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    19ENCONTRO DAASSOCIAONACIONAL DEPESQUISADORES EMARTESP STICENTRETERRITRIOS 20 A 25/09/2010 CACHOEIRA BAHIA B AS

    BIOARTE E EXPERINCIAS DA RESISTNCIA

    Marta Luiza StrambiUnicamp

    RESUMO

    Este artigo pretende refletir sobre o que se convencionou chamar de Bioarte, uma artebiolgica, de carter experimental, que tem como meio a matria viva, usada como prticada arte. Produzida em laboratrios cientficos e estdios criados pelos artistas, suaferramenta a biotecnologia. Este trabalho trata tambm de procedimentos que evocam arelao entre arte e cincia, entre arte e vida, atravs de uma potica de relacionamentos

    que incluem procedimentos de botnica e a manipulao de materiais sensveis.Palavras-chave: Artes Visuais;Bioarte, Arte/Cincia

    ABSTRACT

    This article reflects about what has being called, by convention, Bioart, a biological art form,on experimental character, that uses living matter on it's practices. Produced in scientific labsand studios created by the artists, bioart's tool is the biotechnology. This work also deals withprocedures that evoke the relationship between art and science, art and life, through relation

    poetics that includes botanical procedures and the manipulation of sensitive materials.

    KEY WORDS:Visual Arts; Bioart, Art/Science

    Introduo

    A verdade jamais pura e raramente simplesOscar Wilde

    A partir da dcada de 90 alguns artistas comearam a trabalhar com uma arte

    biolgica, de carter experimental, estritamente viva. Chamada de bioarte, ela se

    deu no sculo 20, mas comeou a ser amplamente praticada no incio do sculo 21.

    Eduardo Kac e George Gessert, expoentes da bioarte, usam o corpo como lugar de

    confluncia, entre matria humana e tecnologia.

    Geralmente a bioarte produzida em laboratrios cientficos e estdios criados pelos

    artistas. Nesses laboratrios os artistas so muitas vezes consideradosEstrangeiros , o que dificulta sua experincia nesse tipo de ambiente. Ela tem

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    como meio a matria viva, usada como prtica da arte, onde sua ferramenta a

    biotecnologia por exemplo, a engenharia gentica e a clonagem. Os bioartistas

    utilizam-se de clulas, protenas, DNA, bactrias, tecido vivo, sangue e congneres

    e defendem o limite da categoria no estrito tpico das formas vivas. Alm de

    artistas dessa nova mdia eles tambm podem ser vistos como cientistas.

    Entre os principais expoentes da bioarte se encontram Eduardo Kac, Joe Davis,

    George Gessert, Hunter Cole, Oron Catts, Ionat Zurr, Natasha Vita-More, Stelarc,

    Adam Zaretsky, Julia Reodica, Kevin Jones, Kathy High, Marta de Menezes entre

    outros.

    1. Entre as Artes e asCincias

    Surgida do impacto cultural, do avano e acessibilidade da biotecnologia, como

    pesquisas genticas, a bioarte trs como produo algumas obras de arte/cincia

    que podem ser consideradas mais suaves, mas a maioria delas, por natureza, so

    consideradas contundentes, uma vez que em suas formas radicais manipulam os

    processos da vida, dando a elas uma criao e inveno inusitadas, inventando e

    transformando assim os organismos vivos, extrapolando os limites tnues entre o

    natural e o artificial. Os bioartistas criam obras que perturbam as tradicionais

    distines entre arte e cincia atravs da combinao de processos cientficos e

    artsticos. Geralmente tais obras tendem reflexo social, transmitindo a crtica

    poltica e antropolgica.

    Dentre as obras da produo da bioarte podemos citar Time Capsule de Eduardo

    Kac, criada em 1997, obra-experincia que apresenta um novo procedimento nas

    poticas visuais, com um vis tecnolgico. Time Casule se consistiu de ummicrochip (que contm um nmero de identificao programada integrado a uma

    bobina e a um capacitor, todos lacrados hermeticamente em vidro biocompatvel)

    implantado no tornozelo esquerdo do artista em ocasio ao evento realizado nas

    Casa das Rosas em So Paulo. Com esse implante intradrmico, a inteno do

    artista foi a de registrar-se na Web em um banco de dados localizado nos Estados

    Unidos inaugurando o primeiro exemplo de um ser humano adicionado a um

    banco de dados. Com isso ele humaniza o processo de armazenamento de

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    memria e relata seu intuito de antropomorfizar as mquinas, tornando-as mais

    como ns, uma reflexo sob o ponto de vista do humano.

