BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de...

63
BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal

Transcript of BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de...

Page 1: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

BIOMETRIA FLORESTAL

Eduardo Pagel Floriano

São Gabriel

2008

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA

Curso de Engenharia Florestal

Page 2: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

BIOMETRIA FLORESTAL

É a medição das árvores e dos povoamentos florestais e do seu

crescimento.

Page 3: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

OBJETIVO DA DISCIPLINA

Proporcionar ao aluno a oportunidade de adquirir conhecimentos teóricos e práticos

das técnicas e dos métodos de mensuração e de estimação de variáveis dendrométricas usadas pela Engenheira Florestal na estimativa das dimensões

atuais e do crescimento das árvores e dos povoamentos florestais.

Page 4: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

BIBLIOGRAFIACAMPOS, J.C.C. & LEITE, H.G. Mensuração florestal – perguntas e respostas. Viçosa:UFV, 2002.407p.

FINGER, C.A.G. Fundamentos de Biometria Florestal. 1.ed., UFSM, Santa Maria: CEPEF, 1992, 269 p.

HUSCH, B.; MILLER, C. J. ; BEERS, T. W. Forest mensuration 3 ed. New York, Ronald Press, 1982. 410 p.

IMAÑA Encinas, J. et al. Variáveis dendrométricas. Brasília: UNB/DEF, Comunicações técnicas florestais, v.4, n.1, 2002. 102p. ISBN 85-87599-07-0. Disponível em: <http://www.redeppcerradopantanal.org.br/Publicacoes/J.Imana%20livro_variaveis_dendrometricas.pdf>. Acesso em: 06/08/2008.

LOETSCH, F; ZOHRER, F; HALLER, K.E. Forest inventory. 2.ed., Hamburg: B.L.V., 1975. 469p. v.2.

MACHADO,S.A. & FIGUEIREDO FILHO,A. Dendrometria. Curitiba: A. Figueiredo Filho,2003. 309p.

PRODAN, M.., PETERS, R., COX,F. et al. Mensura forestal. San Jose:Costa Rica, GTZ, 1997.561p.

SILVA, J. A. Biometria e estatística florestal. S. Maria: UFSM, 1977. 235p.

Page 5: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

BIOMETRIA FLORESTAL

INTRODUÇÃO A BIOMETRIA FLORESTAL

Page 6: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

1.1. Conceituação

1.1.1. Definição

É a ciência que trata da medição das árvores e de seu crescimento e da avaliação quantitativa dos povoamentos florestais, tomando por base métodos matemáticos e estatísticos.

Page 7: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

1.1.2. Importância

Todo o trabalho do Engenheiro Florestal é baseado em medições de árvores e de povoamentos florestais, sobre seu crescimento e sua evolução.

A Biometria Florestal é a ciência que trata dessas medições.

Pode-se dizer que a Biometria Florestal é o alicerce da Engenharia Florestal.

Page 8: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

1.1.3. Relação com outras disciplinas

Page 9: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

1.2. Símbolos dendrométricos• c – circunferência• d – diâmetro• f – fator de forma• g – área basal• h – altura• i – incremento• k – quociente de

forma• n – número (quantd.)• p – incremento %• s – superfície• t – idade• v – volume• G – Área Basal/ha• I – incremento/ha• N – árvores/ha• V – volume/ha

• d ds dg d+ d- di ddom d100 d0,1h d0,ih

• f0,1h f7

• h hc hd hL hg hdom h0 h100

• id ih ig iv IMA ICA ICP IMIC• K

0,ih K5,3 Ka

• vcc vsc

• Vs V7

Page 10: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

1.3. Precisão, exatidão e estimadores

• Precisão– Precisão é o grau de variação de uma medição.– Relacionada ao instrumento e método de medição.

• Exatidão– Exatidão se refere à conformidade com o valor real.– Relacionada à medida verdadeira.

• Estimadores– População - parâmetros– Amostra – estatísticas– Estimador é uma função das observações (amostra) usada para

estimar um parâmetro da população.Exemplo: a média amostral é um estimador da média populacional.

Page 11: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Biometria Florestal

• Objetos de medição:– Árvores ou partes;– Amostras (compostas de unidades amostrais);– Florestas (população).

