Biótopo!

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Biótopo NEB/AAC - Publicação nº5 – Dezembro 2011 Entrevistámos o... Privatizações ...a opinião de um leitor... p6 ENEB ------------------------------------- p2 Entrevista -------------------------------- p3 Entrevista ao Prof. Dr. João Ramalho Santos Opinião ----------------------------------- p6 O livro ------------------------------------- p8 Em análise----------------------------- p10 Lazer------------------------------------- p12 ...Prof. João Santos p3 Edição: Ana Afonso ENEB em Coimbra!!! ...p2 Gostavas de escrever uma noticia e vê-la publicada no Biótopo?? É escreveres, que nós publicamos! Envia para [email protected]

Transcript of Biótopo!

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BiótopoNEB/AAC - Publicação nº5 – Dezembro 2011

Entrevistámos o...

Privatizações

...a opinião de um leitor...

p6

ENEB ------------------------------------- p2Entrevista -------------------------------- p3Entrevista ao Prof. Dr. João Ramalho SantosOpinião ----------------------------------- p6O livro ------------------------------------- p8Em análise----------------------------- p10Lazer------------------------------------- p12

...Prof. João Santos p3

Edição: Ana Afonso

ENEB em Coimbra!!!

...p2

Gostavas de escrever uma noticia e vê-la publicada no Biótopo??

É escreveres, que nós publicamos!

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Eneb! 2

ENEB em Coimbra

Depois do sucesso de mais um Encontro Nacional de Estudantes de Biologia que desta vez decorreu na ESTM – IPLeiria, em Peniche, todos aguardam novidades sobre a próxima edição deste evento, que visita pela terceira vez a bela cidade dos estudantes. Coimbra, cidade universitária por excelência, orgulha-se de receber a XV edição do ENEB, que irá ter lugar de 30 de Março a 3 de Abril de 2012. Para aqueles que já tiverem a oportunidade de participar num encontro nacional, irão certamente concordar que se trata de uma experiência única. O ENEB não é um simples ciclo de conferências e workshops, não é um mero “festival” para biólogos, um ENEB é um ENEB, não há melhor palavra para descrever o evento pois este tem uma dinâmica muito própria. É uma excelente oportunidade de criar de novos laços de amizade e de troca de conhecimentos com biólogos dos 4 cantos do país. Para além de ser um excelente evento para adquirir conhecimentos nas diversas áreas da Biologia, não poderiam faltar no ENEB convívios e muita festa, visto que a vida boémia tem um papel importante na vida dos estudantes de biologia…Não percas esta excelente oportunidade de participar!! Fica atento à nossa página do facebook para mais novidades! (). A divulgação do tema está para breve, basta ajudares a comunidade a alcançar os 1000 likes!

Daniela Casimiro

Bom Natal!

Feliz Ano Novo!

Pelouro da Informação do NEBAAC

Ana Afonso; Ana Pires; Ana Vaz; Filipa Brito; Inês Amaral; João Diogo Mina; João Carlos Filipe; Marta Frazão

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Entrevista ao Professor Doutor João Ramalho Santos

‘‘Professor Associado do Departamento de Ciências da Vida da UC, dá aulas de Diferenciação e Desenvolvimento aos alunos de Biologia. É investigador em Biologia da Reprodução no CNC – Centro de Neurociências e Biologia Celular e foi investigador e professor visitante na Universidade de Oregon Health & Science, Pittsburg e Califórnia em San Francisco entre 1997 e 2000. É editor das revistas Human Reproduction e Human Reproduction Update e publicou cerca de 80 artigos em revistas internacionais. Escreve ficção científica e é autor e crítico de banda desenhada no Jornal de Letras e no blogue As Sequências Rebeldes. A revista Nature publicou uma história de ficção científica e um artigo da sua autoria no mesmo ano. Publicou também um romance chamado Portland-Portugal, Um Voo Doméstico. É co-proprietário da livraria Dr Kartoon, em Coimbra (Rua da Manutenção).

Explique-nos um pouco do trabalho que faz no CNC.

“Eu faço trabalhos a dois níveis..um em Biologia da Reprodução ligado à reprodução assistida, ou seja, à gametogénese...tentar perceber causas da infertilidade sobretudo a masculina, agora também mais um pouco a feminina e também trabalho em células estaminais a tentar perceber o que é que elas fazem e como é que nós as podemos levar a fazer diferentes coisas.”

Quais os pré-requisitos para trabalhar consigo (para além de uma boa média)?

