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    Biografia Espiritual de Ramatis 1A LTIMA ENCARNAO DE RAMATIS

    SWAMI SRI RAMATIS

    Parte I

    Na Indochina do sculo X, o amorpor um tapeceiro hindu, arrebata ocorao de uma vestal chinesa, quefoge do templo para desposa-lo. Doentrelaamento dessas duas almasapaixonadas nasce uma criana. Ummenino, cabelos negros como bano,pele na cor do cobre claro, olhos a-veludados no tom do castanho escu-ro, iluminados de ternura.

    O esprito que ali reencarnava, trazia

    gravada na memria espiritual amisso de estimular as almas desejosas de conhecer a ver-dade. Aquela criana cresce demonstrando inteligncia ful-gurante, fruto de experincias adquiridas em encarnaesanteriores.

    Foi instrutor em um dos muitos santurios iniciticos na

    ndia. Era muito inteligente e desencarnou bastante moo.J se havia distinguido no sculo IV, tendo participado dociclo ariano, nos acontecimentos que inspiraram o famosopoema hindu "Ramaiana", (neste poema h um casal, Ra-ma e Sita, que smbolo inicitico de princpios masculinoe feminino; unindo-se Rama e atis, Sita ao inverso, resultaRamaatis, como realmente se pronuncia em Indochins)Um pico que conte todas as informaes dos Vedas que

    juntamente com os Upanishades, foram as primeiras vozesda filosofia e da religio do mundo terrestre, informa Ra-matis que aps certa disciplina inicitica a que se submete-

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    Biografia Espiritual de Ramatis 2ra na china, fundou um pequeno templo inicitico nas ter-ras sagradas da ndia onde os antigos Mahatmas criaramum ambiente de tamanha grandeza espiritual para seu po-vo, que ainda hoje, nenhum estrangeiro visita aquelas ter-ras sem de l trazer as mais profundas impresses cercade sua atmosfera psquica.

    Foi adepto da tradio de Rama, naquela poca, cultuandoos ensinamentos do "Reino de Osiris", o Senhor da Luz, nainteligncia das coisas divinas. Mais tarde, no Espao, fili-ou-se definitivamente a um grupo de trabalhadores espiri-tuais cuja insgnia, em linguagem ocidental, era conhecidasob a pitoresca denominao de "Templrios das cadeiasdo amor". Trata-se de um agrupamento quase desconheci-do nas colnias invisveis do alm, junto a regio do Oci-dente, onde se dedica a trabalhos profundamente ligados psicologia Oriental.

    Os que lem as mensagens de Ramatis e esto familiariza-dos com o simbolismo do Oriente, bem sabe o que repre-senta o nome "RAMA-TIS", ou "SWAMI SRI RAMA-TYS",como era conhecido nos santurios da poca. quase uma"chave", uma designao de hierarquia ou dinastia espiri-tual, que explica o emprego de certas expresses quetranscendem as prprias formas objetivas. Rama o nome

    que se d a prpria divindade, o Criador cuja fora criadoraemana ; um Mantram: os princpios masculino e femininocontidos em todas as coisas e seres. Ao pronunciarmos seunome Ramaatis como realmente se pronuncia, saudamos oDeus que se encontra no interior de cada ser.

    Parte II

    O templo por ele fundado foi erguido pelas mos de seusprimeiros discpulos. Cada pedra de alvenaria recebeu otoque magntico pessoal dos futuros iniciados. Nesse tem-

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    Biografia Espiritual de Ramatis 3plo ele procurou aplicar a seus discpulos os conhecimentosadquiridos em inmeras vidas anteriores.

    Na Atlntida foi contemporneo do esprito que mais tardeseria conhecido como Alan Kardec e, na poca, era profun-damente dedicado matemtica e s chamadas cinciaspositivas. Posteriormente, em sua passagem pelo Egito, notemplo do fara Mernefta, filho de Ramss, teve novo en-contro com Kardec, que era, ento, o sacerdote Amenfis.

    No perodo em que se encontrava em ebulio os princpiose teses esposados por Scrates, Plato, Digenes e maistarde cultuados por Antstenes, viveu este esprito na Gr-cia na figura de conhecido mentor helnico, pregando entrediscpulos ligados por grande afinidade espiritual a imorta-lidade da alma, cuja purificao ocorreria atravs de suces-sivas reencarnaes. Seus ensinamentos buscavam acen-tuar a conscincia do dever, a auto reflexo, e mostravam

    tendncias ntidas de espiritualizar a vida. Nesse convite aespiritualizao inclua-se no cultivo da msica, da mate-mtica e astronomia.

    Cuidadosamente observando o deslocamento dos astrosconclui que uma Ordem Superior domina o Universo. Mui-tas foram suas encarnaes, ele prprio afirma ser um n-

    mero sideral.O templo que Ramatis fundou, foi erguido pelas mos deseus primeiros discpulos e admiradores. Alguns deles es-to atualmente reencarnados em nosso mundo, e j reco-nheceram o antigo mestre atravs desse toque misterioso,que no pode ser explicado na linguagem humana.

    Embora tendo desencarnado ainda moo, Ramatis aliciou72 discpulos que, no entanto, aps o desaparecimento do

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    Biografia Espiritual de Ramatis 4mestre, no puderam manter-se a altura do padro iniciti-co original.

    Eram adeptos provindos de diversas correntes religiosas eespiritualistas do Egito, ndia, Grcia, China e at mesmoda Arbia. Apenas 17 conseguiram envergar a simblica"Tnica Azul" e alcanar o ltimo grau daquele ciclo iniciti-co.

    Em meados da dcada de 50, exceo de 26 adeptos queestavam no Espao (desencarnados) cooperando nos tra-balhos da "Fraternidade da Cruz e do Tringulo", o restantehavia se disseminado pelo nosso orbe, em vrias latitudesgeogrficas. Destes, 18 reencarnaram no Brasil, 6 nas trsAmricas (do Sul, Central e do Norte), e os demais se es-palharam pela Europa e, principalmente, pela sia.

    Em virtude de estar a Europa atingindo o final de sua mis-

    so civilizadora, alguns dos discpulos l reencarnados emi-graro para o Brasil, em cujo territrio - afirma Ramatis -se encarnaro os predecessores da generosa humanidadedo terceiro milnio.

    A Fraternidade da Cruz e do Tringulo, foi resultado da fu-so no sculo passado, na regio do Oriente, de duas im-

    portantes "Fraternidades" que operavam do Espao em fa-vor dos habitantes da Terra. Trata-se da "Fraternidade daCruz", com ao no Ocidente, divulgando os ensinamentosde Jesus, e da "Fraternidade do Tringulo", ligada tradi-o inicitica e espiritual do Oriente. Aps a fuso destasduas Fraternidades Brancas, consolidaram-se melhor ascaractersticas psicolgicas e objetivo dos seus trabalhado-res espirituais, alterando-se a denominao para "Fraterni-dade da Cruz e do Tringulo" da qual Ramatis um dosfundadores.

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    Biografia Espiritual de Ramatis 5Supervisiona diversas tarefas ligadas aos seus discpulos naMetrpole Astral do Grande Corao. Segundo informaesde seus psicgrafos, atualmente participa de um colegiadono Astral de Marte.

