Bip 547 - Novembro/07

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BOLETIM DE INFORMAÇÃO PARA PUBLICITÁRIOS Novembro de 2007 n. 547 O Brasil entra na era da TV digital O Brasil entra na era da TV digital

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O Brasil entra na era da O Brasil entra na era da BOLETIM DE INFORMAÇÃO PARA PUBLICITÁRIOS Novembro de 2007 n. 547 TV DIGITAL A TV brasileira começa a se reinventar no dia 2 de dezembro, quando entra no ar, inicialmente em São Paulo, o sinal digital. 2 nº 547 • novembro 2007 3 nº 547 • novembro 2007

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BOLETIM DE INFORMAÇÃOPARA PUBLICITÁRIOSNovembro de 2007n. 547

O Brasil entra na era da

TV digitalO Brasil entra na era da

TV digital

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TV DIGITAL

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C om qualidade de imagem e som muitosuperiores, mobilidade, portabilidade e,

em breve, interatividade, a TV digital renovatotalmente a atividade de lazer preferida dosbrasileiros e também a sua principal fonte deinformação e cultura.

Assistir TV em casa, com um aparelho digi-tal e transmissão em alta definição, significareceber com perfeição imagens com até seisvezes mais qualidade e nitidez do queatualmente - uma imagem similar àquela quese vê nas telas de cinema. O mesmo vale para

o som recebido, que terá qualidade equiva-lente ao de um CD.

Mais: com a TV digital, será possível assis-ti-la na rua, de forma tão conveniente quantose assiste, hoje, em casa. Televisores portá-teis, laptops, palmtops, telefones celulares emais uma infinidade de outros aparelhosportáteis a serem disponibilizados em brevepela indústria poderão receber o sinal digitalda TV aberta com elevada qualidade e semqualquer custo. Também receptores móveisinstalados em automóveis, ônibus e metrô,

A TV brasileiracomeça a sereinventar no dia2 de dezembro,quando entra no ar,inicialmente emSão Paulo, o sinaldigital.

BEM-VINDO AO FU

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por exemplo, poderão receber o sinal digitalde TV.

Como toda inovação tecnológica, é possívelque esses sejam apenas os primeiros benefí-cios da TV digital. Muitos desenvolvimentos,aplicações, serviços e vantagens para o públi-co telespectador e mercado anunciante aindaestão por ser criados e aperfeiçoados.

O que é certo é que a soma destes ganhossó fará reforçar os laços entre a TV e o públicode todo o Brasil, tornando-a ainda mais efi-ciente como veículo de comunicação.

UTURO DA TVTELEVISOR ANALÓGICOVAI CONTINUARRECEBENDO SINAL

Não é preciso se preocupar em trocarde televisor já. Ele continuará recebendoo sinal analógico da Globo e das demaisemissoras por pelo menos dez anos.

É que uma das preocupações centraisdas autoridades ao definir o SistemaBrasileiro de TV Digital foi preservar tu-do o que a TV brasileira oferece. Assim,nada será cobrado pelo novo serviço, damesma forma que se dá à população umlongo prazo para que adquira, no mo-mento em que desejar, o conversor ou otelevisor próprio para receber o sinaldigital.

Enquanto isso, os televisores que es-tão hoje em operação continuarão areceber o sinal analógico normalmente,serviço que só será interrompido em2016, segundo o decreto de implantaçãodo Sistema Brasileiro de TV Digital.

Até lá, as emissoras de TV funcionarãocomo se fossem duas emissoras emitindosinais de conteúdo idêntico – tanto deprogramação como de comerciais -, sen-do um deles analógico e o outro digital.

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TV DIGITAL

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Amaior parte dos domicílios com TV noBrasil recebe o sinal das emissoras de

TV pelo ar. Antenas instaladas pelas emissoras trans-

mitem sinais eletromagnéticos analógicosque são captados por antenas dentro ou foradas casas e apartamentos. Os sinais são rece-bidos e transformados em imagens e sonspelo televisor.

No caso das transmissões analógicas, ossinais podem ser afetados por vários fatoresque eventualmente prejudicam a qualidadedas imagens e sons emitidos pela emissora,

fazendo com que surjam na tela os chamadosfantasmas ou chuviscos. Entre os fatores po-dem estar as interferências causadas pormotores elétricos, veículos, transformadores,raios etc.

A transmissão digital corta esses proble-mas pela raiz. O sinal emitido pelas emisso-ras é formado por uma série de zeros e unsque o aparelho receptor transforma em some imagem. Não há possibilidade de interfe-rências e fantasmas.

