Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

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BIOENERGÉTICA E FISIOLOGIA NEUROMUSCULAR PROF. ESP. HENRIQUE STELZER NOGUEIRA CREF 080569-G/SP [email protected]

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BIOENERGÉTICA E FISIOLOGIA NEUROMUSCULAR

PROF. ESP. HENRIQUE STELZER NOGUEIRA

CREF 080569-G/SP

[email protected]

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• Licenciatura e Bacharelado – UNIBAN;• Pós-graduação – Personal Training: Metodologia do

Treinamento Físico Personalizado – Estácio de Sá;• LAIFE (Laboratório Interdisciplinar de Fisiologia do

Exercício) – UNIFESP;• Coordenador Científico – Science Institute Running

Health;• Professor em cursos de pós-graduação;• Etc.

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AS CÉLULAS

“Célula é a unidade básica da vida no corpo humano, e cada órgão é um grande agregado de muitas células diferentes, mantidas unidas por estruturas extracelulares de sustentação. Cada tipo de célula é especialmente adaptada para realizar uma ou algumas funções particulares. Embora as muitas células do corpo difiram, com freqüência, entre si, todas elas têm certas características básicas que são semelhantes”.

(GUYTON & HALL, 2002)

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Célula e Organelas

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Algumas organelas e suas funções

ORGANELAS FUNÇÕES

Ribossomo Síntese de proteínas

Retículo endoplasmático rugoso Síntese de proteínas

Retículo endoplasmático liso Síntese de lipídios

Centríolos Divisão celular / Produção de cílios de flagelos

Complexo e Golgi Secreção

Vacúolo Contrátil Controle de entrada e saída de líquidos por osmose

Lisossomos Digestão intracelular

Mitocôndria Respiração celular

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CONTROLE GENÉTICO DO FUNCIONAMENTO DA CÉLULA

Sabendo que os genes estão localizados, na maioria, nos núcleos das células, controlam as funções da mesma e determinar as substâncias que serão sintetizadas.

Cada gene, que é um ácido desoxirribonucleico (DNA), controla a formação do ácido ribonucleico (RNA), que tem capacidade de se deslocar por toda a célula para controlar a formação de uma proteína específica.

(GUYTON & HALL, 2002)

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Célula, núcleo, cromossomo e DNA

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Os componentes básicos do DNA

Os compostos químicos básicos que formam o DNA são:

1 – ácido fosfórico;

2 – um açúcar chamado desoxirribose;

3 – quatro bases nitrogenadas, sendo duas purinas (adenina e guanina) e duas pirimidinas (timina e citosina).

(GUYTON & HALL, 2002)

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Compostos químicos básicos do DNA

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Nucleotídeos

“A primeira etapa da formação do DNA é a combinação de uma molécula de ácido fosfórico, uma molécula de desoxirribose e uma das quatro bases, formando um nucleotídeo acídico”.

(GUYTON & HALL, 2002)

Figura 4. Nucleotídeo.

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Portanto, podem resultar em quatro nucleotídeos:

1 – ácido desoxiadenílico,

2 – ácido desoxitimidílico,

3 – ácido desoxiguanílico e

4 – ácido desoxicitidílico.

(GUYTON & HALL, 2002)

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Organização dos nucleotídeos para a formação dos dois filamentos de DNA

frouxamente interligados

Os números múltiplos de nucleotídeos são ligados entre si para formar os dois filamentos de DNA que são interligadas por pontes de hidrogênio entre as bases (purínica e pirimidínica).

Para obter o formato helicoidal do DNA, 10 pares de nucleotídeos estão presentes em cada volta.

(GUYTON & HALL, 2002)

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Pontes de hidrogênio

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O código genético

“A importância do DNA reside em sua capacidade de controlar a formação de proteínas na célula. Ele o faz por meio do chamado código genético. Quando os dois filamentos de molécula de DNA são separados, isso expõe as bases (purínica e pirimidínica) que se projetam para o lado de cada filamento de DNA’’.