    Outra obra de impacto criada por Eduardo Kac foi GFP Bunny, de 2000, umacoelha transgnica apresentada publicamente pela primeira vez em Avignon, na

    Frana. Alba , o nome da coelha, a criao de um animal quimrico que no

    existe na natureza, um trabalho de arte transgnica que compreende a criao de

    uma coelha verde fluorescente por meio da protena que lhe confere essa cor, ela

    somente reluz quando iluminada sob uma lmpada de raios ultravioleta. Na criao

    de Alba, Kac injetou um gene da protena fluorescente em uma gua-viva e integrou

    este gene nessa coelha viva. Isto levou a coelha a se tornar verde-brilhante capaz

    de brilhar ao ser iluminada.

    Outra produo de Eduardo Kac, datada de 2003 a 2008, so os registros de

    Edunia, obra intitulada de "Histria Natural do Enigma", uma planta artificial, pois

    no podemos encontr-la na natureza, cujo nome uma mistura do nome do artista

    com a flor petnia: Eduardo com petnia = Edunia. Edunia se formou atravs de

    um gene do sangue do artista acrescentado ao DNA da planta original, produzindo

    uma protena somente na rede venosa da flor. Essa planta de Kac tem suas veiasvermelhas e ptalas cor de rosa, uma manipulao molecular, cujo resultado uma

    imagem viva de sangue humano correndo nas veias de uma flor.

    Outro artista da bioarte, que vale destacar, Joe Davis, que desenvolve pesquisa

    nos campos da biologia molecular, bioinformtica, arte espacial e escultura. Entre

    suas obras relaciono aqui um Microscpio de udio,de 2000.Esse trabalho possui

    detectores pticos, as condies especiais de iluminao e microscpios, de modo a

    permitir que a luz refletida das superfcies dos espcimes analisados penetre nas

    lentes de suas objetivas. Esses sinais pticos so ento transduzidos em sinais

    eltricos, atravs de detectores montados nas binoculares dos microscpios. Os

    impulsos eltricos so subsequentemente convertidos em som, atravs de

    equipamentos de udio comuns. O artista se utiliza ento de tais leituras, de modo a

    construir uma perspectiva sinestsica individual de cada espcime, mostrando o

    interior de, por exemplo, uma clula, de maneira sonora.

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    George Gessert, artistaamericano,desenvolveu um projeto de criao envolvendo

    streptocarpuses, um gnero de planta cultivado por suas flores ornamentais. O

    projeto, que comeou em1995, est agora em sua 8 gerao, eproduziu mas de

    dez mil hbridos, dos quais mais de 1.800 foram documentados. A famlia "Mark

    Tobey" consiste de 39 hbridos documentados, e produziu 6 geraes.

    Cada hbrido identificado com um nmero. Mark Tobey (1890 - 1976) foi um pintor

    americano cujo trabalho ajudou a aproximar a China e o Ocidente.

    Hunter Cole, tanto uma artista quanto uma geneticista experiente, reinterpreta a

    cincia como a arte de viver obras de arte. Cole chama a ateno para o ciclo da

    vida e da morte, para nossa prpria mortalidade atravs de uma srie de Desenhos

    Vivos, de 2004/05, que controla utilizando bactrias bioluminescentes. As bactrias

    crescem no ambiente de acolhimento e se tornam colaboradoras na arte, atuando

    num processo onde elas crescem e morrem. Hunter utiliza os nutrientes disponveis

    para que elas apaream como luz brilhante no desenho onde so fotografadas,

    depois, as bactrias vo morrendo gradualmente ao longo de um perodo de duas

    semanas.

    Oron Catts e Ionat Zurr desenvolvem tecidos vivos em estatuetas de vidro, e atravsde uma montagem digital podem ver diferentes tipos de clulas em crescimento no

    microscpio. Em cima do tecido conjuntivo podemos ver tambm o crescimento dos

    tecidos da pele. As cores so obtidas utilizando diferentes corantes e filtros. Em

    seguida vemos crescer o tecido muscular sobre bi-polmeros. Numa prxima etapa

    os artistas faro crescer as clulas musculares e neurnios ao longo de bi-

    polmeros. A inteno desses artistas no futuro trabalhar com o cultivo de rgos,

    que uma forma mais complexa de cultura de uma coleo de tecidos. Eles utilizamtecidos de coelhos e ratos e preferem chamar o que esto criando de tecidos

    derivados". H muito que falar sobre a clonagem e a engenharia gentica, mas h

    outros aspectos biolgicos relacionados com as tecnologias que vo ser bastante

    dominantes no futuro. Esses artistas acreditam que um deles vai ser engenharia de

    tecidos, que o uso das estruturas construdas artificialmente, em que voc atribui

    clulas normalmente para substituir um defeito ou partes do corpo ferido.

