BIO 226 - Dezembro 2015

12
Entrevista: “É Natal toda vez que amamos de verdade” Padre Mário Spaki – Secretário CNBB-Sul 2 PÁG. 08 Dezembro de 2015 | Ano XXVI N o 226 www.diocesedeosasco.com.br PÁG. 5 PÁG. 5 Solenidade de Cristo Rei: fiéis leigos enviados para a missão PAPA FRANCISCO PÁG. 11 IGREJA EM MISSÃO PÁG. 10 Ano jubilar, rosto de uma Igreja misericordiosa Cerca de 3.000 crianças participam do Natal Solidário promovido pela Pastoral da Criança Assembleia Diocesana aponta novos caminhos para a ação evangelizadora

description

226 - Boletim Informativo da Diocese de Osasco - BIO – Ano XXVI - Nº 226 - Bio Dezembro de 2015

Transcript of BIO 226 - Dezembro 2015

Page 1: BIO 226 - Dezembro 2015

Entrevista: “É Natal toda vez que amamos de verdade”Padre Mário Spaki – Secretário CNBB-Sul 2 PÁG. 08

Dezembro de 2015 | Ano XXVI No 226www.diocesedeosasco.com.br

PÁG. 5 PÁG. 5

Solenidade de Cristo Rei: fiéis leigos enviados para a missão

PAPA FRANCISCO

PÁG. 11

IGREJA EM MISSÃO

PÁG. 10

Ano jubilar, rosto de uma Igreja misericordiosa

Cerca de 3.000 crianças participam do Natal Solidário promovido pela Pastoral da Criança

Assembleia Diocesana aponta novos caminhos para a ação evangelizadora

Page 2: BIO 226 - Dezembro 2015

EDITORIAL

A memória histórica é importante para qualquer pessoa, para qualquer institui-ção, e não é diferente para a Igreja. Não

tem povo sem memória histórica; não há tradição sem memória histórica; não há pastoral com iden-tidade sem esta memória. A construção da memó-ria histórica deve ser um desafio permanente para toda pastoral, movimento ou associação que quer ter Cristo como alicerce, rocha firme (Cf. Mt 7,24) que estrutura toda a vida de Igreja.No desenvolvi-mento da história deste ano valorizamos a consoli-dação de alguns aspectos fundamentais que devem ficar registrados na memória: como a articulação e a organização nos diferentes níveis da nossa Igreja diocesana que permitiram garantir a participação, a co-responsabilidade e a continuidade do processo de evangelização; assim como também o conheci-mento e a apropriação crítica da proposta de fazer acontecer a “diocesaneidade” florescente da nos-sa Igreja particular de Osasco. Isso se foi dando e continua a se dar nos vários organismos pastorais da diocese por meio de processos que procuram res-peitar o protagonismo dos leigos e motivar o acom-panhamento de assessores, religiosos, seminaristas, diáconos, padres e bispos que acreditam na impor-tância da encarnação evangelizadora de uma Igreja em saída.

No caminho percorrido destacam-se, de modo especial, o ano da vida consagrada, as ordenações diaconais e presbiterais, a criação de novas áreas pastorais, a comunhão fraterna de algumas transfe-rências de párocos, as missões, a sistematização das organizações administrativas e a efetiva caminhada de elaboração do 8º Plano Diocesano de Pastoral. Enfim, são muitos trabalhos que não caberiam só nesta edição e por isso, é evidente constatar a rique-za e a força de cada organismo da nossa grandiosa diocese. Aqui fica registrado o nosso muito obriga-do para todos os acompanhamentos oferecidos às diversas instâncias que se viram amadurecendo a partir da prática, da vivência e da compreensão de uma Igreja do discipulado.

Queremos, nesta edição, elevar um hino de ação de graças diante do caminho percorrido pela Dio-cese de Osasco neste ano de 2015, como gratidão de todos os benefícios que Deus realiza em nosso favor. Como os três reis magos, cheios de esperança seguindo o sinal da “estrela guia” (Mt 2ss), continu-amos nosso percurso em direção ao presépio para ofertarmos nossas vidas, sendo nosso maior presen-te ao Menino-Deus. Feliz e Santo Natal!

Retrospectiva como caminho de esperança!

Ação Entre Amigos - ComVocação 2015

Boletim Informativo de Osasco

Diretor Geral: D. Frei João Bosco Barbosa de Sousa, OFMAssessor Eclesiástico: Pe. Henrique Souza da Silva Moderadora: Ir. Letícia Perez, MJSSecretária Executiva: Meire Elaine de SouzaRevisão: Natália Paula Pereira e Sem. Ricardo RodriguesColaboração: Pe. Vagner J. Pacheco de Moraes, Pe. Daniel Bispo Cruz, Pe. Mário Spaki, Marizilda Viccioli, Carolina Gonzaga.E-mail: [email protected]

Diagramação: Iago Andrade VieiraTiragem: 13.000 exemplaresImpressão: Jornal Última Hora do ABC | (11) 4226-7272DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Cúria Diocesana de OsascoRua da Saudade, 60, Vila Osasco CEP: 06080-000 Osasco/SPTel: (11) 3683-4522 / (11) 3683-5005Site: http://www.diocesedeosasco.com.br

Padre Henrique Souza da SilvaVice-Reitor do Seminário Diocesano de Filosofia

A premiação aconteceu no dia 29 de outubro no Seminário Diocesano São José. As paróquias

contempladas foram:

1ºPRÊMIO

1º 1º 1º

2ºPRÊMIO

2º 2º 2º

3ºPRÊMIO

3º 3º 3º

4ºPRÊMIO

4º 4º 4º

Paróquia Nossa Senhora Aparecida

Helena Maria - Osasco

Paróquia Nossa Senhora da Penha

Araçariguama

Paróquia Nossa Senhora Aparecida

Helena Maria - Osasco

Paróquia Cristo RessuscitadoCarapicuíba

Seminário Diocesano São José

Dezembro de 2015

BIO

2

Page 3: BIO 226 - Dezembro 2015

PALAVRA DO BISPO

O tema da Família já foi abordado em nosso BIO, e deve ter sido motivo de estudo e consideração por parte dos Conselhos das Regiões e Paróquias.

