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FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO Anelise ROSA BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em Bibliotecas São Paulo 2008

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FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

Anelise ROSA

BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em Bibliotecas

São Paulo 2008

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Anelise ROSA

Biblioteca 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em Bibliotecas

Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de Bacharel em Biblioteconomia e Ciência da Informação Orientadora: Prof. Renate Landshoff

São Paulo

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2008

FOLHA DE APROVAÇÃO

AUTOR TÍTULO CONCEITO: BANCA EXAMINADORA Prof. (a) ______________________________________________________________ Assinatura: ____________________________________________________________ Prof. (a) ______________________________________________________________ Assinatura: ____________________________________________________________

DATA DE APROVAÇÃO: ____/____/______

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WWWWedico esse trabalho,

Ao meu querido esposo, Antonio Carlos da

Rosa, companheiro de todos os momentos, pelo

apoio, incentivo, confiança e amor que tem me

dado. Dedico também e não com menos ênfase,

aos meus pais, Santina e Isaias, e meus irmãos

Alesson, Daiane, Queren, Cassia e Daniel,

que sempre me apoiaram, e incentivaram meus

estudos, e incondicionalmente em todos os

aspectos de minha vida, ensinando-me a fazer de

cada limitação um incentivo e de cada fraqueza

uma força, por meio de seus próprios exemplos de

vida.

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AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, por ter me proporcionado esta oportunidade e conquista, dando-me

a cada dia coragem, saúde e inteligência para realização deste trabalho.

De modo especial agradeço:

Ao meu esposo e companheiro, Antonio Carlos da Rosa, pelo carinho, apoio, paciência e

motivação, para a continuação dos meus estudos.

À Prof. Renate Landshoff, por sua orientação e amizade, pelo acolhimento e interesse

demonstrado desde o começo desta pesquisa, pelos incentivos constantes e pela confiança

depositada ao acreditar no projeto de uma jovem sonhadora.

Ás professoras, Elisabeth Sardelli Manzini, Maria Ignês Carlos Magno e Andréa

Gonçalves Silva, pelos exemplos de profissionalismo, por todos os ensinamentos transmitidos,

pelos apontamentos e contribuições dadas no decorrer desta pesquisa, que foram de grande

valia para conclusão deste trabalho.

Enfim, a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a elaboração deste trabalho,

pois se eu não tivesse tido esse apoio e a solidariedade de muita gente, esse trabalho não

chegaria ao final, o meu muito obrigado!

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“O verdadeiro desafio que temos diante de nós, não está na tecnologia, más no uso que faremos dela.”

(Peter Drucker)

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Resumo Este trabalho aborda a aplicação de ferramentas, consideradas

tecnologias web 2.0, nos serviços de bibliotecas. Trata-se de uma pesquisa,

na tentativa de esclarecer como as tecnologias, como mensagens

síncronas, blogs, wiks, redes sociais, folksonomia, RSS e Mashups, podem

mudar a forma de disponibilização e estruturação da informação nas

bibliotecas e unidades de informação. Aborda conceitos sobre Biblioteca

2.0, e as inúmeras perspectivas, que esse ambiente virtual oferece ao

profissional da informação e aos usuários das bibliotecas. Nesse ambiente

virtual em que o usuário passa a ser sujeito ativo, exercendo participação

através do compartilhamento, colaboração e organização da informação,

visou-se apresentar o desenvolvimento de novos produtos e serviços

oferecidos pelas Unidades de Informação, que visam fornecer subsídios, para

essa demanda, existentes hoje nas Bibliotecas.

Palavra-Chave: Biblioteca 2.0, Mashups, RSS, blog, Wiks,

Folksonomia, redes Sociais, Tags

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Abstract This paper addresses the application of Web 2.0 technology as tools in the

service of libraries. This is a search in an attempt to explain how technologies

such as synchronous messaging, blogs, wiks, social networks, folksonomia, RSS

and mashups, can change the shape and structure of the information

available at libraries. It addresses concepts on Library 2.0, and the many

perspectives that this virtual environment offers the professional services, to

users of libraries. In this virtual environment in which the user becomes subject

active, engaged participation through sharing, collaboration and

organization of information aimed to present the development of new

products and services offered by the Intelligence Units that are intended to

provide subsidy for the existing demand in Libraries.

Key words: library 2.0, Mashups, RSS, blog, Wiks, Folksonomia, Social

Bookmarker, Tags

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Conectividade Internacional (1991), Livro Verde (2000, p.4). .............. 5

Figura 2 Conectividade Internacional (1997), Livro Verde (2000, p.4). .............. 5

Figura 3 Mashup,.Biblioteca Municipal de Muskiz, (2008). ............................ 15

Figura 4 Library Hennepin County (2008): Catálogo com opção de comentários . 22

Figura 5 Nuvem Tag, Bitblio (2008). ............................................................... 25

Figura 6 Chat, National Library of Australia (2008). ....................................... 31

Figura 7 Library Hennepin County (2008), Chat ............................................ 32

Figura 8 RSS (Periódicos Científicos), Universidade de Aveiro (2008). ............. 36

Figura 9 RSS, Biblioteca Municipal de Muskis (2008). ................................... 37

Figura 10 RSS Library Australian National University (2008). ........................ 37

Figura 11 RSS (Página Princípal), Biblioteca Municipal de Muskis (2008). ..... 41

Figura 12 Biblioteca de Aveiro (2008), RSS ..................................................... 42

Figura 13 Blog da Biblioteca de Arquitetura, BIBLIOTECA de La Universidad de

Sevilla (2008). ................................................................................................... 45

Figura 14 Blog, Biblioteca do ISCA (2008). ..................................................... 46

Figura 15 Blog, Biblioteca IES Sancho (2008). ............................................... 47

Figura 16 Blog, A Nossa Biblioteca (2008). .................................................... 48

Figura 17 Wiki, Dokupedia (2008). ................................................................. 51

Figura 18 Wiki, Library Sucess (2008)............................................................ 52

Figura 19 Wiki, Biblioteca de La Universidad de Sevilla (2008). ...................... 53

Figura 20 Biblioteca Virtual Saúde Mental (2008), Lista de Fóruns, Chats e

Blogs ................................................................................................................ 54

Figura 21 MySpace, Library of Michigan (2008). ............................................ 57

Figura 22 Facebook, Biblioteca Universidade Santa María (2008). ................. 58

Figura 23 Facebook, National Library of Australia (2008). ............................. 59

Figura 24 Biblioteca e Fundación Francisco Herrera Luque (2008), Facebook 59

Figura 25 Flickr, National Library of Austrália (2008). .................................... 61

Figura 26 Coleção fotográfica Flickr, Biblioteca de Arte Fundação Calouste

Gulbenkian (2008)............................................................................................ 61

Figura 27 Flicker of Congress (2008) ............................................................... 63

Figura 28 Delicious, Biblioteca Municipal de Muskiz (País Basco) 2008. ........ 66

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Evolução Mundial Internet 2005-2007 ......................................... 6

Tabela 2 Internet nos domicílios ................................................................ 7

Tabela 3 Domicílios que possuem computador. .......................................... 7

Tabela 4 Usuários residenciais no Brasil com Banda Larga.............................. 7

Tabela 5 Quantidade de domínios no Brasil em 2008 (Milhares). ..................... 8

Tabela 6 Media de Crescimento de domínios no Brasil de 2000 a 2007. ..... 9

Tabela Comparação das Ferramentas Web 1.0 e 2.0. ..................................... 17

Tabela 8 Comparação Biblioteca Tradicional e Biblioteca no contexto Web 2.0 ... 21

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SUMARIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 1

2 OBJETIVOS .................................................................................................................. 2

2.1 Objetivos Gerais ................................................................................................... 2

2.2 Objetivos Específicos ............................................................................................ 2

3 METODOLOGIA ........................................................................................................... 3

4 EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO NO BRASIL .......................................... 4

5 BIBLIOTECA: NOVOS PARADIGMAS FRENTE ÀS TECNOLOGIAS WEB 2.0 .................. 13

6 BIBLIOTECA 2.0 ......................................................................................................... 18

6.1 Folksonomia ....................................................................................................... 24

6.2 Serviços de referência a partir de tecnologias Web 2.0 ....................................... 27

6.3 Instrumento tecnológico da Biblioteca 2.0 como meio de orientação ao usuário 29

6.3.1 Mensagens Instantâneas (IM): Chat ................................................................ 30

6.4 RSS FEEDS para desenvolvimento de DSI na Biblioteca 2.0.................................. 34

6.5 Promoção da Biblioteca 2.0 através de Blogs ...................................................... 43

6.6 Interagindo com o usuário .................................................................................. 48

6.6.1 Wikis ............................................................................................................... 48

6.6.2 Fóruns de Discussão ........................................................................................ 53

6.7 Novas Funções da Biblioteca : Software Social .................................................... 54

6.7.1 MySpace ......................................................................................................... 56

6.7.2 Facebook ........................................................................................................ 57

6.7.3 FLICKR ............................................................................................................. 59

6.7.4 Delicious ......................................................................................................... 63

7 CONCLUSÃO .............................................................................................................. 66

REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 68

CURRICULO ....................................................................................................................... 69

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1

1 INTRODUÇÃO

Devido o desenvolvimento e surgimento de novas tecnologias, relacionadas

à web 2.0, nos deparamos com novos paradigmas para o profissional da

informação.

Este trabalho procurou estabelecer de forma direta e indireta a aplicação

de novas ferramentas nos serviços oferecidos em bibliotecas.

Apesar de utilizarmos o termo biblioteca no decorrer deste trabalho,

entende-se que as aplicações apresentadas, abrangem não somente as

bibliotecas, como também as Unidades de Informação.

Procurou-se na medida do possível demonstrar através de exemplos

práticos, a aplicação das ferramentas Web 2.0 em bibliotecas nacionais e

estrangeiras.

Não é intuito desse trabalho servir de manual técnico para desenvolvimento de

aplicações da internet, e sim visa demonstrar através de levantamentos, as

novas ferramentas de trabalho disponíveis para o profissional da informação,

onde o usuário participa da organização, tratamento e estrutura da

informação, além da criação de novos conhecimentos através da inteligência

coletiva.

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2

2 OBJETIVOS

Aprofundar os conhecimentos acerca da aplicação de tecnologias Web 2.0

em bibliotecas, ou mais especificamente Biblioteca 2.0.

2.1 Objetivos Gerais

Discutir a evolução da sociedade da informação no Brasil e através de

exemplos práticos apresentar novas ferramentas de trabalho para o

profissional da informação, advindas das aplicações Web 2.0.

2.2 Objetivos Específicos

a) Contextualizar Sociedade da Informação no Brasil;

b) Aprofundar questões teóricas e conceituais que fundamentam a

implementação de serviços e produtos oferecidos pela Web 2.0 hoje, em

Bibliotecas e Unidades de Informação.

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3

3 METODOLOGIA

Entre os buscadores utilizados para pesquisa webgráfica, estão o Google,

Alta Vista, Information.com, KartOO, MetaCrawler e UJIKO.

Como descritores, foram utilizados os termos: Biblioteca 2.0, Web, Web

Semântica, Folksonomia, Wiki, Blogs, Folksonomia, Biblioteconomia,

Internet, Web 1.0,Web 2.0, Web 3.0, RSS, Arquitetura da Informação,

Ciência da Informação, Biblioteca 2.0, através de buscas simples e

combinada.

Foram levados em conta os seguintes tipos de fontes de informação:

Periódicos, Livros, Anais de Congressos, Dissertação e Teses, Sites, Listas de

Discussão, Blogs, Bases de dados nacionais e estrangeiras (ScienceDirect,

Dedalus e E-Lis.

Para complementar a pesquisa, foi feito um levantamento de bibliotecas,

que já estão utilizando em seus serviços e produtos aparatos tecnológicos

provindos da Internet. Para isso foram acessados alguns sites de bibliotecas

através do buscador Google, e analisados conforme características da

biblioteca 2.0, que serão apresentados no decorrer do trabalho, como novos

modelos de Biblioteca 2.0.

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4 EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO NO BRASIL

Cada vez mais a sociedade se insere nesse novo contexto Web, por isso a

necessidade do profissional da informação, acompanhar esse crescimento,

procurando adaptar-se as novas demandas, que crescem gradativamente.

Segundo Paiva (2008, p.40) o surgimento da Word Wide Web, ou

simplesmente WWW, fez multiplicar o número de informações disponíveis, e

aos poucos, os sites de busca foram ganhando sofisticação, o que era

disperso passou a ser encontrado, e a tecnologia de indexação continua a

evoluir.

Conforme consta no Livro Verde (2000, p.3), houve um crescimento

fantástico da Internet nos últimos anos:

[...] nos EUA, a Internet atingiu 50 milhões de usuários em

somente quatro anos, enquanto, para atingir esse número de

usuários, o computador pessoal tardou 16 anos, a televisão 13,

e o rádio, 38.

