Biologia Zoologia 2

3/31/2008

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� Tópicos da aula – ao final da aula você deverá ser capaz de:

› Conhecer o ramo da Biologia responsável por

nomear os organismos;

› Compreender a importância da nomenclatura

zoológica;

› Conhecer os conceitos básicos de

nomenclatura zoológica.

› Quem são os responsáveis por nomear um

organismo?

› De que forma um organismo recebe um

nome?

› Existem regras para tal?

› E se existem, elas são iguais em todos os

ramos da Biologia?

A sistemática ou taxonomia é considerada a

ciência da Biodiversidade, é a área de Biologia

que agrupa todo o conhecimento sobre os

organismos vivos (tanto a sua diversidade quanto

as relações entre eles).

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Uma das atividades da sistemática (não a única!)

é classificar a DIVERSIDADE BIOLÓGICA.

Logo, cabe ao sistemata ou taxonomista classificar e

nomear os organismos.

Para que um organismo receba um nome científico, diversas

normas devem ser obedecidas de acordo com o grupo em

questão.

Qual será o objetivo dessas normas?

Aliás, qual o nosso objetivo quando nomeamos um organismo?

Nomenclatura popular, problemas:

� Nomes vulgares podem designar um conjunto muito amplo de

organismos (e.g. Insetos, vermes, baratas);

� Podem até designar uma única espécie (Lobo-guará, Acará-bandeira,

Arlequim da mata, Mosca doméstica);

� Porém, um mesmo nome pode ser usado para organismos diferentes

(Melro AS x Melro Europa, Uirapuru, Pescada);

Nomenclatura popular, problemas:

� Um mesmo grupo ou espécie pode apresentar vários nomes:

› Odonata: canzil, cavalinho-de-judeu, cavalinho-de-diabo, donzelinha,

lavadeira, lava-bunda, libélula, etc.;

› Operárias de Atta: cabeçuda, caçapó, formiga-cortadeira, saúva;

› Rainhas de Atta: iça, tanajura;

› Chrysocyon brachyurus: Lobo-guará, guará, lobo-vermelho, jaguaperi;

› Emerita brasiliensis: tatuí, tatuíra.

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Nomenclatura popular, problemas:Nomenclatura científica:

� Para a ciência, com a finalidade de permitir a comunicação entre a

comunidade científica, foram elaborados os Códigos Internacionais de Códigos Internacionais de

NomenclaturaNomenclatura:

› Código Internacional de Nomenclatura Zoológica;

› Código Internacional de Nomenclatura Botânica;

› Código Internacional de Nomenclatura para Plantas Cultivadas;

› Código Internacional de Nomenclatura Bacteriana;

› Código Internacional de Classificação e Nomenclatura de Vírus.

Código Internacional de Nomenclatura ZoológicaCódigo Internacional de Nomenclatura Zoológica:

› Objetivo: promover a estabilidadeestabilidade e a máxima

universalidadeuniversalidade dos nomes científicos dos animais;

assegurar que cada nome seja únicoúnico e distintodistinto.

› É independenteindependente dos demais códigos.


› Princípios: nem todas as categoriascategorias taxonômicas estão

sujeitas às regras e recomendações do código.

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› De acordo com vocês, existem as seguintes categorias:

� Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero, Espécie.

› De acordo com a literatura...

Reino

Superfilo

Filo

Subfilo

Coorte

Superclasse

Classe

Subclasse

Infraclasse

Superordem

Ordem

Subordem

Infraordem

Seção

Subseção

Infraseção

Superfamília

Família

Subfamília

Tribo

Gênero

Subgênero

Espécie

Subespécie

Categorias sujeitas às regras e

recomendações do código

Princípios básicos do Código de Nomenclatura Zoológica:Princípios básicos do Código de Nomenclatura Zoológica:

� Para se nomear uma espécie, utiliza-se um sistema binomial, onde os

binômios são latinos ou latinizados;

� O primeiro faz referência ao gênero, o segundo é o complemento do

nome da espécie e é denominado epíteto específicoepíteto específico.

� Exemplos: Homo sapiens; Periplanetaamericana; Myrmecophaga

tridactyla; Pantera onca.

� Mas lembrem-se, o nome da espécie é indissociávelindissociável!!!!

