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A revista BOA VONTADE não se responsa-biliza por conceitos emitidos em seus artigos

assinados.

Adriane Schirmer Neuza Alves

Walter Periotto Wanderly Albieri Baptista

Redação

BOA VONTADEANO XXIII • Nº 205 • SETEMBRO dE 2005

Diretor e Editor responsávelFrancisco de Assis Periotto

MTE/DRTE/RJ 19.916 JP

Editor Executivo: Gerdeilson BotelhoSubeditora: Débora Verdan

Revisão

ArteProjeto Gráfico: João Periotto

Capa: João Periotto e Alziro Braga

BOA VONTADE é uma publicação mensal das IBVs, editada pela Editora Elevação.

Impressão: PROL Editora Gráfica

Produção

Endereço para correspondência: Av. Rudge, 938 — Bom Retiro

CEP 01134-000 — São Paulo/SP Tel.: (11) 3358-6868 — Caixa Postal 13.833-9

— CEP 01216-970 Internet: www.boavontade.com E-mail: [email protected]

ColaboradoresAlvino Barros, Cida Linares, Daniel

Trevisan, Danielly Arruda, Elias Paulo, Elisa Rodrigues, Enaildo

Viana, Juliane Nascimento, Leonardo Mattiuzzo, Maria Aparecida da Silva, Natália Lombardi, Paulo Azor, Pedro

de Paiva, Profa Nádia Lauriti, Rita Silvestre, Rosana Serri e William Luz

Ao Leitor

A reportagem de capa da revista BOA VONTADE edição de setembro traz para sua apre-ciação, caro leitor, os avanços científicos no que se referem às pesquisas com células-tronco, visando à melhoria da qualida-de de vida das gerações atuais e, principalmente, as futuras. A matéria pautou-se nos ótimos resultados obtidos no Brasil, os quais têm projetado nossa nação no mundo inteiro, graças aos esforços de instituições a exem-plo da Fundação Oswaldo Cruz, referência na área.

Em destaque na edição nº 205 reportagens sobre os festejos do 7 de Setembro pelo Brasil e, em especial, nos Estados Unidos da América, local que sedia, anual-mente, o grande Brazilian Day in New York. Tanto por aqui quanto na América do Norte, a Legião da Boa Vontade marcou presença nas comemorações.

Aliás, o relevante trabalho de-senvolvido pelas Instituições da Boa Vontade rendeu, neste mês de setembro, homenagens em

diversas partes do Brasil, o que denota todo o carinho e respeito que o Povo e seus representan-tes dedicam a elas.

Os editores

6 Literatura8 Cartas11 Coluna do Garotinho13 Destaque14 Samba e História16 Acontece no mundo20 Especial30 Educação32 Turismo34 Reportagem

42 Análise 46 Memória 47 Ação Jovem LBV48 Soldadinhos de Deus50 Atualidades56 Melhor Idade58 Acontece61 In memoriam62 Pedagogia do Cidadão

Ecumênico

Edição nº 205

Índice

“A qualquer momento, a palavra impossível

poderá pedir aposentadoria e retirar-se do vocabulário. Pelo

menos do científico. A cada hora que

passa, as notícias vão pasmando o mundo

com o sucesso obtido pelo laboratório.

Está ocorrendo uma verdadeira revolução na Medicina. Cumpre

que beneficie a todos.”Paiva Netto

Reflexão

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10

13

15 34

34Cartas

Reportagem

Destaque

Samba e História

Acontece no Mundo

61In Memoriam

20 Especial

30 Educação

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O sonho de ser mãe é algo comum para a maioria das mulheres. Entretanto, pesquisas recentes indicam que cerca de 20% dos casais enfrentam problemas para gerar um bebê. Pensando nessa fatia da sociedade, os médicos Dr. Arnaldo Schizzi Cambiaghi e Dra. Daniella Spilborghs Castellotti lançaram o livro Fertilidade Natural.

Por ocasião do evento, ocorrido em São Paulo/SP, os representantes da Le-gião da Boa Vontade saudaram os profis-sionais da saúde, que fizeram questão de autografar um exemplar para o dirigente

Literatura

Aparecida Liberato, numeróloga, e Beto Junqueyra, escritor, reuniram nas páginas de O Poder que vem do seu Nome o segredo que a Numerolo-gia reserva para se alcançar o sucesso no trabalho. Na noite de autógrafos, realizada na zona sul de São Paulo/SP, os autores dedicaram um exemplar da obra ao dirigente da LBV. A simpática numeróloga assim se expressou: “Irmão Paiva, que prazer mandar este livro para Você, uma pessoa ímpar! Obrigada. Beijos, Aparecida Liberato”. Junqueyra

Fertilidade Natural

Numerologia e sucesso profissional

Aparecida Liberato

H i s t ó r i a s reais ocorridas com persona-gens i lustres d o u n i v e r s o literário e po-lítico do País. Essa é a temá-tica de Tempo Diferente, novo livro do acadêmi-co, jornalista político e advogado Dr. Murilo Melo Filho, lançado no dia 8 de setembro, no Salão dos Fundadores da Academia Brasi-leira de Letras (ABL), na capital fluminense. Dr. Murilo enviou um exemplar de sua obra com a seguinte dedicatória: “Para o professor Paiva Netto, em sincera homenagem à sua vida digna e cor-reta, com tantos e tão inestimáveis serviços prestados ao Povo brasi-leiro, aqui lhe deixo este ‘Tempo Diferente’, na petulante de que lhe seja de utilidade e interesse, com o abração carinhoso. Do Murilo. Rio, 8/9/05”.

A experiência clínica desenvol-vida por mais de 74 mil atendimen-tos a adolescen-tes serviu de base para o Dr. Içami Tiba escrever Ado-lescentes: Quem Ama, Educa!, livro lançado para o público paulista, na noite de 22 de setembro.

Entrevistado pela equipe da Super Rede Boa Vontade de Rádio, o escritor comentou o lançamento e relembrou a visita que fez à Legião da Boa Vontade, ocasião em que pôde dar um afetuoso abraço no dirigente da LBV. Na dedi-catória da obra, registrou: “Ao Mestre Paiva Netto. Superabraço de Içami Tiba. 22/9/2005”. [R.O.]