Outro dado que confirma a evolução da Internet, segundo o mesmo texto, é

a conectividade no período de 1991 a 1997, conforme pode ser visualizado

na próxima figura.

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5

Figura 1 Conectividade Internacional (1991), Livro Verde (2000, p.4).

Nesse curto período, a Internet se disseminou por praticamente todo o

mundo, propiciando conectividade a países até então fora de redes, e

substituindo outras tecnologias mais antigas como Bitnet, Fidonet etc,

(fig.2).

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6

Fi

gura 2 Conectividade Internacional (1997), Livro Verde (2000, p.4).

Esse desenvolvimento e crescimento da Web oferecem um ambiente

promissor para o profissional da informação que queira diversificar seus

serviços e atingir um novo tipo de usuário presente na nova sociedade da

informação.

Segundo levantamento feito pelo IBOPE/Net ratings, disponível no

CETIC.br (http://www.cetic.br/usuarios/ibope/tab02-06.htm), a média de

crescimento no Brasil, entre os anos de, 2005 e 2007 foi de 25,14%,

conforme pode ser visualizado na Tabela 1.

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Tabela 1 Evolução Mundial Internet 2005-2007, CETIC. br (2008).

Atualmente, segundo levantamento estatístico feito GNETT -

IBOPE//NetRatings, o número de domicílio com acesso á internet, cresceu

entre os anos de 2005 e 2008, uma média de 0,18%, conforme pode ser

visualizado na Tabela 2.

Tabela 2 Internet nos domicílios, Cetic.br (2008).

PENETRAÇÃO DA INTERNET NOS DOMICÍLIOS* Percentual de domicílios com acesso à internet via um computador doméstico

Fonte: GNETT - IBOPE//NetRatings

2008 2007 2006 2005 Total de

domicílios 2º tri. 2008

1º tri. 2008

4º tri. 2007

3º tri. 2007

2º tri. 2007

1º tri. 2007

4º tri. 2006

3º tri. 2006

2º tri. 2006

1º tri. 2006

4º tri. 2005

3º tri. 2005

2º tri. 2005

Percentual 19% 18% 18% 17% 15% 14% 13% 12% 12% 12% 12% 11% 11%

Não somente o número de usuários da internet no Brasil cresce de forma

exponencial, como também o número de residências que possuem

computador. Na Tabela 3, podemos visualizar um crescimento médio anual

de 0,37% em relação aos anos de 2005 a 2008.

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Tabela 3 Domicílios que possuem computador, CETIC. br (2008).

PENETRAÇÃO DO COMPUTADOR NOS DOMICÍLIOS* Percentual de domicílios com computador doméstico Fonte: GNETT - IBOPE//NetRatings

2008 2007 2006 2005 Total de

domicílios

2º tri. 2008

1º tri. 2008

4º tri. 2007

3º tri. 2007

2º tri. 2007

1º tri. 2007

4º tri. 2006

3º tri. 2006

2º tri. 2006

1º tri. 2006

4º tri. 2005

3º tri. 2005

2º tri. 2005

% 45,4%

43,2%

41,9%

39,9%

37,3%

35,0%

31,9%

30,7%

31,2%

30,9%

30,4%

28,4%

27,5%

* Base: Total de domicílios com linhas telefônicas fixas

Um aspecto interessante é o crescimento do número de usuários

residênciais no Brasil, que utilizam banda larga, conforme pesquisa feita

pelo IBOPE/NetRatings, na tabela 4, tínhamos em set.2006 havia 9,6

milhões de usuários e, em 2 anos, esse número duplicou para 18,3 milhões

de usuários, um crescimento de aproximadamente 90,62%.

Tabela 4 Usuários residenciais no Brasil com Banda Larga, CETIC. br (2008).

Milhares Usuários % do Total

Abr/08 18,3 82%

Mar/08 18,3 81%

Set/07 15,4 76,4%

Abr/07 11,9 75%

Set/06 9,6 70,1%

O crescimento de domínios no Brasil, também foi relevante nos últimos

anos, entre os anos de 2006 a 2008, como demonstra a tabela 5. Em Janeiro

de 2006, a quantidade de domínio no Brasil era de 867 mil, em 2008, esse

número teve um aumento aproximado de 43,13%, subindo para 1.241

milhão, em apenas 2 anos.

O fato da Internet, ter se tornado um canal alternativo, rápido, e barato,

tem se tornado indispensável na sociedade, sua adesão pela população tem

sido gradativa, e em velocidades maiores que outros mecanismos de

comunicação de massa.

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Tabela 5 Quantidade de domínios no Brasil em 2008 (Milhares), Fonte CETIC. br (2008).

Milhares 2006 2007 2008

Jan 867 1.037 1.241

Fev 881 1.053 1.251

Mar 899 1.074 1.274

Abr 912 1.090 1.298

Mai 928 1.114 1.342

Jun 944 1.135 1.375

Jul 958 1.152 1.416

Ago 978 1.174 -

Set 991 1.193 -

Out 1.006 1.212 -

Nov 1.021 1.226 -

Dez 1.025 1.231 -

A Internet vem evoluindo a cada dia, novas funções e usos são

acrescentados aos mecanismos de busca, e são utilizados como fontes de

informações, entretenimento, serviços, educação e comunicação entre

pessoas.

Más que um canal para “divulgar” a marca, a rede deve ser

entendida como uma oportunidade para que a marca seja vista

como um suporte para atividades relevantes para este público:

contato, serviços e entretenimento, principalmente se isso

envolver algum tipo de interatividade. (JULIASZ, 2006, p. 110)

Conforme a Tabela 6, tivemos uma média de crescimento dos domínios no

Brasil, de aproximadamente 19% ao ano, entre os anos de 2000 a 2007.

Tabela 6 Media de Crescimento de domínios no Brasil de 2000 a 2007, Fonte CETIC.br (2008).

Milhares 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Domínios 359,7 447,9 413,4 539,3 708,9 858,6 1.025 1.231

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O sucesso da Web no Brasil não pode ser medido apenas pelo número de

pessoas conectadas, mas principalmente pela intensidade, sofisticação e

variedade do uso que nossos internautas fazem da rede, quando comparadas

com nações em um estágio de desenvolvimento bastante superior ao nosso.

Juliasz (2006 p.109).

Segundo Castells (2002, p.439)

A Internet tem tido um índice de penetração mais veloz que

qualquer outro meio de comunicação na história: nos Estados

Unidos, o rádio levou 30 anos para chegar a sessenta milhões

de pessoas; a TV alcançou esse nível de difusão em 15 anos; a

Internet fez em apenas 3 anos [...] O resto do mundo está

atrasado em relação à América do Norte e os países

desenvolvidos, mas o acesso à Internet e seu uso os estavam

alcançando rapidamente nos principais centros metropolitanos

de todos os continentes.

O Brasil saiu de uma situação em 2001, em que 90% das pessoas que

navegavam na Internet, tinham conexão discada, para 76% navegando em

banda larga em 2007, lembrando que, em 1995 a velocidade de acesso ficava

entre 9,6 Kbps, chegando raramente a 28,8 Kbps. Hoje o pacote mais barato

de banda larga, possui uma velocidade de 256 Kbps, chegando a 30 MBps,

ou seja, tivemos um grande avanço tecnológico nos últimos anos.

O desenvolvimento promovido pelas tecnologias da informação apresenta

aos profissionais da informação grandes desafios, vinculados à organização e

tratamento da informação.

A informação, sendo considerada como um bem, aumenta de

forma considerável a responsabilidade das unidades de

informação, que além de exercerem seu papel habitual junto à

sociedade, passam a ser componentes estratégicos no

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desenvolvimento da economia de qualquer nação.(ARAÚJO,

2000, p.2)

Para Souza e Alvarenga (2004, p.133) a Web, apesar de ter sido projetada para

possibilitar o fácil acesso a informação, teve um crescimento desestruturado e

caótico, sendo hoje, um imenso repositório de documentos que, apesar da

evolução dos Motores de Busca1, é pouco eficaz na recuperação da

informação.

Para minimizar os impactos do crescimento desordenado da

Internet, acreditamos que, as unidades de informação podem

utilizar as ferramentas apresentadas para promover seus

serviços disponíveis na Internet. Para isso, será necessário que

a unidade de informação adote uma abordagem de

administração orientada para o marketing, e com isso, passe a

elaborar e executar planos regulares para promoção e

divulgação de seus serviços na Internet. (ARAÚJO 2000, p.15)

Nesse novo contexto, não basta somente ter infra-estrutura, é necessário

possuir competência, para transformar informação em conhecimento. Esse

perfil requer além de outras competências capacitação tecnológica, e

competências informacionais, que permitam o compartilhamento de

conhecimento, informações e dados.

Com a Web, a publicação e o acesso à informação tornaram-se

ações de fácil execução para quaisquer indivíduos. As pessoas,

ao redor do mundo, passaram a ter em suas mãos a

possibilidade de participar ativamente nesses processos. Desde

sua criação, a Web tem evoluído com a adição de novos serviços

e funcionalidades que, cada vez mais, permitem que os seus

1 Um motor de busca é um programa feito para auxiliar a procura de informações

armazenadas na rede mundial (WWW), dentro de uma rede corporativa ou um computador pessoal.(Wikipedia)

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usuários participem de forma ativa na construção e organização

dos conteúdos lá disponíveis. (CATARINO e BAPTISTA, 2007,

p.2)

Hoje temos um cenário, em que lidamos com usuários que podem ser, ao

mesmo tempo, leitor, autor e classificador da informação. Essa possibilidade

de construção dinâmica, segundo Gracioso (2007, p.2), só foi possível

através do contexto Web.

Segundo Bax (1998, p.5), para que as bibliotecas que tenham maior

proveito dessas novas tecnologias, será necessário trazer a Web para o

mundo das bibliotecas e centros de informação. Por isso, devem procurar

conhecer e dominar as diferentes tecnologias, usadas para construir e

disponibilizar a informação.

Ainda o mesmo autor, coloca a importância da Web para as Unidades de

Informação, Bibliotecas e Centros de Informação, e pela maneira pelo qual

vêm mudando a forma em que as bibliotecas servem seus usuários.

Vivemos uma época em que o número de usuários da Internet, cresce

gradualmente, e que provedores de informações comerciais oferecem serviços

de buscas cada vez mais sofisticados, como Altavista nos EUA por exemplo,

e a biblioteca como uma unidade informacional, não deve se tornar estática

diante desses novos processos.

Esses novos serviços, oferecidos pela Web, devem ser utilizados pelos

profissionais da informação, pois estes estão a cada dia, mais presentes na

vida de nossos usuários.

As tecnologias devem ser vistas como aliadas nos serviços

bibliotecários. O foco de atuação do profissional da informação,

no futuro deverá deslocar-se do processo de busca e acesso à

informação para a criação de infra-estrutura de pesquisa,

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desenvolvimento de plataformas de publicação e programas

para a capacitação dos usuários. Tais atividades permitirão ao

bibliotecário assumir, cada vez mais, o seu papel de educador

para o uso dos recursos informacionais. (SCHWEITZER, 2008,

p.16)

Essas tendências, observadas na maneira com que as pessoas hoje se

comunicam, interagem, pesquisam, compartilham conhecimento, e

participam da criação e re-mistura de novos conteúdos,

tem, obviamente, um impacto sobre a biblioteca, os seus serviços, e as

expectativas de ambos.

Conforme Gracioso (2007, p.4), a biblioteca diante desse dinamismo

informacional promovido principalmente pela Web 2.0, precisa repensar

suas ações e atuação nesse espaço on-line.

Dentro desse contexto, buscamos identificar alguns recursos da Web

(especificamente Web 2.0), que poderão permitir que o conhecimento seja

utilizado coletivamente. Assim, pretendemos mencionar alguns recursos

tecnológicos que têm permitido repensar a atuação das bibliotecas e

unidades de informação nesse espaço on-line.

5 BIBLIOTECA: NOVOS PARADIGMAS FRENTE ÀS TECNOLOGIAS WEB 2.0

Com o desenvolvimento tecnológico, surgem novas perspectivas para o

profissional da informação, tendo como proposta, o aproveitamento coletivo,

a colaboração, interação e a participação do usuário, nos serviços das

unidades de informação.

Esse novo modelo de biblioteca começou a ser repensado, a partir do

surgimento da Web 2.0, que possui como filosofia o dinamismo,

compartilhamento e interatividade. Diante disso, as bibliotecas começam a

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14

perceber a aplicabilidade dessas ferramentas para a promoção e uso da

informação.

Não nos ateremos aqui, a fazer um recorte histórico sobre a constituição da

Web, porque não é o objetivo desse trabalho, porém recorreremos a alguns

conceitos que servirão como embasamento da constituição da biblioteca 2.0.