Mas é preciso voltar a ele, já tendo em mãos as conclusões aprovadas pelos Padres Sinodais. A conclusão, propriamen-te, se dará quando o Papa Francisco se pronunciar de forma magisterial sobre o assunto, conforme lhe foi solicitado. Mas o Papa já permitiu que fossem levadas em conta as propos-tas do Sínodo, uma vez que as fez publicar indicando, com toda a transparência, até mesmo o resultado das votações de cada parágrafo do texto. Sem dúvida o que vimos foi uma grandíssima convergência doutrinal e pastoral, além da con-fiança do Papa de que, tratando sem receio e com grande liberdade as questões, mesmo as mais complexas, ouvindo uns aos outros com atenção e humildade, é possível mesmo escutar a voz límpida do Espírito Santo.

Pastoral familiar: uma Igreja de famílias

Convergência e fidelidade ao Evangelho

Não era exatamente isso que queriam os defensores acir-rados desta ou aquela ideia. A imprensa queria que houvesse divisão, novidades doutrinárias, disputa entre grupos rivais, espetáculo. Tanto que ao ser publicado o resultado do tra-balho sinodal, alguns veículos de comunicação o julgaram fraco e sem interesse. Se não foi como esperavam, nem me-rece notícia. Essa é mais uma razão para que nós tomemos nas mãos cada proposta, conforme divulgado pelos meios da Igreja, para fazermos crescer, nas nossas comunidades, o amor e a atenção para com a Família.

Acompanhando a vida pastoral em todo o Brasil, por meio da Comissão da CNBB para a Vida e Família, não te-nho dúvida de que a Pastoral Familiar se abriu e se ramificou por toda parte. Dioceses inteiras que antes não tinham Pas-toral Familiar, ou achavam que bastaria ter um ou outro mo-vimento de casais, começaram a entender o propósito dessa Pastoral. Há inúmeras dioceses programando encontros do clero, assembleias de leigos, congressos regionais ou dioce-sanos e programas de formação permanente sobre o tema do Sínodo. Nós, em Osasco, teremos a formação do Clero, ainda neste mês de novembro, com assessoria do Padre Dr. Frei Antônio Moser, um dos peritos do Sínodo, sobre o as-sunto Família.

O que podemos esperar?

Teremos em dezembro nosso Congresso Diocesano das Famílias, no Ginásio de Esportes José Liberatti, em Osasco. O tema será ainda um eco do grande Encontro Mundial de Filadélfia: “O Amor é nossa Missão”, e o lema abre um ho-

rizonte novo, em sintonia com o Ano Jubilar: “Família Dio-cesana, Espaço da Misericórdia”. Peço que, para este evento, todas as Paróquias e Movimentos ligados à Família deverão escolher com critério os representantes congressistas. Ne-nhuma paróquia pode ter pretexto de se ausentar. Até por-que o próximo Plano Diocesano de Ação Evangelizadora, ainda não totalmente pronto, já deu mostras de que a prio-ridade Família estará em destaque. São sinais de esperança. Animado por essas sendas abertas, proponho alguns pontos para refletirmos juntos, o clero e os Conselhos Paroquiais, os Movimentos familiares, agentes das diversas pastorais e todos os fiéis de nossas comunidades:

1. Igreja de Famílias – Creio que a grande proposta que resume os 94 parágrafos do texto sinodal pode ser expres-sa assim: formemos uma Igreja de famílias. O que isso sig-nifica na prática? Há uma identidade profunda entre o que é a Igreja, a família de Cristo, e a Família, igreja domésti-ca. Essa identidade se mostra tanto nos aspectos positivos (convivência, cuidado mútuo, partilha, celebrações da vida) como também nos negativos (grupos fechados, isolamentos, autoritarismos, descasos). Temos que tratar das feridas da Igreja como das famílias. A pergunta a fazer: quais são esses ferimentos, por onde começar a tratá-los?

2. Movimentos – Os movimentos fazem efetivamente parte da Pastoral Familiar. Mas a Pastoral Familiar nem sem-pre encontra uma porta de entrada junto aos movimentos. A pergunta é: o que podem os movimentos fazer para fora de si mesmos, junto com outros movimentos de Igreja, em favor dos diversos segmentos da vida familiar: crianças, idosos, enfermos, sem teto, sem doutrina, sem paz?

3. Rezar em Família – Rezar já foi uma prática mais constante e fiel das famílias no passado. Depois foi desapa-recendo essa prática, ficando restrita a grupos de oração ou até silenciosa escuta da oração feita na TV ou no rádio. Vi-sitar, oferecer-se para rezar com a família visitada, encontrar tempos e modos para retornar com fidelidade à prática da oração, isso faz diferença para muitas famílias. Fazê-lo de forma organizada, passando e repassando por todas as famí-lias, renova a comunidade, muda a convivência, dá frutos de

Rose

mei

re S

anto

s

“Não tenho dúvida de que a Pastoral Familiar se abriu e se

ramificou por toda parte”

justiça e de paz.4. O Ano da Miseri-

córdia – O Jubileu é uma oportunidade imensamente grande de ação familiar. Fa-zer a experiência da mise-ricórdia de Deus em nossas vidas é o que nos alimenta. Compartilhar, levar essa ex-periência de misericórdia, de perdão, de reconciliação, de esperança, junto aos lares em conflito, deve ser a nos-sa permanente missão. Pe-regrinações, visitas à Porta Santa, Vigílias e Mutirões de ações missionárias, obras de misericórdia corporais e es-pirituais, tudo isso combina com uma igreja de Famílias.