Importante: o sinal digital será recebidopelas mesmas antenas externas que recebem

Entenda o que seganha com atransmissão digital.

AS VANTAGENSDO NOVO SISTEMA

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o sinal analógico atualmente. E com as novas técnicas digitais de com-

pactação, na transmissão digital a quantidadede informação enviada para o televisor podeser, agora, muito maior. Daí a possibilidade dese transmitir uma imagem de alta definição.

TODOS PODEMADERIR À TV DIGITALDESDE JÁ

As transmissões digitais também be-neficiarão quem, continuando com oaparelho tradicional analógico, optarpor conectá-lo a um conversor capaz dereceber os sinais digitais. É a formamais fácil e barata para o telespectadorter acesso à TV digital.

Mesmo sem contar com a imagem emalta definição, o televisor ligado a umconversor receberá toda a qualidade dosinal digital.

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TV DIGITAL

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Um televisor convencional analógico formaa sua imagem iluminando com diferentes

intensidades e colorindo de diferentes cores ospixels, que são 640 pontos por linha, numtotal de 480 linhas.

Esta quantidade de pixels foi definida aindanos primórdios da TV, nos anos 30 e 40, a par-tir da quantidade de informação que era possí-vel enviar na banda eletromagnética – o canal- que as autoridades reservam a cada emissora.

Cada canal de TV tem uma banda eletro-magnética que mede 6 MHz e não há comoampliá-la. Além disso, na tecnologia analógicanão há como utilizar dois canais seguidosnuma mesma cidade. Por exemplo, na faixa deVHF, que contém os canais de 2 a 13, só há

como utilizar até sete canais por cidade ouregião e, em cada um desses canais, só hácomo transmitir informação suficiente paragerar imagem numa resolução de 640 pontoscolocados em cada uma das 480 linhas dostelevisores tradicionais, além do som.

Os engenheiros sempre esbarraram nestalimitação para melhorar a qualidade da imagempor meio de um aumento de linhas no vídeo oua quantidade de pixels por linha.

Mas a digitalização mudou completamente ocenário. Como o sinal digital pode ser compri-mido, tornou-se possível transmitir muito maisinformação pelos mesmos 6 MHz de banda.

Essa informação adicional que pode, agora,ser transmitida, tornou possível a imagem em

QUALIDADEDE IMAGEM E SOM

A TV digital chegapara trazer paradentro de casaimagem e somque, antes, só sevia em cinema.

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alta definição, com 1920 pontos e 1080 linhascada uma. A qualidade das imagens, sua textu-ra, contorno e cores ganham em definição ebrilho. Por isso, tornou-se comum referir-se àTV digital como TV de alta definição (HDTV).

Para que não sejam percebidas as imperfei-ções das imagens nas transmissões analógicas,recomenda-se que a distância entre o te-lespectador e a TV seja de pelo menos setevezes a altura da TV, o que permite um ângulode visão de apenas 10º. Na imagem de altadefinição, essa distância cai para três vezes,permitindo um ângulo de visão de 30º eproporcionando maior envolvimento do teles-pectador com a imagem.

SOM EFORMATODE CINEMA

Outra grande vantagem da TV digital:som e formato de imagem.

O som ganhará muito mais qualidade,inclusive com a possibilidade de uso derecursos como surround, com 5.1 canaisde áudio, como se vê nas melhoressalas de cinema.

Os televisores digitais também tira-rão proveito de um novo formato detela – chamada de widescreen -, idên-tica àquelas de cinema, mais apropria-dos para o campo de visão humana eque dá às imagens uma abrangência eprofundidade muito maiores, valorizan-do ainda mais as transmissões.

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A TV junto aotelespectador, ondeele for, todo otempo.

TV DIGITAL

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A recepção móvel representará um divi-sor de águas na forma de consumir TV.

Hoje um fenômeno de audiência já notável,o consumo de TV fora do domicílio cresceráainda mais, graças à conveniência e faci-lidade.

O sinal analógico permite a recepção dosinal de TV em televisores em movimentomas, na prática, há muita interferência eimperfeições, de forma que poucos seaventuram a instalar um televisor num ôni-bus, automóvel ou mesmo carregá-lo namão.

A TV digital revoluciona esta forma de verTV. A recepção torna-se perfeita e, o que émelhor para o público telespectador, semqualquer custo pela recepção, bastando ad-quirir um aparelho receptor apropriado, quepode ser um celular, um televisor portátil oumais uma infinidade de outros aparelhos queserão disponibilizados em breve pela indús-tria. Não haverá custo para recepção do sinalde TV além do relativo à compra do aparelho.