O termo Web 2.0, surgiu na Conferência da MediaLive e O’Reilly Media, em

São Francisco, onde se discutia a idéia de uma Web dinâmica e interativa,

em que os internautas poderiam colaborar com a criação de conteúdo.

Assim, começava a nascer a segunda geração de serviços online

e o conceito da Web 2.0, surgindo um nível de interação em que

as pessoas poderiam colaborar para a qualidade do conteúdo

disponível, produzindo, classificando e reformulando o que já

está disponível. (BLATTMANN; SILVA, 2007, p.197)

Ainda os mesmos autores colocam que, a Web 2.0 passa a ser

descentralizada, onde o sujeito torna-se um ser ativo e participante da

criação, seleção e troca de conteúdo, postado em um determinado site por

meio de plataformas abertas.

O’Reilly (2005, p.2), define Web 2.0, como uma mudança para uma

Internet plataforma, onde o objetivo é desenvolver aplicativos que aproveitem

a inteligência coletiva em rede.

Dentre essas tecnologias, Arnal (2007, p.98), descreve o surgimento das

aplicações AJAX, MASHUPS e o Software Social.

O Ajax seria uma combinação de XML e JavaScript, que possibilita criar

aplicações Web mais interativas com o usuário, dinâmicas e flexíveis,

citamos como exemplo o Google Maps, Gmail e o Flickr, que tornam a

experiência do usuário mais rica através de construções participativas.

Page 26: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

15

Segundo Fontes (2006, p.15), o Ajax é um modelo assíncrono que possui

interface natural e intuitiva. É utilizado pelos navegadores modernos, seu

fluxo é baseado em dados, não em páginas, não necessita de plugs e reduz a

carga na rede, pois somente dados solicitados pelos usuários são trafegados.

Os Mashups são conjuntos de aplicativos interativos que integram dados e

serviços Web, utilizando o conteúdo de mais de uma fonte para criar um

novo serviço, um excelente exemplo intuitivo é o Aytozon, que combina

dados da Amazon e do E_bay, onde os usuários comparam preços entre os

produtos de ambas. Para Merrill (2006, p.3), trata-se de uma aplicação Web

de integração de dados.

A Biblioteca Municipal de Muskiz (Espanha), (fig.3), oferece um exemplo da

aplicabilidade da ferramenta Mashups em bibliotecas, utilizando em seu site

o serviço Google Maps, na localização da biblioteca.

Figura 3 Mashup,.Biblioteca Municipal de Muskiz, (2008).

Por fim temos o software social, citado por Arnal (2007, p.98), que abriga

programas voltados para colaboração, tendo como princípio estimular as

relações dos grupos em rede, no que se refere ao aproveitamento da

inteligência coletiva.

Page 27: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

16

Também são aplicações Web 2.0, no qual permitem a comunicação entre os

indivíduos através da rede. Podemos citar como exemplos os Blogs, Fóruns,

Wikis entre outros.

Essas inovações demonstram qualidades notáveis, quanto à possibilidade

de aplicação nas Unidades de Informação, devido, em sua maioria, serem

programas abertos. Assim não necessitam de instalação, não há lançamento

de novas versões e o aprimoramento é contínuo, além de possuírem designes

interativos que facilitam a utilização.

A Web, segundo Bax (1998, p. 8) é uma plataforma onde a distribuição de

informação multimídia é realizada de forma bastante natural, e cada vez

mais simples, à medida que novas ferramentas de editoração e conversão

são produzidas.

Os conteúdos segundo O’Reilly (2005, p.3), também tiveram modificações,

devido à possibilidade do usuário, poder participar através de comentários,

avaliações e personalização de conteúdos.

Para o autor, na Web 2.0, os conteúdos devem ser abertos, utilizando

licenças como "Creative Commons2" que flexibilizam os direitos autorais,

permitindo que o usuário reutilize as informações, republicando, alterando

ou colaborando, com o conteúdo.

Na Web 2.0, o conteúdo é organizado pelo internauta através de marcações

ou Tags, onde o usuário define a palavra-chave que será dada a determinada

informação. Quanto mais o usuário se tornar participativo no processo de

2 Creative Commons, conhecido também pela sigla CC, é um projeto sem fins lucrativos

que disponibiliza licenças flexíveis para obras intelectuais garantindo proteção e liberdade. (CREATIVE COMMONS BRASIL, 2006)

Page 28: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

17

organização da informação, mais ele irá entender o seu funcionamento,

aumentado suas chances de localizar a informação.

Outra ferramenta apresentada por O’Reilly (2005, p.4), seria a chamada

CGM (Consumer-Generated Media), no qual define como um termo utilizado

para descrever o conteúdo, criado e divulgado pelo próprio consumidor. O

CGM está presente nos comentários de fóruns, lista de discussão, blogs,

fotoblogs, comunidades, grupos, sites participativos (You Tube) ou na

própria Wikipédia.

Os consumidores utilizam essas ferramentas, para divulgar experiências

pessoais e opiniões em relação a produtos, marcas, serviços, empresas,

notícias entre outros.

O marketing também sofreu modificações. Nesse novo contexto, que

O’Reilly (2005, p.3) chama de Marketing de Performance, o consumidor

passa de passivo para ativo, ou seja, o consumidor recebe a mensagem e

interage com ela, formando um relacionamento entre o emissor e receptor.

Para Davis (2007, p.1), a Web 2.0 é uma atitude e não uma tecnologia, pois

trata da possibilidade e o incentivo a participação através de aplicações

socialmente abertas.

Sendo assim, novas ferramentas surgem com características de

colaboração, compartilhamento e interação. Na Tabela 7, podemos fazer uma

comparação entre as ferramentas utilizadas na Web 1.0 e Web 2.0.

Tabela Comparação das Ferramentas Web 1.0 e 2.007, O’Reilly (2005,p.3).

Comparação das ferramentas Web 1.0 e 2.0

Web 1.0 Web 2.0

DoubleClik Google AdSense

Ofoto Flickr

Page 29: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

18

Akamai BitTorrent

Mp3.com Napster

Britânica Online Wikipédia

Websites pessoais Blogs

Busca por domínios Motores de busca otimizados

Publicando Participando

Gerenciamento de Conteúdos Wikis

Taxonomia (Diretórios) Folksonomia (tags)

Analisando o quadro acima, percebemos que a Web 2.0 começa a valorizar

o conhecimento coletivo, abrindo caminhos para troca de informação e

compartilhamento, através de aplicativos interativos e sociais.

Passemos então a falar de sua aplicabilidade nas bibliotecas e sua

importância nos serviços de informação.

6 BIBLIOTECA 2.0

Como discutido no item anterior, as tecnologias de informação,

especificamente as advindas da Web 2.0, tem gerado um grande impacto nos

serviços oferecidos pela Internet, inclusive na forma do usuário receber,

tratar e recuperar a informação.

Desse modo, partimos do pressuposto de que os profissionais que atuam

em unidades de informação sejam Bibliotecas Universitárias, Públicas ou em

Instituições Privadas, precisam compreender que, além dos princípios

básicos da biblioteconomia, necessitam reformular seus processos, e

interagir nesse contexto de mudanças tecnológicas.

Page 30: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

19

Criar espaços criativos, flexíveis, dinâmicos, participativos valorizando a

inteligência coletiva e com foco no usuário, são desafios para os profissionais

da informação hoje.

Segundo Maness (2006, p.2), a Biblioteca 2.0 pode ser definida como uma

aplicação interativa e colaborativa nos serviços de bibliotecas, baseada em

tecnologias Web 2.0, e centrada no usuário. Conclui que Biblioteca 2.0 está

voltada para o compartilhamento da informação e não para o acesso.

Para Arnal (2007, p.98), trata-se da aplicação de tecnologias e filosofia da

Web 2.0 nas coleções e serviços da biblioteconomia tanto virtual como real.

Casey (2006, p.2) fala que a idéia de Biblioteca 2.0, nasceu da biblioblogsfera,

através de diversos pensadores, coloca que ferramentas como blogs, wikis e

demais aplicações colaborativas serão usados tanto para comunicação entre

os bibliotecários como serão aproveitas para elaboração de melhores serviços

aos usuários.

Para Martín (2008, p.5) a Biblioteca 2.0 é aquela que utiliza ferramentas

tecnológicas de participação, para mudar os recursos da biblioteca,

utilizando princípios da Web social, (arquitetura de participação e

inteligência coletiva).

Resumidamente, podemos concluir, baseando-se nas definições acima, que

biblioteca 2.0 nada mais é do que aplicação de tecnologias Web 2.0, nos seus

serviços informacionais que promovem o compartilhamento, criação e

classificação da informação a partir da inteligência coletiva.

Tanto Abram (2007, p.2) como Deschamps (2007, p.9), recomendam um

programa de aprendizagem das ferramentas Web, que poderiam ser

adotadas em uma biblioteca. Entre as ferramentas citadas pelos autores,

temos o Blog, Flickr, RSS, Delicious, Wikis entre outros.

Page 31: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

20

Percebemos que, muito tem se falado sobre a aplicação dessas ferramentas

em bibliotecas, no Brasil poucas bibliotecas têm aderido essas tecnologias e

encontramos raras bibliografias que falam do assunto.

Países como Portugal, Venezuela e EUA, têm apresentado maiores índices

de utilização das ferramentas Web como Flickr, Delicious, RSS, Blogs, Chat

entre outros de acordo com a bibliografia utilizada para a produção desse

trabalho.

A resistência por parte dos profissionais da informação, que se restringem

á utilização de recursos tradicionais, seja por dificuldade de adaptação, falta

de segurança, fatores pessoais ou culturais, têm sido uma das dificuldades

encontradas na utilização das ferramentas tecnológicas disponíveis na Web

2.0.

Vivenciamos um período, onde nosso usuário espera, e não se satisfaz com

catálogos estáticos, muitos de nossos usuários, talvez a maioria, têm

substituído, ou colocado como segunda opção a pesquisa nos catálogos

tradicionais por buscadores que se nomeiam de “Biblioteca Universal”. Por

isso, a necessidade de repensar em um novo modelo de biblioteca, que

atenda essa nova geração de usuários que faça seu papel como núcleo

informacional.

Segundo Blair (2008, p.3 apud GRACIOSO, 2003, 2007), “os usuários

atualmente têm condições diferenciadas tanto para descrever suas

demandas informacionais, como para discriminar os conteúdos, que lhe são

retornados”

A evolução da Web possibilita a criação de espaços cada vez

mais interativos, nos quais os usuários possam modificar

conteúdos e criar novos ambientes hipertextuais. Estes recursos

Page 32: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

21

são possíveis devido a uma nova concepção de Internet,

chamada Internet 2.0, Web 2.0 ou Web Social. (BLATTMANN;

SILVA, 2007, p.192)

Gracioso (2008, p.4) salienta que essa nova geração de usuário adquiriu

condições de ser organizador, produtor e disseminador da informação,

havendo um alargamento do papel do sujeito pesquisador com a emergência

do contexto on-line da informação.

Desse modo, a autora discute sobre a posição da biblioteca diante desse

contexto, de dinamismo e imprevisibilidade, fazendo desses recursos de

produção do conhecimento um desafio para área.

Se pensarmos, no desenvolvimento da biblioteca ao longo dos séculos,

promovendo a organização, recuperação e a disseminação da informação,

veremos que, ao longo dos anos, foram sendo desenvolvidas novas formas de

tratamento e disponibilização da informação de acordo com o desenvolvimento

da sociedade.

Sendo assim, podemos pensar que estamos vivendo, num novo contexto

chamado Sociedade da Informação, que implica diretamente na forma da

organização, disponibilização e tratamento do conhecimento e da

informação.

No quadro comparativo abaixo (Tab.8), identificamos alguns serviços da

biblioteca tradicional, e a nova proposta de biblioteca baseada em tecnologias

Web

Tabela 8 Comparação Biblioteca Tradicional e Biblioteca no contexto Web 2.0, elaborado com base nos textos utilizados nesse trabalho

Comparação Biblioteca Tradicional e Biblioteca no contexto Web 2.0

Biblioteca Atual Biblioteca 2.0

Page 33: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

22

Democratização e acesso a

Informação

Compartilhamento de Informação

Estática não sofre alteração Colaboração, o usuário consegue

participar ativamente na criação dos

conteúdos

Disponibiliza a Informação Interativa, Redes participativas

Foco na Coleção Centrada no Usuário

Usuário vai a biblioteca Biblioteca vai ao usuário

Inteligência Individual Inteligência Coletiva

A biblioteca tradicional tem como característica, a utilização de tecnologias

Web 1.0, ou seja, possui tutorial baseado em texto, FAQ, Lista de correio

eletrônico, classificação controlada e catálogo impresso.

