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Bloco PBreve Introduo Propriedades Peridicas As propriedades peridicas so semelhantes de acordo com a famlia que o elemento faz parte e so seguidas de maneira vertical. No entanto, podem-se observar algumas propriedades peridicas ao longo de cada linha. O bloco p bem diversificado apresentando diferentes caractersticas nos elementos que o compem. Esse grupo dividido em: Metais, Semi-metais e No-Metais e gases nobres. Propriedades Eltricas e Metlicas Os metais conduzem bem a eletricidade e sua condutividade diminui de acordo com o aumento da temperatura; os no-metais so isolantes, sua eletricidade muito baixa ou no detectvel; os semi-metais ou semicondutores aumentam sua condutividade de acordo com o aumento da temperatura. Os elementos metlicos esto arranjados esquerda do bloco p e so separados dos nometais pela banda dos semi-metais que vai desde o Boro, em diagonal, at o Telrio. As caractersticas dos elementos prximos ao grupo dos semi-metais no bvia, pois vrios dos elementos dos grupos IVA, VA e VIA (14, 15 e 16, respectivamente) ocorrem em diferentes formas alotrpicas, cada um com propriedades diferentes. Por exemplo, o Estanho em sua fase (Estanho Cinza) tem retculo cristalino semelhante ao encontrado no diamante e tem caractersticas eltricas de semi-metal, j na sua fase (Estanho Branco), que estvel acima de 13 C um condutor metlico. Outro exemplo o Fsforo Branco (P4) e o Vermelho [(P4)n], tm estruturas complexas em cadeia, so ambos isolantes eltricos de carter metlico. Porm, a variedade alotrpica do Fsforo Negro (Pn) tem uma estrutura cristalina constituda por camadas onduladas e nessa forma seu comportamento de um semi-metal. Portanto, nem todos os elementos podem ser classificados como metais, semi-metais ou no-metais sem se fazer referncia a suas variao alotrpicas. Os elementos mais pesados dos grupos IIIA, IVA e VA apresentam comportamento metlico. Nesses metais existe um excesso de eltrons disponveis. Alm de esses metais formarem slidos de estrutura regular nos quais os tomos encontram-se envolvidos por 8 a 12 tomos (CCC e CFC). Esses tomos apresentam baixas energias de ionizao. Nessas circunstncias, os tomos encontram-se envolvidos por vrios tomos e suas ligaes so originadas de dois eltrons por ligao. Esses eltrons esto bastante deslocalizados; sua habilidade de saltar eltrons de ligao para ligao lhes atribui carter de condutividade metlico.

Carter Metlico

Energia de Ionizao, Eletroafinidade e Eletronegatividade A Energia de Ionizao tende a aumentar de acordo com o aumento do nmero atmico. O comportamento metlico est associado baixa energia de ionizao, sendo assim, os elementos da esquerda tem maior carter metlico em direo direita. Em algumas famlias percebe-se que a energia de ionizao diminui com o aumento do nmero atmico, essa caracterstica observada nos compostos do bloco p. Por exemplo, o Boro tem energia de ionizao 800 KJ mol-1, um semi-metal, porm outros membros do grupo IIIA (13) tm energia de ionizao 600 KJ mol-1 ou menos, e so metais. A variao de energia de ionizao e a eltroafinidade determinam a possibilidade de um eltron ser perdido, nesse caso, observa-se nos no-metais a menor tendncia em perder eltrons que nos metais e semi-metais. Esse fator tambm determina a eletronegatividade. A escala de eletronegatividade baseada na energia de ligao; numa famlia, tomos menores tem maior eletronegatividade que os maiores, o mesmo se observa dentro de um perodo. Os no-metais tm, assim, uma maior eletronegatividade, especialmente, os halognios.

Afinidade Eletrnica dos Elementos

Estados de Oxidao Estado de oxidao dos elementos representativos se correlacionam com a estrutura eletrnica dos tomos. O estado de oxidao decorre da tendncia de um tomo ganhar