Tempo_____________Isabela Ribeiro

Quem ama, educa.

da LBV. Dr. Arnaldo e a Dra. Daniella dedicaram-lhe a seguinte mensagem: “Querido José, obrigado por participar deste lançamento. Um grande abraço — Arnaldo Cambiaghi”. [V.L.]

também registrou: “Irmão Paiva, desejo que Você tenha cada vez mais luz! Com carinho, Beto Junqueyra”. Murilo Melo Filho

Içami Tiba

Dra. Daniella Spilbor-ghs Castellotti

Dr. Arnaldo Schizzi Cambiaghi

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Beto Junqueyra

Em uma linguagem sim-ples e acessível, o astrônomo, professor e cientista Ronaldo Rogério de Freitas Mourão lançou, em 22 de setembro, a obra Explicando a Teoria da Relatividade, na Livraria da Travessa, em Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro. A publi-cação apresenta a teoria de Al-bert Einstein em sua totalidade, a qual mudou a base da Física e da Astronomia.

Na noite de autógrafos, o concei-tuado cientista fez questão de dedicar um exemplar do seu livro ao dirigente

da LBV. “Para José de Paiva Netto, com um afetuoso abraço de seu ad-mirador, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão. Rio, 22/9/2005.” [S.B.]

Explicando a Teoria da Relatividade

Ronaldo Rogério de Freitas Mourão

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oal Diferente

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_____________Viviane Lago

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O resgate da nossa his-tória contribui para a formação intelectual das gerações atuais e

futuras e o desenvolvimento de uma cidadania dotada de senso crítico. Saber como os principais personagens construíram a histó-ria da imprensa brasileira e quais foram as suas principais idéias são alguns parâmetros apresentados no livro Imprensa brasileira — Per-sonagens que fizeram história, do professor e jornalista José Marques de Melo, editado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e Universidade Me-todista de São Paulo.

A obra é uma coletânea que reúne 18 biografias de personagens famosos da imprensa brasileira, desde o patrono oficial desse órgão no Brasil, Hipólito José da Costa, até os mais contemporâneos como Barbosa Lima Sobrinho, pioneiro da reflexão crítica sobre o jornalis-mo; e Roquette Pinto (1884-1954), pai do rádio brasileiro.

O lançamento da coleção (com quatro volumes), que ocorreu na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no dia 14 de setembro, na Sala João Mesplé, contou com a presença de diversos jornalistas, convidados e associados da insti-tuição. Na oportunidade, alguns co-autores cariocas e personalidades falaram à Super Rede Boa Vontade de Rádio (Super RBV) sobre seus personagens biografados.

“A cultura específica do jorna-lismo está se desenvolvendo. Há muitas escolas, e a palavra jorna-lismo, hoje, já está generalizando toda espécie de comunicação”, conta o ilustre professor e jorna-lista Fernando Segismundo, ex-

Presidente da ABI, instituição que ele chama de “segunda casa”.

Ele foi um dos convidados para participar da coleção, escreven-do um artigo sobre o jornalista e fundador da ABI, Gustavo de Lacerda. No ensejo, aproveitou os microfones para demonstrar sua admiração pela LBV: “Sempre bato palmas a Paiva Netto, com a maior franqueza e entusiasmo, é um dos beneméritos deste País, um dos maiores idealistas, realizadores, que faz, que trabalha (...). Sou fã da Legião Boa Vontade e também de seu dirigente, por estarem pres-tando serviços sérios ao País.”

Ao tomar conhecimento de que a Super RBV é a primeira colo-cada em audiência fidelizada, de

acordo com o Ibope, o Dr. Hubert Alqueres, Presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e da Associação Brasileira das Im-prensas Oficiais, declarou: “Mando um grande abraço ao José de Paiva Netto, uma pessoa que tem dado contribuição expressiva pela Super Rede Boa Vontade de Rádio, pelo Portal da internet (www.boavon-tade.com)”. E indicou o livro As Profecias sem Mistério, obra do Líder da LBV que é um grande su-cesso em todo o Brasil, sendo parte da coleção O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, com mais de um milhão de exemplares vendidos. “Quero convidar todas as pessoas para lerem o livro, que é muito importante.” [S.B.]

Personagens que fizeram história naImprensa Brasileira

Ana Arruda Callado e Carmen Pereira

Fernando Segismundo e sua esposa, Gioconda.

Sinval Itacarambi, Maurício Azêdo e Hubert Alqueres.

José Marques de Melo

Fotos: Simone Barreto

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Cartas

Conteúdo de qualidadeFiquei muito satisfeito ao ler a

edição de agosto de 2005 da revista BOA VONTADE. O conteúdo é de exce-lente qualidade, atual e dinâmico. Para-béns pelo trabalho realizado. (Doutor Ogando, Deputado Estadual do Rio de Janeiro/RJ)

Quero parabe-nizar a edição de julho da revista

BOA VONTADE e cumprimentar Paiva Netto pelo trabalho. Certo de poder manter aberto este canal de comunicação entre nós apro-veito a oportunidade para enviar ao Diretor-Presidente da LBV um forte abraço. (Márcio Bins Ely, Vereador, Porto Alegre/RS)

Cumprimento todos pela ex-celente revista que há anos tem dedicado trabalho à comunidade. É disso que precisamos: conteúdo de primeira qualidade. Aproveito para destacar a matéria “LBV intensifica Campanha contra as drogas” (edi-ção nº 203). (Gilberto Nahas, jor-

Memorável encontroSob o comando de Paiva Netto, no dia 15 de setembro de 2005, Legionários da Boa Vontade reuniram-se na Sede Regional da LBV, no Rio de Janeiro/RJ. Em destaque, ladeando o dirigente da Obra, da esquerda para a direita: Rosiel dos Santos, Lorival Soares, Paulo Duarte Pereira e Jayme Bertolin. Na foto ao lado, o Líder da LBV cumprimenta veteranos Legionários da Boa Vonta-de. No detalhe, recebe o afetuoso abraço de sua amiga Maria da Conceição Sandoval.

nalista e Presidente da Associação dos ex-Combatentes do Brasil de Florianópolis/SC)

Um dos principais alicerces que mantêm a BOA VONTADE na van-guarda é a capacidade de transmitir conteúdo com base na Espiritualidade Ecumênica, mas sem deixar em se-gundo plano o cuidado com o corpo material, o que faz muito bem em suas páginas, proporcionando qualidade de vida. Alerta-nos sobre os problemas do mundo, mostrando-nos, de maneira eficiente, as soluções. (Mayla Ferrei-ra, estudante, Curitiba/PR)

