Biblia Nt Evangelhos e Actos Dos Apostolos (2)

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    EVANGELHOS E ACTOS DOS APÓSTOLOS

    Chamamos "Evangelho" a um género literário de escritos do Novo Testamento que temapenas quatro exemplares na literatura universal: os Evangelhos segundo Mateus, Marcos,Lucas e o!o Este género de escritos apareceu depois das Cartas aut#nticas de $aulo eprop%s&se transmitir 'actos e palavras da vida de esus de Na(aré, que as Cartas n!o tinhamainda re'erido )s Evangelhos transmitem&nos 'actos hist*ricos +v -./, mas n!o de maneira"'ria" e "isenta", 0 maneira da historiogra'ia moderna1 os 'actos e as palavras de esus s!ocoloridos pela experi#ncia das comunidades da primeira gera2!o crist!, que vai dos anos 34a 54

    QUATRO EVANGELHOS 6 esta experi#ncia das comunidades crist!s que vai in'luir natonalidade pr*pria de cada um dos quatro Evangelhos $or detrás da autoria individual dosEvangelhos & a qual vem da Tradi2!o do séc 77 e n!o se encontra no texto dos Evangelhos &está tam8ém uma ou várias comunidades crist!s 9 Constitui2!o ei er8um n!o declara quedeterminado Evangelho pertence a determinado evangelista como seu autor 9'irma apenas"a origem apost*lica dos quatro Evangelhos +/ segundo Mateus, Marcos, Lucas e o!o" +n;-uatro Evangelhosrepresentam o ?ltimo estádio da tradi2!o acerca das o8ras e das palavras de esus) 1.° período é constitu=do pelo pr*prio Jesus, de @ aC a 34 dC esus n!o escreveu1apenas anunciou oralmente a mensagem, através dos caminhos da Aalileia, da Bamaria e daudeia, reunindo 0 sua volta um pequeno grupo de disc=pulos a quem iniciou nos mistérios doeino dos céus +Mt -3,--/

    ) 2.° período tem o seu in=cio depois da morte e ressurrei2!o de esus epois da desilus!o+Lc D,-uatro Evangelhos

    9 tonalidade pr*pria de cada um desses Evangelhos, a n=vel literário e teol*gico, 'a( com queeles seFam semelhantes, mas tam8ém di'erentes entre si Essa tonalidade tem origem noestilo de cada evangelista e na inten2!o teol*gica de responder 0s necessidades espec='icasda comunidade a quem dirige o seu Evangelho

    EVANGELHOS S"N#$T"%OS $or seguirem o mesmo esquema 'undamental de Marcos,chamamos a Marcos, Mateus e Lucas "Evangelhos Bin*pticos"1 porque, se os dispusermosem colunas paralelas e 'i(ermos deles uma leitura de conFunto, deparamos com semelhan2as'undamentais e com di'eren2as de pormenor

    i'erente dos "Evangelhos Bin*pticos" é o Evangelho segundo B!o o!o, escrito entre osanos .4&-44 Este Evangelho n!o segue o esquema hist*rico&geográ'ico de Mt, Mc e Lc +quetem origem em Mc/ e é mais a8undante em discursos de esus, com 8ase nos 'actos da suavida 9parece, por isso, como o Evangelho teol*gico por excel#ncia ) am8iente onde nasceuo Evangelho segundo B!o o!o e a sua rela2!o com os Bin*pticos continua a ser o8Fecto de

    estudo por parte dos especialistas na matéria

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    $ORQU& QUATRO EVANGELHOS' 9 7greFa aceitou apenas os >uatro Evangelhos, escritosentre os anos @4 e -44 $orqu# apenas quatroH

    $arece que desde o princ=pio da 7greFa houve uma certa propens!o para o uso de um ?nicoEvangelho 7sso n!o signi'ica que se negasse a autoridade dos outros Naturalmente, oscrist!os vindos do uda=smo pre'eriam o Evangelho de Mateus, escrito so8retudo para lhes

    'alar da rela2!o de Cristo com a Lei de Moisés +Mt I,-5&5,D./ Talve( tenham utili(ado esteEvangelho em discussGes com os outros crist!os vindos da civili(a2!o helenista, quesustentavam n!o ser necessária a o8servJncia da Lei de Moisés +9T/Marci!o é tam8ém um caso especial a este respeito: usa o Evangelho de Lucas por lheparecer o Evangelho que 'ala do amor de eus, presente entre os homens em esus Cristo1mesmo assim, elimina algumas partes onde esse amor n!o lhe parece evidente ou onde se'ala do 9ntigo Testamento, que ele reFeitou em 8loco