5. Retiros e convivên-cias – Uma Igreja de Famí-lias tem sempre boas ini-ciativas de convivência, de integração para jovens, ido-sos, crianças, casais. As co-munidades sabem preparar festas, almoços e reuniões, quase sempre com objetivo de garantir o sustento da co-munidade. Mas também se pode fazer muita coisa, sem finalidade de arrecadação, mais pela convivência e en-contro. Também as ocasiões de formação devem ser in-centivadas e programadas, sempre levando em conta a família toda, e pág. 4 >>>

BIO

3Dezembro de 2015

Page 4: BIO 226 - Dezembro 2015

A Igreja desde a Conferência de Aparecida tem

buscado em meio a tantas instabilidades de nosso tem-po, apresentar um itinerário que ajude a cada cristão a ser um bom discípulo missio-nário de Jesus Cristo. Nos parágrafos que o documen-to se refere à formação dos futuros presbíteros, encon-tramos o seguinte: “Especial atenção se deverá prestar ao processo de formação hu-mana para a maturidade, de tal maneira que a vocação ao

Ano Pastoral

sacerdócio ministerial dos candidatos chegue a ser para cada um deles um projeto de vida estável e definitivo, em meio a uma cultura que exalta o descartável e o provisório.” (Cf. DAp. 321)

Em nossa Diocese de Osasco desde o ano passado foi in-serido no processo de formação do seminário o que conhe-cemos como Ano Pastoral. O documento da CNBB no 93 nos faz compreender melhor este tempo: “trata-se de um tempo não isolado na formação, mas inserido em um processo in-tegral, um período no qual o seminarista, após ter concluído os estudos de teologia, antes de receber o diaconato, deixa a casa de formação e passa a viver em uma paróquia.” No entanto, ainda não ordenado, terá na convivência com o pá-roco e com a vida da comunidade, amadurecimento do seu processo vocacional e assim, consolidando ainda mais sua entrega de vida. Os padres Marcelo e Luiz Rogério, puderam dar um bom testemunho sobre este tempo de formação e

apresentaram esta proposta como importante para a prepa-ração do candidato rumo à vida ministerial.

O ano pastoral “não deve ser confundido como o período de interrupção” (Cf. Doc.93,187). Pois no início era até arris-cado pensar como um tempo de punição, o que também não é. Torna-se um tempo favorável para um maior discerni-mento vocacional e requer do candidato que seja um tempo de superação dos desafios pessoais, tornando-se um tempo de crescimento.

Para este ano pastoral cada Igreja particular, com a apro-vação do Bispo Diocesano deverá buscar um acompanha-mento personalizado e planejado já que o candidato se en-contra em processo de amadurecimento vocacional. Será importante ajudar o candidato a ter um maior envolvimento na Região e na Diocese, com trabalhos definidos previa-mente (área de administração paroquial, atendimentos, pas-torais, assessorias, serviços curiais, etc.), de modo que esta experiência alcance tal objetivo.

A pergunta que muitas vezes ouvimos é a seguinte: “qual o objetivo deste ano pastoral, se nossos seminaristas já fazem pastoral nos fins de semana? ” Realmente podemos dar um bom testemunho das pastorais dos seminaristas, cada páro-co quando escreve avaliando o candidato que acompanha, as pessoas que com estes seminaristas se encontram agradecem a colaboração e o empenho de cada um. Porém, o próprio documento apresenta uma pista para compreendermos que o objetivo principal será favorecer ao seminarista potenciali-zar neste ano o processo, a maturação para o pastoreio e para a missão da Igreja.

Para este ano de 2016, teremos os seguintes seminaristas: Cleiton Jorge Cordeiro Evangelista, Luiz Roberto de Andra-de Souza, Ricardo Rodrigues dos Santos que irão assessorar às respectivas pastorais: Bíblico-Catequética, Setor Juven-tude e Comunicação. Rogo a Deus que tenham bons êxitos nas missões que lhes foram confiados e peço às paróquias e pastorais que façam uma boa acolhida a estes nossos irmãos.

Pe. Vagner João P. de MoraesReitor do Seminário Diocesano de Teologia

Gui

lher

me C

alde

ron

- Pas

com

Par

óqui

a Sã

o Ro

que

Missa de Instituição do Ministério de Acólito dos seminaristas Cleiton, Luiz Roberto e Ricardo

não apenas casais ou só um segmento.

6. Liturgia – Nosso en-contro semanal com Cristo eucarístico reforça a vida familiar e é remédio para muitas doenças da convi-vência. O Papa Francisco em sua catequese semanal sobre a família lembrou quantas questões sérias e difíceis se resolvem quando sentados à mesa, em família. A mesa da eucaristia é também as-sim. Um incentivo para que as famílias participem da ce-lebração dominical, sempre

com alguma valorização especial da presença das famílias, com alguma apresentação das crianças, uma mensagem ponderada e direcionada às questões familiares, sempre atrairá as famílias para se juntar à comunidade.

7. Políticas Públicas – Uma Igreja de Famílias estará, por certo, em atenção permanente para com os movimentos da sociedade, em diálogo com os poderes públicos, com os conselhos municipais. A boa política que podemos fazer, en-quanto Igreja, não é, certamente, a opção por partidos e gru-pos de interesse, mas por apoio a iniciativas boas, venham de onde vierem. Sugerir medidas, dialogar com os responsáveis, e até opor-se às ações que ferem a Família, faz parte sim da pregação do Evangelho. Na ação junto à sociedade têm força as Associações de Famílias, o que lhes confere peso e audiên-cia, nos meios de comunicação e nos espaços públicos.

8. A coordenação da Pastoral Familiar – Uma equipe de coordenação deve estar bem integrada com os diversos

segmentos da comunidade. Só assim haverá uma Igreja de Famílias. Eu quase arrisco dizer que a coordenação da Pas-toral Familiar de uma Paróquia é o seu Conselho Pastoral, junto com seu pároco. Esse conselho não tem a função de organizar toda a ação evangelizadora paroquial, segundo as diretrizes da Diocese? Pois então, mesmo que não coincida a Pastoral e esse Conselho, devem estar, sim, em plena sinto-nia. Assim a Igreja se torna uma grande Pastoral Familiar. E a Pastoral familiar se torna Igreja, toda ela voltada para uma proximidade maior com as famílias e seus desafios.

Temos muito caminho pela frente, neste ano da Miseri-córdia, com o nosso 8º Plano Diocesano que privilegia a Fa-mília, com a palavra viva do Papa Francisco e seus gestos de profeta da Família.

Dom João Bosco, OFMBispo de Osasco - SP

Ao concluir a Teologia, os seminaristas fazem experiência pastoral de um ano

Dezembro de 2015

BIO

4

Page 5: BIO 226 - Dezembro 2015

IGREJA EM AÇÃO

No último dia 07/11 aconteceu na Catedral Dio-

cesana de Santo Antônio, em Osasco, a assembleia dioce-sana que coroou o processo de revisão do Sétimo Plano de Pastoral e elaboração do Oitavo Plano de Pastoral.

