Bioma Pantanal

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Centro de Tecnologia - CTEC Engenharia Ambiental Professor Roberto Caffaro Webquest – BIOMAS “PANTANAL” Juliana Costa Cavalcante Renata Campos Tauber
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Page 1: Bioma   Pantanal

Centro de Tecnologia - CTEC

Engenharia Ambiental

Professor Roberto Caffaro

Webquest – BIOMAS

“PANTANAL”

Juliana Costa Cavalcante

Renata Campos Tauber

Thiago Brandão

Maceió, 23 de setembro de 2009.

Page 2: Bioma   Pantanal

Centro de Tecnologia - CTEC

Engenharia Ambiental

Professor Roberto Caffaro

Webquest – BIOMAS

“PANTANAL”

Trabalho realizado pelos alunos Juliana Costa Cavalcante, Renata Campos Tauber e Thiago Brandão, da disciplina de Ecologia, ministrada pelo professor Roberto Caffaro.

Page 3: Bioma   Pantanal

Maceió, 23 de setembro de 2009.

BIOMA - PANTANAL

O Complexo do Pantanal, ou simplesmente Pantanal, é um bioma constituído

principalmente por savana estépica alagada em sua maior parte com 250 mil km² de

extensão, altitude média de 100 m2. O nome complexo vem do fato de a região ter

mais de um Pantanal dentro de si. Em que pese o nome, há um reduzido número de

áreas pantanosas na região pantaneira.

Está localizado no interior da América do Sul, situado no sul de Mato Grosso e no

noroeste de Mato Grosso do Sul, ambos Estados do Brasil, entre os meridianos 550 e

580 de longitude oeste e os paralelos de 160 e 220 de latitude sul, além de também

englobar o norte do Paraguai e leste da Bolívia, formando nestes países a região do

“Chaco Boliviano”, palavra que em linguagem indígena “quechua” significa "terra de

caça"(Figura1). Considerado pela UNESCO Patrimônio Natural Mundial e Reserva da

Biosfera.

Em território brasileiro, o Pantanal tem uma extensão de cerca de 140 mil km 2, com

600 km no sentido Norte-Sul e em certos lugares 250 km de largura.

Figura 1: Pantanal visto por satélite.

O Pantanal Matogrossense é uma das mais exuberantes e diversificadas reservas

naturais do Planeta integrando-o ao acervo dos patrimônios da humanidade, é a maior

extensão úmida contínua do planeta. Hidrograficamente, todo o Pantanal faz parte da

bacia do rio Paraguai constituindo-se em uma imensa planície de áreas alagáveis.

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Quando do período das cheias justifica a lenda sobre sua origem, que seria um imenso

mar interior – o mar de Xaraés.

O rio Paraguai e seus afluentes percorrem o Pantanal, formando extensas áreas

inundadas que servem de abrigo para muitos peixes, como o pintado, o dourado, o

pacu, e também para outros animais, como os jacarés, as capivaras e ariranhas, entre

outras espécies. Muitos animais ameaçados de extinção em outras partes do Brasil

ainda possuem populações vigorosas na região pantaneira, como o cervo-do-pantanal,

a capivara, o tuiuiú e o jacaré.

Devido a baixa declividade desta planície no sentido norte-sul e leste-oeste, a água que

cai nas cabeceiras do rio Paraguai, chega a gastar quatro meses ou mais para

atravessar todo o Pantanal. Os ecossistemas são caracterizados por cerrados e

cerradões sem alagamento periódico, campos inundáveis e ambientes aquáticos, como

lagoas de água doce ou salobra, rios, vazantes e corixos.

O clima, predominantemente tropical, apresenta características de continentalidade,

com diferenças bem marcantes entre as estações seca e chuvosa, é do tipo quente no

verão, com temperatura média em torno de 32°C e frio e seco no inverno, com média

em torno de 21°C, ocorrendo ocasionalmente, geadas nos meses de julho e agosto. A

precipitação pluviométrica anual está entre 1.000 e 1.400 mm, sendo dezembro e

janeiro os meses mais chuvosos. No verão, entre outubro e maio, época das chuvas, as

terras são literalmente inundadas. Podemos dividir o clima na região também em

quatro estações distintas: cheia (de janeiro a março) (Figuras 2), vazante (abril e maio),

seca (de junho a setembro) (Figura 3), e enchente (de outubro a dezembro).

