BIOLOGIA/FILOSOFIA/REDAÇÃO/MATEMÁTICA 2017 · A mandioca (aipim, macaxeira) corresponde ao...

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PROVA OBJETIVA 3 BIOLOGIA/FILOSOFIA/REDAÇÃO/MATEMÁTICA 2017 1ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO Dia: 06/12 - quarta-feira Nome completo: Turma: Unidade: 3º Trimestre

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PROVA OBJETIVA 3

BIOLOGIA/FILOSOFIA/REDAÇÃO/MATEMÁTICA

2017

1ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO

Dia: 06/12 - quarta-feira

Nome completo:

Turma: Unidade:

3º Trimestre

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FORMA

ERRADA DEPREENCHIMENTO

FORMA

CORRETA DEPREENCHIMENTO

É PROIBIDO COLOCAR QUALQUER TIPO DE INFORMAÇÃO NESTE LOCAL

PREENCHIMENTO DO CARTÃO RESPOSTA

SOMENTE COM CANETA AZUL

ORIENTAÇÕES PARA APLICAÇÃO DA PROVA OBJETIVA - 3º TRI

1. A prova terá duração de 2h30min.

2. O aluno não poderá sair para beber água ou ir ao banheiro.

3. O aluno não poderá levar a prova para casa.

4. O preenchimento do gabarito deve ser feito com caneta AZUL. NÃO É PERMITIDO O USO DE

CANETAS COM PONTAS POROSAS.

5. O preenchimento incorreto do gabarito implicará na anulação da questão ou de todo o gabarito.

6. Durante a prova, o aluno não poderá manter nada em cima da carteira ou no colo, a não ser lápis,

caneta e borracha. Bolsas, mochilas e outros pertences deverão ficar no tablado, junto ao quadro.

Não será permitido empréstimo de material entre alunos.

7. O aluno que portar celular deverá mantê-lo na bolsa e desligado, sob pena de ter a prova recolhida,

caso o mesmo venha a ser usado ou tocar. Caso não tenha bolsa, colocá-lo na base do quadro

durante a prova.

8. O fiscal deve conferir o preenchimento do gabarito antes de liberar a saída dos alunos.

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BIOLOGIA 1. A cariotipagem é um método que analisa células de um indivíduo para determinar seu padrão cromossômico.

Essa técnica consiste na montagem fotográfica, em sequência, dos pares de cromossomos e permite identificar um indivíduo normal (46, XX ou 46, XY) ou com alguma alteração cromossômica. A investigação do cariótipo de uma criança do sexo masculino com alterações morfológicas e comprometimento cognitivo verificou que ela apresentava fórmula cariotípica 47, XY, +18. A alteração cromossômica da criança pode ser classificada como

a) estrutural, do tipo deleção. b) numérica, do tipo euploidia. c) numérica, do tipo poliploidia. d) estrutural, do tipo duplicação. e) numérica, do tipo aneuploidia. GABARITO: E COMENTÁRIO: A criança com cariótipo 47, XY, +18 apresenta um cromossomo autossômico extra, caracterizando uma mutação cromossômica numérica denominada aneuploidia. 2. Abaixo, representa-se esquematicamente uma alteração estrutural de um cromossomo que serve de exemplo

para o fenômeno denominado:

a) duplicação. b) deleção. c) translocação.

d) transdução. e) inversão.

GABARITO: B COMENTÁRIO: Quando o cromossomo perde uma parte por quebra é denominada deleção. Isso acarreta uma perda de uma série de genes. 3. Durante o desenvolvimento embrionário de vários vertebrados, observamos nitidamente algumas fases,

caracterizadas pelo aparecimento de determinadas estruturas. A sequência correta dessas fases está representada na alternativa:

a) mórula - blástula - gástrula - nêurula. b) mórula - blástula - nêurula - gástrula. c) blástula - mórula - gástrula - nêurula. d) mórula - gástrula - blástula - nêurula. e) blástula - mórula - nêurula - gástrula. GABARITO: A. COMENTÁRIOS: A sequência das estruturas do desenvolvimento embrionário é: mórula - blástula - gástrula - nêurula.

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4. As estruturas apontadas pelos números 1, 2, 3 e 4, no esquema de um corte transversal de embrião de rã, apresentado a seguir, são:

a) 1: notocorda; 2: tubo neural; 3: intestino primitivo e 4: epiderme. b) 1: tubo neural; 2: notocorda; 3: arquêntero e 4: ectoderme. c) 1: tubo neural; 2: celoma; 3: notocorda e 4: ectoderme. d) 1: notocorda; 2: celoma; 3: arquêntero e 4: ectoderme. e) 1: intestino primitivo; 2: tubo neural; 3: celoma e 4: notocorda. GABARITO: B RESOLUÇÃO: 1 = tubo neural. 2 = notocorda. 3 = arquêntero. 4 = ectoderme. 5. Na espécie humana, o tipo de tecido conjuntivo que forma o Tendão de Aquiles é a) cartilaginoso. b) denso modelado. c) adiposo. d) ósseo. e) hematopoiético GABARITO: B COMENTÁRIOS: O tecido conjuntivo denso é constituído por fibroblastos e fibras colágenas. Quando modelado, ele possui suas fibras colágenas dispostas em feixes com orientação fixa, dando ao tecido características de maior resistência à tensão. Logo, esse tecido pode constituir tendões. 6. O tipo celular que identifica os tecidos do sistema nervoso é o