A biblioteca 2.0, poderia ser descrita, como uma mídia interativa e

colaborativa, com aplicativos como Chat, Blogs, Wikis, RSS, e a participação

do usuário na classificação através de Tags além da possibilidade de

comentar a informação recebida, através da opção “Comentários”, utilizado

por Blogs atualmente.

Para Coyle (2007, p.291) afirma que vivemos uma década na qual os

usuários participam e criam conteúdo na Web, estão habituados a postar

comentários em blogs, e suas idéias através de Wikis, criar uma identidade

no seu próprio My Space. Eles tentam interagir com os recursos

informacionais e não só consumi-los.

As bibliotecas tradicionais são criadas por profissionais que utilizam um

conjunto de regras, que não permite a interação com o usuário. Muitos

profissionais ainda resistem a idéia de que o usuário possa ser autorizado a

modificar ou adicionar informações ao catálogo.

Page 34: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

23

Segundo Coyle (2007, p.291), os usuários esperam poder compartilhar

recursos informacionais, como por exemplo, a utilização de Bookmarking,

onde os usuários compartilham seus favoritos.

Algumas bibliotecas como a Library Hennepin County, localizada em

Minneapolis MN (US), (http://www.hclib.org/), (Fig.4), visando maior

integração com usuário agregam em seu catálogo link para comentário, onde

qualquer usuário pode incluir informações sobre determinado item e

compartilhar informações com outros usuários. Com isso, percebemos que

estamos falando de mudanças que já estão ocorrendo nas bibliotecas.

Figura 4 Library Hennepin County (2008): Catálogo com opção de comentários

Esse serviço é comum em blogs, e em sites comerciais. Em bibliotecas,

pouco se tem explorado, porém trata-se de uma ferramenta potencial de

diálogo entre usuários de mesmos interesses, ou seja, uma ferramenta para

construir relações entre as pessoas.

Segundo Casey (2006, p.1), a Biblioteca 2.0 possui quatro elementos

essenciais:

Page 35: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

24

• É centrada no usuário: o usuário começa a participar da criação de

conteúdos e dos serviços da biblioteca;

• Fornece uma experiência Multi-Media: Coleções e serviços da biblioteca

contem componentes de áudio e vídeo;

• É socialmente rica: Possuem mensagens Síncronas (mensagens

instantâneas) e assíncronas (wikis), usuários e bibliotecários

comunicam-se entre si;

• É comunalmente inovadora: Este talvez seja o aspecto mais importante

da Biblioteca 2.0, pois as bibliotecas devem permitir aos utilizadores

sejam criadores de novos serviços da biblioteca, e permitam que não só

usuários que buscam a informação encontrem como utilizem a

informação.

Coyle (2007, p.290) comenta sobre a necessidade de criação de novos

serviços aos usuários, ou seja, um novo modelo de biblioteca, focada no

usuário. Para isso, exigem-se competências do profissional da informação,

para gerenciar e utilizar as tecnologias disponíveis hoje na Web.

Ao incorporarem tecnologias da Web 2.0, os profissionais da

informação precisam conhecer as tecnologias disponíveis, suas

vantagens e possíveis inconveniências. Será necessário

conhecer e estudar as ferramentas simples, fáceis de usar,

eficazes, de baixo custo e alto retorno para dinamizar o fluxo da

informação. (BLATTMANN; SILVA, 2007, p.211)

Hoje, procuramos soluções não de como buscar os usuários para a

biblioteca, e sim como levar a biblioteca até o usuário. Por isso, a

necessidade de mudanças na maneira de gerenciar e aproveitar os recursos

oferecidos pela Web 2.0.

Page 36: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

25

Casey e Savastinuk (2006, p.3) explicam que no mundo atual, muitos dos

serviços oferecidos pelas bibliotecas não são usados pela maioria dos

usuários. A utilização de serviços personalizados e participativos pode

melhorar o desempenho da biblioteca, não importando a ferramenta

adotada.

Seguindo essa linha de raciocínio, serão apresentadas a seguir aplicações

de tecnologias Web 2.0, que podem ser utilizadas pelas bibliotecas, para

auxiliar na organização e estruturação da informação. Procuramos, na

medida do possível, apresentar exemplos reais de profissionais da

informação que estão aderindo essas novas tendências tecnológicas.

6.1 Folksonomia

Para Catarino e Baptista (2007, p.2) folksonomia é um neologismo criado

em 2004, por Thomas Vander Wal, a partir da combinação entre Folk (Povo,

Pessoa) e Taxonomy (Taxonomia). Tecnicamente, para Wal (2005, p.1),

folksonomia é o resultado da codificação de informações pessoais, feita em

ambientes sociais.

Nesse estudo iremos nos referir somente a Tags, ou seja, palavras- chave

ou etiquetas atribuídas pelo usuário.

Trata-se de uma ferramenta que possibilita ao usuário indexar conforme

seus conhecimentos o conteúdo de seu interesse, para recuperação

posterior. Um exemplo prático desse tipo de ferramenta, seria Delicius ou o

software Connotea, onde permite o usuário indexar e catalogar sites, e ao

mesmo tempo compartilhá-lo com outros usuários.

Pavan et al (2007, p.78) colocam que, esses tipos de ferramentas utilizadas

na organização da informação, onde são utilizadas Tags, atribuídas pelo

Page 37: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

26

usuário e denominada cientificamente como Folksonomia, representam uma

perspectiva acadêmica que possibilita o usuário organizar, compartilhar e

buscar novas leituras dentro de várias áreas do conhecimento.

Podemos citar como exemplo desta aplicação softwares sociais como Flickr,

Delicious, You Tube, entre outros. O advento de Tags facilitou a organização

do conteúdo na Web. Há centenas de exemplos de aplicações de Tags, porém

o que vem se destacando atualmente são as chamadas “Nuvens de Tag”,

(Fig.5).

Figura 5 Nuvem Tag, Bitblio (2008).

As “Nuvens de Tag” foram criadas pelo blog SeatlePi.com (http://blog.seatt

lepi.nwsource.com/microsoft/archives/110473.asp). Apresentam palavras-

chave utilizadas pelos navegantes, demonstrando através dos tamanhos das

palavras a frequência de busca, de forma que, quanto mais buscas houver pela

palavra, maior será sua representação nas “Nuvens de Tags”.

Para Vieira, Carvalho e Lazzarin (2008, p.8), as Tags habilitam os usuários

a criarem cabeçalhos de assuntos para o suporte informacional e aproveitam

ao mesmo tempo a inteligência coletiva, o que pode auxiliar o processamento

técnico feito pelo profissional da informação.

Page 38: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

27

Mathes (2004, p.1) aponta três abordagens para classificação da

informação:

• Classificação desempenhada pelos catalogadores bibliotecários, que

requer controle e estudo do vocabulário;

• A criação de metadados, onde o autor cria alternativas às classificações

criadas pelos profissionais especializados;

• A folksonomia que trata de um trabalho realizado coletivamente por

usuários das ferramentas ou sites, que organizam a informação

atribuindo uma classificação através da sua própria linguagem.

Catarino e Baptista (2007, p.2) destacam três fatores essenciais na

folksonomia:

• A indexação é livre e feita pelo próprio usuário;

• Objetiva a recuperação posterior da informação;

• É desenvolvida em ambiente aberto, possibilitando o compartilhamento e

em alguns casos até a construção da informação.

Podemos observar, através dos tópicos acima, que a folksonomia é um

serviço típico da Web 2.0, cuja característica é o compartilhamento e a

colaboração na construção dos conteúdos.

Como exemplo de utilização dessa ferramenta em Unidades de Informação,

temos o Flickr, disponível gratuitamente na Internet, onde algumas

bibliotecas como Library of Congress, têm utilizado para indexação do seu

acervo fotográfico.

Page 39: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

28

A seguir são demonstradas outras ferramentas tecnológicas que podem ser

aplicadas em Unidades de Informação. Entretanto achamos melhor

categorizá-las nos serviços de referência e promoção da biblioteca, devido às

suas funcionalidades, estarem ligadas a técnicas conceituais, da prática do

serviço de referência em bibliotecas.

6.2 Serviços de referência a partir de tecnologias Web 2.0

A utilização de recursos Web, nos serviços de referência em bibliotecas e

unidades de informação, pode agregar valor e permitir a veiculação da

informação com mais facilidade e rapidez, além de aumentar

substancialmente a eficácia de serviços como DSI.

A essência do conceito de referência é o atendimento pessoal do

bibliotecário profissional preparado para esse fim ao usuário

que, em momento determinado, o procura para obter uma

publicação ou informação por ter alguma dificuldade, ou ainda,

não encontrando a informação na biblioteca, precisa ser

encaminhado para outra instituição. (MACEDO, 1990, p.12)

Nesse intuito, demonstramos através desse trabalho que a Web 2.0, facilita

esse contato entre o profissional da informação e o usuário, através de

ferramentas e aplicações tecnológicas.

O conceito moderno de referência, relacionado a realidade

presente, se alarga para um tipo de serviço mais aberto

utilizando-se de vários meios de materiais, não se confinando a

fontes internas. Atende o usuário pessoalmente, mas também,

por telefone, carta, via computador; utiliza coleções

bibliográficas e multimeios do próprio sistema de informação ou

da base de cooperação com outras bibliotecas. Visa, enfim,

alcançar a satisfação do usuário real e potencial, em qualquer

tipo de propósito, desde a resposta a uma simples pergunta, até

Page 40: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

29

a orientação no uso da biblioteca, aos levantamentos

bibliográficos e a disseminação seletiva da informação.

(MACEDO, 1984, p.65)

Partindo da citação acima, Macedo define o conceito de serviço de

referência moderno como um sistema aberto com a finalidade da satisfação

do usuário, onde o bibliotecário deve-se utilizar dos meios disponíveis, para

essa finalidade.

Podemos concluir que ferramentas como Chat, Wiki, Blog e Redes Sociais,

podem se constituir em potenciais ferramentas de Referência.

Ainda Macedo (1984, p.66) cita quatro linhas de atuação do serviço de

referência

• Referência propriamente dita [...] o bibliotecário aguardando ser

procurado pelo usuário, responde a questões de referência e assiste o

mesmo em suas dificuldades de localização e de obtenção de informação,

[...];

• Orientação formal ao usuário quando o setor programa, de forma

sistemática, visitas orientadas, cursos, etc., para instruir os usuários no

manejo da biblioteca, na pratica da pesquisa bibliográfica, etc.;

• Disseminação da informação que se preocupa em antecipar a busca da

informação pelo usuário, preparando boletins bibliográficos e

informáticos; sínteses da informação; instrumentos de alerta e

disseminação seletiva, corrente, da informação, não obrigando a vir

amiúde á biblioteca;

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30

• Divulgação e interpretação da biblioteca de meios vários: impressos,

comunicação visual, audiovisuais etc., a fim de mostrar ao usuário o que

existe e como funciona o sistema de informação.

Para efeito da análise proposta no início deste trabalho, dar-se-à ênfase as

tecnologias presentes na Biblioteca 2.0, divididas em três partes: a primeira

tratando das ferramentas disponíveis, que irão ajudar o bibliotecário na

orientação ao usuário, atendendo o item 1 e 2 colocado por Macedo, a

segunda parte trataremos das ferramentas de Alerta e Disseminação Seletiva

da Informação da Biblioteca 2.0 conforme o item 3, e, por último,

abordaremos as ferramentas de divulgação da biblioteca.

6.3 Instrumento tecnológico da Biblioteca 2.0 como meio de orientação ao usuário

Segundo os autores Nascimento e Burin (2006, p.136), a rápida

proliferação da Internet fez com que se formassem diversos grupos de

usuários. Trazendo a necessidade dos bibliotecários e profissionais da

informação modificarem os padrões tradicionais de prestação de serviços,

para que possam atender a essa demanda informacional.

Expandir os serviços de referência para além das estruturas

físicas das bibliotecas e unidades de informação, desenvolvendo

um trabalho em sintonia com o aumento das expectativas dos

usuários e promovendo a atualização profissional dos

bibliotecários, com relação aos novos recursos informacionais, é

a atual meta dos serviços de referência nas unidades de

informação (NASCIMENTO; BURIN, 2006, p.134)

Redefinir o processo de referência, decidir estratégias para a educação do

usuário e divulgação de maneira satisfatória são alguns pontos a serem

considerados pelo serviço de referência.

Page 42: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

31

O profissional bibliotecário, frente a essas mudanças, deve estar

preparado para executar suas funções em novos ambientes de

trabalho, com novas ferramentas, desenvolvendo novas

metodologias e novos produtos. Este profissional deve inovar

suas práticas, trabalhando para otimizar o uso dos recursos

informacionais existentes na biblioteca e acessíveis

virtualmente. (SCHWEITZER, 2008, p.16)

Levando em consideração os novos recursos informacionais, procuramos

demonstrar algumas ferramentas tecnológicas da Web, que estão sendo

utilizadas por bibliotecas nos serviços oferecidos aos usuários.