O caminho de planeja-mento leva em consideração as Diretrizes da Ação Evan-gelizadora da Igreja no Bra-sil 2015-2019, cujo objetivo geral é evangelizar, a partir de Jesus Cristo, na força do Espírito Santo, como Igre-ja discípula, missionária, profética e misericordiosa,

Assembleia Diocesana de Pastoral

alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo. Em suma, as diretri-zes, de modo mais explicado e com nuances, nos apresentam o cerne de toda missão da Igreja: EVANGELIZAR.

Nestas Diretrizes, o objetivo de evangelizar aparece pau-tado por cinco urgências, a saber, Igreja em estado perma-nente de missão; Igreja, casa de iniciação à Vida Cristã; Igre-ja, lugar de animação bíblica da vida e da pastoral; Igreja, comunidade de comunidades e Igreja a serviço da vida plena para todos. As urgências da evangelização indicam os cami-nhos, as balizas que guiam nossa atividade evangelizadora, de modo que a Igreja assuma a sua missão com um norte, um caminho que guie a reflexão e a ação.

O processo de reflexão em nossa Diocese aponta três âm-bitos da evangelização: Missão e Vida, Missão e Catequese/Bíblia e Missão e Comunidade. Mas, se as Diretrizes Gerais apontam cinco urgências, como trabalhar em comunhão apenas indicando três âmbitos?

Em um entendimento do secretariado diocesano de pas-toral, juntamente com nosso Bispo diocesano, se fez a opção de aglutinar as cinco urgências em três âmbitos, com o in-tuito prático de operacionalizar cada urgência em um ano e ter mais um ano para o processo de revisão e planejamento, totalizando assim os quatro anos de vigência do plano pas-toral. Desta forma, no âmbito Missão e Vida, estão presentes as urgências Igreja em estado permanente de missão e Igreja a serviço da vida plena para todos; no âmbito Missão e Ca-tequese/Bíblia, estão as urgências Igreja, casa de iniciação à Vida Cristã e Igreja, lugar de animação bíblica da vida e da pastoral; e no âmbito Missão e Comunidade está a urgência Igreja, comunidade de comunidades.

Com base nesta compreensão, as paróquias apresentaram propostas para cada âmbito de evangelização. Nas seis regi-ões pastorais, estas propostas das paróquias foram recolhi-das e formuladas como projetos. A tarefa da assembleia dio-cesana consistiu em eleger os projetos mais significativos de cada âmbito, indicando a justificativa da escolha e o objetivo da mesma. Este trabalho foi realizado após a apresentação dos projetos elencados nas regiões pastorais, os quais foram votados no trabalho de dez grupos dos participantes da as-sembleia diocesana.

O próximo passo é feito pelo secretariado diocesano de pastoral, que recolherá todas as manifestações da assembleia diocesana, e, sob a orientação de dom João Bosco, redigirá o texto do Oitavo Plano de Pastoral da Diocese de Osasco a ser promulgado no dia 11/12, data da abertura diocesana do Ano Jubilar da Misericórdia. Rezemos à Santíssima Virgem Maria e a Santo Antônio, nosso padroeiro, para que interce-dam junto a Deus por nossa Diocese e sempre mantenha o Povo de Deus no rumo da evangelização.

Pe. Daniel Bispo da Cruz Paróquia Cristo Rei

Secretário Diocesano de Pastoral

Pasc

om D

ioce

sana

A igreja particular de Osasco se reu-niu para a Sole-

nidade de Nosso Senhor Je-sus Cristo, Rei do Universo, no Ginásio José Correa, em Barueri, na tarde do domin-go, 22 de novembro. A missa foi o momento de celebrar o Dia Nacional do Leigo, com a Investidura e mandato de três anos para os ministros não-ordenados. A diocese acolheu os 5.856 ministros entre novos e os que renova-ram o serviço dos ministé-rios da Palavra, Comunhão Eucarística e das Exéquias.

D. João Bosco, presidiu

a celebração, e concelebraram D. Ercílio, bispo emérito, D. Bruno, abade emérito dos Cônegos Regulares Lateranen-se, Monsenhor Claudemir e padres diocesanos e religiosos. Também estiveram presentes os diáconos e seminaristas da diocese. Em comunhão com a Igreja Universal, celebramos também, pelas vocações dos consagrados. Confirmando o seu chamado vocacional, os religiosos e religiosas renova-ram seus votos e compromisso. D. João, que é religioso, tam-bém renovou seus votos.

Motivo a mais para celebrar foi a formatura para os que participaram do XXI Curso de Teologia Pastoral da Diocese de Osasco (turma 2013-2015).

Na homilia, D. João salientou que o ministério é fonte de serviço “Somos missionários do amor, hoje vestimos nossa veste ministerial para fazer justamente o que Cristo fez: ser-vir”. Além disso, o bispo lembrou também do serviço mis-sionário que a diocese está realizando em parceria com o D. Luiz Fernando Lisboa, em Moçambique, lembrando quão importante é a presença dos ministros nesse projeto.

Todo recurso recolhido no ofertório desta missa será des-tinado às igrejas da cidade de Mariana - MG.

Também estiveram presentes os vereadores Celso Calega-re, Silvio Macedo e Miguel de Lima.