neurônio. Através do sistema nervoso, os animais relacionam-se com o ambiente, dele recebendo estímulos e organizando complexas e elaboradas respostas. O neurônio é responsável por estas atividades. Na figura abaixo, a parte do neurônio e a função desempenhada, respectivamente, são:

a) em 1, estão representados os dendritos, responsáveis pela recepção dos estímulos. b) em 2, encontra-se o local das sinapses, onde agem os neurotransmissores ou mediadores químicos. c) em 3, encontra-se corpo celular, centro de manutenção e controle das respostas neurais. d) em 4, encontra-se a bainha de mielina, que envolve todas as fibras nervosas. e) em 5, encontram-se as terminações nervosas do axônio, que captam os impulsos nervosos e os dirigem para

a estrutura de número 2. GABARITO: A COMENTÁRIOS: Os dendritos são prolongamentos citoplasmáticos especializados na recepção de impulsos nervosos. 7. A figura abaixo representa uma plântula germinando:

As regiões de multiplicação celular e distensão celular estão representadas, respectivamente, em: a) I e II b) I e III c) II e III

d) III e IV e) II e IV

GABARITO A COMENTÁRIO: A região de multiplicação celular está localizada na extremidade da raiz representada em I, onde existe tecido meristemático. Em II está representada a zona de alongamento ou distensão celular.

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8. A mandioca (aipim, macaxeira) corresponde ao órgão de uma planta onde se acumulam substâncias de reserva energética que têm sua origem

a) nas folhas, a partir da produção de hormônios vegetais. b) nas folhas, a partir da fotossíntese. c) nas raízes, absorvidas diretamente do solo. d) nas raízes, por relação simbiótica com bactérias. e) no caule, a partir da quebra da glicose. GABARITO B COMENTÁRIO: A mandioca armazena amido, reserva energética vegetal, os açúcares simples produzidos na fotossíntese nas folhas chegam pelo floema até as raízes. 9. O transporte de seiva bruta nos vegetais vasculares ocorre devido a diversos fenômenos fisiológicos, tais

como: I – capilaridade; II – transpiração foliar; III – plasmólise celular; IV – maior pressão da raiz; V – menor pressão das folhas. Estão corretas:

a) todas. b) apenas II e IV. c) apenas II, III, IV e V. d) apenas I, II, IV e V. e) apenas I, III e V. GABARITO: D COMENTÁRIO: Participam da condução da seiva bruta os fenômenos de capilaridade, transpiração foliar, pressão positiva da raiz e a redução da pressão nos tecidos das folhas, como explicado segundo a Teoria de Dixon. 10. Ao se fazer uma cerca viva, podam-se os ápices das plantas. Essa técnica, desenvolvida pelos agricultores

muito antes de se conhecer os hormônios vegetais, consiste em a) estimular a dominância apical. b) estimular a dormência das gemas laterais. c) estimular a produção de auxina para manter a dominância apical. d) impedir a quebra da dormência das gemas laterais. e) impedir a produção de auxinas pelas gemas apicais, que inibem as gemas laterais. GABARITO: E COMENTÁRIO: A poda dos ápices caulinares remove os centros de produção de auxina, consequentemente, as concentrações altas que inibem o crescimento das gemas laterais cessam. A ação das citocininas promove o crescimento das gemas laterais, aumentando o número de ramos, flores e frutos, consequentemente. 11. Uma pessoa, ao se alimentar de cenoura, batata comum, alface, couve-flor e feijão, alimentou-se

respectivamente das seguintes partes comestíveis de plantas: a) raiz, caule, folha, flor e semente. b) caule, raiz, flor, folha e semente. c) raiz, caule, flor, folha e semente. d) caule, semente, folha, flor e raiz. e) raiz, semente, flor, folha e caule. GABARITO A Comentário: A cenoura é uma raiz tuberosa que armazena nutrientes; a batata-inglesa é um tubérculo e também armazena nutrientes; o alface representa as folhas; a couve-flor, inflorescências; e o feijão, sementes. 12. Os cactos são plantas xerófitas e apresentam respostas adaptativas ao seu ambiente.

Analise a figura a seguir e assinale a alternativa correta. a) A seta 1 indica um espinho, ramo caulinar modificado, com função defensiva. b) A seta 2 aponta uma folha, que executa a função fotossintética da planta. c) O espinho do cacto, indicado pela seta 1, é uma folha de superfície reduzida, o que

permite economia de água. d) A grande superfície da folha, indicada pela seta 2, dificulta a sobrevivência, pois

causa grande perda de água. e) Com a grande redução da superfície foliar (seta 1), o cacto fica incapacitado de

realizar fotossíntese. GABARITO: C COMENTÁRIO: A seta 1 indica um espinho, que é uma folha com limbo reduzido, o que evita a transpiração excessiva em ambientes áridos e semiáridos.

