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  • 7/23/2019 Bloco 3 Introduo

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    Subjetividade, Processos deSubjetividade, Processos de

    Subjetivao, Aprendizagem,Subjetivao, Aprendizagem,Experincia, Multiplicidade eExperincia, Multiplicidade e

    DierenaDierenaINTRODUO AO BLOCO 3 DO CURSOINTRODU

    O AO BLOCO 3 DO CURSOHISTRIA DAS IDEIAS E EDUCAO IVHISTRIA DAS IDEIAS E EDUCA

    O IV

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    SUBJETIVIDADE E PROCESSOS DESUBJETIVAO

    ! "onceito de #Sujeito$ % substitu&do por #Agenciamentocoletivo de enunciao$ 'ue no corresponde nem a umaentidade individuada nem a uma entidade socialpredeterminada( Agenciamento ) Acontecimento(

    ! A subjetividade % produzida por agenciamentos deenunciao(

    ! *s processos de subjetivao +produo de sentidos noso centrados em agentes individuais, nem agentesgrupais( So processos duplamente descentrados(-mplicam o uncionamento de m.'uinas de expresso 'uepodem ser de natureza extra!pessoal, extra!individual, denatureza inra!/umana, inraps&'uica, inrapessoal+sistemas de percepo, sensibilidade, desejo, aeto e deproduo de id%ias, etc(

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    SUBJETIVIDADE E PROCESSOS DESUBJETIVAO

    Deleuze +0112, o termo #processo de subjetivao$ signiica

    produo de modos de existncia( Deleuze considera o processode subjetivao como a lexo ou curvatura da relao de oras(-sso signiica 'ue cada ormao /ist3rica ir. dobrar acomposio de oras e ar. surgir um sentido particular( OSENTIDO HABITA O ACONTECIMENTO( Assim, em uno do

    modo em 'ue se produz esse plissamento das oras, um objetopode ad'uirir uma conigurao distinta( Portanto, porsubjetivao entendemos a'ui como o processo pelo 'ual seproduzem territ3rios existenciais em uma ormao /ist3ricaespec&ica( -sso implica na inveno de dierentes ormas derelao consigo e com o mundo ao longo do tempo(

    De acordo com 4uattari 5 6olni7 +0112 alar em produo dasubjetividade signiica dizer 'ue esta 8ltima no % entendidacomo origem, mas como ruto de um processo de subjetivao,de acordo com a conigurao s3cio!/ist3rica em 'ue se situa(Airmam a import9ncia dos processos de :singularizao )dissoluo do eu;(

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    Indivduo e Su!e"ivid#deO$ Con%ei"o$ de &Indivduo' e &Su!e"ivid#de' $(o)#di%#*+en"e di$$o%i#do$,

    -.INDIV/DUO ) serializado, registrado e modelado +-ndividuaodo corpo0.SUBJETIVIDADE ) no % pass&vel de totalizao ou de

    centralizao no indiv&duo +Multiplicidade de agenciamentos dasubjetivao < a subjetividade % essencialmente abricada emodelada no registro social(

    1 INDIVIDUAO 2processos de centralizao +estriados=SUBJETIVAO processos de descentralizao +lisos

    A subjetividade esta em circulao nos conjuntos sociaisde diferentes tamanhos: ela essencialmente social eassumida e vivida por indivduos em suas existncias

    particulares 45UATTARI6 -7896 :. 33;

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    Indivduo e Su!e"ivid#de! >o existe subjetividade do tipo #recipiente$ em 'ue se

    colocariam coisas essencialmente exteriores, as 'uais seriam#interiorizadas$(

    ! * indiv&duo est. na encruzil/ada de m8ltiplos componentesde subjetividade(

    ! >o % a somat3ria de subjetividades individuais 'ue criam anoo de subjetividade, ao contr.rio, % a subjetividadeindividual 'ue resulta de entrecruzamentos coletivos(

    ! * 'ue az a ora da subjetividade capital&stica +exemplo %'ue ela se produz tanto ao n&vel dos opressores 'uanto dosoprimidos(

