Biodiversidade e Recursos Naturais Uso e Conservação: … 2019. 4. 2. · COP1 –1994 (Nassau,...

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Biodiversidade e Recursos Naturais Uso e Conservação: Convenção da Biodiversidade e de Mudanças Climáticas da ONU Prof. Edson Vidal Departamento de Ciências Florestais ESALQ/USP Prof. Edson Vidal Departamento de Ciências Florestais ESALQ/USP

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  • Biodiversidade e Recursos Naturais –

    Uso e Conservação: Convenção da

    Biodiversidade e de Mudanças

    Climáticas da ONU

    Prof. Edson Vidal

    Departamento de Ciências Florestais

    ESALQ/USP

    Prof. Edson Vidal

    Departamento de Ciências Florestais

    ESALQ/USP

  • Biodiversidade e os Biomas

    Brasileiros - Situação

    Conceitos Importantes:

    •Convenções das Nações Unidas – ONU

    •Manejo Sustentável dos recursos Naturais

  • Biodiversidade das Florestas Tropicais: O

    que temos? O que conhecemos

  • Mittermeier et al, 1997

    Ranking Mundial de Biodiversidade

    dos Países do Planeta

  • IMPORTÂNCA BIOLÓGICA DAS FLORESTAS

    TROPICAIS

    > 50 % das espécies animais e vegetais da planeta

    > 80 % dos insetos; 84% dos répteis

    91% dos anfíbios; 90 % dos primatas

  • Biodiversidade em Nível Internacional –

    Convenções das Nações Unidas – Rio 92

  • Biodiversidade e Recursos

    Genéticos

  • Convenção da Diversidade

    Biológica - CDB

  • Objetivos da Convenção da

    Diversidade

    Conservação da Biodiversidade;

    Uso Sustentável dos Recursos Naturais

    Repartição Justa e Equitativa;

    No Brasil Conservação difere de

    Preservação

  • Principais Artigos da CDB

  • Principais Artigos da CDB

  • A Conferência das Partes –

    COP da CDB

    A Conferência das Partes é o órgão

    Supremo Decisório no Âmbito da

    Convenção sobre Biodiversidade Biológica

    As reuniões da COP são realizadas a cada

    dois anos com rodízio entre os continentes

  • COP – Diversidade Biológica

    COP1 – 1994 (Nassau, Bahamas)

    COP2 – 1995 (Jakarta, Indonésia)

    COP3 – 1996 (Buenos Aires, Argentina)

    COP4 – 1998 (Bratislava, Eslováquia)

    COP5 – 2000 (Nairóbi, Quênia)

    COP6 – 2002 (Haia, Holanda)

    COP7 – 2004 (Kuala Lumpur, Malásia)

    COP8 – 2006 (Curitiba, Brasil)

    COP9 – 2008 (Bonn, Alemanha)

    COP10 – 2010 (Nagoya, Japão)

    COP11 – 2012 (Hyderabad, Índia)

    COP12 – 2014 (Pyeongchang, Republic of Korea )

  • COP – Diversidade Biológica

    COP1 – 1994 (Nassau, Bahamas)

    COP2 – 1995 (Jakarta, Indonésia)

    COP3 – 1996 (Buenos Aires, Argentina)

    COP4 – 1998 (Bratislava, Eslováquia)

    COP5 – 2000 (Nairóbi, Quênia)

    COP6 – 2002 (Haia, Holanda)

    COP7 – 2004 (Kuala Lumpur, Malásia)

    COP8 – 2006 (Curitiba, Brasil)

    COP9 – 2008 (Bonn, Alemanha)

    COP10 – 2010 (Nagoya, Japão)

    COP11 – 2012 (Hyderabad, Índia)

    COP12 – 2014 (Pyeongchang, Republic of Korea )

    COP13 – 2016 (Cancun, México)

    COP14 – 2018 (Sharm El-Sheikh, Egypt)

  • Reunião da Partes (Protocolo de Cartagena

    sobre Biossegurança) - MOB

    MOP-1, 2004 - Kuala Lampur, Malásia (RESPONSABILIDADE E

    COMPENSAÇÃO)

    MPO-2, 2005 - Montreal, Canadá (Protocolo de cartagena sobre

    biossegurança)