O código genético se dá através de “trincas’’ sucessivas de bases, ou seja, a cada três bases sucessivas, forma-se uma palavra do código genético.

(GUYTON & HALL, 2002)

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TRANSCRIÇÃO GENÉTICA

O mecanismo que a célula adota para permitir que as informações do DNA se estendam do núcleo para o citoplasma, é a transcrição através do RNA.

(GUYTON & HALL, 2002)

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Síntese do RNA

O processo de síntese de RNA se inicia com a separação temporária dos filamentos do DNA, sendo um dos filamentos usados como molde para a produção do RNA. As trincas do código genético do DNA causam a formação das trincas complementares do código do RNA (códons), que controlam a seqüência dos aminoácidos que formarão uma molécula de proteína. Já o filamento do DNA que não participa do processo, se mantém.

(GUYTON & HALL, 2002)

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Os componentes básicos que formam o DNA são similares ao que formam o RNA, com exceção do açúcar desoxirribose que dá lugar à ribose e pela timina que dá lugar à uracil (que também é uma pirimidina).

Após a formação dos nucleotídeos de RNA os mesmos serão ativados pela RNA polimerase, que somente é possível com a adição, para cada nucleotídeo, de dois radicais fosfatos, para formar trifosfatos, através de ligações de alta energia resultantes da ATP da célula. Essa energia é usada para adicionar um nucleotídeo de RNA à extremidade da cadeia do RNA.

(GUYTON & HALL, 2002)

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As ações da RNA polimerase são explicadas da seguinte forma:

1 – No filamento do DNA, imediatamente anterior ao gene inicial, existe uma seqüência de nucleotídeos chamada de promotor. A RNA polimerase tem estrutura complementar adequada, que reconhece o promotor e se prende a ele. Essa etapa é essencial para iniciar a formação da molécula de RNA.

2 – Após a RNA polimerase ter-se fixado ao promotor, a polimerase provoca o desenrolamento de cerca de duas voltas da hélice de DNA, bem como a separação das porções desenroladas dos dois filamentos.

(GUYTON & HALL, 2002)

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3 – Em seguida, a polimerase se desloca ao longo do filamento de DNA, desenrolando e separando temporariamente os dois filamentos de DNA a cada estágio de seu deslocamento. Conforme se move, ela adiciona, a cada estágio, um novo nucleotídeo ativado de RNA à extremidade da cadeia recém-formada de RNA, pelas seguintes etapas:

(GUYTON & HALL, 2002)

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3a – Primeiro, ela promove a formação de uma ponte de hidrogênio entre a base terminal do filamento de DNA e a base de um nucleotídeo de RNA do nucleoplasma.

3b – Então, a RNA polimerase rompe dois dos três radicais fosfatos de cada um desses nucleotídeos de RNA, um de cada vez, liberando grande quantidade de energia pelas ligações fosfatos de alta energia rompidas; essa energia é usada para promover a ligação covalente do fosfato restante no nucleotídeo com a ribose na extremidade da cadeia crescente de RNA.

(GUYTON & HALL, 2002)

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3c – Quando chega ao fim do gene de DNA, a RNA polimerase encontra outra seqüência de nucleotídeos de DNA, chamada seqüência de terminação da cadeia; isso faz com que a polimerase se separe do filamento de DNA. Então a polimerase pode se usada, de novo e de novo, para formar um número maior de novas cadeias de RNA.

3d – À medida que o novo RNA é formado, suas pontes de hidrogênio com o molde de DNA se rompem, porque o DNA tem alta afinidade para se religar ao filamento complementar de DNA. Desse modo, a cadeia de RNA é forçada a se afastar do DNA, sendo liberada no nucleoplasma.

