberania divina e nega a liberdade humana, não há contradição  — nem mesmo uma que seja aparente. 11Poroutro lado, quando incrédulos alegam que a encarnação de Cristo acarreta uma contradição, a qual é o contexto dapassagem acima de McGrath, o cristão não tem a opção de negar a deidade ou a humanidade de Cristo. Antes, eledeve articular e clarificar a doutrina como a Bíblia a ensina, e mostrar que não há contradição. O mesmo se aplica àdoutrina da Trindade.

É fútil dizer que essas doutrinas estão em perfeita harmonia na mente de Deus, e que somente parece haver contra-

dições para os seres humanos. Enquanto permanecerem contradições, seja somente na aparência ou não, não podemosafirmar as duas coisas. E como alguém pode distinguir entre uma contradição real e uma apenas aparente? Se devemostolerar as contradições aparentes, então devemos tolerar todas as outras. Visto que sem conhecer a resolução, umaaparente contradição parece ser o mesmo que uma real, saber que uma ―contradição‖ o é somente na aparência signi-fica que alguém já a resolveu, e, então, o termo não mais se aplica.

Cientistas e incrédulos podem chafurdar em contradições, mas os cristãos não devem tolerá-las. Pelo contrário, aoinvés de abandonar a unidade da Escritura e a lei da nãocontradição como uma ―defesa‖ contra aqueles que acusam asdoutrinas bíblicas de serem contraditórias, devem afirmar e demonstrar a coerência dessas doutrinas. Por outro lado,os cristãos devem expor a incoerência das crenças não-cristãs, e desafiar seus adeptos a abandoná-las.

A INFALIBILIDADE DA ESCRITURAA infalibilidade bíblica acompanha necessariamente a inspiração e a unidade da Escritura. A Bíblia não contém er-

ro algum; ela está correta em tudo o que declara. Visto que Deus não mente nem erra, e que a Bíblia é a sua palavra,segue-se que tudo que nela está escrito tem que ser verdade. Jesus disse, ―a Escritura não pode ser anulada‖ (João  10:35), e que ―é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da lei‖ (Lucas 16:17).

A INFALIBILIDADE da Escritura se refere a uma incapacidade para errar  —  a Bíblia não pode errar.INERRÂNCIA, por outro lado, enfatiza que a Bíblia não erra. A primeira faz alusão ao potencial, enquanto a últimase dirige ao real estado de coisas. Estritamente falando, infalibilidade é a palavra mais forte, e ela acarreta necessaria-mente a inerrância, mas algumas vezes as duas são intercambiáveis no uso.

É possível alguém ser falível, mas produzir um texto que esteja livre de erro. Pessoas que são capazes de cometerenganos, apesar de tudo, não erram constantemente.

Contudo, há aqueles que rejeitam a doutrina da inerrância, mas ao mesmo tempo desejam afirmar a perfeição deDeus e a Bíblia como a sua palavra, e como resultado, mantém a impossível posição de que a Bíblia é deveras infalí-

vel, mas contendo erros.Algumas vezes, o que eles querem dizer é que a Bíblia é infalível num sentido, talvez no que se relaciona às coisasespirituais, enquanto que contém erros em outro sentido, talvez no que toca aos acontecimentos históricos.

Contudo, as afirmações bíblicas sobre as coisas espirituais estão inseparavelmente unidas às declarações bíblicassobre a história, de forma que é impossível afirmar uma enquanto se rejeita a outra. Por exemplo, ninguém pode sepa-rar o que a Escritura diz sobre a ressurreição como um evento histórico e o que ela diz sobre seu significado espiritual.Se a ressurreição não aconteceu como a Bíblia diz, o que ela diz sobre seu significado espiritual não pode ser verdade.

