Bittorrent: Protocolo de Compartilhamento

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BITTORRENT: PROTOCOLO DE COMPARTILHAMENTO Darlan Dieterich RESUMO Com o crescente uso da tecnologia BitTorrent, viu-se que alguns usuários têm certa dificuldade de entender como funciona esse protocolo, e qual o seu beneficio em relação a outras tecnologias similares existentes no mercado. A importância deste trabalho consiste em apresentar-se como uma ferramenta de auxilio para identificar o melhor uso da tecnologia para usuários, detalhar aspectos importantes que fazem com que o BitTorrent seja o P2P mais usado entre os da categoria, mostrando eficiência no que faz. PALVRAS-CHAVE BitTorrent; Protocolo; Redes; Camada de aplicação; P2P; DHT; Compartilhamento de arquivos. 1-INTRODUÇÃO Tecnologia de compartilhamento de arquivos, que trabalha na camada de aplicação do modelo OSI, baseada na arquitetura P2P (peer-to-peer), ou seja, “par-a-par”, uma tecnologia de troca-troca de dados entre usuários em uma rede, conectados á um servidor.

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BITTORRENT: PROTOCOLO DE COMPARTILHAMENTO

Darlan Dieterich

RESUMO

Com o crescente uso da tecnologia BitTorrent, viu-se que alguns usuários têm certa dificuldade de entender como funciona esse protocolo, e qual o seu beneficio em relação a outras tecnologias similares existentes no mercado.

A importância deste trabalho consiste em apresentar-se como uma ferramenta de auxilio para identificar o melhor uso da tecnologia para usuários, detalhar aspectos importantes que fazem com que o BitTorrent seja o P2P mais usado entre os da categoria, mostrando eficiência no que faz.

PALVRAS-CHAVE

BitTorrent; Protocolo; Redes; Camada de aplicação; P2P; DHT; Compartilhamento de arquivos.

1-INTRODUÇÃO

Tecnologia de compartilhamento de arquivos, que trabalha na camada de

aplicação do modelo OSI, baseada na arquitetura P2P (peer-to-peer), ou seja, “par-

a-par”, uma tecnologia de troca-troca de dados entre usuários em uma rede,

conectados á um servidor.

A tecnologia BitTorrent fez uma revolução no mundo dos P2P, fez com que

acabasse com um dos principais problemas enfrentados por esse protocolo, onde

antes era possível fazer o download (baixar dados), e não contribuir para o upload

(envio de dados), de dados já baixados para os usuários na rede. Acabando com

esse egoísmo todo, o sistema consiste em compartilhamento de pequenos pedaços

de arquivos de usuários que tem o mesmo arquivo que o cliente esta baixando e

permitindo fazer somente o download se o upload de algum arquivo do cliente esteja

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compartilhando, isso pode ocorrer de forma simultânea mesmo quando estiver

baixando o arquivo, o usuário compartilha os pedaços que já tem. È possível fazer

apenas download quando há um ou mais leecher, e também é possível fazer apenas

upload, quando você termina ou não seu download e continua compartilhando,

tornando-se um seeder. Resumindo isso, quanto mais pessoas estiverem baixando

um mesmo arquivo, mais rápidos os downloads serão, e você terá que fazer upload

com freqüência para poder sim aumentar sua vazão de banda para concluir o

download.

2-BITTORRENT

BitTorrent é protocolo de rede mais usado, para compartilhamento de

arquivos da internet. Essa tecnologia inovadora foi criada por Bram Cohen, que

permite o compartilhamento de qualquer tipo de mídia pela internet, como o

compartilhamento de vídeos, músicas e softwares. Sua funcionalidade é muito

eficaz, pois somente o usuário baixa um determinado arquivo se ele estiver ao

mesmo tempo compartilhando arquivos, conforme vai obtendo o arquivo a taxa de

download pode aumentar, assim ele passa a colaborar com outros usuários para

obter esse arquivo, isso se torna uma forma para burlar o egoísmo de não

compartilhar algo na rede, principio conhecido como olho-por-olho.

O autor (Alecrim, Emerson, 2011), define que o BitTorrent é uma tecnologia

criada por Bram Cohen que permite o compartilhamento de qualquer tipo de arquivo

pela internet, sendo muito utilizado para a distribuição de vídeos, músicas e

softwares. Sua forma de trabalho é muito eficaz e evita, por exemplo, que

determinados usuários só façam download, mas não compartilhem arquivos (a não

ser que alguém utilize algum macete para burlar isso). Isso porque a taxa de

download é, de forma certa, equivalente à taxa de upload, ou seja, somente

compartilhando é que você consegue baixar arquivos. Por esta razão, quando o

usuário está iniciando um determinado download, a velocidade utilizada pode ser

lenta e vai aumentando de acordo com o que já foi baixado do arquivo. Quanto mais

o usuário tiver de um arquivo, mais pode compartilhar, beneficiando um número

maior de pessoas.