(GUYTON & HALL, 2002)

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Existem três tipos de RNA:

1 – RNA mensageiro, que leva o código genético até o citoplasma, para controlar a formação de proteínas;

2 – RNA de transferência, que transporta os aminoácidos ativados até os ribossomas, para serem usados na montagem das moléculas de proteína;

3 – RNA ribossômico, que, juntamente com cerca de 75 proteínas diferentes, forma os ribossomos.

(GUYTON & HALL, 2002)

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Por fim, após a produção de RNA, isso permitirá o controle das atividades bioquímicas das células.

(GUYTON & HALL, 2002)

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Síntese dos tipos de RNA

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BIOENERGÉTICA E BIOQUÍMICA DO EXERCÍCIO

Quando procuradas as explicações na literatura sobre treinamento físico do ponto de vista da Bioquímica e Bioenergética, é possível notar que o sistema muscular esquelético adota um padrão de utilização e síntese energética quanto à intensidade e duração do esforço.

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A adenosina trifosfato (ATP) é um nucleotídeo que serve de molécula de energia para as atividades celulares humanas, sendo utilizada inclusive durante o esforço.

Quando isso acontece um fósforo é desligado da molécula através da hidrólise, resultando em ADP + Pi.

Dependendo da intensidade e da duração da atividade, se faz necessário a regeneração da molécula energética.

(BERG, TYMOCSKO & STRYER, 2008)

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Estrutura química da ATP

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Aplicações de intensidades elevadas com uma duração de até 7 segundos proporcionam a utilização predominantemente a via metabólica ATP-CP, com duração superior a isso, por volta de 45 segundos, o organismo passa a utilizar a glicólise predominantemente e para eventos com mais de 45 segundos o organismo utiliza gradativamente e predominantemente a via oxidativa (dependendo da intensidade e volume do esforço pode haver uma mescla de predominância entre oxidativa e glicolítica).

(WEINECK, 1991)

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A recuperação da via metabólica durante o intervalo entre as séries de um exercício deve condizer com a via metabólica predominante do treino (MARTINS et al, 2008) , utilizando inclusive tipos fibras musculares em predominância (EGAN & ZIERATH, 2013).

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ATP-CP

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VIA GLICOLÍTICA

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VIA OXIDATIVA

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NAD E FAD

• NAD (nicotinamida-adenina-dinucleotídeo):– Receptor e transportador de hidrogênio.– 3 ATP´s.

• FAD (flavina-adenina-dinucleotídeo):– Receptor e transportador de hidrogênio.– 2 ATP´s.

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CONTAGEM DE ATP

• Glicólise = 2 ATP• Ciclo de Krebs = 2 ATP• Cadeia Respiratória = 34 ATP

• Total da via oxidativa = 38 ATP

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RESPOSTAS ORGÂNICAS MEDIADAS PELO TREINAMENTO FÍSICO

As alterações orgânicas são possíveis pelas vias de sinalização intra e extra-celulares e a hipertrofia muscular esquelética se dá basicamente pela vias de sinalização para a ativação da mammalian target of ripamycin (mTOR) que é um mediador no processo de síntese de proteínas musculares.

(CHAILLOU, KIRBY & McCARTHY, 2014; MITCHELL et al, 2013; WEST et al, 2010; FERNANDES et al, 2008; IDE, LARAZIM & MACEDO, 2011; CRUZAT et al, 2008)

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FORÇA

“Quantidade máxima de força que um músculo ou grupo muscular pode gerar em um padrão específico de movimento em determinada velocidade específica”.

(FLECK & KRAEMER, 2006). • Força Absoluta;• Força Máxima;• Força Explosiva;• Força de Resistência.

Hipertrofia é uma resposta ao treinamento de força.

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Page 38: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

EGAN & ZIERATH, 2013.

Page 39: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

MÉTODOS DE TREINO FORÇA MÁXIMA

• Número de séries: 3-8;• Número de repetições por série: 2-5;• 85-95% 1 RM;• Via metabólica predominante: ATP-CP;• Tempo de recuperação entre as séries: 2-5 minutos.

