Biodiversidade

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REPÚBLICA DE ANGOLA UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXACTAS REPARTIÇÃO DE FÍSICA Trabalho em grupo de Física Ambiental Grupo nº 3 Autores: Gourgel Abias Matias Cambinda Augusto Pedro da Silva Edson Avelino Math Lubango 2013

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REPÚBLICA DE ANGOLAUNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃODEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXACTAS

REPARTIÇÃO DE FÍSICA

Trabalho em grupo de Física Ambiental

Grupo nº 3 Autores: Gourgel Abias Matias Cambinda Augusto Pedro da Silva Edson Avelino Math

O docente

Jorge Tamayo

Lubango 2013

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Biodiversidade

Índice

1. Introdução...............................................................................................................................................................2

2. Abordagens da Biodiversidade................................................................................................................................3

3. Pontos críticos da Biodiversidade............................................................................................................................4

4. Biodiversidade: tempo e espaço.............................................................................................................................4

5. Importância e valor económico da biodiversidade..................................................................................................4

6. A biodiversidade está ameaçada?...........................................................................................................................5

7. Consequências.........................................................................................................................................................6

8. Manuseio da biodiversidade: conservação, preservação e protecção....................................................................7

9. Status jurídico da biodiversidade............................................................................................................................8

10. Conclusão............................................................................................................................................................9

11. Bibliografia........................................................................................................................................................10

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1. Introdução

Nós nos debruçaremos sobre um capítulo que tanto preocupa as autoridades governamentais, a população e os seres vivos em geral que é a biodiversidade.

O termo em inglês biological diversity (diversidade biológica) foi criado por Thomas Lovejoy no ano de 1980, enquanto o termo biodiversity (biodiversidade) foi inventado por W.G. Rosen em 1985. Desde 1986, o termo e conceito têm adquirido largo uso entre biólogos, ambientalistas, líderes políticos e cidadãos informados no mundo todo.

O surgimento deste termo está relacionado directamente com o aumento da consciência ecológica no final do século XX, principalmente a respeito da extinção de espécies animais e vegetais.

Definições

Biodiversidade ou diversidade biológica é a diversidade da natureza viva.

Pode ser definida como a variedade existente entre os organismos vivos e as complexidades ecológicas nas quais elas ocorrem.

Pode ser entendida como uma associação de vários componentes hierárquicos: ecossistema, comunidade, espécies, populações e genes em uma área definida.

Refere-se à variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos macroscópicos e de microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, hábitats e ecossistemas formados pelos organismos.

Medida da diversidade relativa entre organismos presentes em diferentes ecossistemas".

Em seu sentido mais amplo, biodiversidade significa “vida sobre a Terra”.

A espécie humana depende da Biodiversidade para a sua sobrevivência.

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Chamamos de biodiversidade a essa variedade de vida presente nos mais diversos ambientes. Ela é composta por uma grande diversidade de espécies  (indivíduos semelhantes, com capacidade de se reproduzir entre si e naturalmente), que por sua vez apresentam grande diversidade genética  (variação na informação genética entre indivíduos da mesma espécie) e diversidade ecológica  (diferentes comunidades biológicas como florestas, desertos, rios, oceanos que interagem entre si e com o ambiente).

A biodiversidade varia com as diferentes regiões ecológicas, sendo maior nas regiões tropicais do que nos climas temperados.

2. Abordagens da Biodiversidade

Para os biólogos geneticistas, a Biodiversidade é a diversidade de genes e organismos. Eles estudam processos como mutação, troca de genes e a dinâmica do genoma, que ocorrem ao nível do DNA.

Para os biólogos zoólogos ou botânicos, a Biodiversidade não é só apenas a diversidade de populações de organismos e espécies, mas também a forma como estes organismos funcionam. Organismos surgem e desaparecem.

Para os ecólogos, a Biodiversidade é também a diversidade de interacções duradouras entre espécies. Em cada ecossistema os organismos são parte de um todo, interagem uns com os outros mas também com o ar, a água e o solo que os envolvem.

A cultura humana tem sido determinada pela Biodiversidade, e ao mesmo tempo as comunidades humanas têm dado forma à diversidade da natureza nos níveis genético, das espécies e ecológico.