    ) movimento gn*stico utili(ou e manipulou so8retudo o Evangelho de o!o +ver o -,D&31-5,-@/

    Tassiano pretendia um compromisso entre as duas tend#ncias +o uso de um ?nico Evangelho

    e os quatro/, harmoni(ando&os num s* +o iatesseron/ Esta harmoni(a2!o 'oi largamenteseguida nas igreFas sir=acas do )riente, mas praticamente reFeitada nas igreFas ocidentais del=ngua grega e latina e 'acto, 'a(endo dos >uatro Evangelhos apenas um s*, destru=am&seas quatro teologias so8re esus, 'icando apenas uma "Kist*ria de esus" )ra os Evangelhoss!o muito mais do que a Kist*ria de esus

    EVANGELHOS A$#%R"(OS E (OR)A*+O ,O %-NON Muitos outros "evangelhos"ap*cri'os & isto é, 'alsos & conheceram uma certa cele8ridade, a partir do séc 77 )s maisconhecidos 'oram: "Evangelho dos Ke8reus", "Evangelho dos E8ionitas", "Evangelho de$edro", "Evangelho de Tomé" e $roto&Evangelho de Tiago e alguns restam apenas'ragmentos e 8reves not=cias Eram hist*rias populares mais ou menos edi'icantes so8re'actos da vida de esus ou simples colec2Ges de algumas palavras a Ele atri8u=das

    9 7greFa sou8e sempre separar o trigo do Foio, a partir de tr#s critérios necessários para umEvangelho ser aut#ntico: -/ ter uma liga2!o directa com o grupo dos 9p*stolos1 nasce daquia atri8ui2!o de cada um deles a um nome importante, se poss=vel, testemunha ocular deesus: Evangelho segundo Mateus, segundo Marcos, segundo Lucas e segundo o!o +critérioapost*lico/1 D/ incluir palavras e 'actos hist*ricos da vida de esus, e n!o apenas um destesconte?dos +critério literário/1 3/ ser utili(ado na prega2!o e na liturgia da 7greFa universal+critério lit?rgico/

    9 partir destas exig#ncias, muito cedo 'oram exclu=das da 7greFa essas hist*rias que seapresentavam como "evangelhos" 9 luta contra os hereges, so8retudo contra Marci!o, nasegunda metade do séc 77, 'orneceu 0 7greFa uma motiva2!o mais para encontrar e colocarao alcance dos crist!os a colec2!o ou CJnon dos livros seguramente inspirados pelo Esp=rito

    Bantoe qualquer modo, o CJnon s* progressivamente, e a partir dos princ=pios Fá re'eridos, se 'oi'ormando, entre o séc 77 e 7 9ssim, as igreFas de l=ngua sir=aca utili(avam, por ve(es, oiatesseron em ve( dos >uatro Evangelhos e n!o inclu=am as Cartas Cat*licas maispequenas +D e 3 o, d, D $e/, tal como o 9pocalipse 9liás, o ?ltimo livro da =8lia 'oitam8ém o ?ltimo a entrar no CJnon, devido 0 descon'ian2a da 7greFa acerca deste género deliteratura, que se prestava a muitas manipula2Ges da $alavra de eus, como acontece aindahoFe Neste sentido, é a 7greFa que, pelo seu sentido da 'é, aceita no seu seio os livrosinspirados por eus1 mas é tam8ém a 7greFa quem reconhece o'icialmente, para utilidadedos 'iéis, o CJnon +norma/ dos livros inspirados pelo Esp=rito Banto

    A%TOS ,OS A$#STOLOS ns 34 ou 4 anos depois das Cartas aut#nticas de $aulo,escreveu Lucas o livro dos 9CT)B )B 9$BT)L)B +entre os anos

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    o seu autor quis 'a(er Kist*ria e Teologia ao mesmo tempo eFa&se a grande quantidade dediscursos +uns D/, que t#m mais a ver com a eclesiologia do que com a Kist*riapropriamente dita das comunidades da segunda gera2!o crist!