Figuras 2: Pantanal durante o período de cheias

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Figura 3: Pantanal durante o período de seca.

A união de fatores tais como o relevo, o clima e o regime hidrográfico da região

favoreceram o desenvolvimento de numerosas espécies animais e vegetais que

povoam abundantemente toda sua extensão. O Pantanal, entretanto, não é um só.

Existem 10 (dez) tipos de pantanal na região com características diferentes de solo,

vegetação e drenagem, são eles: Nabileque (9,4 %); Miranda (4,6%); Aquidauana (4,9

%); Abobral (1,6 %); Nhecolândia (17,8 %); Paiaguás (18,3 %); Paraguai (5,3 %); Barão

de Melgaço (13,3 %); Poconé (12,9 %); Cáceres (11,9 %).

Como é uma área de transição, a região é formada por uma variedade de ecossistemas

que são periodicamente inundados, apresentando, por isso, uma fauna densa e

diversificada, muito rica, provavelmente a mais rica do planeta. Cerca de 650 espécies

diferentes de aves já foram catalogadas (no Brasil estão catalogadas cerca de 1580),

sendo 444 espécies de aves raras (67,7%) e 212 espécies de aves comuns (32,2%).

As aves especialmente as aquáticas, são as mais adaptadas às condições ambientais da

região do Pantanal. Devido a sua grande facilidade de deslocamento podem aproveitar

ao máximo os ciclos de "enchentes" e "vazantes". As variações climáticas e

hidrológicas do Pantanal determinam o comportamento alimentar e reprodutivo, não

apenas das aves, como de toda a fauna. Os fatores que condicionam o período da

reprodução são principalmente a disponibilidade de recursos alimentares e de sítios de

nidificação.

Entre as espécies registradas, destacam-se aves consideradas como ameaçadas de

extinção, como a arara azul (Figura 4) (Anodorhynchus hyacinthinus - ameaçada tanto

pela caça como pelo desaparecimento do seu habitat. A ave também aparece no Norte

e Nordeste. Existem aproximadamente cerca de 4.000 no país e nos últimos 20 anos,

Page 6: Bioma   Pantanal

mais de 15 mil araras foram retiradas do Brasil. Hoje, os fazendeiros e os peões ajudam

a impedir o comércio das aves), o gavião-pato (Spizastur melanoleucus) e o gavião-de-

penacho (Spizaetus ornatus), além das endêmicas como o chororó-do-pantanal

(Cercomacra melanaria) e as aves migratórias como maçaricos, garças, cabeças-secas,

jaburus, colhereiros, andorinhas e a tesourinha. Há ainda tuiuiús, a ave símbolo do

Pantanal (Figura 5), tucanos, periquitos, garças-brancas, jaburus, beija-flores (os

menores chegam a pesar dois gramas), socós (espécie de garça de coloração castanha),

jaçanãs, emas, seriemas, papagaios, colhereiros, gaviões, carcarás e curicacas.

Figura 4: Arara-azul, em extinção.

Figura 5: Tuiuiú, ave símbolo do Pantanal.

Já foram catalogadas mais de 1.100 espécies de borboletas. Contam-se mais de 80

espécies de mamíferos, sendo os principais a onça-pintada (Figura 6) (atinge a 1,2 m

de comprimento, 0,85 cm de altura e pesa até 200 kg), capivara, lobinho, veado-

campeiro, veado catingueiro, lobo-guará, macaco-prego, cervo do pantanal, bugio

(macaco que produz um ruído assustador ao amanhecer), porco do mato, tamanduá,

cachorro-do-mato, anta, preguiça, ariranha, suçuarana, quati, tatu etc.

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A região também é extremamente piscosa, já tendo sido catalogadas 263 espécies de

peixes: piranha (peixe carnívoro e extremamente voraz), pacu, pintado, dourado,

cachara, curimbatá, jaú e piau são as principais encontradas.

Há uma infinidade de répteis, sendo o principal o jacaré (jacaré-do-pantanal (Figura 7)

e jacaré-de-coroa), cobras (sucuri, jibóia, cobras-d’água e outras), lagartos (camaleão,

calango-verde) e quelônios (jabuti e cágado).

O cervo-do-pantanal, o tuiuiú e a capivara, são animais que estão com risco de

extinção.