BOSSI, 2011.

Page 40: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

(MACHADO, 2011)

Page 41: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

MÉTODOS DE TREINORESISTÊNCIA DE FORÇA (RML)

• 3-5 séries;• 15-30 repetições;• 40-60% 1 RM;• Via metabólica predominante: glicolítica + oxidativa

(mista)• Descanso entre séries: 30-45 seg.;

BOSSI, 2011.

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MÉTODOS DE TREINORESISTÊNCIA DE FORÇA HIPERTRÓFICA

2-4 séries para cada grupo muscular.

60-80% 1RM.

8-12 repetições por série.

Medicine & Science in Sports & Exercise, 2011.

Page 43: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

Pirâmide;

Super-set;

Bi-set;

Tri-set;

Drop-set;

Etc.....

Page 44: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

Existem diferenças nas respostas entre os métodos de treino para hipertrofia?

Diversos métodos de treino apresentam resultados similares (FLECK & KRAEMER, 2006).

Page 45: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

SÍNTESE DE PROTEÍNAS MUSCULARES

(CHAILLOU, KIRBY & McCARTHY, 2014)

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RESPOSTAS AO TREINAMENTO

VIAS DE SINALIZAÇÃO:

-TESTOSTERONA:CORTISOL

-IGF – 1

-MGF

-GH

-INSULINA

-LACTATO

-CITOCINAS

-INIBIÇÃO DE MIOSTATINA

-CÉLULAS-SATÉLITE

Page 47: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

Revista Ciências em Saúde, 2011.

Page 48: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

RESPOSTAS AO TREINAMENTO

Page 49: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

LACTATO E RESPOSTAS HIPERTRÓFICAS

Cell Metabolism, 2013.

Page 50: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular
Page 51: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular
Page 52: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

Physiology Review, 2013.

Page 53: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular
Page 54: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 2008.

Page 55: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular
Page 56: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

Journal of Strength and Conditioning Resarch, 2014.

GH E HIPERTROFIA

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Page 58: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

The International Journal of Biochemistry & Cell Biology, 2010.

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Page 60: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular
Page 61: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 2008.

Page 62: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular
Page 63: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular
Page 64: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

Journal of Applied Physiology, 2012.

Page 65: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

International Journal of Clinical Medicine, 2013.

Page 66: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

Amercian Journal of Physiology - Endocrinalogy and Metabolism, 2005.

MIOSTATINA X MGF

Page 67: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular
Page 68: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

CITOCINAS X HIPERTROFIA

Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 2012.

Page 69: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular
Page 70: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

Plos One, 2013.

Page 71: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

CÉLULAS-SATÉLITE E HIPERTROFIA

Journal of Applied Physiology, 2008.

Page 72: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

Portanto, para gerar hipertrofia se faz necessário priorizar a via glicolítica e o simples fato de contrair o músculo dentro dessa via metabólica, favorecerá um ambiente bioquímico para uma resposta hipertrófica.

Músculo não pensa e não conta.

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RESISTÊNCIA (AERÓBIA E ANAERÓBIA)

• Resistência Aeróbia:– Via oxidativa (predominantemente).– Exercícios cíclicos de longa duração e de baixa intensidade.– FC < limiar de lactato.

• Resistência Anaeróbia:– Via oxidativa + glicolítica (Anaeróbia Láctica);– Exercícios cíclicos com intensidade elevada.– FC > limiar de lactato.

(MACHADO, 2011)

Page 74: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

LIMIARES AERÓBIO/ANAERÓBIO

International Journal of Sports Medicine, 1996

Page 75: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

• Após 3-5 minutos de aquecimento (5-6 km/h), incrementar a velocidade em 0,5 km/h a cada 1 minuto.

• A partir do 10º minuto incrementar 1 km/h a cada 1 minuto.

