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Leia com atenção as seguintes instruções • Este caderno contém a prova de redação e a prova de questões objetivas. O tempo disponível para respon- dê-las é de 3 horas e 30 minutos. Recomenda-se que você divida esse tempo de modo a realizar as duas provas. Não é permitido o uso de calculadora ou de qualquer outro instrumento de cálculo e/ou de consulta. • Mantenha seu telefone celular desligado. Quando você terminar as provas, levante o braço e aguarde para entregar o Cartão de Respostas e a Folha da Redação. O Caderno de Questões e Redação você pode levar consigo. Ao sinal para o término da prova, o Fiscal de Sala recolherá o Cartão de Respostas e a Folha da Redação dos candidatos que, porventura, ainda se encontrarem na sala. Você poderá entregar o Cartão de Respostas e/ou a Folha da Redação e deixar a sala somente depois de decor- rida uma hora do início das provas. • Em relação ao Cartão de Respostas e à Folha da Redação: ¤ verifique se seus dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, comunique isso ao Fiscal de Sala. ¤ Marque, para cada questão, no Cartão de Respostas, a letra correspondente à opção escolhida para a respos- ta, preenchendo todo o espaço, com caneta esferográfica de tinta azul escura ou preta. Assinale apenas uma resposta para cada questão, pois a marcação em mais de uma letra anula a questão, ainda que uma das respostas esteja correta. ¤ Não faça nenhuma marcação fora do campo reservado às respostas e/ou à escrita da redação. ¤ Não dobre, amasse ou rasure o Cartão de Respostas e a Folha da Redação, pois, mesmo em caso de erro, esse material não será substituído. ¤ Antes de entregar o Cartão de Respostas e a Folha da Redação, assine seu nome nos espaços indicados, com caneta esferográfica de tinta azul escura ou preta. • A prova de redação apresenta dois temas. Escolha um para desenvolver seu texto. ¤ Se quiser, use as informações disponíveis na prova e nos textos de apoio, mas evite a simples cópia e a paráfrase. ¤ Desenvolva o texto no limite de 30 a 35 linhas, em letra de tamanho regular. Dê um título a seu texto. ¤ Utilize a norma culta da língua portuguesa. ¤ Passe a limpo seu texto, na Folha da Redação, a caneta, em letra legível e sem rasuras. • A prova de questões objetivas apresenta 20 questões, devidamente numeradas e distribuídas da seguinte maneira: ¤ de 1 a 5: Língua Portuguesa; ¤ de 6 a 9: Ciências Humanas e Cultura Geral; ¤ de 10 a 14: Ciências Exatas; ¤ de 15 a 18: Ciências da Natureza; ¤ 19 e 20: Língua Estrangeira (Inglês e Espanhol). • Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções de resposta, identificadas com as letras a, b, c, d e e. No Cartão de Respostas, marque apenas uma dessas opções. Para responder às questões de Língua Estrangeira, você deverá optar entre Inglês e Espanhol. Boa prova!

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Leia com atenção as seguintes instruções

• Estecadernocontémaprovaderedaçãoeaprovadequestõesobjetivas. O tempo disponível para respon-dê-las é de3horase30minutos. Recomenda-se que você divida esse tempo de modo a realizar as duas provas.

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Boa prova!

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PROVA DE REDAÇÃO

PROPOSTA 1

Imagem disponível em http://juliofurtado.com.br/a-corrupcao-pedagogica/. Acesso em 11 set. 2017.

Muito se fala em corrupção, principalmente em se tratando de política. Fala-se também nos prejuízos que

a corrupção traz ao país e às pessoas. No entanto, outros questionamentos podem ser levantados, pois, talvez,

a corrupção não se restrinja apenas ao contexto político, mas esteja presente também em atos do cotidiano.

Plagiar um trabalho escolar, assinar a lista de presença ou bater o ponto quando um colega falta, entregar um

atestado médico falsificado, colar em avaliações, fazer ligações clandestinas de pontos de TV a cabo ou mesmo

de luz: há quem considere que isso também possa ser corrupção.

TAREFA

Com base nessas considerações, na leitura dos textos de apoio a seguir e em seus conhecimentos sobre o

tema, redija um texto argumentativo em que você responda à seguinte questão:

� Emsuaopinião,atosdocotidiano,comoosreferidosacima,tambémseconfiguramcomocorrupção?

� Fundamentesuateseemargumentosconsistentes.

Textos de apoio para a proposta 1

Texto 1

Corrupçãonodiaadia

Toda a sociedade está sujeita à corrupção, cometendo as pequenas infrações do dia a dia: furar filas, pagar para se livrar de uma multa, colar na prova

Gabriel Mamed*

[07/07/2016][21h00]

Vivemos dias difíceis. Escândalos de todos os tipos têm vindo à tona, evidenciando a corrupção. Mas o que é a corrupção, que tanto estrago causa à sociedade? O termo tem origem no verbo corromper, que significa tornar podre, quebrar aos pedaços, deteriorar ou perverter moralmente.

É um fenômeno mundial e atravessa os tempos. E o que faz com que alguns ajam de maneira indevida para alcançar algum tipo de vantagem?

A corrupção não é praticada apenas por políticos e em-presários. Toda a sociedade está sujeita a ela, cometendo

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as pequenas infrações do dia a dia: furar filas, pagar pa-ra se livrar de uma multa, colar na prova. Alguns fatores, embora não a justifiquem, ajudam a explicá-la. O primeiro diz respeito ao que ocorre com nossa escala de valores, o modo como as pessoas e as organizações estão se com-portando e relacionando. O que aconteceu à ética, à ho-nestidade, à justiça, à lealdade, aos valores morais?

O primeiro grupo em que o indivíduo se vê inserido é a família, sendo esta a responsável por lhe passar as principais regras de comportamento e valores, educando para a vida em sociedade. Contudo, muitas vezes, vemos famílias desestruturadas, com problemas que influenciam essa pessoa, que se desenvolve em meio a expedientes que deixam a desejar em termos de comportamento ético.

Outra questão que contribui para o atual estado de coisas é a disseminação do famoso “jeitinho”, a busca de soluções fáceis para determinados problemas. A prá-tica, muitas vezes inconsciente, porque já enraizada cul-turalmente, acaba sendo estimulada por outro elemento: a impunidade, que se realimenta não só dos interesses de alguns, como também do exemplo dado por gover-nantes – que saem da própria sociedade – e da visão de serem esses pequenos atos de corrupção ações que não geram grande prejuízo a ninguém.

O comportamento do indivíduo passa, muitas ve-zes, para as organizações (políticas, empresariais ou do terceiro setor), que são compostas e dirigidas por esses mesmos indivíduos, e que, muitas vezes, corrompem e se deixam corromper em troca de poder, vantagens ou lucros maiores. O crime de corrupção leva a outros, como tráfico de influência, subtração dos recursos públi-cos, sonegação, desfalques, peculato.

Está claro que a corrupção cria insegurança, princi-palmente quando atinge o Estado. Dependendo do grau de envolvimento dos agentes públicos e dos danos, pode gerar desconfiança de investidores, empresários e consu-midores com relação às políticas governamentais, o que resultaria em crise – não apenas política, mas também econômica, como vemos agora. A solução? Está em nós mesmos, sendo necessário que cada indivíduo faça um reexame de suas práticas, criando o seu self-compliance, monitorando a si mesmo quanto aos valores.

