BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e...

89
1 BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA AMAZÔNIA Giovanni Salera Júnior Instituto Natureza do Tocantins – NATURATINS & Adriana Malvasio Universidade Federal do Tocantins - UFT Apostila para aulas ministradas no mini-curso “Biologia e Conservação dos Jacarés da Amazônia, realizado no Campus Universitário de Palmas da UFT, em março de 2005. Palmas - Tocantins Março de 2005

Transcript of BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e...

Page 1: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

1

BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA AMAZÔNIA

Giovanni Salera Júnior Instituto Natureza do Tocantins – NATURATINS

&

Adriana Malvasio Universidade Federal do Tocantins - UFT

Apostila para aulas ministradas no mini-curso “Biologia e Conservação dos Jacarés da Amazônia, realizado no Campus Universitário de

Palmas da UFT, em março de 2005.

Palmas - Tocantins Março de 2005

Page 2: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

2

Giovanni Salera Júnior Email: [email protected]

INSTITUTO NATUREZA DO TOCANTINS

Drª Adriana Malvasio Email: [email protected]

Page 3: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

3

Catalogação

Salera Júnior, Giovanni.

Biologia e Conservação dos Jacarés da Amazônia. Giovanni Salera Júnior & Adriana Malvasio. Palmas. Ed: UFT. 2005. 89 páginas; 21,5 x 29,5 cm

1. Jacarés 2. Biologia 3. Conservação 4. Amazônia.

Page 4: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

4

APRESENTAÇÃO

Essa Apostila foi elaborada durante o período em que cursava o Mestrado em Ciências do Ambiente pela Universidade Federal do Tocantins, sob orientação da Dra. Adriana Malvasio, e é inspirada no trabalho de alguns pesquisadores brasileiros, como por exemplo: Marcos Eduardo Coutinho, Zilca Campos, Ronis Da Silveira e Luciano Verdade.

Esse material reúne uma série de informações e diversas

ilustrações que foram retiradas de livros e artigos científicos, além de diversos desenhos que eu mesmo elaborei em momentos de inspiração nos intervalos da coleta de dados e de leitura e estudo.

Esse trabalho inicial foi feito com intuito de dar suporte inicial aos

estudantes e pesquisadores do Grupo CROQUE (Crocodilianos e Quelônios da UFT), que estudam a biologia reprodutiva e alimentar, distribuição e estrutura populacional das espécies de jacarés que ocorrem no Tocantins, a saber: Melanosuchus niger (jacaré-açu), Caiman crocodilus (jacaré-tinga) e Paleosuchus palpebrosus (jacaré-paguá). As pesquisas do Grupo CROQUE são coordenadas pela Dra. Adriana Malvasio da UFT, e contam também com apoio do Centro Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO). Acredito que a disponibilização dessa Apostila na web servirá de estímulo para novos pesquisadores e amantes dos jacarés, o que certamente poderá surtir efeito na conservação desses animais pré-históricos e que ainda hoje nos fascinam enormemente.

Page 5: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

5

SUMÁRIO

Pág. 1. Filogenia e Sistemática 6 2. Evolução dos Crocodilianos 10

3. Aspectos Sócio-culturais dos Crocodilianos 15 4. Classificação, Identificação e distribuição dos Jacarés 20 5. Biologia Reprodutiva 34 6. Caça e Pesca 44 7. Termorregulação em Crocodilianos 52 8. Biometria e Marcação em Jacarés 61 9. Dieta dos Crocodilianos 66 10. Defeitos e anormalidades 72 11. Predadores dos Crocodilianos 76 12. Reportagem 82 13. Referências Bibliográficas 88

Page 6: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

6

1. FILOGENIA E SISTEMÁTICA

Page 7: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

7

CLASS REPTILIA ORDER CROCODYLIA

FAMILY ALLIGATORIDAE

Genus Alligator Alligator mississippiensis - Southeast United States Alligator sinensis - Eastern China

Genus Caiman Caiman crocodilus (jacaré-tinga) - Central & South America (Brazil – Tocantins) Caiman latirostris (jacaré do papo amarelo) - South America (Brazil) Caiman yacare (jacaré do pantanal)- South America (Brazil)

Genus Melanosuchus Melanosuchus niger (jacaré-açu) - South America (Brazil – Tocantins)

Genus Paleosuchus Paleosuchus palpebrosus (jacaré coroa) - South America (Brazil - Tocantins) Paleosuchus trigonatus (jacaré pedra) - South America (Brazil)

FAMILY CROCODYLIDAE Subfamily Crocodylinae

Genus Crocodylus Crocodylus acutus - North, Central & South America Crocodylus cataphractus - Africa Crocodylus intermedius - South America Crocodylus johnstoni* - Australia Crocodylus mindorensis - Philippines Crocodylus moreletii - Central America Crocodylus niloticus - Africa, Madagascar Crocodylus novaeguineae - Papua New Guinea, Irian Jaya Crocodylus palustris - Indian subcontinent Crocodylus porosus - SE Asia Crocodylus rhombifer - Cuba Crocodylus siamensis - SE Asia Osteolaemus tetraspis - Africa

Subfamily Tomistominae Genus Tomistoma Tomistoma schlegelii - SE Asia

FAMILY GAVIALIDAE

Genus Gavialis Gavialis gangeticus - Indian subcontinent

Fonte: Internet (2004).