O desafio para aqueles que rejeitam a infalibilidade e a inerrância bíblica é que eles não têm nenhum princípio e-pistemológico autorizado pelo qual possam julgar uma parte da Escritura como sendo acurada e outra não. Visto que aEscritura é a única fonte objetiva de informação a partir da qual todo o sistema cristão é construído, alguém que consi-dere qualquer porção ou aspecto da Escritura como falível ou contendo erros deve rejeitar todo o cristianismo. Nova-mente, esse é o porquê de não haver um princípio epistemológico mais alto para julgar uma parte da Escritura como

sendo correta e outra errada.Não se pode questionar ou rejeitar a autoridade última de um sistema de pensamento e ainda reivindicar lealdade aele, visto que a autoridade última em qualquer sistema define o sistema inteiro. Uma vez que uma pessoa questiona ou

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Noções de Bibliologia 85

Noções de Bibliologia Página 85

rejeita a autoridade última de um sistema, ele não é mais um adepto dele, pelo contrário, é alguém que adere ao prin-cípio ou autoridade pelo qual ele questiona ou rejeita a autoridade última do sistema, a qual acabou de deixar para trás.Ter uma outra autoridade última além da Escritura é rejeitá-la, visto que a própria Bíblia reivindica infalibilidade esupremacia.

Alguém que rejeita a infalibilidade e a inerrância bíblica assume a posição intelectual de um incrédulo, e deveprosseguir para defender e justificar sua cosmovisão pessoal contra os argumentos dos crentes a favor da veracidadeda fé cristã.

A confusão permeia o estado psicológico prevalecente no meio teológico de hoje; logo, é melhor afirmar tanto a in-falibilidade como a inerrância bíblica, e explicar o que queremos dizer com esses termos. Deus é infalível, e visto quea Bíblia é a sua palavra, ela não pode ter e não contém nenhum erro. Nós afirmamos que a Bíblia é infalível em todosentido do termo, e, portanto, ela deve ser também inerrante em todo sentido do termo. A Bíblia não pode e não con-tém erros, seja falando de coisas espirituais, históricas ou de outros assuntos. Ela é correta em tudo o que afirma.

A AUTORIDADE DA ESCRITURAPrecisamos determinar a extensão da autoridade da Bíblia, para verificar o nível de controle que ela deve ter sobre

as nossas vidas. A inspiração, unidade e infalibilidade da Escritura implicam que ela possui autoridade absoluta. Visto

que a Escritura é a própria palavra de Deus, ou ele falando, a conclusão necessária é que ela porta a autoridade deDeus. Por conseguinte, a autoridade da Escritura é idêntica à autoridade divina.

Os escritores bíblicos algumas vezes se referem a Deus e a Escritura como se os dois fossem intercambiáveis. Co-mo Warfield escreve: ―Deus e as Escrituras são trazidos em tal conjunção para mostrar que na questão de autoridade,nenhuma distinção foi feita entre eles‖. 12 ―Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e dacasa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teunome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em tiserão benditas todas as famílias da terra‖ (Gênesis 12:1-3).

―Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho aAbraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti‖ (Gálatas 3.8). 

―Então disse o SENHOR a Moisés: Levanta-te pela manhã cedo, e põe-te diante de Faraó, e dize-lhe: Assim diz oSENHOR Deus dos hebreus: Deixa ir o meu povo, para que me sirva;Porque esta vez enviarei todas as minhas pragassobre o teu coração, e sobre os teus servos, e sobre o teu povo, para que saibas que não há outro como eu em toda aterra.Porque agora tenho estendido minha mão, para te ferir a ti e ao teu povo com pestilência, e para que sejas destru-ído da terra;Porque agora tenho estendido minha mão, para te ferir a ti e ao teu povo com pestilência, e para que sejasdestruído da terra‖ (Êxodo 9:13-16).

―Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meunome seja anunciado em toda a terra‖ (Romanos 9:17). 

Enquanto a passagem de Gênesis diz que foi ―o Senhor‖ que falou a Abraão, Gálatas  diz, ―A Escritura pr eviu....[AEscritura] anunciou...‖. A passagem de Êxodo declara que foi ―o Senhor‖ quem disse a Moisés o que falar a Faraó,mas Romanos diz, ―a Escritura diz a Faraó...‖. Visto que Deus possui autoridade absoluta e última, a Bíblia sempreporta autoridade absoluta e última. Já que não existe diferença alguma entre Deus falando e a Bíblia falando, não hádiferença nenhuma entre obedecer a Deus e obedecer a Bíblia. Crer e obedecer à Bíblia é crer e obedecer a Deus; não

crer e não obedecer a Bíblia é não crer e não obedecer a Deus. A Bíblia não é apenas um instrumento através do qualele nos fala; antes, as palavras da Bíblia são as próprias palavras de Deus falando  — não há diferença. A Bíblia é a vozdivina para a humanidade, e sua autoridade é total.