“Somos missionários do amor”, disse D. João na Solenidade de Cristo Rei

Pasc

om D

ioce

sana

BIO

5Dezembro de 2015

Page 6: BIO 226 - Dezembro 2015

24 Instalação da Área Pasto-ral São José em Itapevi

JUNHO03 Dedicação da Igreja Nos-sa Senhora da Conceição - Km 18 - Osasco14 Dedicação da Igreja São João Batista - Jd. Mutinga - Osasco

26 Envio da leiga Carla Dias para missão na Diocese de Pemba - Moçambique/África

30 Missa de abertura da Jor-nada Vocacional e Institui-ção no Ministério de Leitor e Acólito

10 Inauguração do Instituto Superior de Filosofia Sede da Sabedoria

22 III Congresso Diocesano da Juventude (Tema: “Ética e Moral juvenil”) - Centro de Evangelização Beata Helena Guerra em Barueri

MARÇO15 Aniversário de criação da Diocese de Osasco

ABRIL22 Eleição de Dom João Bosco para presidente da Comis-são Vida e Família da CNBB

MAIO01 Ordenação Diaconal dos Seminaristas Luiz Rogério Gemi e Marcelo Fernandes de Lima na Catedral Santo Antônio

02 11ª Romaria Diocesana ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida

VIVEMOS EM 2015

Recordar o bem que Deus nos faz é atitude de um coração agradecidoJANEIRO18 Ordenação Diaconal do Ir. Adenilson de Oliveira, CJS na Paróquia Senhor do Bonfim, em Osasco

FEVEREIRO01 Missa de Abertura do Ano da Vida Consagrada – CRB Núcleo Osasco e profissão de votos da Ir. Márcia do Institu-to das Filhas de Nossa Senhora da Misericórdia

04 Dom Ercílio Turco celebra 25 anos de Ordenação Epis-copal

Dezembro de 2015

BIO

6

Page 7: BIO 226 - Dezembro 2015

OUTUBRO05 Início do Curso de Doutrina Social promovido pela Obra Kolping10 Monsenhor Paulo Link celebra 50 anos de Ordenação Sacerdotal

JULHO20 1º aniversário de posse de Dom João Bosco como bispo de Osasco e apresentação do Brasão da Diocese de Osasco

25 Instalação da Área Pastoral São Judas em São Paulo

AGOSTO01 1ª Hora Santa Vocacional promovida pelo Serviço de Animação Vocacional - SAV16 e 17 – 12º edição do Comvocação - festa diocesana em prol das vocações

29 - 1º Encontro Regional do Serviço de Animação Voca-cional - SAV na Paróquia São Lucas Evangelista em Carapi-cuíba

VIVEMOS EM 2015

Recordar o bem que Deus nos faz é atitude de um coração agradecidoSETEMBRO01 Instalação da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima em Água Espraiada/ Cotia12 Ordenação Presbiteral dos Diáconos Luiz Rogério Gemi e Marcelo Fernandes de Lima

22 a 27 Participação de Dom João Bosco no Encontro Mundial das Famílias em Filadélfia - Estados Unidos

NOVEMBRO07 Assembleia Diocesana para preparação do 8º plano pastoral

07 Nomeações de Pe. Jorge Augusto e Pe. Daniel Bispo, como Coordenador e Secre-tário Diocesano de Pastoral (respectivamente)09 a 13 Semana dos Minis-térios22 Missa Diocesana de Cris-to Rei e envio dos ministros leigos não ordenados para o triênio 2016-201818 V Firmes na Fé

BIO

7Dezembro de 2015

Page 8: BIO 226 - Dezembro 2015

BIO: Qual a origem das Novenas de Natal e quando foram adotadas pela Igreja?

PADRE MÁRIO: Entre a ascensão de Jesus ao céu e Pentecostes, ou seja, a desci-da do Espírito Santo se pas-saram nove dias. A comu-nidade cristã ficou reunida em oração junto com Maria, algumas mulheres e os após-tolos. Foi a primeira novena cristã, chamada novena de Pentecostes. A novena de Natal nasce da vivência das famílias e comunidades que encontram meios fraternos para celebrar a fé, reunindo-se para ouvir a Palavra de Deus e elevar-lhe seus lou-

Novena de Natal

vores e preces. Sobre a origem da novena de Natal, sem citar uma data precisa para o início, o Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia, da Congregação para o Culto Divino, nº 103, afirma:

“A novena do Natal surgiu para comunicar aos fiéis as ri-quezas de uma Liturgia à qual eles não tinham fácil acesso. A novena de Natal de fato exerceu uma função salutar e ainda pode continuar a exercê-la”.

BIO: Qual o intuito principal de uma novena, seus objeti-vos e quais frutos se espera que sejam alcançados por aque-las pessoas que participam?

PADRE MÁRIO: A novena faz parte dos sacramentais da Igreja e surgiu com o intuito de melhor evangelizar e cons-cientizar o povo da importância, da beleza e do significa-do da festa do Natal. É um encontro para orações, contato com os textos bíblicos que relatam sobre os anjos, reis ma-gos, João Batista, São José, Nossa Senhora e o Menino Jesus; a celebração da novena é um momento de diminuirmos a correria da vida e ao lado dos vizinhos, amigos e familiares, com a presença afável das crianças, preparar o coração para

ENTREVISTA

Padre Mário Spaki é Mestre em Teologia Dogmáti-ca na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, Secretário Executivo da CNBB-Sul 2 e redator prin-cipal da Novena de Natal do Regional. Nesta entre-vista, o padre recomenda uma preparação mais pro-funda para o Natal e destaca os sinais cristãos, que devem estar presentes na celebração do nascimento do Menino Jesus.

acolher o Menino Jesus. Espera-se de quem participa da novena que se deixe tocar

pela humanidade e humildade de Deus que se fez Menino. A celebração em família faz aquecer o coração das pessoas, como disseram os discípulos de Emaús: Não ardia o nosso coração enquanto Ele nos falava pelo caminho?” (Lc 24,32).

BIO: Muitos símbolos são usados na época natalina. Quais desses caracterizam o Natal cristão?

PADRE MÁRIO: Por ocasião do Natal nos deparamos com muitos símbolos. Contudo, por vezes, confundimos os símbolos cristãos com os do comércio que visa vendas e lucros. Citamos abaixo alguns símbolos que caracterizam o Natal cristão:

• SINOS DE NATAL: representa o anúncio para a huma-nidade do nascimento de Jesus Cristo, o Salvador;

• ESTRELA DE NATAL: guiou os três reis magos até o local de nascimento do menino Jesus;

• PRESÉPIO DE NATAL: um dos símbolos mais comuns no Natal dos países Católicos é a reprodução do cenário onde Jesus Cristo nasceu. O costume de montar presépios surgiu com São Francisco de Assis. Esse grande santo ficava fascinado com a pobreza de Deus, pelo modo como Deus quer ser conhecido. Ele descobriu que tudo o que Deus fez por nós aconteceu na simplicidade. Por isso, tudo o que fala-va de pobreza e simplicidade tocava fundo em seu coração e a celebração do Natal era especial para ele.