No primeiro momento trataremos das tecnologias que promovem a

comunicação entre o usuário e a biblioteca.

6.3.1 Mensagens Instantâneas (IM): Chat

Segundo Macedo (1984, p.72), uma das funções de uma biblioteca ou

centro de informação, consiste na assistência pessoal aos usuários que

buscam informação.

Sendo assim, estudaremos nesse item, a importância do uso da ferramenta

Chat em bibliotecas, e como pode facilitar a comunicação e a aproximação

do profissional da informação ao usuário.

As tecnologias de informação e comunicação estão cada vez mais presentes

na vida de nossos usuários, proporcionando meios de compartilhar uma

complexa rede de informações e recursos.

Como ferramentas de mensagens síncronas, ou simplesmente IM, podemos

citar o IRC (Internet Relay Chat), ou simplesmente Chat, que permite a

comunicação em tempo real entre os indivíduos.

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32

Algumas bibliotecas têm utilizando esse serviço, onde usuários podem se

comunicar com bibliotecários sincronicamente, através do serviço de

referência, “Chat”, como exemplo, citamos a National Library of Australia

(http://www.nla.gov.au/askalibrarian, conforme demonstrado na Figura 6.

Figura 6 Chat, National Library of Australia (2008).

Apesar de a National Library of Autralia, ainda oferecer serviço FAQ,

incluiu também em seu catálogo a opção de Chat. Muitas bibliotecas têm

substituído o serviço de FAQ pelo Chat, por ser mais próximo da vivência

dos usuários hoje.

Outro formato de Chat, muito utilizado é o oferecido pela Library Hennepin

County, localizada em Minneapolis MN (US), onde aparece automaticamente a

caixa de diálogo quando o usuário acessa o link “Chat a Librarian”, (Fig.7),

inclusive o serviço fica disponível para o usuário durante as pesquisas no

catálogo.

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33

Figura 7 Library Hennepin County (2008), Chat

O Chat é um dos serviços da Internet, cuja utilização cresce de forma

exponencial. Trata-se de um sistema que permite duas ou mais pessoas se

comunicarem em tempo real (bate-papo), independente da localização

geográfica que se encontram, de forma interativa.

O Chat envolve um processo maior de interação entre aluno/bibliotecário e

bibliotecário/aluno, como também permite a comunicação em grupo,

diferente, do que acontece com os correios eletrônicos.

A aplicação desse serviço em bibliotecas, possibilidade ao Bibliotecário

oferecer assistência pessoal, especializada ao usuário, seja presencial ou

remoto, de forma interativa em tempo real.

Este serviço pode ser utilizado para perguntas específicas que envolvam

pesquisas, estudo, indicações ou perguntas casuais como, horário de

funcionamento, localização de materiais entre outros.

Dentre as potencialidades do uso do Chat, identifica-se a constituição de um

espaço onde o bibliotecário poderá dialogar de forma informal, possibilitando o

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34

aprendizado e a troca de experiência entre ele e o usuário, eliminando

barreiras existentes.

Outro aspecto importante da utilização do Chat é a possibilidade de

armazenamento de cópias de debates.

Entre as vantagens do Chat citadas por Ortega, Isla e Pavón (2000, p.37),

estão:

• a possibilidade de nos comunicar com pessoas potencialmente distantes,

sem que isso seja nenhum inconveniente. Graças a esse serviço

desaparecem as barreiras geográficas e o conceito de contexto social em

que habitualmente nos movemos e se converte no conceito de aldeia

global;

• o computador desfavorece a comunicação humana eliminando os

componentes quente e afetivo, e oferece um novo tipo de comunicação

mais rica em possibilidades, mais completa e mais criativa;

• o Chat aparece como uma possibilidade aberta em tempo real que ajuda

a localização rápida e precisa da informação sobre um determinado

tema.

Em contrapartida, o Chat apresenta falta de estrutura da interface, pois,

várias pessoas falam ao mesmo tempo. Contudo, o bibliotecário poderá criar

algumas regras aos participantes, como por exemplo, redução do número de

participantes, clareza nas instruções prévias, definição de regras de

convivência, horário de atendimento entre outros.

Para Maness (2006, p. 47), o Chat também pode ser utilizado para auxiliar

o usuário em dificuldades, como percebendo dificuldades do usuário em

localizar a informação, um serviço de mensagem assíncrona como Chat,

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35

poderá ajudá-lo, surgindo na tela para oferecer assistência, o que

enriqueceria o desenvolvimento das interfaces e os processos técnicos de

uma unidade de informação.

6.4 RSS FEEDS para desenvolvimento de DSI na Biblioteca 2.0 A grande quantidade de informações disponível atualmente tem despertado

interesses de pesquisadores em procurar soluções, de forma a facilitar o

acesso a vasta quantidade de informações que vivenciamos nos dias atuais

em ambientes Web.

Dentre as soluções encontradas atualmente está o uso de ferramentas

Feeds, também conhecida como RSS Feeds (RDF Site Summary ou Really

Simple Syndication). Neste trabalho nos ateremos a chamar somente de RSS,

termo mais utilizado atualmente, no qual têm sido exploradas por blogs,

sites, intranets, home Pages, Redes Sociais e por bibliotecas, no intuito de

que, o usuário tenha a possibilidade de selecionar o material relevante ao

seu perfil.

Passarin e Brito (2005, p.2), explicam que um RSS pode ser utilizado, para

distribuição de qualquer tipo de conteúdo, por exemplo, notícias, histórias,

artigos entre outras informações.

Os RSS são usados para que o usuário acompanhe novas informações em

tempo real, de um site, Blog ou uma biblioteca, sem que precise acessar o

local no qual a informações está inserida.

Existe hoje Web sites que incluem RSS, onde no próprio navegador mostra

as atualizações dispensando a instalação de softwares específicos em

máquinas locais. Como exemplo temnos, o Firefox, Internet Explore 7,

BlogLines, Origo, Netvibes, o Google Reader , entre outros.

Page 47: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

36

O Bloglines permite que o usuário acesse seu RSS de qualquer computador

on-line, inclui, nessas características o agregador My Yahoo e o SharpReader.

Fazendo uma analogia com as Leis Biblioteconômicas, citadas por

Raganathan, o uso dessa ferramenta em bibliotecas cumpriria o objetivo

citado na segunda Lei “A cada leitor seu livro”, que pode ser explicado por

Lancaster (1996, p.12), como “a cada leitor sua necessidade”, e na quarta Lei

“Poupe o tempo do leitor”, que Lancaster (1996, p.13) explica dizendo que os

serviços de informação devem se preocupar não somente em satisfazer a

necessidade do usuário, mas em satisfazer a necessidade do modo mais

eficiente possível.

Seguindo essa linha de raciocínio, podemos dizer que o uso de RSS em

bibliotecas poderá contribuir para a aplicação da segunda e quarta lei da

biblioteconomia citada por Ranganathan nas unidades de informações e

bibliotecas, onde a ferramenta possibilitará que o usuário tenha acesso a

informações filtradas de acordo com seus interesses e atualizações em tempo

real.

Para Arnal (2008, p.103), o RSS é uma família de XML para difundir a

informação e ser reutilizada por outros programas ou sites da Web. Foi

popularizado por Blogs e atualmente se encontra implantado na Web, em

instituições, portais de revistas, base de dados e em alguns catálogos de

biblioteca.

A Universidade de Aveiro (http://www.doc.ua.pt/PageImage.aspx?id=8146),

uma universidade pública portuguesa localizada em Aveiro (UA), apresentada na

Fig.8, disponibilizou o serviço de RSS na base de dados de artigos científicos,

onde o usuário pode receber notificações por assunto ou por título conforme

seu interesse.

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37

Figura 8 RSS (Periódicos Científicos), Universidade de Aveiro (2008).

Vieira, Carvalho e Lazzarin (2008, p.4), salientam que a escolha por utilizar

essa tecnologia, se deve ao fato de que a mesma funciona como uma

assinatura, somente o conteúdo selecionado pelo usuário de acordo com sua

necessidade será disponibilizado.

A Biblioteca Municipal de Muskis (Espanha), (http://www.muskiz-

liburutegia.org/) aderiu esse serviço no seu catálogo, para que os usuários

recebam informações das novidades da biblioteca, de acordo com os

assuntos de Literatura Infantil, Novidades Juvenil, Vídeos e Novidades

Bibliográficas, Documentos Digitais entre outros, (Fig.9).

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38

Figura 9 RSS, Biblioteca Municipal de Muskis (2008).

Outra vantagem na utilização dos RSS em bibliotecas está na possibilidade

de mostrar ao usuário a abrangência das fontes disponibilizadas na

biblioteca, além de familiarizá-lo nos serviços da Unidade de Informação. Na

Figura 10, por exemplo, a biblioteca se utiliza da aplicação de RSS para

informar o leitor de novos títulos incluídos no catálogo.

Figura 10 RSS (Periódicos Científicos), Library Australian National University (2008).

Page 50: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

39

A utilização dessa ferramenta em Bibliotecas e Unidades de Informação,

poderá contribuir para melhorar os serviços de alerta e de disseminação

seletiva da informação, visto que o próprio usuário tem a liberdade de

escolher receber a informação que seja relevante e pertinente ao seu

interesse, de forma interativa, rápida e objetiva em qualquer momento, pois

o serviço, por ser uma aplicação Web pode se acionado a qualquer momento.

Disseminar, quando empregada na área de biblioteconomia, tem

o sentido de semear, espalhar a informação, ou seja, o ato de

levar ao conhecimento do usuário os documentos novos

recebidos pela biblioteca, ou, ainda, num sentido mais amplo.

Divulgar entre os leitores as publicações relevantes e atuais

para que possam através da atualização constante desenvolver

suas pesquisas e projetos. (SAMPAIO; MORESCHI, 1990, p.39)

Os mesmos autores colocam que, disseminar é divulgar; seletivo é uma

seleção direcionada; Informação trata-se do conhecimento recém-publicado.

Dessa forma pode se concluir que a ferramenta RSS pode ser utilizada na

disseminação Seletiva da Informação, pois divulga informações atuais e

pertinentes a área de atuação baseada em um perfil pré-estabelecido.

Os objetivos do DSI, segundo Sampaio e Moreschi (1990, p.43), variam de

acordo com os interesses acadêmicos e de pesquisa da comunidade a qual

serve, devendo seguir as necessidades, particulares do seu corpo de

pesquisadores.

Em sites de um modo geral, os RSS são distribuídos por assuntos

específicos, ou seja, podemos obter informações especificamente de um ator

ou grupo de atores, somente da seção de esporte, saúde, beleza entre outros.

Em bibliotecas não há necessidade portanto, de grandes especificações, e

sim, que os usuários de determinada área tenham acesso às informações

Page 51: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

40

mais atualizadas e pertinentes às suas necessidades, sugerimos a criação

das grandes áreas do conhecimento, por exemplo.

È claro, que a adoção dessas ferramentas exige planejamento, e estudos de

usuários, pelo profissional da informação, pois é extremamente importante

levar em consideração o público que se destina.

Embora cada instituição possua necessidades e usuários específicos, de

uma maneira geral deve se levar em consideração no momento da escolha

dos serviços de RSS, os seguintes itens:

• Perfil dos usuários existentes (Estudantes, Pesquisadores, Professores

etc.);

• Tipo de material que terá o serviço (Periódicos, Catálogo, Vídeos, etc.);

• Rotulação do serviço (Linguagem compreensível pelo usuário);

• Tipo de agregador (On-line ou Software);

• Localização do serviço na biblioteca (Home Page, Catálogo, Site, Blog

etc.).

Traçar o perfil do usuário, pode ser considerada a etapa principal, na

implantação do RSS nos serviços de DSI nas bibliotecas e Unidades de

Informação.

Nesse estudo, teremos um diagnóstico dos usuários reais e potenciais do

serviço. A partir de então, poderemos diagnosticar se o serviço será

abrangente ou específico, ou seja, uma biblioteca Universitária por exemplo,

poderia estruturar seu serviço de RSS, a partir das grandes áreas do

conhecimento, o que para uma biblioteca escolar não teria o mesmo êxito e

por conseguinte uma biblioteca especializada também não alcançaria o

objetivo do serviço DSI.

Page 52: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

41

Traçando o perfil do usuário, poderemos então fazer um levantamento dos

materiais que possuem maiores atualizações e pertinência para o usuário,

normalmente as publicações de periódicos científicos são os mais

requisitados, porém depende do público que vai servir, por exemplo, alunos

de rádio e TV teriam maior interesse em receber novidades das aquisições de

vídeo, e assim, por conseguinte.