Figura 6- Onça pintada Figura 7 – Jacaré do Pantanal

Durante a época de estiagem, nos meses de maio a setembro, podem ser vistas as

mais fantásticas aglomerações de pássaros. Centenas até milhares de tuiuiús, cabeças-

secas, garças e muitas outras espécies se encontram para pescar os abundantes peixes

nas baías e alagados que agora secam. É a época também de reprodução para a

maioria dos animais.

Na paisagem pantaneira são chamadas de baías as lagoas de água doce, de salinas as

compostas de água salgada e de barreiros as que secam na estiagem. Denomina-se de

corixos os cursos d’água que ligam estas formações à outras baías ou rios. As faixas de

terras ligeiramente mais altas, cobertas com mata não alagada, foram designadas de

cordilheiras.

Sua vegetação é um mosaico de cinco regiões distintas: Floresta Amazônica, Cerrado,

Caatinga, Mata Atlântica e Chaco (paraguaio, argentino e boliviano). Durante a seca, os

campos se tornam amarelados e não sendo raro a temperatura descer a níveis abaixo

Page 8: Bioma   Pantanal

de 0°C, e registrar geadas, influenciada pelos ventos que chegam do sul do continente.

Não é homogênea e há um padrão diferente de flora de acordo com o solo e a altitude.

Nas partes mais baixas, predominam as gramíneas, que são áreas de pastagens

naturais para o gado (a pecuária é a principal atividade econômica do Pantanal). A

vegetação de cerrado, com árvores de porte médio entremeadas de arbustos e plantas

rasteiras, aparece nas alturas médias. Poucos metros acima das áreas inundáveis ficam

os capões de mato, com árvores maiores como angico, ipê e aroeira.

Em altitudes maiores, o clima árido e seco torna a paisagem parecida com a da

caatinga, apresentando espécies típicas como o mandacaru, plantas aquáticas, piúvas

(da família dos ipês com flores róseas e amarelas), palmeiras, orquídeas, figueiras e

aroeiras.

Vemos que esse bioma possui uma vegetação rica e variada, que inclui a fauna típica

de outros biomas brasileiros, como o cerrado, a caatinga e a região amazônica. A

camada de lodo nutritivo que fica no solo após as inundações permite o

desenvolvimento de uma rica flora. Em áreas em que as inundações dominam, mas

que ficam secas durante o inverno, ocorrem vegetações como a palmeira carandá

(Figura 8), e o paratudal.

Figura 8: Árvores nativas da região.

Durante a seca, os campos são cobertos predominantemente por gramíneas e

vegetação de cerrado. Essa vegetação também está presente nos pontos mais

elevados, onde não ocorre inundação. Nos pontos ainda mais altos, como os picos dos

morros, há vegetação semelhante à da caatinga, com barrigudas, gravatás e

mandacarus. Ainda há a ocorrência de vitória-régia(Figura 9), planta típica da

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Amazônia. Entre as poucas espécies endêmicas está o carandá, semelhante à

carnaúba.

A vegetação aquática é fundamental para a vida pantaneira: imensas áreas são

cobertas por batume, plantas flutuantes como o aguapé, e a salvinia. Essas plantas são

carregadas pelas águas dos rios e juntas formam verdadeiras ilhas verdes, que na

região recebem o nome de camalotes. Há ainda no Pantanal áreas com mata densa e

sombria. Em torno das margens mais elevadas dos rios ocorre a palmeira acuri, que

forma uma floresta de galerias com outras árvores, como o pau-de-novato, a

embaúba, o genipapo e as figueiras.

Figura 9: Vitória Régia vegetação típica de áreas alagadas, como o pantanal

O pantaneiro tem o hábito de se alimentar muito bem. Esse hábito tem o nome de

quebra - torto, que é praticamente um café reforçado, com pão, arroz com carne seca,

café e outras delícias proporcionadas pela vasta planície.

O Tereré (Herdado da tradição guarani, uma bebida servida em cuia, com erva-mate e

água gelada), é bastante consumido pelos pantaneiros, depois da realização do

trabalho matutino, e também em rodas de conversas entre famílias, peões ou amigos.

Em outras regiões, como no Oeste do Paraná, ele é tomado com refrigerante, mas o

tereré original é composto apenas por erva-mate e água natural.

O sarrabulho é uma unanimidade em Corumbá é um prato de alto teor calórico que

poucos sabem preparar. O prato é de origem portuguesa e tornou-se popular no

Nordeste e também em Corumbá.