• VELAS DE NATAL: Tanto as velas de Natal como as outras iluminações de natal simbolizam Jesus, que afirmou ser “a luz do mundo”.

• ANJOS: Mensageiros de Deus na história da salvação. São sinal de que “os Céus se abriram e Deus visitou o seu povo”. Simbolizam a comunicação de Deus.

BIO: Existem muitas tradições praticadas pela sociedade como preparação para celebrar o Natal. O que, para nós ca-tólicos, é essencial e deve diferenciar essa preparação?

PADRE MÁRIO: O Natal é a festa da família: todos via-jam para se encontrar com os seus. É o momento em que a solidariedade cresce ao contemplar a beleza de Deus que se doa a nós. Para o cristão o Natal tem um sentido profunda-mente espiritual e não apenas para compras e festas.

É essencial lembrar que é Natal toda vez que amamos de verdade, pois em cada gesto de amor fraterno nasce Jesus.

Pasc

om D

ioce

sana

Dezembro de 2015

BIO

8

Page 9: BIO 226 - Dezembro 2015

TESTEMUNHO DA FÉ

O sentido do Advento

“Eu devo tudo isso à novena de Natal que eu participei e quero participar de muitas outras, se

Deus quiser” (Marisa Lene)

Marisa Lene Machado Paróquia Espírito Santo - Osasco

“Participar da novena de natal foi uma das maiores bênçãos que me aconteceu, eu sempre participava da missa, mas meu coração sentia que falta alguma coisa. As pessoas vieram na minha casa e eu fui a todas as outras casas com elas, agora eu vou à missa muito mais contente. Outra coisa importante foi a participação da minha sogra, que na época estava muito doente, chegou o momento de ela ir pra junto de Jesus, mas eu fico aliviada porque sinto o quanto foi importante para ela participar dessa novena. Também minha mãe que estava com uma de-pressão muito profunda participou e hoje graças a Deus está muito melhor. Eu devo tudo isso à novena de Natal que eu participei e quero participar de muitas outras, se Deus quiser”.

Geovaní S. FernandesCoordenadora de Grupo de Novena,Paróquia São Roque - Carapicuíba

“A importância do Natal, principalmente a novena, é que nós possamos atrair mais pessoas para a Igreja e também por-que levamos a esperança em Jesus, porque muitas pessoas es-quecem que o verdadeiro Natal é Jesus Cristo e se apegam a muitas coisas. Quando eu visito as famílias para fazer as no-venas, todas elas participam da missa de Natal”.

Donizete, Vilma e Valéria Ferreira

Paróquia São Luis Gonzaga - São Roque

No Natal de 2014 eles acolheram de braços aberto em sua casa, uma família que passava por dificuldades, pois estavam desempregados. Dona Vilma conta que demorou entender os motivos desse acontecimento. “Com a graça do Menino Jesus, entendi porque vivenciamos aquele momento”. Eles participaram da novena de Natal cujo tema era ‘o que é ser cristão?’. A filha do casal, Valéria Ferreira, diz que aprendeu a ser cristã quando viu a atitude de seus pais, cuidando e pro-tegendo essa família. “Tive como exemplo para uma vida in-teira a atitude dos dois, principalmente aprendendo realmente o sentido do que é ser cristão”. Hoje, esta família se encontra novamente estruturada. “Eu acolhi na minha casa com muito carinho, graças a Deus eles conseguiram emprego e estão bem, eu agradeço a Deus”, declara Donizete.

VitóriaCoordenadora de Grupo de Novena,Paróquia São Roque - Carapicuíba

“O objetivo da novena de Natal é evangelizar e levar a boa nova às pessoas que não podem acompanhá-la, muitos após a novena passam a vir à missa, se casam, se batizam, fazem a iniciação cristã e tornam-se um católico autêntico”.

O mistério do Natal está no Deus que, por amor, se fez homem, pequeno e pobre para salvar a humanidade. Para os que creem no Cristo, o Natal deve ser mais que um momento de confraternização entre familiares e amigos, precisa ser o tempo de nos aproximarmos de Deus e nos deixarmos guiar até o Salvador, assim

como os três Reis Magos foram guiados pela Estrela de Belém. Todo grande encontro exige uma preparação especial, e nosso encontro com o Menino Jesus não poderia ser diferente. Trazemos aqui alguns testemunhos de pessoas que, a partir da vivência deste advento, tempo de espera e preparação, entenderam o verdadeiro sentido do Natal, o nas-cimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A palavra Advento; este termo não significa espera, como poderia se supor, mas é a tradução da palavra grega parusia, que significa presen-ça, ou melhor, chegada, quer dizer, presença começada. Na antiguidade era usado para

designar a presença de um rei ou senhor, ou também do deus ao qual se presta culto e que presenteia seus fiéis no tempo de sua parusia. Ou seja, o Advento significa a presença começada do próprio Deus. Por isso, nos recorda duas coisas: primeiro, que a presença de Deus no mundo já começou, e que ele já está presente de uma maneira oculta; em segundo lugar, que essa presença de Deus acaba de começar, ainda que não seja total, mas está em processo de crescimento e amadurecimento. Sua presença já começou, e somos nós, os crentes, que, por sua von-tade, devemos fazê-lo presente no mundo.

Celebrar o Advento significa, dizendo mais uma vez, des-pertar para a vida a presença de Deus oculta em nós. João e Maria nos ensinam a fazê-lo. Para isso, devemos andar por um caminho de conversão, de afastamento do visível e aproxima-

ção ao invisível. Andando esse caminho somos capazes de ver a maravilha da graça e aprendemos que não há alegria mais luminosa para o homem e para o mundo que a da graça, que apareceu em Cristo. O mundo não é um conjunto de penas e dores, toda a angústia que exista no mundo está amparada por uma misericórdia amorosa, está dominada e superada pela be-nevolência, o perdão e a salvação de Deus. Quem celebre assim o Advento poderá falar com razão da celebração natalina: feliz bem-aventurada e cheia de graça. E conhecerá como a verdade contida na felicitação natalina é algo muito maior do que esse sentimento romântico dos que a celebram como uma espécie de diversão de carnaval.

