BIOLOGIA E CONTROLE DE ROEDORES URBANOSparaisopolis.org/wp-content/uploads/2013/10/SUVIS... · •...
Transcript of BIOLOGIA E CONTROLE DE ROEDORES URBANOSparaisopolis.org/wp-content/uploads/2013/10/SUVIS... · •...
BIOLOGIA E CONTROLE DE
ROEDORES URBANOS
Ronaldo Nonato
Agente de controle de Zoonoses
SUVIS Campo Limpo
Vigilância Ambiental
São Paulo
29/08/2013
E-mail: [email protected]
Telefone comercial: (11) 5814-8805
Localização: Subprefeitura de Campo Limpo
INSERÇÃO
• SMS
• Coordenadoria Regional de Saúde Sul
• SUVIS Campo Limpo
• Vigilância Ambiental
ATIVIDADES VA
• Controle de Zoonoses cujos agentes etiológicos
que desencadeiam as infecções são: fungos
(Histoplasmose) , bactérias (lepto), vírus
(dengue), helmintos (Teníase) e rickettsias
(parasitas da febre maculosa).
• Controle de animais sinantrópicos.
• No caso de ratos = SAC, AP, LIP = 25%.
1. Reduzir a incidência de leptospirose;
2. Reduzir a ocorrência de mordeduras;
3. Manter os roedores urbanos em baixos de níveis
infestação;
4. Promover ações de educação continuada visando o
controle de roedores;
5. Estimular a população a adotar práticas que
dificultem a instalação e proliferação de roedores;
manejo ambiental.
OBJETIVOS – VA - RATOS
• Controle químico nas margens dos córregos
• Controle químico nos bueiros
• Inspeção e controle nos imóveis (infestados em AP)
• Ações educativas nos imóveis (orientações e panfletos)
• 3 ciclos com 3 tratamentos = 9 tratamentos/ano
• Método: iscagem por pulso.
CONTROLE DE ROEDORES EM AP
BIOLOGIA DOS ROEDORES URBANOS
Fonte
: G
arc
ia e
Silv
a –
CCZ-S
P
Roedores
2.000 Espécies no Mundo,
Transmissão doenças Principal: Leptospirose Hantavirose, peste bubônica...
3 Espécies urbanas
Constituem 40% das espécies da classe dos mamíferos
Sintomas da leptospirose
• Febre alta de início súbito, dor de cabeça, dor muscular intensa
(panturrilhas), icterícia, cansaço,calafrios, dor abdominal, náuseas,
vômitos e diarréia.
• Sintomas podem ocorrer de 1 a 30.
• Semelhantes às de doenças como: febre amarela, dengue, malária,
hantavirose e hepatites.
• A suspeita de leptospirose é feita com base nos sintomas e histórico
de exposição ao risco (inundações, limpeza de bueiros, esgotos,
presença de ratos em casa ou proximidades (córrego).
• Notificação compulsória: Hospitais, PS, AMA, UBS, via SINAN.
ALGUMAS ESPÉCIES DE ROEDORES
• Ratos
• Esquilos
• Castores
• Marmotas
• Cutias
• Pacas
• Capivaras
Associação de ratos com heróis em desenhos
UM SER BASTANTE EVOLUÍDO
Principal característica da Ordem Rodentia
Dentição altamente
especializada para roer.
Uma poderosa ferramenta que garante
a sua existência, sucesso e adaptação por todo o planeta.
• Dentes incisivos com crescimento continuo
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
SINAIS DE INFESTAÇÃO
SINAIS DE INFESTAÇÃO
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
PERÍODO DE ATIVIDADE
ESPÉCIES DE ROEDORES EM ÁREA URBANA
• Mus musculus: Camundongo
• Rattus rattus: Rato deTelhado
• Rattus norvegicus: Ratazana
CAMUNDONGO Mus musculus:
Mus, da antiga língua da atual Criméia = pegar sem ser visto
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
Mus musculus = Camundongo, Catita, ratinho.
CAMUNDONGOS
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
• Intra-domiciliar
• Dispersão: móveis, embalagens e caixas
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
CAMUNDONGOS - HABITATS
• Curioso
• Onívoro, mas, preferem grãos e sementes
• Destroem mais do que comem
• Grupos familiares
• Pouco importância como reservatório da leptospirose
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
CAMUNDONGOS - HÁBITOS
características
Camundongo
Peso 10 a 21 g
Comprimento Corpo + cabeça
9cm
Focinho
afilado
Raio de ação
3 a 5 m
Tempo de vida
12 meses
Gestação
20 a 21 dias
Ninhadas por ano
5 a 6
Filhotes/ninhada
3 a 8
Maturidade sexual
42 a 45 dias
comportamento
neofílico
CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
MEDIDAS PREVENTIVAS
• Inspecionar móveis e caixas
• Observar o aparecimento de fezes
• Alimentos roídos
• Recolher restos de alimento animal
• Lixo, pia, louças
• Vedar acessos
CONTROLE
• Rodenticidas
• Preferir ratoeiras, com ressalvas.