PROTOCOLO

(CONCONI, 1996)

Page 76: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

INTERPRETAÇÃO

Page 77: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

MÉTODOS DE TREINO RESISTÊNCIA AERÓBIA E ANAERÓBIA

• Contínuo Fixo;• Contínuo Progressivo;• Contínuo Regressivo;• Contínuo Variável (Fartleck);• Intervalado Fixo;• Intervalado Progressivo;• Intervalado Regressivo;• Intervalado Variável.

(MACHADO, 2011)

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CONTÍNUO FIXO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 150

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Velocidade

Velocidade

Tempo (min.)

Velo

cidad

e (K

m/h

)

(MACHADO, 2011)

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CONTÍNUO CRESCENTE

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 150

2

4

6

8

10

12

14

16

Velocidade

Velocidade

Tempo (min.)

Velo

cidad

e (K

m/h

)

(MACHADO, 2011)

Page 80: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

CONTÍNUO DECRESCENTE

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 150

2

4

6

8

10

12

14

16

Velocidade

Velocidade

Tempo (min.)

Velo

cidad

e (K

m/h

)

(MACHADO, 2011)

Page 81: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

CONTÍNUO VARIATIVO - FARTLECK

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 150

2

4

6

8

10

12

14

Velocidade

Velocidade

Tempo (min.)

Velo

cidad

e (K

m/h

)

(MACHADO, 2011)

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INTERVALADO FIXO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 150

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Velocidade

Velocidade

Tempo (min.)

Velo

cidad

e (K

m/h

)

(MACHADO, 2011)

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INTERVALADO PROGRESSIVO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 150

2

4

6

8

10

12

14

Velocidade

Velocidade

Tempo (min.)

Velo

cidad

e (K

m/h

)

(MACHADO, 2011)

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INTERVALADO REGRESSIVO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 150

2

4

6

8

10

12

14

Velocidade

Velocidade

Tempo (min.)

Velo

cidad

e (K

m/h

)

(MACHADO, 2011)

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INTERVALADO VARIATIVO - FARTLECK

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 150

2

4

6

8

10

12

14

Velocidade

Velocidade

Tempo (min.)

Velo

cidad

e (K

m/h

)

(MACHADO, 2011)

Page 86: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

SISTEMA NERVOSO

Page 87: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

Controle neural do movimento humano

As aplicações de força muscular dependem de uma série de padrões neuromusculares coordenados. O circuito neural no cérebro, na medula espinal e na periferia funciona em rede e de forma sincronizada.

O sistema nervoso humano consiste em duas partes principais:

1 – Sistema nervoso central (SNC), que consiste em cérebro e medula espinal; 

2 – Sistema nervoso periférico (SNP), que consiste nos nervos que transmitem a informação para e a partir do SNC.

Page 88: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

Sistema Nervoso Central – Cérebro

Do nascimento até o final da adolescência, o cérebro acrescenta provavelmente bilhões de novas células, construindo literalmente novos circuitos a partir dessas células recém-formadas. Após a adolescência, a plasticidade do acréscimo neural e a formação de novos circuitos tornam-se mais lentas, porém não param sequer na idade mais avançada. A atividade física regular parece contribuir para o desenvolvimento e a manutenção de circuitos neurais ótimos na meia-idade e na velhice.

(McARDLE, KATCH & KATCH, 2013)

Page 89: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

Tronco Cerebral

O bulbo, a protuberância e o mesencéfalo compõem o tronco cerebral. O bulbo, localizado imediatamente acima a medula espinal, estende-se para dentro da protuberância e funciona como uma ponte entre os dois hemisférios do cérebro. O mesencéfalo une-se ao cerebelo e forma uma conexão entre a protuberância e os hemisférios cerebrais. O mesencéfalo contém partes do sistema motor extrapiramidal, mais especificamente o núcleo rubro e a substância rubra. A formação reticular é percorrida por vários sinais de interconexão e os integra.