    Seus membros, no Espao, usam vestes brancas, com cin-tos e emblemas de cor azul claro esverdeada. Sobre o peitotrazem delicada corrente como que confeccionada em finaourivesaria, na qual se ostenta um tringulo de suave lilsluminoso, emoldurando uma cruz lirial. o smbolo que e-xalta, na figura da cruz alabastrina, a obra sacrificial de Je-sus e, na efgie do tringulo, a mstica oriental.Asseguram-nos alguns mentores que todos os discpulosdessa Fraternidade que se encontram reencarnados na Ter-ra so profundamente devotados s duas correntes espiri-tualistas: a oriental e a ocidental. Cultuam tanto os ensi-namentos de Jesus, que foi o elo definitivo entre todos os

    instrutores terrqueos, tanto quanto os labores de Antlio,de Herms, de Buda, assim como os esforos de Confcio ede Lao-Tseu. esse um dos motivos pelos quais a maioriados simpatizantes de Ramatis, na Terra, embora profun-damente devotados filosofia crist, afeioam-se, tambm,com profundo respeito, corrente espiritualista do Oriente.

    Soubemos que da fuso das duas "Fraternidades" realizadano espao, surgiram extraordinrios benefcios para a Ter-ra. Alguns mentores espirituais passaram, ento, a atuarno Ocidente, incumbindo-se mesmo da orientao de cer-tos trabalhos espritas, no campo medinico, enquanto queoutros instrutores ocidentais passaram a atuar na ndia, noEgito, na China e em vrios agrupamentos que at agoraeram exclusivamente supervisionados pela antiga Fraterni-dade do Tringulo.

    Parte II I

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    Biografia Espiritual de Ramatis 6 Os Espritos orientais ajudam-nos em nossos trabalhos, aomesmo tempo em que os da nossa regio interpenetram osagrupamentos doutrinrios do Oriente, do que resulta am-pliar-se o sentimento de fraternidade entre Oriente e Oci-dente, bem como aumentar-se a oportunidade de reencar-naes entre espritos amigos.

    Assim processa-se um salutar intercmbio de idias e per-feita identificao de sentimentos no mesmo labor espiritu-al, embora se diferenciem os contedos psicolgicos de ca-da hemisfrio. Os orientais so lunares, meditativos, passi-vos e desinteressados geralmente da fenomenologia exte-rior; os ocidentais so dinmicos, solarianos, objetivos eestudiosos dos aspectos transitrios da forma e do mundodos Espritos.

    Os antigos fraternistas do "Tringulo" so exmios operado-

    res com as "correntes teraputicas azuis", que podem seraplicadas como energia balsamizante aos sofrimentos ps-quicos, cruciais, das vtimas de longas obsesses. As ema-naes do azul claro, com nuanas para o esmeralda, almdo efeito balsamizante, dissociam certos estigmas "pr-reencarnatrios" e que se reproduzem periodicamente nosveculos etricos. Ao mesmo tempo, os fraternistas da

    "Cruz", conforme nos informa Ramatis, preferem operarcom as correntes alaranjadas, vivas e claras, por vezesmescladas do carmim puro, visto que as consideram maispositivas na ao de aliviar o sofrimento psquico.

    de notar, entretanto, que, enquanto os tcnicos ociden-tais procuram eliminar de vez a dor, os terapeutas orien-tais, mais afeitos crena no fatalismo crmico, da psico-logia asitica, preferem exercer sobre os enfermos umaao balsamizante, aproveitando o sofrimento para a maisbreve "queima" do carma.

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    Biografia Espiritual de Ramatis 7 Eles sabem que a eliminao rpida da dor pode extinguiros efeitos, mas as causas continuam gerando novos pade-cimentos futuros. Preferem, ento, regular o processo dosofrimento depurador, em lugar de sust-lo provisoriamen-te. No primeiro caso, esgota-se o carma, embora demora-damente; no segundo, a cura um hiato, uma prorrogaocrmica.

    Apesar de ainda polmicos, os ensinamentos deste grandeesprito, despertam e elevam as criaturas dispostas a evo-luir espiritualmente. Ele fala corajosamente a respeito demagia negra, seres e orbes extra-terrestres, mediunismo,vegetarianismo etc. Estas obras (15 Psicografadas pelosaudoso mdium paranaense Herclio Maes (sabemos que 9exemplares no foram encontrados depois do desencarnede Herclio... assim, se completaria 24 obras de Ramats) e7 psicografadas por Amrica Paoliello) tm esclarecido mui-

    to os espritos vidos pelo saber transcendental. Aquelesque j possuem caractersticas universalistas, rapidamentese sensibilizam com a retrica ramatisiana.

    Para alguns iniciados, Ramats se faz ver, trajado tal qualMestre Indochins do sculo X, da seguinte forma, um tan-to extica:

    Uma capa de seda branca translcida, at os ps, abertanas laterais, que lhe cobre uma tnica ajustada por um cin-to esmeraldino. As mangas so largas; as calas so ajus-tadas nos tornozelos (similar s dos esquiadores).

    Os sapatos so constitudos de uma matria similar ao ce-tim, de uma cor azul esverdeado, amarrados com cordesdourados, tpicos dos gregos antigos.

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    Biografia Espiritual de Ramatis 8Na cabea um turbante que lhe cobre toda a cabea comuma esmeralda acima da testa ornamentado por cordesfinos e coloridos, que lhe caem sobre os ombros, que re-presentam antigas insgnias de atividades iniciticas, nasseguintes cores com os significados abaixo:

    Carmim - O Raio do Amor

    Amarelo - O Raio da Vontade

    Verde - O Raio da Sabedoria

    Azul - O Raio da Religiosidade

    Branco - O Raio da Liberdade Reencarnatria

    Esta uma caracterstica dos antigos lemurianos e atlan-tes. Sobre o peito, porta uma corrente de pequenos elos

    dourados, sob o qual, pende um tringulo de suave lilsluminoso emoldurando uma cruz lirial. A sua fisionomia sempre terna e austera, com traos finos, com olhos ligei-ramente repuxados e ts morena.

    Muitos videntes confundem Ramats com a figura de seu tioe discpulo fiel que o acompanha no espao; Fuh Planu, es-

    te se mostra com o dorso nu, singelo turbante, calas e sa-patos como os anteriormente descritos. Esprito jovem nafigura humana reencarnou-se no Brasil e viveu perto dolitoral paranaense. Excelente repentista, filsofo sertanejo,verdadeiro homem de bem.

    Segundo Ramats, seus 18 remanescentes, se caracterizampor serem universalistas, anti-sectrios e simpatizantes detodas as correntes filosficas e religiosas.

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    Biografia Espiritual de Ramatis 9Dentre estes 18 remanescentes, um j desencarnou e re-encarnou novamente: Atanagildo; outro, j desencarnado,muito contribuiu para obra ramatiziana no Brasil - O Prof.Herclio Maes, outro Demtrius, discpulo antigo de Ra-mats e Dr. Atmos, (Hindu, guia espiritual de APSA e dire-tor geral de todos os grupos ligados Fraternidade da Cruze do Tringulo) chefe espiritual da SER.

    No templo que Ramatis fundou na ndia, estes discpulosdesenvolveram seus conhecimentos sobre magnetismo,astrologia, clarividncia, psicometria, radiestesia e assun-tos quirolgicos aliados fisiologia do "duplo-etrico".Os mais capacitados lograram xito e poderes na esfera dafenomenologia medinica, dominando os fenmenos de le-vitao, ubiqidade, vidncia e psicografia de mensagensque os instrutores enviavam para aquele cenculo de estu-dos espirituais. Mas o principal "toque pessoal" que Rama-

    tis desenvolveu em seus discpulos, em virtude de com-promisso que assumira para com a fraternidade do Trin-gulo, foi o pendor universalista, a vocao fraterna, crsti-ca, para com todos os esforos alheios na esfera do espiri-tualismo.

    Ele nos adverte sempre de que os seus ntimos e verdadei-

    ros admiradores so tambm incondicionalmente simpti-cos a todos os trabalhos das diversas correntes religiosasdo mundo. Revelam-se libertos do exclusivismo doutrinrioou de dogmatismos e devotam-se com entusiasmo a qual-quer trabalho de unificao espiritual.