Neofilia
RATO-DE-TELHADO Rattus rattus
Do latim: rattus = raptus = furto
CARACTERÍSTICAS
23
Rattus rattus = Rato-de-telhado, Rato-preto, Rato-de-forro, Rato-de-navio, etc.
Fonte: Marcos Potenza – IB-SP
RATO-DE-TELHADO
PRINCIPAL HABILIDADE
• Escalar
• Calosidades
estriadas
• Equilíbrio
• Habita edificações
• Forros
• Vãos entre paredes
• Manchas de gordura
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
RATO-DE-TELHADO - HABITATS
• Onívoros
• Colônias
• Reservatório de leptospira
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
RATO-DE-TELHADO - HÁBITOS
características
Rato-de-telhado
Peso
100 a 350 g
Comprimento Corpo + cabeça
20 cm
Focinho
afilado
Raio de ação
60 m
Tempo de vida
18 meses
Gestação
20 a 22 dias
Ninhadas por ano
4 a 8
Filhotes/ninhada
7 a 12
Maturidade Sexual
60 a 75 dias
Comportamento
neofóbico
CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
MEDIDAS PREVENTIVAS
• Vedar forros e vãos entre paredes
• Recolher ração de animais
• Lixo em baldes com tampa
• Podar galhos (com ressalvas)
• Chapéu chinês
• Graxa
MEDIDAS DE CONTROLE
RATAZANA
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
RATAZANA
RATAZANA
Rattus norvegicus = Ratazana, Cuiara, Rato de esgoto, Gabiru, etc.
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
PRINCIPAIS HABILIDADES
• Cavar
• Nadar
• Menbranas interdigitais
• Peridomicílio
• Córregos (onde há casas)
• Bueiros
• Terrenos Baldios (mato e lixo)
RATAZANA - HABITATS
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
• Maior das três espécies
• Adaptada ao nado (membrana interdigital)
• Vive em colônias
• Constrói tocas
• Usualmente não anda sobre muros e nem por fios
• Onívora
• Principal reservatório de leptospira
RATAZANA - HÁBITOS
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
características Ratazana
Peso 150 a 600 g
Comprimento Corpo + cabeça
22 cm
Focinho
rombudo
Raio de ação
50 m
Tempo de vida
24 meses
Gestação
22 a 24 dias
Ninhadas por ano
8 a 12
Filhotes/ninhada
7 a 12
Maturidade Sexual
60 a 90 dias
Comportamento
neofóbico
CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
características Ratazana
Rato-de-telhado
Camundongo
Peso 150 a 600 g
100 a 350 g
10 a 21 g
Comprimento Corpo + cabeça
22 cm
20 cm
9cm
Focinho
rombudo
afilado
afilado
Raio de ação
50 m
60 m
3 a 5 m
Tempo de vida
24 meses
18 meses
12 meses
Gestação
22 a 24 dias
20 a 22 dias
20 a 21 dias
Ninhadas por ano
8 a 12
4 a 8
5 a 6
Filhotes/ninhada
7 a 12
7 a 12
3 a 8
Idade desmame
28 dias
28 dias
25 dias
Maturidade Sexual
60 a 90 dias
60 a 75 dias
42 a 45 dias
Comparação das espécies
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
COMPARAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DAS TRÊS ESPÉCIES
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
MEDIDAS PREVENTIVAS • Evitar acúmulo de inservíveis;
• Acondicionar corretamente materiais de construção;
• Evitar deixar sacos de lixo no chão, ou botá-los na hora do lixeiro passar;
• Evitar resíduos alimentares de animais durante a noite
• Manter a vegetação rasteira;
• Observar aparecimento de tocas;
• Não jogar resíduos alimentares em córregos;
• Observar o aparecimento de fezes e roeduras.
MEDIDAS DE CONTROLE
CONTROLE DE ROEDORES
Atuação em área programa para controle
de roedores e leptospirose
vestígio úteis na identificação
CARACTERÍSTICAS DAS FEZES
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
IDENTIFICAÇÃO DA ESPÉCIE INFESTANTE PARA O CONTROLE
Ratazana
Rato de telhado
Camundongo Ninhos em armários, gavetas, fogão...