Especialistas acreditam que a fusão de TVe telefones celulares tende a se popularizarrapidamente.

DE GRAÇA, NA RUA, NO ÔNIBUS,

EM QUALQUER LUGAR

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ANTENAS,COBERTURASE PRAZOS

A TV digital exige, das emissoras deTV, pesados investimentos em equipa-mentos. Desde a câmera que capta asimagens até a antena que transmite ossinais para os televisores, tudo precisaser mudado.

Ao longo dos últimos dez anos, muitosdesses investimentos já têm sido feitos e,hoje, uma grande quantidade de progra-mas da Rede Globo, por exemplo, já éproduzida em alta definição e quase todaa programação tem qualidade digital.

Agora estão sendo comprados e ins-talados transmissores, torres, antenasdigitais e estúdios para a produção deTV em alta definição. De forma geral, acada cidade corresponde uma antena,torre e transmissor. Assim, a coberturadigital só estará disponível quando osnovos equipamentos de transmissão es-tiverem prontos.

Em São Paulo, a Rede Globo já temtudo pronto para iniciar as transmissõesdigitais a partir de 2 de dezembro. Aolongo dos próximos meses, deve entrarem funcionamento o sinal digital daGlobo no Rio de Janeiro e, em breve, emBelo Horizonte, Brasília e Recife.

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TV DIGITAL

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Oque se pode afirmar com certeza, nestemomento, é que a publicidade, tanto

quanto a programação de TV, poderá se rein-ventar a partir da TV digital.

Os ganhos de qualidade na imagem e som,por si só, já proporcionarão aos criadores ediretores de filmes publicitários um amplocampo de desenvolvimento para novas abor-dagens de comunicação. A vocação de qua-lidade dos publicitários só tem a ganhar comuma plataforma técnica tão diferenciadaquanto a TV digital.

Importante frisar que o modelo atual decomunicação publicitária via TV nada perdecom a digitalização do sinal. Os comerciaisde trinta segundos, os patrocínios e outrosformatos já bem conhecidos de anunciantes,agências e consumidores seguem perfeita-mente válidos e ainda mais valorizados pelamaior qualidade das imagens e som. Comer-ciais em resolução convencional serão acei-tos para exibição pela Rede Globo ainda du-rante muitos anos.

Importante: para os clientes que queiramproduzir comerciais em alta definição, alémdo envio do material segundo os padrões es-tabelecidos na tabela da página 11, continuasendo necessário o envio de material em for-

mato tradicional standard definition, em fitaBeta SP, conforme descrito na Lista dePreços da Rede Globo. É essencial que oconteúdo dos materiais seja idêntico. Nãoserão aceitas mensagens com conteúdos dife-rentes para o sistema analógico e digital. Pra-zos e processos operacionais seguem sendoos mesmos.

AS VANTAGENSPARA A PUBLICIDADE

A veiculação decomerciais na TV sótem a ganhar com aTV digital.

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A partir de 2 de dezembro, com o início das transmissões digitais em São Paulo, oanunciante poderá exibir seu comercial em alta definição. Para isso, basta entregar omesmo conteúdo em 2 materiais: • Beta SP ou Beta Digital, como é feito hoje; e• HDCAM ou XDCAM-HD, para comercial produzido em alta definição.

Para os comerciais em definição padrão (standard definition), não há alteração noformato de entrega. Continuam valendo as orientações da Lista de Preços (pág. 53). Omaterial entregue em uma única beta, como já acontece, valerá tanto para atransmissão digital quanto para a analógica.

Confira os detalhes na tabela abaixo.

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MATERIAIS DE EXIBIÇÃO

SISTEMA DE GRAVAÇÃOHDTV SDTV

(high definition/alta definição) (standart definition/definição padrão)

Material XDCAM-HD ou HDCAM Beta SP Beta Digital

Vídeo HD-SDI Y/Pb/Pr SDI

Áudio Canal 1Estéreo L

Mono ouEstéreo LEstéreo L

Canal 2Estéreo R

SAP ou Estéreo REstéreo R

Canal 3 SAP L ou Mono – –

Canal 4 SAP R – –

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TV DIGITAL

BOLETIM DEINFORMAÇÃO PARAPUBLICITÁRIOS

nº 547 • novembro 2007

Produzido para a Central Globo de Marketing pela Porto Palavra Editores Associados