Alertamentos que despertam o Ser Humano

São marcas de Amor as lições de vida que tenho aprendido com a LBV e seus Legionários. Minha gratidão a todos e em especial ao Diretor-Presidente da Instituição, José de Paiva Netto, que nos ensina a ver a vida como um todo e que tem como principal trabalho o resgate do Ser Humano por meio do Amor e da Fé Realizante. (Luy Vieira, sensitiva, via e-mail)

Todos os dias, Paiva Netto profere um pensamento ou uma reflexão, que

representam chaves iniciáticas a dis-parar ações transformadoras na Alma daqueles que lêem e ouvem suas pa-lavras com espírito de Boa Vontade. Uma dessas chaves iniciáticas, que é também uma grande reflexão para nossa vida, é esta: “Quando a gente quer realizar alguma coisa, realiza. Não acredite nessa história de que é difícil. As coisas só são difíceis para as pessoas difíceis. As pessoas simples, estas realizam coisas ex-traordinárias”. (Rosiel dos Santos, economista, Salvador/BA)

Estou escrevendo para parabeni-zar a todos pelo Portal Boa Vontade (www.boavontade.com), pois nele tem o que procuro: notícias atualizadas diariamente das Instituições da Boa Vontade. (Bruno César, via e-mail)

Meu pai, José do Carmo Borges, 73, é um leitor entusiasta das obras literárias de autoria de Paiva Netto. Ele já leu So-mos todos Profetas e está lendo a nova edição de As Profecias sem Mistério. Sempre quando lê, ele comenta: “Se a Humanidade conseguisse enxergar a riqueza do conhecimento que está nestes livros, o mundo estaria bem melhor”. Parabéns, Paiva Netto! Somos gratos a Jesus por ter acesso

Fotos: João Periotto

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adoram a Natureza. Fico muito comovi-do com isso porque sou ambientalista há anos (...). Muitas vezes, as pessoas se queixam da violência, da desigual-dade e não vêem como é possível fazer coisas que interfiram nessa realidade. A LBV dá um exemplo ao País”, frisou.

Para ele, quando se oferece Amor, educação e assistência “se dá uma pos-sibilidade para a juventude brilhar longe da droga, da violência, longe das armas. Vocês estão de parabéns! (...) Então um abraço ao Paiva Netto, à sua equipe. Até a próxima!”.

Um dos mais atuantes ambien-talistas do Estado do Rio de Janeiro, o Deputado Estadual Carlos Minc, escolheu o 21

de setembro (data em que se comemora o Dia da Árvore) para visitar as depen-dências do Centro Educacional, Cultural e Comunitário José de Paiva Netto, na capital fluminense.

Após ser homenageado pelo Coral Ecumênico Infantil LBV, Minc recebeu presentes feitos com materiais reciclá-veis, confeccionados pelos próprios alunos. Ele ainda distribuiu às crianças adesivos com instruções de preservação do Meio Ambiente. Em seguida, o Deputado conheceu o local.

Ao passar por uma das salas, regis-trou mensagem sobre a Paz e a Natureza em um mural desenvolvido pela garota-da. O ambientalista escreveu: “Todos os dias devem ser, para nós, Dia da Árvore e da Paz. Carlos Minc”.

Carlos Minc

_____________ Lícia Curvello

visita e parabeniza o trabalho da LBV

Na oportunidade assistiu a uma apresentação feita pelos estudantes, na qual eles estavam caracterizados como árvores, flores e animais. Ao término da peça, que tinha como foco a conserva-ção do Meio Ambiente, o político ficou emocionado quando os atores mirins ofereceram-lhe uma flor.

Agradecido, ele posou para uma foto com os alunos e no Livro do Coração, no qual os visitantes deixam suas impressões sobre o lugar, escreveu: “Gostei muito do que vi. Carinho, dedi-cação, limpeza, consciência ecológica. Estão de parabéns. ‘Ah, se todos fossem iguais a vocês. Que maravilha!’ Carlos Minc”.

O visitante fez questão de relatar suas impressões: “Fiquei muito bem-impressionado. Encontrei na LBV dedicação, humanidade no trato com as crianças, a consciência ecológica. Todo mundo aqui, as crianças, os professores,

“Fiquei muito bem-

impressionado. Encontrei na LBV dedicação, humanidade no trato com as crianças, a consciência

ecológica. Todo mundo aqui, as crianças, os professores,

adoram a Natureza.”

a essas palavras que sempre trazem re-novação. (Fátima Alves, Palmas/TO)

Dia do RadialistaToda a Família Legionária de Ame-

ricana/SP saúda Paiva Netto pelo Dia do Radialista (21/9). Agradecemos por nos trazer diariamente o Evangelho e o Apocalipse de Jesus, semelhantes ao leite materno, a dar sustância ao filhinho para que se fortaleça, por meio da comunicação, principalmente a Super Rede Boa Vontade de Rádio. Parabéns e desejamos que continue sempre assim, salvando vidas e Almas para Deus, para que com isso sigamos sempre o seu exemplo! (Izabela Caro-line Lobianco, Americana/SP)

Jubileu de OuroParabéns, Paiva Netto, pelo Jubileu

de Ouro, em breve, pela perseverança e coragem para levar ao mundo a palavra de Jesus. Irmão Presidente, não sei viver sem as pregações maravilhosas que o senhor nos dá. Termino estas simples palavras com um forte abraço Legioná-rio. (Yedda Junqueira Domingos, Rio de Janeiro/RJ)

Ações sociais e espirituaisParabenizo o Presidente das Insti-

tuições de Boa Vontade por mais um ano da Super Rede Boa Vontade de Rádio e da Ronda da Caridade. (Lêda Soares Sampaio e família, São Gon-çalo/RJ)

Um abraço de toda Juventude da LBV a José de Paiva Netto pela criação da Super Rede Boa Vontade de Rádio e a certeza de que sempre a LBV atua, cada vez mais, no amparo aos necessitados e abandonados deste imenso país. (Carlos Jaime Morandini dos Santos, Ribeirão Preto/SP)

Eu, Letícia, quero agradecer ao Irmão Paiva Netto por ter criado o Instituto de Educação da LBV. Se não fosse por ele, hoje milhares de crianças não estariam estudando em um lugar tão bom! (Letícia Oliveira Silva Gomes, estudante, São Paulo/SP)

Fotos: Jorge Alexandre

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O velho hábitode demitir treinador

José Carlos Araújo é locutor esportivo da Rádio Globo do

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Coluna do Garotinho

ras dos goleiros e dos zagueiros, a falta de criatividade do meio de campo ou a inoperância dos atacantes? Como querer que ele transforme em craques jogadores de nível duvidoso, contrata-dos aleatoriamente pelos dirigentes?