Page 8: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

8

Número de famílias (3) e espécies (23) de crocodilianos no mundo

Nome Nº Família Gênero Latim Inglês 1

Distribuição

1 Alligator mississippiensis American alligator Southeast United States 2

Alligator Alligator sinensis Chinese alligator Eastern China

3 Caiman crocodilus Spectacled caiman Central & South America (Brazil – Tocantins) 4 Caiman latirostris Broad-snouted caiman South America (Brazil) 5

Caiman

Caiman yacare - South America (Brazil) 6 Melanosuchus Melanosuchus niger Black caiman South America (Brazil – Tocantins) 7 Paleosuchus palpebrosus Cuvier’s dwarf caiman South America (Brazil - Tocantins) 8

Alligatoridae

Paleosuchus Paleosuchus trigonatus Schneider’s dwarf caiman South America (Brazil)

9 Crocodylus acutus American crocodile North, Central & South America 10 Crocodylus cataphractus African slender-snouted crocodile Africa 11 Crocodylus intermedius Orinoco crocodile South America 12 Crocodylus johnstoni Johnston crocodile Australia 13 Crocodylus mindorensis - Philippines 14 Crocodylus moreletii Morelet’s crocodile Central America 15 Crocodylus niloticus Nile crocodile Africa, Madagascar 16 Crocodylus novaeguineae New Guinea crocodile Papua New Guinea, Irian Jaya 17 Crocodylus palustris Swamp crocodile Indian subcontinent 18 Crocodylus porosus Saltwater crocodile SE Asia 19 Crocodylus rhombifer Cuban crocodile Cuba 20

Crocodylus

Crocodylus siamensis Siamese crocodile SE Asia 21 Osteolaemus Osteolaemus tetraspis Dwarf crocodile Africa 22

Crocodylidae

Tomistoma Tomistoma schlegelii False gavial SE Asia 23 Gavialidae Gavialis Gavialis gangeticus Indian gavial Indian subcontinent

1- Fonte: CITES (1999).

Page 9: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

9

Espécies de jacarés do Brasil

Nome Karajá / Javaé 2

Nº Latim Espanhol 1 Português

Homem Mulher

Adulto 1 cm

Filhote 1 cm

1 Caiman crocodilus Caimán Jacaré-tinga Òrera Korèra 250 20-30 2 Caiman latirostris Caimán hociquiancho Jacaré do papo amarelo - - 300 22-30 3 Caiman yacare - Jacaré do pantanal - - - - 4 Melanosuchus niger Caimán negro Jacaré-açu Aboròrò Kabiròrò 500 30 5 Paleosuchus palpebrosus Yacaré coroa Jacaré coroa - - 172 15-20 6 Paleosuchus trigonatus Yacaré coroa Jacaré pedra - - 225 15-20

1- Fonte: CITES (1999). 2- Fonte: TORAL (1992).

Page 10: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

10

2. EVOLUÇÃO DOS CROCODILIANOS

Page 11: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

11

DIFERENÇAS ENTRE JACARÉ, CROCODILO E GAVIAL

FIGURA 1. Representação de um jacaré chinês (Alligator sinensis). Esquema modificado de POUGH et al., (1999).

FIGURA 2. Representação de um crocodilo americano (Crocodylus acutus). Esquema modificado de POUGH et al., (1999).

FIGURA 3. Representação de um gavial (Gavialis gangeticus). Esquema modificado de POUGH et al., (1999).

Page 12: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

12

ADAPTAÇÕES À VIDA AQUÁTICA

FIGURA 6. Jacaré-açu.

FIGURA 7. Hipopótamo.

FIGURA 8. Capivara.

FIGURA 9. Sapo.

Page 13: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

13

TERMORREGULAÇÃO

FIGURA 10. A energia é trocada entre um jacaré e seu ambiente de muitas maneiras. Pequenos ajustes de postura ou posição podem mudar a magnitude de várias rotas de troca de energia e dar ao jacaré considerável controle de sua temperatura corpórea

Page 14: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

14

ESQUELETO

FIGURA 11. Representação dos principais ossos de um esqueleto de jacaré.

Page 15: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

15

3. ASPECTOS SÓCIO-CULTURAIS DOS CROCODILIANOS

Page 16: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

16

VALOR SIMBÓLICO

FIGURA 1. O deus da terra egípcio, Geb, sob a forma de um crocodilo. Esquema modificado de LEXICON (1990).