• Instrumentos de medição• Métodos de medição

Page 12: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Instrumentos de medição

• Trado de incremento Haglof

• Fornecedor: Maserafi (www.maserafi.com)

Page 13: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

• Lupa de mesa gigante articulada com luminária

• Fornecedor: Maserafi (www.maserafi.com)

Page 14: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

• Paquímetros• Fornecedor: Maserafi

(www.maserafi.com)

Page 15: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

• GPS Garmin 76 CSX com cartão de memória

• Fornecedores:Memory Cardusa (www.memorycardusa.com.br)Furtado Smidt (www.maserafi.com)Soil Control (seguro.intergiro.net/loja/default.aspx?LojaID=5121)

Page 16: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

• Hipsômetro - Vertex IV

• Fornecedor: Eloforte (www.eloforte.com)

Page 17: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

• Relascópio - Medidor de área basal e volume

• Fornecedor: Eloforte (www.eloforte.com)

Page 18: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

• Vertex Laser - Tecnologia Ultrasom e Laser

• Fornecedor: Eloforte (www.eloforte.com)

Page 19: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

• Suta Mantax Digital Haglof

• Fornecedor: Eloforte (www.eloforte.com)

Page 20: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

• Suta Mantax Mecânica Haglof

• Fornecedor: Eloforte (www.eloforte.com)

Page 21: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

• Clinômetro e Bússola SUUNTO TANDEM 360PC/R

• Fornecedor: Brasil Hobby (www.brasilhobby.com.br)

Page 22: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

• Fita dendrométrica

Page 23: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

• Trena Ultrasônica SONIN Combo PRO

• Fornecedor: Brasil Hobby (www.brasilhobby.com.br)

Page 24: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

• Medidor de umidade de madeira digital portátil MUMC-620

• Fornecedor: Meditec (www.meditecbrasil.com.br)

Page 25: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

• Coletor de Dados Laser Metrologic Optimus MK 5502 (USB)

• Fornecedor: Automatizando (www.automatizando.com.br)

Page 26: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

• Clinômetro e Hipsômetro Eletrônico Haglof

• Fornecedor: Brasil Hobby (www.brasilhobby.com.br)

Page 27: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

• Grampeador de Tapeceiro - Grampeador pinador Vonder (Pistola de grampos)

• Fornecedor: Brasutil (www.brasutil.com)

Page 28: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

• Régua transparente com graduação milimétrica em ambos os lados;

• Trena de costureira;• Trena de agrimensor;• Balizas topográficas.

Page 29: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

1.4. Resumo sobre Biometria Florestal, Amostragem e seus usos

• Diâmetro, Circunferência, Altura e Área Basal• Medição do Diâmetro (d) e Circunferência (c)• Medições de copa• Volume das árvores• Cubagem de árvores individuais• Medição da Casca• Biomassa• Crescimento

– Análise de tronco parcial (tradagem)– Análise de tronco completa– Medições periódicas de árvores ou parcelas permanentes

• Relação hipsométrica• Equações de volume• Altura dominante e espaçamento relativo• Inventário

– Métodos de amostragem– Marcação de Parcelas Permanentes– Amostragem Aleatória Simples

Page 30: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Diâmetro, Circunferência,Altura e Área Basal

• O Diâmetro (d), em centímetros, é tomado à altura de 1,3 m do solo (Diâmetro a Altura do Peito = DAP) ), medido diretamente, ou dado por:

d = CAP/ pi• A Circunferêcia (CAP ), em centímetros, é a

superfície da secção transversal ao nível de 1,3m do solo (Circunferência a Altura do Peito = CAP), medida diretamente, ou dada por:

CAP = pi.d • Área Basal (g), em metros quadrados, é a

superfície da secção transversal ao nível de 1,3m do solo (Circunferência a Altura do Peito = CAP), dada por:

g = pi.d² / 4• A Altura (h), em metros, é a distância do solo

até a última folha no extremo superior da copa.

Page 31: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Medição do Diâmetro (d)e Circunferencia (c)

• Diâmetro (d, ou DAP)– Suta– Fita diamétrica

• Circunferência (c, ou CAP)– Fita métrica

Page 32: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Medição da Altura (h)

• Clinômetro

• Hipsômetros– Blume-Leiss– Sunto– Vertex

• Relação de triângulos

Page 33: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

• Olho do observador num nível entre a base e o topo da árvore.

Medição de altura - 1° Caso

Page 34: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Medição de altura - 2° Caso

• Olho do observador abaixo da base da árvore.

Page 35: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

• Olho do observador acima do topo da árvore.

Medição de altura - 3° Caso

Page 36: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Medições de copa

• USO:Eficiência no uso

do espaço de crescimento, competição e dominância na floresta.

• Dimensões– Diâmetro da

copa– Altura da

copa– Volume da

copa

Page 37: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Volume das árvores

• Crescimento simpodial

• Crescimento apical

Tipos de crescimento (Imanã et al., 2005).