Passando pelas etapas anteriores, defini-se então o nome que se dará ao

serviço, citando como exemplo a Biblioteca Municipal de Muskis que,

estruturou o serviço por assuntos e idade, como Novidades Literatura

Infantil 0-4 anos, Novidades Literatura Infantil 5-7 anos assim por diante,

também se deve levar em consideração o público que se quer atingir, sites

jornalístico classificam por seção, assim temos Economia, Esportes, Saúde

entre outros.

Após as etapas acima o profissional deverá escolher a melhor ferramenta

que atenda às necessidades do usuário e a relação custo x benefício.

Existem agregadores dos mais variados tipos, seja on-line ou softwares que

necessitam instalação, pagos ou gratuitos, a escolha vai depender alem das

necessidades do usuário, os recursos disponíveis na Biblioteca e profissionais

treinados para alimentação e manuseio dos mesmos.

E por fim, segue a escolha do local onde a ferramenta será disponibilizada

pelo usuário. Algumas bibliotecas, como as citadas acima, disponibilizaram

um link para a página com os RSS. Outras seguiram padrões utilizados

normalmente na Internet ao lado do conteúdo.

A Biblioteca Municipal de Muskis (Espanha) possui o link na página

principal no item “Imprescindíveis” juntamente com os links para os

aplicativos, Flickr e Netvibes. Dessa forma o usuário ao clicar terá acesso aos

RSS oferecidos e como utiliza-los, (Fig.11).

Page 53: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

42

Figura 11 RSS (Página Princípal), Biblioteca Municipal de Muskis (2008).

A biblioteca da Universidade de Aveiro (Portugal), (Fig.12), possui todos os

serviços RSS com o símbolo do agregador ao lado do serviço, o usuário dessa

forma, ao acessar por exemplo o item “Ultimas aquisições”, ele terá as

informações das atualizações estruturadas, por departamento, e ao lado, a

opção de receber as atualizações através do RSS, podendo optar por todos os

departamentos ou somente assessoria Jurídica, Centro de estudos de Jazz

entre outros.

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43

Figura 12 Biblioteca de Aveiro (2008), RSS

Outra vantagem para o profissional da informação é a otimização do tempo

gasto nos serviços de DSI tradicional, pois com a utilização dessa ferramenta

se torna dispensável a criação de formulários de perfis de usuário e análise

dos mesmos pelos bibliotecários, devido tratar-se de um serviço

automatizado, onde o bibliotecário não necessita coletar dados para traçar a

necessidade específica de cada usuário.

Para estatísticas de usabilidade, o sistema também se mostra eficiente e

prático, devido à possibilidade de emissão de relatórios automáticos. Porém

o planejamento é uma atividade necessária antes de se realizar a

implantação Não só os objetivos e metas a serem alcançados como também a

realização de diagnósticos e treinamento do usuário.

Segundo Sampaio e Moreschi (1990, p.54), a utilização de serviços de DSI

em bibliotecas por agir como um filtro entre o pesquisador e os documentos

publicados, reduz sensivelmente o tempo dedicado á pesquisa bibliográfica, e

com a implantação do RSS, o usuário ainda tem a vantagem de escolher

conforme a sua relevância atual, o que deseja receber e alterar no momento

em que houver necessidade.

Page 55: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

44

Segundo os mesmos autores citados acima, “a implantação do serviço de

DSI eleva o conceito da biblioteca perante o usuário e ao mesmo tempo,

produz um impacto global no serviço de informação”.

6.5 Promoção da Biblioteca 2.0 através de Blogs

Nesse trabalho utilizaremos o termo Blog, apesar de ser conhecido também

como Weblog. Trata-se de uma ferramenta da Internet, através da qual é

possível publicar informações, idéias, notícias, entre outros. São

considerados excelentes meio de comunicação de massa, devido à

possibilidade de qualquer pessoa ter acesso.

Existem também os Flogs (Fotografias), Vlogs (Vídeos), os Edublogs (Blog

Educativo), entre outros. Porém, trataremos somente do Blog, como meio de

divulgação dos serviços da Biblioteca.

Para Martín (2008, p.4), a simplicidade e facilidade do uso de Blogs trazem

dinamismo à publicação de conteúdos, características especiais da

blogosfera e possuem filosofia de participação e colaboração.

Segundo o mesmo autor, a utilização de Blogs em bibliotecas tem facilitado

o intercâmbio com outras bibliotecas, leitores e com outros Blogs. Diante

desse processo, algumas bibliotecas foram criando uma rede interna,

trabalhando com diversos Blogs, de temas diferenciados, como Blog de

Clubes de Leitura, conforme explica o autor.

Macedo (1990, p.17), por sua vez, fala da necessidade de o bibliotecário

encontrar mecanismos de atração aos membros da comunidade para que

conheçam a biblioteca, vejam o que ela possui e como funciona, seja usando

mídias, indo até a comunidade mostrando que a informação existe,

otimizando seu uso, tornando-a visível aos olhos do público.

Page 56: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

45

Macedo (1990, p.17) ainda cita como serviços de alertas, o noticiário de

eventos em decorrência, no próprio local da biblioteca, e em outras agências

culturais e de recreação artística do local; listas selecionadas de novas

publicações; folhetos de editoras e livrarias, fascículos de periódicos, folhetos

de concursos, produção bibliográfica da própria biblioteca, bibliografias

temáticas (auxilio didático e para leitura recreativa), sumários de periódicos

correntes, resumos ( com finalidade de disseminar assuntos novos e eventos

em decorrência); entre outros.

Já Sampaio e Moreschi (1990, p.41) definem os serviços de alerta como

programações oferecidas aos usuários em forma de sumários de periódicos,

exposição de material recentemente recebido pela biblioteca, circulação de

periódicos entre os leitores, murais entre outras alternativas de atualização

momentânea.

Analisando alguns Blogs de bibliotecas, comumente encontramos

informações que condizem com as características citadas por Macedo (1990),

ou Souza e Briguenti (1981), entre outros autores.

A Biblioteca de Sevilha (Espanha), (http://bib.us.es/aprendizaje_Investigacion

/guias_tutoriales/blogs-ides-idweb.html), (Fig.13), criou Blogs relativos a cada

área temática de atuação da biblioteca. Entre eles estão a Biblioteca de Química,

Arquitetura, Física, Saúde entre outros.

Segundo a biblioteca, o objetivo estaria na possibilidade de participação

dos usuários com opiniões e sugestões referentes aos serviços e acervo da

biblioteca.

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46

Figura 13 Blog da Biblioteca de Arquitetura, BIBLIOTECA de La Universidad de Sevilla (2008).

Conforme estatística disponível no Blog da Biblioteca de Arquitetura de

Sevilla (Espanha), a mesma hoje, contava com 48.614 visitas desde 2007,

entre os serviços oferecidos pelo Blog, estão os RSS, Chat, Tags, concursos,

cursos, busca por categorias e seleção por arquivos.

Segundo Maness (2006, p.2), Blogs são fundamentalmente tecnologias

pertencentes à Web 2.0, com enormes implicações nas bibliotecas, devido à

necessidade de tratamento pelo bibliotecário.

A National Library of Australia (http://natlibaustralia.blogspot.com/),

realizou uma pesquisa de usuário, para obter Feedback, acerca dos serviços

da sala de leitura. Entendemos dessa forma que além de o Blog ser um meio

de fortalecimento da imagem da biblioteca é uma ferramenta potencial de

relacionamento da biblioteca, podendo ser utilizada para pesquisas e

aprendizagem coletiva.

Arnal (2008, p.97) coloca a utilização de Blogs pelas bibliotecas para

publicar notícias, novidades bibliográficas e informações sobre a história

Page 58: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

47

local além de permitir que o usuário agregue informações, como comentários

sobre os livros do catálogo entre outros.

Figura 14 Blog, Biblioteca do ISCA (2008).

O Blog da Biblioteca do ISCA (Portugal), (http://wsl.cemed.ua.pt/blogs/

intangivel/) (Fig.14), contém informações sobre palestras, cursos, imagens da

biblioteca, destaques, dicas, vídeos, últimas aquisições, serviço de RSS,

Boletim, sugestão de links, congressos, temática do Blog, objetivo e equipe

editorial.

Entre as funções dos Blogs estão a divulgação de informações sobre

serviços e novidades da biblioteca, promoção da leitura, valorização da

coleção, disseminação seletiva da informação (RSS), troca de experiências e

conhecimentos, e aprendizado coletivo.

Trata-se de uma ferramenta à qual todos podem ter acesso dependendo

somente de uma conexão.

Page 59: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

48

Os Blogs, para Vieira, Carvalho e Lazzarin (2008, p.7), melhoram o

relacionamento e fortalecem a imagem da biblioteca, criando fontes de

informação e aumentando a popularidade da biblioteca, quebrando barreiras

de comunicação, incentivando a colaboração e participação de projetos

gerando novas idéias.

Os serviços do Blog da Biblioteca IES Sanxenxo (Espanha)

(http://bibliotecaieSanxenxo.blogspot.com/), criado em 2007, disponibiliza

informações sobre concursos, atividades, possui um Clube de Leitura,

Link para o catálogo da biblioteca, informações sobre aula on-line, artigos,

outros Blogs escolares e temas atuais. O contador de visitas até

16/10/2008, já havia registrado 1.756 acessos, (Fig.15).

Figura 15 Blog, Biblioteca IES Sancho (2008).

O Blog espanhol, A Nossa Biblioteca (http://biblioweb.blogspot.com/),

criado em 2004, contém hoje 849 artigos e 838 comentários, praticamente

90% dos artigos tiveram algum comentário. Entre os serviços oferecidos pelo

Blog estão RSS, Chat, Flickr, Netvibes e vídeos You Tube e literaturas em

áudio, (Fig.16).

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49

Figura 16 Blog, A Nossa Biblioteca (2008).

Para profissional da informação, o Blog se apresenta como uma

ferramenta, não só para divulgação da biblioteca, mais também como um

meio de estabelecer relações com a comunidade no qual está inserido.

6.6 Interagindo com o usuário

Uma das características da biblioteca 2.0, é a valorização pela inteligência

coletiva, ou seja, o compartilhamento e a interação entre o usuário e o

profissional da informação.

Dessa forma estudaremos a seguir exemplos de utilização das ferramentas

wikis e Fóruns de Discussão em bibliotecas, assim como sua importância e

definição.

6.6.1 Wikis Para Arnal (2007, p.97), wikis é um modelo de software que permite ao

usuário ler, escrever e modificar mensagens escritas por outros usuários.

Podemos citar como exemplo desse aplicativo a famosa Wikipédia.

Page 61: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

50

Segundo Maness (2006), a utilização desse serviço por bibliotecas

possibilita a interação social entre bibliotecários e usuários, onde

compartilham informações, fazendo com que seus serviços sejam mais

centrados no usuário.

O termo Wiki (do havaiano wiki-wiki = "rápido", "veloz", "célere")

foi criado por Ward Cunningham, autor do primeiro Wiki.

Cunningham, o qual denominou sua criação com este nome por

ser a primeira expressão havaiana que aprendeu quando um

atendente do aeroporto recomendou em sua primeira visita às

ilhas que pegasse os ônibus expressos "wiki wiki" no Aeroporto

de Honolulu. (BLATTMANN; SILVA, 2007, p.201)

Blattmann e Silva (2007, p.201), o uso de Wikis é comparado

freqüentemente com Blogs, porém os wikis permitem maior interatividade

por meio da colaboração entre os editores, são mais flexíveis, incluem uma

característica de busca e podem ser reeditados.

Os Blogs, por sua vez, são mais estruturados, dificilmente possuem

métodos de busca, e depois de inserido um novo texto em um Blog, não pode

ser editado.

Segundo Cunningham (2006, p.1), os princípios dos sistemas wikis são:

• Abertos: qualquer leitor pode ter acesso à página, podendo alterar seu

conteúdo quando considerar que esteja incompleto ou mal organizado,

bem como editar uma nova página;

• Incrementais: as páginas podem apresentar links para outras páginas do

próprio wiki, inclusive para páginas que não foram escritas ainda;

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51

• Orgânicos: a organização estrutural do site e dos textos está aberta à

edição e à evolução;

• Universais: os mecanismos da edição e de organização são os mesmos,

de modo a possibilitar que todo o escritor seja automaticamente um

organizador e um editor;

• Precisos: cada página possui um título a ser editado em um campo

específico;

• Tolerantes: o comportamento interpretativo é preferido às mensagens de

erro;

• Observáveis: as atividades desenvolvidas no site podem ser observadas e

revisadas por todos;

• Convergentes: a duplicação de páginas similares não é desejável e as

mesmas podem ser redirecionadas ou removidas.

Cunningham (2006, p.1) também afirma que o uso dessa ferramenta

possibilita a troca de idéias, a melhoria contínua na revisão de materiais, a

visibilidade de conteúdos e a satisfação dos participantes.