Page 17: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

17

VALOR SIMBÓLICO

FIGURA 2. Entre os egípcios, os crocodilos eram adorados como deuses.

Page 18: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

18

CROCODILIANOS NA BÍBLIA

Livro de Jó

Capítulo 41

1 Podes tu, com anzol, apanhar o crocodilo ou lhe travar a língua com uma corda? 2 Podes meter-lhe no nariz uma vara de junco? Ou furar-lhe as bochechas com um gancho? 3 Acaso, te fará muitas súplicas? 4 Fará ele acordo contigo? Ou tomá-lo-ás por servo para sempre? 5 Brincarás com ele, como se fora um passarinho? Ou tê-lo-ás preso à correia para as tuas meninas? 6 Acaso, os teus sócios negociam com ele? Ou repartirão entre os mercadores? 7 Encher-lhe-ás a pele de arpões? Ou a cabeça, de farpas? 8 Põe a mão sobre ele, lembra-te da peleja e nunca mais o intentarás. 9 Eis que a gente se engana em sua esperança; acaso, não será o homem derribado só em vê-lo? 10 Ninguém há tão ousado, que se atreva a despertá-lo. Quem é, pois, aquele que pode erguer-se diante de mim? 11 Quem primeiro me deu a mim, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu. 12 Não me calarei a respeito dos seus membros, nem da sua grande força, nem da graça da sua compostura. 13 Quem lhe abrirá as vestes do seu dorso? Ou lhe penetrará a couraça dobrada? 14 Quem abrirá as portas do seu rosto? Pois em roda dos seus dentes está o terror. 15 As fileiras de suas escamas são o orgulho, cada uma bem encostada como por um selo que as ajusta. 16 A tal ponto uma se chega à outra, que entre elas não entra nem o ar. 17 Umas às outras se ligam, aderem entre si e não se pode separar. 18 Cada um dos seus espirros faz resplandecer luz, e os seus olhos são como as pestanas da alva. 19 Da sua boca saem tochas; faíscas de fogo saltam dela. 20 Das suas narinas procede fumo, como duma panela fervente ou d juncos que ardem.

Page 19: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

19

21 O seu hálito faz incender os carvões; e da sua boca sai chama. 22 No seu pescoço reside a força; e diante dele salta o desespero. 23 Suas partes carnudas são bem pegadas entre si; todas fundidas nele e imóveis. 24 O seu coração é firme como uma pedra, firme como a mó de baixo. 25Levantando-se ele, tremem os valentes; quando irrompe, ficam como que fora de si. 26 Se o golpe de espada o alcança; de nada vale, nem de lança, de dardo ou de flecha. 27 Para ele, o ferro é palha, e o cobre, pau podre. 28 A seta o não faz fugir; as pedras das fundas se lhe tornam em restolho. 29 Os porretes atirados são para ele como palha, e ri-se do brandir da lança. 30 Debaixo do ventre, há escamas pontiagudas; arrasta-se sobre a lama, como um instrumento de debulhar. 31 As profundezas faz ferver, como uma panela; torna o mar caldeira de ungüento. 32 Após si, deixa um sulco luminoso; o abismo parecer ter-se encanecido. 33 Na terra, não tem ele igual, pois foi feito para nunca ter medo. 34 Ele olha com desprezo tudo o que é alto; é rei sobre todos os animais orgulhosos. ALMEIDA, J.F 1993. A Bíblia Sagrada. Edição Revista e Atualizada no Brasil. 2ª Edição. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil.

Page 20: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

20

4 CLASSIFICAÇÃO, IDENTIFICAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

Page 21: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

21

Nome vulgar: Jacaré do papo amarelo.

Nome científico: Caiman latirostris (DAUDIN, 1801).

Etimologia do nome: Caiman é um termo espanhol para qualquer crocodiliano; latirostris é de origem latina e significa “focinho largo” em referência ao crânio, o mais largo, proporcionalmente, entre todas as espécies.

Comprimento: Machos adultos atingem 2,5m; as fêmeas não ultrapassam 2m.

Dieta: Essa espécie se alimenta principalmente de quelônios, moluscos e crustáceos (possui a mandíbula larga e forte para quebrar cascos e conchas), mas também pode predar peixes, aves, serpentes e pequenos mamíferos.

Conservação: A destruição de seu hábitat (principalmente lagos, pântanos e mangues) é a principal ameaça a espécie, que vem conseguindo se adaptar a ambientes alterados pelo homem como açudes para o gado e represas. Trata-se de uma espécie que ocorre principalmente em ambientes lênticos (água parada).

Distribuição geográfica: Norte da Argentina, Sudoeste do Brasil, Bolívia.

Page 22: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

22

Distribution of Caiman latirostris Jacaré do papo amarelo

Argentina (north), Brazil (southeast), Bolivia, Paraguay, Uruguay.

