Bloom * Creative Network

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BLOOM, REDE DE ARTES E ESPECTÁCULOS LDA. - MACAU www.bloomland.cn

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Apresentação e breve historial da Bloom e as suas perspectivas de futuro. Em português. [Audio: The Box "Autumn Yellow"] © BLOOM • REDE DE ARTES E ESPECTÁCULOS LDA. • MACAU

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BLOOM, REDE DE ARTES E ESPECTÁCULOS LDA. - MACAU

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BLOOMEspaço comercial registado em Novembro de 2006 e fundado como sociedade comercial por quotas de responsabilidade limitada em Dezembro de 2008 como BLOOM CREATIVE NETWORK - REDE DE ARTES E ESPECTÁCULOS - por António Falcão e Teresa Freitas.

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Bloom * Creative NetworkUMA REDE CRIATIVA EM MACAU

A semente germinada no Largo do Pagode do Bazar

FEVEREIRO DE 2007A BLOOM abriu as suas portas no dia 15 de Fevereiro de 2007, num dia calmo, sem festa de abertura, sem anúncio. Abriu, simplesmente. Assim surgiu um novo espaço cultural e uma livraria na Região Administrativa Especial de Macau. Dedicada às Artes, Design, Literatura e abrangendo as culturas Chinesa, Portuguesa e Macaense; com livros de Viagem, Bem Estar, Literatura Infantil, Poesia, entre muitos outros; e com obras disponíveis em língua portuguesa, inglesa e oportunamente em chinês.

Nasceu numa zona cheia de história. Perto do rio, a dois passos da avenida principal, que percorre Macau de lés a lés, e junto à Rua Cinco de Outubro, onde passou a ser a companhia diária do Templo Hong Kung, situado na mesma praça há mais de duzentos e cinquenta anos. A Bloom desenvolveu-se num espaço destinado à partilha de conhecimento e recursos entre as gentes locais e o mundo lá fora. No universo dos contos, da escrita, da imaginação, num intercâmbio vivo entre as mais variadas culturas e diversas áreas de aprendizagem. Tendo como objectivo primordial a disponibilização de ferramentas que inspirassem os seus utilizadores, tanto crianças como adultos, encorajando-os para a

grandeza da criatividade e a simplicidade da vida. Para além de trazer uma nova oferta para o mercado cultural, o projecto inicial foi delineado em diferentes parâmetros, de carácter educativo e lúdico, incluindo exposições e workshops, assim como sessões de leitura e apresentações de livros, sempre que possível trazendo os seus autores. Estabelecendo nesse sentido uma relação estreita entre os escritores, as editoras e os seus leitores. Foi neste terreno fértil que a BLOOM começou a desvendar os seus primeiros andamentos.

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Macau 2007UM ANO CHEIO DE VIDA

Ter uma importante colecção de livros

O INÍCIO PASSO A PASSOO primeiro capítulo de uma livraria começa com a escolha dos livros. São eles que vão ser o cartão de visita de todo o projecto e há todo um período de descoberta que antecede a abertura ao público. Para além dos títulos, dos autores e da língua em que são impressos, há que saber onde os encontrar e quais os caminhos que é necessário percorrer para que eles cheguem ao seu destino. Para a BLOOM esses foram os traços mais importantes com que delineou o seu percurso.

Dar a conhecer as fontes ricas de Macau à população local e aos de fora; apostar na língua portuguesa e nas culturas lusófonas; trazer as obras em inglês na sua versão original; dar a conhecer o vasto panorama cultural chinês, na literatura, na filosofia, na história e nos sabores; ligá-lo aos outros ramos da profunda génese asiática. Apostar nas artes, no poder criativo do Homem, na protecção ambiental, na gastronomia, nas viagens, nas palavras mais doces. Disponibilizar autores portugueses noutras línguas, recomendá-los e fazer deles um prémio para os nossos visitantes e convidados especiais. Abrir campo para a língua universal da imagem, na fotografia, na ilustração, no design. E no final, despertar o indelével contacto e permuta entre os várias vozes, origens e sentidos. Assim floresceu esta livraria de paredes encarnadas.

Por dentro, criar uma orientação para editoras portuguesas de qualidade, que como a BLOOM se aventuraram no mundo dos livros; trazer cavalos de ferro, livros de areia, relógios de água e outras aves milenares. Apostar nos consagrados e nos autores premiados, nunca esquecendo os eternos clássicos. Não ficar dependente do livro fácil, apostando na qualidade literária mais do que na ambição da venda imediata. Acreditando que a leitura é também um acto educativo e educável numa profunda abertura para outros horizontes.