    )s personagens centrais do livro s!o primeiramente $edro, ao longo dos -D primeiroscap=tulos, em per'eita continuidade com o seu papel nos Evangelhos1 e $aulo, do cap=tulo -3

    em diante

    Tudo indica que esta o8ra pertence ao mesmo autor do terceiro Evangelho +Lucas/ Estecome2a e termina em erusalém1 os 9CT)B come2am em erusalém, com os o(e, eterminam em oma com $aulo, como que a di(er que se reali(ou, pelo menos parcialmente,o programa de esus, no meio dos pag!os +9ct D

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    Este Evangelho, transmitido em grego pela 7greFa, deve ter sido escrito originariamente emaramaico, a l=ngua 'alada por esus ) texto actual re'lecte tradi2Ges he8raicas, mas aomesmo tempo testemunha uma redac2!o grega ) voca8ulário e as tradi2Ges 'a(em pensarem crentes ligados ao am8iente Fudaico1 apesar disso, n!o se pode a'irmar, sem mais, a suaorigem palestinense Aeralmente pensa&se que 'oi escrito na B=ria, talve( em 9ntioquia ou naOen=cia, onde viviam muitos Fudeus, por deixar entrever uma polémica declarada contra o

     Fuda=smo 'arisaico 9tendendo a elementos internos e externos ao livro, o actual texto podedatar&se dos anos

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    Nele ressaltam cinco 8locos de palavras ou "discursos" de esus: I,-&5,D

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    9 tradi2!o antiga, que remonta ao séc 77, atri8ui o texto deste Evangelho a Marcos,identi'icado com o!o Marcos, 'ilho de Maria, em cuFa casa os crist!os se reuniam para orar+9ct -D,-D/ Com arna8é, seu primo, Marcos acompanha $aulo durante algum tempo naprimeira viagem missionária +9ct -3,I-31 -I,353./ e depois aparece com ele, prisioneiroem oma +Cl ,-4/ Mas liga&se mais a $edro, que o trata por "meu 'ilho" na sauda2!o 'inalda sua $rimeira Carta +- $e I,-3/ Marcos terá escrito o Evangelho pouco antes da

    destrui2!o de erusalém, que aconteceu no ano 54

    O L"VRO ) E9NAELK) E M9C)B re'lecte a catequese que $edro, testemunha presencialdos acontecimentos, espontJneo e atento, ministrava 0 sua comunidade de oma 6 o mais8reve dos quatro e situa&se no CJnon entre os dois mais extensos & Mateus e Lucas & e aseguir a Mateus, o de maior uso na 7greFa 9té ao séc Q7Q, M9C)B 'oi pouco estudado ecomentado, para n!o di(er praticamente esquecido Banto 9gostinho considerava&o como umresumo de Mateus

    9 investiga2!o mais apro'undada desde o século passado, 0 volta da origem dos Evangelhos,trouxe M9C)B 0 lu( da ri8alta1 hoFe, é geralmente considerado o mais antigo dos quatroNa verdade, supGe uma 'ase mais primitiva da re'lex!o da 7greFa acerca do 9contecimento

    Cristo, que lhe deu origem1 e s* ele conserva o esquema da mais antiga prega2!o apost*lica,sinteti(ada em 9ctos -,DD: come2a com o 8aptismo de o!o +-,/ e termina com a 9scens!odo Benhor +-@,-./

    6 comum a'irmar&se que todos os outros Evangelhos, so8retudo os Bin*pticos, supGem eutili(aram mais ou menos o texto de M9C)B, assim como o seu esquema hist*rico&geográ'ico da vida p?8lica de esus: Aalileia, iagem para erusalém, erusalém

    %ARA%TERBST"%AS L"TERR"AS evelando certa po8re(a de voca8ulário e uma sintaxemenos cuidada, M9C)B é parco em discursos1 apresenta apenas dois: o cap=tulo daspará8olas +cap / e o discurso escatol*gico +cap -3/ Mas tem muitas narra2Ges 6 ex=miona arte de contar: 'á&lo com realismo e sentido do concreto, enriquece os relatos de

    pormenores e dá&lhes vida e cor 9 este prop*sito s!o t=picos os casos do possesso deAerasa, da mulher com 'luxo de sangue e da 'ilha de airo, no cap I $resta uma aten2!oespecial 0s palavras textuais de esus em aramaico, por ex "Talitha qRm" +I,D/ e "Elo=, Elo=,lemá sa8achtáni" +-I,3/ 6 de re'erir tam8ém o dia&tipo da actividade de esus, descrito naassim chamada "Fornada de Ca'arna?m" +-,D-&3/

    entre as per=copes e simples incisos pr*prios de Marcos, menciona&se o ?nico texto 8=8licoem que esus aparece como "o Oilho de Maria" +@,3/, ao contrário dos outros que 'alam deMaria, m!e de esus

    $LANO $ode di(er&se, porventura de uma 'orma demasiado simples, que Marcos se 'a(espectador com os seus leitores Como eles, acompanha e vive o drama de esus de Na(aré,

    desenrolado em dois actos, coincidentes com as duas partes deste Evangelho 9o longo doprimeiro, vai&se perguntando: >uem é EleH $edro responderá por si e pelos outros, de 'ormadirecta e categ*rica: "Tu és o MessiasS" +