Page 23: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

23

Nome vulgar: Jacaré do Pantanal.

Nome científico: Caiman yacare (DAUDIN, 1802).

Etimologia do nome: Caiman é um termo espanhol para qualquer crocodiliano; yacare refere-se a jacaré ou yacaré de origem indígena.

Comprimento: Machos até 2,5m; fêmeas são menores.

Dieta: Filhotes se alimentam de invertebrados e pequenos peixes, adultos atacam peixes, serpentes, aves e pequenos mamíferos.

Conservação: Espécie muito caçada no passado. Com a queda no consumo de peles no exterior, a legalização de criadores e a proibição da caça as populações se recuperaram. Estima-se que haja hoje no pantanal uma população de aproximadamente 30 milhões de jacarés dessa espécie. Como nos anos 60 e 70 eles eram raros devido à caça, as pessoas, não acostumadas com o grande número de jacarés existente hoje, acreditam que existe uma superpopulação desses animais, no entanto não há provas de que o ambiente pantaneiro não suporte uma população deste tamanho e é provável que em épocas remotas houvesse tantos jacarés quanto há hoje.

Distribuição geográfica: Sudoeste do Brasil, Paraguai, Nordeste da Argentina, Bolívia.

Page 24: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

24

Distribution of Caiman yacare Jacaré do Pantanal

Argentina (north), Brazil (south), Bolivia (south), Paraguay.

Page 25: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

25

Nome vulgar: Jacaré-tinga.

Nome científico: Caiman crocodilus (LINNAEUS, 1758).

Etimologia do nome: Caiman é um termo espanhol para qualquer crocodiliano; crocodilus significa “um crocodilo” (latim); o termo jacaré-tinga é de origem indígena e significa “jacaré branco” devido a sua coloração verde amarelada.

Comprimento: Machos chegam a 2,5m; as fêmeas são menores.

Dieta: Filhotes se alimentam de invertebrados; adultos predam aves, serpentes, anfíbios, peixes e mamíferos.

Conservação: Populações saudáveis na maior parte de sua área de ocorrência, essas populações refletem sua alta capacidade de adaptação aliada ao seu potencial reprodutivo e a diminuição das populações de outros crocodilianos competidores (C. acutus, C. intermedius).

Distribuição Geográfica: Sul do México, América Central e norte da América do Sul.

Page 26: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

26

Distribution of Caiman crocodilus Jacaré-tinga

Brazil, Colombia, Costa Rica, Cuba*, Ecuador, El Salvador, French Guiana, Guatemala, Honduras, Mexico, Nicaragua, Panama, Peru, Puerto Rico*, Surinam, Tobago, Trinidad, United States*, Venezuela [* = introduced - C. c. fuscus in Cuba and Puerto Rico]

Page 27: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

27

DIFERENÇAS ENTRE AS ESPÉCIES

FIGURA 1. Diferenças entre o jacaré-do-pantanal (Caiman yacare) acima, e o jacaré-tinga (Caiman crocodilus). Esquema retirado de SANTOS (1994).

Page 28: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

28

Nome vulgar: Jacaré coroa.

Nome científico: Paleosuchus palpebrosus (CUVIER, 1807).

Etimologia do nome: Paleosuchus significa “crocodilo antigo”, derivado de palaios (antigo em grego) + soukhos,que significa crocodilo; palpebrosus significa “pálpebra espessa” ou algo assim, a pálpebra dessa espécie possui placas ósseas.

Comprimento: Até 1,5m (a menor espécie de crocodiliano conhecida).

Dieta: Invertebrados (filhotes), Peixes, crustáceos e pequenos mamíferos (adultos).

Conservação: A pele não possui muito valor por repleta de osteodermos (placas ósseas). Isso, somado ao pequeno porte, faz com que não sejam muito caçados. A verdadeira ameaça vem da destruição e poluição (principalmente por mercúrio de garimpos) de seu hábitat. Há também captura ilegal de espécimes vivos para serem comercializados como animais de estimação (essa atividade é permitida e intensa na Guiana). Na Bolívia há um programa de reprodução em cativeiro e os filhotes são reintroduzidos em seu hábitat. No Brasil essa espécie foi pouco estudada até o presente momento.

Distribuição geográfica: Bacia do Amazonas e Orinoco.

Nome em inglês: dwarf caiman

Page 29: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

29

Distribution of Paleosuchus palpebrosus Jacaré coroa

Bolivia, Brazil, Colombia, Ecuador, French Guiana, Guyana, Paraguay, Peru, Surinam, Venezuela.

Page 30: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

30

Nome vulgar: Jacaré coroa, Jacaré pedra, Caimã.

Nome científico: Paleosuchus trigonatus (SCHNEIDER, 1801).