    O que menos os preocupa so as questes doutrinrias doshomens, porque esto imensamente interessados nos pos-tulados crsticos.

    Fonte: Marcus Cesar - MCPF

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    Biografia Espiritual de Ramatis 10 PERGUNTA: - Gostaramos de vos ouvir quanto s variadasapreciaes que tm despertado as vossas mensagens me-dinicas. Para isso, contamos com o vosso esprito toleran-te e isento de suscetibilidades to comuns nossa humani-dade.

    RAMATIS: - Consideramos de boa tica essa vossa disposi-o, pois os labores que cumprimos tambm so inspiradospor almas superiores nossa exigidade espiritual. Nopodemos alimentar suscetibilidades nas indagaes justas;tudo faremos, tanto para contentar os que nos censuram,como os que se afinizam com a nossa ndole psicolgica.Reconhecemos a impossibilidade de satisfazer a todos, coi-sa que nem o nosso amado Mestre Jesus conseguiu realizarno vosso mundo. A crtica ao nosso labor um direito como qual concordamos prontamente, e justo que cada umprocure aquilo que deseja.

    PERGUNTA: - As opinies, sobre as vossas comunicaesmedinicas variam muito, principalmente quanto a vos si-tuarem num labor doutrinrio definido. Uns classificam-voscomo entidade esprita kardecista; alguns dizem que soisumbandista; outros vos consideram simptico s socieda-des teosficas ou aos labores esoteristas. Existem, ainda,

    os que afirmam que sois excentricamente devotado esco-lstica hindu. Queixam-se certos confrades do vosso ecle-tismo embaraante. Que nos dizeis?

    RAMATIS: - No procuramos classificao em nenhumadoutrina, mas a compreenso daqueles que consideram asseitas religiosas como verrugas no corpo do Cristo. Nossospropsitos objetivam a aproximao crstica entre os valo-res doutrinrios de todos os espiritualistas de boa-vontade.O Cristo um estado pleno de amor e de associao divi-na; radiosa fisionomia espiritual destituda de rugas sec-

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    Biografia Espiritual de Ramatis 11trias. princpio de nutrio csmica para todas as almas,amor entre os seres e coeso entre os astros. A verdadecrstica no pode ser segregada por ningum; um estadopermanente de procura e de ansiedade espiritual, bem dis-tante dos invlucros estandardizados. Qualquer sistema ouseita religiosa que se considere o melhor pesquisador daVerdade apenas mais um concorrente presunoso entreos milhares de credos isolacionistas do mundo. O fanatis-mo, que prprio do homem inculto, feroz e destrutivo,tambm se afidalga nas vestes respeitveis do cientista, dofilsofo ou do intelectual j consagrado no academismo domundo. A teimosia sistemtica, mesmo sob a lgica cient-fica, sempre um ndice de fanatismo, que cria disposioadversa maturidade dos conceitos novos. O jardineiroprogressista estuda e experimenta sempre os novos esp-cimes, antes de negar-lhes os novos valores estticos. Emconseqncia, no vos preocupeis em nos situarem nesteou naquele postulado religioso ou filosfico; preferimos,

    antes, a condio singela de noticiarista sem compromissodogmtico.

    PERGUNTA: - Acusam-vos alguns espritas de no serdesentidade exclusivamente devotada aos princpios da doutri-na de Kardec.

    RAMATIS: - Apenas evitamos a exclusividade que exalta oscaprichos e as teimosias sectaristas e contraria o dinamis-mo da vida espiritual. de senso comum que mediunismodifere muito de espiritismo; o primeiro uma faculdadeindependente de doutrinas ou de religio; o segundo, dou-trina codificada por Allan Kardec, cuja finalidade a liber-tao do homem dos dogmas asfixiantes. O Espiritismo oconjunto de leis morais que disciplina as relaes dessemediunismo entre o plano visvel e o invisvel e coordenatambm o progresso espiritual dos seus adeptos. Os fen-menos medinicos comearam a ocorrer muito antes da

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    Biografia Espiritual de Ramatis 12doutrina esprita e podem se suceder independentementede sua existncia. A literatura medinica prdiga em voscomprovar a quantidade de sensitivos que recepcionammensagens daqui, embora no operem diretamente sob ainspirao do Espiritismo codificado por Kardec. Podereisencontr-los nos crculos esotricos, nas reunies teosfi-cas, nas fraternidades rosa-cruz, nas comunidades protes-tantes e nos prprios agrupamentos catlicos. Independen-temente da codificao kardeciana, foram recebidas do Es-pao as importantes "Cartas de Meditaes" e "Luz da Al-ma", ditadas pelo instrutor tibetano a Alice A. Bailey; asmissivas a Helena Blavatsky, dos mestres Moria e K. H.; as"Cartas do Outro Mudo", ditadas a Elza Barker por um ma-gistrado ingls desencarnado; a "Luz no Caminho" a MabelCollins; as mensagens do Padre Marchal a Ana de G.; o"Mundo Oculto" inspirado a M. Sinnett; a "A Vida Alm doVu", ao pastor protestante Rev. G. Vale Owen. As inditasexperimentaes medinicas de Eduardo Van Der Naillen,

    entre os Mayas - que ignoravam o Espiritismo - originarama "Grande Mensagem", obra admirvel como repositrio deconhecimentos do Alm; C. H. Leadbeater, bispo anglicanoe um dos esteios da Sociedade Teosfica, revelou podero-sas faculdades de clarividncia, sem contacto com o karde-cismo. No vosso sculo, Pietro Ubaldi, Ergos, Ermibuda eoutros entregam-vos mensagens de inspirao medinica,

    embora sem o selo da insgnia esprita. Os profetas erammdiuns poderosos: Isaas, Daniel, Ezequiel, Jeremias, Jo-nas, Naum, Habacuc e outros, iluminavam as narrativasbblicas com os seus poderes medinicos: Moiss hipnoti-zou a serpente e a transformou num basto, fazendo-a re-viver diante do Fara surpreendido; sabia extrair ectoplas-ma luz do dia; praticava levitaes, transportes, e produ-ziu chagas no corpo, curando-as rapidamente. Realizando amais assombrosa hipnose da Histria, usou o povo egpciocomo "suject" e o fez ver o rio Nilo a correr como sangue;atuando nas foras vivas da Natureza, Moiss semeava o

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    Biografia Espiritual de Ramatis 13fogo em torno de si, cercando-se da "sara ardente", e pu-nha em fuga os soldados escolhidos para mat-lo. Na esfe-ra catlica, Terezinha via o sublime Senhor nimbado de luz.Francisco de Assis revelava as chagas de Jesus; Antnio dePdua transportava-se em esprito, de Portugal Espanha,para salvar o pai inocente; Dom Bosco, em transe psicom-trico, revia Jesus na infncia; Vicente de Paula extinguialceras simples imposio das mos e So Roque curava lepra a fora de oraes. Tereza Neumann, no vosso s-culo, apresenta os estigmas da crucificao, e alguns sa-cerdotes catlicos se tornam curandeiros milagrosos sob ateraputica dos benzimentos. Entretanto, nenhum dessesconsagrados seres da histria religiosa era esprita, na a-cepo do vocbulo, embora todos fossem mdiuns, o queignoravam! Eis pois, o porqu de no carecermos assumirresponsabilidade doutrinria exclusivamente kardecista ou,isoladamente, em outra nobre instituio, porquanto esseexclusivismo de modo algum ampliaria as nossas idias.

    Estas justificar-se-o por si mesmas, independentementede qualquer particularismo redutivo.

    PERGUNTA: - Esses confrades temem que a divulgao a-centuada de vossas mensagens possa desviar do roteiroprogressivo os novos adeptos espritas. Consideram prema-tura a preocupao com os conceitos heterogneos de vos-

    sas comunicaes, antes que possuam o entendimento pu-ro do espiritismo. Esta concepo est certa?

