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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO BIOQUÍMICA DOS ALIMENTOS ASPECTOS TOXICOLÓGICOS NOS ALIMENTOS Mikaella Carla - Daniella Cláudia – Lídia Laís – Elienai Cristian – Mayara Santana – Maria Zilda

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCOCENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS

DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃOBIOQUÍMICA DOS ALIMENTOS

ASPECTOS TOXICOLÓGICOS NOS

ALIMENTOS

Mikaella Carla - Daniella Cláudia – Lídia Laís – Elienai Cristian – Mayara Santana – Maria Zilda

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1. Princípios Gerais da Toxicologia de Alimentos

O que é alimento?

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As substâncias tóxicas encontradas nos alimentos podem ser:

• Constituintes naturais produzidos por vegetais para proteção contra ataques de pássaros, insetos e microorganismos

• Como resultado de métodos tradicionais de cozimento e/ou preservação

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Dentro do grande espectro de efeitos tóxicos é necessário que se considerem os efeitos de

interação. São eles:

• Efeitos tóxicos aditivos;• Efeitos tóxicos de interação por potencialização;• Efeito tóxico por sinergismo;• Efeito carcinogênico/ mutagênico.

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O efeito tóxico crônico é caracterizado, entre outras coisas, pela monotonia da dieta, que além de aumentar a possibilidade de riscos de toxicidade, contribui

paraa não satisfação dos requerimentos dos nutrientes. E é nesse contexto que oexercício do profissional nutricionista deve ser eficiente e abrangente, seja

com relação à criação de novas preparações, ou ao desenvolvimento de cardápios menos repetitivos, com maior variação de alimentos e técnicas de

preparo.

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A intoxicação dependerá de vários fatores, tais como:

• Grau de toxicidade da substância • Complexidade metabólica do ser intoxicado• Via de absorção• Tempo de exposição• Quantidade de substância ingerida• Forma de excreção da substância tóxica

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ABSORÇÃO DE AGENTES TÓXICOS

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Aditivos Alimentares

Todas substâncias ou misturas de substâncias dotadas ounão de valor nutritivo,adicionadas ao alimentocom a finalidade de impediralterações, manter, conferir ou intensificar seu aroma, cor e sabor, modificar ou manter seu estado físico geral ou exercer ação qualquer exigida para uma boa tecnologia de fabricação.

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Para controlar os índices de toxicidade, são utilizados alguns

parâmetros:

• IDA (Ingestão Diária Aceitável)• LMP (Tolerância ou Limite máximo permitido)• PTWI (Ingestão Semanal Tolerável Provisória)• MTDI (Ingestão Diária Máxima Tolerável)• PMTDI (Ingestão Diária Máxima Tolerável Provisória)

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Esse regulamento também é estabelecido através da

legislação, pela Resolução nº 17, de 30 de abril de

1999/ANVISA, a qual estabelece as diretrizes

básicas para avaliação de risco e segurança dos

alimentos.

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2 – Substâncias Tóxicas Naturalmente Presentes nos Alimentos

Glicosídeos Carcinogênicos Glicosinolatos Glicoalcalóides Nitratos

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2.1 – Glicosídeos Carcinogênicos

Compostos orgânicos constituídos por uma porção açúcar e uma porção não açúcar

GLICONA CIANIDRINA

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GLICONA CIANIDRINA

HIDRÓLISE

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CIANIDRINA

ÁCIDO CIANÍDRICO (HCN)

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Fontes de glicosídeos cianogênicos

• Mandioca• Batata-doce• Broto de bambu• Ervilhas • Feijão (de Lima ou de manteiga)• Cana-de-açúcar• Sementes: maçã, amêndoa, pêra, cereja, ameixa seca, pêssego, damasco, maracujá

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• A dose letal de HCN para a espécie humana: 0,5 a 3,5mg/kg

Exemplo:

Em média, 100g de amêndoas amargas contêm 25 mg de ácido cianídrico. Então, 250g desse vegetal já seriam suficientes para causar uma intoxicação aguda.

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Como o ácido cianídrico atua?

• O ácido cianídrico atua na inibição da citocromo-oxidase, resultando na interrupção da respiração celular.

Quais são os métodos de detoxicação ?

• Diversos são os métodos de detoxicação dos produtos alimentícios cianogênicos entre eles a trituração e moenda. 

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Sinais clínicos resultantes da toxicidade

• Dispnéia• Ansiedade• Tremores Musculares• Salivação• Mucosas cianóticas• Dilatação da pupila• Falta de coordenação

O TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃO PRECISA SER RÁPIDO E EFICAZ!