Alimentos roídos na cozinha
Fezes muito pequenas
Tocas no chão
Trilhas bem
definidas
Fezes formato de
caroço de azeitona
Abrigos (locais altos)
Manchas de gordura nas paredes
Fezes formato de meia lua
HIERARQUIA DE UMA COLÔNIA DE ROEDORES
Alpha
Beta
Ômega
Hierarquia Classe
Dominantes (1ª)
Dominados (1ª ou 2ª)
Oprimidos (2ª ou 3ª)
• Morte por hemorragia.
• Risco reduzido para
espécies não alvo.
• Possui antídoto.
CONTROLE QUÍMICO = DESRATIZAÇÃO
QUE ESPÉCIE É ESSA?
Hemorragia
ISCA GRANULADA:
Mais apreciada pelo rato
que a isca parafinada.
É composta pela mistura
de raticida anticoagulante
e cereais.
Uso em áreas internas.
CONTROLE QUÍMICO
ISCA PARAFINADA:
É composta pela
mistura de raticida
anticoagulante com
cereais e parafina.
Locais úmidos:
bueiros.
CONTROLE QUÍMICO
PÓ DE CONTATO
Não é alimento.
Adere aos pêlos do rato.
Composto por pó inerte + raticida anticoagulante.
Polvilhadeira, tocas, eficiência, menor consumo.
CONTROLE QUÍMICO
DINÂMICA POPULACIONAL
FATORES CONDICIONANTES DE EQUILÍBRIO POPULACIONAL
ALIMENTO
ÁGUA ABRIGO
ACESSO
CHUMBINHO
POR QUE NÃO UTILIZAR?
CHUMBINHO É 10
1. Não é raticida
2. Agrotóxico, inseticida
3. Proibido a venda fracionada
4. Crime a compra e venda
5. Misturado em alimento
6. A espécie alvo pode ser outra
7. Não tem antídoto
8. Mata em pouco tempo
9. Não serve p/ controle ratos
10. Efeito bumerangue
Mais um caso de morte com chumbinho
• O corpo de Edson de Alencar Menezes, 45 anos, foi encontrado por um Vaqueiro Mirim e ao seu lado, um vaso com certa quantidade de
Chumbinho ( raticida ). • Publicado em : 13 de julho de 2011
Por Itaberaba Notícias - BA
Sintomas de intoxicação por chumbinho
• sudorese,
• náuseas,
• vômitos,
• salivação intensa,
• lacrimejamento,
• cólicas abdominais,
• visão embaçada,
• diarréia,
• cãibras,
• dispnéia,
• convulsão,
• parada cardiorespiratória,
• morte.
ALGUNS TESTES
VEREMOS A SEGUIR VÁRIAS FOTOS DE
ESPÉCIMES E SINAIS DE ROEDORES
PARA IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES.
QUE ESPÉCIE É ESTA ?
QUE ESPÉCIE É ESTA ?
Que espécie seria esta?
Que espécie é esta
Qual espécie seria esta?
• Curioso
•Pouco importância como reservatório da leptospirose
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
Que espécie é esta?
QUE ESPÉCIE É ESTA ?
Esta toca está ativa?
Que espécie é esta?
Qual a espécie responsável?
SINAIS DE INFESTAÇÃO
QUE ESPÉCIE É ESTA ?
QUE ESPÉCIE É ESTA ?
QUE ESPÉCIES SÃO ESTAS?
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
Neofobia
??
Neofilia
QUE ESPÉCIE É ESTA ?
Esta toca está ativa?
QUE ESPÉCIE É ESTA?
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
Que espécie é esta?
Potenza/IB
QUE ESPÉCIE É ESTA ?
QUE ESPÉCIE É ESTA ?
QUE ESPÉCIE É ESTA ?
QUE ESPÉCIE É ESTA ?
QUE ESPÉCIE É ESTA ?
QUE ESPÉCIE É ESTA ?
QUE ESPÉCIE É ESTA ?
QUE ESPÉCIE É ESTA ?
QUE ESPÉCIE É ESTA ?
QUE ESPÉCIE É ESTA ?
QUE ESPÉCIE É ESTA ?
QUE ESPÉCIE É ESTA ?
AÇÕES EDUCATIVAS
PALESTA PARA PROFESSORES EM ESCOLA PÚBLICA
Quantos ratos existem para cada habitante?
• 5
• 8
• 15
• 20
• Como seria possível mensurar?
PREDADORES NATURAIS NA ÁREA URBANA
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
Total de casos positivos para leptopspirose de 2004 a
agosto 2013. Comparativo da região de Paraisópolis com
SUVIS CL
Positivos Óbitos
Paraisópolis 30 5
SUVIS CL 190 36
Capacitação em manejo ambiental e controle de roedores urbanos
Para vencer o “inimigo” é preciso conhecê-lo!