    RAMATIS: - Embora no nos situemos na rea codificadado kardecismo, reconhecemos este como a doutrina evolu-tiva que melhor atende s necessidades espirituais da hu-manidade terrcola, em seu conjunto geral. a sntese po-pular da Verdade Oculta e o mais eficiente caminho de as-censo espiritual para a mente ocidentalista. Allan Kardec,corajosamente, ergueu a ponta do "Vu de sis"; abriu aporta da iniciao em comum e revelou a preliminar do

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    Biografia Espiritual de Ramatis 14Cu. Aps fatigante labor, atravs de milnios, em contactocom todos os esforos iniciticos, codificou os valores sufi-cientes para libertar o homem da "roda das reencarna-es". A disposio ferrenha de muitos discpulos, que fos-silizam os conceitos dinmicos do Espiritismo e os trans-formam em sentenas rgidas no "espao" e no "tempo", que traa fronteiras separatistas e contrrias dinmicaevolutiva da doutrina. Muitas desiluses fraternas que osrecm-chegados recebem dos "tradicionais" terminam afas-tando-os para certos erotismos e sincretismos embaraan-tes. O Espiritismo essencialmente evolutivo, mas os seusadeptos, desavisados da realidade funcional dos seus pos-tulados, tornam-no letrgico com o sistema de afirmaodogmtica. O Evangelho, que a verdadeira garantia crsti-ca do Espiritismo, ainda no foi bem compreendido pelamaioria dos seus discpulos. Raros so os que no confun-dem o sentido crstico do Evangelho com o sentido espirti-co de afirmao doutrinria separatista, firmado nos pontos

    de vista isolados e contrrios harmonia fraterna. Essapreocupao purista, que invocais, fortifica, realmente, adoutrina como configurao sectarista, mas reduz-lhe aamplitude evanglica, que deve ser sempre a base da "Ter-ceira Revelao". Muitos espritas revivem, em modernassublimaes, os dogmas dos velhos credos que esposaramnesta ou em reencarnaes passadas. Revelam novamente,

    no meio esprita, a mesma intolerncia religiosa, a sisudez,pessimista e a m disposio para com as idias e laboresque ultrapassam as fronteiras de suas convices e simpa-tias. Reproduzem sob novos aspectos doutrinrios, emboramais cultos, a mesma excomungao sistemtica do pas-sado.

    PERGUNTA: - Afirmam alguns que a dissociao que podeisprovocar no seio do kardecismo ser devido ao fato de pro-pagardes por via medinica os princpios e os conceitos deseitas e instituies adversas singeleza do Espiritismo.

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    Biografia Espiritual de Ramatis 15 RAMATIS: - O perigo de dissoluo doutrinria ante essesconceitos adversos h de desaparecer, se estiverdes ple-namente convictos e integrados nos prprios postuladoskardecistas que aceitais. S a convico absoluta pode afi-anar a "f que remove montanhas". Se temeis essa disso-luo doutrinria, porque ainda no tendes f absoluta noque admitistes; se assim no fora, o vosso temor seria in-fantil. A debilidade de vossas convices tornar o karde-cismo to desamparado diante de nossas mensagens quan-to diante de todas as demais comunicaes que nos suce-derem. S a negligncia e a incria dos seus discpulos que permitiro que seja tisnada a pureza inicitica dosprincpios de Kardec. Necessitareis, ento, da f sincera evigorosa que sempre impediu as dissolues e as promis-cuidades em quaisquer setores altrusticos do vosso mun-do. a f irredutvel dos protestantes que os imuniza con-tra as infiltraes estranhas s suas congregaes; a f

    absoluta dos santos que os livra da seduo da matria; a f nos seus postulados morais que mantm alguns povoseuropeus em neutralidade pacfica no seio das naes beli-cosas. Apesar das influncias heterogneas da poca, Mo-zart, Bach e Beethovem conservaram a pureza inicitica desuas composies musicais; embora vicejassem numerososarremedos de pintores, no se tisnaram a beleza e a pure-

    za da pintura de Rubens, de Da Vinci, de Ticiano ou deRembrandt! Apesar da lubricidade que ainda impera emalguns conventos religiosos, muitos frades e freiras so c-pias vivas de um Francisco de Assis, de uma Tereza d'Avila.Mau grado as promiscuidades imorais que pululam na soci-edade e a desonestidade que corri a administrao pbli-ca, inmeros caracteres se conservam ntegros no seiodessas influncias dissolventes. Naturalmente, s uma fviva, contnua e forte, sustenta qualquer ideal, e essa es-pcie de f que recomendamos que os espritas tenhampara com a consagrada doutrina codificada por Allan Kar-

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    Biografia Espiritual de Ramatis 16dec. Se assim fizerem - no opomos dvida - sero infantistodos os temores s nossas mensagens dissociativas.

    PERGUNTA: - Alegam outros que as vossas mensagens ge-ram confuso entre os espritas, porque estes se deixamfascinar pelo exotismo exterior, e se perturbam com o con-tedo, que no se afina com a doutrina esprita.

    RAMATIS: - Tornamos a repetir: No est em nossas men-sagens essa probabilidade perturbadora, mas sim naquelesque ainda esto em condies eletivas para serem pertur-bados ou vtimas de confuso. O esprito humano dotadode razo e de sentimento; quando a razo no est sufici-entemente desenvolvida para proteg-lo da perturbao,que o salve - pelo menos - o sentimento cristo. Se noexiste a garantia espiritual de qualquer um desses atribu-tos, como quereis evitar a perturbao? Inegavelmente,ainda sereis os candidatos e as vtimas de todas as influn-

    cias e sugestes exteriores. Se viverdes em confuso con-vosco, naturalmente estareis em confuso com tudo o quepesquisardes, quer sejam as nossas mensagens, quer se-

    jam as comunicaes de outros Espritos mais elevados.No conhecemos doutrina mais pura e santificante do queo Evangelho de Jesus; no entanto, ireis responsabilizar oDivino Mestre pela confuso que os homens fizeram com os

    seus abenoados ensinamentos? No foi o seu Evangelho,mas as confuses humanas que assassinaram os infiis nasimpiedosas cruzadas da Idade Mdia; que armaram odiosasfogueiras e criaram as tenebrosas torturas da Inquisio;que trucidaram indefesos huguenotes na sangrenta Noitede So Bartolomeu. Ainda sob a gide do Evangelho, aconfuso humana queimou Joana D'Arc, Joo Huss, Gior-dano Bruno, e atualmente ainda consagra os instrumentosde morte para as guerras fratricidas! Lamentamos que asnossas mensagens possam criar confuses pureza inici-tica esprita, do mesmo modo que lamentamos seja culpa-

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    Biografia Espiritual de Ramatis 17do o Evangelho pelas atrocidades humanas! A dinamitedestinada ao servio pacfico das edificaes humanas ain-da a usais, devido vossa confuso, como agente de mor-te; a embarcao idealizada para a confraternizao entreos povos serve-vos como cruzadores, submarinos e canho-neiras mortferas; o avio, ideal de fraternidade, a confu-so o transformou na terrvel ave semeadora de runas ecrueldades. A energia atmica, pacfica em Marte, novosso mundo elemento feito para derreter os corpos nasci-dos para o amor e para a vida. A confuso, na realidade,depende do destino que derdes s coisas que ledes, queinventais ou que descobris, provando que ainda vos falta overdadeiro discernimento dos objetivos idealizados porDeus!

    PERGUNTA: - Afirma-se que os "velhos espritas", conser-vadores da tica kardecista, so menos simpticos s vos-sas mensagens. Que dizeis?