A NECESSIDADE DA ESCRITURAA Bíblia é necessária para a informação precisa e autorizada sobre as coisas de Deus.Visto que a teologia é central para tudo da vida e do pensamento, a Escritura é necessária como um fundamento pa-

ra tudo na civilização humana. Aqueles que rejeitam a autoridade bíblica, todavia, continuam a adotar as pressuposi-ções cristãs para governar sua vida e pensamento, embora eles recusem admitir isso. Uma tarefa do apologeta cristão éexpor a suposição implícita do incrédulo das premissas bíblicas, a despeito de sua explícita rejeição delas. Mas, à me-dida que qualquer cosmovisão consistentemente exclua as premissas bíblicas, ela se degenera em ceticismo e barba-rismo.

A infalibilidade bíblica é o único princípio primeiro justificável do qual alguém pode deduzir informação sobre as-suntos últimos, tais como metafísica, epistemologia e ética.

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Noções de Bibliologia 86

Noções de Bibliologia Página 86

Conhecimento pertencente a categorias subsidiárias, tais como política e matemática, é também limitado pelas pro-posições dedutíveis da revelação bíblica. Sem a infalibilidade bíblica como o ponto de partida do pensamento de al-guém, o conhecimento não é possível, em hipótese alguma; qualquer outro princípio não consegue justificar a si pró-prio e, assim, um sistema que depende dele não pode nem mesmo começar. Por exemplo, sem uma revelação verbal

de Deus, não há razão universal e autorizada para proibir o assassinato e o roubo. A Bíblia é necessária para todasproposições significativas.A Escritura é necessária para definir todo conceito e atividade cristã. Ela governa cada aspecto da vida espiritual,

incluindo pregação, oração, adoração e instrução. A Escritura é também necessária para que a salvação seja possível,visto que a informação necessária para tal está revelada na Bíblia, e deve aquela ser levada ao indivíduo, para por elareceber a salvação. Paulo escreve, ―as sagradas Escrituras, que podem f azer-te sábio para a salvação, pela fé que há emCristo Jesus‖ (2 Timóteo 3:15). 

Uma seção anterior deste livro salienta que todos os homens sabem que o Deus cristão existe, e que Ele é o únicoDeus. Os homens nascem com esse conhecimento. Embora isso seja suficiente para tornar a incredulidade culpável, éinsuficiente para a salvação.

Adquire-se conhecimento sobre a obra de Cristo diretamente da Escritura, ou indiretamente, mediante a pregaçãoou escrito de outro.

Portanto, a Escritura é necessária para o conhecimento que conduz à salvação, as instruções que levam ao cresci-mento espiritual, as respostas às questões últimas, e qualquer conhecimento sobre a realidade. Ela é a pré-condiçãonecessária para todo o conhecimento.

A CLAREZA DA ESCRITURAHá dois extremos, com respeito à clareza da Escritura, que os cristãos devem evitar.Um, é sustentar que o significado da Escritura é totalmente obscuro à pessoa comum  — que somente uma elite e

um grupo de indivíduos escolhidos podem interpretá-la. Outro, é a opinião que alega que a Escritura é tão clara quenão há parte alguma dela que seja difícil de ser entendida, e que nenhum treinamento em hermenêutica é requeridopara manusear o texto. Por extensão, a interpretação de um teólogo maduro não é mais confiável do que a opinião deuma pessoa despreparada.

A primeira posição isola o uso da Escritura do povão em geral, e impede qualquer pessoa de contestar o entendi-mento bíblico de profissionais estabelecidos, mesmo quando eles estão enganados.