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2.1- O Protocolo Bittorrent

Protocolo de rede, que de acordo com o modelo OSI, esta localizado na

camada de aplicação. O interessante também BitTorrent reduz largamente a carga

no servidor porque os usuários descarregam arquivos uns dos outros, não do

servidor, isso de forma conhecida como o principio de olho-por-olho, onde somente

baixa quem compartilha.

2.2- Funcionamento

Na rede BitTorrent os arquivos são quebrados em pedaços de geralmente

256Kb. Ao contrário de outras redes, os utilizadores da rede BitTorrent partilham

pedaços em ordem aleatória, que podem ser reconstituídos mais tarde para formar o

arquivo final. O sistema de partilha otimiza o desempenho geral de rede, uma vez

que não existem filas de espera e todos partilham pedaços entre si, não

sobrecarregando um servidor central, como acontece com sites e portais de

downloads, por exemplo. Assim, quanto mais utilizadores entram para descarregar

um determinado arquivo, mais largura de banda se torna disponível.

Para compartilhar um arquivo usando o BitTorrent, um utilizador cria um

arquivo .torrent, um pequeno "apontador" que contém o nome do arquivo; tamanho

do arquivo; hash, a matrícula de cada bloco do arquivo (que assegura aos

utilizadores que o arquivo é o que o nome diz ser); endereço do servidor tracker.

BitTorrent reduz largamente a carga no servidor porque os utilizadores descarregam

arquivos uns dos outros, não do servidor. As barras coloridas indicam que os

pedaços são partilhados em ordem aleatória, em vez da ordem seqüencial. O

arquivo torrent pode ser distribuído para outros utilizadores, sendo um website o

meio mais comum. O cliente BitTorrent é iniciado como um "nó semeador",

permitindo que outros utilizadores se conectem a ele e comecem o download.

Conforme os utilizadores fazem o download do arquivo, eles podem se tornar novos

semeadores desse arquivo. Um dos problemas desse sistema é que se todos os

semeadores saírem da rede, o arquivo, ficheiro, pode tornar-se indisponível para

download, mesmo que se tenha o arquivo torrent. Com sorte ainda é possível

descarregar todos os blocos de um arquivo mesmo que nenhuma fonte seja

completa, uma vez que os blocos são distribuídos em ordem aleatória. Ou seja,

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mesmo se nenhum semeador possuir o arquivo completo, ainda é possível fazer o

download do arquivo juntando as partes que cada semeador possui.

Diferente de outros métodos de download P2P o autor (CARMACK, Carmen,

2005) diz que o BitTorrent é um protocolo que descarrega parte do trabalho de

rastreamento para um servidor central (chamado de tracker - rastreador). Uma outra

diferença é que ele utiliza um princípio chamado olho por olho. Isso significa que,

para receber arquivos, deve-se também fornecê-los. Isso resolve o problema de

leeching, um dos principais objetivos do desenvolvedor Bram Cohen. Com o

BitTorrent, quanto mais arquivos você compartilhar, mais rápidos serão os seus

downloads. Por fim, para fazer melhor uso da largura de banda da internet

disponível (o canal para a transmissão de dados), o BitTorrent baixa diferentes

partes do arquivo que você deseja, simultaneamente, de diversos computadores.

Figura 1 – Funcionamento BitTorrent

Fonte: HowStuffWorks, 2005.

2.3-Gíria do BitTorrent

Como toda tecnologia inovadora ela tem as suas funções especificas, e essas

funções tem os seus linguajares, onde veremos na tabela abaixo.

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Tabela 1 – Gíria do BitTorrent.

Sanguessugas(leechers) pessoas que baixam arquivos mas não os

compartilham com outros;

Semeador (seed ou seeder) um computador com uma cópia completa de um

arquivo BitTorrent (é necessário pelo menos um

computador "seed" para que o download de um

BitTorrent funcione);

Enxame (swarm) um grupo de computadores enviando (upload) ou

recebendo (download) o mesmo arquivo

simultaneamente;

.torrent um arquivo indicador que direciona seu computador

para o arquivo que você deseja baixar;

Rastreador (tracker) um servidor que gerencia o processo de

transferência de arquivos BitTorrent.