    RAMATIS: - muito natural que assim suceda. As pocasde renovaes artsticas, assim como as de renascimentoespiritual, provocam sempre maior relevo na clssica posi-o de "moos" e "velhos", embora as idias novas sejamas mesmas idias velhas sob atraente vesturio moderno.Os moos de hoje, concomitantemente os velhos de ama-

    nh, tambm ho de oferecer resistncia teimosa aos no-vos valores que surgirem no futuro, sob o imprio da evo-luo. Na pintura, na filosofia, na msica, na cincia e naprpria indstria, sempre se digladiaram essas duas condi-es distintas: velhos e moos. No entanto, embora se si-tuem em extremos antagnicos, so duas foras que disci-plinam a evoluo; tanto os moos entusiastas como osvelhos ponderados atendem aos imperativos naturais davida progressista. Os primeiros, idealistas, corajosos, tra-am os rumos do futuro, e os segundos, conservadores,prudentes, tolhem seus passos quanto aos excessos preju-

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    Biografia Espiritual de Ramatis 18diciais. Disciplina-se a imprudncia excessiva do moo pelaexperincia sensata e orientadora do velho. E diante de as-suntos como o "Juzo Final" ou o "Fim do Mundo", aindamais se acentuar o conflito entre as velhas e as novas i-dias, instigadas pela afirmao pessoal de cada grupo parte. Se os velhos espritas so menos simpticos s nos-sas comunicaes, deveis concluir que, realmente, no es-tamos transmitindo mensagens para conjuntos exclusivosou para adeptos que nos lisonjeiem. O nosso esforo decarter geral. Estamos ditando para alm da efervescnciamoral que j estais vivendo; s os eletivos nossa ndoleespiritual que nos sentem no momento, sem a exignciafrrea de primeiro nos compreenderem.

    PERGUNTA: - H os que afirmam que as vossas mensagensso destitudas de qualquer proveito; outros h que vemnelas uma associao de idias do mdium, ou seja puroanimismo. Que podeis nos esclarecer?

    RAMATIS: - Se estes relatos forem fruto de puro animismodo mdium, independentemente de nossa ao espiritual,cabe-lhe o indiscutvel mrito de nos haver interpretado acontento, evocando o sentido crstico em que realmentedesejaramos situar as nossas comunicaes. Quanto aosentido proveitoso, depende, naturalmente, do prprio lei-

    tor, a quem cumpre tirar as ilaes construtivas ou rejeitaras afirmaes que suponha perniciosas. O lavrador inteli-gente sabe que o mais opulento feixe de trigo pede a sepa-rao cuidadosa do joio. Recordamos, a propsito, aquelesentimento elevado que Jesus revelou diante do co putre-fato, ante a repugnncia dos apstolos, quando enalteceu abrancura dos dentes do animal e os comparou a prolaspreciosas! A Terra tambm vos oferece inmeras mensa-gens vivas, das quais podereis extrair ilaes proveitosasou destrutivas. O mesmo arsnico que os Brgias empre-gavam para assassinar os seus desafetos, a medicina apro-

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    Biografia Espiritual de Ramatis 19veita para o tratamento da amebase e do sangue. A cicu-ta, que mata, cura as convulses rebeldes quando aplicadaem doses homeopticas; o escalpelo do homicida, nasmos do cirurgio, instrumento que prolonga a vida. Sobo toque da magia divina de Deus, o monturo ftido setransforma em roseiral florido e perfumado. A serventiaque dormita no seio de todas as coisas criadas pelo Onipo-tente exige que a boa inteno a saiba aproveitar no senti-do benfico vida. Estas mensagens tambm contm umsentido oportuno; cabe ao leitor encontrar os objetivos sa-dios.

    PERGUNTA: - Soubemos, tambm, que atribuem falta deproveito s vossas mensagens, sob alegao de serem ab-surdas e fantasistas. Qual a vossa opinio?

    RAMATIS: - H que distinguir sempre entre o sentido ben-fico que pode existir oculto na fantasia e o malfico disfar-

    ado no cientificismo mais rigoroso. Antigamente, a infn-cia terrcola se deliciava com as histrias da Carochinha,em que os prncipes, as fadas e os gnios bons semprevenciam as feiticeiras, os gigantes maus e os lobos ferozes.Era o triunfo absoluto do Bem sobre o Mal. As narrativasfantsticas limitavam-se a despertar a ateno para a ex-posio da virtude moral, onde a bondade, a inocncia e a

    honestidade eram fartamente glorificadas. As vovs reina-vam, absolutas, nos velhos lares, narrando ao p do fogoas fantasias que davam sublime direo espiritual ao sub-consciente das crianas. No entanto, o esprito cientfico epositivo do sculo atmico requer severas exigncias aocrebro do escritor moderno, a fim de exterminar o exces-so de fantasia da mente infantil. Interveio e imps a sualgica matemtica; motorizou o tapete voador; considerouabsurda a vida do Pinocchio; aposentou Gulliver e liquidouo encantador pas de Liliput. O velho gato de botas tevecassada a sua licena de turista inveterado e o chapeuzinho

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    Biografia Espiritual de Ramatis 20vermelho aguarda a maioridade para enfrentar o lobo mau.O gigante do "p de feijo" ficou estigmatizado como umavtima da glndula hipofisria e proibiu-se a velha alquimiados magos, que transformava prncipes em cisnes e prince-sas em borboletas. A moderna Branca de Neve, atarefadacom refrigeradores, foges eltricos e assadeiras automti-cas, olvidou os sete anes, que passaram a constituir casosexcntricos de distrbios endcrinos! Graas, pois, meti-culosidade cientfica do sculo atomizado, foram derrotadosos velhos personagens das leituras fantsticas e substitu-dos por tipos ferozes, homicidas, que acionam metralhado-ras eletrnicas e pretendem o domnio continental. Estpi-dos fascinoras semeiam a morte nos desertos enluarados eseres diablicos, interplanetrios, comandam esquisitosaparelhos, ameaando destruir o vosso orbe! O prncipegentil, respeitoso, foi modernizado no heri de trabuco cinta, chapu de aba larga, a fazer farta distribuio demurros; o fascnio moderno devido sua brutalidade fsi-

    ca e sua impiedade contra os adversrios vencidos. A fa-da que distribua o "plen" dourado das alegrias infantistransformou-se na mulher sem alma, despudorada, viciadacom os corrosivos elegantes e sofisticada s banalidadesfesceninas. Os gnomos inocentes, da natureza festiva, fugi-ram diante dos terrveis auxiliares do heri moderno, queso desonestos e semeiam intrigas e ciladas traioeiras. Na

    antiga fantasia infantil, o prncipe generoso e leal ressusci-tava Branca de Neve com um beijo de amor puro, e a feiti-ceira vingativa, smbolo da maldade humana, sumia-se nasfurnas dos abismos sem fim. A perversidade e a mistifica-o eram incondicionalmente justiadas pelo poder doBem; a ternura exaltada e o amor glorificado. Na literaturamoderna, cientfica, o gal, como prova de masculinidade, vtima de histerismo e esbofeteia sua amada! O delin-qente, quando punido pela justia, j no compensa ocortejo de crimes que praticou e de vtimas que causou. Afantasia, quando firmada no sentido do Bem e da Bondade,