    Stelarc, artista performtico, investiga visualmente e amplifica acusticamente o seu

    corpo. Realiza filmes sobre o interior do corpo. Utiliza-se tambm da suspenso

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    corporal, de dispositivos mdicos, prteses, robtica e sistemas de realidade virtual,

    a Internet e a biotecnologia para explorar interfaces alternativas, ntimas e

    involuntrias com o corpo. Praticou performances com uma terceira mo, um

    brao virtual, uma escultura estomacal e construiu cirurgicamente uma orelha

    extra no seu brao, que ligada Internet, tornando-a um rgo acstico acessvel

    s pessoas localizadas na rede de computadores.

    Adam Zaretsky, com seu senso de humor, passou 48 horas tocando Engelbert

    Humperdincksde "Greatest Hits" em uma colnia de clulas (com capacidade de

    produzir antibiticos) e bactrias para determinar se as vibraes ou sons

    influenciavam o crescimento bacteriano. Observando o aumento da produo de

    antibiticos, Zaretsky decidiu que talvez as clulas fossem importunadas pela

    sujeio constante de lounge music em volume alto, e dessa forma tentassem

    combater o mal da nica maneira que podia. Em seus cursos destina-se a expor os

    artistas a laboratrios, um aluno pode pintar com bactrias geneticamente

    modificadas ou incorpor-la em uma obra de arte viva.

    Essa arte envolve o cultivo de tecidos e transgnicos, processos de engenharia

    gentica da qual o material gentico de um organismo alterado pela adio desntese ou transplantados a partir de material gentico de outro organismo.

    Julia Reodica, na srie hymNext hymens", de 2004, produz uma srie de hmens

    artificiais, combinando novos meios e mtodos de escultura com o cultivo de tecidos.

    Para a elaborao dos hmens elautilizou suas prprias clulas vaginais e amostras

    de tecidos de ratos. Com essa srie de obras Reodica visa enfrentar a sexualidade

    moderna, provocando a reflexo sobre o corpo feminino e a nfase da virgindade em

    nossa cultura. Em outros projetos trabalha uma srie que ela chama de "esculturas

    vivas", criando uma coleo de embries sintticos de criaturas mticas.

    Os trabalhos de Kevin Jones exploram a biotecnologia. Quase todas as peas esto

    vivas, e os meios utilizados incluem bactrias bioluminescentes e frutas podres, j

    Kathy High se envolveu com a bioarte atravs de seu interesse nas questes

    centradas no processo de parto/nascimento e as tecnologias reprodutivas.

    Marta de Menezes criou o seu primeiro projeto de arte biolgica Nature ?,em 1999,

    ao modificar o padro das asas de borboletas vivas, constitudas apenas por clulas

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    normais, sem pigmentos artificiais ou cicatrizes, mas desenhadas pela artista.Marta

    usa uma agulha fina acoplada a um gerador de calor, enquanto as borboletas esto

    em seus casulos, para alterar ligeiramente o seu desenvolvimento, provocando

    assim mudanas nos padres de suas asas atravs de uma tcnica chamada

    microeautrio. Pode-se apagar ou criar "ocelos" nas asas, e os resultados

    geralmente podem ser controlados. As mudanas no ocorrem em nvel gentico e

    no so transmitidas descendncia. Os genes das borboletas no so modificados

    com a interveno artstica. Esses novos padres nunca apareceram antes na

    natureza e esta forma de arte literalmente vive e morre. um exemplo de arte com

    um perodo limitado de vida a durao da vida da borboleta. Marta desde 1999 tem

    se utilizado de diferentes tcnicas, incluindo ressonncia magntica funcional docrebro para criar retratos onde a mente pode ser observada em Functional

    Portraits, de 2002.

    Junior Return de Philip Ross um conjunto de cpsulas de vidro que proporcionam

    uma miniatura de planta, um sistema que a mantm fechada em um estado ano.