Edições especiais que nunca perdem a idade, preciosos para toda a vida, e outros livros encantados ajudaram a crescer e tornaram maior o limitado espaço situado numa das esquinas do Largo do Pagode do Bazar.

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A ligação com os outrosUM ESPAÇO SEMPRE EM MOVIMENTOA ideia de pôr os livros a falar, para que se explicassem, foi natural. Começou com alguém de fora, que trouxe o seu mundo tão distante e tão rico. A BLOOM, pensada com mobilidade, toda ela sobre rodas, recebeu-o de braços abertos e a curiosidade dos leitores preencheu todos os lugares disponíveis. Peter Suart ficaria desde aí um prezado amigo.

A partir daí a partilha foi constante. Discutimos a preservação do património da terra e os seus traços pedonais, fomos ao limiar do quotidiano dos ex-combatentes da Guerra do Ultramar, convidámos os mais firmados artistas locais a percorrerem e a discutirem a sua obra. Trouxemos os mais pequenos para actividades criativas de Verão, no nosso patamar situado no andar superior, onde foram dando os primeiros passos na leitura, nas artes plásticas e dramáticas. Participámos com eles nos seus locais de estudo levando as nossas montras de livros às escolas. No ensino pré-escolar, primário e secundário. Participámos na Festa da Lusofonia com preços muito

especiais. Assinalámos as datas mais importantes, com cravos, com rosas, com poesia e com amor. Com música e com a imagem falada. Demos receitas para as épocas mais festivas. A BLOOM participou ainda em outros eventos culturais fora das suas portas, moldando a sua oferta temática à medida de cada ocasião.

Por entre o primeiro fôlego de actividades o início da BLOOM seria assinalado

com uma reportagem na Televisão de Macau (TDM) que, para além do Telejornal, acabaria por ser incluída no programa cultural “A Montra do Lilau” e no mundo lusófono através da RTP Internacional, no espaço “Macau Contacto.”

‘Por Entre um Céu Cheio de Terra’CHEGAR MAIS LONGE Com o desígnio de fazer chegar a sua voz mais longe foi criado, um mês após a abertura da livraria, a presença da BLOOM no mundo virtual. Em Março de 2007 surgia a BLOOMLAND, na figura de um blog escrito a várias mãos e em duas línguas, português e inglês. Um espaço de divulgação de todas as actividades, criando um elo de informação, sobre livros, cultura, criatividade e, claro, Macau, o local onde tudo nasceu, Ligava-se assim o último fio para um vasto universo. Dois anos depois, em Março de 2009, conta com mais de 1300 entradas escritas, com perto de 70 000 visitantes, provenientes de quase uma centena de países.

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NA FOLHA DE PAPEL Com o mesma vontade de falar mais alto, em colaboração com o jornal Hoje Macau, foi criada a coluna diária “Dos Impressores”, espaço onde a BLOOM divulga obras em língua portuguesa, da ficção à poesia, da ensaística à literatura infantil, entre todos os

géneros, fomentado assim a propagação e o gosto pela palavra escrita aos leitores de português do território. Desde então cerca de 500 livros passaram por aquela página. O mesmo aconteceu em língua inglesa na Revista Closer, com um espaço mensal.

Em Maio de 2007 a revista chinesa Weekend Weekly de Hong Kong, com uma tiragem de 90 000 exemplares, destacava a BLOOM como um dos segredos mais bem guardados de Macau, surgindo na capa da revista ao lado de marcos históricos do território. A BLOOM surgiu como a escolha da Lonely Planet. No princípio do mesmo ano o consórcio hoteleiro Ponte 16 usava as instalações da livraria como um dos instantes do seu spot publicitário televisivo, sob o signo “Ici le Temps Est Different”. Outras publicações dentro e fora de Macau, em várias línguas, deram a conhecer todo o projecto, que se representava como a livraria internacional independente de Macau. Onde se destacam o site da Yahoo.hk, a Time Out, a BC

Magazine, a japonesa Brutus, entre outras. Passava também a figurar nos guias turísticos.