Dentro dessa lógica ilógica man-tida pelos dirigentes, Celso Roth é demitido do Flamengo em conseqüên-cia dos péssimos resultados do time, mas imediatamente contratado como solução pelo Botafogo, que demitiu Péricles Chamusca após poucos jogos e aproveitamento medíocre.

Esse panorama se repete em todos os Estados. O clube perde, o técnico é despedido por incompetência. E esse mesmo técnico invariavelmente é con-tratado por outro clube, sempre como salvador da pátria. Foi assim com PC Gusmão, que saiu do Botafogo e foi parar no Cruzeiro. Aconteceu com Zetti, com Cuca e muitos outros.

O pior é que sabemos que assim será por muito tempo ainda. Pois é mais fácil para os dirigentes. Porque os treinadores, passivamente, se sujeitam a esse expediente.

Não é à toa que a maioria dos treinadores joga para garantir o emprego. Fora de casa, poucos têm coragem para mandar seus times ao ataque. Ficam entrincheirados na defesa, achando que o 0 x 0 é bom re-sultado. E quando seus times fazem 1 x 0, tratam de reforçar a defesa, desistindo de atacar.

Como diz a sabedoria do tor-cedor, o medo de perder tira a vontade de ganhar. E o medo de perder o emprego conduz a atua-

ções sofríveis e, quase sempre, têm o desfecho esperado: substituição do técnico.

Os treinadores precisam se valo-rizar. Primeiro, mos-trando aos dirigen-tes e torcedores as fragilidades de suas equipes; não pro-metendo resultados que não alcança-rão e, por fim, fa-zendo constar em seus contratos c láusulas que lhes garantam condições d e t r a -b a l h o , c o m o plane-jamento de médio o u l o n g o prazo e elenco de bom nível.

Além disso, é necessário que tenham personali-dade para se impor perante dirigentes, jogadores e torcedo-res. É fundamental desenvolver seus esquemas sem se sentirem pres-sionados, espe-cialmente sem medo de perder o emprego.

Entra ano, sai ano, começa cam-peonato, termina campeonato e continua a pleno vapor a velha prática: se o time vai mal, quem

paga é o treinador, que nem sempre é o responsável pelas derrotas. Mas, se perder duas ou três partidas seguidas, não tem apelação: ele é sumariamente demitido.

Os clubes são todos assim. Como não há planejamento, não existe tempo para que o treinador e sua comissão técnica implantem um esquema de jogo, imponham suas táticas ao elenco. Ou seja, vivemos um falso profissio-nalismo no futebol brasileiro.

Tudo é feito movido pela emoção e pela necessidade de dar uma satisfação ao torcedor. Os dirigentes não assu-mem qualquer culpa quando o time vai mal. A saída encontrada é sempre aquela mais fácil: demitir o treinador e jogar sobre seus ombros toda a culpa, embora ele nem sempre seja o respon-sável pelos maus resultados.

Como atribuir a ele falhas grossei- Dani

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Negro Padre Batista, e o teólogo e ouvidor da PUC/SP, Fernando Altemeyer Junior. “De fato, Dom Paulo é uma marca histórica na cidade de São Paulo e no Brasil. Parabéns a ele. E parabéns à LBV que tem feito um trabalho bonito, de propagar o Ecumenismo de Jesus, que abraça a todos sem discriminar absolutamente ninguém”, afirmou o padre José Enes. E completou o teólogo Altemeyer Junior: “Foi uma homenagem sincera de todas as comunidades e igrejas, também da Legião da Boa Vontade, que nos seus cânticos pôde emocionar a Comunidade Católica no Largo de São Francisco. E que a Legião da Boa Vontade continue sendo uma Legião, quer dizer, unida, com uma Boa Vontade, imensa Boa Vontade; porque pequena vontade não vai mudar o Brasil”.

Dom Paulo Evaristo Arns

Cardeal completa 84 anos e recebe carinhosa homenagem da LBV

_________________ Leonardo Mattiuzzo

com a música Jesus! (poema de autoria do escritor Paiva Netto), interpretada pelo Coral Ecumênico LBV. Logo após, subiu ao altar da igreja e retribuiu com grande carinho a ho-menagem, dedicando a missa de seu aniversário ao Brasil, pedindo “Paz e mais Solidariedade ao

Povo brasileiro”.Na ocasião, o aniversariante foi

presenteado com um belíssimo quadro, lembrança de seu amigo

de longa data, o Presi-dente das Instituições da Boa Vontade, José de Paiva Netto. “Que coisa bonita! Não pode ser mais bonito que isso. Deus lhe pague! Para a Legião da Boa Vontade, um grande abraço” , disse, admirando a emocionante ima-gem representativa da Pesca Milagro-sa.

Quem também prestigiou o evento foi o padre

José Enes de Jesus, do Instituto do

O A r c e b i s p o Emérito de S ã o P a u -lo, Cardeal

Dom Paulo Evaristo Arns, completou no dia 14 de setembro 84 anos de vida. A cerimônia religiosa ocorreu na Paróquia São Francisco de Assis, no centro da capital bandeirante. Nesse mesmo dia, é também comemorada, na liturgia católica, a exaltação da Santa Cruz.

Na abertura, Dom Paulo foi re-cebido calorosamente

Padre José Enes de Jesus Teólogo Fernando Altemeyer

Dom Paulo Evaristo Arns

A Legionária da Boa Vontade Isabel Paes (D) entrega, em nome de

Paiva Netto, a imagem representativa da Pesca Milagrosa a Dom

Paulo. À esquerda, Maria Angela Borsoi, secretária particular do

Cardeal.

O Coral Ecumênico LBV canta em homenagem a Dom Paulo Arns, na Paróquia São Francisco de Assis, em São Paulo/SP.