ou perder eltrons, para chegar configurao de uma camada fechada do tipo ns2 n6 ou nd10. Entre os elementos mais leves da famlia IIIA a configurao eletrnica n2 s2 e a perda de 3 eltrons resulta num estado de oxidao +3 e forma ons com a configurao do tipo (n-1)s2 e (n-1)d10. Porm o ndio e o Tlio apresentam Estado de Oxidao +1; isso ocorre pela perda de apenas o eltron p o que d origem a In+ e Tl+. Dentre essas e outras caractersticas podemos ver que no h uma regra geral para determinar o estado de oxidao atravs das famlias. Por exemplo, o Carbono, o Silcio e o Germnio tem sua qumica centrada quase que exclusivamente no estado de oxidao +4, para o Estanho e, especialmente, o Chumbo, o estado de oxidao +2 tende a ser mais importante que o +4. Gases Nobres: Um caso particular Os gases nobres recebem esse nome porque tm uma baixa reatividade. At poucos anos atrs se achava que eles no poderiam reagir com nenhum elemento. Porm, foram descobertos compostos estveis de gases de xennio e argnio ligados a flor. A estabilidade relativa desses elementos se d por suas camadas mais externas estarem totalmente preenchidas (1s2 para o hlio e ns2 np6 para os demais). Esses elementos apresentam uma afinidade eletrnica igual a zero (ou ligeiramente negativa), e energias de ionizao elevadas maior que a de todos os outros elementos. Em condies naturais os gases nobres tm pouca tendncia em perder ou ganhar eltrons. Por isso apresentam uma pequena tendncia em formar ligaes e ocorrem na forma de tomos isolados.

O Flor (F) Caractersticas Fsicas e Qumicas O flor o nono elemento da tabela, de nmero atmico 9 e massa atmica 19, encontrado no grupo 17 (Halognios) e muito abundante (950 ppm). Funde a -218, ferve a -188 e tem cor amarela. O calor de fuso de 372 cal/mol e o de vaporizao 1,51 kcal/mol. Ataca vigorosamente o vidro, metais e a gua. Por ter grande afinidade com o silcio no deve ser guardado em recipientes de vidro. O flor se encontra no bloco p, porque sua configurao eletrnica se d por: 1s2, 2s2, 2p5. Seu estado de oxidao -1, j que fica mais fcil o ganho de um eltron para completar o modelo mais estvel com a configurao do gs nobre equivalente ao perodo a que pertence, o Nenio (1s2, 2s2, 2p6). o elemento qumico mais reativo e mais eletronegativo da tabela peridica. Forma ligaes com, praticamente, todos os elementos da tabela. Em sua forma Homonuclear (F2) um gs amarelo-plido, extremamente perigoso quando ionizado. Pelo fato de ser muito eletronegativo ambos os tomos se repelem. Esse fenmeno faz com que sua energia de dissociao seja muito baixa e sua ligao relativamente fcil de ser rompida formando o on fluoreto (F-). Sua eletronegatividade consegue deformar a nvem eletrnica dos elementos fazendo, por exemplo, com que um gs nobre forme um momento dipolo e dessa maneira se liga a ele. Esse fenmeno torna possvel compostos estveis de gases nobres como o XeF4.Propriedades fsicas e qumicas do Flor: Nmero atmico: Peso atmico: Ponto de fuso: Ponto de ebulio: Densidade: Estados de oxidao: Configurao eletrnica: Raio atmico 9 18,9984 -218 C -188 C 1,69 g/l (20 C) -1 1s22s22p5 50(42) ()

Ocorrncia e Preparao O elemento foi identificado em 1771 por Sheele (no HF) e isolado em 1886 por Moissan. Constitui aproximadamente 0,03 por cento da crosta terrestre; encontrado principalmente na forma de Fluorita (CaF2), Criolita (Na3AlF6) e Flor-Apatita [Ca5F)PO4)3]. Seu nome deriva da palavra original do latim fluere, que significa fluir. Durante muito tempo, a alta reatividade do flor e a estabilidade de seus compostos impediram a sua obteno, ou seja, a descoberta do elemento flor. O flor extremamente reativo, especialmente quando em contato com um material orgnico.