    ! Subjetividades ) "riao ? @ormatao +6elexes! Sobre os processos de subjetivao +6elaes

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    Mi%)o:o*"i%# ou # Po*"i%#do Co"idi#no

    (...) uma micropoltica de transformaomolecular passa por um questionamento radicaldessas noes de indivduo como referente geraldos processos de subjetivao. Parece oportuno

    partir de uma definio ampla da subjetividade,como a que estou propondo, para em seguidaconsiderar como casos particulares os modos deindividuao da subjetividade momentos em quea subjetividade di! "eu#, ou "super$eu#, momentosem que a subjetividade se recon%ece num corpo

    ou numa parte de um corpo, ou num sistema depertin&ncia corporal coletiva. 'as a tambmestaremos diante de um pluralismo deabordagens do ego e, portanto, a noo deindivduo vai continuar a eplodir.* +4BACCA6-,

    01, p( F2

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    AULA %o+o #%on"e%i+en"o, )e%o*o%#ndo ohifen n##?e+

    !So)e o %on%ei"o de #%on"e%i+en"o 4@v@ne+en"; ) +acontecimento no o que acontece (acidente), ele noque acontece o puro epresso que nos d sinal e nosespera. + acontecimento o sentido.* +DEGEBHE, 2IIF,p( 0J2

    ! A"*>CE"-ME>C* K ->"*6P*6AG LBE SE D "*M* E>"*>C6*NM-SCB6A DE "*6P*S E P*6 -SS*@*4E DA GO4-"A "ABSA!E@E-C*(

    ! DESA@-* "omo pensar a ABGA a partir da l3gica do

    acontecimentoQ

    "artograar uma Micropol&tica Pedag3gica < Bm desaiocontempor9neo.

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    De*eu>e, i*$oo d# +u*"i:*i%id#deDe*eu>e, i*$oo d# +u*"i:*i%id#dee d# die)en=#e d# die)en=#

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    5i**e$ De*eu>e 4-702-77;

    Filsofo francs contemporneo,investiu numa losoa dasmultiplicidades, na criao de

    uma losoa atenta ao mundo eao tempo presente (losoa dadiferena). Uma losoa do

    acontecimento.

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    De*eu>e,De*eu>e, :)in%i:#i$:)in%i:#i$o)#$o)#$-mpirismo e ubjetividade+01JFR/iet!sc%e e a 0ilosofia+012R1 0ilosofia 2rtica de 3ant+01FRProust e os ignos+01R+ 4ergsonismo+01R

    1presentao de ac%er$'asoc%+01TR5iferena e 6epetio+01Rpino!a e o Problema da -pressopino!a e o Problema da -presso+01R78gica do entido+011R0rancis 4acon, l8gica da sensao+010R2inema 9 1 :magem$movimento+01FR2inema ; 1 :magem$tempo+01JR0oucault +01R1 5obra < 7eibni! e o 4arroco+01

    2rtica e 2lnica+011F

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    De*eu>e e 5u#""#)i, in"e)%e$$o)e$

    4illes Deleuze +012J!011J4illes Deleuze +012J!011J

    e

    @%lix 4uattari +01FI!011F@%lix 4uattari +01FI!011F

    Cone%e)#+2$e e+ -797 einven"#)#+ u+ novo e$"i*oe+ i*o$oi#.

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    De*eu>e e 5u#""#)i, in"e)%e$$o)e$

    #* essencial so os intercessores( A criao soos intercessores( Sem eles no /. obra( Podemser pessoas < para um il3soo, artistas oucientistasR para um cientista, il3soos ou artistas< mas tamb%m coisas, plantas, at% animais,como em "astaUeda( @ict&cios ou reais,

    animados ou inanimados, % preciso abricar seuspr3prios intercessores( K uma s%rie( Se noormamos uma s%rie, mesmo 'uecompletamente imagin.ria, estamos perdidos(Eu preciso de meus intercessores para me

    exprimir, e eles jamais se exprimiriam sem mimsempre se trabal/a em v.rios, mesmo 'uandoisso no se v( E mais ainda 'uando % vis&vel@%lix 4uattari e eu somos intercessores um dooutro($