O sistema wikis utiliza o conceito de Folksonomia em sua estrutura,

através da liberdade na construção dos verbetes, para inserção de novas

informações.

Em sua maioria, o sistema wikis tem sido desenvolvido de

acordo com a filosofia de liberdade descrita pelos princípios do

Software Livre, como por exemplo, as ferramentas MediaWiki,

Twiki, e TkiWiki, sendo mecanismos interativos concentrados

em finalidades específicas.(BLATTMANN; SILVA, 2007, p.206).

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52

Podemos citar como exemplo o DOKUPEDIA (http://es.dokupedia.org/Ind

ex.php/Portada), não se trata na verdade, de um exemplo de Unidade de

Informação, mas foi desenvolvido por profissionais da informação, e pode ser

aplicado em bibliotecas de acordo com a especialidade da biblioteca. Nesse

exemplo a temática do projeto é biblioteconomia e documentação (Fig.17).

Figura 17 Wiki, Dokupedia (2008).

A bibliotecária Meredith Farkas criou a Library Sucess: A Best pratices Wiki

(http://www.libsuccess.org/index.php?title=Main_Page), onde bibliotecários

podem compartilhar experiências, em 16 de Outubro de 2008 já continha

10.319 acessos, conforme pode ser visualizado na Figura 18, a seguir.

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Figura 18 Wiki, Library Sucess (2008).

Esses e outros exemplos podem ser encontrados na Web, más pouco tem

sido explorado em bibliotecas, e como podemos ver, são ferramentas que

podem melhorar a qualidade dos serviços prestados pela Unidade de

Informação, contribuindo para o acesso, compartilhamento e geração de

novos conhecimentos.

Martín (2008, p.6), define wiki como um marcador social dentro do

software social. Explica que são espaços onde usuários podem criar, editar

ou modificar conteúdos. As bibliotecas têm recorrido aos wikis para

melhorar os serviços biblioteconômicos, como guia de recursos, edição de

manuais e documentos colaborativos, guia de leituras recomendadas,

formação de usuário entre outros.

Outro exemplo que podemos citar, trata-se do wiki da Biblioteca de La

Universidad de Sevilla (Espanha), (http://bib.us.es/aprendizaje_investigacion

/guias_tutoriales/wikis-ides-idweb.html), (Fig.22), que oferece acesso aos

recursos informacionais e algumas assinaturas de periódicos.

A mesma biblioteca oferece diversos wikis, com temas diferenciados como

Filosofia (Francesa, Arábe, Alemã entre outros, Antropologia, História,

Matemática, Geografia, Biologia entre outros. O Objetivo da criação dos wikis

segundo a biblioteca é orientar os usuários na localização e uso dos recursos

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54

pertinentes as áreas do conhecimento além de promover a criação de opinião

e sugestão através dos wikis, (Fig.19).

Figura 19 Wiki, Biblioteca de La Universidad de Sevilla (2008).

6.6.2 Fóruns de Discussão

O Fórum se constitui, numa ferramenta para construir um ambiente

dinâmico, criativo, interativo e educativo. Uma biblioteca pode criar vários

fóruns de discussão para cada área de atuação, para atender os diversos

tipos de usuários ou potenciais usuários.

A Biblioteca Virtual de Saúde Mental (http://www2.prossiga.br/Saúdem

ental/centro.htm) disponibilizou, por exemplo, uma lista com Fóruns,

Chats e Blogs Brasileiros, Estrangeiros e Internacionais, com um resumo do

assunto, discutido em cada item, dessa forma a biblioteca estará

promovendo a troca de conhecimento. (Fig.20)

Essas ferramentas podem ser criadas pelo próprio profissional da

informação ou selecionadas da Internet, se quiser algo mais abrangente, ou

seja, que englobe pessoas externas.

Page 66: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

55

Figura 20 Biblioteca Virtual Saúde Mental (2008), Lista de Fóruns, Chats e Blogs

Podemos assim dizer, que o Fórum de Discussão, apresenta-se como uma

ferramenta complementar aos serviços oferecidos pelas bibliotecas. Podendo

o bibliotecário dessa forma, participar ativamente através das propostas

oferecidas no desenvolvimento cultural e educacional da sociedade onde está

inserido.

Proporciona a comunicação entre indivíduos em qualquer parte do mundo,

como o Chat, porém a diferença está em sua estrutura, onde o Fórum

permite a avaliação dos integrantes, a interatividade, troca de conhecimento,

além de ser em sua maioria temático.

Dessa forma, entende-se que, o profissional da informação como mediador na

educação, deve-se utilizar dessa ferramenta, para promoção de ambientes

participativos e colaborativos nas bibliotecas e unidades de informação,

levando em consideração a área de atuação e o público a que se destina.

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56

6.7 Novas Funções da Biblioteca: Software Social

As Redes Sociais são os serviços mais promissores das tecnologias

discutidas até aqui. O MySpace, Facebook, Frappr e o Flickr são as redes

mais populares da Web 2.0, onde os usuários compartilham vidas e

personalidades.

Segundo Godwin (2006, p.273), o My Space tem atualmente mais de 65

milhões de usuários, e aproximadamente 150.000 mil contas, são

adicionadas diariamente. O Facebook, possui segundo o mesmo autor 7

milhões de usuários desde 2004.

O Delicius permite que os usuários compartilhem recursos da Web, o Flickr

o compartilhamento de fotos e o Frappr trata de uma rede mista, utilizando

mapas, Chats, e imagens para ligar pessoas.

Todas essas ferramentas são significativas para o desenvolvimento do

usuário. O Facebook, por exemplo, permite a expressão, comunicação e a

criação de perfis. Essas ferramentas podem ser utilizadas pelas bibliotecas

para melhorar o relacionamento entre a biblioteca e o usuário.

Ferramentas como MySpace, Hi5 e Facebook, são chamados de serviços da

Web social, onde permitem, criar e gerir redes de contato, além de

compartilhar interesses, fotografias, vídeos entre outros.

Gatenby (2006, p.4) coloca que a interação e a colaboração são

provavelmente, o maior desafio da biblioteca tradicional. Vivenciamos um

momento no qual é preciso considerar a colaboração como forma de envolver

os usuários para maximizar a utilização de recursos pela biblioteca.

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57

Tornar a biblioteca num ambiente estimulante, onde os recursos

oferecidos aos usuários favoreçam a criação, e o compartilhamento tem sido

um dos objetivos das unidades de informação atualmente.

Vieira, Carvalho e Lazzarini (2008, p.6) citam como exemplo a

LibraryThing, no qual permite a catalogação pelo usuário, o compartilhamento,

e recomendação de livros através de Blogs e adição de Tags, promovendo e

facilitando a comunicação dos grupos.

Arnal (2007, p.95) descreve que, para o aproveitamento da Inteligência

coletiva, é necessário a utilização de um software social onde se integra

todas as atividades de recolher e utilizar o conhecimento dos próprios

usuários em um serviço Web.

Não basta só recopilar a informação, esta deve ser utilizada pelos demais

usuários. Cita como exemplo um comentário de um livro no site Amazon,

onde qualquer usuário tem acesso e poderá utilizá-la.

O mesmo autor coloca que, para ter esse aproveitamento coletivo, deve-se

criar conteúdos, por parte do usuário, como no caso de Blogs e Wikis, em

que o usuário registra seu conhecimento criando uma nova informação.

Todas essas formas de aproveitar o conhecimento coletivo tem

característica comum: a melhoria do serviço ao usuário. A seguir, citaremos

resumidamente, a utilização de alguns softwares sociais que estão sendo

utilizados por bibliotecas.

6.7.1 MySpace

Trata-se de um serviço de rede social gratuito, onde usuários podem

adicionar fotos, Blogs, permite a criação de perfis, além de um sistema

interno de e_mail, fóruns e grupos. Atualmente consta mais de 110 milhões

de usuários atualmente.

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58

A biblioteca de Michigan (http://www.myspace.com/libraryofmichigan ),

incluiu em sua página a história da biblioteca, os contatos, campo de

atuação, e inclusive disponibilizou um link para consulta ao catálogo da

biblioteca, diretamente do MySpace, (Fig.21).

Figura 21 MySpace, Library of Michigan (2008).

6.7.2 Facebook

Assim como o MySpace, trata-se de um serviço gratuito, onde permite a

criação de perfis com fotos, listas de interesses, troca de mensagens privadas

ou públicas. Hoje possui mais de 58 milhões de usuários ativos.

Mesmo sendo um serviço citado como redes de relacionamento na Web,

percebemos após alguns acessos, que as bibliotecas também têm utilizado o

serviço, como uma ferramenta de divulgação da biblioteca e relacionamento,

como podemos observar na Figura 22.

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59

Figura 22 Facebook, Biblioteca Universidade Santa María (2008).

Por se tratar de serviços disponibilizados gratuitamente na internet, poucas

bibliotecas brasileiras têm aderido à ferramenta. Maior parte das bibliotecas

que utilizam o serviço situa-se, na Espanha, Chile, Venezuela, Itália e

Austrália.

Outro detalhe observado, é que essa ferramenta tem sido utilizada

principalmente em Bibliotecas Públicas. Das bibliotecas citadas nesse

trabalho todas possuem o mesmo perfil.

Dentre elas, podemos citar a Biblioteca Regional Del Maule (Chile), com

1.371 membros, Biblioteca e Fundácion Francisco Herrera Luque

(Venezuela), (Fig.24), com 475 membros, Biblioteca Pública Del Zulia

(Venezuela), com 193 membros, National Library of Austrália (Austrália) com

441 membros, (Fig.23).

Page 71: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

60

Figura 23 Facebook, National Library of Australia (2008).

Em geral, essas bibliotecas disponibilizam informações como eventos,

exposições, contato, link para página da biblioteca, perfil e atuação da

biblioteca, grupos e comunidades que compõe a biblioteca e algumas como a

Biblioteca Pública Del Zulia incluiu dados do acervo, como quantidades e

tipos de materiais.

A National Library of Austrália incluiu link para o Blog da biblioteca. Além

disso, em sua maioria contém comentários de usuários, perguntas sobre os

serviços da biblioteca e questionamentos.

Figura 24 Biblioteca e Fundación Francisco Herrera Luque (2008), Facebook

De acordo com as características do serviço mencionado, concluímos que

esse tipo de ferramenta da Web 2.0, seria ideal para divulgação da biblioteca

Page 72: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

61

dentro do conceito de Marketing de Performance, onde o usuário têm a

possibilidade de trabalhar com a informação e participar ativamente, que

também é caracterizado pela Biblioteca 2.0, criando-se dessa visibilidade

para a biblioteca e maior aproximação do usuário.

6.7.3 FLICKR

Segundo Preuss (2006, p.2), o Flickr é um site de compartilhamento

gratuito de fotografias, criado em 2005. Umas das características

importantes do Flickr para bibliotecas são as Tags ou etiquetas que

classificam as imagens.

Imaginemos una biblioteca pública de un município cualquiera.

Há conseguido una serie de fotografias antiguas y decide

digitalizarlas y publicarlas en Internet. Esta publicación puede

hacerse a través de una serie de páginas HTML o mediante su

catalogo bibliográfico. Estas opciones, correctas y legítimas,

serían consideradas Web 1.0. Ahora bien, supongamos que se

decide publicarlas a través de Flickr, se abre uma cuenta y las

publica en el servidor, permitiendo que los usuários puedan

verlas, añadir comentários, reutilizarlas, etc., entonces

estaríamos ante un servicio Web 2.0. (ARNAL, 2007, p. 102)

Exemplificando a idéia do autor, podemos citar a Biblioteca Nacional da

Austrália, que em 2006, anunciou a cooperação com o Yahoo, permitindo

que usuários, contribuam com fotografias, através do Flickr Picture Austrália

(http://www.pictureaustralia.org). Essa iniciativa ajudou a enriquecer a

coleção fotográfica da Austrália além de classificá-las, como podemos

visualizar na Figura 25.

Page 73: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

62

Figura 25 Flickr, National Library of Austrália (2008).

Algumas bibliotecas têm utilizado o mesmo serviço para divulgar registros

de eventos, ambiente da biblioteca, divulgação do acervo, exposição entre

outros.

Outro exemplo que vale destacar é o caso da Biblioteca de Arte-Fundação

Calouste Gulbenkian (Portugal), (http://flickr.com/photos/biblarte/), que está

fazendo um trabalho de divulgação de sua coleção fotográfica no Flickr.

Estão disponíveis mais de 180.000 mil fotografias, entre elas “A talha de

Portugal”, “Azulejaria Portuguesa”, e “Estúdio Mário Novais”, como

demonstrado na Figura 26.

Figura 26 Coleção fotográfica Flickr, Biblioteca de Arte Fundação Calouste Gulbenkian (2008).