Os ecossistemas também nos fornecem "suportes de produção" (fertilidade do solo, polinizadores, decompositores de resíduos, etc.) e "serviços" como purificação do ar e da água, moderação do clima, controle de inundações, secas e outros desastres ambientais.

Se os recursos naturais são de interesse económico para a comunidade, sua importância económica é também crescente. Novos produtos são desenvolvidos graças a biotecnologias, criando novos mercados. Para a sociedade, a biodiversidade é também um campo de trabalho e lucro. É necessário estabelecer um manejo sustentável destes recursos.

Finalmente, o papel da Biodiversidade é "ser um espelho das nossas relações com as outras espécies de seres vivos", uma visão ética dos direitos, deveres, e educação.

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3. Pontos críticos da Biodiversidade

O Brasil tem 1/5 da Biodiversidade mundial, com 50000 espécies de plantas, 5000 de vertebrados, 10-15 milhões de insectos, milhões de micro organismos.

A Índia apresenta 8% das espécies descritas, com 47000 espécies de plantas e 81000 de animais.

São 13 as zonas de protecção integral da natureza em Angola. Os 82.000 quilómetros quadrados que ocupam, correspondem aos 6,6 porcento da superfície do país distribuídos por seis parques nacionais, um parque natural regional, duas reservas naturais integrais e quatro outras parciais.

Caso  forem consideradas, também  as 18 reservas florestais e diversas coutadas, Angola  pode atingir 188 mil 650 quilómetros quadrados  de  zonas verdes  que ocupam  no território nacional.

4. Biodiversidade: tempo e espaço

Mais de 20 anos depois de criado, o termo científico biodiversidade é um conceito incorporado à sociedade e tem como apelo principal a conservação da riqueza natural.

Além do direito à vida e da necessidade de preservação da variedade que caracteriza o planeta, o mundo enfrenta hoje uma dura realidade: os recursos naturais estão se esgotando num ritmo muito rápido. E é preciso, pelo menos, reduzir a velocidade para garantir o desenvolvimento sustentável nas próximas décadas.

A biodiversidade não é estática. É um sistema em constante evolução tanto do ponto de vista das espécies como também de um só organismo. A meia-vida média de uma espécie é de um milhão de anos e 99% das espécies que já viveram na Terra estão hoje extintas.

A biodiversidade não é distribuída igualmente na Terra. Ela é, sem dúvida, maior nos trópicos. Quanto maior a latitude, menor é o número de espécies, contudo, as populações tendem a ter maiores áreas de ocorrência. Este efeito que envolve disponibilidade energética, mudanças climáticas em regiões de alta latitude é conhecido como efeito Rapoport.

5. Importância e valor económico da biodiversidade

A biodiversidade é de extrema importância para a preservação do meio ambiente, pois ela mantém os ecossistemas estáveis, por isso, a manutenção desse equilíbrio depende da conservação das espécies. Assim quando uma entra em extinção, os seres que se alimentavam ou dependiam de alguma forma dela correm o risco de seguir o mesmo destino. Da mesma forma, o excesso de exemplares de uma espécie o meio ambiente instável.

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A diversidade biológica apresenta um papel fundamental para a nossa espécie, uma vez que aproximadamente 40% da economia mundial e 80% das necessidades dos povos dependem dos recursos biológicos

Deste modo, Edward O. Wilson escreveu em 1992 que a Biodiversidade é uma das maiores riquezas do planeta, e, entretanto, é a menos reconhecida como tal (la biodiversité est l'une des plus grandes richesses de la planète, et pourtant la moins reconnue comme telle).

Uma estimativa do valor da biodiversidade é uma pré-condição necessária para qualquer discussão sobre a distribuição da riqueza da Biodiversidade. Estes valores podem ser divididos entre:

Valor intrínseco – todas as espécies são importantes intrinsecamente, por uma questão de ética.

Valor funcional – cada espécie tem um papel funcional no ecossistema. Por exemplo, predadores regulam a população de presas, plantas fotossintetizantes participam do balanço de gás carbônico na atmosfera, etc.

Valor de uso directo – muitas espécies são utilizadas directamente pela sociedade humana, como alimentos ou como matérias primas para produção de bens.

Valor de uso indirecto – outras espécies são indirectamente utilizadas pela sociedade. Por exemplo criar abelhas em laranjais favorece a polinização das flores de laranja, resultando numa melhor produção de frutos.