Diretores Responsáveis Anco Marcio SaraivaRicardo Esturaro

Jornalista Responsável Mônica OliveiraProjeto Gráfico Sérgio BritoFotos CGCOMDesk-top Conexão Brasil

Para mais informações, visite o site daDireção Geral de Comercialização.comercial.redeglobo.com.br

Assinaturas:[email protected]

• 16X9: ao contrário das TVs atuais, nasquais as telas têm a proporção de 4X3, osdisplays da TV digital têm a proporção de16X9, mais ampla, mais larga, mais con-fortável e proporcional à vista humana.Se dividirmos a medida da largura da telapela medida da altura, teremos a relaçãode aspecto. Essa proporção de 16X9 émais próxima à das telas de cinema.

• Canal digital: canal de 6 MHz destina-do à transmissão do sinal digital. O canaldigital será emprestado pelo governo àsemissoras que já possuem licença de TVaberta e que atenderem às exigências dogoverno.

• Formato da imagem: o formato atualde imagem mais comum é o 4X3, porémcomo algumas gravações de DVDs, porexemplo, são feitas na proporção 16X9(widescreen), criou-se também o 4X3letter box, que cria faixas pretas naextremidade superior e inferior da tela,reduzindo a imagem porém não a distor-cendo.

• Padrão de transmissão de TV digital:é o sistema digital que será usado natransmissão da TV digital. Ao contrárioda TV analógica, na qual o sistema es-colhido tinha que ser usado desde aprodução nos estúdios de TV até oaparelho na casa do telespectador, o pa-drão de transmissão digital só temimpacto no envio dos sinais da estaçãotransmissora até a antena da TV do te-lespectador. A maioria das emissoras jáusa equipamentos digitais em seus es-túdios, que independem do sistema a ser

escolhido, assim como os displays di-gitais já existentes.

• Prazo de transição: a transição para aTV digital vai ser gradual. Os dois sis-temas coexistirão, ou seja, as emissorastransmitirão em ambos os sistemas du-rante vários anos, para dar tempo aotelespectador para se adaptar ao novosistema digital adquirindo um novo re-ceptor ou TV compatível.

• Resolução: é o número de linhas hori-zontais que a TV é capaz de reproduzir,não importando se a imagem é produzidade forma progressiva ou da forma entre-laçada. É medida em linhas horizontais epadronizada no sistema ISDB em 480,720 ou 1080 linhas.

• Televisor analógico: é todo televisorque possui um sintonizador interno quepermita receber as transmissões analógi-cas mas não recebe transmissões digitais,necessitando para isso de um conversordigital (set-top box).

• Televisor digital: é todo televisor quepossui um sintonizador interno que per-mita receber as transmissões digitaissem necessidade, por exemplo, de umconversor digital. Esse televisor pode re-ceber também transmissões analógicas.

• Televisor “HD ready”: é o televisorque possui sintonizador analógico mas écapaz de reproduzir imagens com de-finição de 720 ou 1080 linhas ho-rizontais. Com um conversor digitalISDB-Tb poderá exibir imagens de alta

definição transmitidas pelas emissorasde TV digital no Brasil.

• Televisor HDTV (High Definition TV)– TV de alta definição: são os tele-visores capazes de reproduzir imagenscom definição de 720 ou 1080 linhashorizontais. Os modelos cuja definiçãonativa é de 1080 linhas, se possuírem afunção progressive scan, podendo exibirimagens com 1080 linhas de definiçãohorizontal progressiva (1080p), são co-nhecidos como FULL HD. Quando uti-lizados em fontes de sinal 1080i (Ex:transmissões em HD) ou 1080p (Ex: DVDde alta definição, o HD-DVD ou Blue–RayDisc), esses televisores podem exibir amelhor definição disponível em alta de-finição.

• Transmissão terrestre: transmissãoanalógica ou digital feita por ondas deradiofreqüência, a partir de antenas ter-restres, em contraposição às transmis-sões feitas via satélite a partir de ante-nas que ficam no espaço.

• TV móvel: é a possibilidade de captaros sinais de TV em dispositivos em mo-vimento: ônibus, trens e metrô, carros ebarcos.

• TV portátil: é a recepção em aparelhosportáteis, que podem ou não estar emmovimento. Um exemplo são televisoresou computadores de mão equipados comum receptor de TV, no qual o espectadorassiste a programação sem se deslocar.Outro exemplo são telefones celularesequipados com um chip receptor.

GLOSSÁRIO