Page 38: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Tronco das árvores

Page 39: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.
Page 40: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Cubagem de árvores individuais

i d g c Secção g media v

1 22 0.03801 0.15 1 0.03801 0.00570

2 19 0.02835 0.35 2 0.03318 0.01161

3 17 0.02270 0.80 3 0.02553 0.02042

4 16 0.02011 1.85 4 0.02140 0.03959

5 14 0.01539 3.00 5 0.01775 0.05325

6 11 0.00950 3.00 6 0.01245 0.03735

7 7 0.00385 1.50 7 0.00668 0.01001

      1.20 8 0.00385 0.00462

      11.85     0.18256

Variáveis estabelecidas: dcomercial = 7 cm;Variáveis medidas: d = 17 cm; h = 11,85 m; hc = 10.65 m;Variáveis calculadas: g = 0,02270 m²; v = 0,18256 m³; vc = 0,17224 m³;Conversão p/ vcomercial empilhado: vst = 1,42 x 0,17224 = 0,2446 st.

Page 41: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Medição da Casca

• Medidor de casca;

• Régua milimétrica;

• paquímetro.

Page 42: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Biomassa (kg)

• Amostragem de:– Folhas– Galhos– Tronco– Raízes

• Pesagem e volumetria.

Page 43: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Crescimento

• Análise de tronco de espécies que formam anéis anuais:

• Tradagem ao nível do peito;

• Árvores abatidas;

• Árvores medidas periodicamente;

• Parcelas permanentes.

Page 44: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Crescimento - Tradagem

• Trado

Page 45: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Análise de tronco deárvores abatidas

Page 46: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Análise de tronco deárvores abatidas

Page 47: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Análise de tronco deárvores abatidas

• Fatia 1:base da 1ª tora;

• Fatia 2:Altura de 0,5 m;

• Fatia 3:Altura de 1,3 m;

• Fatia 4:no topo da 1ª tora;

• Fatias 5 a n:No topo da 2ª até a última tora.

Page 48: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Medições periódicas

• Árvores individuais– Árvores simples– Método das 6 árvores

• Parcelas permanentes– Área fixa– Redução de árvores com desbastes– Árvores dominantes– Base do manejo florestal

Page 49: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Relação Hipsométrica

• É a relação matemática entre o diâmetro e a altura das árvores;• Permite medir a altura de poucas árvores e estimar a altura das

demais num inventário florestal;• Há vários modelos matemáticos para descrever a relação

hipsométrica, como os seguintes:1. h = b0+b1.d+b2.d2

2. h = b0+b1.ln d3. h = b0+b1(1/d)4. h = b0+b1.d+b2(1/d)5. h = b0+b1(1/d)+ b2.d2

6. h = b0+b1.d+ b2(1/d)+b3.d2

7. h = b0+b1.ln d+b2.ln d2

• A escolha, geralmente, é feita pelo R², CV% e resíduos da equação calculada, preferindo-se o modelo mais simples e com menor número de coeficientes.

Page 50: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Relação hipsométrica

Arvore CAP d h ln (d) h estim resíduos1 75 23.9 21.7 3.173 22.2 0.52 52 16.6 19.1 2.807 19.5 0.43 90 28.6 23.5 3.355 23.5 0.04 82 26.1 22.7 3.262 22.8 0.15 89 28.3 24.3 3.344 23.4 -0.96 88 28.0 22.7 3.333 23.3 0.67 58 18.5 21.0 2.916 20.3 -0.78 89 28.3 24.2 3.344 23.4 -0.89 88 28.0 22.8 3.333 23.3 0.5

10 77 24.5 22.6 3.199 22.4 -0.211 107 34.1 23.8 3.528 24.8 1.012 87 27.7 22.4 3.321 23.3 0.913 94 29.9 22.1 3.399 23.8 1.714 101 32.1 25.4 3.470 24.3 -1.115 93 29.6 23.3 3.388 23.7 0.416 98 31.2 24.6 3.440 24.1 -0.517 90 28.6 25.3 3.355 23.5 -1.818 78 24.8 22.0 3.212 22.5 0.519 77 24.5 22.5 3.199 22.4 -0.120 95 30.2 24.4 3.409 23.9 -0.5

h=b0+b1.X => X=ln(d) => modelo 2 pág. ant.b0= -0.880697683b1= 7.266220286R²= 0.702691537Sxy= 1.234445976 mh méd= 23.0 mCV%= 5.4%

Page 51: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Equação de volume de Spurr

Arvore d h v

X=d².h

v estim

resíduos

144.