    MOP-3, 2006 - Brasil, Curitiba (Biossegurança)

    MOP-4, 2008, Bonn, Alemanha (discute regime de

    responsabilidade para uso de transgênicos)

    MOP-5, 2010, Nagoya, Japão (organismos vivos e modificados)

    MOP-6, 2012, Hyderabad, Índia (debate mundial sobre os

    rumos dos transgênicos e da economia verde)

    MOP-7, 2014, Pyeongchang, Republic of Korea (conflitos de

    interesses entre empresas e governos sobre OGMs)

    Meeting of Parties

  • COP - ClimaCOP 1 – 1995 (Berlim, Alemanha)

    COP 2 – 1996 (Genebra, Suíça)

    COP 3 – 1997 (Quioto, Japão)

    COP 4 – 1998 (Buenos Aires,

    Argentina)

    COP 5 – 1999 (Bonn, Alemanha)

    COP 6 – 2000 (Haia, Holanda)

    COP 6 ½ e COP 7 – 2001 (2ª fase

    da COP 6 ), (COP 7- Marrakech,

    Marrocos)

    COP 8 – 2002 (Nova Delhi, Índia)

    COP 9 – 2003 (Milão, Itália)

    COP 10 – 2004 (Buenos Aires,

    Argentina)

    COP 11 – 2005 (Montreal, Canadá)

    COP – 2006 (Nairóbi, África)

    COP 13 e MOP 3 – 2007 (Bali,

    Indonésia)

    COP 14 e MOP 4 – 2008 (Poznan,

    Polônia)

    COP 15 – 2009 (Compenhagen)

    COP 16 – 2010 (Cidade do

    México) – extensão do Protocolo

    COP 17 – 2011 (Durban, South

    Africa) – Kyoto vai para 2020

    COP 18 – 2012 (Doha, Qatar)

    COP 19 – 2013 (Varsóvia, Polônia)

    COP 20 - 2014 (Lima)

    COP 21 – 2015 (Paris)

    COP 22 – 2016 (Marrakesh, no

    Marrocos)

    COP 23 – 2017 (Bonn, Alemanha)

    COP 24 – 2018 (Katowice, Poland)

    COP 25 – 2019 (Santiago, Chile),

    seria no Brasil

  • Que Papel Desempenha?Órgão máximo da CDB – suas decisões

    tem força de Lei; decisão por concenso;

    Monitora a implementação da

    Convenção;

    Guia o desenvolvimento através do

    Plano Estratégico;

    Estabelece órgão subsidiários, aprova

    decisões, defini orçamento e

    protocolos.

  • Oportunidade de MAIOR PARTICIPAÇÃO

    DA SOCIEDADE nas decisões da COP: povos

    indígenas; populações tradicionais; setor

    privado; comunidade acadêmica; ONGs;

    Mostrar AVANÇOS DA IMPLEMENTAÇÃO

    da CDB no país; conservação da

    biodiversidade; uso sustentável; repartição de

    benefícios;

    MAIOR VISIBILIDADE PARA O BRASIL, país

    megadiverso de maior biodiversidade do

    planeta; grande responsabilidade;

    IMPORTÂNCIA DA COP8 E MOP NO

    BRASIL

  • HISTÓRICO DA LEI DE ACESSO AO

    PATRIMÔNIO GENÉTICO

  • Dispõe sobre o acesso ao patrimônio

    genético, sobre a proteção e o acesso ao

    conhecimento tradicional associado e

    sobre a repartição de benefícios para

    conservação e uso sustentável da

    biodiversidade; revoga a Medida

    Provisória no 2.186-16, de 23 de agosto de

    2001; e dá outras providências.

    LEI Nº 13.123, DE 20 DE MAIO DE 2015.