Valor potencial – muitas espécies podem futuramente ter um uso directo, como por exemplo espécies de plantas que possuem princípios activos a partir dos quais podem ser desenvolvidos medicamentos.

Em um trabalho publicado na Nature em 1997, Constanza e colaboradores estimaram o valor dos serviços ecológicos prestados pela natureza. A idéia geral do trabalho era contabilizar quanto custaria por ano para uma pessoa ou mais, por exemplo, polinizar as plantas ou quanto custaria para construir um aparato que serviria como mata ciliar no antiaçoriamento dos rios. O trabalho envolveu vários "serviços" ecológicos e chegou a uma cifra média de US$ 33.000.000.000.000,00 (trinta e três trilhões de dólares) por ano, duas vezes o produto interno bruto mundial.

6. A biodiversidade está ameaçada?

Durante as últimas décadas, uma erosão da Biodiversidade foi observada. A maioria dos biólogos acredita que uma extinção em massa está a caminho. Apesar de divididos a respeito dos números, muitos cientistas acreditam que a taxa de perda de espécies é maior agora do que em qualquer outra época da história da Terra.

Alguns estudos mostram que cerca de 12,5% das espécies de plantas conhecidas estão sob ameaça de extinção. Todo ano, entre 17.000 e 100.000 espécies são varridas de nosso planeta. Alguns dizem que cerca de 20% de todas as espécies viventes poderiam desaparecer em 30 anos. Quase todos dizem que as perdas são devido às actividades humanas, em particular a destruição dos hábitats de plantas e animais.

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Ameaças:

A domesticação de animais e plantas em larga escala é um factor histórico de degradação da biodiversidade, gerando a selecção artificial de espécies, onde alguns seres vivos são seleccionados e protegidos pelo homem em detrimento de outros.

Devido essencialmente a actividades humanas como a agricultura, a pesca, a indústria, os transportes e a urbanização de extensas partes do território, entre outras, observa-se que os ecossistemas e as espécies se encontram, a um nível global, cada vez mais ameaçadas, com a consequente diminuição da biodiversidade.

A ocupação desordenada de áreas naturais, a exploração predatória de recursos da natureza e a poluição são algumas ações humanas que têm trazido sérias consequências, levando o planeta a perder cada vez mais espécies animais e vegetais

As principais causas para a extinção das espécies são as profundas alterações, ou mesmo a destruição dos habitats. A destruição dos habitats tem-se intensificado, principalmente, devido à crescente erosão e desertificação dos solos; ao sobre pastoreio ; à poluição da água; do solo e da atmosfera por substâncias químicas; aos derrames de crude e de outros poluentes nos mares; ao consumo de alguns animais e plantas, à introdução de espécies exóticas pelo homem, à prática intensiva da agricultura, à construção de barragens, à crescente urbanização, à destruição das florestas, à poluição e a outros factores humanos

A principal ameaça à biodiversidade do planeta é justamente a acção humana através de desmatamentos, queimadas e alterações antrópicas no clima e nos ecossistemas.

7. Consequências

Com menor diversidade de espécies a vida na Terra torna-se mais sujeita a alterações ambientais.

Um exemplo simples do impacto da derrubada de mata nativa é a perda de um serviço que a natureza fornece aos produtores rurais: a polinização natural. Abelhas, insetos e pássaros são responsáveis por esse processo que permite a reprodução das plantas. Se a vegetação é destruída, essa fauna perde abrigo e acaba dizimada. Outras consequências podem ser a perda do controle biológico de pragas e doenças. É uma perda de equilíbrio que se traduz em custos para ser controlada, afirma.

O principal impacto da perda da biodiversidade é a extinção das espécies que são irrecuperáveis.

O Homem é o principal responsável da perda da biodiversidade. As espécies têm sido exterminadas de maneira muito rápida pela acção humana, com uma taxa de extermínio 50 a 100 vezes superior aos índices de extinção por causa natural.

Se a taxa de extinção de mamíferos e aves era, historicamente, de uma espécie perdida por cada 500 a 1000 anos, as profundas intervenções das diferentes actividades humanas têm acelerado esse ritmo.

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8. Manuseio da biodiversidade: conservação, preservação e protecção

A conservação da diversidade biológica tornou-se uma preocupação global. Apesar de não haver consenso quanto ao tamanho e ao significado da extinção actual, muitos consideram a Biodiversidade essencial.