*Gabriel Mamed é economista e professor da FMP/Fase.

Texto disponível em http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/corrupcao-no-dia-a-dia-8famg3bjp6fdvzyudscu19o0c.

Acesso em 22 set. 2017. Adaptação.

Texto 2

Cidadãospedemcombateàcorrupção,mascedemnaspequenasatitudesdodiaadia

Flávia Ayer*

postado em 22/03/2015 06:00

atualizado em 22/03/2015 12:00

O combate à corrupção tem aparecido como uma das principais bandeiras nesta novíssima história da República que brasileiros começam a escrever. Se, por um lado, o pedido por honestidade toma as ruas desde a pressão pela aprovação da Lei da Ficha Limpa, em 2010, e, mais intensamente, a partir dos protestos de junho de 2013, por outro, cidadãos ainda encontram di-ficuldade de vencer seus próprios vícios. É raro verificar alguém que nunca tenha cometido pequenos desvios de conduta no cotidiano [...]. Esses comportamentos não deslegitimam o grito contra a corrupção e estão longe de ser a origem dos roubos aos cofres do governo, mas também atropelam o interesse público e mostram que o problema vai muito além dos três poderes.

“A corrupção tem dois significados: algo que se quebra e que se degrada. Ela quebra o princípio da confiança, que permite a cada um de nós associar pa-ra poder viver em sociedade. Também degrada o que é

público”, explica a professora do Departamento de His-tória da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Heloísa Starling, uma das organizadoras e coautoras do livro Corrupção – ensaios e críticas. “Quando você para em fila dupla, está degradando o sentido do público. Es-ses desvios de conduta são uma reiteração desse fenô-meno complexo da corrupção”, completa.

Já que o exemplo são as infrações de trânsito, vale lembrar que, apenas no ano passado, foram emitidas 3.980.707 multas em todo o estado, de acordo com o Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran--MG). É como se 42% da frota de Minas, estimada em 9,3 milhões de veículos, fosse flagrada em atos fora da lei. “São pequenas corrupções em que o privado se so-brepõe ao público. A corrupção não se dá só na relação com o Estado, mas também com a sociedade”, acres-centa o professor de ética e filosofia política da Universi-dade de São Paulo (USP), Renato Janine Ribeiro.

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Mas o filósofo alerta: “A pequena corrupção não é a causa da grande corrupção. Não é porque a pessoa não aprendeu a ser honesta que ela rouba a Petrobras. É porque é bandida mesmo”. Mas, de pouco em pouco, pequenos desvios de conduta podem representar preju-ízos robustos. [...]

A circulação em massa de carteirinhas estudantis falsas levou à mudança na legislação relacionada à meia-entrada. Em vez de documentos emitidos pelas instituições de ensino, uma carteira de padrão nacional, com segurança física e digital, passou a ser exigida des-de 2013. “Isso tudo para que o estudante de verdade possa ter esse documento”, informam a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Associação Nacional de Pós--Graduandos (ANPG) e a União Brasileira dos Estudan-tes Secundaristas (Ubes), responsáveis pela emissão.

Fora do cinema e do teatro, as pequenas corrup-ções também estão dentro de casa. Do total de 22,7 mi-lhões de domicílios com TV por assinatura, 4,2 milhões – o equivalente a 18,4% – têm ligações clandestinas.

Os dados são da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), em pesquisa inédita feita em agosto sobre furto de sinal. Segundo o levantamento, possuir TV a cabo clandestina não parece uma contravenção para 38% dos clandestinos, o que torna maior o risco de que este comportamento cresça.

A prática disseminada desses desvios de conduta levou a Controladoria-Geral da União a lançar a cam-panha “Pequenas Corrupções – Diga não”, sucesso na internet, com 10 milhões de usuários alcançados no Fa-cebook. A tentativa é combater atitudes antiéticas ou ile-gais, mas culturalmente aceitas. “No Brasil, temos uma democracia sólida do ponto de vista das instituições, mas falta uma cultura mais republicana, que se preocu-pe com a coisa pública”, destaca Heloísa. [...]

[...]*Flávia Ayer é jornalista.

Texto disponível em https://www.em.com.br/app/noticia/politi-ca/2015/03/22/interna_politica,630031/as-pequenas-corrupcoes-

-do-dia-a-dia.shtml. Acesso em 22 set. 2107. Adaptação.

Texto 3

Comoojeitinhobrasileirocontribuiparaacorrupçãododiaadia

Alberto Moura*

Segundo pesquisa realizada pela entidade Trans-parência Internacional, o Brasil, no ano de 2016, ocu-pou a posição 79º de 176 países do ranking dos países mais corruptos do mundo. Esta pesquisa leva em con-sideração o entendimento que a população tem sobre corrupção envolvendo políticos e servidores públicos. A colocação atribuída ao Brasil é reflexo dos vários es-cândalos atuais cujo cenário são a política e os órgãos públicos. Os brasileiros já estão saturados de tantos crimes e desvios de verbas e, por esse motivo, estão desacreditados da política e dos atores que a formam. Apesar de toda essa insatisfação do povo diante de tantas manobras criminosas, será que os brasileiros podem ser considerados uma nação tão inocente?

De acordo com a definição do dicionário onli-ne, corrupção refere-se a: “Ação ou efeito de corrom-per. Ação ou resultado de subornar (dar dinheiro) uma ou várias pessoas em benefício próprio ou em nome de outra pessoa; suborno. […] Desvirtuamento de há-bitos; devassidão de costumes; devassidão”. Apenas por essa definição já conseguimos imaginar situações variadas que exemplificam cada uma dessas denomi-nações. Furar a fila do cinema ou do banco; utilizar-se de informações privilegiadas concedidas por um conhe-

cido para uso de benefício próprio; subornar um policial em uma blitz porque o pneu do carro estava careca; perceber que recebeu um troco a mais na padaria e ficar calado… Essas e muitas outras ações cotidianas não só ilustram, mas também contribuem para o acon-tecimento da corrupção de cada dia.

Especificando nossas atitudes diárias, pode-se dizer que essas ações pertencem à cultura do famo-so jeitinho brasileiro, ou seja, uma forma de se con-seguir algo mais fácil e/ou rapidamente. Esse jeitinho constitui a maneira pela qual os brasileiros usam de sua criatividade para improvisar e resolver possíveis problemas rotineiros. A autora Livia Barbosa, em seu livro O jeitinho brasileiro: a arte de ser mais igual que os outros, defende que o jeitinho pode ser caracte-rizado ora como favor, ora como corrupção. Nesse sentido, ela diz que existem dois polos, sendo o favor o positivo e a corrupção o negativo, e o que determi-nará se a atitude é positiva ou negativa vai depender da situação e das pessoas envolvidas.

Apesar de todo esse lado “obscuro” da popula-ção, o jeitinho brasileiro é formado também por outras características – criatividade, flexibilidade e inovação – que tornam a população singular em todo o mundo.

