Bioma Semi-árido
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL CENTRO DE TECNOLOGIA - CTEC
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO
Kamylla Renatha Oliveira de AraújoLuiz Antonio Gomes de Barros Pontes
Mahelvson Bazilio ChavesNálen Jací Oliveira Avelino
LOCALIZAÇÃO
O Semi-árido brasileiro está entre os estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Norte de Minas Gerais.
Abrangendo a maior área territorial dentre os espaços naturais que compõe a região Nordeste.
Se caracteriza por médias térmicas acima de 26° C, e duas estações bem distintas: uma seca na qual chove muito pouco, e uma úmida quando ocorrem precipitações irregulares que vão de um mínimo de 300 mm a um máximo de 800 mm.
PARA A NOVA DELIMITAÇÃO DO SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO, TOMOU-SE POR BASE TRÊS CRITÉRIOS TÉCNICOS:
Precipitação pluviométrica média anual inferior a 800 milímetros;
Índice de aridez de até 0,5 calculado pelo balanço hídrico que relaciona as precipitações e a evapotranspiração potencial, no período entre 1961 e 1990;
E risco de seca maior que 60%, tomando-se por base o período entre 1970 e 1990.
A área do semi-árido brasileiro aumentou de 892.309,4 Km² para 969.589,4 Km²;
Sendo Composta 1133 municípios;
Totalizando uma população de 20.8588.264 milhões de pessoas, 44% destas residindo na zona rural; 10,5% do território nacional e 53,9% do território nordestino.
FATORES AMBIENTAIS
CLIMA
Temperaturas Circulação Atmosférica Evapotranspiração
GEOLOGIA, RELEVO E SOLOS
Nas Planícies Ocorrem: Solos profundos, argilosos, boa porosidade e rico em nutrientes. Uma concentração alta de óxido férreo dá a estas rochas uma cor de rosa a avermelhada.
Nos Planaltos Ocorrem: Solos pobres em nutrientes e altamente ácidos com depósitos pedregosos e arenosos profundos.
Cerca de 50% dos terrenos do Semi-Árido são de origem cristalina, rocha dura que não favorece a acumulação de água, sendo os outros 50% representados por terrenos sedimentares, com boa capacidade de armazenamento de águas subterrâneas.
SERRA DO TOMBADORPossui um relevo montanhoso que se destaca das regiões mais
baixas que o circundam - sua altitude fica em geral acima de 800 metros, alcançando aproximadamente 1000 m nos pontos de maior altitude, enquanto que a altitude nas planícies ao redor variam de 400 a 600 m, embora sofram um ligeiro aumento nas bordas do planalto.
BIODIVERSIDADE
IMSEAR (Instituto do Milênio do Semi-árido)
Catalogar a biodiversidade regional, indicar espécies endêmicas, em perigo de extinção e com potencial econômico, além de detectar áreas com grande número de espécies no Semi-árido brasileiro.
PPBio (Programa de Pesquisa em Biodiversidade do Semi-árido)
Articular atividades de instituições de pesquisa do Nordeste buscando levantar e caracterizar as espécies de plantas, animais, fungos e microrganismos do Semi-árido.
Angiospermas
Apresentam uma importância fundamental para a vida nos ambientes terrestres, onde são os principais produtores de matéria orgânica.
Na região do Semi-árido, os principais tipos de vegetação são a caatinga, os campos rupestres e o cerrado. Esses tipos de vegetação podem ser caracterizados por diferentes conjuntos de grupos taxonômicos de angiospermas.
Representam a principal fonte de recursos para as populações humanas, fornecendo alimento, produtos medicinais, material de construção, combustível e forragem.
Fungos
O número de fungos conhecidos para o semi-árido é extremamente baixo, quando comparado com o número total de espécies conhecidas para o mundo.
Fatores que contribuem para esse disparate em relação aos fungos do Semi-árido:
(i) o posicionamento geográfico das instituições de pesquisa que trabalham com fungos localizadas no litoral, e que assim direcionam as pesquisas para os ecossistemas mais próximos (Mata Atlântica, restinga, etc.);(ii) fatores climáticos na região semi-árida (seca) que diminui a ocorrência, pelo menos naquele momento dos fungos, embora existam espécies adaptadas; (iii) O principal fator, sem dúvida, a falta de recursos humanos treinados para esse tipo de trabalho.
Peixes
As espécies de peixes que ocorrem no Semi-árido representam o resultado de processos evolutivos condicionados por fatores climáticos e pelo regime hidrológico da região.
São registradas cerca de 240 espécies
Embora a região seja menos diversificada quando comparada com outros ecossistemas brasileiros, ela está representada por no mínimo 56 espécies endêmicas.
Aves
A região do Semi-árido baiano totaliza cerca de 40% do território do Estado da Bahia e o Parque Nacional da Chapada Diamantina é considerado área chave para a conservação de espécies vulneráveis e raras, pois foi registrado um total de 456 espécies de aves ocorrentes no Semi-árido baiano.
Os estudos sobre interação entre aves e plantas, sobretudo acerca dos beija-flores e seus recursos florais e sobre dispersão de sementes por aves, têm mostrado que grande parte dos recursos utilizados pelas aves (néctar e frutos) está disponível ao logo de todo o ano, mantendo as populações de polinizadores e dispersores de sementes na localidade, maximizando, desta forma, o processo reprodutivo das plantas.
PARTICULARIDADES
O Semi-Árido brasileiro possui uma extensão de 969.589 km².
Diferentemente de outras áreas semi-áridas do mundo, a do Brasil é bem populosa, com cerca de 20 milhões de habitantes, o que representa mais ou menos 10% do total do país.
No semi-árido encontra-se a Caatinga, vegetação que resiste às secas porque retém água em suas fibras, como mandacaru, o xiquexique e a palma forrageira. A Caatinga abrange 735.000 km².
É a vegetação mais degradada no semi-árido, e possui menos de 1% de sua área protegida em reservas.
INTERAÇÕES POPULACIONAIS
São apenas dois os rios permanentes que cortam o Semi-Árido: o São Francisco e o Parnaíba; sendo que os demais aparecem de forma intermitente (apenas nos períodos de chuva), desempenhando, contudo, um papel fundamental na dinâmica de ocupação dos espaços nessa região.
Economia do Semi- Árido é baseada na agricultura tradicional, no sistema de policultura (principalmente milho e feijão) e pecuária (rebanhos de bovinos, ovinos e caprinos), portanto a vulnerabilidade à existência das secas é elevada e a situação agrava-se quando o foco recai nos pequenos agricultores ou nos trabalhadores sem-terra.
Desestruturação das unidades familiares, diante da impossibilidade de sobrevivência nos períodos de seca, e a ineficiência das ações do poder público, historicamente baseadas em medidas emergenciais e políticas setoriais.
A SUSTENTABILIDADE NA AGRICULTURA DO SEMI-ÁRIDO
O semi-árido brasileiro não é uma terra ruim para a atividade agrícola. Grandes extensões planas, boas qualidades atmosféricas para culturas como a da uva, por exemplo, e vastas reservas de água de qualidade nas profundezas da terra; dão a esse lugar tão desprezado de nossa geografia um caráter de alto produtor de frutas e de alimentos em geral quando sanamos os problemas envolvidos na obtenção de água.
Hoje, graças a essas técnicas de sustentabilidade aplicadas à agricultura do semi-árido brasileiro, as famílias deixaram para trás as colheitas de feijão, milho e palma; para produzirem e comercializarem hortaliças, frutas e produzirem vinho (além da criação de rebanhos mais saudáveis e economicamente viáveis).