Fotos: Clayton Ferreira

Destaque

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Não é de conhecimento de todos, mas a artista que mais projetou o nome do Brasil lá fora veio de terras lusitanas. Foi na cida-

de de Marco de Canavezes, em Portugal, sob o signo de Aquário, que nasceu Ma-ria do Carmo Miranda da Cunha — ou, simplesmente, Carmen Miranda —, (1909-1955), que mais tarde embalou o mundo com sua bela voz. Muito além do sucesso, a cantora imortalizou-se como um mito da nossa cultura. E foi a carreira da Pequena Notável que serviu de base para uma conversa com o biógrafo Luiz Fernando Vieira, no programa Samba e História exibido pela Rede Mundial de Televisão — A TV da Educação, da Cultura e da Cidadania Solidária com Espiritualidade Ecumênica!. Ele contou detalhes do início da carreira da cantora, que antes de chegar aos Estados Unidos, em 1939, teve uma longa trajetória de sucesso em nosso País.

Carmen desembarcou no Brasil com um ano e meio de idade e veio acompanhada pela mãe, Maria Emília Miranda da Cunha e pela irmã mais ve-

lha, Olinda. Seu pai, José Maria Pinto da Cunha, era barbeiro e já morava por aqui. Na capi-

tal fluminense, Carmen estudou na escola Santa

Tereza, um colégio de meninas pobres

que ficava no Largo da Lapa. “Aos 13 anos, se dedicou à

moda porque foi aluna de algumas cha-peleiras famosas no Rio de Janeiro/RJ, dentre elas a da minha tia Inês Barcella que tinha um ateliê na avenida Men de Sá”, relata o biógrafo.

A mãe de Carmen Miranda tinha uma pensão no Catete, zona sul do Rio, que era freqüentada por músicos, entre eles Pixinguinha. Certo dia, um dos can-tores que por ali passavam se encantou com a voz de Carmen e disse: “Essa menina vai fazer sucesso”. E, de fato, era a aposta. Luiz Fernando Vieira conta que naquele tempo “chamaram Josué de Barros, compositor famoso, que foi à pensão, gostou do que viu e chamou-a para fazer um show. Como se saiu muito bem, resolveu convidá-la para participar de programas de rádio”.

Josué de Barros a acompanhava no violão, chegou a ensinar-lhe a tocar, entretanto aquela não era a vocação de Carmen. Em parceria com o composi-tor, ela gravou seu primeiro disco. No carnaval de 1931, a Pequena Notável desponta com Se você gostar de mim, uma música de Joubert de Carvalho, conhecida popularmente como Taí.

O sucesso foi tão grande que ela foi convidada a fazer uma peça teatral intitulada Vai dar o que falar, no Teatro João Caetano. Mas nesse espetáculo, Carmen só atuou como cantora. “Em 1931, gravou O carnaval taí que foi um gancho que Pixinguinha e Josué de Barros pegaram do sucesso que ela fez com a música Se você gostar de mim e Amor, amor, também do Joubert de Carvalho”, explica Luiz Fernando Vieira.

Samba e História

O que é que a

Apesar de não ter nascido no Brasil, Carmen Miranda mostrou ao mundo as faces do País.

baiana tem?

O radialista Hilton Abi-Rihan (E), ao lado do biógrafo Luiz Fernando Vieira, durante gravação do programa Samba e História, nos estúdios da Super Rádio Brasil (AM 940 kHz), do Rio de Janeiro. Na Super RBV, o ouvinte pode acompanhar essas entrevistas aos domingos, às 13 ou 19 horas. Pela Rede Mundial de Televisão (RMTV) é exibido aos sábados, às 23 horas. No domingo, o telespectador tem suas opções de horário: às 15 ou 23 horas.

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Fotos: Divulgação

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Logo após, Carmen Miranda iniciou sua turnê internacional, viajando para Buenos Aires, capital argentina, ao lado de feras da música como Francisco Alves, Mário Reis, Lupércio Miranda e seu irmão Tute Miranda. Depois da rica experiência no país do tango, ela estreou no cinema, em 1932, gravando O carnaval cantado no Rio. No ano seguinte, estrelou A voz do Carnaval, ambos por Adhemar Gonzaga, na Ci-nédia (primeiro estúdio cinematográfico do País). Porém o único filme brasileiro em que a cantora trabalhou como atriz foi Estudantes, no qual interpretou a co-nhecida marcha junina Sonho de papel. Na época, já era chamada pelo apelido que o César Ladeira lhe dera: Pequena Notável, um cognome repetido no Brasil inteiro e que se referia à baixa estatura e ao talento da cantora.

Em 1936, Carmen fez uma par-ticipação em Alô, alô, carnaval (um clássico musical dirigido por Adhemar Gonzaga), cantando Querido Adão e Cantoras do rádio. “Essa música é imperdível, porque virou uma marca. Ela de fraque e cartola dourada ao lado de Aurora Miranda cantando: ‘Nós somos as cantoras do rádio’ é lindo!”, rememora o biógrafo.

A presença dela já era, por si só, um sucesso. Seu jeito brincalhão — uma característica bem pessoal — chamava a atenção das pessoas. Em 1972, ela foi tema de desfile da Império Serrano, com o samba-enredo Alô, alô. Taí Carmen Miranda, de Heitor Achiles, Maneco e Wilson Dia, em alusão às músicas que gravou.

Carisma bem brasileiro

Além de cantora, ela arriscava com-por músicas. “Não tinha uma regulari-dade, mas Os Home Implica Comigo é de autoria dela e do Pixinguinha”. Em 1938, Carmen Miranda afasta-se cerca de oito meses dos palcos, abalada com a morte de seu pai. Ao retornar, foi eleita pelos fãs e leitores da revista Fon-Fon como a maior cantora do Brasil. Sua volta às apresentações é acompanha-da de uma história interessante. Luiz

Fernando Vieira conta que “foi nessa mesma época que Carmen começou a cantar no cassino da Urca. Ela se apresentava para os grandes nomes da música mundial”. Àquela altura, não havia uma pessoa conhecida de sucesso no Exterior que não se apresentasse naquele local.

roupa porque sempre foi ligada à Bahia. Pegou a fantasia e estilizou”, narra.

A partir daí, passou a vestir-se de baiana, usar turbantes feitos por ela, colocando, às vezes, adereços de bana-nas ou abacaxis. “O curioso é que para completar a fantasia ela usava saltos de 15 a 20 centímetros. Ela media 1,50 metro. Isso mostra o gingado perfeito da artista, porque mesmo sobre um salto de 15 centímetros ninguém pensa numa Carmen Miranda estática. E usava cada parte do seu corpo para transmitir mu-sicalidade”, diz o biógrafo.