Urucum é uma semente de coloração avermelhada, que vem do tupi uru-ku, significa

vermelho, conhecida popularmente por Urucum, urucu, açafroa, colorau, nome

Page 10: Bioma   Pantanal

cientifico, da família botânica Bixáceas, serve como tempero e corante de alimentos. É

muito utilizado na culinária pantaneira em preparos de peixes, jacarés e caldo de

piranha, os índios sempre usaram para pintar o corpo em suas comemorações festivas

e com isso, se defender contra picadas dos mosquitos.

Jacarés são répteis bem adaptados ao meio ambiente e dominam ainda hoje muitos

habitats, no Pantanal, estes são diferentes dos da Amazônia. O do Pantanal mede até

2,5m e se alimenta de peixes e é quase inofensivo ao homem. Enquanto o da

Amazônia é um pouco maior (quase 6 metros) e ataca quando ameaçado. Sua carne é

comestível, a parte mais nobre do corpo do animal que é aproveitada é o rabo. É uma

carne branca e consistente.

As piranhas são um grupo de peixes carnívoros de água doce que habitam alguns rios

do pantanal e demais regiões brasileiras, existem 3 espécies de piranha no Pantanal e

elas podem ser perigosas. Por isso, em local onde se costuma limpar peixes não é

aconselhável mergulhar, pois ela poderá mordê-lo por engano. A piranha também

pode morder depois de morta. Seus dentes afiados podem cortar carne e até osso num

movimento brusco. Na região do Pantanal sua carne é utilizada para se fazer o famoso

Caldo de Piranha.

Suas principais atividades econômicas estão ligadas à criação de gado bovino, detém

aproximadamente três milhões de cabeças de bovinos de corte, criadas em regime

extensivo de exploração em grandes propriedades, o que faz da pecuária sua principal

atividade econômica há mais de 200 anos, é facilitada pelos pastos naturais e pela

água levemente salgada da região, ideal para esses animais. Para peões, fazendeiros e

coureiros, o cavalo é um dos principais meios de transporte. Os pescadores, buscam

nos rios sua fonte de sustento e alimentação. Há também, uma pequena população

indígena ribeirinha.

O exemplo mais típico de rio, em Mato Grosso do Sul, com sérios problemas de

degradação acelerada é o agonizante rio Taquari. Com o advento do Pólo Centro, Pólo

Noroeste, Prodegran, Prodepan e outros programas especiais do Governo Federal,

implantados na década de 70, desencadearam-se um rápido processo de

desmatamento para implantação de pastagens cultivadas e, posteriormente, de soja

em Mato Grosso do Sul. O empirismo e a irresponsabilidade dominantes na época são

hoje os grandes responsáveis pelo dano causado a esse rio.

Page 11: Bioma   Pantanal

Em Mato Grosso, a extração de ouro, principalmente no município de Poconé, com

utilização indiscriminada de mercúrio constitui uma outra grave ameaça ao Pantanal. O

mercúrio é biotóxico, bioacumulável nas cadeias alimentares e, comprovadamente

cancerígeno, mutagênico e teratogênico. Os rins e o sistema nervoso central são os

órgãos mais atingidos. Os organismos localizados no topo das cadeias alimentares são

os mais susceptíveis e vulneráveis. Assim, os peixes carnívoros, tais como pintado,

cachara, dourado, piranha e traíra são os que têm maior potencial de concentrarem

mercúrio na carne. Por isso, a saúde do homem, até mesmo a das populações da bacia

platina localizadas a grandes distâncias das fontes emissoras, pode também ficar

comprometida definitivamente pela elevada freqüência da ingestão de peixe

contaminado.

Em Corumbá a atividade de mineração e siderúrgica são importantes geradoras de

emprego e renda, os impactos ambientais destas atividades estão sendo avaliados

existindo muita controvérsia.

O desenvolvimento de um pensamento ambientalista e social tem levado vários

pesquisadores a discutirem o impacto da ocupação humana neste ecossistema.

Um planejamento para a região que esta sendo desenvolvido é o Projeto Pantanal que

foi criado com o objetivo de reduzir o ritmo e retificar os processos atuais de

degradação ambiental nas partes altas e baixas da bacia do Alto Paraguai, por

intermédio de programas coordenados e integrados pelos estados de Mato Grosso do

Sul e Mato Grosso, compostos de medidas de proteção imediata e melhorias

estruturais a longo prazo.