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FILOSOFIA

13. Razão instrumental é um conceito reconhecido no pensamento filosófico e científico desenvolvido por Max

Horkheimer através do surgimento da teoria crítica juntamente com Adorno. O conceito de razão instrumental é sobremaneira relevante na obra de Habermas como

a) crítica ao cientificismo e ao positivismo, porque somente uma razão com um fim em si mesma tem por característica a verdadeira racionalidade.

b) crítica aos meios de comunicação contemporâneos, porque apresentam muitos problemas de ordem estrutural e tecnológica.

c) abomina as tecnologias digitais, na medida em que haja falta de treinamento adequado para seu funcionamento operacional.

d) indica que o fracasso da Humanidade está relacionado às limitações no desempenho das novidades tecnológicas.

e) critica o cientificismo no que tange ao modo lento de desenvolvimento, impedindo a plena racionalização das atividades cotidianas.

GABARITO: A 14. “O filósofo é critico, embora não seja cético. “Não desespera da verdade, mas recusa todas as certezas,

considerando-as provisórias e sujeitas a serem relativizadas por novos argumentos.” (Sérgio Paulo Rouanet. As razões do Iluminismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 320.)

O texto acima faz menção ao Ceticismo, corrente do período Helenístico. Sobre essa corrente filosófica podemos afirmar que a) os céticos acreditam em uma única verdade. b) o ceticismo é pautado na aceitação de verdades universais. c) a dúvida é rejeitada na busca pela verdade absoluta. d) o cético questiona tudo o que lhe é apresentado como verdade. e) o ceticismo é muito semelhante ao dogmatismo. GABARITO: D 15. Nicolau Maquiavel, em 1513, na Itália renascentista, escreveu:

Um príncipe não pode observar todas as coisas a que são obrigados os homens considerados bons, sendo frequentemente forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião. (...) O príncipe não precisa possuir todas as qualidades (ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso), bastando que aparente possuí-las. Um príncipe, se possível, não deve se afastar do bem, mas deve saber entrar para o mal, se a isso estiver obrigado.

(Adaptado de Nicolau Maquiavel. O Príncipe.)

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Indique qual das afirmações está claramente expressa no texto: a) Os homens considerados bons são os únicos aptos a governar. b) O príncipe deve observar os preceitos da moral cristã medieval. c) Fidelidade, humanidade, integridade e religiosidade são qualidades indispensáveis ao governante. d) O príncipe deve sempre fazer o mal, para manter o governo. e) A aparência de ter qualidades é mais útil ao governante do que possuí-las. GABARITO: E 16. Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo

acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade.

MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado).

Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao a) valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo. b) rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos. c) afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana. d) romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem. e) redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão. GABARITO: C 17. Leia o texto a seguir.

A República de Veneza e o Ducado de Milão ao norte, o reino de Nápoles ao sul, os Estados papais e a república de Florença no centro formavam ao final do século XV o que se pode chamar de mosaico da Itália sujeita a constantes invasões estrangeiras e conflitos internos. Nesse cenário, o florentino Maquiavel desenvolveu reflexões sobre como aplacar o caos e instaurar a ordem necessária para a unificação e a regeneração da Itália.

(Adaptado de: SADEK, M. T. “Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtú”. In: WEFORT, F. C. (Org.). Clássicos da política. v.2. São Paulo: Ática, 2003. p.11-24.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia política de Maquiavel, assinale a alternativa correta. a) A anarquia e a desordem no Estado são aplacadas com a existência de um Príncipe que age segundo a

moralidade convencional e cristã. b) A estabilidade do Estado resulta de ações humanas concretas que pretendem evitar a barbárie, mesmo que a

realidade seja móvel e a ordem possa ser desfeita. c) A história é compreendida como retilínea, portanto a ordem é resultado necessário do desenvolvimento e

aprimoramento humano, sendo impossível que o caos se repita. d) A ordem na política é inevitável, uma vez que o âmbito dos assuntos humanos é resultante da materialização

de uma vontade superior e divina. e) Há uma ordem natural e eterna em todas as questões humanas e em todo o fazer político, de modo que a

estabilidade e a certeza são constantes nessa dimensão. GABARITO: B 18. “Quando dizemos que o prazer é o fim, não queremos referir-nos aos prazeres dos intemperantes ou aos

produzidos pela sensualidade, como creem certos ignorantes, que se encontram em desacordo conosco ou não nos compreendem, mas ao prazer de nos acharmos livres de sofrimento do corpo e de perturbações da alma.”

Epicuro

A partir do trecho citado, é correto afirmar que a ética epicurista a) busca o equilíbrio entre os desejos sensuais e as restrições espirituais. b) funda sua ideia de prazer na negação do corpo em favor das alegrias do espírito. c) funda-se na noção de dever impessoal de negação do corpo. d) atribui ao corpo e à matéria a origem da infelicidade. e) é um hedonismo que procura aliar prazer, senso de limite e serenidade. GABARITO: E

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19. Leia o trecho da Carta a Meneceu: "Nenhum jovem deve demorar a filosofar, e nenhum velho deve parar de filosofar, pois nunca é cedo demais nem tarde demais para a saúde da alma. Afirmar que a hora de filosofar ainda não chegou ou já passou é a mesma coisa que dizer que a hora ainda não chegou ou já passou; devemos, portanto, filosofar na juventude e na velhice para que enquanto envelhecemos continuemos a ser jovens nas boas coisas mediante a agradável recordação do passado, e para que ainda jovens sejamos ao mesmo tempo velhos, graças ao destemor diante do porvir. Devemos então meditar sobre tudo..."