Em suas apresentações no Exterior, mostrou o Brasil das frutas, do ritmo agitado e das belas praias. Carmen também ajudou, de certa forma, no surgimento de alguns artistas. “Dorival Caymmi, ainda garoto no Rio de Ja-neiro, iniciou sua carreira cantando ao lado dela O que é que a baiana tem?”. Outra parceria que gerou ótimos resul-tados ocorreu com Carmen e a Banda da Lua. O carisma natural da cantora, somado às ótimas oportunidades que lhe surgiam, graças a seu esforço e dedicação, resultou numa carreira cheia de sucessos. O que é que a baiana tem? Vocação para brilhar!

Em um desses espetáculos, o fa-moso diretor e ator Tyrone Power e sua namorada, Ana Bella, estavam assistindo ao show de Carmen Miranda. Encantada com a bela voz da cantora, Ana a presenteou com um vestido de baiana. “Ela achou superinusitada aquela

O carisma natural da cantora, somado às

ótimas oportunidades que lhe surgiam, graças a seu esforço e dedicação, resultou numa carreira

cheia de sucessos. O que é que a baiana tem? Vocação para brilhar!

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pela sociedade e pelo setor privado, no intuito de erradicar a pobreza no mundo”, explica o chefe da Seção de ONGs do Departamento, Paul Hoeffel.

Afiliada ao DPI desde 1994 e com status consultivo geral no Con-selho Econômico e Social da ONU (Ecosoc), a Legião da Boa Vontade participou do comitê executivo da conferência. Além de ajudar na or-ganização, a LBV foi convidada a integrar a programação oficial, apre-sentando seu trabalho de divulgação e implementação dos ODMs. Com o tema “Sociedade Solidária” (tese pioneira do educador Paiva Netto), a Instituição compartilhou, com o grupo que lotava o salão GA37, sua experiência de 55 anos em ações socioeducacionais e seu trabalho internacional em rede com diversas

O Departamento de Infor-mações Públicas (DPI) da Organização das Nações Unidas (ONU) promoveu

de 7 a 9 de setembro, em Nova York, a 58ª Conferência Anual de ONGs com o tema “Nosso desafio: Vozes pela Paz, parcerias e renovação”. O encontro reuniu 2.700 Organizações Não-Governamentais, de 125 dife-rentes países, com a meta de fortale-cer o compromisso da sociedade civil no cumprimento dos Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), a serem alcançados até 2015. “Foi um momento muito especial, por ser o quinto ano depois que os 190 países-membros declararam os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Essa conferência está avaliando os progressos realizados e os não atingidos por governos,

Nações Unidase a sociedade

LBV participa de Encontro Internacional de ONGs, em Nova York.

A LBV representou a América Latina no painel que reuniu palestrantes de cinco continentes.

_________________Danilo Parmegiani

O workshop da LBV chamou a atenção de inúmeros representantes de ONGs que prestigiaram a palestra que enfocou a Sociedade Solidária.

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Paul Hoeffel, Chefe da Seção de ONGs do DPI/ONU, ladeado pelos Legionários Danilo Parmegiani (E) e o Dr. Pedro de Paiva.

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outras organizações.Esta apresentação re-

alizada pela LBV foi destaque na Rádio da ONU com versão em português. A reportagem sobre o evento e a entre-vista com a Instituição foram publicadas no site oficial das Nações Uni-das e reproduzidas em dezenas de emissoras nos países de Língua Portuguesa. No Brasil, foi ao ar pela Radiobrás, Jovem Pan, Bandeirantes e pela Super Rede Boa Vontade de Rádio (www.redeboavon-tade.com.br).

No encontro internacional de ONGs, os participantes trocaram informações e experiências. Perso-nalidades presentes receberam os cumprimentos fraternos da LBV, a exemplo do Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, e de sua atuante mulher, Nane Annan; e o Subsecre-tário Geral das Nações Unidas para Comunicação e Informações Públicas, Shashi Tharoor. A ganhadora do Prê-

Shirin EbadiO Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e sua atuante mulher, Nane Annan.

Da esq. p/ a dir., Pedro de Paiva, Bárbara Valacore e Steve Nation (The Lifebridge Foundation), May

East (Global Ecovillage Network) e Silvia Vitro (LBV). Ao serem cumprimentados pelos representantes da Legião da Boa Vontade, Bárbara e Steve lembraram

com satisfação da recente visita que fizeram ao Templo da Paz, em Brasília/DF.

mio Nobel da Paz em 2003, Shirin Ebadi, não apenas recebeu a revista Sociedade Solidária, da LBV, como mandou uma mensagem de Paz por meio da Super Rede Boa Vontade de Comuni-cação. “Espero que o Povo brasileiro possa sempre viver em Paz, livre do medo e da intimidação que os caminhos

da violência impõem”, disse a irania-na, ativista internacional dos Direitos Humanos.

Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio precisam ser cumpridos até 2015. Acabar com a fome, a miséria, as doenças, os desmata-mentos e todos os demais desafios só poderão ser superados pelos go-vernos mundiais se houver também o engajamento e o apoio da sociedade civil, conforme defende Paul Hoeffel: “Precisamos de toda a colaboração possível, e as ONGs estão aí para nos ajudar, elas têm os recursos, as pes-soas e a vontade. Essa Boa Vontade é a de que precisamos”, afirmou.

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A representante da LBV na ONU, Conceição Malaman, entrega a revista Sociedade Solidária ao Subsecretário-Geral das Nações Unidas para Comunicação e Informações Públicas, Shashi Tharoor.

Acontece no Mundo

O ator e produtor de Hollywood, Michael Douglas, também nomea-do pela ONU como mensageiro da Paz, palestrou no evento e mandou uma mensagem especial ao Brasil pela Rede Boa Vontade de Comuni-cação. “Hoje é um dia muito especial para todos nós. Espero que essa ambiência de Paz se propague também para o Brasil. Meu obri-gado pela LBV estar aqui”, disse. Na ocasião, ele foi cumprimentado por representantes da Instituição e agradeceu por ter recebido a re-vista Sociedade Solidária, versão em inglês, do escritor Paiva Netto.

manda mensagem de Paz para o Brasil por meio da LBV

Michael Douglas

Na primeira foto, Michael Douglas com sua bela esposa, a atriz Catherine Zeta-Jones; na segunda, Douglas recebe do representante da LBV no evento, Danilo Parmegiani, a revista

Sociedade Solidária; no destaque, concedendo entrevista à Rede Mundial de Televisão.