“Curiosamente, esse não é um deles. Tenho pessoas a trabalhar comigo com média de 10. Basicamente, é as pessoas terem vontade e mostrarem determinação, aborrecerem-me (risos) e mostrarem mesmo que têm vontade de trabalhar comigo. E claro que tem que haver uma capacidade de as pessoas trabalharem … Por exemplo, eu tenho alunos a trabalhar comigo com média baixa que me explicam porque é que têm média baixa. Quer dizer, não podem ter média baixa a tudo. Dizem que não gostavam de X, Y ou Z e portanto tiraram 10 a isso e nas outras tiraram 14, ou coisa do género. Depende dos trabalhos também… nós fazemos muitos trabalhos técnicos e nesses trabalhos nem é preciso ter uma média muito alta.

http://nucleoestudantesbiologia.blogspot.com

http://www.facebook.com/nebaac

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um trazia uma perspectiva diferente e cada um de nós sozinho nunca teria conseguido fazer aquilo e todos juntos conseguimos fazer um trabalho, acho que, bastante engraçado. Outro foi um que foi publicado este ano mas que começou em 2005, feito por colegas vossos….foram para aí duas teses de mestrado e duas de doutoramento envolvidas nesse trabalho e portanto foi um trabalho que demorámos imenso tempo a fazer mas que ficou muito bem mesmo. Estou muito contente com ele e foi feito integralmente aqui, às vezes com algumas dificuldades e acho que isso também tem outro valor quando sai bem, mas dá trabalho.”

Como descreveria a sua participação no TedX?

“Eu aprendi imenso. Há muitas pessoas que falam para se ouvirem …eu falo também para ouvir os outros. Acho que isso é que é o importante nos TedXs. Eu aprendi imensas coisas que vai desde o voluntarismo às salinas que eu não fazia a mínima ideia de coisas que havia que são muito perto daqui… é uma coisa que eu costumo dizer… às vezes as pessoas sabem mais de coisas que acontecem em sítios distantes e não sabem de coisas que acontecem aqui muito perto. Portanto eu acho que desse ponto de vista o evento escolheu pessoas que sabem comunicar e foi muito bem sucedido. Houve duas intervenções que eu achei particularmente más, só.”

Os alunos têm que pensar que têm de andar à procura de coisas e não esperar que elas venham ter com eles. Eu já tive vários colegas vossos que nunca vieram falar comigo porque achavam que eu nunca ia aceitar e tive outros que vieram falar comigo com excelentes médias mas que eu não acho que sejam pessoas que tenham alguma flexibilidade na investigação científica porque boas médias às vezes significa marrões e nós não queremos pessoas que decorem muito, queremos pessoas que pensem. Também tem que ter sentido de humor, já agora, e capacidade de aguentar críticas, que é a parte mais difícil. Da minha parte também. Ninguém gosta de ser criticado, eu não gosto, mas estimulo isso dos meus alunos e se alguma vez forem a uma reunião de grupo vão ver que eu sou muito criticado pelos membros do meu grupo, senão não estavam lá.”

Qual foi o trabalho/colaboração que mais gostou de realizar até hoje/ achou mais interessante?

“Isso há muitos. Há um artigo que nós temos, que foi publicado na Nature, que é dos mais citados e feito por professores da UC… Ficou no Top Ten aqui há alguns anos. Foi uma colaboração com muitas pessoas e era uma ideia um bocado difícil. Era a história de como é que as mitocôndrias dos espermatozóides são destruídas no embrião e como era muita gente cada

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entrevista

Quando surgiu o seu interesse pela Banda Desenhada?

“Mais ou menos ao mesmo tempo que surgiu o meu interesse pela ciência. Eu lia muito… achava piada à banda desenhada porque era uma mistura de texto e desenho. A partir do momento em que uma pessoa começa a ler qualquer coisa… eu gosto de ler não só para diversão, eu gosto de ler para perceber coisas e a certa altura percebi que percebia um bocado daquilo e portanto comecei a estudar um bocadinho mais a fundo e entretanto surgiu a possibilidade de escrever em sítios e a precisar de comprar uma livraria (risos).”

Em que é que se inspira para escrever Ficção Científica?