Mas porque é que é tão importante preservar a biodiversidade?

Razões de vária ordem estão na base deste princípio mundialmente aceite – da preservação:

Motivos éticos - pois o ser humano tem o dever moral de proteger outras formas de vida, como espécie dominante no Planeta;

Motivos estéticos - uma vez que as pessoas apreciam a natureza e gostam de ver animais e plantas no seu estado selvagem;

Motivos económicos - a diminuição de espécies pode prejudicar actividades já existentes (pesca de uma espécie com elevado valor comercial que está a desaparecer, como o Sável e Lampreia). Pode ainda comprometer a sua utilização futura (ex. para produção de medicamentos). Não podemos esquecer que pelo menos 40% da economia mundial e 80% das necessidades dos povos dependem dos recursos biológicos;

Motivos funcionais da natureza - dado que a redução da biodiversidade leva a perdas ambientais. Isto acontece porque as espécies estão interligadas por mecanismos naturais com importantes funções (ecossistemas), como a regulação do clima; purificação do ar; protecção dos solos e das bacias hidrográficas contra a erosão; controlo de pragas; etc.

Devido o grande valor da biodiversidade na manutenção do equilíbrio da natureza, é necessário tomar medidas para preservá-la. Elas estão relacionadas ao desenvolvimento sustentável e colaboram para a vida de todos. Entre elas estão a reciclagem de materiais, como papel e garrafas, a reutilização de água para limpeza e o uso de energia “limpa” (solar, eólica, entre outras). Com essas ações, diminui-se o grau de poluição do meio ambiente e ainda se promove a racionalização do consumo de energia elétrica e de água potável.

A ameaça da diversidade biológica estava entre os tópicos mais importantes discutidos na Conferência Mundial da ONU para o desenvolvimento sustentável, na esperança de ver a fundação da Global Conservation Trust para ajudar a manter as colecções de plantas.

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9. Status jurídico da biodiversidade

A biodiversidade deve ser avaliada e sua evolução, analisada (através de observações, inventários, conservação...) que devem ser levadas em consideração nas decisões políticas. Está começando a receber uma direcção jurídica.

A relação "Leis e ecossistema" é muito antiga e tem conseqüências na biodiversidade. Está relacionada aos direitos de propriedade pública e privada. Pode definir a protecção de ecossistemas ameaçados, mas também alguns direitos e deveres (por exemplo, direitos de pesca, direitos de caça).

"Leis e espécies" é um tópico mais recente. Define espécies que devem ser protegidas por causa da ameaça de extinção. Algumas pessoas questionam a aplicação dessas leis.

A convenção de 1972 da UNESCO estabeleceu que os recursos biológicos, tais como plantas, eram uma herança comum da humanidade. Essas regras provavelmente inspiraram a criação de grandes bancos públicos de recursos genéticos, localizados fora dos países.

Os novos acordos estabelecem que os países devem conservar a Biodiversidade, desenvolver recursos para sustentabilidade e partilhar os benefícios resultante de seu uso. Sob essas novas regras, é esperado que o Bioprospecto ou colecção de produtos naturais tem que ser permitido pelo país rico em Biodiversidade, em troca da divisão dos benefícios.

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10. Conclusão

Quanto mais rica é a diversidade biológica, maior é a oportunidade para descobertas no âmbito da medicina, da alimentação, do desenvolvimento económico, e de serem encontradas respostas adaptativas a essas alterações ambientais.

A biodiversidade é o que garante o equilíbrio dos ecossistemas do mundo todo. Os danos

causados à biodiversidade não afetam somente as espécies que habitam determinado local, mas,

todas as outras e o próprio ambiente uma vez que afeta a fina rede de relações entre as espécies

e entre estas e o meio em que vivem.

A decisão de proteger os ambientes naturais e controlar a poluiçao não está apenas nas mãos dos políticos e grandes indústrias. Está sobretudo na rotina diária de cada cidadão comum do planeta.

Pois afinal, a extinção de tantas espécies e ecossistemas, ao longo do tempo poderá contribuir para a extinção da espécie humana…

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11. Bibliografia

Wikipédia, a enciclopédia livre/ 2013-04-02

COELHO, M.A., TERRA, L. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Moderna. P.162,

2005

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