(McARDLE, KATCH & KATCH, 2013)

Page 90: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

Esses sinais têm origem na distensão de sensores existentes nas articulações e nos músculos, em receptores da dor presentes na pele, e como sinais visuais provenientes do olho e de impulsos auditivos provenientes do ouvido. Uma vez ativado, o sistema reticular produz um efeito inibitório ou facilitador sobre os outros neurônios. Doze pares de nervos cranianos inervam predominantemente a região da cabeça. Cada nervo craniano possui um nome e um número associado.

(McARDLE, KATCH & KATCH, 2013)

Page 91: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

Cerebelo

O cerebelo consiste em duas massas, com o tamanho de um pêssego, de tecido pregueado com hemisférios laterais e um verme central. Funciona através de complexos circuitos de retroalimentação (feedback), monitorando e coordenando outras áreas do cérebro e da medula espinal que participam do controle motor. O cerebelo recebe sinais relacionados com o influxo motor proveniente do comando central no córtex. Esse tecido cerebral especializado obtém também informação sensorial dos receptores periféricos existentes nos músculos, nos tendões, nas articulações e na pele, assim como de órgãos terminais visuais, auditivos e vestibulares.

(McARDLE, KATCH & KATCH, 2013)

Page 92: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

As tarefas motoras aprendidas inicialmente por ensaio e erro, como andar de bicicleta ou golpear com um taco de golfe, continuam codificadas como padrões coordenados nos bancos da memória cerebelar. Em essência, esse centro de controle motor “proporciona uma sintonia fina’’ para todas as formas de atividade muscular.

(McARDLE, KATCH & KATCH, 2013)

Page 93: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

Diencéfalo

O diencéfalo, localizado imediatamente acima do mesencéfalo, forma parte dos hemisférios cerebrais. Tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo compõem as principais estruturas do diencéfalo. O hipotálamo, localizado abaixo do tálamo, regula a taxa metabólica e a temperatura corporal.

(McARDLE, KATCH & KATCH, 2013)

Page 94: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

O hipotálamo influencia também a atividade do sistema nervoso autônomo, recebe influxo regular do tálamo e do sistema cerebral límbico e responde aos efeitos de diversos hormônios. As modificações na pressão arterial e nas tensões de gases sanguíneos influenciam a atividade hipotalâmica através de receptores periféricos localizados no arco aórtico e nas artérias carótidas.

(McARDLE, KATCH & KATCH, 2013)

Page 95: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

Telencéfalo

O telencéfalo contém os dois hemisférios do córtex cerebral, além do corpo estriado e do bulbo. O córtex cerebral perfaz aproximadamente 40% do peso do cérebro. Divide-se em quatro lobos: frontal, temporal, parietal e occiptal. Os neurônios no córtex desempenhamfunções sensoriais e motoras especializadas. Debaixo de cada hemisfério cerebral e em íntima associação com o tálamo existem os gânglios basais, que desempenham um papel importante no controle das atividades motoras.

(McARDLE, KATCH & KATCH, 2013)

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Sistema Límbico

Em latim, limbus significa “borda’’, que é sugestivo, pois a as estruturas (do lobo límbico) formam um anel ou uma borda ao redor do tronco cerebral e do corpo caloso na superfície medial do lobo temporal.

(McARDLE, KATCH & KATCH, 2013)

Page 97: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

Figura 14. Divisões do Cérebro, Tronco Cerebral (Encefálico) e Cerebelo.

Page 98: Bioenergética e Fisiologia Neuromuscular

Sistema Nervoso Central – Medula Espinal

A medula espinal está envolvida por 33 vértebras (7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacras e 4 coccígeas), sendo que a coluna vertebral tem a função de proteger a medula espinal que é o principal canal para transmissão bidirecional da informação proveniente da pele, das articulações e dos músculos para o cérebro.