“É em ciência. A parte da ciência é o que me interessa na Ficção Científica. Todas as minhas histórias são plausíveis, não são viagens instantâneas ao outro lado da galáxia, por exemplo. São coisas que partem daquilo que eu até dou nas aulas, na parte das células estaminais ou terapias génicas… e é essa a parte que me interessa, a parte do determinismo genético… tudo coisas que têm a ver com termos científicos. Os mesmos temas que me interessam em ciência, interessa-me exagerá-los para ver onde é que os podemos levar em ficção científica e em alguns casos poder dizer que a história que eu escrevi em 2009… há pessoas a ofere-

cer aquilo e eu não fazia ideia. Mas em 2010 começaram a aparecer empresas que fazem aquilo que lá está escrito. Quer dizer, é bom e mau, aquilo tem a ver com células estaminais derivadas da própria pessoa, células pluripotentes induzidas e eu punha lá alguma aplicações que eu achava que podiam surgir e essas aplicações, umas mais lúdicas, outras mais sérias do ponto de vista de biomedicina, estão a aparecer.”

Sugira uma leitura de Banda desenhada/Ficção Científica.

“As cidades obscuras de François Schuiten e Benoît PeetersCorto Maltese de Hugo Pratt”

http://nucleoestudantesbiologia.blogspot.com

Blogue do Núcleo de Estudantes de Biologia

da AAC

Sei o que fizeste no ENEB passado!...

XV ENEB – Coimbra (informações para breve)

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entrevista

 Privatizações.

Mesmo estando a estudar Biologia, não é por isso que deixo de ler notícias sobre Economia, pois é importante estarmos informados do que está a acontecer à nossa volta.A EDP está na mira de alemães,

chineses e brasileiros. Percebo perfeitamente a resistência natural dos portugueses a ver a EDP ser adquirida pelos alemães da E.ON . O sentimento anti-alemão anda em altas, por cá (Merkelices). Quanto aos chineses, não me parece que o povo lusitano os queira. Sobram os brasileiros. Creio que muitos portugueses veriam com bons olhos a compra da EDP pela Eletrobras ou pela Cemig. Eu só faço figas que seja vendida à E.ON. Porquê? A chinesa Three Gorges é detida a 100% pela República Popular da China. E não tenho vontade alguma de ver uma das maiores empresas portuguesas dominada por um país corrupto e anti-democrático. Quanto às duas companhias brasileiras, mais uma vez espero que não sejam as escolhidas. A Eletrobras é dominada pelo estado federal brasileiro, e a Cemig por um dos estados que compõem o Brasil. Percebo que o Brasil tenha um crescimento elevado, mas ainda possui

  Deixe uma mensagem aos alunos de Biologia...

“É muito simples, se estão em Biologia porque gostam de Biologia, esforcem-se que vale a pena. Se estão em Biologia porque gostavam de estar noutra coisa, vão para a outra coisa ou tentem fazer a outra coisa. São os dois tipos de alunos de Biologia que eu conheço. E procurem … não fiquem à espera que as oportunidades venham ter convosco. Vão à procura das vossas oportunidades porque vocês são muitos, há muita coisa que se pode explorar mas há também muita gente a explorá-las e portanto cada um tem de criar um percurso próprio, não ficar restrito aos temas que os professores oferecem. Eu tenho a trabalhar comigo alunos que foram eles que propuseram o tema. Claro que tiveram de me convencer muito bem de que aquilo era possível de fazer. Uma colega vossa propôs.me trabalhar com gatos. Eu não trabalho com gatos. Ela vinha da área da veterinária….Convenceu-me a trabalhar com gatos e animais em risco de extinção e neste momento ganhou o seu primeiro projecto à volta de 80.000€. E o projecto é dela, não é meu. Tenho muito orgulho que alunos meus façam coisas boas. “ 

Entrevista por Inês Amaral e Ana Vaz

opinião

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Açores, RDP Internacional, RDP África, RTP Mobile e as vários rádios que apenas emitem exclusivamente online. E eu pergunto: será que queremos tanto poder de comunicação nas "garras" de um governo? Tanta influência sobre as massas? Eu não quero. Daí ser muito a favor da privatização de um dos canais de TV (a RTP 1, na minha opinião), e de algumas das frequências de FM. E mais uma vez, seria interessante ver um canal em Portugal nas mãos de um grupo de imprensa norte-americano, britânico ou até mesmo francês. Seria certamente um canal sem novelas repetitivas e reality shows de qualidade duvidosa, e as possibilidades são ilimitadas.Infelizmente, o processo de

privatização da RTP está coxo desde o "parto". A TDT portuguesa está extremamente mal implementada, com um MUX para 4 canais rivais, em vez de um MUX para cada uma das empresas que detia uma licença para a emissão de TV em sinal analógico (em França, por exemplo, com uma simples antena de telhado os franceses têm acesso a 19 canais nacionais, mais os regionais [um por Région], todos gratuitos). Tudo isto torna a privatização de um dos canais da RTP menos interessante aos investidores. Mas disso falarei num futuro artigo.