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Por esse motivo, em vez de nos juntarmos aos políticos de conduta duvidosa, devemos rever nossas atitudes diárias em prol de uma sociedade mais ética, honesta e com participação mais ativa e consciente para que a corrupção diminua gradativamente. Assim, mesmo que pensemos em longo prazo, estaremos construindo um país mais justo, ético e transparente.

Fonte:https://www.transparency.org/country/BRAhttps://www.dicio.com.br/corrupcao/

*Alberto Moura é jornalista.

Texto disponível em http://tvulavras.com.br/index.php/2017/08/03/como-o-jeitinho-brasileiro-contribui-para-a-corrupcao-do-dia-a-dia/.

Acesso em 22 set. 2017.

PROPOSTA 2

Imagem disponível em http://movimentoativista.blogspot.com.br/2017/05/a-lenda-de-narciso-carlos-leite-ribeiro.html. Acesso em 11 set. 2017.

A beleza física sempre foi valorizada, nas diferentes épocas da história. Hoje, pode-se dizer que seja su-pervalorizada, pois são muitas as pessoas que recorrem a medicamentos e procedimentos estéticos a fim de alcançarem um padrão de beleza física dito ideal e, dessa forma, serem “aceitas” em grupos sociais. Há quem, inclusive, coloque a beleza física como um aspecto essencial em uma relação afetiva, afirmando que a beleza garante a atração entre as pessoas. Outras pessoas mantêm opiniões diferentes a respeito, propondo que a beleza, apenas, não é suficiente para manter-se um relacionamento.

TAREFA

Com base nessas considerações, na leitura dos textos de apoio a seguir e em seus conhecimentos sobre o tema, redija um texto argumentativo em que você responda à seguinte questão:

� Emsuaopinião,éimportante,nosrelacionamentos,valorizarabelezafísica?

� Fundamentesuateseemargumentosconsistentes.

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Textos de apoio para a proposta 2

Texto 1

EntendaasmudançasdepadrãodebelezaaolongodahistóriaPor Wilson Weigl*

access_time16maio2017,13h38-Publicadoem29abr2014,15h22

Em cada época, é fácil identificar o apreço genera-lizado por um ou outro tipo físico, dos corpos roliços aos mais secos, das barriguinhas pronunciadas aos abdomens “tanquinho”, dos seios minúsculos aos bustos siliconados. Mas, se hoje qualquer pessoa é dona de seu nariz para decidir se quer frequentar a academia ou viver feliz acima do peso, houve tempos em que ninguém era responsável pelo próprio corpo. Por milênios, a forma física era coloca-da a serviço de propósitos sociais, militares ou religiosos.

“Na Pré-História, o corpo era arma de sobrevivência, a fim de caçar e correr dos predadores, mas, nas primeiras ci-vilizações, os treinos e as atividades sempre estiveram vol-tados a necessidades coletivas, como guerrear”, diz Denise Bernuzzi de Sant’Anna, professora de história da PUC-SP, autora dos livros Corpos de Passagem e Políticas do Corpo. Em outros períodos, a religião moldou a visão coletiva das questões relativas ao corpo. “Como o corpo era considera-do sagrado, a Igreja proibia dissecações e estudos de cadá-veres”, diz Luís Ferla, professor de história da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Só entre os séculos 15 e 16 despontou uma nova perspectiva, mais individualizada, um processo que perdura e se radicaliza até hoje.

[...]

1200a.C.:Asprimeirasacademias

Na Grécia, a educação física era considerada um pilar da formação dos homens, que, desde meninos, frequenta-vam os gymnasiums, complexos esportivos que também eram centros de formação intelectual. Ali, além de treinar para se tornar soldados ou competir em jogos públicos, os garotos estudavam filosofia, literatura e música. Havia estabelecimentos específicos para treinamento de boxe e luta, as palaestras. Os atletas se exercitavam sem roupa (gymnos significa “nu” em grego).

[...]

RENASCIMENTO:DasvirgensàsVênus

O Renascimento resgata valores humanistas e artís-ticos e o apreço pelos padrões de beleza da Antiguidade. A Virgem Maria, musa dos pintores medievais, cede es-paço para representações da deusa Vênus, de ninfas e de semideuses despidos. As mulheres exibem longos ca-belos, formas roliças e voluptuosas e até uma barriguinha

pronunciada. Um dos quadros da época é O Nascimento de Vênus (1485), de Botticelli.

1900:Opaidamusculação

O prussiano Eugen Sandow (1867-1925) enxergou na musculação um filão inexplorado. Bolou alguns dos pri-meiros equipamentos, criou a primeira competição oficial de fisiculturismo (em 1901) e lançou a primeira revista es-pecializada no gênero, a Physical Culture.

1920:Osex-appeal

Entre os anos 1920 e 30, surgiu a expressão sex--appeal. Ela tentava explicar a sensualidade no jeito de andar, de falar e até de encarar os homens. Nos chama-dos Anos Loucos, as mulheres, incorporadas ao mercado de trabalho, adotaram um visual andrógino, com cabelos curtos e seios e quadris disfarçados em vestidos retos. Em 1925, o corte de cabelo à la garçonne era usado por uma em cada três mulheres.

1940:Hollywood

Os astros de Hollywood foram as grandes referências de beleza e forma física durante os anos 40 e 50. Sexies, voluptuosas, com quadris largos e seios fartos acentuados pelos sutiãs com enchimento, divas como Rita Hayworth e Jayne Mansfield encarnaram a femme fatale.

1970:Oandrógino

Tempo de liberação sexual e igualdade de direitos entre homens e mulheres. Os padrões de beleza mascu-linos sofrem mudanças drásticas. “As distinções ficaram mais tênues; os homens deixaram crescer os cabelos, fi-caram menos musculosos e usaram roupas unissex”, diz a professora Denise Sant’Anna. Astros do rock como Mi-ck Jagger e David Bowie consagram o visual andrógino.

[...]

1990:Supermodelos

Modelos sempre ditaram padrões de beleza. Mas foi diferente com Cindy Crawford, Naomi Camp-bell, Claudia Schiffer, Linda Evangelista e Kate Moss, as top models da virada dos anos 1980 para 1990. Altas, magras, curvilíneas sem exageros, dominaram passare-las, capas das revistas e campanhas das grandes mar-

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cas a ponto de seus anos de glória terem sido batizados de A Era das Supermodelos.

ANOS2010:Osreisdooctógono

Os adeptos do MMA (Mixed Martial Arts) comparti-lham um padrão corporal que caiu no gosto masculino. Bo-xe, muay-thai, jiu-jítsu ou krav magá são alternativas para construir músculos e desenvolver atributos como agilida-

de, equilíbrio e coordenação. A tendência começou com a família Gracie, um clã de lutadores de jiu-jítsu. O patriarca Hélio Gracie fez sua primeira luta nos anos 30.

*Wilson Weigl é jornalista.

Texto disponível em: <https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/entenda-as-mudancas-de-padrao-de-beleza-ao-longo-da-historia/.

Acesso em 25 set. 2017. Adaptação.