Moissan preparou o HF anidro pelo aquecimento de KHF2; o HF foi condensado diretamente no recipiente de platina e submetido eletrlise. O Gs desenvolvido no nodo incendiou o silcio, produziu oznio quando em contato com a gua e liberou cloreto de potssio. Ele comunicou sua descoberta Academia de Cincias e foi convidado a demonstrar sua preparao. No dia da demonstrao ele no obteve flor. Alguns dias depois, descobriu que o erro residia no fato de ele ter feito uma dupla destilao do HF para a demonstrao especial, dessa maneira, o composto puro no conduziu eletricidade. Nas outras experincias, havia uma certa quantidade do sal KHF2. Essa foi a chave para a obteno do flor por eletrlise. Mesmo hoje em dia se obtm flor atravs de eletrlise de solues super concentradas de fluoreto de potssio em fluoreto de hidrognio anidro. A clula eletroltica geralmente feita de ao, cobre ou metal monel e opera-se a uma temperatura elevada. Se o eletrlito no for absolutamente anidro o produto obtido no nodo acha-se contaminado com fluoreto de oxignio (OF2). Compostos Mais Comuns, Importncia Biolgica e Curiosidades Fluoretos Covalentes O flor no existe naturalmente, ocorre na natureza ligado a outros elementos ou compostos. O mais conhecido deles o cido Fluordrico, um cido forte de alta toxicidade 2 a 3 ppm enquanto que para o cido Ciandrico (CNH), o mesmo usado nas cmaras de gs, de 10 ppm. Nos experimentos para isolar o elemento qumico flor vrios foram os acidentes acontecidos por esse motivo. Funde a -83 e ferve a 19. O lquido tem constante dieltrica muito alta (60 a 19) e dissolve muitos compostos inorgnicos e orgnicos. A 20 e 1atm, o HF polimerizado em (HF6). Os outro haletos de hidrognio no apresentam essa propriedade estranha. Em Soluo aquosa o HF um cido fraco: HF = H+ + FK = 6,7 x 10-4

Os ons fluoreto reagem com HF formando o on, HF2-: F- + HF = HF2K = 3,9

Neste composto o prton se encontra entre os ons fluoreto; o complexo mantido, em grande parte, por foras eletrostticas. Da grandeza da constante de equilbrio, torna-se claro que solues aquosas de HF contm concentraes apreciveis de HF2-. Solues de HF so mantidos em frascos de plstico ou de ao, pois ele reage com o silcio formando tetrafluoreto de silcio gasoso: SiO2 + 4 HF SiF4 + 2 H2O

Os no-metais e muitos metais formam fluoretos moleculares que so comumente gases ou lquidos volteis. A extraordinria volatilidade desses fluoretos se d ao fato que a polarizabilidade do tomo flor muito pequena e consequentemente as foras intermoleculares so muito fracas. Por causa da baixa energia de dissociao do flor, da forte ligao que ele forma com outros elementos e do seu tamanho (que permite nmeros de coordenao muito altos) muitos elementos formam fluoretos nos quais mostram os mais altos nmeros de oxidao. Alguns fluoretos, provavelmente, devem sua estabilidade habilidade do flor em usar seus orbitais p cheios para formar duplas ligaes com o tomo central. Assim, o BF3 um cido mais fraco que o BCl3 por causa de tal estabilizao:

Fluoretos Inicos Metais que formam ctions grandes e de pequena carga formam fluoretos inicos isto , fluoretos com retculos inicos, tridimensionais. Esse sais conduzem eletricidade quando fundidos. Pode-se notar que os calores de formao de alguns fluoretos dos metais alcalinos tornam-se cada vez mais negativos do Cs ao Li. O aumento da energia reticular quando se vai dos ons de maior para os de menor tamanho, o fator mais importante para o estabelecimento dessa variao. Entretanto, a variao oposta se observa nos fluoretos de metais alcalino-terrosos (salvo BaF2).; aqui os ons metlicos so todos pequenos, comparados com os ons fluoreto, de tal maneira que a energia reticular no cresce rapidamente quando se vai do Sr ao Be. Os fluoretos de ltio, os dos metais alcalino-terrosos so apenas pouco solveis em gua. Muitos ctions de tamanho pequeno e carga elevada formam complexos mais estveis que os demais ons haletos o fazem. Assim o Alumnio forma uma srie de fluoretos complexos, AlF2+, AlF2+, AlF3, AlF4-, AlF52- e AlF63-, enquanto muito pouco complexado pelos demais haletos. Os fluoretos dos metais alcalinos forma, por meio de ligaes de hidrognio, fluoretos cidos do tipo KF, HF, KF .3HF e KF .4HF. Foi demonstrado que crianas que bebem regularmente gua contendo pelo menos 1 ppm de on fluoreto, durante o perodo de crescimento de seu dentes permanentes, tm menos cries. Por essa razo muitas comunidades adicionam fluorizam sua guas com fluoretos solveis, como o fluoreto de sdio, para elevar a concentrao para 1 ppm. O principal constituinte do esmalte dentrio o hidroxapatita [Ca5OH(PO4)3]. Na presena do ons fluoreto, esta convertida em fluoropatita [CaF(PO4)3], mais dura e mais resistente. A gua pode conter nveis de concentrao de fluoreto, porm, acima de 2 ppm causam o escurecimento dos dentes.