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2.2 - Glicosinolatos-Também chamados de glicosídeos

tiocianogênicos ou tioglicosídeos;-São sintetizados a partir de

aminoácidos.

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Características: Encontrado em inúmeras plantas de

cultivo; Sabor Característico de condimentos

(Picante) como a mostarda; São encontrados em plantas crucíferas,

tais como repolho, couve- flor, brócolis.

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O conteúdo presente nos vegetais depende:

Do órgão em que se encontra na planta;

Fatores genéticos; Práticas de cultivo; Aplicações de fertilizantes; Natureza do solo; Cozimento e outras

condições de processamento.

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A hidrólise dos glicosinolatos libera glicose e uma aglicona instável;

O aroma e sabor de algumas plantas crucíferas são determinados pelos produtos da hidrólise (isotiocianatos)

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Efeitos

Algumas consequências nocivas como o bócio endêmico nas populações expostas a estas plantas.

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2.3 –Glicoalcalóides

São metabólitos encontrados nas diversas variedades de batatas

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Características: Destacam-se pela sua importância

toxicológica os esteróides α-solanina e α-chaconina;

Estes compreendem 95% de todos os glicoalcalóides presentes nas batatas;

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-As batatas apresentam concentrações totais entre 2,5mg a 15mg/100g

-Locais: Imediatamente abaixo da casca, locais de alta atividade metabólica (brotos)

**Batatas verdes e danificadas

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Fatores que alteram a concentração: -constituição genética da planta;- fatores climáticos e geográficos;- condições de armazenamento.

- O cozimento parece não reduzir a concentração de glicoalcalóides!!!

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Intoxicações:

-Produzida tanto em homens com em animais;

-Alterações hemolíticas e hemorrágicas no trato gastrointestinal;

-Incidência de malformações em humanos, principalmente para os casos de anencefalia e espinha bífida.

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- Batatas contendo 38mg a 45mg/100g de solanina causam intoxicações fatais;

- A ingestão diária não deve exceder 15mg/100g do tubérculo.

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- Glicoalcalóides também podem ser encontrados em outra solanáceas, tais como a berinjela (Solanum melongena) e o tomate ( Lycopersicon esculentum).

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Nitratos:-O íon nitrato, base conjugada do ácido

nítrico, forma sais hidrossolúveis amplamente disseminados no ambiente;

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- Sua formação no ambiente ocorre através de um processo de oxidação biológica, a partir do íon amônio;

Íon Amônio Nitrito Nitrato

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-Nitratos estão presentes no solo, na água e nos vegetais e ,portanto, distribuídos em alimentos de origem vegetal e animal.

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São também utilizados como aditivos intencionais de alimentos, nas formas de:

-Sais de sódio e potássio;-Conservas;-Produtos Cárneos e queijos

* Outras funções: Conferir cor e sabor a carnes e peixes!!

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Intoxicações:- Interferem no metabolismo da vitamina

A e nas funções das Glândulas tiróides;

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Os níveis elevados de nitratos depende:- Solos ricos em nitratos; - variabilidades genéticas propensas ao

acúmulo de nitratos;- Qualidade da água;- Armazenamento pós- colheita.

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*O soro do leite apresenta uma maior concentração de nitrato!!

- A ingestão diária necessária não deve ultrapassar 3,7mg/Kg peso corpóreo.

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3. Substâncias Tóxicas Advindas do Processamento

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Os alimentos possuem substâncias nutritivas e outros compostos; e todos os componentes constituem substâncias reativas e, portanto, reagem entre si.

Algumas das principais reações na formação de compostos tóxicos são:

•Hidrogenações de gorduras •Oxidação lipídica•Pirólise •Reação de Maillard

E entre os diversos produtos formados são relevantes :

•Nitrosaminas •Os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP)•Aminas heterocíclicas •Meloidinas

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Substâncias tóxicas e o Câncer

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Produtos da Oxidação Lipídica

Fração lipídica e as propriedades organolépticas

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A degradação de óleos e gorduras pode ocorrer por:

Oxidação Hidrólise Polimerização Pirólise Absorção de odores e sabores

estranhos

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Oxidação Lipídica  

Etapas da auto-oxidação lipídica: Primeira fase ou fase de Iniciação: baixo e lento consumo de O2, não

há odor ou sabor de ranço, formam-se os primeiros radicais livres. Segunda fase ou de Propagação: alto consumo de O2, formam-se os

peróxidos e hidroperóxidos e iniciam-se as alterações de aroma e sabor.