  • CONVENÇÃO DE MUDANÇAS

    CLIMÁTICAS - CMC

  • CUSTOS PARA MANTER A BIODIVERSIDADE

  • Prof. Edson Vidal

    Departamento de Ciências Florestais

    ESALQ/USP

    Mudanças Climáticas

  • Radiação solar na forma de ondas de luz passando pela atmosfera

    Al Gore, 2017

  • A maior parte destaradiação é absorvido pelaTerra aquecendo-a

    Al Gore, 2017

  • Alguma energia é irradiada de volta ao espaço pela terra na forma de ondas infravermelha

    A maior parte destaradiação é absorvido pelaTerra aquecendo-a

    Al Gore, 2017

  • Algumas destas radiações infravermelhas irradiada estão presas pela atmosfera da terra aquecendo-a

    Alguma energia é irradiada de volta ao espaço pela terra na forma de ondas infravermelha

    A maior parte destaradiação é absorvido pelaterra aquecendo-a

    Al Gore, 2017

  • © Peter Weber/Shutterstock

    Al Gore, 2017

  • Algumas destas radiações infravermelhas irradiada estão presas pela atmosfera da terra aquecendo-a

    Alguma energia é irradiada de volta ao espaço pela terra na forma de ondas infravermelha

    A maior parte destaradiação é absorvido pelaterra aquecendo-a

    Al Gore, 2017

  • Algumas destas radiações infravermelhas irradiada estão presas pela atmosfera da terra aquecendo-a

    Alguma energia é irradiada de volta ao espaço pela terra na forma de ondas infravermelha

    A maior parte destaradiação é absorvido pelaterra aquecendo-a

    Al Gore, 2017

  • MINERAÇÃO DE CARVÃO USINAS DE CARVÃO

    PRODUÇÃO DE ÓLEO

    QUEIMADA DE FLORESTA

    TRANSPORTE TERRESTRE

    ATERROS

    FERTILIZAÇÃO

    AGRICULTURA INDUSTRIAL

    PROCESSOS INDUSTRIAIS

    TRANSPORTE AÉREO

    As maiores fontes de gases de efeito estufa

    MelcherAl Gore, 2017

  • Emissões globais de carbono de combustíveis fósseis

    1850 1875 1900 1925 1950 1975 2000

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    Data: U.S. Department of Energy/CDIAC

    2015

    Al Gore, 2017

  • O CO2 está sendo liberadona atmosfera

    mais rápido do que em qualquer momento

    pelo menos nos últimos66 Milhões de anos.

    Source: RE Zeebe, et al., Nature Geoscience, March 2016

    Al Gore, 2017

  • A energia aprisionada pela poluição do aquecimento

    global feita pelo homem está agora equivalente a explosão

    de

    Bombas atômicas de Hiroshima por dia nos 365

    dias por ano. "

    400.000

    James HansenFormer Director, NASA Goddard Institute for Space StudiesAl Gore, 2017

  • 400,000Times per day

    Source: U.S. Government Al Gore, 2017

  • As temperaturas do verão tem mudado

    1951 – 1980

    0

    0,1

    0,2

    0,3

    0,4

    0,5

    Desvio da média

    0 1 2 3 4 5-1-2-3-4-5

    Mais frio do que a média

    média

    Mais quente do que a média

    Linha de base (1951 - 1980) média

    6

    Source: NASA/GISS; Hansen, et al., “Perceptions of Climate Change,” Proc. Natl. Acad. Sci. USA 10.1073, August 2012 – Updated 2016

    Al Gore, 2017

  • 1983 – 1993

    0

    0,1

    0,2

    0,3

    0,4

    0,5

    Desvio da média

    0 1 2 3 4 5-1-2-3-4-5

    Mais frio do que a média

    média

    Mais quente do que a média

    Linha de base (1951 - 1980) média

    Extremamente quente

    6

    Source: NASA/GISS; Hansen, et al., “Perceptions of Climate Change,” Proc. Natl. Acad. Sci. USA 10.1073, August 2012 – Updated 2016

    Al Gore, 2017

  • 0

    0,1

    0,2

    0,3

    0,4

    0,5

    Desvio da média

    0 1 2 3 4-1

    1994 – 2004

    5-2-3-4-5

    Mais frio do que a média

    Média

    Mais quente do que a média

    Linha de base (1951 - 1980) média

    Extremamente quente

    6

    Source: NASA/GISS; Hansen, et al., “Perceptions of Climate Change,” Proc. Natl. Acad. Sci. USA 10.1073, August 2012 – Updated 2016

    Al Gore, 2017

  • 0

    0,1

    0,2

    0,3

    0,4

    0,5

    Desvio da média

    0 1 2 3 4-1

    2005 – 2015

    5-2-3-4-5

    Mais frio do que a média

    Média

    Mais quente do que a média

    Linha base (1951 - 1980) média

    Extremamente quene

    6

    Os eventos de temperatura "extrema" usados cobriam 0,1% da terra. Agora eles cobrem

    14,5%.