Etimologia do nome: Paleosuchus significa “crocodilo antigo”, derivado de palaios (antigo em grego) + soukhos que significa crocodilo; trigonatus significa “provido de três cantos” derivado do grego trigonos (três-cantos) + atus (do latim “provido de”) refere-se ao formato triangular da cabeça.

Comprimento: Até 2,3m.

Dieta: Constituída em grande parte por invertebrados terrestres (filhotes) e pequenos vertebrados terrestres (adultos), além de peixes.

Conservação: A pele não possui muito valor por repleta de osteodermos (placas ósseas). Isso, somado ao pequeno porte, faz com que não sejam muito caçados. A verdadeira ameaça vem da destruição e poluição (principalmente por mercúrio de garimpos) de seu hábitat. Há também captura ilegal de espécimes vivos para serem comercializados como animais de estimação (essa atividade é permitida e intensa na Guiana). Na Bolívia há um programa de reprodução em cativeiro e os filhotes são reintroduzidos em seu hábitat. No Brasil essa espécie foi pouco estudada até o presente momento.

Distribuição geográfica: Bacia do Amazonas e Orinoco.

Page 31: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

31

Distribution of Paleosuchus trigonatus Jacaré pedra

Bolivia, Brazil, Colombia, Ecuador, French Guiana, Guyana, Peru, Surinam, Venezuela.

Page 32: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

32

Nome vulgar: Jacaré-açu, jacaré negro.

Nome científico: Melanosuchus niger (SPIX, 1825).

Etimologia do nome: Melanosuchus significa “crocodilo negro” derivado do grego melas que significa “negro” e, soukhos = “crocodilo”; niger é de origem latina e também significa “negro” referindo-se a coloração negra com listras transversais amarelas que é característica do animal; o termo Açú é de origem indígena e significa “grande”, refere-se ao tamanho avantajado da espécie.

Comprimento: Machos podem ultrapassar os 4m (há relatos não confirmados de indivíduos de 6m); as fêmeas nunca excedem os 3m.

Dieta: Os jovens se alimentam de pequenos peixes, artrópodes e moluscos; os adultos preferem peixes grandes, capivaras, antas, quelônios, serpentes e vertebrados terrestres que se aproximam da água. Há casos de ataque a animais domésticos e seres humanos, mas são muito raros.

Conservação: De acordo com o biólogo brasileiro Ronis Da Silveira, que estuda a espécie há mais de 10 anos, o jacaré-açú não está ameaçado na Amazônia brasileira, o pesquisador explica que o centro de ocorrência desta espécie está associado com as florestas inundáveis, principalmente as de água branca (Várzeas) e não ao longo dos grandes rios amazônicos. Em algumas áreas o jacaré-açú é manejado ilegalmente para obtenção de carne há mais de 10 anos, mas a população apresenta uma das maiores densidades conhecidas em toda a Amazônia. O biólogo acredita que essa exploração ilegal poderia ser substituída por uma exploração legalizada e auto-sustentável visando a melhoria da qualidade de vida das populações ribeirinhas e a conservação dessa espécie. A caça ilegal também existe nos outros países da América do sul que fazem parte da área de ocorrência da espécie.

Distribuição geográfica: Norte do Brasil, Guiana, Colômbia, Peru, Bolívia e Equador.

Page 33: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

33

Distribution of Melanosuchus niger Jacaré-açu

Bolivia, Brazil, Colombia, Ecuador, French Guiana, Guyana, Peru.

Page 34: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

34

5. BIOLOGIA REPRODUTIVA

Page 35: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

35

DESOVA DE JACARÉS

FIGURA 1. Os jacarés desovam em ninhos feitos de matéria orgânica (folhas, galhos, raízes, etc.) nas margens de lagos e rios.

Page 36: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

36

DESOVA DE JACARÉS

FIGURA 2. Os jacarés após a desova permanecem próximos dos ninhos para protegê-los dos predadores.

Page 37: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

37

REPRESENTAÇÃO DE NINHO DE JACARÉ

FIGURA 3. Representação de um ninho de jacaré construído em meio à vegetação.

CO

� � �

� � �

LO

FIGURA 4. Representação de ovo de jacaré-açu (Melanosuchus niger). Medidas utilizadas: (CO) comprimento do ovo, (LO) largura do ovo.

Page 38: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

38

ECLOSÃO DOS OVOS

FIGURA 5. Os filhotes quebram a casca do ovo usando a ponta do focinho e as garras das patas dianteiras.

Page 39: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

39

CUIDADO PARENTAL

FIGURA 6. Entre os jacarés é comum o cuidado parental. As fêmeas retiram os filhotes dos ninhos cuidadosamente e os transportam para o rio.