A segunda também é perigosa. A Bíblia não é tão fácil de compreender que qualquer pessoa possa interpretá-lacom igual competência. Mesmo o apóstolo Pedro, quando se referindo ao escritos de Paulo, diz que ―suas cartas con-têm algumas coisas que são difíceis de entender‖. Ele adverte que ―as pessoas ignorantes e instáveis distorcem‖ o sig-nificado das palavras de Paulo, ―assim como eles fazem com outras Escrituras, para a sua própria destruição‖ (2 Pedro3.16).

Muitos gostariam de julgar a si mesmos competentes em assuntos importantes tais como teologia e hermenêuticamas, ao invés de orarem por sabedoria e estudarem as Escrituras, supõem serem tão capazes quanto os teólogos ou osseus próprios pastores.

Tal modo de pensar é um convite ao desastre e à confusão. Diligência, treinamento e capacitação divina, tudo issocontribui para a capacidade de alguém interpretar e aplicar a Bíblia.

Embora muitas passagens na Bíblia sejam fáceis de entender, algumas delas requerem diligência extra e sabedoriaespecial para serem interpretadas acuradamente. É possível para uma pessoa ler a Escritura e adquirir dela entendi-mento e conhecimento suficientes para salvação, embora algumas vezes alguém possa precisar de um crente instruídoaté para isso:

―E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês?E ele disse: Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentas-

se‖ (Atos 8:30-31).É possível também aprender os dogmas básicos da fé cristã, simplesmente lendo a Bíblia. Mas há passagens ali que

são, em diferentes graus, difíceis de entender. Nesses casos, alguém pode solicitar o auxílio de ministros e teólogospara as explicarem, de forma a evitar a distorção da palavra de Deus.

Neemias 8:8 afirma o lugar do ministério de pregação: ―E leram no livro, na lei de Deus; e declarando, e explican-do o sentido, faziam que, lendo, se entendesse‖. Contudo, a autoridade final repousa nas palavras da Escritura mesma,

e não na interpretação dos eruditos. Ela nunca está errada, embora nosso entendimento e inferências dela extraídospossam estar, algumas vezes, equivocados. Este é o motivo pelo qual toda igreja deveria preparar seus membros nateologia, na hermenêutica e na lógica, de forma que elespossam manusear melhor a palavra da verdade.

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Noções de Bibliologia 87

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Portanto, embora a doutrina da clareza da Escritura conceda a cada pessoa o direito de ler e interpretar a Bíblia, elanão elimina a necessidade de mestres na igreja mas, antes, afirma a sua necessidade. Paulo escreve que um dos ofíciosministeriais que Deus estabeleceu foi o de mestre, e que ele apontou indivíduos para desempenhar tal função (1 Corín-tios 12.28). Mas Tiago adverte que nem todos deveriam ansiar assumir tal ofício: ―Meus irmãos, muitos de vós não

sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo‖ (Tiago 3:1). Em outro lugar, Paulo escreve, ―Digo a cadaum dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação...‖ (Romanos 12:3).Aqueles escolhidos por Deus para serem ministros da doutrina são capazes de interpretar as passagens mais difíceis

da Escritura, e podem também extrair valiosos insights que podem evitar outras dificuldades das passagens mais sim-ples também.

Efésios 4:7-13 se refere a tal ofício como um dos dons de Cristo à sua igreja e, conseqüentemente, os cristãos de-vem valorizar e respeitar aqueles que estão em tal ministério.

Vivemos numa geração na qual pessoas desprezam a autoridade; elas detestam ouvir o que devem fazer ou crer. 13A maioria nem mesmo respeita a autoridade bíblica, para não citar a autoridade eclesiástica. Elas consideram as suasopiniões tão boas quanto as dos apóstolos, ou, no mínimo, dos teólogos e pastores; sua religião é democrática, nãoautoritária. Mas a Escritura ordena os crentes a obedecerem aos seus líderes: ―Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e

não gemendo, porque isso não vos seria útil‖ (Hebreus 13.17). Todo crente tem o direito de ler a Bíblia por si mesmo,mas isto não deve se traduzir em desafio ilegítimo 14 contra os sábios ensinos de eruditos ou contra a autoridade doslíderes da igreja.