    Source: NASA/GISS; Hansen, et al., “Perceptions of Climate Change,” Proc. Natl. Acad. Sci. USA 10.1073, August 2012 – Updated 2016

    Al Gore, 2017

  • 1880 1890 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020

    -0,5°

    0,0°

    0,5°

    1,0°

    Temperatura global da superfície -Partindo da média

    1880 – 2016

    Data: NOAAAl Gore, 2017

  • Global Warming, 1880 – 2016

    Source: 2016 NASA GSFC

    Al Gore, 2017

  • 2010 2005 2007 2013

    2006 1998 2002 2003 2011

    2014

    2012

    2015 20092016

    16 dos 17 anos mais quentes registados ocorreram a partir de 2001

    O ano mais quente já medido...

    2004 2001

    Data: NASA/GISS

    Al Gore, 2017

  • 2016 foi o 40º ano consecutivo com uma

    temperatura global acima da média do século XX

    Al Gore, 2017

  • 450 ppm

    400 ppm

    350 ppm

    300 ppm

    Global CO2 Concentration, 1850 – 2014

    © 2016 Potsdam Institute; Climate College at University of Melbourne; Gieseke and Meinshausen (2016) with thanks to Ed Hawkins.

    Al Gore, 2017

  • © 2016 Ed Hawkins/Climate Lab Book/cc by sa 3.0

    Al Gore, 2017

  • Dias de onda de calor no Colorado são esperados para saltar de 10 por

    ano agora para quase 50 por ano em 2050.

    Source: Climate Central “States at Risk”Al Gore, 2017

  • Sydney, AustraliaFebruary 11, 2017

    © 2017 William West/AFP/Getty Images

    As temperaturas atingiram recordes diários altos de 47,2 °

    C em partes da Austrália no mês passado.

    Al Gore, 2017

  • Source: WeatherUnderground© James Hastings-Trew

    Em 22/07/2016

    Basra, Iraq

    atingiu

    53.9° C

    Em 21/07/2016

    Mitribah, Kuwait

    atingiu

    54° C

    Iraq

    Kuwait

    Iran

    Saudi Arabia

    Basra, IraqMitribah, Kuwait

    Al Gore, 2017

  • O índice de calor em Bandar Mahshahr, no Irã chegou

    165° F

    74° C em 31 de Julho, 2015

    Al Gore, 2017

  • Jos Lelieveld, Director

    The Max Planck Institute for

    Chemistry

    “No futuro, o clima em grandes partes do

    Oriente Médio e norte da África poderia...

    tornar algumas regiões

    inabitável,

    o que certamente irá contribuir para a

    pressão para migrar."

    Al Gore, 2017

  • Mecca, Saudi ArabiaSeptember 15, 2015

    © 2015 AP Photo/Mosa’ab Elshamy

    Ondas de calor extremas"Além do limite da sobrevivência

    humana"tornar-se-á normal no

    Oriente Médio se as emissões de carbono

    Não são significativamente reduzidos.

    Al Gore, 2017

  • Ahmedabad, India21 de Maio, 2015

    © 2015 AP Photo/Ajit Solanki

    Pelo menos 2.330 pessoas morreram

    na onda de calor de 2015 na Índia

    Al Gore, 2017

  • Em 19 de maio de 2016 a Índia definiuum novo recorde de alta temperatura

    de todos os tempos

    51° C

    Al Gore, 2017

  • New Delhi, IndiaMay 19, 2016

    O governo indiano distribuiu água potável enquanto as temperaturas registravam

    novos recordes.

    © 2016 Photo by Ajay Aggarwal/Hindustan Times via Getty Images

    Al Gore, 2017

  • Karachi, Pakistan June 23, 2015

    © 2015 AP Photo/Shakil Adil

    Mais de 1.200 pessoas morreram na onda de

    calor do Paquistão.