Flávio Barreira

um elevado nível de corrupção, e não desejo ramificações a Portugal. E de novo, não quero a EDP a ser instrumentalizada por um Estado. Sobram os alemães. São uma empresa privada, e têm origem num estado que actualmente tem uma democracia madura e com baixa corrupção. Veremos agora qual a decisão do governo…Uma das jóias da coroa das empresas

portuguesas é a PT. Que é bem “apetitosa”. Mais uma vez, está na mira de brasileiros. Que não aprecio, pelas mesmas razões da EDP. Daí ter lido com agrado a notícia do DE que o fundo soberano da Noruega convidou o secretário de Estado a ir apresentar as privatizações a Oslo. Seria bom ver o Norges Bank a injectar uma maneira nórdica de fazer negócios na PT, que não é muito famosa pela honestidade. Apesar de por definição eu ser contra a presença de fundos soberanos numa mega-empresa portugesa, abro algumas excepções, e a Noruega é uma delas. Seria bom ver alguma mentalidade nórdica no meio empresarial português. E, anglófono como sou, também apreciaria a entrada de uma empresa britânica privada no capital social da PT.Quanto à RTP. Muita gente nem se apercebe que o Estado Português é o maior grupo de comunicação social português, com RTP 1, RTP 2, RTPi, RTP Internacional, RTP Memória, RTP HD, RTP Madeira e Açores, Antena 1, Antena 2, Antena 3, RDP Madeira e

a tua opinião

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o livro... 8

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Viagem ao centro da Terra, Júlio Verne

“A ciência é composta de erros, que por sua vez, são passos em direcção à verdade.”

Esta história começa na cidade de Hamburgo, na Alemanha. Axel morava com o seu tio Otto Lidenbrock, um cientista e mineralogista alemão. Axel, tal como o tio, ostentava um vasto conhecimento sobre minerais. Certo dia, Axel enquanto estudava um livro de minerais, descobriu um manuscrito que retratava, em latim e islandês, um percurso para chegar ao centro da Terra. Com tal documento descoberto, Axel correu para o tio e explicou-lhe o sucedido. Depois de ler o manuscrito, descobriu o seu autor: Arne Saknussem (famoso escritor islandês). Otto Lidenbrock, depois de muitas conclusões e rectificações, decidiu partir para a Islândia a todo o gás.

Chegando à Islândia, foram aconselhados de um guia, de seu nome Hans Guardando bússolas, diários e objectos de bordo em grandes fardos, puseram-se a caminho. Passaram por muitos sítios, vales, colinas, atravessaram rios e ribeiros em cavalos islandeses. Penetraram na cratera do monte Sneffels e desceram cerca de três mil pés. Caminharam imensos milhas debaixo do chão.

À medida que caminhavam, iam encontrando muitos mares, jactos de água, ilhéus e cabos, aos quais se deram os nomes de: Mar de Lidenbrock, Hans-Beach, Ilhéu Axel e Cabo Saknussem. Para além destas características ainda possuía outra, mais chocante, existia vida naquele mundo paralelo ao mundo superficial, vida que na superfície era considerada já extinta há muitos mil hares de anos, que ia desde dinossauros ao homem das cavernas. Depois de muitos dias de navegação no Mar De Lidenbrock, uma tempestade ameaçava romper. E rompeu mesmo.

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de uma erupção foram expelidos para a superfície terrestre. Encontraram um rapaz e perguntaram-lhe onde se encontravam, em espanhol, alemão, inglês e francês. Respondeu-lhes que estavam em Stromboli, Itália. A 9 de Setembro estavam de volta a Hamburgo. Apareceram nos jornais de vários países, escritos em várias línguas.

João Carlos Filipe

Navegaram numa pobre jangada até a um porto marítimo ao qual deram o nome de Porto de Grauben. Aí encontraram terríveis animais do tempo Pré-Historico, descritos com um rigor científico extraordinário, tais como anacondas com carapaça de tartaruga, crocodilos com cauda de peixe e com asas em vez de membros dianteiros, mas todos eles com tamanhos gigantescos. Passado esse cenário difícil, viram-se rodeados por bolas de fogo que, por poucos milímetros, por várias vezes, não os atingiram. Encontraram finalmente a passagem para o centro da Terra, mas estava bloqueada por um desabamento de terras recente. Hans colocou pólvora em torno da passagem e explodiu com o obstáculo, mas essa explosão foi de tal ordem que fez com que a jangada onde os três estavam fosse puxada para uma chaminé de um vulcão, em consequência

o livro..