    De*eu>e6De*eu>e6 ConversaesConversaes

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    De*eu>e e 5u#""#)i, o)#$De*eu>e e 5u#""#)i, o)#$

    + 1nti$=dipo < capitalismo eesqui!ofrenia+01T2

    3af>a < por uma literaturamenor+01TJ

    'il Plat?s < capitalismo eesqui!ofrenia+01I

    + que a 0ilosofia@+0110

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    De*eu>e P)oe$$o)De*eu>e P)oe$$o)#As vidas dos proessores raramente so interessantes("laro, /. as viagens, mas os proessores pagam suas

    viagens com palavras, experincias, col3'uios, mesas!redondas, alar, sempre alar( *s intelectuais tm umacultura ormid.vel, eles tm opinio sobre tudo( Eu nosou um intelectual, por'ue no ten/o cultura dispon&vel,nen/uma reserva( * 'ue sei, eu o sei apenas para asnecessidades de um trabal/o atual, e se volto ao temav.rios anos depois preciso reaprender tudo( K muitoagrad.vel no ter opinio nem id%ia sobre tal ou 'ualassunto( >o soremos de alta de comunicao, mas aocontr.rio, soremos com todas as oras 'ue nos obrigama nos exprimir 'uando no temos grande coisa a dizer(

    Viajar % ir dizer alguma coisa em outro lugar, e voltar paradizer alguma coisa a'ui( A menos 'ue no se volte, 'uese permanea por l.( Por isso sou pouco inclinado WsviagensR % preciso no se mexer demais para noespantar os devires($ +01, em entrevista a @( EXald e 6(Yellour( 5i**e$ De*eu>e6 Conversaes

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    De*eu>e P)oe$$o)De*eu>e P)oe$$o)

    #As aulas oram uma parte da min/a vida, eu asdei com paixo( >o so de modo algum comoas conerncias, por'ue implicam uma longadurao, e um p8blico relativamente constante,Ws vezes durante v.rios anos( K como umlaborat3rio de pes'uisas d.!se um curso sobrea'uilo 'ue se busca e no sobre o 'ue se sabe(K preciso muito tempo de preparao paraobter alguns minutos de inspirao( @i'ueisatiseito em parar 'uando vi 'ue precisavapreparar mais e mais para ter uma inspiraomais dolorosa N(((N Bm curso % uma esp%cie de

    prec%gesang Zcanto alado[, mais pr3ximo dam8sica 'ue do teatro( >ada se ope emprinc&pio a 'ue um curso seja um pouco at%como um concerto de roc7($

    5i**e$ De*eu>e6 Conversaes

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    Po) u+# i*o$oi# d#Po) u+# i*o$oi# d#Die)en=#Die)en=#6oberto Mac/ado airmou 'ue no %no %dAvida de que a grande ambio dedAvida de que a grande ambio de5eleu!e reali!ar, inspirado sobretudo em5eleu!e reali!ar, inspirado sobretudo em

    Benri 4ergson, uma filosofia daBenri 4ergson, uma filosofia damultiplicidade*multiplicidade*(

    E o pr3prio Deleuze iniciou um de seus

    8ltimos escritos, + 1tual e o Cirtual,airmando 'ue a filosofia a teoria dasa filosofia a teoria dasmultiplicidades*multiplicidades*(

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    Po) u+# i*o$oi# d# Die)en=#Po) u+# i*o$oi# d# Die)en=#

    A @ilosoia da Multiplicidade@ilosoia da Multiplicidadeest. articuladacom uma #ilosoia da dierenailosoia da dierena$, 'ueDeleuze exercitou em obras como5iferena e 6epetio e 78gica doentido, j. no inal da d%cada de 01I(

    Ela oi marcada por uma tomada de

    posio contra a ilosoia /egem\nica no*cidente, o platonismo, undada na noode representaorepresentao(