    Al Gore, 2017

  • Em 19 de maio de 2016, a temperatura em Jacobabad,

    Paquistão alcançou

    51.5° C

    Al Gore, 2017

  • Bangkok, ThailandApril 27, 2016

    Tailândia quebrou seu recorde de alta temperatura de todos os tempos em 28

    abril, 2016, de 44,6 ° c.

    Todos os recordes nacionais de todos os tempos de alta

    temperatura também foram quebrados no Camboja e

    Laos.

    © 2016 AP Photo/Mark BakerAl Gore, 2017

  • Prof. Edson Vidal

    Departamento de Ciências Florestais

    ESALQ/USP

    Serviços Ecossistêmicos e

    Pagamentos Serviços Ambientais

  • Protocolo de Kyoto

  • PROTOCOLO DE KYOTO

    (1997)

  • MECANISMOS DE

    DESENVOLVIMENTO LIMPO

    MDL - 1997

  • Serviços Ambientais

    Fonte: ONU

    “...são aqueles prestados silenciosamente

    pela natureza, relacionados ao ciclo do

    carbono, ciclo hidrológico, belezas cênicas,

    evolução do solo, biodiversidade e outros.”

    “a preservação do meio ambiente tem de ser

    mais lucrativa do que sua destruição”

  • Serviços Ambientais

    CIFOR: atualmente, destacam-se o

    interesse de PSA por quatro tipos de

    serviços:

    (1) fixação e armazenamento de

    carbono

    (2) proteção da biodiversidade

    (3) proteção de bacias hidrográficas

    (4) preservação de paisagem de

    Fonte: Payments for environmental services: some nuts and bolts

  • Relato ́rio de Avaliaça ̃o Ecossiste ̂mica do

    Mile ̂nio (Millennium Ecosystem

    Assessment)

    Programa de pesquisas sobre mudanças ambientais e suas tendências

    para as próximas décadas, com foco no uso e depredação dos recursos

    naturais do planeta;

    Foi lançado em 2001 com o apoio da ONU e envolveu mais de 1.300

    cientistas de 96 países;

    O planeta está atingindo um grau irreparável de depredação de seus

    recursos naturais, cujas consequências podem se agravar

    significativamente nos próximos 50 anos.

    Tem servido de referência principal para os trabalhos sobre serviços

    ambientais

    Cerca de 60% dos serviços ambientais foram degradados ou usados de

    forma insustenta ́vel nos últimos 50 anos, incluindo água pura, purificação

    do ar e da água, regulagem climática local e regional.

  • Recomendações do MEA associadas ao

    pagamento por serviços ambientais:

    (1)mitigar os efeitos prévios da mudança

    climática global

    ;

    (2) corrigir falhas e distorções de mercado;

    (3) introduzir a sustentabilidade ambiental em

    todas as propostas de desenvolvimento.

  • 6 Reservatórios de Carbono

    1. Biomassa Acima do Solo (árvores + outros formas de vegetações)

    2. Biomassa Abaixo do Solo

    4. Matéria Morta

    5. Solo Orgânico

    3. Serapilheira

    Biomassa Viva(Acima + Abaixo do Solo)

    Reservatórios de Carbono

    6. Produto Madeireiro

  • Serviços Ambientais•Estima-se que este mercado movimenta no Brasil

    cerca de R$ 11 milhões por ano

    •Mudança no uso da terra - segunda atividade que

    mais contribui para o aquecimento global (GCP,

    2008).

    •No Brasil, os ativos naturais e Serviços Ambientais

    continuam seriamente ameaçados pelo modelo de

    desenvolvimento econômico tradicional

    IPAM, 2105, Forest-Trends (2015)

  • Condições precárias da

    qualidade de vida, levam as

    pessoas a serem “convencidas”

    para realizarem o desmatamento

    ilegal.

    Tentativa de sobrevivência!

  • a Floresta Amazônica fornece de 20 a 40% da umidade

    que forma o clima da região central do Brasil).

    Das atividades que promovem o desmatamento da

    Floresta Amazônica, o cultivo de soja é uma das mais

    lucrativas.

    Mas…..