Texto 2

Seteemcadadezbrasileirosacreditamquegastoscombeleza sãoumanecessidadeenãoumluxo,apontapesquisa

Publicado em 24.06.2016

23,4% dos consumidores gastam mais do que o orçamento permite para cuidar da beleza. Para maio-ria dos entrevistados, atributos físicos potencializam oportunidades de vida e carreira profissional

O consumidor brasileiro é vaidoso com a aparência e admite gastar com produtos e serviços de beleza para me-lhorar a autoestima. A constatação é de um levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais e no interior dos 26 Estados e do Distrito Federal. Segundo dados do estudo, seis em cada dez bra-sileiros (62,7%) consideram-se pessoas vaidosas e preocu-padas com sua aparência e 65,7% concordam com a ideia de que cuidar de beleza não é luxo, mas uma necessidade. Outro número que reforça a preocupação do brasileiro com a própria imagem é que quase a metade dos entrevistados (49,4%) acredita que gastar dinheiro com o propósito de melhorar a aparência física é um investimento que vale a pena, ao proporcionar sensação de felicidade e satisfação.

Há ainda uma parcela considerável de consumidores que reconhece exagerar nesse tipo de gasto, colocando em risco a saúde financeira: quase um quarto (23,4%) dos consumidores brasileiros assume o hábito de gastar mais do que efetivamente pode com cuidados estéticos, sendo o comportamento mais frequente entre mulheres (26,5%), pessoas com idade entre 18 e 34 anos (29,0%) e perten-centes à classe C (25,0%).

O estudo sugere que a preocupação com a aparência tem uma ligação direta com as relações sociais e de traba-lho. Também foi perguntado aos consumidores sobre as ca-racterísticas que mais influenciam o sucesso profissional de uma pessoa, e os resultados mostram que a boa aparência foi a quarta opção mais citada (32,1%), ficando à frente de atributos como inteligência (28,9%), disciplina (23,4%), aten-dimento atencioso (21,7%) e simpatia (20,9%). As primeiras

colocações ficaram com esforço e dedicação (48,1%), qua-lificação e estudo (47,4%) e honestidade (41,4%). De acor-do com o estudo, sete em cada dez (74,8%) entrevistados acreditam que pessoas bem cuidadas aparentam ser pro-fissionais melhores e mais da metade (52,6%) concordam que pessoas bonitas têm mais oportunidades na vida – opi-nião partilhada sobretudo entre os entrevistados da classe C (54,7%).

“O estudo mostra que o investimento em beleza re-flete não apenas a busca pelo bem-estar e felicidade das pessoas, mas também um investimento na possibilidade de elas encontrarem melhores oportunidades na vida pessoal e profissional”, explica o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli, que ainda faz um alerta: “cuidar da beleza é importante para manter a autoestima e a satisfação consigo mesmo, mas isso pode ser feito sem gastar muito e sem prejudicar o orçamento doméstico, desde que o consu-midor faça uma lista de prioridades e ajuste seus hábitos de consumo ao tamanho do bolso”, garante.

Para57%dosconsumidores,produtosdebelezatêmpoderparamudaraparência

Gastos com roupas, calçados e acessórios (40,5%), alimentação saudável (40,2%), cuidados com as unhas (30,3%) e com os dentes (38,0%), controle do peso (35,4%), cremes para o corpo e rosto (34,5%), atividades físicas (32,5%) e pintura do cabelo (26,9%) são as medidas mais tomadas pelos consumidores entrevistados para cuidar da beleza. O estudo descobriu ainda que mais da metade (57,4%) dos consumidores acreditam que os produtos de beleza têm a capacidade de modificar a aparência das pes-

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soas para melhor, chegando a 66,8% entre as mulheres e 61,6% entre os consumidores da classe C. Quanto às mo-tivações dos que consomem produtos para ficar mais boni-tos, a pesquisa indica que a principal delas é o aumento da autoestima (62,1%).

A pesquisa também procurou saber quais são os pro-dutos ou serviços que os entrevistados têm a intenção de adquirir nos próximos três meses para cuidar da aparência e constatou que os cosméticos estão em primeiro lugar do ranking, com mais da metade das citações (50,7%), segui-dos pelas roupas, calçados e assessórios (43,9%) e pelos cuidados com o cabelo, unha, barba e pelos (42,3%). Ou-tras opções ainda mencionadas foram tratamentos odonto-

lógicos (24,4%), maquiagens (20,9%) e remédios e vitami-nas (19,0%).

Já com relação aos tratamentos de maior valor fi-nanceiro e de maior complexidade que os entrevistados desejam realizar pelos próximos 12 meses, os mais men-cionados são clareamento dentário (20,9%), aparelho para correção nos dentes (14,8%) e aplicação de porcelana nos dentes (10,4%).

[...] Fonte: SPC Brasil

Texto disponível em https://abihpec.org.br/2016/06/sete-em-cada--dez-brasileiros-acreditam-que-gastos-com-beleza-sao-uma-

-necessidade-e-nao-um-luxo-aponta-pesquisa/. Acessoem25set.2017.Adaptação.

Texto 3

A ditadura do corpo ideal e o preconceito velado

Amanda Nunes

“Com a estética, o sujeito entra em uma relação sensível com o mundo que se diferencia conscientemente da natureza

objetiva concebida a partir da revolução copernicana. A subjetividade torna-se então, por meio do sentimento representado,

o fundamento de uma presença estética de uma natureza”. Rolf Kuhn¹.

A palavra estética refere-se à cognição pelos senti-dos, ou seja, à “compreensão pelos sentidos”. É um ramo da filosofia que perpassa e ultrapassa o campo visual, já que compreende um conjunto de sensações que refletem a percepção da beleza. Além das avaliações e julgamentos do que é o belo, contempla-se também a emoção que ela suscita nos seres humanos. Essa concepção está presente especialmente na arte, mas diz respeito a toda a natureza. Dessa forma, infere-se uma questão: “o que é a beleza?” e, com ela, o chavão de que gosto não se discute.

É claro que não se pode definir objetivamente a beleza, visto que ela não é uma propriedade imutável que se atribui ou não aos objetos, mas uma sensação própria do sujeito que a percebe, ajustada aos seus valores pessoais, ainda que tais valores estejam inevitavelmente subordinados aos valores culturais e histórico-sociais de determinada socieda-de em dado tempo histórico. A beleza é relativa, não há co-mo negar, mas essa relativização é profundamente ofusca-da pela busca de uma essência ideal, um padrão de beleza.

As transformações dos padrões de beleza do corpo feminino ao longo do tempo marcaram a evolução de dife-rentes visões sociais acerca do modelo estético que deveria ser incorporado pelas mulheres. A forma como as mulheres

eram retratadas no período colonial, por exemplo, distancia--se bastante do modelo buscado atualmente. Além desse processo corrente, isso evidencia também que os padrões são produtos de uma cultura.

Idealdebelezaaolongodotempo

O corpo da mulher durante o período colonial era ti-do como dentro dos padrões de beleza ao apresentar um aspecto saudável, simbolizado pela aparência rechonchu-da, ou seja, quanto mais gorda a mulher fosse, mais bonita ela era considerada, isso porque o perfil untuoso do corpo remetia a um corpo bem nutrido, e ao seu volume era atri-buída uma visão de saúde e vigor. Já durante a antiguidade clássica, o ideal grego da beleza era outro: com base em uma construção intelectual artística, os gregos valiam-se da perfeição e do equilíbrio das formas, bem como da harmo-nia e da proporcionalidade de todas as medidas. É quando surgem o nu feminino e a valorização do movimento. Para a antiga sociedade egípcia, a juventude era muito valorizada, bem como o corpo esbelto e os traços finos e alongados.