(Epicuro. Carta de Epicuro a Menoiceus).

Para Epicuro, como se expressa na Carta a Meneceu, o objetivo da filosofia é a) a felicidade do homem. b) a imparcialidade diante das decisões tomadas pelos homens. c) a areté própria do homem. d) o gozo imoderado dos prazeres mundanos. e) estabelecer, refutar e defender argumentos tirados da bíblia. GABARITO: A 20. A ética precisa ser compreendida como um empreendimento coletivo a ser constantemente retomado e

rediscutido, porque o produto da relação interpessoal e social. A ética supõe ainda que cada grupo social se organize sentindo-se responsável por todos e que crie condições para um exercício de pensar e agir autônomos. A relação entre ética e política é uma questão de educação e luta pela soberania dos povos. É necessária uma ética renovada, que se construa a partir da natureza de valores para organizar também uma nova prática política.

CORDI. et al. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 2007 (adaptado)

O século XX teve de repensar a ética para enfrentar novos problemas oriundos de diferentes crises sociais, conflitos ideológicos e contradições da realidade. Sob esse enfoque e a partir do texto, a ética pode ser compreendida como a) instrumento de garantia da cidadania, porque através delas os cidadãos passam a pensar e a agir de acordo

com valores coletivos. b) mecanismo de criação dos direitos humanos, porque é da natureza do homem ser ético e virtuoso. c) meio para resolver os conflitos sociais no cenário da globalização, pois, a partir do entendimento do que é

efetivamente a ética, a política internacional se realiza. d) parâmetro para assegurar o exercício político primando pelos interesses a ação privada dos cidadãos. e) aceitação de valores universais implícitos numa sociedade que busca dimensionar sua vinculação a

outras sociedades. GABARITO: A 21. O termo ataraxia designa o ideal da imperturbabilidade ou da serenidade da alma, em decorrência do domínio

sobre as paixões ou da extirpação destas. (Abbagnano, N. Dicionário de filosofia)

O termo ataraxia está fortemente ligado ao a) epicurismo e estoicismo. b) hermetismo e ao congruísmo. c) jansenismo e ao laxismo.

d) idealismo transcendental. e) materialismo.

GABARITO: A 22. Em 322, após a morte de Alexandre Magno, o sucessor deste decide expulsar de Samos todos os colonos

atenienses, entre os quais a família inteira de Epicuro. Os historiadores da cultura convencionaram designar Helenismo as atividades culturais desenvolvidas no período transcorrido entre a morte de Alexandre Magno, em 323 a.C., e o fim da república romana, em 31 a.C., quando Augusto (vencedor da batalha de Actium, em 27 a.C.) se torna imperador de Roma. A designação refere-se à presença dominante da língua e da cultura gregas em todo o mundo conhecido, numa difusão sem precedentes cuja causa inicial foi a convicção de Alexandre, aluno de Aristóteles, de que por seu intermédio a Grécia devia cumprir uma missão civilizatória sobre todos os povos da terra. A língua grega transformou-se na koiné, dialeto comum em todas as terras conquistadas por Alexandre, e Alexandria, no Egito, tornou-se a capital cultural da Antiguidade, papel que conservou mesmo quando Roma ocupou o lugar de centro político e econômico de um império que se estendia do Próximo Oriente ao Sul da Europa, do Mediterrâneo ao Atlântico. Embora o termo Helenismo pareça indicar apenas a hegemonia da cultura grega, na realidade, exprime a comunicação intensa entre as criações culturais helênicas e as orientais enquanto submetidas a um mesmo e único poder central, ligadas por rotas comerciais e tendo como ponto de encontro Alexandria e, mais tarde, Roma. Muitos preferem usar a expressão alexandrinismo para acentuar o papel que a dinastia dos Ptolomeus conferiu a Alexandria como centro de confluência da cultura grega e da oriental, com a criação do Museu e da Biblioteca, espaços destinados às atividades do conhecimento e das artes.

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No caso da história da filosofia, fala-se em período helenístico para designar os três grandes sistemas filosóficos predominantes nessa época. São eles: a) Ceticismo, epicurismo e estoicismo. b) Epicurismo, neoplatonismo e patrística. c) Neoplatonismo, ceticismo e patrística. d) Escolástica e epicurismo. e) Ceticismo e escolástica. GABARITO: A

REDAÇÃO Texto para as próximas 3 questões:

O PODER DA LITERATURA José Castello

1Em um século dominado pelo virtual e pelo instantâneo, que poder resta à literatura? Ao contrário das

imagens, que nos jogam para fora e para as superfícies, a literatura nos joga para dentro. Ao contrário da realidade virtual, que é compartilhada e se baseia na interação,

2a literatura é um ato solitário, nos aprisiona na

introspecção. Ao contrário do mundo instantâneo em que vivemos, dominado pelo “tempo real” e pela rapidez, a literatura é lenta, é indiferente às pressões do tempo, ignora o imediato e as circunstâncias.