    Soja não precisa de

  • CRÉDITOS DE CARBONO

  • Forestamento/Reflorestamento

    Forestamento/Reflorestamento

    REDD

    Melhoria do Manejo Florestal

    Fonte: West, 2013

    Atividades de Projeto

  • Carbono

    Tempo

    = Estimativa do que deve ocorrer com o projeto de reflorestamento

    ex ante

    = Estimativa do que ocorreria sem

    o projeto de reflorestamento

    Carbonoadicional

    Período de crédito do projeto

    Carbonodo projeto

    Carbono dalinha de base

    ex ante

    Fonte: Adaptado de PEDRONI (2005)

    Adicionalidade – A/R

  • Carbono

    Tempo

    ex ante

    = Estimativa do que ocorreria semo projeto de REDD

    Período de crédito do projeto

    Carbono dalinha de base

    ex ante

    Carbonoadicional

    = Estimativa do que deve ocorrer com o projeto de

    REDD

    Carbonodo projeto

    Adicionalidade – REDD

  • Enfrentando os desafios

    Incentivos econômicos para a conservação tem sido

    idealizados;

    Investimentos com foco na valorização e

    reconhecimento da função dos serviços ecossistêmicos

    (carbono, hidrológico, biodiversidade, etc)

    Visando o bem estar humano

    Implementados via mecanismos de mercado e fundos

    Esquemas de incentivos/pagamentos por serviços

    ambientais estão crescendo através de contextos

    políticos/geopolíticos e das instituições

  • Como essas iniciativas vem

    surgindo?

    Nível político – legislação de PSA nos

    Estados;

    Programas e projetos - REDD

  • Como elas estão sendo divididas e

    números na Amazônia?

    Múltiplo - 36

    Hídrico - 2

    Carbono - 47

    Biodiversidade – 1 (Florestas de mangue)

    Agricultura sustentável - 34

    Pecuária - 2

    Fonte: Forest-Trends (2015)

  • Volume financeiro (em R$) estimado para iniciativas

    florestais de PSA relacionadas à mitigação das

    mudanças climáticas (Carbono) no Brasil

    R$ %

    Reflorestamentos registrados no Mercado Voluntário de

    Carbono

    53.915 0,5

    Reflorestamentos registrados no Mercado Regulado de

    Carbono

    1.220.420 11,1

    Reflorestamentos não registrados nos mercados

    internacionais

    412.735 3,8

    Projetos de conservação (REDD – Reduced Emissions from

    Deforestation and Degradation) não envolvendo

    reflorestamento

    7.371.048 68,8

    Reflorestamentos + Conservação (REDD) não registrados

    nos mercados internacionais

    1.730.880 15,8

    Fonte: Forest-Trends (2015)

  • Valor da tonelada de C02

    Fonte: Forest-Trends (2015)

    R$ Área

    (ha)

    Reflorestamentos registrados no Mercado Voluntário

    de Carbono

    22,51 316

    (0,04)

    Reflorestamentos registrados no Mercado Regulado de

    Carbono

    57,48 32.775

    (3,8)

    Reflorestamentos não registrados nos mercados

    internacionais

    1.306,12 2.077

    (0,24)

    Projetos de conservação (REDD – Reduced Emissions

    from Deforestation and Degradation) não envolvendo

    reflorestamento

    0,53 732.044

    (85,3)

    Reflorestamentos + Conservação (REDD) não

    registrados nos mercados internacionais

    360,00 91.377

    (10,6)

  • Importante!!Os projetos passam por processo de

    validação e verificação com diversos tipos de consultas públicas e levantamento de informações.

    Estes projetos geralmente surgem a partir de acordos (contratos) de compra e venda dos créditos antecipados, gerados com mensuração executada por entidades independentes, que conferem qualidade e confiabilidade à quantificação e à valoração dos benefícios ambientais gerados.

    Fonte: Forest-Trends (2015)

  • O Cenário Não deverá mudar significativamente nos próximos anos, por não

    existir mecanismos efetivos geradores de uma demanda por créditos de carbono (Kyoto).

    Existia uma grande expectativa para as novas rodadas de negociações em Paris (UNFCCC);

    Porém pouco se espera de mecanismos nacionais neste momento para o Brasil;

    Não há evidência de estímulos para uma maior adoção de projetos de REDD como fonte de renda ou viabilizadores de uma cultura da sustentabilidade na atividade florestal;

    Fortalece a percepção de que a viabilidade econômica das propriedades agrícolas está na atividade de produção agrícola.