Page 40: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

40

CRESCIMENTO E MATURAÇÃO SEXUAL

FIGURA 7. Representação do crescimento e da maturação sexual entre Alligators. Alligators crescem mais rapidamente durante os quatro primeiros anos de vida. Ambos os sexos iniciam a maturação sexual com cerca de 1,9 metros de comprimento, apesar de que os machos chegam a atividade sexual em idade mais jovem pois eles chegam neste comprimento mais rápido que as fêmeas. Esquema baseado em ROSS (1989).

Page 41: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

41

CORTEJO DA FÊMEA Alligator Americano

FIGURA 8. Dispositivo acústico e visual de um alligator Americano. Esquerda: seguinte dispositivo do macho. (a) Inalação. (b) Lowering. (c) Cabeça obliqua, postura de rabo arqueado. (d) vibrações inaudíveis (e) audível seqüência. Direita: Dispositivo da cabeça em cerca de cinco segundos. (a) Este dispositivo gasta cerca de 35 segundos (Fonte: Vliet 1989). Esquema retirado de POUGH et. al. (2001).

Page 42: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

42

ASSOCIAÇÃO ENTRE CROCODILOS E AVES

FIGURA 9. Representação de uma associação comensal entre um crocodilo e algumas aves. Em algumas regiões, as aves são chamadas “guardiãs-de-crocodilo”. Motivo: sempre que algum outro animal se aproxima, o vôo alvoroçado delas deixa o crocodilo prevenido.

Page 43: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

43

ATIVIDADE TERRESTRE

FIGURA 10. Representação de atividade terrestre de Caiman yacare (jacaré do pantanal). Existem alguns trabalhos realizados pela pesquisador Zilca Campos e colaboradores apresentando o deslocamento de jacaré do pantanal entre os cursos d’água do pantanal, buscando novos locais com melhor oferta de alimento ou fugindo de caçadores.

Page 44: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

44

6. CAÇA E PESCA DOS JACARÉS

Page 45: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

45

CAÇA NOTURNA DE JACARÉS

FIGURA 1. Os ribeirinhos caçam os jacarés com arma de fogo.

FIGURA 2. A caça de jacarés é muito praticada nos estados da região amazônica.

Page 46: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

46

CAÇA NOTURNA DE JACARÉS

FIGURA 3. Os ribeirinhos matam os jacarés para se alimentar da carne e para comercializar o couro clandestinamente.

Page 47: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

47

CAÇA DE JACARÉS

FIGURA 4. Os jacarés são caçados clandestinamente no estado do Tocantins.

Page 48: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

48

CAÇA DE JACARÉS

FIGURA 5. Os jacarés mortos são apresentados como verdadeiros troféus pelos caçadores.

Page 49: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

49

CAÇA DE JACARÉS

FIGURA 6. Apesar de ilegal a caça dos jacarés, ela ainda é muito praticada principalmente nos estados da região norte e centro oeste.

Page 50: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

50

CAÇA DE JACARÉS

FIGURA 7. Os moradores ribeirinhos da Amazônia muitas vezes capturam o jacaré-açu com laços e cordas.

Page 51: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

51

CAÇA DE JACARÉS

FIGURA 8. São necessárias várias pessoas para puxar um jacaré para fora d’água.

Page 52: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

52

6. TERMORREGULAÇÃO EM CROCODILIANOS

Page 53: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

53

ASSOALHAMENTO

FIGURA 1. Representação de um jacaré assoalhando em uma praia. Esquema modificado de POUGH et. al., (1999).

FIGURA 2. Representação de um jacaré assoalhando.

Page 54: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

54

ASSOALHAMENTO

FIGURA 3. Os crocodilos passam várias horas do dia assoalhando para manter a temperatura do corpo em uma faixa ideal às suas necessidades metabólicas.

Page 55: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

55

ASSOALHAMENTO

FIGURA 4. Um exemplar de jacaré assoalhando.

Page 56: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

56

ASSOALHAMENTO

FIGURA 5. Representação de um jacaré assoalhando.

Page 57: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

57

COMPORTAMENTO DE TERMORREGULAÇÃO

FIGURA 6. Vistas dorsal e lateral do posicionamento de um jacaré na água. A) narinas

e olhos emersos; B) cabeça parcialmente emersa; C) cabeça e dorso parcialmente

emersos; D) parte da cabeça e dorso totalmente emersos; E) parte da cabeça, dorso e

base da cauda emersos. Esquema retirado de MOLINA & SAJDAK (1993).

Page 58: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

58

COMPORTAMENTO DE TERMORREGULAÇÃO

FIGURA 7. Vistas dorsal e lateral do posicionamento de um jacaré na água. F) parte

da cabeça, dorso e boa parte da cauda emersos. Esquema retirado de MOLINA &

SAJDAK (1993).

FIGURA 8. Vista lateral da cabeça de um jacaré durante assoalhamento atmosférico.

A) boca mantida aberta; B) boca mantida fechada. Esquema retirado de MOLINA &

SAJDAK (1993).

Page 59: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

59

COMPORTAMENTO DE TERMORREGULAÇÃO

FIGURA 9.