Fonte: ACI DigitalPalavras do Cardeal Joseph Ratzinger sobre o Advento

BIO

9Dezembro de 2015

Page 10: BIO 226 - Dezembro 2015

IGREJA EM MISSÃO

A Pastoral da Criança está presente em diversas paróquias da Diocese de Osasco e oferece as-sistência às famílias, tendo em vista o cresci-

mento saudável das crianças de 0 a 6 anos de idade. Os

Pastoral da Criança: vivenciar a fé pela partilha e solidariedade

trabalhos são desenvolvidos por líderes voluntários e co-ordenadores paroquiais, que assumem a tarefa de orientar e acompanhar as famílias em ações básicas de saúde, edu-cação, nutrição e cidadania, cujo objetivo é o “desenvol-vimento integral das crianças, promovendo, em função delas, também suas famílias e comunidades, sem distinção de raça, cor, profissão, nacionalidade, sexo, credo religio-so ou político” (Artigo 2º do Estatuto). Todo mês aconte-ce a Celebração da Vida nas comunidades, momento em que as crianças são atendidas pelos líderes e as famílias são orientadas quanto aos cuidados adequados com os fi-lhos. O sentido maior é a valorização da vida. No entanto, é compensador proporcionar um momento de alegria e parcial igualdade a essas crianças menos favorecidas. Por meio do Natal Solidário, as pessoas podem apadrinhar uma delas oferecendo roupa, calçado e brinquedo. O nú-mero exato de favorecidos não é preciso, “mas se aproxi-ma de 3.000 crianças presenteadas. As doações aumentam a cada ano, possibilitando que sejam atendidas de 40 a 100 crianças por comunidade, incluindo os irmãos dos assis-

tidos, maiores de 6 anos e que já tenham passado pela pastoral”, conta Marizilda Viccioli - Coordenadora Diocesana da Pastoral da Criança.

Um dos momentos mais significativos da ação so-cial é a entrega dos presen-tes, quando os padrinhos são convidados a partici-parem das festas e entre-gam pessoalmente as rou-pas, calçados e brinquedos e têm a oportunidade de conhecerem a criança ado-tada no Natal Solidário. A coordenadora explica que “em algumas comunidades são oferecidos almoços de Natal para as crianças, seus pais e seus irmãos”.

No dia 27 de setembro deste ano, a pastoral come-morou 30 anos de presença na diocese, com missa em ação de graças presidida por Dom Ercílio Turco, bispo emérito de Osasco, na Paróquia São Lucas em Carapicuíba.

Pasto

ral d

a Cr

ianç

a - D

ioce

sana

Esta é uma obra contínua com a qual você pode contribuir, procure a coordena-ção da sua paróquia ou comunidade. Para mais informações en-tre em contato com a Coordenação Dio-cesana pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (11) 3654-0077. O aten-dimento da Pastoral da Criança acontece no Centro de Pasto-ral que fica na Rua da Saudade, 60 - sala 103 - Vila Osasco, Osas-co - todas as quartas- feiras.

Redação BIOMissa de Comemoração 30 anos da Pastoral da Criança em Osasco

Pasc

om D

ioce

sana

Dezembro de 2015

BIO

10

Page 11: BIO 226 - Dezembro 2015

PAPA FRANCISCO

Ano jubilar, rosto de uma Igreja misericordiosa”

A proximidade do Jubileu Extraordinário da Mise-ricórdia permite-me focar alguns pontos sobre os quais considero importante intervir para consen-

tir que a celebração do Ano Santo seja para todos os crentes um verdadeiro momento de encontro com a misericórdia de Deus. O meu pensamento dirige-se, em primeiro lugar, a todos os fiéis que em cada Diocese, ou como peregrinos em Roma, viverem a graça do Jubileu.

Espero que a indulgência jubilar chegue a cada um como uma experiência genuína da misericórdia de Deus, a qual vai ao encontro de todos com o rosto do Pai que acolhe e per-doa, esquecendo completamente o pecado cometido. Para viver e obter a indulgência os fiéis são chamados a realizar uma breve peregrinação rumo à Porta Santa, aberta em cada Catedral ou nas igrejas estabelecidas pelo Bispo diocesano, e nas quatro Basílicas Papais em Roma, como sinal do pro-fundo desejo de verdadeira conversão. É importante que este momento esteja unido, em primeiro lugar, ao Sacramento da Reconciliação e à celebração da santa Eucaristia com uma reflexão sobre a misericórdia. Será necessário acompanhar estas celebrações com a profissão de fé e com a oração por mim e pelas intenções que trago no coração para o bem da Igreja e do mundo inteiro.

Penso também em quantos, por diversos motivos, esti-verem impossibilitados de ir até à Porta Santa, sobretudo os doentes e as pessoas idosas e sós, que muitas vezes se encon-tram em condições de não poder sair de casa. Viver com fé

e esperança jubilosa este momento de provação, recebendo a comunhão ou participando na santa Missa e na oração co-munitária, inclusive através dos vários meios de comunica-ção, será para eles o modo de obter a indulgência jubilar. O meu pensamento dirige-se também aos encarcerados, que experimentam a limitação da sua liberdade. Nas capelas dos cárceres poderão obter a indulgência, e todas as vezes que passarem pela porta da sua cela, dirigindo o pensamento e a oração ao Pai, que este gesto signifique para eles a passagem pela Porta Santa, porque a misericórdia de Deus, capaz de mudar os corações, consegue também transformar as grades em experiência de liberdade.

Eu pedi que a Igreja redescubra neste tempo jubilar a ri-queza contida nas obras de misericórdia corporais e espiri-tuais. Todas as vezes que um fiel viver uma ou mais destas obras pessoalmente obterá sem dúvida a indulgência jubilar.

Enfim, a indulgência jubilar pode ser obtida também para quantos faleceram. A eles estamos unidos pelo testemunho de fé e caridade que nos deixaram. Assim como os recorda-mos na celebração eucarística, também podemos, no grande mistério da comunhão dos Santos, rezar por eles, para que o rosto misericordioso do Pai os liberte de qualquer resíduo de culpa e possa abraçá-los na beatitude sem fim.