025.8 1.94830 498521.9499

3 0.00163

242.

028.0 1.92838 493041.9284

6 0.00008

329.

027.5 0.90474 231360.9037

7

-0.00097

432.

525.5 1.05294 269451.0529

3

-0.00001

538.

028.0 1.58141 404321.5810

6

-0.00035

622.

524.5 0.48489 124130.4838

9

-0.00100

737.

028.7 1.53921 393451.5385

0

-0.00071

818.

518.7 0.24870 63860.2478

9

-0.00081

934.

026.3 1.18981 304371.1896

9

-0.00012

1039.

027.0 1.60264 409911.6029

5 0.00031

1142.

029.0 2.00281 511912.0023

7

-0.00044

1246.

026.2 2.16287 553332.1645

7 0.00170

1338.

527.1 1.57059 401691.5707

6 0.00017

1447.

529.4 2.59824 664012.5979

7

-0.00027

1547.

031.1 2.69206 687662.6905

7

-0.00149

1647.

029.5 2.55082 651882.5504

4

-0.00038

1743.

028.8 2.08180 532142.0815

9

-0.00021

1833.

022.7 0.96398 246990.9649

6 0.00098

1933.

520.3 0.88813 227820.8899

0 0.00177

2025.

520.3 0.51536 132200.5154

7 0.00011

v=b0+b1.X => X=d².hb0= -0.002185317b1= 3.91582E-05R²= 0.999998438Sxy= 0.70834887 m³v méd= 1.52538 m²CV%= 46.4%

Page 52: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Altura dominante e espaçamento relativo

• Altura dominante (h0): É a altura média das 100

árvores mais grossas por hectare;

• Espaçamento relativo (S%): É a razão, expressa em

percentagem, entre a distância linear média (EM) entre árvores e a altura dominante (h0).

Page 53: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Inventário Florestal

• É realizado por amostragem, ou por censo, sobre:

• Parcelas de área fixa(Ex: parcela de 20m x 30m)

• Parcelas de área variável(Ex: Prova de numeração angular)

Page 54: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Métodos de amostragem

• Quanto ao tipo de unidades amostrais (parcelas):– Área fixa;– Área variável.

• Quanto ao sistema de escolha das unidades:– Aleatória;– Sistemática.

• Quanto ao método (estrutura da amostra):– Simples;– Estratificada;– Em conglomerados (grupos);– Pontual;– Quadrantes;– etc.

Page 55: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Marcação de Parcelas Permanentes

• Sorteia-se as parcelas na área florestal a amostrar;

• Marca-se o primeiro canto a partir do cruzamento de duas diagonais entre quatro árvores;

• Mede-se o lado A e marca-se o canto 2 no cruzamento de duas diagonais entre 4 árvores mais próximas;

• Usa-se um triângulo retângulo de lados com 3, 4 e 5 m para marcar linhas ortogonais nos cantos 1 e 2, depois mede-se os lados B e D;

• Determina-se o meio entre as duas linhas de árvores mais próximas da medida da parcela e marca-se os cantos 3 e 4;

• Finalmente, mede-se os valores reais dos lados A, B, C e D da parcela e calcula-se a área real pela equação:

Área = (A+C) . (B+D) / 4

• Na figura acima: marcação de uma parcela com lados de 20 m (400 m² - área real de 402,32m²) ;

• As árvores marginais das parcelas são marcadas com tinta e, à entrada do talhão, com um x;

• A medição é realizada a partir do canto esquerdo (1), indo e voltando a cada linha;

• Árvores sobre o limite: conta-se uma, outra não.

Page 56: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Amostragem Aleatória Simples

• De acordo com BRENA (1991), o cálculo do Tamanho da Amostra (n) é realizado da seguinte forma:

– Considerando-se uma área total de 100 hectares e parcelas de 100 m² cada uma, tem-se um total de: N=1.000.000 m² / 100 m² = 10.000 unidades amostrais de 100 m².

– 1º devem ser sorteadas cerca de 4 a 6 parcelas para realizar uma amostragem piloto.

• Depois procede-se os seguintes cálculos estatísticos com a principal variável medida, geralmente o volume por hectare.

Page 57: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Amostragem Aleatória Simples

ÁREA= 20 ha;

ESPAÇAMENTO = 2m X 2m

PARCELAS = 100 m².