Vivemos em um mundo dominado pelas respostas enfáticas e poderosas, enquanto a literatura se limita a gaguejar perguntas frágeis e vagas. A literatura, portanto, parece caminhar na contramão do contemporâneo. Enquanto o mundo se expande, se reproduz e acelera,

3a literatura contrai, pedindo que paremos para um

mergulho “sem resultados” em nosso próprio interior. Sim: a literatura – no sentido prático – é inútil. 4Mas ela

apenas parece inútil. A literatura não serve para nada – é o que se pensa. A indústria editorial tende a reduzi-la a um

entretenimento para a beira de piscinas e as salas de espera dos aeroportos. De outro lado, a universidade – em uma direção oposta, mas igualmente improdutiva – transforma a literatura em uma “especialidade”, destinada apenas ao gozo dos pesquisadores e dos doutores. Vou dizer com todas as letras: são duas formas de matá-la. A primeira, por banalização. A segunda, por um esfriamento que a asfixia. Nos dois casos, a literatura perde sua potência.

5Tanto quando é vista como “distração”, quanto quando é vista como “objeto de estudos”,

6a literatura

perde o principal: seu poder de interrogar, interferir e desestabilizar a existência. 7Contudo, desde os gregos, a

literatura conserva um poder que não é de mais ninguém. 8Ela lança o sujeito de volta para dentro de si e o leva a

encarar o horror, as crueldades, a imensa instabilidade e 9o igualmente imenso vazio que carregamos em nosso

espírito. Somos seres “normais”, como nos orgulhamos de dizer. Cultivamos nossos hábitos, manias e padrões. Emprestamos um grande valor à repetição e ao Mesmo. Acreditamos que somos donos de nós mesmos!

Mas 10

leia Dostoievski, leia Kafka, leia Pessoa, leia Clarice – 11

e você verá que rombo se abre em seu espírito. Verá o quanto tudo isso é mentiroso.

12Vivemos imersos em um grande mar que chamamos de realidade,

mas que – a literatura desmascara isso – não passa de ilusão. A “realidade” é apenas um pacto que fazemos entre nós para suportar o “real”. A realidade é norma, é contrato, é repetição, ela é o conhecido e o previsível. O real, ao contrário, é instabilidade, surpresa, desassossego. O real é o estranho.

(...) A literatura não tem o poder dos mísseis, dos exércitos e das grandes redes de informação. Seu poder é

limitado: é subjetivo. 13

Ao lançá-lo para dentro, e não para fora, ela se infiltra, como um veneno, nas pequenas frestas de seu espírito. Mas,

14nele instalada pelo ato da leitura,

15que escândalos, que estragos,

16mas também

que descobertas e que surpresas ela pode deflagrar. Não é preciso ser um especialista para ler uma ficção. Não é preciso ostentar títulos, apresentar currículos,

ou credenciais. A literatura é para todos. Dizendo melhor: é para os corajosos ou, pelo menos, para aqueles que ainda valorizam a coragem.

(...) http://blogs.oglobo.globo.com/jose-castello/post/o-poder-da-literatura-444909.html. Acesso em: 21 de fev 2017.

23. Na afirmativa “Mas ela apenas parece inútil.” (ref. 4), o advérbio “apenas” e o verbo “parece” reiteram o

juízo de valor do autor sobre a importância da literatura, que para ele a) é um entretenimento para a beira de piscinas e para as salas de espera dos aeroportos. b) conserva um poder que não é de mais ninguém, com sua capacidade de lançar o sujeito de volta para

dentro de si. c) é uma especialidade destinada ao gozo dos pesquisadores e dos doutores. d) caminha na contramão do contemporâneo, se contraindo, enquanto o mundo expande. e) pretende mostrar ao mundo o que é uma verdadeira leitura recreativa. GABARITO: B Para o autor, a literatura pode parecer, à primeira vista, inútil, sendo apenas um objeto de entretenimento para alguns, ou objeto de estudo para outros. No entanto, na realidade, a literatura guarda um grande poder, permitindo ao indivíduo uma jornada de autoconhecimento.

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24. Da leitura global do texto, só é correto afirmar que a literatura a) dá ao homem condições de fuga da própria realidade, por meio de perguntas aparentemente frágeis e vagas. b) coloca o homem na contramão da sua verdade mais profunda e aterrorizante. c) deve equilibrar o leitor, roubando-lhe a certeza e instaurando a desconfiança. d) atinge a todos, desmascarando suas mentiras, fragilidades e arrogâncias. e) não é um tipo de leitura que promove reflexão e a introspecção. GABARITO: D No último parágrafo, o autor coloca que a literatura é para todos, sobretudo para os corajosos. Isso, no entanto, não equivale a dizer que a literatura atinge a todos. Pelo contrário, o que o autor argumenta é que nos dias de hoje são poucos que "sabem" ler literatura e, assim, ela atinge poucos, promovendo condições de autoconhecimento. 25. Assinale a figura de linguagem que traz a substituição de um nome por outro em virtude de haver entre eles

uma relação metonímica. a) “Ao lançá-lo para dentro, e não para fora, ela se infiltra, como um veneno...” (ref. 13) b) “...a literatura contrai, pedindo que paremos para um mergulho “sem resultados...” (ref. 3) c) “Vivemos imersos em um grande mar que chamamos de realidade...” (ref. 12) d) “...leia Dostoievski, leia Kafka, leia Pessoa, leia Clarice...” (ref. 10) e) “...“realidade” é apenas um pacto que fazemos entre nós para suportar o “real”. (ref. 12) GABARITO: D Em [D], temos os autores representando suas obras. Assim, há uma relação metonímica autor-obra.