Observaes Adicionais:

O hexafluoreto de urnio, UF6, um gs a temperatura ambiente que se emprega para a separao dos istopos de urnio. O cido fluordrico uma soluo aquosa de fluoreto de hidrognio. um cido fraco, porm muito mais perigoso que cidos fortes como o clordrico. O cido HF utilizado para gravar vidros e para retirar slica (areia) de aos especiais. Os CFCs foram empregados numa ampla variedade de aplicaes, por exemplo, como refrigerantes, propelentes, agentes espumantes, isolantes, etc., porm, como contribuiam para a destruio da camada de oznio foram sendo substitudos por outros compostos qumicos, como os HCFs. Os HCFCs tambm so empregados como substitutos dos CFCs, porm tambm destroem a camada de oznio a longo prazo. O politetrafluoroetileno (PTFE) um polmero denominado teflon, de grande resistncia qumica e baixo coeficiente de atrito. A criolita natural, Na3AlF6, um mineral que contm fluoretos. Se extraa na Groenlndia, porm atualmente est praticamente esgotada. Felizmente, pode-se obt-la sinteticamente para ser empregada na obteno de alumnio por eletrlise.

O Iodo (I) Caractersticas Fsicas e Qumicas

Iodo Slido

Gs Iodo

O iodo o elemento menos abundante na crosta terrestre com uma concentrao de 0,14 ppm, encontra-se na gua do mar numa concentrao de 0,052 ppm em forma de iodeto na salmora e guas que acompanham o petrleo e na forma de iodato nos depsitos de salitre do Chile. O iodo liberado dos iodatos pela reduo com quantidades limitadas de on hidrogenossulfito: 2 IO2- + 5 HSO3- I2 + 2 SO42- + 3 HSO4- + H2O O iodo encontra-se na famlia dos halognios, nmero atmico (Z) 53 e massa atmica (A) 127 u. Em temperatura ambiente se encontra no estado slido. um no-metal pouco reativo e pouco eletronegativo. Forma compostos inter-halogenados e tem vrios estados de oxidao, o que lhe d uma ampla variedade alotrpica. Na forma I2, apresenta as seguintes caractersticas: P.F.: 113,6 C; P.E.: 183 C; e cor do gs: violeta. Da cor caracterstica de seu gs surgiu o seu nome (do grego iods, cor violeta). Em soluo aquosa, quando no associado aos compostos tetracloreto de carbono, dissulfeto de carbono e hexano, apresenta a mesma cor de seu gs. Entretanto, solues de iodo

em lquidos cujas molculas podem doar eltrons para a molcula de iodo apresentamse acastanhadas; caracterstica observada na tintura de iodo que dissolvido em etanol. O iodo forma com o amido um complexo azul intenso, que serve de prova sensvel para o iodo livre.Propriedades fsicas e qumicas do Iodo: Nmero atmico: Peso atmico: Ponto de fuso: Ponto de ebulio: Estados de oxidao: Eletronegatividade: Configurao eletrnica: Estrutura Cristalina: 36 126,90447 113,7 C 184,35 C +7+5+1-1 2,66 pauling [Kr]5s24d105p5 Ortorrmbica

Ocorrncia e Preparao O iodo encontrado em pequenas pores na gua do mar em forma de iodeto de sdio (NaI) e nos compostos de petrleo em forma de iodeto de potssio (KI). obtido industrialmente das guas salgadas dos poos de petrleo e dos salitres do Chile, em ambos ocorre na forma de iodato de sdio (NaIO3). O salitre do Chile constitudo essencialmente de NaNO3, mas contm pequenas quantidades de iodato de sdio (NaIO3) e periodato de sdio (NaIO4). O NaNO3, puro obtido dissolvendo-se o salitre em gua e recristalizando-o. Os resduos de iodato se acumulam e se concentram na gua-me. Eventualmente esse concentrado dividido em duas partes. Uma parte reduzida com NaHSO3, para formar I-. Esta misturada com a parte no tratada para formar o I2, que filtrado e purificado por sublimao. 2IO3- + 6HSO3- 2I- + 6SO42- + 6H+ 5I- + IO3- + 6H+ 3I2 + 3H2O A gua do mar contm apenas 0,05 ppm de I-, uma quantidade muito baixa para se conseguir uma explorao comercial vivel. A salmora que pode conter de 50 a 100 ppm, tratada com Cl2, para oxidar o I- a I2. Este removido por fluxo de ar, de modo semelhante ao bromo. Ou, aps a oxidao a soluo pode ser passada na resina de troca-inica. O I2 fica adsorvido na coluna na forma de tiodetos (I3-) que removido da resina com uma soluo alcalina. Compostos Mais Comuns, Importncia Biolgica e Curiosidades Interhalogenados e Polihaletos