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    ". $repr@o do 9st?ro de Jesus: +-,-&-3/1"". )st?ro Glle: +-,-&5,D3/1""". V0es por TroC Sído e ,e!pole: +5,D&-4,ID/1"V. )st?ro e9 Jerusl?9: +--,-&-3,35/1V. $:@o e Ressurre@o de Jesus: +-,-&-@,D4/

    TEOLOG"A Tal como os outros evangelistas, M9C)B apresenta&nos a pessoa de esus e ogrupo dos disc=pulos como primeiro modelo da 7greFa

    O Jesus de )r!os Mais do que em qualquer outro Evangelho, esus, "Oilho de eus"+-,---1 .,51 -I,3./, revela&se pro'undamente humano, de contrastes por ve(esdesconcertantes: é acess=vel +

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    9pesar da incompreens!o mani'estada pelos disc=pulos em rela2!o aos seus ensinamentos,esus n!o desanima e continua a ensiná&los +

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    ) terceiro Evangelho é atri8u=do a Lucas, que tam8ém é o autor dos 9ctos dos 9p*stolosBegue os usos dos histori*gra'os do seu tempo, mas a hist*ria que ele deseFa apresentar éuma hist*ria iluminada pela 'é no mistério da $aix!o e essurrei2!o do Benhor esus ) seulivro é um Evangelho, uma hist*ria santa, uma o8ra que apresenta a oa&Nova da salva2!ocentrada na pessoa de esus Cristo

    ,"V"S+O E %ONTE/,O ) esquema geral do livro é o mesmo que se encontra em Mateus eem Marcos: uma introdu2!o, a prega2!o de esus na Aalileia, a sua viagem para erusalém,a $aix!o e essurrei2!o como cumprimento 'inal da sua miss!o 9 constru2!o literária éela8orada com cuidado e re'lecte grande sensi8ilidade, procurando salientar os tempos elugares da Kist*ria da Balva2!o e pondo em evid#ncia a proFec2!o existencial do proFectoevangélico

    $rólo0o +-,-&/ em que anuncia o tema, o método e o 'im da sua o8ra Lucas expGe porordem o que se re'ere 0 vida e 0 mensagem de esus de Na(aré, 'ilho de Maria, Oilho deeus

    ". E80eldo d 9ss@o messiJnica de esus +3,-&,-3/

    """. )st?ro de Jesus Glle +,-&.,I4/: a sua atitude 'ace 0s multidGes, aosprimeiros disc=pulos e aos adversários +,3-&@,--/1 o seu ensino aos disc=pulos +@,-D&5,I4/1a associa2!o estreita dos o(e 0 sua miss!o +

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    Mateus e Marcos, é sinal de uma consci#ncia viva do dom da salva2!o presente no tempo da7greFa

    %O)$OS"*+O E ,ATA Na composi2!o do seu Evangelho, LC9B utili(ou grande parte demateriais comuns a Marcos e Mateus, além dos que lhe s!o pr*prios e dos contactos com oEvangelho de o!o Todos os materiais da tradi2!o est!o marcados pelo tra8alho do autor,

    que se re'lecte quer na sua ordena2!o, quer no voca8ulário, quer no estilo 9 arte e asensi8ilidade de LC9B mani'estam&se na so8riedade das suas o8serva2Ges, na delicade(ade atitudes, no dramatismo de certas narra2Ges, na atmos'era de miseric*rdia das cenascom pecadores, mulheres e estrangeiros9 composi2!o deste Evangelho é situada por volta dos anos

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    Este Evangelho tem caracter=sticas muito pr*prias, que o distinguem dos Bin*pticos Mesmoquando re'ere id#nticos acontecimentos, )) apresenta perspectivas e pormenoresdi'erentes dos Bin*pticos N!o o8stante, enquadra&se, como estes, no mesmo géneroliterário de Evangelho e conserva a mesma estrutura 'undamental e o mesmo carácter deproclama2!o da mensagem de esus

    U) EVANGELHO OR"G"NAL 9lguns temas importantes dos Bin*pticos n!o aparecem aqui:a in'Jncia de esus e as tenta2Ges, o serm!o da montanha, o ensino em pará8olas, asexpulsGes de dem*nios, a trans'igura2!o, a institui2!o da EucaristiaU $or outro lado, s*)) apresenta as alegorias do 8om pastor, da porta, do gr!o de trigo e da videira, odiscurso do p!o da vida, o da ceia e a ora2!o sacerdotal, os epis*dios das 8odas de Caná, daressurrei2!o de Lá(aro e do lava&pés, os diálogos com Nicodemos e com a samaritanaU