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� Impronunciáveis:

› Ekgmowechashala

› Lainodon orueetxebarriai

› Schtschurowskia

› Tahuantinsuyoamacantzatza

› Nqwebasaurus thwazi

� Hilários:

› Abra cadabra

› Agra vation

› Zappa confluentus

› Draculoides bramstokeri

› Paravelia cristinae

� Com estilo:

› Cloeodes jaragua

› Cloeodes auwe

› Iguaira poranga

› Amanahyphes saguassu

› Paracloeodes peri

› Hydromastodon sallesi

› Camelobaetidius hamadae

› Leptohyphes petersorum

Princípios básicos do Código de Nomenclatura Princípios básicos do Código de Nomenclatura

Zoológica:Zoológica:

� Recomendações: ao citar pela primeira vez o nome de uma

espécie no texto, ele deve vir por extenso e acompanhado

do autor e ano. Em seguida, o termo genérico pode vir

abreviado e o nome do autor e ano são dispensados.


� O código de Nomenclatura Zoológica admite

tautonomia: Gorilla gorilla, Jacana jacana, Guyra

guyra, Perna perna.

� Os nomes das subespécies são trinomiais: Canis lupus

familiaris, Pantera onca palustris;

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� Nomes genéricos e supragenéricos constam de apenas uma

palavra: Homo, Canis, Musca, Oecetis, Pseudaletia,

Baetidae, Canidae, Nasutitermitinae;

� Nomes subgenéricos não fazem parte do nome das

espécies, não precisam ser citados e vêm sempre entre

parênteses: Belostoma (Belostoma) anurum.


� Os nomes das categorias do grupo família são formados pelo radical

do nome de um de seus gêneros, mais um sufixo peculiar.

� Regras:

› Família: radical + IDAE

› Subfamília: radical + INAE

� Recomendações:

› Superfamília: radical + OIDEA

› Tribo: radical + INI

Canidae = Canis + idae

Leptohyphinae = Leptohyphes + inae

Ephemeroidea= Ephemera + oidea

Meliponini= Melipona + ini


�� P r i o r i d ade :P r i o r i d ade :

› É o princípio básico na nomenclatura zoológica e soluciona a maioria

dos problemas nomenclatórios, como os casos de sinonímia ou

homonímia.

› O mesmo táxon não pode ter nomes científicos diferentes;

› Táxons diferentes não podem ter o mesmo nome.

› Caso isso ocorra, vale o nome mais antigo.


�� S i non ím ia :S i non ím ia :

› Quando um mesmo táxon apresenta dois ou mais nomes distintos, eles

são considerados sinônimos.

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�� S i non ím ia :S i non ím ia :

› Canis familiares x Canis lupus

Studemann D; Tomka I. 1989. Contribution to the study of European Ephemerellidae (Ephemeroptera). III. Synonymy of

Ephemerella maculocaudata Ikonomov, 1961 with Ephemerella

mesoleuca (Brauer, 1857).


�� Homon ím ia :Homon ím ia :

› Quando nomes idênticos são aplicados a dois ou mais táxons eles são

considerados homônimos;

› São proibidos dentro do grupo de gênero e família.


�� Homon ím ia :Homon ím ia :

Savage HM. 1982. A curious new genus and species of Atalophlebiinae (Ephemeroptera: Leptophlebiidae) from the southern coastal

mountains of Brazil.

Savage HM. 1983. Perissophlebiodes, a replacement name for Perissophlebia Savage nec

Tillyard (Ephemeroptera: Leptophlebiidae).


�� Nova comb inação :Nova comb inação :

› Devido a novos arranjos taxonômicos, uma espécie ou subespécie

podem ser transferidas de um gênero para outro, sendo necessário

alterar o seu nome.

› Exemplo: Felis leo Linnaeus, 1758 � Panthera leo (Linnaeus, 1758)

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�� T i p i f i cação :T i p i f i cação :

› Sempre que uma espécie nova ou outro grupo são descritos, como um

gênero por exemplo, o autor deve designar um tipotipo; o padrão de

referência do nome científico dessa espécie ou grupo.

› O tipo é um objeto (entidade individual) que fixa o nome aplicado ao

táxon que contém este objeto.

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