Elie Wiesel

Jane Goodall

Dia Internacional da Paz na ONU

Em 21 de setembro, a sociedade civil organizou um importante encontro na sede das Nações Unidas, em Nova York, para comemorar o Dia Internacional da Paz, uma data que foi primeiramente estabelecida em 1981, por meio da Resolução 26/67 da Assembléia Geral da ONU e sempre coincidia com a data de abertura de cada sessão nos meses de setembro.

Mais tarde, para fortalecer a come-moração anual, em 2001 fixou-se o 21 de setembro como o dia da não-violência e do cessar fogo. O Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, convocou todos os países a ficarem 24 horas de vigilância pela Paz, num cessar- fogo mundial. O Dia Internacional da Paz vem seguir a súmula especial dos Chefes de Estado na sede da ONU, que ocorreu entre os dias 14 e 16 de setembro e tratou de diversos temas, entre eles, desenvolvimento, segurança e direitos humanos.

Na programação da ma-nhã, o Prêmio Nobel da Paz, escritor e pensador Elie Wie-sel, trouxe sua mensagem no campo dos direitos humanos. “O Brasil, como qualquer outro país, precisa sempre de Paz e agora mais do que nunca”, afirmou Wiesel à Super Rede Boa Vontade de Comunicação.

Outra palestrante a se apresentar foi Jane Goo-dall, nomeada mensagei-ra da Paz em 2002 pela ONU, conhecida mundialmente pelo trabalho que desenvolve com chim-panzés, na Tanzânia, na descoberta de doenças. Para Goodall, “estamos vivendo em um mundo de guerras e violência. Mas há muito mais pessoas usando a voz para com-batê-las. Portanto, acho que meios de comunicação como os da LBV são um incentivo para começarem

a conversar sobre os problemas em seus paí-ses para se ter a Paz. A maioria delas clama pela Paz, ora por ela e trabalha por comunidades mais unidas. E esse dia virá para o mundo inteiro e com as crianças que irão trabalhar pela Paz”.

Sobre a criação do Dia Internacional da Paz, o Subsecretário Geral das Nações Unidas para Co-municação e Informações Públicas, Shashi Tha-roor, lembrou que “um dia nunca é o suficiente, mas esperamos que este seja o início a partir do

qual possamos ter Paz no mundo inteiro”.

O ator e produtor de Hollywood, Michael Douglas, também nomeado pela ONU como mensageiro da paz, palestrou no evento e mandou uma mensagem especial ao Brasil pela Rede Boa Vontade de Comunicação (boxe acima). Todos foram cumpri-mentados pelos representantes da

Legião da Boa Vontade nos Estados Unidos e agradeceram por terem recebido a revista Sociedade Soli-dária, versão em inglês, do escritor Paiva Netto.

A Legião da Boa Vontade, que nasceu sob o dístico do coração azul e os dizeres: “Paz na Terra aos Ho-mens e Mulheres de Boa Vontade”, participou da cerimônia que marca a passagem de tão importante data, levando sua mensagem de Paz, Fraternidade e de Ecumenismo Irrestrito.

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Ai nda em se t embro , a Legião da Boa Vontade representou os brasilei-ros nas ruas da maior

cidade estadunidense, durante o Desfile de La Hispanidad 2005, organizado pela Queens Hispanic Parade. Há 29 anos, o evento tem como objetivo mostrar a força da comunidade hispânica nos Estados Unidos e ressaltar a cultura latino-americana.

A tradicional estampa de Jesus seguiu à frente de um pelotão formado por voluntários que con-tribuem, há anos, com as ações socioeducativas da Instituição nos EUA. Também compuseram o des-file bandeiras do Brasil, da Legião da Boa Vontade, dos Estados Uni-dos, da Organização das Nações

Desfile de

A LBV representa o Brasil em Nova YorkLa Hispanidad 2005__________Elias Paulo

Unidas (ONU) — órgão no qual a LBV possui status consultivo ge-ral em seu Conselho Econômico e Social —, além dos estandartes dos países onde a Obra está presente, a exemplo do Uruguai, Paraguai, Bolívia, Argentina e Portugal.

Segunda a desfilar, a Instituição carregou faixas com mensagens alusivas à Paz. Uma delas chamou bastante atenção do público, pois registrava em espanhol: “Que Jesus abençoe todos os Povos do mundo”. Também foi destaque o recado da Legião da Boa Vontade em favor da Paz e em agradeci-mento ao povo hispano, pela ajuda concedida à Instituição. O evento foi realizado no Jackson Higths, na 37th Avenue desde a 69 St. até a 89 St., no condado do Queens.

Os vários momentos do Desfile de La Hispanidad em que a LBV foi destaque

Fotos: Eliana Gonçalves

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Durante a 21ª edição do Brazilian Day, o ParlaMundi da LBV premia expoentes do Brasil nos Estados Unidos da América.

Solidariedade brasileira em

Nova York

Especial

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Durante a 21ª edição do Brazilian Day, o ParlaMundi da LBV premia expoentes do Brasil nos Estados Unidos da América.

Solidariedade brasileira em

Nova York Comenda da Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica,

criada pelo Diretor-Presidente da LBV, Paiva Netto.

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Especial

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2005 ao primeiro agraciado, o jorna-lista Amauri Soares, Diretor Exe-cutivo da Globo Internacional. A cantora Fafá de Belém, considerada a intérprete da mais bela versão do Hino Nacional Brasileiro e grande símbolo da história democrática do País, também recebeu a home-nagem da Legião da Boa Vontade. Outra personalidade a receber a premiação foi o dedicado apoiador da comunidade brasileira em Nova

York, Padre Amarillo Checon, da Diocese do Brooklin, bair-ro da Big Apple.

Na cerimônia, o dirigente da LBV foi representado pelo advogado Pedro de Paiva. Convidado ao microfone, ele lembrou à multidão presente os propósitos da Comenda da LBV. “A Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica, criada por Paiva Netto, visa à construção de uma Socie-dade Solidária. Ressalta a pureza de coração de tantos

que atuam no mundo pelo bem comum”, resume.