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    Po) u+# i*o$oi# d#Po) u+# i*o$oi# d#Die)en=#Die)en=##Calvez o engano da @ilosoia da dierena, deArist3teles a ]egel passando por Geibniz, ten/asido o de conundir o conceito da dierena comuma dierena simplesmente conceitual,

    contentando!se com inscrever a dierena noconceito em geral( >a realidade, en'uanto seinscreve a dierena no conceito em geral, nose tem nen/uma -d%ia singular da dierena,

    permanecendo!se apenas no elemento de umadierena j. mediatizada pela representao($

    De*eu>e6 !iferena e "epetio

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    Mi%e* ou%#u*", o Au"o) F oMi%e* ou%#u*", o Au"o) F oSu!ei"oSu!ei"o

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    Mi%e* ou%#u*"Mi%e* ou%#u*"

    >asceu em Poitiers, em 0J deoutubro de 012 e aleceu em paris,em 2 de jun/o de 01(

    @oi proessor nas aculdades deGetras e "incias ]umanas de"lemont!@errand e Cunez e tamb%m,na c.tedra de ]ist3ria dos Sistemas

    de Pensamento no "oll^ge de @ranceno per&odo 01TI W 01(

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    E$%)i"o$ F Di"o$E$%)i"o$ F Di"o$

    1954 - Doena Mental e Psicologia;1954-1988 Ditos e Escritos:- Problematizao do s!eito: Psicologia"Psi#iatria e Psican$lise; - %r#eologia das &i'ncias e (ist)ria dos

    *istemas de Pensamento;- Est+tica: ,iteratra e intra" M.sica e&inema; - /tica" *e0alidade" Poltica"; -Estrat+gia" oder-*aber

    1921 - (ist)ria da locra ;1923 - ascimento da clnica;1922 - %s alaras e as coisas;1929 - %r#eologia do saber;1929 6 #e + m ator7;19 % 6rdem do Discrso;191-19 - eorias e institi

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    E$%)i"o$ F Di"o$E$%)i"o$ F Di"o$01TF

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    GL#$ +enin#$G de Ve*>ue>, #GL#$ +enin#$G de Ve*>ue>, #)e:)e$en"#=(o d# )e:)e$en"#=(o)e:)e$en"#=(o d# )e:)e$en"#=(o

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    As palavras e as coisasAs palavras e as coisas#* pintor est. ligeiramente aastado do 'uadro( Gana um

    ol/ar em direo ao modeloR talvez se trate de acrescentarum 8ltimo to'ue, mas % poss&vel tamb%m 'ue o primeirotraa no ten/a ainda sido aplicado( * brao 'ue segura opincel est. dobrado para a es'uerda, na direo dapal/etaR permanece im3vel, por um instante, entre a tela eas cores( Essa mo /.bil est. pendente do ol/arR e ool/ar, em troca, repousa sobre o gesto sucessivo( Entre aina ponta do pincel e o gume do ol/ar, o espet.culo vailiberar seu volume( Z((([ Calvez /aja, neste 'uadro deVel.s'uez, como 'ue a representao da representaocl.ssica e a deinio do espao 'ue ela abre( "om eeito,ela intenta representar!se a si mesma em todos os seuselementos, com suas imagens, os ol/ares aos 'uais elase oerece, os rostos 'ue torna vis&veis, os gestos 'ue aazem nascer( Mas a&, nessa disperso 'ue ela re8ne eexibem em seu conjunto, por todas as partes um vazioessencial % imperiosamente indicado o desaparecimento

    necess.rio da'uilo 'ue unda < da'uele a 'uem ele seassemel/a e da'uele a cujos ol/os oi elidido( E livre,enim, dessa relao 'ue a acorrentava, a representaopode se dar pura representao$(

    1s Palavras e as 2oisas, 9DNN

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    O ue @ u+ #u"o)O ue @ u+ #u"o)"onerncia 011"onerncia 011

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    @uno autor@uno autor

    Ao tratar do autor, @oucault apresentou seutrabal/o como um Projeto, utilizando comoestrat%gia e t.tica a ormulao por meio deuma 'uesto < o que um autor@ ! e essa'uesto demarca sua tril/a, ou seja, no

    importa 'uem % o autor mas o 'ue % o autor(Gogo, o 'ue est. em cena % a uno autoruno autor(