Durante o século XIX, a forma mais avantajada ganha destaque novamente na classe da burguesia: mulheres gor-

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Unisinos – Redação 9

das e de semblantes corados remetiam a riqueza e osten-tação. Com a revolução industrial, esse modelo estético foi resgatado do período renascentista. O uso de espartilhos também estava presente com força nessa época, e as mu-lheres os utilizavam cada vez mais apertados. O século XX recupera o ideal de boa forma, marcado, entre outros fato-res, pela emancipação feminina.

Após o fim da Segunda Guerra, o corpo feminino cur-vilíneo, valorizando quadris e seios, ganha ênfase. A mulher dos anos 50 é mais sofisticada, adornada, e a beleza é de grande importância e preocupação social, bem como o uso de joias, cosméticos, salto alto, tintura para cabelo, entre outros acessórios. Os anos 60 foram marcados pelos mo-vimentos de contracultura, e o movimento hippie foi o pre-cursor dos novos perfis que surgiram na época, tais como o modelo estético que valorizou um corpo de aspecto ado-lescente, sem muitas curvas. Com a consolidação do movi-mento hippie nos anos 70, os cabelos eram longos, crespos e armados; a maquiagem era forte nos olhos, e muito blush no rosto. Enquanto os anos 80 pregaram o exagero, um es-tilo de extravagâncias e excessos, os anos 90 trouxeram a naturalidade, a simplicidade.

Durante a década de 90 e início dos anos 2000, a di-tadura da magreza parece se tornar mais hegemônica, tal-vez como consequência da expansão da comunicação e da imagem como símbolo. Ser magra torna-se uma verdadei-ra obsessão; mulheres altas e magras consagram o novo modelo estético. Alcançar esse padrão torna-se um esforço com a utilização de dietas malucas e a busca cada vez mais árdua pelo corpo “ideal”. A bulimia e a anorexia passam a ser frequentes.

Atualmente, o padrão de beleza feminino estampado nas imagens midiáticas é: corpo magro, malhado, seios grandes, bumbum perfeito, pernas torneadas e barriga chapada. Em nome desse corpo ideal, as academias estão lotadas, e as cirurgias plásticas para colocar silicone e lipo-aspirações são cada vez mais comuns.

Baixa,gordaelinda?

Desde sempre, existe essa pressão social sobre as mulheres e seus corpos. Em todos os lugares, é possível captar essa imposição e padronização inexplicável que se faz do corpo feminino, nas revistas, nos outdoors, nas pro-pagandas, nos filmes, nas novelas, nas passarelas. Sempre encontramos mulheres com corpos “perfeitos” ou o famoso “corpo violão”, corpo que é símbolo de saúde, de sensuali-dade, de beleza, tido como único que atrai e que é aceito. Esses paradigmas ditam muito mais do que como deve ser

o corpo feminino: ditam também a roupa que combina com qual tipo de corpo, o sapato, o corte de cabelo adequado para as altas, para as baixas… A questão é: por que ser baixa, gorda ou não ter um corpo violão faz você não ser considerada uma mulher linda?

[...] “Há uma corrente de teóricos que acreditam que, com

tantos avanços femininos, a ditadura do corpo ideal é uma forma de ainda deter a mulher. E faz sentido, já que a maior parte acaba cedendo à pressão”, afirma a psicóloga Marjo-rie Vicente, em matéria do portal UOL. O cinema, a TV e a publicidade não enxergam a mulher gorda como qualquer outra, não exploram sua personalidade sem levar em consi-deração o físico ou apelar para o humor. A mídia age como se ser gorda não fosse o natural (não somente ser gorda, como ser baixinha, ter um corpo sem curvas ou uma defi-ciência física). O mercado é cruel com quem está fora dos padrões, e a sociedade também.

Em uma matéria feita na revista Marie Claire, intitula-da “Por que o mundo odeia as gordas”, uma pesquisa re-alizada com as leitoras da revista revela dados estatísticos que evidenciam o preconceito. Das respostas, 66% admiti-ram já ter feito um comentário maldoso ao ver uma mulher gorda usando biquíni; 58% já se sentiram secretamente feli-zes porque a ‘ex’ do namorado engordou muito; 52% acham que é pior engordar 15 quilos do que reduzir o salário em 30%; 37% ficam incomodadas vendo uma mulher gorda comer hambúrguer com batatas fritas; 36% não iriam a um médico de regime que fosse gordo; 21% acreditam que as gordas são preguiçosas; 21% imaginam que, se um “boni-tão” está com uma mulher gorda, é porque existem outros interesses; 18% dizem que uma pessoa muito gorda deve-ria pagar por dois assentos nos aviões.

[...] É vergonhoso e infeliz o quão cruel a sociedade pode ser com quem foge aos padrões de beleza. Todos os dias, diferentes mulheres que não se encaixam nos padrões sofrem preconceitos, são vítimas de insultos e levam des-vantagem somente por não estarem na “medida certa”. [...]

Referência

¹ KUHN, Rolf. Em: HUISMAN, Denis (dir.). Dicio-náriodosfilósofos. 2 v. São Paulo: Martins Fontes, 2001.p. 123.

*Amanda Nunes é estudante de comunicação social.

Texto disponível em http://blogueirasfeministas.com/2014/03/a--ditadura-do-corpo-ideal-e-o-preconceito-velado/.

Acesso em 22 set. 2017 Adaptação.

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Rascunho

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PROVA DE QUESTÕES OBJETIVAS

LÍNGUA PORTUGUESA

Instrução: As questões de 1 a 4 referem-se ao texto abaixo.

Diário de um Banana: Caindo na Estrada

Uma nação de neuróticospor Bruno Carmelo*

Nesta viagem de família, tudo dá errado: o carro tem problemas técnicos, os filhos não se entendem com a mãe, o trânsito impede a viagem, o GPS indica o caminho errado. O quarto episódio da franquia Diário de um Banana explora um cânone do american way of life: a comunhão familiar na estrada durante o período de férias, época de comer sanduíches e explorar os cenários do país. A série infantil sempre trabalhou em cima de símbolos consagrados (o sistema de castas nos colégios americanos, a hierarquia dentro da família patriarcal) para expor certa histeria no comportamento de todos hoje em dia, de adultos a crianças.

Em comparação com filmes infantis que mostram a imaturidade das crianças e as virtudes dos pais, Cain-do na Estrada trata todos os seus personagens como caricaturas: a mãe só fala em levar uma vida livre de tecnologia, com comidas orgânicas, enquanto os filhos nutrem uma obsessão cômica pelos telefones celulares e ídolos do YouTube. O crescimento não implica um amadurecimento, apenas troca de neuroses: mesmo o pai se revela incapaz de desgrudar do trabalho. Na jornada rumo à festa de aniversário da bisavó, a família Heffley força a convivência de pessoas angustiadas, agindo como acham que deveriam, e não como realmente gostariam. A franquia retrata com deboche as regras dos bons costumes.