Terceira fase ou Terminação: há baixo consumo de O2 , baixa concentração de peróxidos, formação de compostos não radicais (polímeros),ocorrendo reações entre os próprios radicais livres.

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Aquecimento excessivo das gorduras e os produtos

tóxicos

Nos processo de fritura, três componentes

são responsáveis pelas mudanças ocorridas na estrutura dos lipídios:

Umidade do alimento (promove hidrólise dos triglicerídeos) Contato do óleo ou gordura com o

oxigênio (promove alterações oxidativas) Alta temperatura do processo

(aproximadamente, 180°C)

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Dicas para diminuir a produção de substâncias tóxicas nos alimentos que forem submetidos à fritura:

Fazer frituras com pequena quantidade de gordura em panelas altas e estreitas;

A temperatura do óleo vegetal não ultrapassar os 170°C, já que em temperaturas mais elevadas ocorrem a emissão de fumaça e o início dos processos oxidativos;

Retirar os resíduos alimentares liberados durante a fritura, assim como certificar-se de que não haja detergente ou materiais de limpeza no recipiente no qual o óleo será aquecido.

No momento em que qualquer alteração for detectada no óleo utilizado para fritura de imersão, o produto deverá ser descartado.

 

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Oxidação do colesterol

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São diversas as consequências nutricionais da oxidação lipídica:

Destruição parcial dos ácidos graxos insaturados essenciais linoleico e linolênico;

Destruição parcial de outros lipídios insaturados, como a vitamina A, carotenóides e tocoferóis;

Destruição da vitamina C .

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Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos

Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP) ocorrem como contaminantes em diferentes grupos de alimentos,incluindo vegetais, frutas, carnes, óleos e gorduras, grãos, bebidas, alimentos grelhados, torrados e de origem marinha.

Após a ingestão,os HAP são metabolizados para derivados intermediários benzo[a]pireno(BAP), benzo[a]antraceno, criseno, pireno e benzo[a]fluorenteno, responsáveis por seu efeito carcinogênico.

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Churrasco

Além do churrasco, os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos já foram encontrados em embutidos, hambúrgueres, frango, peru, pescados, bacon e cebola submetidos a este

tipo de tratamento culinário.

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Café e chimarrão

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Estudo sobre a concentração de HAP

Margarinas e cremes vegetais, apesar da pequena quantidade de HAP, são considerados fontes

importantes devido à sua ampla utilização na dieta.E em geral, produtos contendo óleo de milho mostram em

sua formulação maiores níveis de contaminação. A produção de HAP em alimentos contendo óleo vegetal

ocorre pela contaminação da matéria-prima, assim como durante o processamento dos grãos.

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Pesquisa realizada no Brasil por Camargo(2001) mostrou que três são

os grupos de alimentos que mais contribuem para ingestão diária de

HAP totais: óleos, gorduras, açúcares e carnes, com valores ,respectivamente,

de 1,32; 0,95 e 0,90 µg/pessoa/dia.

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Aminas Aromáticas Heterocíclicas (AAH)

“São compostos encontrados em carnes e peixe que sofreram processos de

frituras, assados, grelhados, churrascos, ensopados e refogados”

(Bailey e Willians, 1993)

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Creatina (processamento)

Creatinina (Complexo com

aminoácidos)

Aminas Heterocíclicas

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Aminas Aromáticas Heterocíclicas (AAH)

•Temperaturas em volta dos 200°C•Grupo metilaminoimidazólico•Ex: quinolinas, quinoxalinas, piridinas e furopiridinas•Potencial mutagênico

Aminas térmica

s

•Temperaturas acima dos 300°C por pirólise de aminoácidos e proteínas. •Apesar de não apresentarem propriedades mutagênicas ,potenciam a mutagenicidade de outras AAHs

Aminas pirolític

as

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Fatores que influenciam a concentração de AAH nos alimentos:

1. Temperatura2. Tempo de Cocção3. Método de processamento culinário e

fonte de calor

Convecção indireta↓ formação de AAH

Uso prévio ↓ formação de AAH em 90% - 2min

Contato direto com calor ↑ formação de AAH

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As aminas aromáticas heterocíclicas são potentes mutagênicos e carcinogênicos para várias espécies de animais de experimentação.

Alguns estudos epidemiológicos em humanos mostraram um aumento do risco de câncer de cólon e de pâncreas com o consumo de carne bem passada .

Com o aumento da ingestão de fibras, ocorre a diminuição da mutagenicidade de AAH.