    Controlado por computador ele cria um ambiente hidropnico; razes das plantas

    esto submersas em gua e em nutrientes, enquanto as luzes LED geram

    fornecimento de iluminao necessria. Uma bomba ativada por um cronmetro

    digital que passa ar e gua para a planta banhando suas razes. A energia para tudo

    isso fornecida por uma bateria que conectada unidade. Esse sistema mantm

    sua fbrica fornecendo apenas recursos suficientes para sobreviver, mas no

    prosperar. Philip manteve por quase trs anos um brcolis (de mudas vivas) usando

    esta tcnica, e quis formalizar esse comportamento em um dispositivo. A planta

    neste recipiente poderia florescer no mais pobre dos ambientes, mas tambm seria

    invisvel para ns em significado esttico e considerao.

    2. A Vida que Insiste

    O meu percurso como artista foi trabalhar, desde os anos 90, a questo do corpo,

    como uma pele ligada ao corpuspoltico, objetos, performances e instalaes que

    foram agregados a outros materiais como argila, silicone, chumbo e vidro.

    Essa produo em derretimento continua sendo minha busca, que transformada emmatria traduziu-se em forma plstica, como se ao unir gotas no mrmore

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    fssemos definindo caminhos, sentenas, ou mesmo, dvidas. O pensamento

    submerso e pego assim se lana como vcuo, agregando massas, amalgamando

    matrias, como uma rachadura que se abre a meio caminho.

    Presa incansvel busca de trazer tona nossos modos de vida em desalinho,

    realizo a fuso dessas matrias resistncia da vida, como uma forma de

    aclamao. Mostro essa resistncia atravs das sries de trabalhos plsticos

    produzidos entre 2007 e 2009, como em Copo, Copos, Fuso, Fundidos,

    Derretidos, Acumulao, Acomodao, Fornaces e Oferenda sob

    Metformina. Ainda em 2009 realizei algumas aes como In lavatrio e 2 dedos

    de gua, uma experincia material atrelada a uma ao projetada sob a inteno de

    conter, aparar ou remediar o plasma de vida: consistiu-se da ingesto de remdio

    seguido de dois dedos de gua, vertidos de um copo derretido fixo parede.

    Com a mesma inteno sigo hoje reunindo o tempo perdido, aparando o espao

    mnimo e tentando reaver a vida pelos nfimos lugares ainda in vitae, atravs dos

    trabalhos In resistncia e Vida que insiste como mostram as imagens abaixo.

    Marta Strambi, Vida que insiste, 2010, copos fundidos e Ip

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    Marta Strambi, Vida que insiste, 2010, copos fundidos e Ip

    Marta Strambi, In resistncia, 2010, copos fundidos e Ips

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    Marta Strambi, Vida que insiste, 2010, copos fundidos e Ip

    Enquanto h uma bioarte que trabalha com seres transgnicos e reinventados, h

    tambm possibilidades de se recuperar in vitroessas formas sensveis de viver, para

    trazer tona ou apresentar um ltimo suspiro de vida, se ainda nos restar.

    Escrever sobre o cuidado que se deve ter com essas vidas, reg-las diariamente,

    coloc-las em local claro e arejado, ainda tudo que podemos fazer.

    Referncias

    CATTS, Oron. A desestetizao do vivo. Decepo e improdutividade. Revista Nada,Lisboa, n 7, 2006.

    HEARTNEY, Eleanor. Art&Today. London: Phaidon, 2008.

    KAC, Eduardo. Signs of Life: Bio Art and Beyond. Cambridge: MIT Press, 2007.

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    MOURA, Leonel. Os Homens Lixo.Lisboa: Fenda, 1996.

    RIEMSCHNEIDER, Burkhard e GROSENICK, Uta (Org.) Art the turn of the millennium.Colonia: Taschen, 1999.

    SCHNECKENBURGER, Manfred. Escultura. InWALTHER, Ingo F. (Org.). Arte do sculoXX. Colonia: Taschen, 1999.

    Marta Luiza Strambi

    Artista Plstica. Membro do Grupo de Pesquisa Estudos Visuais, CNPQ/Unicamp. Ps-Doutoranda, IA/Unicamp. Doutora em Artes, Eca/Usp. Mestre em Artes, IA/Unicamp.

    Especialista em Educao, Fe/Unicamp. Graduada em Artes Plsticas, Puccamp. Atua emreas terico-prticas da arte interpenetrando a rea da Educao. Trabalha com ValuOriaGaleria de Arte/SP e com a Galeria Sete, Coimbra/Portugal.