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BENS

ESPIRITUIS

POR

FRNZ

'4RC

\LEr{o

(scu1o

xr,)

estranho que o

ser

humano

atribua

valores

to

cliferentes

a

bens espiri-

tuais e materiais

Se, por exemplo,

algum

conquista

para

sua ptria

uma

nova

col-

:--e.

ento

aclamado

por todo o pas. No se hesita, nem

por um dia,

em

tomar

posse

da

--

colnia.

Com igual

jbilo

se

sadam

as conquistas

tcnicas.

llas,

se

algum

se atreve

a presentear

sua ptria

com

um novo

bem

puramente

espi-

1

:-:ua1,

este

quase

sempre rechaado com

fria

e

alvoroo; seu

presente

torna-se suspei-

|

-

. procura-se

elimin-lo

de

todos

os

modos;

se

fosse

permitido,

aincla

hoje

se

atearia

fogo

I

.

,foador

por

sua ddiva.

i

Esse

fato

no

terrvel?

I

Um

pequeno

exemplo atual

nos

leva

a

esta

introduo.

lleier-Graefe

teve

a

iclla

de

preseq_teAr

seus

compatriotas com

o

iderio

de um gran-

-:

xestre

totalmente

desconhecido cleles

-

trata-se

cle

El

Greco. A grancle

maioria,

mes-

::-

-

,):

artistas, ficou

no

apenas indiferente,

mas o atacou com

verdacleira raiva

e

indig-

-.-

-o.

Com

esse

gesto

simples

e

nobre, seu nome

tornou-se desacreditado

na

Alemanha.

E. terrivelmente

clifcil oferecer a seus contemporneos presentes

espirituais.

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rrL

.42

PN1'I,

R,\ CFIINE,S-\

Lm outro

grande

benfeitor

no teve melhor

sorte

na

Alemanha-

[Hugo

von]

Tschr

Esse

homem

genial presenteou

Berlim com

os

maiores tesouros

culturais

em

tetmo:

pintura

-

o

resultado

for

clue

simplesmente

o baniram

da

cidade. Suas

aquisies

no

eI

bem-r'indas. Tschudi

foi

para

X'[unic1ue.

O mesmo espetculo:

tambm aqui

no

quer

seus

presentes.

Contemplaram

a coleo

Nemes

na Alten

Pinakothek

apenas

como

t

nova vitrine

da mocla

c vo

respirar aliviados

ao

se

iivrarem

da

perigosa

coleo

sem

1

cisar

manter

algo dela.

A

aquisio

de

um

Rubens

ciu

Rafael seria talvez

aigo diferentr

que

poderia

ser

consideracla

um

enriquecimento

do

patrimnio

m,oterial do pas.

Essa reflexo

melanclica

cabe

nas colunas

clo

Blaue Reiter,

pois

reflete

um

sintc

de

um

grande

mal

que talvez

leve

o

Blaue Reiter

morte: a

f

alta cle

interesse

geral das

I

soas

por

no\ros

bens espirituais.

l'

\-emos

csse

perigo caramente

cliante

de nos.

Nossos

presentes

sero

rejeitados

temidas

irmis dos

"ser'irgens"

so suirs

i./ir?ds

t101.tos',

e:L,s

miltam melhor

clr

rrye

: Llc-sttt)en'

irquilo

(re

se

tinriL por

indestmtr'el

.

.rLrcrn

so

esses

"selr':rgens"

na Alern:rnhir?

-\

rnaior

partc

clclcs

bcrn conhr:cicla c

muito

jii

scr cscrcr-eu sobre eles. a

firricke,

clt

-

lrlr,

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-\.iri.'a.Sccr:sso.

clc llcrlim e a,\r0,a Assctttatia rlc llr.rni,Frt'.

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r'rriris

antiga

clirs trs a

[Jricke.

E1a conreor c]on

granre

-cricclaclc,

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piri

sr-is

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A

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repercu,s,so

r-r:r

Alernar-rr:1.

Sonente alguns

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tlcpois, is cxposig:es

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