Na perspectiva de apresentar uma oferta mais vasta, a BLOOM trouxe para Macau a marca alemã de jogos educativos e mobiliário infantil Haba e tornou-se distribuidor exclusivo para a RAEM da marca Moleskine e da editora de Hong Kong MCCM Creations. Com o Museu de Artes de Macau (MAM), a BLOOM, para além de ser um dos locais de venda das suas publicações, promoveu as suas actividades e disponibilizou livros

relacionados com o tema das suas exposições para venda no MAM, e patrocinou com a oferta de alguns títulos a cerimónia de encerramento da

exposição de fotografia de Robert Doisneau. Forneceu também encomendas a várias escolas e universidades de Macau.

Posteriormente a BLOOM ampliou o seu conceito de protecção ambiental com o lema “Waste Less Live More” - Gaste Menos Viva Mais - acrescentando-o à sua

imagem de marca e fortalecendo essa preocupação na definição dos seus passos.

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AmareloO NASCIMENTO DE UMA NOVA COR

Um local para todos os eventos

NO BAIRRO DE SÃO LÁZAROCedo se chegou à conclusão que o espaço original da Bloom não chegava para tudo o que se pretendia. Na oportunidade de resolver esta situação surgiu a oportunidade de uma alternativa situada noutra zona histórica da cidade, zona de pretensão do governo local para a implementação das Indústrias Criativas.

Em Maio de 2008 a Bloom inaugurava as suas actividades no antigo albergue da

Santa Casa da Misericórdia do Bairro de São Lázaro. Acompanhado

por um espaço de exposição de livros, tornava-se o local propício para

concretizar um plano mais ousado de iniciativas. Surgia neste capítulo a ligação

com o Departamento de Inglês da Universidade de Macau que

proporcionou o contacto com autores de renome internacional. O primeiro passo

trouxe a presença de Edwin Thumboo, professor universitário e distinto poeta de

Singapura. No dia de abertura oficial, em Junho, a BLOOM convidou dois académicos locais para

apresentarem Salman Rushdie e o seu último romance. As Blooms seriam assim Red e Ye$ow.

Julho marcou a época mais festiva da BLOOM, com um programa único de actividades que culminou com a presença de Liu Heung Shing

foto-jornalista premiado com um Pulitzer, para a apresentação mundial, nas duas regiões administrativas especiais, do livro “China, Portrait of a Country”, levando a Bloom e Macau para o site da editora alemã Taschen durante os dias que a antecederam. Pela Bloom Yellow passaram a consagrada escritora Xu Xi, com uma sessão de escrita criativa, Peter Suart e Bulgakov, Karen Smith e a arte contemporânea chinesa e os The Box, projecto musical originário de Hong Kong, com um concerto memorável.

A novo pequeno espaço trazia também para o território um grande número de títulos de revistas internacionais, alguns deles em francês, e introduzindo a renovada Revista LER portuguesa. O espaço do Albergue engloba um restaurante, uma galeria de exposições, uma loja de design de moda, uma sala multi-usos, um ateliê de arquitectura e o espaço de duas associações culturais. Num edifício centenário renovado que seria oficialmente inaugurado com a presença do Chefe do Executivo, Edmund Ho, já em Janeiro de 2009.

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Tufão HagupitUM PONTO DE VIRAGEM

A zona baixa da cidade debaixo de grandes inundações

NOS ÚLTIMOS DIAS DE SETEMBROLocal privilegiado para a passagem de tufões, o território de Macau vive anualmente assolado por este fenómeno. No fim do Verão surgia nos alertas meteorológicos mais um ciclone tropical de intensidade elevada. O que parecia ser um facto normal tornou-se um pesadelo para toda a zona baixa da cidade cuja infra-estrutura não suportou a força das águas. O Tufão Hagupit e as cheias que lhe sucederam causariam avultadas perdas materiais para muitos dos residentes de Macau, sobretudo em espaços comerciais e parques de estacionamento subterrâneos.

A Bloom, situada a escassas dezenas de metros do Porto Interior, ficaria submersa, onde o nível das águas chegaria aos 80 centímetros de altura. Na manhã seguinte, o piso térreo da livraria encontrava-se duramente devastado, num completo cenário

de destruição. Com difícil contabilização, cerca de 3 mil livros ficariam alagados e irrecuperáveis, com perdas a rondar as 400 mil patacas (40 mil €). Repentinamente todo o esforço e empenho iniciado ficaria suspenso à mercê das causas naturais, cláusula de destaque nas apólices de seguro. Por este motivo a BLOOM regressava de novo ao satélite da RTPi.