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    Biografia Espiritual de Ramatis 21exalta as virtudes adormecidas nas criaturas, em lugar deafrouxar os ditames da moral do esprito; estimula fra-ternidade e mansuetude, predispondo o homem ao cultosuperior. No entanto, o cientificisnio da bomba atmica cri-ou as mais brbaras e dantescas cenas de morte! Aqui,parturientes derretiam-se com o filho, na hora de d-lo luz; ali, velhinhos fatigados, na contemplao da natureza,convertiam-se em poas sangrentas, nos bancos das pra-as pblicas; acol, bandos de crianas transfiguravam-seem pastas albuminides; alhures, criaturas em retorno aosseus lares deslocavam as carnes diante dos seus familia-res! No fragor infernal do impacto homicida, fundiam-se acarne do sacerdote e a da criana, no batismo; derretia-sea mo do cirurgio sobre o enfermo esperanado de viver;dilua-se o lactente no seio da me apavorada, e a garota,aterrorizada, revia-se deformada! Crebros geniais pude-ram calcular a temperatura mxima que desencadearamessas aplicaes cientficas subordinadas matemtica dos

    clculos nucleares! No entanto, para os 140.000 japonesesque se derreteram no fogo apavorante da exploso atmicaseriam incondicionalmente melhores todos os contos fan-tsticos dos mundos de fadas do que o cientificismo quelhes acarretou morte to horrorosa! Sob a aparente fanta-sia de nossas mensagens, efetuamos um convite para oreino amoroso de Jesus, assim como as histrias que as

    vovozinhas contavam, para a infncia, mostravam o reinodas fadas, dos gnomos e dos, prncipes valentes, mas eramsempre leais s virtudes nobres da alma. O convite para oCristo o do acatamento aos princpios santificantes doEvangelho, os quais so eternos, acima das formas liter-rias e das equaes cientficas. Esses princpios lembram asprolas verdadeiras, cujo valor no aumenta num escrniode veludo nem se diminui na pobreza de um envoltrio dealgodo. Mesmo quando submersas na lama, elas guardama sua preciosidade real!

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    PERGUNTA: - Alguns crticos espritas afirmam que as vos-sas mensagens, embora entusiasmem pelo assunto profti-co pelo exotismo das revelaes, distraem os discpulos,fazendo esquecerem a mensagem singela do Evangelho.Que nos podeis dizer a respeito?

    RAMATIS: - Certos de que Deus sabe o que faz, cingimo-nos s suas diretrizes e no s dos homens. No opomosdvida quanto urgente necessidade da singela evangeli-zao da criatura terrquea, a fim de poder enfrentar ga-lhardamente os momentos dolorosos de que se aproxima ovosso mundo. Inegavelmente, melhor a purificao dosentimento do que o brilho do raciocnio; que o coraodomine primeiro o crebro. Mas a prpria angelitude exigeabsoluto equilbrio entre crebro e corao. A figura do An-

    jo, revelando-se na harmonia perfeita das suas asas, osmbolo desse augusto binmio divino, em que a asa direitada sabedoria se ajusta ao completo equilbrio da asa es-

    querda, do sentimento purificado. S a sabedoria e o sen-timento, completamente. desenvolvidos, que facultam alma o vo incondicional no Cosmo. O esprito pode evolu-cionar exclusivamente pelos caminhos do corao, se assimpreferir, mas no se livra de retornar vida fsica, a fim deobter alforria completa na educao do intelecto. As men-sagens que vos ofertamos esto isentas de dio, de malcia

    ou de discrdia; no o seu contedo extico que produzfascinaes extemporneas; o prprio momento proftico eentrevisto no subjetivismo do esprito que desperta atra-o para o tema "Os Tempos Chegados". H que compre-enderdes tambm que a mensagem singela do Evangelhono exige o retorno do homem ao primitivismo das caver-nas; Jesus no veio destruir a Lei, mas cumpri-la. No vospede que troqueis o terno de casimira pela tanga do selva-gem ou o veculo motorizado pelo carro de bois; nem vosordena que excomungueis o conhecimento e que vos dedi-queis exclusivamente s compungidas oraes. Oxal fs-

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    Biografia Espiritual de Ramatis 23seis realmente sbios como Jesus o ! Justamente a suasabedoria que o tornava to compreensvel, e o seu ex-traordinrio conhecimento psicolgico que o fazia to ter-no. Na Terra, o ermito fantico, que foge do mundo e serecolhe s grutas das florestas, tambm capaz de abrir ocorao do infiel que lhe rejeite a cartilha de devoo; noentanto, muitos sbios, trajando a rigor social, renunciam vida para o bem da cincia humana. Francisco de Assis,quer vestindo-se com o hbito de frade ou pelo ltimo figu-rino da moda, portador de um anel de grau ou simples ope-rrio na limpeza das cidades, nunca se distanciaria da sin-geleza do Evangelho! S a perturbao ntima que distraido Evangelho, e muitos h que se perturbam at mesmono exerccio dos ensinos de Jesus.

    PERGUNTA: - Alguns espritas lamentam que as vossascomunicaes no sigam a mesma linha de exortao e-vanglica, sem complexidades profticas, a que j se con-

    sagraram inmeras entidades nas obras medinicas tradi-cionais do Espiritismo. Referem-se a Espritos que transmi-tem apenas mensagens doutrinrias que no provocam ce-leumas, dvidas, nem contm predies prematuras, masse mantm dentro da manifestao purista dos preceitoskardecistas.

    RAMATIS: - As manifestaes espirituais, na vossa vida,podem obedecer a mltiplos aspectos. Assim como Budaveio para os seus eletivos, na sia, e Jesus para os seusafins, no Ocidente, h profetas que s servem a grupossimpticos sua psicologia, como h determinados traba-lhadores desencarnados que s atendem aos adeptos dadoutrina esprita. "Grande a seara de meu Pai e h nelamuitos lugares para todos os trabalhadores" - afirmava ogrande lider oriental. Por que motivo devero todos os ins-trutores pregar sob um mesmo e exclusivo aspecto? Umavez que j existem no vosso meio entidades espirituais ca-

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    Biografia Espiritual de Ramatis 24pacitadas e integradas na esfera da pura exortao evan-glica, por que motivo deveramos repetir as mesmas coi-sas, talvez com menor xito? Se compreendeis realmenteque Deus est em tudo que criou, no podeis separar nadadentro da sua orientao divina. Que que interpretaiscomo manifestao "purista", em doutrina? O que concordacom a vossa mentalidade? Aquilo que o vosso esprito aga-salha com simpatia, olvidando que o que detestais pode sermotivo de ateno e de prazer de outrem? Essa exclusivapreocupao purista, na vida em comum, um caprichoque pode concorrer para o separatismo, que nada tem deevanglico. Quando sentimos realmente a magnificncia davida que nos foi dada por Deus, sentimos tambm que de-vemos ampliar os limites de nossos purismos; folgamos,tanto com o progresso do verme no seio da terra, quantofolgamos em que a borboleta ascensione para espciesmais encantadoras. O servidor do Pai, inspirado pelo Evan-gelho, tanto admira a urtiga que fere quanto a violeta que

    perfuma; tanto tolera a serpente rastejante, que atende aosagrado direito de viver, quanto admira a andorinha quecorta os espaos. Sabe que Deus no cometeu distraesna contextura dos mundos; que no criou "coisas ruins ouimpuras" e que no cabe ao homem o direito de criticar su-postos equvocos do Pai! O blsamo, que alivia a dor, tem oseu correspondente no cido, que cauteriza a gangrena. Eis

    porque no podemos nos cingir a um sistema nico de co-municaes medinicas, de modo a vos entregarmos men-sagens confeccionadas especialmente para o cabide dovosso comodismo mental. No deveis criar a separao,exigindo preferncia exclusiva para o que vos simptico,pois, no existindo coisa alguma absolutamente impura, medida que realmente evoluirdes descobrireis os valoresque se acham ocultos nas coisas consideradas inteis oudaninhas.

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    PERGUNTA: - Podeis nos dar alguns exemplos desses valo-res existentes nas coisas "inteis" ou "daninhas"?