    Fonte: Forest-Trends (2015)

  • Exemplo de Projeto – REDD

    Colniza - MT

  • Exemplo de Projeto – REDD

    Área do Projeto

    Área do Projeto

  • Fonte: Soares Filho et al 2005

  • Associação Familiar

    Renda Social1 2

    3 4

    4 componentes do Programa

    Bolsa Floresta

    (Abordagem holística)

    R$ 1.413 POR

    FAMILIA/ANO

    R$ 260 MIL

    POR

    UC/ANO

    R$

    395,80/fam/ano

    R$ 168 MIL POR

    UC/ANO

    R$350,00/fam/a

    no

    R$ 600 POR

    FAMILIA/ANO

    R$ 30 MIL

    POR

    UC/ANO

    R$

    67,20/fam/an

    o Fonte: Viana (2013)

  • Pecuária Verde

    Boi verde• Preocupação ambiental;

    • Propriedades adequadas;

    • Manejo de pastagem

    • Bem estar animal;

    • Barreto, 2015 - aumento da produtividade em

    24% – globalmente poderia evitar o

    desmatamento em 2020 de 12,5 milhões de

    hectares – se isso não for realizado vai

    ultrapassar a meta do Governo em 3,4 vezes;

  • Propostas

  • Políticas PúblicasEstimular o uso mais inteligente da

    floresta

    Política pública para estimular a

    produtividade da pecuária

    REDD (compensações por Redução de

    Emissões decorrentes de Desmatamento e

    Degradação florestal) pode ser um

    importante fator no financiamento de um

    novo modelo de desenvolvimento da

    Amazonia.

  • Madeira – Ilegalidade 0%

    Produção ~ 14 milhões m3

    Desmatamento

    Legal

    67%

    PMFS33%

    Fontes Ilegais

    Desmatamento

    Exploração Convencional

    47%

    Bom Manejo? (5%)

    Áreas Certificadas (2%)

    Fonte: Ibama (2001) e Lentini (2003, 2005)

  • Ilegalidade e Negócios

    Sustentáveis

    Temos especialistas em burlar a lei

    Precisamos especialistas em negócios

    sustentáveis para manter a floresta em

    pé.• Idéia da Rainforest Business School (IEA,

    ESALQ/IFAM)

  • Madeira

    Estimular estrategicamente o setor

    industrial madeireiro para produção de

    produtos acabados;

    Desenvolvimento de tecnologia

  • Cosméticos

    Produzir óleos essenciais, derivados e

    produtos finais;

    Desenvolver tecnologia

  • Serviços Ambientais

    Avanços nas negociações em Paris

    (UNFCCC);

    Brasil crie mecanismos nacionais;

    Maior adoção de projetos de REDD como

    fonte de renda ou viabilizadores de uma

    cultura da sustentabilidade na atividade

    florestal;

  • NOVA

    FRONTEIRA

    ÁREAS ALTERADAS

    Ganhos de produtividade.

    ÁREAS PRESERVADAS

    Construção de Economia

    tecnologicamente

    avançada de exploraçãoda floresta.

    Uma política de REDD pode ser um importante fator no

    financiamento de um novo modelo de desenvolvimento para as

    florestas tropicais.

  • No dia 29/03/2019, 6a feira, ocorrerá a segunda edição

    do Cinedebate: Bem Viver, Modos de Vida e Sustentabilidade,

    com exibição de uma produção audiovisual e científica brasileira

    lançada oficialmente em

    dezembro/2018: AMAZÔNIA CLIMÁTICA - A FLORESTA DE

    HOJE E DO AMANHÃ, seguida de debate com a presença

    de Tainá de Luccas (Diretora), Jean Ometto (INPE) e

    mediação do Prof. Flávio Gandara (ESALQ-USP).

    Dia: 29/03/2019

    Horário: 19:00

    Local: Sesc Piracicaba (Teatro)

    Retirada de ingressos com 1h de antecedência.

    Público: ambientalistas, cientistas, cineastas, jornalistas e demais

    interessados na área de comunicação, educação e meio ambiente.

    Realização: SESC

    Apoio: OCA/ESALQ, NACE-PTECA/USP, Movimento Caravanas

    do Bem Viver a Movimento Acampa Brasil