FIGURA 10.

Page 60: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

60

COMPORTAMENTO DE TERMORREGULAÇÃO

FIGURA 11.

Page 61: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

61

8. BIOMETRIA E MARCAÇÃO EM JACARÉS

Page 62: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

62

NOMENCLATURA DAS PRINCIPAIS ESCAMAS

FIGURA 1. Vista dorsal de um jacaré. Retirado de MEDEM (1976).

Page 63: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

63

MEDIDAS RETIRADAS

FIGURA 2. Vista ventral de um jacaré. Medidas utilizadas: (LCC) longitude cabeça – corpo, (LEA) longitude da extremidade anterior, (LEP) longitude da extremidade posterior, (LC) longitude da cauda. Retirado de MEDEM (1976).

Page 64: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

64

MARCAÇÃO EM CROCODILIANOS

FIGURA 3. Esquema da marcação em crocodilianos.

Page 65: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

65

MARCAÇÃO EM CROCODILIANOS

FIGURA 4. Esquema da marcação em crocodilianos.

Page 66: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

66

9. DIETA DOS CROCODILIANOS

Page 67: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

67

PREDADOR DE MAMÍFEROS E QUELÔNIOS

FIGURA 1. Representação de um jacaré atacando um boi.

FIGURA 2. O jacaré atacando uma fêmea de tracajá em postura.

Page 68: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

68

REGURGITAÇÃO

FIGURA 3. Esquema da regurgitação de um jacaré.

FIGURA 4. Esquema da regurgitação de um jacaré.

Page 69: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

69

REGURGITAÇÃO

FIGURA 5. Esquema da regurgitação de um jacaré-paguá.

Page 70: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

70

REGURGITAÇÃO

FIGURA 6. A regurgitação deve ser feita com todo cuidado para que o jacaré não seja machucado.

Page 71: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

71

REGURGITAÇÃO

FIGURA 7. Através da regurgitação, podemos estudar os alimentos que os jacarés, machos e fêmeas de diferentes idades, consomem durante as estações do ano.

Page 72: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

72

10. DEFEITOS E ANORMALIDADES

Page 73: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

73

PADRÃO NORMAL EM Melanosuchus niger (jacaré-açu)

FIGURA 1. Exemplar sem defeitos. A. Vista ventral, B. Vista dorsal, C. Vista lateral esquerda e D. Vista lateral direita.

Page 74: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

74

DEFEITOS EM Melanosuchus niger (jacaré-açu)

FIGURA 2. Exemplar de Melanosuchus niger (jacaré-çau) com anormalidades. D – Defeito.

Page 75: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

75

DEFEITOS EM Caiman crocodilus (jacaré-tinga)

FIGURA 3. Exemplar de Caiman crocodilus (jacaré-tinga) com anormalidades. D – Defeito.

Page 76: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

76

11. PREDADORES DOS CROCODILIANOS

Page 77: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

77

PREDADORES DOS OVOS

FIGURA 1. O quati (Nasua nasua) é um predador dos ovos de jacarés.

FIGURA 2. O lagarto teiú (Tupinambis spp.) e diversos outros lagartos em todo o mundo predam os ovos dos crocodilianos.

Page 78: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

78

PREDADORES DOS OVOS

FIGURA 3. Os guaxinins são predadores dos ovos de jacarés.

Page 79: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

79

PREDADORES DOS OVOS E FILHOTES

FIGURA 4. As formigas predam os ovos dos crocodilos e jacarés.

FIGURA 5. Diversas aves predam os ninhos com ovos e os filhotes recém-eclodidos de jacaré.

Page 80: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

80

PREDADORES DOS ADULTOS

FIGURA 6. A onça-pintada (Panthera onca) é uma voraz predadora de jacarés.

Page 81: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

81

PREDADORES DOS ADULTOS

FIGURA 7. A sucuri (Eunectes murinus) também preda jacarés nos rios da Amazônia.

Page 82: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

82

12. REPORTAGEM

Page 83: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

83

Ronis Da Silveira

A bordo de um barco de alumínio o biólogo Ronis Da Silveira passa até sete horas por noite capturando espécimes do maior predador da Amazônia: o jacaré-açu. São feras enormes, que podem ultrapassar 4 metros de comprimento e pesar mais de 350 quilos. No âmago da maior floresta tropical do mundo e cercado de jacarés por todos os lados, um piscar de olhos faz a diferença entre a vida e a morte. "Qualquer descuido pode ser fatal", afirma Da Silveira.

Depois de doze anos estudando o jacaré-açu, o biólogo sabe o que diz. A captura tem que ser à noite, quando as luzes dos capacetes e dos holofotes deixam o bicho cego. Escolhido o animal a ser apanhado, começa uma exaustiva batalha. É uma guerra sem perdedores. O jacaré será devolvido à água, após ser pesado e marcado. Ronis Da Silveira, que pela profissão parece até personagem de filme de aventura, irá dormir depois de um dia cansativo. Como qualquer outro trabalhador brasileiro.