A SUFICIÊNCIA DA ESCRITURAMuitos cristãos alegam afirmar a suficiência da Escritura, mas seu real pensamento e prática negam-na. A doutrina

afirma que a Bíblia contém informação suficiente para alguém, não somente para encontrar a salvação em Cristo, maspara, subseqüentemente, receber instrução e direção em todo aspecto da vida e pensamento, seja por declarações ex-plícitas da Escritura, ou por inferências dela necessariamente retiradas.

A Bíblia contém tudo que é necessário para construir uma cosmovisão cristã compreensiva que nos capacite a teruma verdadeira visão da realidade. 15 A Escritura nos transmite, não somente a vontade de Deus em assuntos geraisda fé e conduta cristãs, mas, ao aplicar preceitos bíblicos, podemos também conhecer sua vontade em nossas decisõesespecíficas e pessoais. Tudo que precisamos saber como cristãos é encontrado na Bíblia, seja no âmbito familiar, dotrabalho ou da igreja.

Paulo escreve que a Escritura não é somente divina na origem, mas é também abrangente no escopo:―Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em

 justiça. Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra‖ (2 Timóteo 3.16-17).A implicação necessária é que os meios de instrução extra-bíblicos, tais como visões e profecias, são desnecessá-

rios, embora Deus possa ainda fornecê-los, quando for de seu agrado.Os problemas ocorrem quando os cristãos sustentam uma posição que equivale a negar a suficiência da Escritura

em fornecer abrangente instrução e direção. Alguns se queixam que na Bíblia falta informação específica que alguémprecisa para tomar decisões pessoais; entretanto, à luz das palavras de Paulo, deve-se entender que a falta reside nessesindivíduos, e não no fato de que a Bíblia seja insuficiente.

Aqueles que negam a suficiência da Escritura carecem da informação de que necessitam, por causa da sua imaturi-dade espiritual e negligência. A Bíblia é deveras suficiente para dirigi-los, mas negligenciam o estudo dela. Algunstambém exibem forte rebelião e impiedade. Embora a Bíblia se dirija às suas situações, recusam-se a submeter aosseus mandamentos e instruções. Ou, eles rejeitam aceitar o próprio método de receber direção da Escritura juntamente,e exigem que Deus os dirija através de visões, sonhos e profecias, quando ele lhes deu tudo de que necessitam, atravésda Bíblia.

Quando Deus não atende às suas demandas ilegítimas por direção extra-bíblica, alguns decidem até mesmo procu-rá-la através de métodos proibidos, tais como astrologia, adivinhação e outras práticas ocultas. A rebelião deles é talque, se Deus não fornecer a informação desejada nos moldes prescritos por eles, ficam determinados a obtê-la do dia-bo.

O conhecimento da vontade de Deus não vem de orientação extra-bíblica, mas de uma compreensão intelectual ede uma aplicação da Escritura. 16 O apóstolo Paulo escreve:

―E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, paraque experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus‖ (Romanos 12:2). 

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Noções de Bibliologia 88

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A teologia cristã deve afirmar, sem reservas, a suficiência da Escritura como uma fonte completa de informação,instrução e direção. A Bíblia contém toda a vontade divina, incluindo a informação de que alguém precisa para salva-ção, desenvolvimento espiritual e direção pessoal. Ela contém informação suficiente, de forma que, se alguém a obe-dece completamente, estará cumprindo a vontade de Deus em cada detalhe da vida. Mas, ele comete pecado à exten-

são em que falha em obedecer à Escritura. Embora nossaobediência nunca alcance perfeição nesta vida, todavia, não há nenhuma informação que precisemos para viveruma vida cristã perfeita, que já não esteja na Bíblia.

Resumo:

BIBLIOLOGIA - Doutrina das Escrituras I. INTRODUÇÃO

A) Terminologia:Bíblia - Derivado de biblion, ―rolo‖ ou ―livro‖ (Lc 4.17) 

Escrituras - Termo usado no Novo Testamento (N.T.) para, os livros sagrados do A.T., que eram consi-derados inspirados por Deus (2Tm 3.16; Rm 3.2). Também é usado no N.T. com referência a outras porçõesdo N.T. (2Pe 3.16)

Palavra de Deus - Usada em relação a ambos os testamentos em sua forma escrita (Mt 15.6; Jo 10.35;Hb 4.12)

B) Atitudes em Relação à Bíblia:Racionalismo  –  a. Em sua forma extrema nega a possibilidade de qualquer revelação sobrenatural.b. Em sua forma moderada admite a possibilidade de revelação divina, mas essa revelação fica sujeita ao

 juízo final da razão humana.Romanismo  – A Bíblia é um produto da igreja; por isso a Bíblia não é a autoridade única ou final.