    9o contrário dos Bin*pticos, em que toda a vida p?8lica de esus se enquadra'undamentalmente na Aalileia, numa ?nica viagem a erusalém e na 8reve presen2a nestacidade pela $áscoa da $aix!o e Morte, no 7 Evangelho esus actua so8retudo na udeia eem erusalém, onde se encontra pelo menos em tr#s $áscoas di'erentes +D,-31 @,1 --,II1ver I,-/

    ) 8o!6ulro é redu(ido, mas muito expressivo, de 'orte poder evocativo e pro'undosim8olismo, com muitas palavras&chave: verdade, lu(, vida, amor, gl*ria, mundo, Fulgamento, hora, testemunho, água, esp=rito, amar, conhecer, ver, ouvir, testemunhar,mani'estar, dar, 'a(er, Fulgar

    Mas a grande originalidade de )) s!o os ds!ursos Nos Bin*pticos, estes s!o pequenasunidades literárias sistemati(adas1 aqui, longas unidades com um ?nico tema +3,-&-@1,D@1 -4,341 -,@/

    ) estlo é muito caracter=stico, desenvolvendo as mesmas ideias de 'orma conc#ntrica ecrescente 9ssim, os temas da "Lu(": -,I.1 3,-.&D-1

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    sair do lugar da ceia e s* em -

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    3. Jesus ? 5o $@o d Vd5: @,-&5-D. Jesus ? 5 lu do 9udo5: grandes declara2Ges messiJnicas por ocasi!o das 'estas dasTendas e da edica2!o: 5,-&-4,DF. Jesus ? 5 8d5 do 9udo: --,-&-D,I4

    "". REVELA*+O ,E JESUS AOS SEUS +-3,-&D-,DI/: mani'esta2!o a todos como Messias e

    Oilho de eus através do "Arande Binal", por ocasi!o da sua $áscoa de'initiva

    . A /lt9 %e: -3,-&-5,D@

    . $:@oC )orte e Ressurre@o de Jesus: -

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    mem*ria e norma de 'é Esta o8ra "apost*lica", relata a sorte do Evangelho con'iado aos9p*stolos e expGe os primeiros passos da comunidade crist!1 por isso a 7greFa viu nela umguia precioso e um est=mulo exemplar para a vida dos crist!os: da escuta da $alavra 0 'é, doaptismo 0 solidariedade, da persegui2!o ao mart=rio

    AUTOR E ,ATA $ensa&se que o seu autor é o mesmo do Terceiro Evangelho, que a tradi2!o,

    durante séculos, tem identi'icado com Lucas 9pesar de alguns pro8lemas levantados pelosperitos, o estudo da l=ngua e do pensamento dos dois livros, assim como da 'igura de $aulonos 9CT)B e da concordJncia com o pensamento das suas Cartas, levam a concluir a 'avordaquele a quem o 9p*stolo trata por "Lucas, o car=ssimo médico" +Cl ,-/Tendo em conta o estado da cr=tica actual, o livro terá sido escrito por volta do ano

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    essaltam de um modo particular as passagens descritas com o suFeito "n*s", em que oautor se sente testemunha ocular, deixando&nos uma espécie de "diário de viagem" ou um"itinerário" dos acontecimentos ligados a $aulo +-@,-4&-51 D4,I&-I1 D-,-&-

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    "um salto" da convic2!o da salva2!o pela Lei +-I,-I/ para a salva2!o pela 'é em Cristo+-I,.--/ a= as tensGes que surgem na a8ertura a circuncisos e incircuncisos, e napassagem do Evangelho para os pag!os Bem reFeitar os Fudeus, e sem se deixar "Fudai(ar",a oa&Nova de Cristo tem como 'ronteira a universalidade

    Este dado teol*gico aFuda a compreender a inten2!o do autor 9o compor a sua o8ra, Lucas

    pensava, so8retudo, num p?8lico crist!o, constitu=do por Fudeus e n!o&Fudeus Komem daunidade e da comunh!o, ele apela a que os crist!os espalhados pelo mundo se condu(ampela exemplaridade da comunidade de erusalém 7nsistindo so8re a 'é, ele opGe&se aeventuais tend#ncias Fudai(antes1 respeitando a 'idelidade dos Fudeo&crist!os 0 Lei, eledesarma as cr=ticas dos irm!os vindos da gentilidade