Um dos graves problemas do nosso tempo é certamen-te a alterada relação com a vida. Uma mentalidade muito difundida já fez perder a necessária sensibilidade pessoal e social pelo acolhimento de uma nova vida. Penso, de ma-

neira particular, em todas as mulheres que recorreram ao aborto. Conheço bem os condicionamentos que as le-varam a tomar esta decisão. Sei que é um drama existen-cial e moral.

O perdão de Deus não pode ser negado a quem quer que esteja arrependi-do, sobretudo quando com coração sincero se aproxima do Sacramento da Confissão para obter a reconciliação com o Pai. Uma última con-sideração é dirigida aos fiéis que por diversos motivos sentem o desejo de frequen-tar as igrejas oficiadas pelos sacerdotes da Fraternidade São Pio X. Este Ano Jubilar da Misericórdia não exclui ninguém. Confio que no futuro próximo se possam encontrar soluções para re-cuperar a plena comunhão com os sacerdotes e os su-periores da Fraternidade. Entretanto, movido pela exi-gência de corresponder ao bem destes fiéis, estabeleço por minha própria vontade que quantos, durante o Ano Santo da Misericórdia, se aproximarem para celebrar o Sacramento da Reconci-liação junto dos sacerdotes da Fraternidade São Pio X, recebam validamente e li-citamente a absolvição dos seus pecados. Confiando na intercessão da Mãe da Mi-sericórdia, recomendo a sua proteção para a preparação deste Jubileu Extraordinário.

Vaticano, 01 /09/2015Papa Francisco

“O perdão de Deus não pode ser negado a quem quer que esteja arrependido”

Ao Venerado Irmão D. Rino Fisichella, Presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização.Im

agem

da

Inte

rnet

BIO

11Dezembro de 2015

Page 12: BIO 226 - Dezembro 2015

PROGRAME-SE

Agenda Diocesana

08 a 10/12

Ato Celebrativo da Declaração Universal dos Direitos

Humanos

11/12Abertura da Porta da Misericórdia da Catedral Santo

Antônio, às 20h

12/12Missa Diocesana em louvor a Protetora dos

Nascituros – CDBDV

25 a 29/01/16Retiro do Seminário Diocesano São José

12/02/16Missa de Abertura da Campanha da Fraternidade

(Catedral Santo Antônio, às 20h)

A Campanha para a Evangelização

A Campanha para a Evangelização foi criada pela Con-

ferência Nacional dos Bispos em 1998, para o exercício da solidariedade de todos os católicos no sustento da mis-são evangelizadora da Igreja em nosso país. A Campanha deve ser realizada tendo o seu início na festa de Nos-so Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, e encerrada no terceiro domingo do Adven-to, com a realização da Co-leta para a Evangelização. O objetivo é despertar os dis-cípulos e as discípulas mis-sionários (as) para o com-promisso evangelizador e para a responsabilidade pela sustentação das atividades pastorais da Igreja no Brasil. O gesto concreto de colabo-ração dos discípulos e das discípulas missionários (as) na Coleta para a Evangeliza-ção será partilhado, solida-riamente, entre as Dioceses, os 18 Regionais da CNBB e a CNBB nacional, visando à execução de suas atividades evangelizadoras.

A Campanha para a Evangelização associa a Encarnação do Verbo e o nascimento de Jesus Cristo com a missão permanente da Igreja que é evangelizar. Durante a Campanha deste ano, ocorrerá a abertura do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. É desejo do Papa Francisco que a Igre-ja anuncie a misericórdia, caminho que une Deus e os homens, e nutre a esperan-ça de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado.

As comunidades são chamadas a prepararem as pessoas para contemplarem o rosto misericordioso de Deus, manifesto na ternu-ra do Filho que Maria San-tíssima apresenta a todos, e acolherem os valores que Ele nos anuncia.

O Natal é, por excelência, a experiência do Deus mi-sericordioso que enviou seu Filho ao mundo para con-cretizar o seu plano salvífico

da humanidade. Somos convidados a fazer deste Natal, no contexto do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, uma rica experiência do amor de Deus. O mundo precisa fazer esta experiência nova de Natal para viver seu verdadeiro es-pírito. Como sabemos, o Natal se tornou uma festa munda-na: a festa do comércio, do lucro, do consumo, da gula e da embriaguez. Em nome do nascimento de Jesus, muita gente faz tudo o que Ele não faria nem gostaria que alguém fizesse. O mito do Papai Noel é o dono da festa e muitos são exclu-ídos dela por falta de recursos. É uma experiência de pura materialidade.

O Papa Francisco nos diz: “A primeira verdade da Igreja é o amor de Cristo. E, deste amor que vai até o perdão e o dom de si mesmo, a Igreja faz-se serva e mediadora junto dos homens. Por isso, onde a Igreja estiver presente, aí deve ser evidente a misericórdia do Pai”. Que o Natal seja mar-cado pela presença evangelizadora da Igreja anunciando a misericórdia.

A Campanha para a Evangelização deve sensibilizar to-dos os fiéis para que possam contribuir, seja pela atuação pastoral, seja pela ajuda material, com o anúncio desta ver-dade: Jesus é a maior manifestação da misericórdia de Deus.

A Campanha para a Evangelização segue o exemplo das primeiras comunidades, para as quais Paulo recomendava que os que mais têm se enriqueçam de boas obras, deem com prodigalidade e repartam com os demais (cf. 2Cor 8 e 9).

Dia 13 de dezembro,Coleta para a Evangelização

ORAÇÃO DA CE

Pai Santo, quisestes que a vossa Igreja fosse no mundo fonte de salvação para todas as nações, a fim de que a obra do Cristo que vem continue até o fim dos tempos. Aumentai em nós o ardor da evangelização, derramando o Espírito prometido, e fazei brotar em nossos corações a resposta da fé.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém!

Fonte: CNBB

Imag

em d

a In

tern

et

O Encontro Diocesano da Campanha da Fraternidade 2016 (CF 2016) acontece no dia 30 de janeiro, na Catedral Santo Antônio às 8h

Dezembro de 2015

BIO

12