Peer (par ou nó) nome dado a cada computador que compartilha

arquivos.

Fonte: (CARMACK, Carmen, 2008)

3-P2P (PEER-TO-PEER)

É uma arquitetura de redes de computadores, sistema ponto-a-ponto, onde

cada nó cria funções tanto de cliente, quanto servidor.

O autor (BARROS DURANTE, Gabriel; 2004) define que, as redes Peer-to-

Peer (P2P) atraem muita atenção da comunidade de Rede de computadores, apesar

de haver uma discordância à respeito do seu significado. A tecnologia P2P promete

alterar o futuro das redes, porém seu conceito já existe há muitos anos. Cresce

também as questões de interesse cultural, como no caso do Napster, apesar das

políticas de livre arquitetura de rede. Aparentemente esses paradoxos apenas

acrescentam mais misticismo que ronda o assunto P2P.

Segundo o autor (CIRIACO, Douglas, 2008), a tecnologia P2P (do inglês

peer-to-peer, que significa par-a-par) é um formato de rede de computadores em

que a principal característica é descentralização das funções convencionais de rede,

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onde o computador de cada usuário conectado acaba por realizar funções de

servidor e de cliente ao mesmo tempo. Seu principal objetivo é a transmissão de

arquivos e seu surgimento possibilitou o compartilhamento em massa de músicas e

filmes. Com a crescente utilização da rede P2P para este fim, cada vez mais surgem

programas para este fim, porém nem sempre eles atendem às expectativas do

usuário. Diversas redes operam hoje em dia nestes moldes de compartilhamento,

entre elas Kademlia, Gnutela, Kad Network e SoulSeek. Alguns programas valem a

pena ser citados quando o assunto é compartilhamento P2P: SoulSeek, eMule,

LimeWire, Ares Galaxy, Shareaza, DreaMule, iMesh e Morpheus. Caso prefira,

acesse a categoria de Compartilhadores P2P do Baixaki e conheça mais programas

que operam deste modo.

Figura 2 – Tipos de Infraestrutura P2P.

Fonte: Wikipedia, Peer-to-peer, 2011.

4- RESULTADOS

Com esse estudo focado em rede ponto-a-ponto pudemos alcançar uma

gama de informações a respeito da tecnologia pesquisada, mostrando sua

importância, revelando de fato seu funcionamento do BitTorrent.

O uso de protocolos de ponto-a-ponto, a cada dia podemos perceber mais e

mais usuários que aderiram essa tecnologia, pois é nessa teia que se encontra o

maior número de usuários que queiram baixar, compartilhar, pois é um meio fácil e

rápido de transferência. Abrangendo o leque, temos o protocolo BitTorrent mais

conceituado atualmente da área, onde se resolve um grande problema, os

sanguessugas, usuários que somente baixam arquivos e não pensam em

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compartilhar, o método de uso é simples, usa-se o principio de olho-por-olho,

resumindo isso, usuário somente baixa arquivo se realmente compartilhar eles.

5- CONCLUSÃO

Podemos concluir que o protocolo BitTorrent é o melhor entre as redes de

compartilhamento, mostrando eficiência no seu funcionamento tanto com

infraestrutura central, e sem infraestrutura central.

BitTorrent é um protocolo que descarrega parte do trabalho de rastreamento

para um servidor central. Outra diferença é que ele utiliza um princípio chamado olho

por olho. Isso significa que, para receber arquivos, deve-se também fornecê-los,

acabando com o problema dos sanguessugas (leeches) que queriam por sua vez

somente baixar arquivos, e não compartilhar os mesmos. Através dessas melhorias

em relação a outros P2P, faz com que a rede se torne mais dinâmica.

A tecnologia BitTorrent foi uma revolução no mundo dos P2P, fez com que

acabasse com um dos principais problemas enfrentados por esse protocolo, onde

antes era possível fazer o download (baixar dados), e não contribuir para o upload

(envio de dados), de dados já baixados para os usuários na rede.

REFERÊNCIAS

BARROS DURANTE, Gabriel, Redes Peer-to-peer. Disponível em:

< http://www.gta.ufrj.br/grad/04_1/p2p/>

ALECRIM, Emerson, BitTorrent: o que é e como funciona. Disponível em:

< http://www.infowester.com/bittorrent.php>

CIRIACO, Douglas. O que é P2P?. Disponível em:

< http://www.tecmundo.com.br/192-o-que-e-p2p-.htm>

CARMACK, Carmen (HowStuffWorks ). Como funciona o BitTorrent. Disponível

em: < http://informatica.hsw.uol.com.br/bittorrent.htm>