    Mote retomada de Yec7ett ! ue importaquem fala@

    Autor ) unoR) presena altante, :a ausncia ocupa

    lugar primordial no discurso=>

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    @uno autor@uno autor

    a escritaescrita ?no se trata da mani@estao oda e0altao do gesto de escreer; no setrata da amarrao de m s!eito em malingagem; trata-se da abertra de mesao onde o s!eito #e escree no $rade desaarecerA> %

    escritaescrita Bse desenrola

    como m !ogo #e ai in@alielmente al+m desas regras" e assa assim ara @oraA>

    6 nome do atornome do atorest$ localizado na Brtra#e instara a m certo gro de discrsose se modo singlar de serA>

    % @no ator@no ator+ Bcaracterstica do modo dee0ist'ncia" de circlao e de@ncionamento de certos discrsos noe0terior da sociedadeA>

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    AAO)de+O)de+do Di$%u)$odo Di$%u)$o01TI01TI

    @oucault iniciou sua aula inaugural airmando'ue # ao inv%s de tomar a palavra, gostaria deser envolvido por ela e levado bem al%m detodo comeo poss&vel$ e assim, demarcouuma 'uesto #o 'ue /., enim, de to

    perigoso no ato de as pessoas alarem e deseus discursos prolierarem indeinidamenteQ*nde, ainal, est. o perigoQ$

    ]ip3tese]ip3tese em toda sociedade a produo dediscurso % #ao mesmo tempo controlada,selecionada, organizada e redistribu&da porcerto n8mero de procedimentos 'ue tm poruno conjurar seus poderes e perigos,dominar seu acontecimento aleat3rio,es'uivar sua pesada e tem&vel materialidade$(

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    Crs grandes sistemas de excluso 'ueCrs grandes sistemas de excluso 'ueatingem o discursoatingem o discurso

    0( a P#*#v)# Se?)e?#d# ! -nterdio ligao do podercom o desejo < pol&tica e sexualidade jogo no se tem o direito de dizer de tudoR no se pode

    alar de tudo em 'ual'uer circunst9nciaR 'ual'uer umno pode alar de 'ual'uer coisa(

    2( a Se?)e?#=(o d# Lou%u)#! 6ejeio separao,oposio entre razo e loucura Desde a -dade M%dia #o louco % a'uele cujo discurso

    no pode circular como o dos outros$( Era #atrav%s desuas palavras 'ue se recon/ecia a loucura do louco,elas eram o lugar onde se exercia a separaoR masno eram nunca recol/idas nem escutadas$(At% o s%culo ?V---, a palavra do louco e sua dierenano era de interesse do saber(

    F( a Von"#de de ve)d#de ! Deslocamento da verdadedo+no ato ritualizado de enunciao para oenunciado(

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    *rganizao discursiva*rganizao discursiva

    Partindo da an.lise do regime penal daidade cl.ssica, @oucault investigou naconstruo da sociedade moderna, ouncionamento estrat%gico e discursivoinstaurado no s%culo ?-?(

    *s discursos so institu&dos e uncionamnas relaes de poder e de dominaona ordem do saber!poder 'ue sedelineia de orma distintas no cerne dassociedades(

    _ -nvestigando a organizao discursiva %poss&vel analisar as organizaes docotidiano social, jur&dico e pol&tico(

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    * D-S"B6S** D-S"B6S*>as teias discursivas e nas inst9ncias

    controladoras estabelece!se um jogo atrav%s deprocedimentos de excluso excluso doindiv&duo 'ue % inclu&do na rede social ediscursiva ap3s a realizao do exame( >essejogo az!se presente

    0( a in"e)di=(o, a proibio, 'ue liga o desejo aopoder a medida 'ue no se tem o direito de di!er

    de tudoR no se pode falar de tudo em qualquercircunstQncia eR qualquer um no pode falar dequalquer coisaR

    2( a )e!ei=(o, ou seja, a separao, a ciso entrerazo e a loucuraR e

    F( o deslocamento da relao com a verdade avon"#de de ve)d#de, 'ue se v nascer no s%culo?-?, relaciona!se com um sistema de excluso'ue se ampara no suporte institucional e odiscurso verdadeiro associa!se ao poder decoero(