26. Considerando a relação existente entre a linguagem verbal e a não verbal na tirinha apresentada, assinale a

alternativa correta. a) A linguagem não verbal contribui para a construção do sentido do texto. b) A linguagem verbal poderia ser parcialmente omitida sem nenhuma perda de sentido. c) As imagens, devido a seu caráter ilustrativo, não interferem diretamente no tema abordado no texto. d) Mafalda, ao longo do texto, demonstra curiosidade, irritação, raiva e passividade. e) A linguagem verbal não interage com a linguagem não verbal. GABARITO: A Na tirinha, tanto a linguagem verbal quanto a não verbal são fundamentais para a construção do sentido do texto. Assim, não basta ter somente as falas de Mafalda (linguagem verbal), é preciso mostrar sua expressão e reação (sobretudo sua expressão de ódio e indignação) para a plena construção do sentido do texto.

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27. O último longa de Carlão acompanha a operária Silmara, que vive com o pai, um ex-presidiário, numa casa da periferia paulistana. Ciente de sua beleza, o que lhe dá certa soberba, a jovem acredita que terá um destino diferente do de suas colegas. Cruza o caminho de dois cantores por quem é apaixonada. E constata, na prática, que o romantismo dos contos de fada tem perna curta.

VOMERO, M. F. Romantismo de araque. Vida Simples, n. 121, ago. 2012.

Reconhece-se, nesse trecho, uma posição crítica aos ideais de amor e felicidade encontrados nos contos de fada. Essa crítica é traduzida a) pela descrição da dura realidade da vida das operárias. b) pelas decepções semelhantes às encontradas nos contos de fada. c) pela ilusão de que a beleza garantiria melhor sorte na vida e no amor. d) pelas fantasias existentes apenas na imaginação de pessoas apaixonadas. e) pelos sentimentos intensos dos apaixonados enquanto vivem o romantismo. GABARITO: C O excerto revela duas características de Silmara: a beleza e a soberba. O fato de se saber bonita leva-a a pensar que isso seria suficiente para lhe garantir sorte na vida e no amor e, portanto, um destino diferente do das suas colegas. Esse tipo de ilusão é explorado nos contos de fada em que aparecem elementos pertencentes a um mundo imaginário e maravilhoso, não correspondente à realidade em que vive a maioria das pessoas. Assim, é correta a opção [C]. Texto para as próximas 2 questões:

28. O que se depreende do quarto quadrinho da tirinha é que a) os pais de Calvin querem ensinar-lhe, pela primeira vez, a valorizar o dinheiro. b) Calvin entende a verdadeira razão de se ter muito dinheiro, prestígio, poder e amigos. c) o pai de Calvin lhe transmite a importância do dinheiro para se comprar o mundo todo. d) com a mesada, Calvin aprenderá a controlar o próprio dinheiro e não gastar abusivamente. e) os pais de Calvin sempre quiseram ensinar-lhe a valorizar o dinheiro, sem sucesso. GABARITO: E A expressão “ensinar o valor do dinheiro”, usada pelo pai de Calvin para justificar a decisão de lhe dar uma mesada, não foi compreendida corretamente pelo filho. A mensagem sobre a importância de dar valor ao que se gasta para se tornar uma pessoa capaz de lidar com as situações financeiras do dia a dia foi subvertida e entendida como instrumento para se atingir sucesso, poder e posição social. Assim, é correta a alternativa [E]. 29. Ao reescrever o segundo quadrinho da tirinha, conforme a norma culta, é possível obter-se a

seguinte sentença: a) Isso é importante, pois ganhar uma mesada vai te ensinar o valor do dinheiro e sua mãe e eu decidimos que

você vai ganhar uma. b) Ganhar uma mesada é importante, por isso sua mãe e eu decidimos te dar uma para lhe ensinar o valor

do dinheiro. c) A fim de ensinar-te o valor do dinheiro, tua mãe e eu decidimos oferecer-te uma mesada. d) Sua mãe e eu decidimos que tu vai ganhar uma mesada para lhe ensinar o valor do dinheiro. e) Tu vai ganhar uma mesada, para aprender a dar valor ao dinheiro, assim decidimos sua mãe e eu. GABARITO: C Não existe uniformidade entre as pessoas do discurso, uso de pronomes e conjugação verbal nas alternativas [A], [B], [D] e [E].