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Reação de Maillard

Antes de consumidos os alimentos, a maior parte deles sofre processamento

térmico, o que garante a segurança microbiológica, a inativação de algumas enzimas, a degradação de substâncias tóxicas e, ainda, o desenvolvimento de

substâncias responsáveis pelo aroma, cor e sabor, melhorando a sua palatabilidade.

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Essas substâncias (compostos denominados genericamente de Produtos

da Reação de Maillard - PRM) são características da Reação de Maillard, que ocorre durante o processamento térmico

e/ou armazenamento prolongado de alimentos que contêm proteínas e

açúcares redutores.

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A Reação de Maillard inicia-se com o ataque nucleofílico do grupo D-carbonílico de um açúcar redutor, por exemplo, ao grupamento amina de proteínas.

A ocorrência da reação em alimentos depende de vários fatores: temperaturas elevadas (acima de 40°C), atividade de água na faixa de 0,4 a 0,7, pH na faixa de 6 a 8 (preferencialmente alcalino), umidade relativa de 30% a 70%, presença de íons metálicos de transição como Cu2+ e Fe2+, que podem catalisar a reação.

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Enquanto alguns trabalhos mostram a mutagenicidade dos compostos relacionados com a reação de Maillard, outros evidenciam sua não mutagenicidade.

A mutagenicidade varia conforme o tipo de açúcar.

Um conhecimento mais aprofundado dos mecanismos implicados na formação de mutagênios, por ação térmica, deve permitir encontrar estratégias para prevenir ou reduzir o seu aparecimento.

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4. Fatores Antinutricionais

Compostos ou classes de compostos presentes numa extensa variedade de alimentos de origem vegetal, que quando consumidos reduzem o valor nutritivo dos alimentos.

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1- Taninos

Grupo dos polifenóis; Extensamente distribuídas no reino

vegetal;

Formam

complexos com proteínas

Tornando-as insolúve

is

Inativando enzimas

Ligam –se a outra

s macromoléculas

Ex: amido

Reduzem valor nutricional do

alimento

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Outros Efeitos Prejudiciais

Reações de escurecimento enzimático -> diminuição da palatabilidade (devido adstringência) -> Cor indesejável;

Danos a mucosa intestinal; Interferência na absorção de glicose ,

ferro e vitamina B12; Câncer de esôfago.

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Presentes em:

Feijões secos, ervilhas, cereais, folhas, vegetais verdes, café, chá, cidra, e alguns tipos de vinho

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Cozimento reduz esse fator antinutricional, quanto maior tempo, maior é a redução.

Após cozimento a maior concentração está no caldo e menor teores na casca e cotiledones.

Mais eficiente cozimento sem água de maceração.

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2- Oxalato

Espinafre, Ruibarbo, Acelga, Beterraba, Tomate, Nozes, Cacau, Farelo de Trigo, Cenoura, Alface

Quando absorvido não pode ser metabolizado por humanos, é excretado na urina.

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Quantidade de oxalato na urina Risco de formação de cálculos de

oxalato de cálcio nos rins Altas concentrações de oxalato pode

ainda reduzir absorção de cálcio, consequência: Hipocalcemia e Raquitismo

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Cozimento reduz Oxalatos solúveis ,mas os Insolúveis permanecem no

vegetal.Intoxicação Aguda

-

Intoxicação Crônic

a

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Ácido Fítico-Fitatos

Naturalmente em produtos de origem vegetal;

Interferem na absorção de microelementos essenciais: Ca, Mg, Fe, Zn

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Desfosforilado produz: IP 5, IP4, IP3, IP2, IP1

Somente os compostos IP5 e IP6 tem efeito negativo na biodisponibilidade de minerais.

Observou-se diminuição por maceração que pode ser atribuída a lixiviação de íons fitato para água.

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Redução desse fator é de grande importancia :

Altos níveis de ingestão de fitato pode reduzir biodisponibilidade de minerais e inibir enzimas protéolíticas.

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A adição de leite em preparações com alto teor de fitato pode melhorar a

biodisponibilidade de Ca e Zn

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Papel Positivo do FitatoAção

antioxidante

Previne cálculos renais

Redução do risco de câncer

de colón

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Considerado antioxidante por ligar-se a metais, particularmente ao ferro.

Por esse motivo pode ser utilizado como conservante natural na industria de alimentos

Ex: Prevenir hidrólise do óleo de soja Estudos: IP2 e IP3 previnem cálculos

renais

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Habilidade de ligar-se a metais que era vista primordialmente como um malefício, tem sido estudada com relação a efeitos benéficos ao organismo humano.

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