Misticismo  – A experiência pessoal tem a mesma autoridade da Bíblia.Neo-ortodoxia – A Bíblia é uma testemunha falível da revelação de Deus na Palavra, Cristo.Seitas  – A Bíblia e os escritos do líder ou fundador de cada uma possuem igual valor.Ortodoxia - A Bíblia é a nossa única base de autoridade.C) As Maravilhas da Bíblia:1) Sua formação: levou cerca de 1500 anos.2) Sua Unidade: Tem cerca de 40 autores, mas é um só livro.3) Sua Preservação.4) Seu Assunto.5) Sua Influência.II. REVELAÇÃO

A) Definição: ―Um desvendamentos; especialmente a comunicação da mensagem divina ao homem‖ B) Meios de Revelação: 1) Pela Natureza (Rm 1.18-21; Sl 19)2) Pela Providência (Rm 8.28; At 14.15-17)3) Pela Preservação do Universo (Cl 1.17)4) Através de Milagres (Jo 2.11)5) Por Comunicação Direta (At 22.17-21)6) Através de Cristo (Jo 1.14)7) Através da Bíblia (1Jo 5.9-12)III. INSPIRAÇÃOA) Definição:

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Noções de Bibliologia 89

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Inspiração é a ação supervisionadora de Deus sobre os autores humanos da Bíblia de modo a, usando suaspróprias personalidades e estilos, comporem e registrarem sem erro as palavras de Sua revelação ao homem.A Inspiração se aplica apenas aos manuscritos originais (chamados de autógrafos).

B) Teorias sobre a Inspiração: 

1) Natural - não há qualquer elemento sobrenatural envolvido. A Bíblia foi escrita por homens de grandetalento.

2) Mística ou Iluminativa - Os autores bíblicos foram cheios do Espírito como qualquer crente pode serhoje.

3) Mecânica (ou teoria da ditação) - Os autores bíblicos foram apenas instrumentos passivos nas mãos deDeus como máquinas de escrever com as quais Ele teria escrito. Deve-se admitir que algumas partes da Bí-blia foram ditadas (e.g., os Dez mandamentos).

4) Parcial - Somente o não conhecível foi inspirado (e.g., criação, conceitos espirituais)5) Conceitual - Os conceitos, não as palavras, foram inspirados.6) Gradual - Os autores bíblicos foram mais inspirados que outros autores humanos.7) Neo-ortodoxa - Autores humanos só poderiam produzir uma registro falível.8) Verbal e Plenária - Esta é a verdadeira doutrina e significa que cada palavra (verbal) e todas as pala-

vras (plenária) foram inspiradas no sentido da definição acima.9) Inspiração Falível - Uma teoria, que vem ganhando popularidade, de que a Bíblia é inspirada mas não

isenta de erros.

C) Características da Inspiração Verbal e Plenária: 1) A verdadeira doutrina é válida apenas para os manuscritos originais.2) Ela se estende às próprias palavras.3) Vê Deus como o superintendente do processo, não ditando aos escritores, mas guiando-os.4) Inclui a inerrância.

D) Provas da Inspiração Verbal e Plenária:1) 2Tm 3.16. Theopneustos, soprado por Deus. Afirma que Deus é o autor das Escrituras e que estas são o

produto de Seu sopro criador.2) 2Pe 1.20,21. O ―como‖ da inspiração - homens ―movidos‖ (lit., ―carregados‖) pelo Espír ito Santo.3) Ordens especificas para escrever a Palavra do Senhor (Ex 17.14; Jr 30.2).4) O uso de citações (Mt 15.4; At 28.25).5) O uso que Jesus fez do Antigo Testamento (A.T.) (Mt 5.17; Jo 10.35).6) O N.T. afirma que outras partes do N.T. são Escrituras (1Tm 5.18; 2Pe 3.16).7) Os escritores estavam conscientes de estarem escrevendo a Palavra de Deus (1Co 2.13; 1Pe 1.11,12)

E) Provas de Inerrância: 1) A fidedignidade do caráter de Deus (Jo 17.3; Rm 3.4).2) O ensino de Cristo (Mt 5.17; Jo 10.35).3) Os argumentos baseados em uma palavra ou na forma de uma palavra (Gl 3.16, ―descendente‖; Mt

22.31,32, ―sou‖). 