    RAMATIS: - O capim, to vilipendiado, a ponto de servir defigura de retrica para simbolizar a inutilidade, conside-rado atualmente, pela vossa cincia, como uma das plantasque possui todas as vitaminas conhecidas, o que tem cons-titudo o segredo da vigorosa nutrio dos animais. Na im-pureza do charco nasce o lrio, e no monturo nauseanteesconde-se a energia que, em divino quimismo, transformadetritos em roseiral perfumado! Os detestados vermes in-testinais assinalam criana a sua carncia mineralgica elhe indicam o alimento exato; o batrquio repulsivo quesustenta a vida na lavoura; as feias lagartas geram delica-das borboletas; as minhocas so os humildes mineiros queabrem as galerias que servem para a renovao do ar des-tinado s reaes qumicas da seiva vegetal no sub-solo. Omofo, ou bolor, considerado resduo anti-higinico, a vir-

    tuosssima penicilina. Em nenhuma ferida em que se assen-ta a mosca varejeira h perigo de gangrena. Milhares decriaturas devem a sua cura aos txicos das aranhas, dascobras e dos insetos venenosos, e outras ao aproveitamen-to mdico do arsnico, da cicuta ou do curare. H um sen-tido oculto, de utilidade, mesmo naquilo que vos parecerevolta da Natureza: a tempestade furiosa a limpeza da

    atmosfera carregada de impurezas, e os temidos vulcesso as vlvulas de segurana do vosso globo, para que seequilibre a presso interna na sada gradual dos gases. So homem - separatista por ndole - que atribui efeitosdaninhos s coisas que no lhe despertam simpatias. Oderrotismo da alma egocntrica no lhe permite avaliarmerecimentos nas experimentaes alheias, e ento se en-trega sistematicamente a uma censura viva e acre. Emqualquer latitude do Cosmo, seja na regio celestial, sejana vida fsica ou nas regies infernais do Alm, h um con-tnuo processo de mais embelezamento e utilidade espiritu-

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    Biografia Espiritual de Ramatis 26al. Jesus, o esprito sem deformidade mental, que reconhe-cia sempre o valor oculto que h em todas as coisas, con-siderou a prostituta como a infeliz esposa, me e irm dis-tante dos bens da paz e da alegria verdadeira. O homemhonesto e compreensivo, viajante comum da vida fsica,quando no lhe agradam as ofertas ou as experimentaesdos companheiros da mesma viagem evolutiva, segue oseu caminho e os deixa em paz. Se no vibra com os racio-cnios novos dos companheiros, prossegue evolucionandoatravs dos seus valores familiares, que lhe despertam in-teira confiana. As nossas mensagens no so imposies,mas ofertas de boa-vontade; cada um que as prefira con-forme a sua capacidade mental e o seu diapaso espiritual,sem, entretanto, subestimar as experincias naturais deoutros seres. O homem no cumpre os mandamentos doPai quando cultua s aquilo que lhe agrada e hostiliza sem-pre o que lhe antiptico. Que seria do vosso orbe se os"cientistas puros", inimigos do misticismo e dos compungi-

    mentos religiosos, resolvessem destruir todos os templos eagrupamentos espiritualistas, exterminando sacerdotes edoutrinadores? Ou, ento, se os mandatrios religiosos,fanticos, inimigos da cincia e remanescentes da IdadeMdia, decidissem aniquilar completamente o labor cientfi-co? Qual dos grupos teria mais direito e razo para agir? Ovosso globo, em lugar de escola educativa do esprito, tor-

    nar-se-ia um rido deserto de idias e de liberdade!PERGUNTA: - H os que afirmam que as vossas mensagensperturbam os sistemas j consagrados pela tradio espri-ta, principalmente no tocante extensa quantidade de o-bras doutrinrias, j produzidas por mdiuns de mereci-mento, podendo-se, pois, dispensar vossas comunicaes,consideradas dissociativas. Que nos dizeis a respeito?

    RAMATIS: - Qual o sentido dos "sistemas" de que falais, natradio esprita? Podereis, porventura, provar que os sis-

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    Biografia Espiritual de Ramatis 27temas criados pelos homens, embora espiritualistas ou re-ligiosos, podem superar o sistema do Amor que ainda falta humanidade? Examinai e comparai a natureza dos mlti-plos sistemas que pululam no vosso mundo, em todas asesferas da experimentao humana, inclusive os religiosos,e vereis a sua fragilidade. Vs achais, por exemplo, que muito acertado o sistema de destruirdes os ratos, as bara-tas ou as serpentes, como animais daninhos, mas isso porque no os apreciais como quitutes em vossas mesas.Sob esse esperto pretexto, criais ento rigorosos "siste-mas" cientficos e industriais, para com extremado carinhoengordardes sunos, bois, carneiros, vitelas e aves para ocemitrio do vosso estmago. Considerais impuro o "siste-ma" de criardes ratos ou escorpies, mas achais higinico epuro o de criardes galinhas, porcos e cabritos para o embe-lezamento nauseante de vossas mesas. No primeiro caso, porque detestais o rato como alimento e, no segundo, por-que apreciais o porco como petisco. No entanto, se compa-

    rardes os vossos sistemas civilizados, de alimentao, comos de outros povos, ser provvel que emitais acres censu-ras ao saberdes de raas cuja alimentao se firma na cria-o de ratos e de serpes! A utilidade, portanto, das coisascriadas por Deus fica subordinada simpatia e prefernciade cada homem, de cada grupo, seita ou raa. Gostais deporcos e de bois, ou de galinhas cozidas em moderno vasi-

    lhame de presso; recomendais, ento, que se ampliem osfrigorficos, que se higienizem os aougues e que se desen-volvam as indstrias de conservas de carnes em latas! Isto" bom", porque gostais de comer, mas aquilo "no bom", porque no gostais; que se destruam incondicional-mente, ento, os ratos, as baratas, os escorpies ou as co-bras e tudo que vos antiptico, pois que ruim e impuro,visto que no serve ao vosso paladar nem pode ornar asvossas mesas! O que apreciais est certo; o que detestaisest errado. Que vos importa o sofrimento do suno na en-gorda albumnica ou a tortura do ganso com o fgado hiper-

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    Biografia Espiritual de Ramatis 28trofiado, arrastando-se pelo solo! Isto so apenas insignifi-cantes detalhes de um "bom sistema" que concebestes naesperteza egocntrica; que muito bom para as vossasalegrias e prazeres, embora horripilante para o porco, parao ganso e para outros animais que sacrificais. Assim racio-cinais, tambm, quanto s crenas e aos sistemas religio-sos ou espiritualistas; cultuais e defendeis severamente osistema que agrada ao prprio paladar psquico, mas a-chais impuro ou dissociativo o sistema ou o labor que no de vossa simpatia. Aquilo que no se afina ao vosso modode pensar desperta-vos antipatia e quereis eliminar; o queagrada ao vosso raciocnio, erigis em "sistema" e a ele ade-ris com entusiasmo. Que se divulge, amplie e se disseminepelo mundo aquilo que julgais bom, que julgais puro, que

    julgais certo ou verdadeiro, mas seja censurado, julgado eexterminado aquilo que julgais mau, extico ou errado!Destruam-se as igrejas catlicas - gritam os protestantes;derrubem-se os templos reformistas - bradam os clericais;

    quebrem-se os dolos inteis e as imagens glidas - excla-mam os espiritistas; encarcerem-se os diablicos - retru-cam os catlicos e os protestantes, aludindo aos espiritua-listas. Combata-se o esoterismo, a maonaria, os teosofis-mos complexos ou os exotismos da Umbanda - clamam es-pritas kardecistas; acabe-se com o perigo do intercmbioesprita com as larvas, com os elementais e os ilusrios

    casces, de desencarnados pontificam os teosofistas e ro-sa-cruzes nos seus compndios doutrinrios! Defendem oseu "sistema" os umbandistas, afirmando que, no karde-cismo, Jesus apenas faz discursos, enquanto, que na Um-banda o Mestre realmente trabalha! Ergam-se fogueiraspara os positivistas, espcie de "So Toms", que s cremnaquilo que apalpam; acendam-se fogueiras para os espiri-tualistas, que s doutrinam sob conjecturas - gritam ou-tros! Os sistemas que se julgam certos esto em luta comos sistemas que julgam errados, e a confuso aumenta,porque todos apregoam que o seu sistema o melhor e o