Enquanto crônica de uma geração, o roteiro se sai muito bem. Mesmo com a direção hiperbólica, pau-tando qualquer gesto com um efeito sonoro engraçadinho, o diretor David Bowers sabe criar cenas assusta-doras, como o pacote de salgadinhos caindo na jacuzzi e transformando toda a água num pântano alaranjado – algo muito mais potente do que os discursos da mãe contra junk food. Susan e Frank estão longe de serem pais perfeitos, demonstrando cansaço na criação dos filhos, o que transmite uma visão menos idealizada da paternidade. Neste núcleo, quem dá as cartas é a mãe autoritária, uma competente Alicia Silverstone. Tom Everett Scott e o novato Jason Ian Drucker também compreendem este humor exagerado por si só, dispen-sando uma gestualidade expressiva.

O único nome destoante no elenco é Charlie Wright, o novo Rodrick, atuando uns cinco graus acima dos demais, num festival grosseiro de caras e bocas. Se os outros atores embarcassem nesse nível de performan-ce, o resultado seria uma catástrofe. No final, bons achados, como a divertida paródia de Psicose, convivem com cenas questionáveis, como o passeio mal filmado no parque de diversões e o ataque incongruente dos pássaros. Na tentativa de explorar tudo o que poderia acontecer de errado numa única viagem, o roteiro sai de situações divertidas porque plausíveis (crises na hora de escolher a música, a comida, problemas com o mapa) para chegar a situações insossas, porque inverossímeis naquele contexto. Os excessos fazem parte da comédia e do universo infantil, mas até uma produção lúdica como Caindo na Estrada tem seus limites à suspensão da descrença.

Apesar dos problemas, o resultado é uma autoparódia do espírito americano, algo menos ingênuo do que poderia aparentar. O fato de assumir o ponto de vista do garoto ajuda a tratar com seriedade alguns dile-mas da infância, sem o olhar condescendente que costuma acompanhar este tipo de produções. Sim, as tradi-cionais lições de vida e frases de efeito dominam o terço final da trama, enfraquecendo o resultado. Entretanto, antes da conclusão, a “terra dos corajosos e livres” tem a coragem de se sujar e rir de si própria.

*Bruno Carmelo é editor do site www.adorocinema.com.

Disponível em http://www.adorocinema.com/filmes/filme-249223/criticas-adorocinema/>. Acesso em: 11 set. 2017. Adaptação.

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1. O texto pertence ao gênero resenha crítica. Considerando-se sua estrutura, o que faz com que seja assim reconhecido?

a) O fato de que aborda um objeto cultural (no caso, um filme), trazendo informações sobre ele, além da opinião do produtor da resenha.

b) O fato de que aborda um tema atual, muito discutido em meios de comunicação, o cinema.

c) O fato de que trata de um filme recém-lançado, apresentando, justamente por isso, uma visão posi-tiva sobre ele.

d) O fato de que narra a história trazida em um lança-mento cinematográfico, o que, para quem pretende assistir ao filme, gera credibilidade.

e) O fato de que faz referência não apenas ao filme que está sendo lançado, mas também a outros, an-teriores, embora nem todos estejam nomeados no texto.

2. A respeito dos modos de organização textu-al presentes na resenha, leia as afirmativas abaixo.

I - Entre as linhas 1 e 4 do texto, há a descrição de al-guns fatos que ocorrem no filme, que servirão co-mo argumentos que embasam a opinião do autor.

II - Entre as linhas 14 e 17, há argumentos que re-forçam a opinião positiva do autor em relação ao filme que ele comenta.

III - Entre as linhas 17 e 19, está explícita uma crítica negativa do autor a respeito dos pais representa-dos no filme.

Sobre as proposições acima, pode-se afirmar quea) apenas I está correta.b) apenas II está correta.c) apenas III está correta.d) apenas I e II estão corretas.e) apenas II e III estão corretas.

3. Considerando a coesão referencial do texto, leia as afirmações abaixo e assinale V se for verdadeira ou F se for falsa.

( ) Os referentes do pronome “seus” (linha 8) são, respectivamente “Caindo na Estrada” (linhas 7 – 8), elemento possuidor, e “personagens” (linha 8), elemento possuído.

( ) A expressão “nesse nível de performance” (linhas 23 – 24) refere-se à atuação do ator Charlie Wright.

( ) A expressão “da comédia e do universo infantil” (li-nha 29) refere-se, especificamente, ao filme abor-dado na resenha, “Caindo na Estrada”.

( ) A expressão “este tipo de produções” (linha 33) faz referência a filmes que têm crianças como protagonistas, a exemplo da obra cinematográfica em questão no texto.

A sequência correta, de cima para baixo, éa) V – V – F – F b) F – F – V – V c) V – V – F – V d) F – V – F – F e) V – F – V – F

4. Sobre as relações lógicas estabelecidas no texto por meio de conectores, qual das afirma-ções abaixo é correta?

a) No enunciado “A série infantil sempre trabalhou em cima de símbolos consagrados (o sistema de cas-tas nos colégios americanos, a hierarquia dentro da família patriarcal) para expor certa histeria no com-portamento de todos hoje em dia, de adultos a crian-ças.” (linhas 4 – 6), tem-se uma relação de conformi-dade, estabelecida pelo conector “para” (linha 6), que poderia ser, no texto, substituído por “a fim de”, sem alteração de sentido.

b) No enunciado “Mesmo com a direção hiperbólica, pautando qualquer gesto com um efeito sonoro engraçadinho, o diretor David Bowers sabe criar cenas assustadoras [...]” (linhas 14 – 16), o autor apresenta uma concessão, ou seja, introduzindo o enunciado por meio do conector “mesmo” (linha 14), ele demonstra não refutar o argumento trazido na primeira proposição (a direção de David Bowers é “hiperbólica”) e apresentar, na sequência, uma pro-posição argumentativamente mais forte (“o diretor David Bowers sabe criar cenas assustadoras”).

c) No enunciado “Na tentativa de explorar tudo o que poderia acontecer de errado numa única viagem, o roteiro sai de situações divertidas porque plausíveis (crises na hora de escolher a música, a comida, problemas com o mapa) [...]” (linhas 26 – 28), há uma relação de causalidade, marcada pelo conec-tor “porque” (linha 27): a proposição “o roteiro sai de situações divertidas” representa a causa, en-quanto a proposição “[são] plausíveis” representa a consequência.

d) No enunciado “Os excessos fazem parte da comédia e do universo infantil, mas até uma produção lúdica como Caindo na Estrada tem seus limites à suspen-são da descrença.” (linhas 28 – 30), há uma relação de oposição, caracterizada pelo conector “mas” (li-nha 41). Nesse caso, subentende-se que o argumen-to mais forte apresentado pelo autor está na primeira proposição do enunciado (“Os excessos fazem parte da comédia e do universo infantil”, linhas 28 – 29).

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Unisinos – Vestibular Adicional 13

e) No enunciado “Sim, as tradicionais lições de vida e frases de efeito dominam o terço final da trama, enfraquecendo o resultado. Entretanto, antes da conclusão, a terra dos corajosos e livres tem a cora-gem de se sujar e rir de si própria.” (linhas 33 – 35), a proposição introduzida pelo conector “entretanto” (linha 34) representa a conclusão do raciocínio do autor, pois finaliza o texto.