IV. CANONICIDADE.

A) Considerações fundamentais: 1) A Bíblia é auto-autenticável e os concílios eclesiásticos só reconheceram (não atribuíram) a autoridade

inerente nos próprios livros.

2) Deus guiou os concílios de modo que o cânon fosse reconhecido.

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Noções de Bibliologia 90

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B) Cânon do Antigo Testamento (A.T.): 1) Alguns afirmam que todos os livros do cânon do A.T. foram reunidos e reconhecidos sob a liderança

de Esdras (quinto século a.C.).2) O N.T. se refere a A.T. como escritura (Mt 23.35; a expressão de Jesus equivaleria dizer hoje ―de G ê-

nesis a Malaquias‖; cf. Mt 21.42; 22.29).3) O Sínodo de Jamnia (90 A.D.) Uma reunião de rabinos judeus que reconheceu os livros do A.T.

C) Os princípios de Canonicidade dos Livros do Novo Testamento (N.T.):1) Apostolicidade. O livro foi escrito ou influenciado por algum apóstolos?2) Conteúdo. O seu caráter espiritual é suficiente?3) Universalidade. Foi amplamente aceito pela igreja?4) Inspiração. O livro oferecia prova interna de inspiração?

D) A Formação do Cânon do Novo Testamento (N.T.): 1) O período dos apóstolos. Eles reivindicaram autoridade para seus escritos (1Ts 5.27; Cl 4.16).2) O período pós-apostólico. Todos os livros forma reconhecidos exceto Hebreus, 2 Pedro e 3 João.3) O Concílio de Cartago, 397, reconheceu como canônicos os 27 livros do N.T.

A) Em Relação aos Não-Salvos: 1) Sua necessidade (1Co 2.14; 2Co 4.4)2) O ministério do convencimento do Espírito ( Jo 16.7-11)

B) Em Relação ao Crente: 1) Sua necessidade (1C0 2.10-12; 3.2).2) O ministério do ensino do Espírito (Jo 16.13-15)

V. ILUMINAÇÃOA) Em Relação aos Não-Salvos: 1) Sua necessidade (1Co 2.14; 2Co 4.4)2) O ministério do convencimento do Espírito ( Jo 16.7-11)

B) Em Relação ao Crente: 1) Sua necessidade (1C0 2.10-12; 3.2).2) O ministério do ensino do Espírito (Jo 16.13-15)

VI. INTERPRETAÇÃO

A) Princípios de Interpretação:1) Interpretar histórica e gramaticalmente.2) Interpretar de acordo com os contextos imediatos e mais amplo.3) Interpretar em harmonia com toda a Bíblia, comparando Escritura com Escritura.

B) Divisões Gerais da Bíblia: 1) Antigo Testamento (A.T.):A- Livros históricos: de Gênesis a Ester.B- Livros poéticos: de Jó a Cantares.C- Livros proféticos: de Isaías a Malaquias.2) Novo Testamento (N.T.):

A- Evangelhos: Mateus a João.B- História da Igreja: Atos.

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Noções de Bibliologia 91

Noções de Bibliologia Página 91

C- Epístolas: de Romanos a Judas.D- Profecia: Apocalipse.C) Alianças Bíblicas:Noética (Gn 8.20-22)

Abraâmica (Gn 12.1-3)Mosaica (Ex 19.3 - 40.38)Palestiniana (Dt 30)Davídica (2Sm 7.5-17)Nova Aliança (Jr 31.31-34; Mt 26.28)

Transcrito da ―A Bíblia Anotada‖ Pg 1624,1625.