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63

Com esta iniciativa, a Biblioteca de Arte integra-se num movimento de

divulgação do seu espólio através de canais típicos das redes sociais,

acompanhando iniciativas de bibliotecas como a Library of Congress

(http://flickr.com/photos/library_of_congress/), Powerhouse Museum

(http://flickr.com/photos/powerhouse_museum/), Brooklyn Museum

(http://flickr.com/photos/brooklyn_museum/), Bibliotheque de Toulouse

(http://flickr.com/photos/bibliothequedetoulouse/), entre outras.

Segundo relatório emitido por Chan (2008, p.1), a utilização do Flickr

Commons para divulgação das fotografias do Powerhouse Museum, foi uma

experiência gratificante.

O mesmo autor afirma que foram colocadas no Flickr as mesmas

fotografias, que estavam disponíveis no site do Museu e, em quatro

semanas, as mesmas já tinham sido visualizadas mais vezes, que as mesmas

fotos no ano anterior inteiro no site. Isso levando em consideração que, as

fotografias do site se encontravam indexadas pelo Google, e existiam também

no OPAC, más mesmo assim, em pouco tempo o Flickr Commons superou a

quantidade dos acessos as imagens.

Chan (2008, p.1) coloca a vantagem de o Flickr ter um enorme alcance

global, descreve inclusive que algumas das Tags encontradas estavam em

outro idioma.

Outra característica citada pelo mesmo autor, é a vantagem de medir a

popularidade de determinada imagem através da opção, “Favoritos”, que

funciona como bookmarking.

Chan (2008, p.1), informa que foram enviadas 600 fotos em 12 semanas,

destas tiveram 103.000 impressões, 69% foram encontradas no Flickr e 31%,

sendo 2% procura externa, 6% intermédio de outros sites e 21% direto pela

URL.

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64

Além desses dados, a biblioteca obteve informações estatísticas das

imagens mais populares, através da opção favoritos. Dentre estas, 600

imagens obtiveram 2.433 Tags uma média de 4, 055 acessos por imagem.

Outra observação feita por Chan (2008, p.2) foi à utilização das imagens

por outros meios informacionais como sites e blogs.

Outro caso que vale ressaltar é a biblioteca Library of Congress

(http://www.flickr.com/photos/library_of_congress/), que disponibilizou

3.100 imagens no Flickr.

Segundo relatório feito por Raymond (2008, p.2) em janeiro, essas imagens

tiveram 650.000 visitas, 420 fotos tiveram comentários e 1.200 estão

incluídas em favoritos. Segundo Raymond, em março de 2008 o projeto

estava servindo para ajudar na catalogação da biblioteca. O projeto pode ser

visualizado na Figura 27.

Figura 27 Flicker , Library of Congress (2008).

Page 76: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

65

Essa aplicação, além de ser uma tecnologia Web 2.0, é considerada um

software social, devido à possibilidade de compartilhamento da informação.

Porém, em bibliotecas tem sido utilizado com a finalidade de auxiliar

bibliotecários na indexação, e ao mesmo tempo como uma ferramenta de

divulgação.

6.7.4 Delicious Trata-se de um serviço Web 2.0, gratuito e permite que você adicione e

pesquise bookmarks sobre qualquer assunto, além de criar perfis e grupos.

Mais do que um mecanismo de buscas para encontrar o que quiser na Web

ele é uma ferramenta para arquivar e catalogar sites para serem acessados

posteriormente de qualquer computador on-line.

Para Rethlefsen (2007, p.2), ferramentas como esta, reduzem barreiras

para a participação, tanto da biblioteca como o usuário, que eram

rigidamente controladas.

Temos como exemplo a Biblioteca Municipal de Muskiz (Espanha), (Fig.28),

Nashville Public Library, Thunder Bay Public Library, que utiliza o Delicious

e tag nuvens em seu site

Tomemos como exemplo a situação abaixo

Imaginemos ahora La biblioteca de un centro universitário. Há

elaborado una seleccíon de sítios Web interesantes para sus

titulaciones y desea darla a conocer ?Como hacerlo? Podria

publicarlos en una página Web o incluirlas en el OPAC, o bien

optar por el “Social Bookmarking”, creando una cuenta en y

compartiéndolas en ese servidor. Otra opción sería instalar un

software específico para que sus usuários puedan crear sus

listas de favoritos y compartirlas, como por ejemplo el servicio

links de La Yale University Library, o a un nível mucho mas

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66

desarrolhado, PennTags de La University of Pennsylvania.

(MARGAIX, 2008, p.97)

Como podemos perceber, esses novos serviços oferecidos pela Web 2.0,

pode ampliar os recursos de uma biblioteca, de forma a atender as

necessidades dos usuários antecipando suas demandas.

Na página inicial (Home), o Delicious apresenta as páginas inseridas

recentemente e mais populares, com indicação do número de pessoas que

indexaram e com as etiquetas.

Na opção Favoritos “Your Favorites”, os usuários cadastrados podem

inserir e editar links além de visualizar as etiquetas adotadas.

Serviços similares, de compartilhamento de links favoritos, geralmente são

reconhecidos, pelo termo em inglês, “social bookmarks”.

O Social Bookmarking, resumidamente, é um sistema de bookmarks

(também conhecido como favoritos ou marcadores) online, público e gratuito,

que tem por finalidade disponibilizar seus favoritos na Internet para o fácil

acesso e para compartilhar com os usuários deste tipo de serviço. Pode ser

classificado como parte do conceito que é chamado de Web 2.0.

Há diversos serviços gratuitos de Social Bookmark, ou softwares sociais.

Podemos incluir nessa categoria aplicações como Blogs, páginas Wikis,

Redes eletrônicas sociais ou comunitárias.

Intimamente relacionado a esta noção, encontramos o conceito de "Social

Tagging", o serviço de Tags (etiquetas em inglês), pois nestes serviços o usuário

classifica os seus favoritos com palavras-chave ('etiquetas'). O objetivo desta

classificação consiste nomeadamente em facilitar a posterior recuperação da

informação. Ao mesmo tempo, a utilização das Tags traz vantagens ao nível

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67

da pesquisa, pois é possível pesquisar quer nas nossas Tags, quer nas Tags

dos outros utilizadores.

Deste modo, podemos encontrar pessoas com os mesmos interesses e

"descobrir" novos sites relacionados com o mesmo assunto, potenciando,

assim, a participação e a colaboração.

Além do Delicious, podemos citar o Blinklist, Ma.gnolia.com,

Blogmarks.net, o Connotea (específico a bookmarks da área acadêmica),

todos similares ao Delicious.

Essas ferramentas podem auxiliar na catalogação e disponibilização de

serviços de referências aos usuários.

Figura 28 Delicious, Biblioteca Municipal de Muskiz (País Basco) 2008.

Todos esses exemplos demontram que, a inteligência coletiva vem sendo

cada vez mais aproveitada pela Web 2.0, e novas formas de colaboração, têm

surgido e se faz presente na sociedade gradativamente.

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68

7 CONCLUSÃO

Concluí-se que atualmente não basta, somente o profissional da

informação automatizar acervos, desenvolver coleções, realizar estudos de

usuários, fornecer periodicamente listas de sumários ou novidades, hoje

lidamos com usuários, que procuram compartilhar e colaborar com o

desenvolvimento e organização da informação.

No desenvolvimento desse trabalho, apresentou-se diversas ferramentas

disponíveis para que profissionais da informação possam melhorar e ampliar

os serviços de bibliotecas e Unidades de Informação.

Agregadores como Feeds, Tags, Blogs, Fóruns, Redes Sociais, são

ferramentas que já estão fazendo parte do dia-a-dia do profissional da

Informação e dos consulentes.

Se tradicionalmente, já lidávamos com recursos tecnológicos, como

softwares e hardwares, hoje temos que nos atualizar também com aplicativos

advindos da Web 2.0, Web 3.0 e outras mais que irão existir.

Uma preocupação, diante de tais aparatos tecnológicos, de suma relevância

para as bibliotecas, trata-se da formação do profissional da informação para

essas novas competências, necessárias para o desempenho profissional.

Além disso, têm se observado que poucos softwares de bibliotecas possuem

as características apresentadas nesse trabalho, e trata-se de outra mudança

necessária. Cabe ao bibliotecário promover a inclusão dessas tecnologias no

momento da aquisição.

Talvez seja necessário complementar ou até mesmo repensar, em novos

aspectos a serem considerados pelo profissional na hora da aquisição de um

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69

software para a automação da biblioteca, devido a necessidade de

compatibilidade.

A realidade vivida pelas bibliotecas no Brasil baseadas em estruturas Web

2.0 é precária, ou quase nula. No desenvolver desse trabalho, nota-se que

essas ferramentas, têm sido particularmente adotada por bibliotecas

públicas e estrangeiras.

Apesar de poucas bibliotecas terem aderido essas ferramentas no Brasil,

existem diversos estudos e cursos, sendo desenvolvido atualmente tratando

da questão da Biblioteca 2.0.

Sendo assim, podemos dizer que estamos em fase de adaptação e

formulação de conceitos, ou seja, é possível que nos próximos anos, esses

aplicativos sejam realidades nas bibliotecas brasileiras e como parte da

formação dos profissionais da informação.

Page 81: BIBLIOTECA 2.0 Aplicabilidade de ferramentas Web 2.0 em ...

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SCHWEITZER, Fernanda. O serviço de referência da biblioteca central

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Anelise Jesus Silva da Rosa

R: Codorna, 271

Data Nasc : 07/05/1981

Casada

Laranjeiras – Caieiras – SP

E-mail: [email protected]

Tel: 011 4441 3722

011 9184 7840 rec. Antonio

Formação Escolar

• Superior em Biblioteconomia

Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo

Curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação

Duração: 4 anos

• 2º Técnico Administração de Empresas

Escola Guiomar Cabral

Cursos de Aperfeiçoamento

• Inglês Básico e instrumental– Wizard

• ISO 17025: Implantação de sistemas de gestão de qualidade nos departamentos de

Qualidade Ambiental, Ecossistemas Aquáticos e Administrativos- CPEA 2008

• TRIAD Workshop (Gestão do Tempo)- Tríade do Tempo 2007

• Organização e Recuperação da Informação na Internet-FESPSP 2006

• Conservação Preventiva em acervos – FESPSP-2005

• Tratamento Material Sonoro – FESPSP-2005

• Tratamento da imagem fixa e em movimento – FESPSP-2005

Palestras Participantes

• O papel do Bibliotecário na Gestão da Informação e do Conhecimento: Uma visão

prática- FESPSP 2008

• Coesão e Coerência- FESPSP 2006

• ISO9001 – Prima Informática-2006

• MARC Autoridade – Prima Informática-2006

• Gestão da Informação e Gestão do Conhecimento- FESPSP-2005

Perfil Profissional

Desenvolvimento de base de dados para biblioteca e arquivo, elaboração de projetos para

organização e tratamento da informação. Experiência em de projetos, para arquivos e bibliotecas.

Criação de sistemas wiki, blog e outras plataformas de busca coorporativas compartilhada.

Padronização de serviços técnicos, planejamento e difusão cultural dos serviços da biblioteca.

Conhecimentos específicos dos softwares Winisis, PHL e Sophia. Experiência em indexação,

classificação (CDD e CDU), catalogação (AACR2), elaboração de resumos e sumários correntes,

Conhecimento das normas ABNT, ISO, Vancouver e APA.

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Experiência Profissional

CPEA Consultoria Paulista de Estudos Ambientais

Cargo: Estagiária de Biblioteconomia

Biblioteca Especializada Meio Ambiente voltada para estudos ambientais de portos e

terminais, energia, mineração, indústrias, saneamento básico, obras de infra-estrutura,

contaminação ambiental, degradação Ambiental entre outros.

Arquivo Empresarial : documentos gerais e históricos

09/2007 – Atual

Claro

Cargo: Estagiária de Biblioteconomia

Arquivo Empresarial: Organização de arquivos correntes, intermediários e

permanentes.

07/2007 á 08/2007

Senac

Cargo: Estagiária de Biblioteconomia

Biblioteca Especializada em artes e comunicação, incluindo materiais raros de

fotografia, design gráfico,filosofia, entre outros.

06/2006 á 02/2007

Escola Superior de Direito Constitucional

Cargo: Estagiária de Biblioteconomia

Biblioteca Especializada Jurídica (Direito Constitucional, Cível, Ambiental,Público e

áreas afins) incluindo obras de filosofia, sociologia, psicologia, línguas.

07/2005 a 05/2006

Instituto de Pesca

Cargo: Estagiária de biblioteconomia

Biblioteca Especializada em Biologia, limnologia, Aquicultura, Pesca, oceanografia,

poluição de águas entre outros.

Arquivo histórico

02/2005 a 07/2005

Centro de Estudos Musicais Tom Jobim

Cargo: Estagiaria de Biblioteconomia

Biblioteca Especializada em Música 11/2004 a 01/2005