Page 58: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Amostragem Aleatória Simples

• Amostragem de árvores em pé (parcela de área fixa)• CAP = circunferência a altura do peito (1,3m)• h = altura total da árvore• f = fator de forma artificial.• Diâmetro: d = CAP / p• Área Basal: g = p . d² / 4• Fator de conversão para volume empilhado: vst = 1,42 . v• Altura por relação de triângulos: h = A . ( 1 + (D/C) ) A = 3m = altura do bastão.• Volume: v = f . g . h• Parcelas amostrais de 10m x 10m = 100 m².

Page 59: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

AAS

Tabela de dados amostrados na parcela 1

Arvore CAP d Altura

  (cm) (cm) C (cm) D (cm) h (m)

1 141 44.9 8.5 31.5 14.12

2 70 22.3 12.5 27.5 9.60

3 59 18.8 11.0 29.0 10.91

4 115 36.6 8.0 32.0 15.00

5 79 25.1 12.0 28.0 10.00

6 34 10.8 17.0 23.0 7.06

7 75 23.9 10.5 29.5 11.43

8 142 45.2 9.0 31.0 13.33

9 68 21.6 11.5 28.5 10.43

10 131 41.7 6.5 33.5 18.46

Page 60: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

AAS

Tabela de distribuição por classes de diâmetro

Classes ni Ni di hi gi Gi fi vi Vi Vi(st)

i d   (n/ha) (cm) (m) (m²) (m²/ha)   (m³) (m³/ha) (st/ha)

1 ≥10<20 2 200 14.8 8.98 0.01721 3.44 0.58 0.08966 17.93 25.46

2 ≥20<30 4 400 23.2 10.37 0.04241 16.96 0.56 0.24617 98.47 139.82

3 ≥30<40 1 100 36.6 15.00 0.10524 10.52 0.53 0.83667 83.67 118.81

4 ≥40<50 3 300 43.9 15.30 0.15155 45.46 0.52 1.20604 361.81 513.77

5 ≥50<60 0 0 0 0 0.00000 0.00 0.51 0.00000 0.00 0.00

Total     1000       76.39     561.88 797.87

• Atenção: esta tabela deve ser construída com todas as árvores de todas as parcelas, sendo que a área para cálculo de N deve ser a soma de todas as parcelas usadas, como segue:

k

1j

/ . 10000 N jj an

em que: nj= número de árvores da parcela j; aj= área da parcela j em metros quadrados; j = número de ordem da parcela considerada; k= número de parcelas.

Page 61: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Amostragem Aleatória Simples

Parcela V

1 264.0

2 277.0

3 200.0

4 301.0

5 281.0

Média 264.6

Variância 1480.3

n= 5

gl= 4

Número de parcelas necessário (n):

n = ( N. t² . S² ) / [ ( N . ξ² ) + ( t² . S² ) ]

em que:

n = tamanho da amostra = n° total de parcelas a amostrar;

t = valor tabelado da distribuição t de Student, (a %, n-1 gl); a=5%; gl=5-1=4;S² = Variância;ξ² = quadrado do erro de amostragem admissível (geralmente de a%=5% em torno da média):

ξ = Média (2 x Erro) = Média . 2 . 0,05 = Média . 0,10;

ξ² = (Média . 0,10)²;N = número de parcelas da população = 10000;n = nº de parcelas amostradas = 5 unidades.

Page 62: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Amostragem Aleatória Simples

• Cálculo inicial de n:– t(5%, 4gl)= 2.7764 (tabela de t);– ξ²= 700.1316;– n= 16.27200174 = 17 = aproxima-se para mais.

• Então, repete-se o cálculo fazendo o gl=17-1=16; – t(5%, 16gl)= 2.1199 (tabela de t);– ξ²= 700.1316 ;– n= 9.492716599 = 10 = aproxima-se para mais.

• Repete-se o cálculo fazendo o gl=10-1=9; – t(5%, 9gl)= 2.2622 (tabela de t);– ξ²= 700.1316 ;– n= 10.80801568 = 11 = aproxima-se para mais.

Page 63: BIOMETRIA FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano São Gabriel 2008 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Curso de Engenharia Florestal.

Amostragem Aleatória Simples

• Novamente, repete-se o cálculo fazendo o gl=11-1=10: – t(5%, 10gl)= 2.2281 (tabela de t)– ξ²= 700.1316 – Aplicando-se os dados na equação, tem-se: – n= 10.48573626 = 11 (aproxima-se para valor maior).

• Finalmente o valor de "n" estabilizou.

• O valor final de n é 11 = número total de parcelas a ser amostrado.

• ATENÇÃO: O cálculo deve ser refeito até o valor estabilizar.

• Bibliografia: BRENA, Doadi A. Inventário Florestal. Santa Maria: UFSM - DCF,

1991.185p.