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    * Discurso e a @ilosoia* Discurso e a @ilosoia

    #Luer seja, portanto, em uma ilosoiado sujeito undante, 'uer em umailosoia da experincia origin.ria ou emuma ilosoia da meditao universal, o

    discurso nada mais % do 'ue um jogo,de escritura, no primeiro caso, de leitura,no segundo, de troca, no terceiro, e essaleitura e essa escritura jamais pe em

    jogo seno os signos( * discurso seanula, assim, em sua realidade,inscrevendo!se na ordem dosigniicante$(

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    Vigiar e punir *Vigiar e punir * PanopticonPanopticon"om o intuito de corrigir as virtualidades, a sociedade

    disciplinar pauta!se no exame, na investigao, na

    inspeo minuciosa da conduta, se ediicndo sobre oPanopticon,permitindo a viso de todos os elementos(* PanopticonPanopticon %entendido como

    #;uma orma de poder 'ue utiliza como procedimento oexame e no mais o in'u%rito o indiv&duo deve serol/ado, vigiado constantemente eR

    ;uma orma de poder 'ue pe em ao a vigil9ncia, ocontrole a correo(

    _ >o locusda vigil9ncia, /. a relao de saber!poder/. o vigilante e o vigiado( A'uele 'ue vigia exerce umcerto poder sobre o vigiado e, #en'uanto exerce essepoder, tem a possibilidade tanto de vigiar 'uanto de

    constituir, sobre a'ueles 'ue vigia, a respeito deles, umsaber$(

    _ Crata!se na sociedade do s%culo ?-? de veriicar,examinar o 'ue est. na norma, o 'ue % normal ou no eatrav%s da punio, ajustar, promover a correo /.um arranjo de controle moral e social

    A A it tA A it t

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    A Ar'uiteturaA Ar'uiteturaa ediicao doa ediicao do PanopticonPanopticon

    * Panopticon como o lugar de vigil9ncia pode ser bemrepresentado na ar'uitetura das instituies cuja estrutura %constru&da para propiciar o controle e a correo do indiv&duo(

    A descrio da priso central de Yeaulieu, de 22 de janeiro de0FJ, parte integrante do dossi 6ivi^re, demonstra asormas do sistema penitenci.rio na @rana e seu trabal/o devig&lia(

    #A orma 'uadrada do estabelecimento tem a vantagem dereunir todas as construes numa dimenso de terreno poucoconsider.velR de orma 'ue se pode percorrer em poucotempo as oicinas, os dormit3rios, as enermarias, a capela ea parte destinada ao servio do administrador( Da& tamb%mresulta uma grande acilidade para a vigil9ncia, ponto dosmais importantes, j. 'ue para impedir 'ue se entreguem W

    desordem e corrigir seus maus /.bitos % preciso 'ue jamaisse perca de vista os detentos( @oram eitos em todas aspeas, por meio de clarab3ias, corredores 'ue azem a voltado 'uadrado( Cais corredores tornam a vigil9ncia mais .cil+((( Bm segundo muro, 'ue se eleva a 2F p%s do cinturo dasmural/as, orma um camin/o de ronda 'ue acilita a vigil9nciaexterior( +((( Cudo enim, na disposio e distribuio dospr%dios, oi calculado para acilitar os dierentes servios eassegurar uma boa vigil9ncia$(

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    De*eu>e F ou%#u*", De$e!o e P)#>e)De*eu>e F ou%#u*", De$e!o e P)#>e)

    Desejo ! +Agenciamento do desejo )

    M.'uina desejante( Produo ma'u&nica(>o % uma determinao natural eespont9nea( Desejo no % alta, masimanncia pura < "orpo sem 3rgos o 'uepode um corpoQ +deesa de Deleuze(

    Prazer < Cemperana % o calculo e aorganizao 'ue o individuo az na gesto

    dos seus prazeres( Prazer % vivido atrav%sde uma :alta; 'ue este mesmo prazer sanatranscendentalmente( K a lei da alta via asnormas do prazer( +deesa de @oucault(