Um cabo de aço de 2 metros de comprimento, preso a 30 metros de corda, é a única arma do pesquisador. Com a luz nos olhos, o bicho não vê o laço a um palmo de sua bocarra. Laçado, o jacaré tenta arrastar a pequena embarcação para o fundo do lago. O assistente João Carvalho usa toda a força do motor, em marcha à ré, para evitar o naufrágio.

O animal abocanha a canoa, totalmente marcada pelos dentes das feras. O barquinho é sacudido de um lado para o outro. O árduo duelo pode durar até uma hora. Capturado, o gigantesco exemplar da vida selvagem é levado para terra, onde será pesado, medido e marcado.

Para muita gente, a profissão de Da Silveira é um legítimo atestado de insanidade mental. Ele pensa diferente. "Não me acho louco nem herói", diz o pesquisador do Projeto Mamirauá e doutor em ecologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). " Trabalhando com atenção, os riscos são mínimos." As estatísticas comprovam.

Os estudos apontam para a implantação de um plano de manejo. "A idéia é autorizar a caça controlada e destinar a verba arrecadada para pesquisas e melhoria de vida dos ribeirinhos", explica Da Silveira. "Atualmente, estou engajado na implantação desse projeto", afirma. Para ele, a luta pela preservação do jacaré-açu nunca acaba. E a aventura também não.

Trechos do Texto de Klester Cavalcanti para a revista Terra

Page 84: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

84

Figura 1 - O jacaré é laçado. O biólogo passa até uma hora duelando com o bicho, para cansá-lo.

Figura 2 - As luzes dos capacetes e holofotes cegam o animal. Ronis Da Silveira aproxima a cabeça do jacaré da canoa.

Page 85: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

85

Figura 3 - A enorme boca do bicho é fechada com grossas ligas de borracha. A amarração precisa ser feita rapidamente.

Figura 4 - As patas do animal são amarradas ao corpo. Note que o jacaré é quase do mesmo tamanho da canoa.

Page 86: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

86

Figura 5 - O bicho é medido e marcado, quando três escamas da cauda são cortadas.

Figura 6 - O biólogo e seu assistente pesam a fera.

Page 87: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

87

Figura 7 - Os dados são anotados (3,90 metros de comprimento e 345 quilos) e o jacaré é devolvido ao seu hábitat.

Fotos: Felipe Goifman

Page 88: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

88

13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Page 89: BIOLOGIA E CONSERVAÇÃO DOS JACARÉS DA … · Nacional de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

89

ALMEIDA, J.F 1993. A Bíblia Sagrada. Edição Revista e Atualizada no Brasil. 2ª Edição. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil. AZEVEDO, JC.N. 2003. Crocodilianos: Biologia, Manejo e Conservação. João Pessoa - PB. Arpoardor Editora. 122p. CAMPOS, Z.; COUTINHO, M. & MAGNUSSON, W.E. 2003. Terrestrial Activity of Caiman in the Pantanal, Brazil. Copeia, (3): 628-634. FRANÇA, F.G.R., Ecologia Termal de Jacaré (Caiman crocodilus e Caiman niger) no Rio Javaés, Pium, TO. Relatório de Campo: Métodos de Campo em ecologia Instituto de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, p 60. 2003. GARCIA, M.C.M.; SALERA JR., G. & MALVASIO, A. Monitoramento das populações de Melanosuchus niger (jacaré-açu) e Caiman crocodilus (jacaré-tinga) (Crocodilia, Alligatoridae) no rio Javaés, Tocantins. In: Anais da X Jornada Científica da UNITINS, Palmas – TO. 2003. GRENARD, S., 1991. Alligator’s and crocodiles krieger. Publishig Company, Malobar, Florida. 210p. LEXICOM, H. 1990. Dicionário de símbolos. Editora Cultrix. São Paulo. MEDEM, F., 1976. Recomendaciones Respecto a contar el Escamado y tomar las Dimensiones de Nidos, Huevos y Ejemplares de los Crocodylia e Testudines. Lozania, 20: 1-17p. POUGH, F.H.; HEISER, J.B. & McFARLAND, W.N., 1993. A Vida dos Vertebrados. Atheneu Editora – São Paulo (SP), 839p. ROSS, C.A 1989. Crocodiles and Alligators. Facts On File. New York – Oxford. 240p. SANTOS, E. 1994. Anfíbios e Répteis do Brasil (Vida e Costumes). Villa Rica, 4a Edição Revista e Aumentada, 263p. TORAL, A.A. 1992. Cosmologia e sociedade Karajá. Rio de Janeiro, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro. (Dissertação de Mestrado em Antropologia – Universidade Federal do Rio de Janeiro).