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    Biografia Espiritual de Ramatis 29nico detentor da ltima verdade, quando no da Verdadeintegral! bvio que a nossa presena pode ser dissociati-va no seio de tantos "sistemas", porquanto no estamosinteressados em valorizar tradies ou agrupamentos sim-pticos, mas apenas em insistir quanto urgente necessi-dade da adoo do sistema crstico, do Amor e da Bondade,que deve reunir as simpatias gerais de todo o Universo.Esse sistema universalista, sob a gide do Cristo, no exigedefinies nem se torna dissociativo, porque no prega aunio pelos caminhos da separao, nem fala de amor soba confuso da discrdia. Embora a maioria das instituiesreligiosas e espiritualistas do vosso mundo esteja de possede extensa bibliografia doutrinria, obtida no esforo santi-ficado do Bem, cremos que seu contedo s valiosoquando vivido praticamente no "amai-vos uns aos outros".Apenas por pregardes esta mxima de mil modos diferen-tes e sobre ela tecerdes mil historietas poticas, no prova-reis que vos entrosastes com o sistema Crstico mas ape-

    nas que procurais a garantia do sistema religioso particu-lar, que adotais.

    PERGUNTA: - Em certa crtica de escritor esprita, muitocredenciado na seara, fostes comparado a um Mefistfelescom o falso aparato de um anjo, a fim de enganar os in-cautos. Afirma-se que as vossas mensagens possuem sub-

    tilezas tais que ho de provocar, no futuro, muita separa-o entre os espritas. Em face da continuidade de vossascomunicaes, gostaramos de conhecer o vosso pensa-mento a esse respeito.

    RAMATIS: - Como no, h privilgio na indesvivel ascen-so espiritual, e todos os filhos de Deus evolucionam paraa angelitude, os anjos j foram os diabos de ontem; e, oque mais importante: o pior diabo ser um dia o melhoranjo. Deus, o Absoluto Criador Incriado, est em tudo oque criou. Em conseqncia disso, ningum se perde em

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    Biografia Espiritual de Ramatis 30seu seio, e os Mefistfeles sobem, tambm, a infinita esca-daria para a Perfeio. Havendo um s Deus eterno e bom,que prov, imparcialmente, a felicidade de todos os seusfilhos, os mefistfeles e os diabos no passam de "fases"letivas na escolha educacional do esprito divino. So per-odos experimentais em que se forjam os futuros habitantesdo cu; significam degraus entre a animal e o anjo. Mefis-tfeles, na realidade, o curso pr-angelical que fica entrea conscincia primria e a csmica do anjo. Admitir o con-trrio seria retornar crena na velha fbula do inferno e-terno e do seu esquizofrnico Sat s voltas com os caldei-res bblicos. E como os espritas - principalmente - noesposam essa teoria, que ainda faz sucesso entre os religi-osos infantilizados, bvio que "Mefistfeles" lhes significa-r sempre o irmo desajustado, o velho companheiro quesaiu de casa e que, quando retornar aos seus pagos divi-nos, tambm ser o "filho prdigo", da parbola, a merecero melhor carneiro. Supondo que somos um Mefistfeles -

    no engraado dizer do escritor atemorizado - que se disfar-a na pele de anjo para enganar os incautos, quer isso di-zer que no vosso mundo existem muitos potenciais, sobidntico disfarce, pelo que deveis tomar muito cuidado eexercer severa vigilncia em roda de vs, pois ser-vos-difcil identific-los no seio das paixes comuns da humani-dade. E tornam-se muitssimo perigosas as subtilezas dos

    Mefistfeles reencarnados, quando eles encontram afinida-des entre os irmos incautos. Lembram gotas d'gua naterra ressequida da separao humana.

    PERGUNTA: - Outra crtica insistente classifica-vos de lobovestido de ovelha; diz que sois um dos "falsos Profetas"anunciados pela Bblia; um dos "Espritos inquos" mencio-nados por Jesus. Qual a vossa resposta?

    RAMATIS: - Na figura desse lobo vestido de ovelha ou dofalso profeta bblico, queremos deixar-vos, ento, a seguin-

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    Biografia Espiritual de Ramatis 31te mensagem mefistoflica: - Antes de irdes ao vosso cen-tro, loja, cenculo, igreja, templo, terreiro ou instituioinicitica, reconciliai-vos com os vossos inimigos; antes daprece recitada em pblico, lamuriosa e potica, dedicai-vosto abnegadamente aos vossos irmos necessitados, demodo tal que nem vos sobeje tempo para orardes. No jul-gueis a embriaguez do irmo sem lar e sem nimo paraviver, mas estendei-lhe as mos fraternalmente; abandonaio vosso veculo carssimo e luxuoso, at que o infeliz alei-

    jado do vosso caminho tenha o seu carrinho de rodas. Re-duzi a quantidade excessiva de ternos, que possus, paraque possais vestir alguns maltrapilhos da vizinhana; dimi-nu o usque e as compotas da vossa adega, para que sobrepo ao faminto e vitaminas para a criana anmica; eco-nomizai no gasto da boate, para socorrerdes a infeliz lava-deira que precisa de descanso, a parturiente que pedefortificante ou o operrio desvalido que no cobre com oseu salrio as suas despesas mensais. Buscai colocao

    para o desamparado e para a jovem domstica que lutacom dificuldades financeiras; providencial medicamentopara o doente deserdado e livro para o estudante pobre.No temais a abbada da igreja catlica, as colunas dotemplo protestante, o esforo do esoterista, a reunio doteosofista, o experimento do umbandista, as lies da Yogaou a cantoria dos salvacionistas. Concorrei lista para os

    pobres de todas as religies, sem exclusivismo para com avossa seita; atendei ao esforo do irmo que vos oferece aBblia em lugar do livro fescenino e auxiliai a divulgao darevista religiosa que vos recorda Jesus; rejubilai-vos diantedo labor doutrinrio adverso ao vosso modo de entender,mas que coopera para a melhoria do homem. Aprendei quea doutrina sempre um "meio" e no um "fim". OEspiritismo maravilhosa revelao da imortalidade daalma; convite divino para que o homem modifique a suaconduta desregrada e assuma a responsabilidade da vidaespiritual; mas, acima de tudo, que se cumpra auniversalidade do Cristo, antes que o separatismo de

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    Biografia Espiritual de Ramatis 32antes que o separatismo de seitas. E que "vos ameis unsaos outros, assim como eu vos amei" seja o compromissoincessante a que deveis atender, porque nunca podereispregar a unio sob a exclusividade religiosa. Podeis afirmarque estais com a melhor doutrina, mas isto apenas umaopinio humana, com a qual pode discordar a opinio crs-tica. A melhor doutrina , ainda, o amor pregado por Jesus,doutrina que no possui postulados ou diretrizes tipografa-das fora do corao! Se assim fizerdes, asseguramos-vosque estareis livres do imenso perigo dos "lobos vestidos deovelhas", dos "falsos profetas", dos mefistfeles com apa-rncia evanglica ou dos "Espritos inquos" preditos na B-blia. Se eles vos conduzem ao erro e iniqidade, tornar-se-o inofensivos, em virtude de no encontrarem em vsprprios as condies favorveis para implantarem em vsa iniqidade e o separatismo.

    "Se todos os homens aplicassem o conhecimento que rece-

    bem neles prprios, j teriam realizado a misso do Cristona Terra."