ICl, ICl3 e IBr, So compostos estveis com relao a decomposio em seus prprios halognios. O mais estvel desses compostos o ICl, um slido castanho avermelhado de ponto de fuso 27,3. Quando certos haletos dos metais alcalinos mais pesados so cristalizados na presena de um halognio ou interhalognio, formam-se sais contendo nions polihaletos. Alguns desses exemplos so KI3, KI5, KIBrCl e KBrF4.

Haletos Inicos (HgI+, HgI2, HgI3-, HgI4-) Haletos inicos so os que constituem os ons metlicos e os haletos, num arranjo tridimensional infinito, no estado slido. Os haletos dos metais alcalinos e metais alcalinos terrosos (com exceo do berlio), da maior parte dos lantandeos e dos metais de transio nos seus estados de oxidao mais baixos tm carter inico. Em muitos haletos inicos, o nmero ons haletos coordenados a cada on metlico muito maior do que o nmero de ons haletos poderiam ser imaginados em qualquer configurao molecular simples. Como regra pode-se afirmar que um haleto cristalizar em um arranjo molecular somente quando, na molcula, o nmero de tomos de halognio ligados ao tomo eletropositivo for igual ao nmero de coordenao mximo do eltron positivo para aquele halognio. Haletos moleculares so caracterizados por baixos pontos de fuso e os haletos inicos por altos pontos de fuso. medida que a relao carga/raio do tomo eletropositivo aumenta, a probabilidade de formar um haleto molecular aumenta. Assim NaBr e MgBr2, (P.F.: 755 e 700, respectivamente) formam retculos inicos, enquanto Al2Br6 e SiBr4 (P.F.: 97 e 5) formam retculos moleculares. claro que quando o estado de oxidao de um metal aumenta, o carter molecular dever aumentar. Haletos Covalentes (HCl, HBr e HI) Em soluo aquosa esses cidos so completamente ionizados e no apresentam diferena no grau de ionizao. Entretanto, em um solvente cido, como o cido actico, esses cidos so fracos e sua acidez pode ser comparada. As constantes de dissociao

para o HCl e HBr em cido actico so respectivamente 5 x 10-10 e 2 x 10-7. O decrscimo no grau de acidez quando se vai do elemento mais pesado at o mais leve de haletos de hidrognio devido, principalmente, ao acentuado aumento da energia de ligao no H-X, quando se considera a srie ascendente.

cido Idico (HI) um slido branco muito solvel em gua e pouco solvel em cido ntrico concentrado. O slido precipita quando o iodo oxidado por cido ntrico concentrado.Solues de cido puro podem ser preparadas atravs da reao de quantidades estequiomtrica de cido clrico com iodo (o cloro resultante voltil) e pela reao de perxido de hidrognio com iodo. O anidro do cido, pentxido de diiodo, pode ser preparado pela desidratao do cido a aproximadamente 240: 2 HIO3 I2O5 + H2O O pentxido um slido branco que se decompe a 300 em iodo e oxignio. Uma mistura de I2O5, SiO2 e H2SO4 oxida quantitativamente monxido de carbono a dixido de carbono mesmo a temperatura ambiente. Istopos de Iodo Existem 30 istopos de iodo, porm somente o Iodo-127 estvel. O radioistopo artificial Iodo-131 (atravs de emisso de partculas GAMA, mas tambm, emite beta) com uma vida mdia de 8 dias se tem empregado no tratamento de cncer e outras patologias da glndula tireide. O iodo-129 (com uma vida mdia de 16 milhes de anos) pode ser produzido a partir do xennio-129 na atmosfera terrestre, ou tambm atravs do decaimento do urnio-238. Como o urnio se origina durante certo nmero de atividades relacionadas com a energia nuclear, sua presena (a relao 129Iodo/Iodo) pode indicar o tipo de atividade desenvolvida num determinado lugar. Por esta razo, o iodo-129 foi empregado nos estudos da gua da chuva aps o acidente ocorrido na usina nuclear de Chernobil. Tambm se tem empregado como traador em gua superficial e como indicador da disperso de resduos no meio ambiente.