Sem nunca ter tido apoios para além do investimento próprio feito pelos seus fundadores e pelo constante re-investimento sobre o lucro das vendas, o futuro da

BLOOM tornou-se incerto e à procura de novas soluções. A Bloom Yellow, satélite de todas as actividades, ficaria também afectada à espera de novos dias. Sem no entanto desistir. Logo no limiar da intempérie a BLOOM levaria o arquitecto Carlos Marreiros à Faculdade de Arquitectura de Hong Kong para uma palestra denominada “Tracing Lines Between Two Worlds”, com uma audiência repleta e uma grande projecção na imprensa local das duas RAE's dando continuidade à repercussão desta cidade como espaço

multicultural e criativo. Em Novembro a Bloom Yellow recebia Shirley Lim, escritora premiada com dois American Book Awards, para uma aula aberta sobre o imenso mundo da Literatura. No final do ano a BLOOM juntou-se a outro nicho criativo do território situado na base das Ruínas de S. Paulo dando início a uma nova relação de plena colaboração e de partilha com o espaço St. Paul’s Corners, onde habita a Associação Art for All de Macau, o Corners Club e o “Rooftop”.

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Olhar para o futuroLIGAR CORRENTES AFINS

Na intensidade do mesmo desígnioBLOOM 2.0

Nos últimos meses de 2008, a BLOOM é contactada pelo Instituto Português do Oriente (IPOR) para a possível concessão da Livraria Portuguesa em Macau, após a venda das suas actuais instalações. Abraçando de imediato a hipótese deste novo rumo prontamente se dedica à procura de um local que possa receber tão importante enlace. Com a experiência adquirida ao longo dos últimos dois anos e meio, olhando para todo o percurso, para o que falhou e para o que vingou, a BLOOM tem a segurança para oferecer um projecto viável, para a criação de um espaço vivo de expressão criativa, não só da Língua Portuguesa, em Macau, que seja em simultâneo um convite a todas as culturas que fazem do território um lugar tão especial. Dando espaço para uma nova dinâmica e para uma torrente de actividades abertas ao mundo.

No desenvolvimento desta ideia, o espaço incluiria uma livraria, disponibilizando livros e publicações periódicas, uma zona para exposições e conferências, um espaço de café e refeições leves, um cantinho para os mais novos e um local de leitura e de pesquisa para o desenvolvimento intelectual e literário num espaço saudável de convívio mútuo. Criando ao mesmo tempo um programa regular de oficinas de escrita, clubes de leitura e outras sessões dedicadas às artes, onde todos possam participar activamente. Assegurando também as edições para o ensino escolar e outras ferramentas de interesse didáctico. Sempre com um olhar para o futuro, para as novas descobertas e para o gosto pela vida. Todo o projecto seria acompanhado pela sua versão online para a promoção e comercialização dos seus produtos culturais.

Neste conceito a BLOOM pretende prosseguir as suas linhas iniciais, fazendo chegar perto das palavras escritas os seus autores e leitores, numa envolvência enriquecedora, aproximando todos os pontos da sua essência. Assim, na edificação de um panorama propício, serão convidadas figuras da literatura lusófona e mundial, promovendo a sua obra e levando a sua presença mais longe, para outras iniciativas, de carácter educativo e de criatividade, estendendo o seu público a outras

frentes. Dentro e fora das fronteiras do território de Macau. Pretende-se ainda promover artistas lusófonos,

locais e internacionais e fomentar as parcerias já estabelecidas com outras entidades

públicas ou privadas na amplitude dos mesmos fins.

Outra preocupação em que a BLOOM sempre se deteve foi a de intensificar esforços na redução dos preços de venda das edições de Portugal à chegada a

Macau, em particular, facilitando assim todo o seu acesso. Factor que se irá manter em todas as perspectivas de futuro. A BLOOM acredita que ainda há um

espaço por preencher no terreno onde plantou as suas raízes e que, com a conjugação de outras energias, de quem tem a mesma motivação, conseguirá ir mais além, trazendo para Macau um espaço que brilhe num céu mais largo. A nova BLOOM tem todas as condições para ser uma âncora na zona onde se estabelecer e no domínio cultural em Macau, afirmando-se como um ponto de referência no equilíbrio e futuro da cidade.