5. Analise as seguintes afirmativas a respeito do emprego de sinais de pontuação no texto.

I - Os dois pontos presentes na linha 1 e na linha 3 fo-ram empregados no texto com a mesma finalidade, que é a de introduzir uma enumeração de dados.

II - O travessão da linha 17 não poderia ser substitu-ído por uma vírgula, pois isso implicaria perda de sentido ao enunciado.

III - As duas vírgulas presentes na linha 14 e a primeira vírgula da linha 19 foram empregadas pela mesma razão, que é separar adjuntos adverbiais.

Sobre as proposições acima, pode-se afirmar quea) apenas I está correta.b) apenas II está correta.c) apenas III está correta.d) apenas I e II estão corretas.e) apenas I e III estão corretas.

Instrução: as questões 6 e 7 referem-se ao texto de Ferreira Gullar.

Cantiga para não morrer

Ferreira Gullar

Quando você for se embora,

moça branca como a neve,

me leve.

Se acaso você não possa

me carregar pela mão,

menina branca de neve,

me leve no coração.

Se no coração não possa

por acaso me levar,

moça de sonho e de neve,

me leve no seu lembrar.

E se aí também não possa

por tanta coisa que leve

já viva em seu pensamento,

menina branca de neve,

me leve no esquecimento.

Disponível em http://escolaeducacao.com.br/ melhores-poemas-de-ferreira-gullar/

Acesso em 12 set. 2017.

Disponível em http://escolaeducacao.com.br/melhores-poemas-de--ferreira-gullar/. Acesso em: 12 set. 2017.

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14 Unisinos – Vestibular Adicional

6. Qual das alternativas a seguir sintetiza o tema do poema?

a) O poema apresenta um relacionamento amoroso, no qual o eu-lírico, por força dos problemas da vida cotidiana, resolve romper com a amada, deixando-a na solidão.

b) O eu-lírico do poema é uma moça branca como a neve, que, ao ser abandonada por seu amado, refu-gia-se na ilusão e no sonho.

c) O texto nos apresenta um conflito amoroso, em que o eu-lírico e sua amada se dispõem a se-guir juntos, ainda que o fogo da paixão tenha se extinguido.

d) A moça branca como a neve, a quem o eu-lírico se dirige, é apenas uma imaginação que ele teve, um sonho amoroso que nunca se concretizou.

e) O eu-lírico do poema, ao perceber a partida iminente de sua amada, sugere que ela o leve junto, mesmo que seja apenas como uma vaga lembrança.

7. O poeta maranhense Ferreira Gullar, pseudô-nimo de José Ribamar Ferreira, produziu sua obra ao longo do século XX. A partir da leitura do poema Cantiga para não morrer, escolha a opção que melhor caracteriza a obra do autor.

a) O texto demonstra, a partir da inserção de uma lin-guagem coloquial, a filiação modernista do poeta.

b) Gullar é um poeta clássico, fato evidenciado pela mé-trica rígida e pela linguagem rebuscada do poema.

c) O poema evidencia a linguagem simbólica e a falta de preocupação com a estrutura e a métrica.

d) O poeta apresenta, em seu texto, uma preocupação com a realidade de sua época, evidenciada por uma linguagem informativa.

e) O próprio título do poema, ao mencionar o tema da morte, aponta para a tendência gótica do autor.

8. Em 2016, um referendo na Europa decidiu pela saída da União Europeia de uma de suas prin-cipais economias, que foi

a) o Reino Unido.b) a Catalunha.c) a Itália.d) a Alemanha.e) a França.

9. Em julho de 2017, o Congresso Nacional brasi-leiro aprovou uma reforma constitucional con-troversa. Essa reforma retira direitos históricos, que remontam ainda à Primeira República. Tra-ta-se da

a) Reforma Partidária.b) Reforma Política.c) Reforma Trabalhista.d) Reforma Previdenciária.e) Reforma Universitária.

CIÊNCIAS EXATAS

10. Uma loja está com desconto de 40% em todos os seus produtos, mas, uma semana antes des-sa promoção, reajustou todos os preços em 20%. Considerando o preço anterior ao aumen-to, qual foi o desconto dado?

a) 8%b) 16% c) 20% d) 28% e) 72%

11. Um terreno de forma quadrada foi reduzido da maneira indicada na figura a seguir, para dar lugar a uma calçada com 2 metros de largura. Com isso, a área passou a ser de 256 m2.

256 m²

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Unisinos – Vestibular Adicional 15

O comprimento, em metros, do lado do quadrado original era igual aa) 24 b) 20c) 18d) 16e) 12

12. No triângulo retângulo da figura abaixo, os catetos medem x e 2x-3, e a hipotenusa mede x+3.

Qual a área deste triângulo?a) 4,5 b) 9c) 13,5d) 18e) 27

13. Uma pessoa deseja fazer um chá, utilizando água a uma temperatura de 40°C. Inicialmen-te, colocou uma massa M de água numa cha-leira para aquecê-la. Porém, a pessoa acabou esquecendo a água no fogo, fazendo com que esta atingisse uma temperatura de 80°C. Para chegar, então, à temperatura desejada para a confecção de seu chá, a pessoa resolveu mis-turar uma massa m de água a 20°C àquela que estava a 80°C.

Sabendo-se que as trocas de calor ocorrem so-mente entre as duas massas de água e que o calor específico da água é 1,0 cal/g °C, a razão M/m entre as massas de água será igual a

a) 18

b) 14

c) 12

d) 2

e) 4

14. Uma família reside numa determinada cidade do Rio Grande do Sul e, em sua moradia, são encontrados três equipamentos eletroeletrôni-cos, cujas especificações são ilustradas na ta-bela abaixo.

Equipamentoeletroeletrônico

Quantidade Potência (W)

Tempode

funcionamento diário (h)

Geladeira 1 500 20

Televisão 1 100 10

Chuveiro elétrico 1 4000 1

Sabendo-se que 1 kWh na cidade em questão custa R$ 0,50, o custo diário de energia elétrica consumida nesta residência, devido somente ao funcionamento dos três aparelhos indicados, será dea) R$ 18,00b) R$ 15,00c) R$ 10,50d) R$ 8,50e) R$ 7,50

x + 32x - 3

x

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16 Unisinos – Vestibular Adicional

CIÊNCIAS DA NATUREZA

Instrução: para resolver as questões 15 e 16, você pode contar com informações desta tabela.

Mudanças de temperatura provocam crises alérgicas e doenças como gripe e resfriados.

Gripes, resfriados, dores de garganta e pneumo-nia fazem com que a busca por atendimento médico aumente em unidades de saúde.

Espirros e tosses são barulhos que as pessoas costumam ouvir mais durante o inverno. Isso por-que são sintomas de doenças que se agravam e se manifestam com mais frequência com a chegada da estação mais fria. As baixas temperaturas e a re-dução da umidade são propícias para aumentar a proliferação de doenças respiratórias e alérgicas, que são mais frequentes quando os termômetros despencam.