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Analise a tirinha abaixo e responda:

30. A crítica revelada na tira se dá por meio da a) associação entre a palavra “sonhos” e significados como “aspirações” e “projetos de vida”. b) revelação de que a personagem foi enganada ao adquirir um produto falsificado. c) relação de cumplicidade entre amigas que compartilham experiências íntimas. d) constatação da compradora de que a bolsa nova é maior do que esperava. e) decepção da proprietária ao perceber que sua bolsa está fora de moda. GABARITO: A Perante a referência à grife Luiz Vitão (alusão à marca internacional "Louis Vuitton") a personagem deduz que a amiga dá grande importância a um produto de luxo, o que revela a superficialidade de aspirações e projetos de vida em uma sociedade consumista. Texto para a questão a seguir.

Encontros e Desencontros

Hoje, jantando num pequeno restaurante aqui perto de casa, pude presenciar, ao vivo, uma cena que já me tinham descrito. Um casal de meia idade se senta à mesa vizinha da minha. Feitos os pedidos ao garçom, o homem, bem depressinha, tira o celular do bolso, e não mais o deixa, a merecer sua atenção exclusiva. A mulher, certamente de saber feito, não se faz de rogada e apanha um livro que trazia junto à bolsa. Começa a lê-lo a partir da página assinalada por um marcador. Espichando o meu pescoço inconveniente (nem tanto, afinal as mesas eram coladinhas) deu para ver que era uma obra da Martha Medeiros. Desse modo, os dois iam usufruindo suas gulodices, sem comentários, com algumas reações dele, rindo com ele mesmo com postagens que certamente ocorriam em seu celular. Até dois estranhos, postos nessa situação, talvez acabassem por falar alguma coisa. Pensei: devem estar juntos há algum tempo, sem ter mais o que conversar. Cada um sabia tudo do outro, nada a acrescentar, nada de novo ou surpreendente. E assim caminhava, decerto, a vida daquele casal. O que me choca, mesmo observando esta situação, como outras que o dia a dia me oferece, é a ausência de conversa. Sem conversa eu não vivo, sem sua força agregadora para trocar ideias, para convencer ou ser convencido pelo outro, para manifestar humor, para desabafar sobre o que angustia a alma, em suma, para falar e para ouvir. A conversa não é a base da terapia? Sei não, mas, atualmente, contar com um amigo para jogar conversa fora ou para confessar aquele temor que lhe está roubando o sossego talvez não seja fácil. O tempo também, nesta vida corre-corre, tem lá outras prioridades. Mia Couto é contundente: “Nunca o nosso mundo teve ao seu dispor tanta comunicação. E nunca foi tão dramática a nossa solidão.” Até se fala muito, mas ouvir o outro? Falo de conversas entre pessoas no mundo real. Vive-se hoje, parece, mais no mundo digital. Nele, até que se conversa muito; porém, é tão diferente, mesmo quando um está vendo o outro. O compartilhamento do mesmo espaço, diria, é que nos proporciona a abrangência do outro, a captação do seu respirar, as batidas de seu coração, o seu cheiro, o seu humor... Desse diálogo é que tanta gente está sentindo falta. Até por telefone as pessoas conversam, atualmente, bem menos. Pelo WhatsApp fica mais fácil, alega-se. Rapidinho, rapidinho. Mas e a conversa? Conversa-se, sim, replicam. Será? Ou se trocam algumas palavras? Quando falo em conversa, refiro-me àquelas que se esticam, sem tempo marcado, sem caminho reto, a pularem de assunto em assunto. O WhatsApp é de graça, proclamam. Talvez um argumento que pode ser robusto, como se diz hoje, a favor da utilização desse instrumento moderno. [......] Esses momentos vão se tornando, assim me parece, uma cena menos habitual nestes tempos digitais. A pressa, os problemas a se multiplicarem, as tarefas a se diversificarem, como encontrar uma brecha para aquela conversa, que é entrega, confiança, despojamento? Conversa que exige respeito: um local calminho, sem gritos, vozes esganiçadas, garçons serenos. Sim, umas tulipas estourando de geladas e uns tira-gostos de nosso paladar a exigirem nova pedida. Não queria perder esses encontros. Afinal, a vida está passando tão depressa...

Adaptado de: UCHOA, Carlos Eduardo. Disponível em: http://carloseduardouchoa.com.br/blog/.

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31. No 3º parágrafo, o autor cita o escritor moçambicano Mia Couto. Essa estratégia objetiva a) Valorizar a literatura contemporânea, por meio desse escritor. b) Ser coerente com as pessoas que não gostam da Internet. c) Comprovar que a literatura e a Internet são incompatíveis. d) Induzir o leitor a aceitar o texto como verdadeiro. e) Corroborar as ideias explicitadas anteriormente. GABARITO: E A citação de Mia Couto é bastante conveniente, pois além dele ser uma figura conhecida e respeitada no âmbito da literatura, a citação colocada tem relação com a argumentação do autor do texto em questão. Isso porque também trata da falta de comunicação nos dias de hoje. Assim, o autor faz uso dessa estratégia para corroborar as ideias explicitadas anteriormente. 32. Brasil: o país dos 100 milhões de raios

Dos 3,15 bilhões de raios que golpeiam a Terra e seus habitantes durante um ano, 100 milhões deles vêm desabar em terras brasileiras. O número, divulgado no ano passado por uma equipe de cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (lnpe), em São José dos Campos, São Paulo, não é superado por nenhum outro país. E ficou bem acima das estimativas que davam conta de 30 milhões ao ano. Agora, sabemos com segurança: em quantidade de relâmpagos, ninguém segura este país.