(McARDLE, KATCH & KATCH, 2013)

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Sistema Nervoso Periférico

A comunicação se dá por intermédio dos nervos raquidianos (espinais) do SNP. Acrescenta-se ainda que existem duas vias de comunicação para que exista o controle sensório-motor, sendo: Fibras eferentes (motoras) e Fibras aferentes (sensoriais).

(McARDLE, KATCH & KATCH, 2013)

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(McARDLE, KATCH & KATCH, 2013)

Meios de comunicação (fibras aferentes e eferentes) entre o SNC e o SNP.

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FISIOLOGIA NEUROMUSCULAR

O músculo esquelético

“Cada um dos mais de 660 músculos esqueléticos no corpo contém vários envoltórios de tecido conjuntivo fibroso’’ (McARDLE, KATCH & KATCH, 2013).

(McARDLE, KATCH & KATCH, 2013)

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Níveis de organização

O fascículo é um conjunto de várias fibras (células) musculares.

O endomísio, uma fina camada de tecido conjuntivo, envolve cada fibramuscular e a separa das fibrasvizinhas.

O perimísio circunda um feixe de até 150 fibras denominado fascículo.

O epimísio circunda o músculo inteiro, que em suas extremidades distal e proximal ao fundir-se e unir-se às bainhas de tecido intramuscular, afunila-se, formando os tendões, que por sua vez se conectam ao periósteo.

O sarcolema é uma membrana fina e elástica que envolve o conteúdo celular da fibra.

(McARDLE, KATCH & KATCH, 2013)

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As células satélites se encontram entre as membranas que formam o sarcolema, que são mioblastos que atuam no processo regenerativo das células (aumento de número de núcleos nas células).

As fibras musculares contêm ainda outras unidades funcionais, conhecidas como miofibrilas, que possuem por usa vez subunidades ainda menores, denominadas miofilamentos, que em seu conteúdo possuem proteínas actina, miosina, tropomiosina, troponina, entre outras proteínas que possuem função estrutural ou de interação para a contração muscular.

Já o sarcômero é uma unidade contrátil da fibra muscular.

(McARDLE, KATCH & KATCH, 2013)

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Figura 16. Organização do músculo.

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Inervação do músculo

Um nervo ou seus ramos terminais inervam pelo menos uma das aproximadamente 250 milhões de fibras musculares existentes no corpo. O indivíduo típico possui apenas cerca de 420 mil neurônios motores, sendo assim, em geral um único nervo terá que inerva muitas fibras musculares individuais.

Uma unidade motora constitui a unidade funcional do movimento.

(McARDLE, KATCH & KATCH, 2013)

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Figura 17. Unidade motora.

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Potencial de membrana e potencial de ação

O potencial de membrana está relacionado ao gradiente de energia elétrica em potencial, ou seja, em repouso.

Ilustração de potencial de membrana.

(McARDLE, KATCH & KATCH, 2013)

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O potencial de ação está relacionado à capacidade de propagar um impulso por longas distâncias, através da lei do “tudo-ou-nada”, sendo que somente é possível tal fenômeno através da despolarização e repolarização da célula, utilizando o canal de sódio voltagem dependente (canal rápido) e a bomba de sódio-potássio.

(McARDLE, KATCH & KATCH, 2013)

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Contração do músculo esquelético

O modelo teórico mais aceito devido evidências cada vez maiores sobre o mecanismo de contração muscular é o de filamento deslizante. Essa teoria explica que o músculo se encurta ou se alonga através do deslizamento dos filamentos espesso e finos, uns sobre os outros. As pontes cruzadas de miosina atuam se fixando, rodando e se separando ciclicamente dos filamentos de actina, mediante energia oriunda da hidrólise do ATP.

(McARDLE, KATCH & KATCH, 2013)

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ORGÃO TENDINOSO DE GOLGI E FUSO MUSCULAR

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