Adaptado de Diário de Santa Maria, 06/08/2014. Disponível em: diariodesantamaria.clicrbs.com.br

Acesso em 27 set. 2017.

Muitos fármacos são utilizados para auxiliar nos sintomas das gripes e resfriados. As fórmulas es-truturais de dois fármacos são mostradas abaixo:

N O

O

HO

HO

OH H

N

Composto I: Propoxifeno Composto II: Albuterol

Sobre essas fórmulas, assinale a alternativa correta.a) O propoxifeno é um analgésico e antitussígeno que

apresenta 3 centros de quiralidade.b) O propoxifeno apresenta a função orgânica éter e a

função orgânica amino.c) A molécula do albuterol, que é um broncodilatador

usado no tratamento da asma, apresenta como úni-ca função orgânica oxigenada o fenol.

d) O albuterol apresenta 1 centro de quiralidade.e) A molécula do propoxifeno apresenta 12 carbonos

secundários, enquanto a molécula do albuterol apresenta 4 carbonos terciários.

15.

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Unisinos – Vestibular Adicional 17

16. A fórmula estrutural da efedrina, que é um broncodilatador e descongestionante obtido da planta chinesa Ephedra sinica, é mostrada abaixo:

Efedrina

N

OH H

Sobre essa fórmula, são feitas as seguintes afirmações:I – a fórmula molecular da efedrina é C9H11NO, e sua

massa de 1 mol é 149g.II – 240g de carbono estão contidos em 2 mols de

efedrina.III – 4g de efedrina contêm 1,6 x 1024 átomos de

carbono.

Sobre as proposições acima, pode-se afirmar quea) apenas I está correta.b) apenas II está correta.c) apenas III está correta. d) apenas II e III estão corretas.e) I, II e III estão corretas.

17. No início do século XX, foi descoberto o primeiro tipo de grupo sanguíneo, formando o sistema ABO. Nesse sistema, pessoas que possuem antígeno A produzem anticorpo anti-B e vice-versa; pessoas do tipo sanguíneo AB não possuem anticorpos; e pessoas do tipo O possuem anticorpos anti-A e anti-B. O encontro de um antígeno com o anticorpo provoca a aglutinação de hemácias.

Com base nessas informações, analise as informações abaixo e assinale V (verdadeiro) ou F (falso).

( ) Indivíduos do grupo O podem doar sangue para todos os outros tipos, mas podem receber apenas sangue tipo O.

( ) Indivíduos do grupo B podem receber sangue dos grupos O e A, e doar para os grupos A e AB.

( ) Indivíduos do grupo AB podem receber sangue de qualquer grupo, mas doam apenas para o grupo AB.

A ordem correta, de cima para baixo, é:a) V – V – F b) F – V – V c) V – F – F d) V – F – V e) F – V – F

18. As angiospermas são vegetais que se carac-terizam por possuírem flores, que são os ór-gãos responsáveis por sua reprodução. Es-sas flores são compostas por conjuntos de folhas modificadas, chamadas de verticilos. O androceu é um verticilo formado pelo con-junto de

a) sépalas.b) estames.c) pétalas.d) carpelos.e) brácteas.

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18 Unisinos – Vestibular Adicional

LÍNGUA ESTRANGEIRAResponda às questões de Inglês ou Espanhol, de acordo com sua opção.

INGLÊS

Instrução: as questões 19 e 20 referem-se ao texto abaixo.

“On World Press Freedom Day, I call for an end to all crackdowns against journalists – because a free press advances peace and justice for all.” — António Guterres, United Nations Secretary-General

2017 Theme: Critical Minds for Critical Times: Media’s role in advancing peaceful, just and inclusive societies

World Press Freedom Day was proclaimed by the UN General Assembly in December 1993, following the recommendation of UNESCO’s General Conference. Since then, 3 May, the anniversary of the Declaration of Win-dhoek is celebrated worldwide as World Press Freedom Day.

It is an opportunity to:* celebrate the fundamental principles of press freedom;* assess the state of press freedom throughout the world;* defend the media from attacks on their independence;* and pay tribute to journalists who have lost their lives in the line of duty.

Read more about this year’s themes in the Concept note.

Disponível em: http://www.un.org/en/events/pressfreedomday/. Acesso em 21 set. 2017. Adaptação.

19. De acordo com o texto:

a) é obrigação de todas as pessoas lutarem pela im-prensa livre.

b) o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa é comemo-rado em Windhoek.

c) foi o secretário geral da ONU quem decidiu criar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.

d) É importante que no dia 03 de maio a imprensa es-teja livre.

e) uma imprensa livre contribui para a paz e a justiça para todos/as.

20. O pronome relativo “who”, na frase “and pay tribute to journalists who have lost their lives in the line of duty” (linha 12), refere-se a

a) jornalistas.b) tributos.c) pagamentos.d) vidas.e) responsabilidade.

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Unisinos – Vestibular Adicional 19

ESPANHOL

Instrução: as questões 19 e 20 referem-se ao texto abaixo.

¿Qué ofrecen los negocios de economía colaborativa?

Sara Rivas Moreno

El término economía colaborativa puede ser todavía ajeno a algunas personas, pero cada vez más son los negocios, en España y en el mundo, que guardan esta filosofía. Su crecimiento ha sido explosivo en los últimos años y, actualmente, hay más de 500 negocios en España basados en este principio colaborativo. Pero, ¿qué es exactamente?

Dentro de una comunicación de la Comisión Europea en 2016 encontramos la siguiente definición: “Modelos de negocio en los que se facilitan actividades mediante plataformas colaborativas que crean un mercado abierto para el uso temporal de mercancías o servicios ofrecidos a menudo por particulares. Implica a tres categorías de agentes: prestadores de servicios, usuarios e intermediarios, que a través de una plata-forma en línea conectan a los anteriores agentes y facilitan las transacciones entre ellos”.

Si aterrizamos esta exposición, llegamos a la conclusión de que la base de la economía colaborativa se encuentra en el intercambio de bienes y servicios entre usuarios, es decir, ya no es necesario poseer un determinado activo, sino únicamente tener acceso a él.

Adaptado de <http://economia.elpais.com/economia/2017/09/12/actualidad/1505209242_295550.html?id_externo_promo=BCnoticia_miprogresso_20170922. Acesso em 20 set. 2017

19. Considerando o conteúdo do texto, pode-se afirmar que

a) algumas pessoas consideram o termo economia co-laborativa comum.

b) a economia colaborativa está baseada na platafor-ma on-line.

c) o usuário não precisa ver o bem na plataforma, mas apenas ter acesso a ele.

d) as plataformas colaborativas são um fenômeno tem-porário para um mercado aberto de oportunidades.

e) a filosofia da colaboração é um princípio mantido por muitas empresas na Espanha e no mundo.

20. Os termos ‘Pero’ (linha 4), ‘a menudo’ (linha 7) e ‘es decir’ (linha 11) podem ser traduzidos, res-pectivamente, ao português, sem alterar o sen-tido do texto, por:

a) Mas - com frequência - ou seja

b) Consequentemente - nem sempre - dizem

c) Porém - raramente - a saber

d) Por isso - frequentemente - por exemplo

e) Entretanto - exclusivamente - isto é

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