FON, A. C.; ZANCHETTA, M. I. Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 27 jan. 2015.

Diversos expedientes argumentativos são empregados nos textos para sustentar as ideias apresentadas. Nesse texto, a citação de um instituto especializado é uma estratégia para a) atestar a necessidade de ações de prevenção de danos causados por raios. b) apresentar as estimativas de incidência de raios em terras brasileiras. c) promover discussão sobre as consequências das descargas de raios. d) conferir credibilidade aos resultados de uma investigação sobre raios. e) comparar o número de raios incidentes no Brasil e no mundo. GABARITO: D É correta a opção [D], pois a conclusão apresentada no texto é sustentada pela citação de um instituto especializado no assunto o que constitui argumento de autoridade, conferindo credibilidade à informação.

MATEMÁTICA 33. O valor dos juros simples em uma aplicação financeira de R$ 3.000,00 feita por dois trimestres à taxa

de 2% ao mês é igual a a) R$ 360,00 b) R$ 240,00 c) R$ 120,00 d) R$ 450,00 e) R$ 520,00 GABARITO: A 34. Por quanto tempo deve ficar aplicado um capital para que o juro seja igual a três vezes o capital, se a

taxa de juros simples for 5% ao mês? a) 2 anos b) 7 anos c) 5 anos d) 10 meses e) 11 meses GABARITO: C 35. Se R$ 10.000,00 foram aplicados por 10 dias, a juros simples, de taxa de 15% ao mês, qual o montante

dessa aplicação? a) R$ 11.800,00 b) R$ 10.500,00 c) R$ 11.500,00 d) R$ 10.800,00 e) R$ 12.800,00 GABARITO: B

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36. Por usar o limite de sua conta bancária, o Sr. João teve que pagar, pelos três meses de atraso, juros compostos de 25% ao mês sobre o valor devido. Se o valor sobre o qual incidem os juros corresponde a R$ 1.600,00, o valor total pago pelo Sr. João, contabilizando o valor devido e os juros correspondentes, foi de

a) R$ 2800,00. b) R$ 1200,00. c) R$ 3125,00. d) R$ 3000,00. e) R$ 2000,00. GABARITO: C 37. Fábio aplicou R$ 1.000,00 em uma aplicação que rende juros compostos de 2% ao mês. Ao final de 3

meses qual será o montante da aplicação de Fábio, desprezando-se as casas decimais? a) R$ 1.060 b) R$ 1.061 c) R$ 1.071 d) R$ 1.029 e) R$ 1.063 GABARITO: B 38. Qual o juro obtido na aplicação, durante 3 meses, de um capital de R$ 10.000,00, à taxa de juros simples de

10% ao mês? a) R$ 30,00 b) R$ 300,00 c) R$ 3000,00 d) R$ 30000,00 e) R$ 300000,00 GABARITO: C 39. Numa P.A. a10 = 130 e a19 = 220. Calcular o quarto termo da P.A. a) 30 b) 40 c) 50 d) 60 e) 70 GABARITO: E 40. Se em uma P. A. de razão positiva o produto dos três primeiros termos é 384 e a soma é 24, então o quarto

termo é a) 16 b) 0 c) 8 d) 12 e) 4 GABARITO: A 41. O dono de uma fábrica pretende iniciar a produção com 2000 unidades mensais e, a cada mês, produzir 175

unidades a mais. Mantidas essas condições, em um ano, quantas unidades a fábrica terá produzido no total? a) 22 550 b) 12 250 c) 35 250 d) 35 550 e) 45 550 GABARITO: D

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42. Considere esta sequência de figuras:

Na figura 1, há 1 triângulo.

Na figura 2, o número de triângulos menores é 4.

Na figura 3, o número de triângulos menores é 16, e assim por diante.

Prosseguindo essa construção de figuras, teremos quantos triângulos menores na figura 7? a) 1024 b) 4096 c) 2048 d) 32 e) 64 GABARITO: B 43. A soma de três números em PG é 26 e o produto é 216. Então, o termo médio é igual a a) 26 b) 18 c) 6 d) 5 e) 2 GABARITO: C 44. Uma forte chuva começa a cair formando uma goteira no teto de uma casa. Uma primeira gota cai e 30

segundos depois cai uma segunda gota. A chuva se intensifica de tal forma que uma terceira gota cai 15 segundos após a queda da segunda gota. Assim, o intervalo de tempo entre as quedas de duas gotas consecutivas reduz-se à metade na medida em que a chuva piora. Se a situação assim se mantiver, em quanto tempo, aproximadamente, desde a queda da primeira gota, a goteira se transformará em um fio contínuo de água?

a) 2 minutos b) 12 segundos c) 24 segundos d) 36 segundos e) 1 minuto GABARITO: E

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JARDIM DA PENHA

(27) 3025 9150

JARDIM CAMBURI

(27) 3317 4832

PRAIA DO CANTO

(27) 3062 4967

VILA VELHA

(27) 3325 1001