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, novo álbum dos Justice

A dupla francesa formada por Gaspard Augé e Xavier de Rosnay atribuíram, em 2007, um novo significado ao sinal da cruz. Já não fosse bastante o simbolismo que o objecto carrega, a cruz também passou a representar  a considerada melhor música electrónica francesa desde à muito tempo. A dupla produziu um álbum clássico que conquistou, mais do que fãs, seguidores. A violência crua de Waters of Nazareth, We Are Your Friends e Stress chegaram a níveis “estratosféricos” ao vivo, numa apresentação que seria impossível de esquecer por todos os que estiveram lá, ungidos na colectividade do barulho evangélico.

Aos poucos, a poeira levantada pelo disco assentou, mas até hoje as faixas de Cross, “†”, o primeiro álbum, permanecem vivas e exemplo disso são as conhecidas , e Genesis, jamais esquecidas por quem as ouve uma primeira vez. O tempo foi passando sem grandes novidades além de um ou outro remix o nome Justice era cada vez menos citado.

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Em 2012, o maior Encontro Nacional de Estudantes de Biologia acontecerá na cidade dos estudantes…

…fica atento!

Canções como Civilization e especialmente Audio, Video, Disco são tiros certeiros em corpos movidos pelo excesso mas é certo que a comunidade hipster, até aqui tão protectora para com Gaspard Augé e Xavier De Rosnay, os deixou.

É que ao arriscarem um novo posicionamento, ainda maximal mas mais orgânico - ao nível de uma banda convencional - nem criam um novo precedente, nem preservam o que tinham feito bem. Nada que interfira com a ansiedade para os ver carregar a cruz em palco.

João Carlos Filipe

Muito mudou desde então, mas a essência de um disco divertido e intemporal não está presente em Audio, Video, Disco. Todas são muito bem compostas e produzidas, mas não é somente isso que se espera de uma banda como Justice. Além do excesso das guitarras, outro elemento que incomoda durante Audio, Video, Disco são as cordas, que dão um tom muito sério e até pretensioso, como acontece em Hosrsepower, que abre o disco. Apesar de ser uma decepção no geral, o álbum é pontudo por alguns bons momentos, como a óptima Civilization. Outra faixa digna entre a confusão de guitarras arrastadas do álbum é On’n'On. Mas acaba sendo o triste retrato de um sem a mínima vocação para uma pista. A partir de Helix, faixa mais dançante, o trabalho dá sinais que ainda pode encontrar o caminho da salvação. Mas logo em seguida vem a bem com posta mas nada carismática faixa título, que encerra o segundo disco dos franceses.

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●Grupo de indivíduos da mesma espécie que acasalam uns com os outros, produzindo descendência;●Estrutura com função especializada, delimitadas por uma membrana no interior da célula;●Conjunto de organismos que fazem parte do mesmo ecossistema e interagem entre si;●Entidade electricamente neutra que possui pelo menos dois átomos;●Unidade estrutural e funcional de um organismo;●Conjunto dos sistemas de órgãos de um ser vivo;●Partícula que caracteriza um elemento químico;●Conjunto de todos os ecossistemas;●Conjunto de comunidades;●Conjunto de tecidos;●Conjunto de órgãos;●Tecido de células;●Nucleótido.

Conta a lenda que um rei tinha um tesouro guardado numa casa forte, mas que o guarda um dia a adormeceu e os ladrões roubaram todos os lingotes de ouro. Os ladrões foram apanhados e as barras de ouro recuperadas. Mas o guarda queria ter a certeza de ter recuperado todos os lingotes. O primeiro ladrão disse que entrou, roubou metade dos lingotes que lá estavam mais um. Saiu e veio o segundo ladrão, que olhou para os lingotes que tinham sobrado e tirou metade mais um. Saiu e o terceiro entrou e tirou metade dos que sobraram, mais um. Saiu e o quarto ladrão entrou e tirou metade dos que sobraram mais um. Saiu. Quando veio o quinto ladrão já não havia lingotes e ele desistiu. O guarda foi então contar os lingotes para saber se todos tinham sido recuperados. Quantos haviam ?