Em muitos aspectos o iodo-129 similar ao cloro-36. um halognio solvel, relativamente no reativo, existindo principalmente como nion no solvatado, sendo produzido por reaes termonucleares e cosmognicas. Em estudos hidrolgicos, as concentraes de iodo-129 so dadas, geralmente, atravs da relao do iodo-129 com o iodo total (praticamente todo o iodo-127). Como no caso da relao 36Cloro/Cloro, as relaes 129Iodo/Iodo na natureza so muito pequenas. 10-14 a 10-10 (o pico termonuclear de 129Iodo/Iodo durante as dcadas 1960 e 1970 alcanou valores prximos de 10-7). O Iodo-129 se diferencia do cloro-36 em sua vida mdia que maior (16 frente a 0,3 milhes de anos), altamente bioflico e se encontra em mltiplas formas inicas (geralmente I- e iodatos). A tabela a seguir mostra alguns Istopos do iodo, bem como sua massa atmica, meia vida e decaimentoSimbolo % Natural Massa Meia Vida I I I I I I I I I I 0I I I I I I 0 0 0 0 0 0 0 100 0 0 0 0 0 0 0 0 119,9101 1,35h 120,9074 2,12h 121,9076 3,6m 122,9056 13,2h 123,9062 4,18d 124,9046 59,4d 125,9056 13d 126,9045 estvel 127,9058 25m 128,9050 1,7 10a 129,9067 12,36h 130,9061 8,04d 131,9080 2,28h 132,9078 20,8h 133,9099 52,6m 134,9101 6,57h Decaimento Ce p/Te Ce p/Te Ce p/Te Ce p/Te Ce p/Te Ce p/Te Ce p/Te / - p/Xe Ce p/Te / - p/Xe - p/Xe - p/Xe - p/Xe - p/Xe - p/Xe - p/Xe - p/Xe

Iodo-131 O iodo radioativo 131I obtido a partir de reaes de fisso nuclear que ocorrem do decaimento do elemento Urnio. Pode ser produzidos para fins medicinais, como na produo de medicamentos para tratamento hormonal da tireide e uso industrial. O iodo-131 pode ser encontrado como subproduto de exploses nucleares e de usinas nucleares, e um dos principais componentes da radiao liberada nos acidentes nucleares de Chernobyl, em 1986, e de Fukushima, em 2011, sendo que nesse ltimo, as concentraes encontradas de 131I foram aproximadamente 7,5 milhes de vezes acima do permitido, chegando a 300 000 Bq/cm na gua contaminada (muito acima do permitido). O iodo radioativo, em altas concentraes, pode causar cncer, e mutaes genticas Informo Adicional: Sade O iodo trata-se de mais um micromineral nutriente importante para o nosso organismo. Presente no mar e no solo na forma de ons (iodeto) e na atmosfera, este elemento encontra-se em pequena concentrao em nosso organismo (cerca de 15 a 23 mg de iodo para um adulto). A maior concentrao do iodo est na glndula tireide, onde participa da formao dos hormnios tireoidianos (tiroxina e triiodotiroxina), responsveis por acelerar reaes celulares em quase todo o organismo, atuando assim diretamente sobre a maioria dos rgos bem como de suas funes orgnicas. E por participar da formao desses hormnios que o iodo importante tambm:

No bom desenvolvimento do crebro e dos neurnios; Na reproduo; Na converso de betacaroteno em vitamina A, sntese de protenas e absoro intestinal de carboidratos; Na atuao de vrias enzimas.

Recomenda-se a ingesto de 150 mcg/dia (lembrando, isto micrograma por dia, ou seja, um milsimo de um miligrama por dia!) para homens e mulheres saudveis. No caso de gestantes, aumenta-se este nmero para 175 mcg/dia e, no caso de mulheres em fase de lactao pode chegar a 200 mcg/dia. Causas da Deficincia Geralmente as principais causas de deficincia de iodo so uma alimentao deficiente em iodo ou problemas de sade que podem levar a uma baixa absoro do mesmo. Alm disso, h alimentos que possuem agentes capazes de impedir ou dificultar a absoro do iodo, como: pssego, amndoas, soja e mandioca. Atualmente, uma das maiores preocupaes da vigilncia sanitria quanto ao consumo de iodo trata-se do uso do sal no iodado (geralmente o sal-grosso), uma vez que muito

do iodo necessrio ns adquirimos por meio da ingesto do sal de cozinha (que iodado).

Bibliografia

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