O projeto tem a preocupação de diagnosticar de maneira integrada os aspectos físicos,

bióticos e socioeconômicos, para elaborar as diretrizes e estratégias de ação, para o

planejamento ordenado das atividades e incentivos às atividades, e que sejam

compatíveis com a capacidade de suporte dos ecossistemas existentes.

A falta de planejamento no uso do solo e dos recursos naturais, baseada na exploração

imediatista, gerou para região, sérios problemas com graves conseqüências. Dentre os

principais problemas ambientais destacamos o desequilíbrio ecológico provocado pela

pecuária extensiva, pelo desmatamento para produção de carvão com destruição da

vegetação nativa; a pesca e a caça predatórias de muitas espécies de peixes e do

jacaré; o garimpo de ouro e pedras preciosas, que gera erosão, assoreamento e

Page 12: Bioma   Pantanal

contaminação das águas dos rios Paraguai e São Lorenço; o turismo descontrolado que

produz o lixo, esgoto e que ameaça a tranqüilidade dos animais, etc.

A beleza proporcionada pela paisagem pantaneira fascina pessoas de todo o mundo

fazendo com que o turismo se desenvolva em vários municípios da região.

Uma atividade relativamente nova é o ecoturismo, já existem diversas pousadas

pantaneiras praticando esta modalidade de turismo sustentável.

Em Corumbá a atividade de mineração e siderúrgica são importantes geradoras de

emprego e renda, os impactos ambientais destas atividades estão sendo avaliados

existindo muita controvérsia.

A presença de ouro e diamantes na baixada cuiabana e nas nascentes dos rios Paraguai

e São Lourenço vem atraindo milhares de garimpeiros, cuja atividade causa o

assoreamento e compromete a produtividade biológica de córregos e rios, além de

contaminá-los com mercúrio.

O incentivo dado pelos governos a partir da década de 1960 para desenvolver a região

Centro-Oeste através da implantação de projetos agropecuários, trouxe muitas

alterações nos ambientes do cerrado ameaçando a sua biodiversidade.

“O Pantanal, que no início do século era a maior planície alagada do mundo, está

extinto.”, em 2051, tal manchete poderá surgir em telas de cristal líquido em todo o

mundo. Um novo levantamento, divulgado pela Conservação Internacional (CI), mostra

que a notícia está longe de ser um exagero.

Com quase 17% da sua vegetação original já transformada, e com uma taxa de

devastação média anual de 2,3%, bastarão 45 anos para que tudo desapareça. Ou seja,

as belas imagens aéreas pantaneiras poderão estar apenas em arquivos.

Considerando toda a área da bacia, estudos mostraram que 45% da região já sofreu

algum tipo de alteração. Além das ameaças futuras, como a de projetos que

pretendem levar siderúrgicas para a região, o Pantanal está sendo morto pelas

atividades em curso no seu interior.

Tais questões tem sido alvo de uma extensa discussão e algumas ações ambientais por

parte dos órgãos ambientais e da comunidade tem coibido tais agressões.

Não existe uma solução única e muito menos unilateral. É preciso que seja tomada

uma atitude coletiva, a fiscalização contra o desmatamento e um controle maior sobre

o licenciamento de determinadas atividades são outros problemas que precisam ser

Page 13: Bioma   Pantanal

considerados. Hoje, em termos de áreas preservadas por lei, apenas 4,5% do Pantanal

está protegido.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1]- http://www.pantanal.com/index.htm

Page 14: Bioma   Pantanal

[2]-http://www.ibge.gov.br/7a12/conhecer_brasil/default.php?id_tema_menu=1&id_

tema_submenu=12

[3]- http://br.geocities.com/serraverde/pantanal/caracteristicas.html

[4]- http://br.geocities.com/serraverde/pantanal/flora.html

[5]- http://pt.wikipedia.org/wiki/Pantanal

[6]- http://www.colorfotos.com.br/pantanal/pantanal.htm

[7]- http://www.suapesquisa.com/geografia/pantanal.htm

[8]- http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?id=22987

[9]- http://360graus.terra.com.br/ecologia/default.asp?did=16808&action=news

[10]- http://www.portalpantanal.com.br/dadosgerais.html

[11]-http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./natural/index.html&

conteudo=./natural/biomas/pantanal.html

[12]- http://www.achetudoeregiao.com.br/ANIMAIS/PANTANAL.HTM

[13]- http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=963&sid=2

[14]-http://www.ibama.gov.br/ecossistemas/pantanal.htm