BIE-212: Ecologia Licenciatura em Geociências e Educação … · 2019. 3. 21. · falhar em...
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Comportamento defensivo
BIE-212: Ecologia
Licenciatura em Geociências e Educação Ambiental
ProgramaPrograma
Introdução
Módulo I: Organismos
Forrageamento
Mecanismos de defesa
Seleção sexual e cuidado parental
Condições e recursos
Módulo II: Populações
Módulo III: Comunidades
Módulo IV: Ecossistemas
Roteiro da aula
1. Conceitos básicos
2. Defesas primárias
3. Defesas secundárias
4. Resumo
Tipos de defesa
DEFESAS PRIMÁRIAS
São aquelas exibidas pela presa durante todo o tempo, independentemente da presença de um predador
O predador pode simplesmente não detectar a presa ou falhar em reconhecê-la como algo comestível
A principal função é diminuir as chances de encontro ou ataque da presa por potenciais predadores
Tipos de defesa
DEFESAS SECUNDÁRIAS
São aquelas exibidas pela presa somente após o contato direto com um predador
A principal função é aumentar as chances de uma presa sobreviver a encontros com potenciais predadores
Tipos de defesa
ATAQUE DO PREDADOR
DEFESAS PRIMÁRIAS
DEFESAS SECUNDÁRIAS
• VIVER ENTOCADO
• FICAR CAMUFLADO
• SELECIONAR O HÁBITAT
• ANUNCIAR IMPALATABILIDADE
• MIMETIZAR PRESAS TÓXICAS
• TER “GUARDA-COSTAS”
O QUE FAZER?
• FINGIR DE MORTO
• FICAR QUIETO
• FUGIR
• DESVIAR O ATAQUE
• ASSUSTAR O PREDADOR
• RETALIAR
O QUE FAZER?
Defesas primárias
ANACORESE
É o hábito de passar a maior parte do tempo recluso em
algum tipo de abrigo (natural ou construído)
Defesas primárias
CAMUFLAGEM
É a semelhança (em termos de forma, cor e/ou textura) de um
animal palatável com alguma parte do seu ambiente de modo
que os predadores têm dificuldade em detectá-lo
Defesas primárias
Pietrewicz & Kamil (1981)
Seqüência de exposição
Pro
ba
bili
dad
e d
e a
cert
o
Substrato críptico
Substrato conspícuo
Teste da eficiência da camuflagem
Defesas primárias
Limitações à camuflagem
Para não serem detectadas, presas camufladas devem
permanecer paradas durante todo o dia
A camuflagem conflita com outras atividades, tais como
alimentação e busca de parceiros
Os indivíduos precisam escolher substratos apropriados que
maximizem a camuflagem
Defesas primárias
VERDE
MARROM
SUBSTRATO
78% 22%
20% 80%
Acrida turrita
VERDE
MARROM
SUBSTRATO
69% 31%
42% 58%
Miomantis paykullii
Defesas primárias
APOSEMATISMO
É a correlação entre um sinal conspícuo e impalatabilidade da
presa
Para o aposematismo ser
vantajoso o predador precisa
provar algumas presas e
aprender a evitar no futuro
indivíduos com aparência
semelhante ou ter aversão
inata ao sinal conspícuo
Defesas primárias
Aversão Aversão aprendidaaprendida
Borboleta monarcaBorboleta monarca
Defesas primárias
Aversão Aversão inatainata
Defesas primárias
MIMETISMO
Henry W. BatesHenry W. Bates(1862)(1862)
O mimetismo batesiano é definido como
a semelhança entre uma espécie
palatável e/ou inofensiva (MÍMICO) com
uma espécie impalatável e/ou ofensiva
(MODELO) de modo que uma terceira
espécie (PREDADOR) é enganada pela
similaridade e evita atacar o mímico
Defesas primárias
Aversão Aversão ao mao míímicomico
O mimetismo mülleriano é definido
como a semelhança mútua entre duas
ou mais espécies impalatáveis (ambas
MODELOS), tendo como resultado a
intensificação da resposta de recusa por
parte dos predadores
Defesas primárias
MIMETISMO
Fritz MFritz Müüllerller18781878
Defesas primárias
MUTUALISMOS DEFENSIVOS
Refere-se à interação ecológica entre duas
espécies na qual uma delas recebe proteção
contra predação e a outra geralmente
recebe algum outro tipo de benefício, tal
como alimento
O QUE FAZER QUANDO ENCONTRAR O PREDADOR?
Defesas secundárias
TANATOSE
Alguns animais respondem ao ataque de um predador
fingindo-se de mortos, um comportamento conhecido como
tanatose (do deus grego da morte Thanatos)
Defesas secundárias
FICAR QUIETO
Consiste em cessar a emissão de um sinal (geralmente
acústico) quando se percebe a aproximação de um predador
Defesas secundDefesas secundááriasrias
FUGA
Corresponde à evasão da presa do local de encontro com um
potencial predador
Defesas secundárias
DESVIO DE ATAQUE
Compreende uma série de comportamentos que induzem o
predador a atacar em uma parte do corpo da presa que não a
leva à morte
Os dois comportamentos mais comuns são:
• Autotomia de apêndices
• Retro-orientação
Defesas secundárias
captura
cabeça/tronco
captura
cabeça/tronco
escape
cauda
Philodryas chamissonis
Falco sparverius
captura
cabeça/tronco
escape
cauda
Callopistes maculatus
0% 25% 50% 75% 100%
Liolaemus spp.
Medel et al. (1988)
Defesas secundárias
COMPORTAMENTO DEIMÁTICO
É a tentativa de assustar ou intimidar um potencial predador
durante um ataque
Tempo de Tempo de bicadabicada
% de % de bicadasbicadas
Defesas secundárias
Defesas secundárias
RETALIAÇÃO
Diante do ataque de um predador, alguns animais exibem
comportamentos agressivos que visam injuriar o predador e
deter o ataque
Pode envolver estruturas
morfológicas, tais como
espinhos, chifres, pinças e
dentes, ou substâncias químicas
Defesas em plantasDefesas em plantas
Defesas em plantasDefesas em plantas
CecropiaCecropia e e suas parceirassuas parceiras
Defesas em plantasDefesas em plantas
DomDomááceas, nectceas, nectáários extrarios extra--florais e florais e homhomóópterospteros
Defesas em plantasDefesas em plantas
1. Procura da presa
2. Encontro da presa
3. Captura/subjugação da presa
Implicações para os predadores
Minimização do
gasto energético
em cada uma
destas etapas
4. Consumo da presaMaximização do
ganho energético
Maximização do saldo energético
TEORIA DO FORRAGEAMENTO ÓTIMO
“Os organismos são moldados pela seleção natural para
consumir o máximo de energia gastando o mínimo possível”
1. Procura da presa = p
2. Encontro da presa
3. Captura/subjugação da presa
4. Energia adquirida com a presa = Ec
Manipulação = m
BenefBenefíício lcio lííquido = quido = EcEc -- ((EpEp + + EmEm))
BenefBenef íício lcio l ííquido quido ≤≤ 00
BenefBenef íício lcio l ííquido > 0quido > 0
Vale a pena investir na presa?Vale a pena investir na presa?
SIMSIM
NÃONÃO
Implicações para os predadores
DEFESAS PRIMÁRIAS
Tipo de defesa da presa
Aumentam o tempo de
procura (p)
DEFESAS SECUNDÁRIAS
Aumentam o tempo de
manipulação (m)
Conseqüência para o predador
Benefício líquido = Ec - (Ep + Em)
Implicações para os predadores