A festa brasileira e a entrega da Comenda da LBV foram destaque na imprensa pelo mundo. A Globo Internacional exibiu o evento por diversas vezes para mais de 46 paí-ses e ainda destacou a premiação da Legião da Boa Vontade no programa Planeta Brasil, em duas exibições. O assunto virou notícia nos jornais The BrasilianS, Brazilian Voice, Brazilian Press, Luso-Americano, no site www.bizado.com, além da Super Rede Boa Vontade de Co-municação.

A 21ª edição do Brazilian Day pintou Nova York de verde-e-amarelo. Um dos maiores festivais de rua

em Manhattan celebrou a Indepen-dência do Brasil numa área superior a 25 quarteirões. Na 6ª Avenida com a Rua 46 (conhecida como Little Brazil), o palco principal da festa reuniu artistas, duplas sertanejas e grupos musicais brasileiros. Pelo segundo ano consecutivo, a Legião da Boa Vontade foi convidada a participar da p rogramação oficial, exaltan-do o espírito de Solidar iedade daqueles que re-presentam exem-plos de trabalho e dedicação ao próximo, quali-dade singular do brasileiro.

A Comenda da Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica, criada pelo Diretor-Presidente da LBV, José de Paiva Netto, foi entregue no palco do festival diante de um milhão de pessoas. “A Legião da Boa Vontade coroa a festa do Brazilian Day com um brilho especial de Solidarieda-de”, comentou Edilberto Mendes, editor-chefe do jornal The Brasi-lianS e coordenador do evento.

O empresário João de Matos, um dos responsáveis por organizar o acontecimento e homenageado pela edição da Comenda da LBV no ano passado, fez a entrega da láurea em

1 - Momento de grande emoção na execução dos hinos: Nacional Brasileiro e Norte-americano.2 - A cantora Fafá de Belém (E), o empresário João de Matos (C) e o ator André Marques (D), que segura a Comenda do Parla-Mundi da LBV, entregue à cantora.3 - No palco do evento, recebendo a Comenda da LBV, o Pe. Amarillo Checon (C), ao lado do editor-chefe do jornal The Brasi-lianS, Edilberto Mendes (E) e o Dr. Pedro de Paiva, representante de Paiva Netto no evento.4 - O empresário João de Matos (C) faz a entrega da Comenda da Ordem do ParlaMundi da LBV ao jornalista Amauri Soares (E), Diretor Executivo da Globo Internacional, e o Dr. Pedro de Paiva.5 - A dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó também se apresentou com sucesso no palco do Brazilian Day.6 - Da esquerda para a direita, os artistas Felipe Dylon, Viviane Victorette, Daniela Escobar, Luigi Baricelli e Thiago Lacerda.7 - A multidão superlota as ruas nova-iorquinas em homenagem ao Brasil.8 - No palco, o Grupo Araketu, no instante de sua apresentação.

A Jovem Legionária Sâmara Malaman e o ator Eri Johnson,

ambos com a revista Sociedade Solidária.

Thiago Lacerda com a

revista Sociedade Solidária

Padre Amarillo Checon (E), a cantora Fafá de Belém e o Dr. Pedro de Paiva.

O jornalista Amauri Soares, Diretor Executivo da Globo Interna-

cional, ladeado pelos Legionários da Boa Vontade Dr. Pedro de Paiva (E) e Danilo Parmegiani.

Da esq. p/ a dir., Eliane Maria, a jornalista Patrícia Poeta, Conceição e Mariana Mala-man e Silvia Vitro.

Fotos: Orlando Norberto, Eliana Gonçalves, Mariana Malaman e Equipe The BrasilianS.

________________Danilo Parmegiani

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Especial

Alerta para o mundo

A opinião dos homenageados pela Comenda da Legião da Boa Vontade, na edição de 2005, foi unânime em valorizar a Solidarie-dade. Mesmo com o pé quebrado, lesão causada por um acidente, Fafá de Belém marcou presença na festa e expressou a alegria de ser premiada. “Fico muito feliz com a iniciativa da LBV. Isso não é para mim, é para todos nós que acredi-tamos ser possível servir e que o

carinho, o meu grande abraço. (...) E continuem esse trabalho que é lindíssimo. Se nós tivéssemos 5, 6 ou 10 iguais à LBV, com certeza, teríamos menos diferença social no Brasil”.

Para Amauri Soares, Diretor Executivo da Globo Internacional, esse prêmio soa como um alerta para o mundo. “A gente fala tanto em globalização, as pessoas discu-tem muito o assunto, sempre na ótica do dinheiro, do lucro. Não vejo as pessoas discutindo globalização do ponto de vista humano, que é o que devia ser o primordial (...). Então quando eu vejo vocês sempre ba-tendo nessa tecla da Boa Vontade, da Solidariedade, acho que é um chamado para isso. A gente não pode pensar em um mundo sem pessoas, em globalização sem humanização. Eu recebo também essa lembrança da LBV como um chamado para a gente olhar, militar, e não deixar nunca esse assunto ficar em segundo plano.” O jornalista ficou honrado por receber o prêmio e registrou mensagem ao criador da Comenda: “O meu respeito e o meu abraço ao Paiva Netto”.

O Padre Amarillo Checon de-dicou o preito aos brasileiros que deixaram o País e partiram rumo às terras norte-americanas. “Esse prêmio não é meu. É dos imigrantes, esses brasileiros que deixam o Brasil

com muita coragem para encontrar aqui nos Estados Unidos uma vida melhor”. O religioso enfatizou a luta para o bem-estar dos Seres Hu-manos e, nesse contexto, afirmou que a Legião da Boa Vontade é um grande exemplo. “Dou os parabéns pelo trabalho que a LBV faz. (...) A Humanidade está numa crise muito grande. Acredito que nós precisamos de todos os esforços das pessoas de Boa Vontade e, por isso, considero a LBV realmente a linha de frente dessa batalha”, frisou.

Na história da Comenda do ParlaMundi da LBV, um prêmio instituído em 1996 por Paiva Netto, já foram agraciadas personalidades internacionais pela sua atuação hu-manitária. Nomes como Kofi Annan, Dalai Lama, Mário Soares, Edson Arantes do Nascimento (Pelé), Oscar Niemeyer, dentre outros, compõem a galeria de condecorados.

“É um prazer muito grande receber esse troféu (...). A todos

os amigos que fazem essa grande Legião realmente da Boa Vontade, o meu melhor carinho,

o meu grande abraço. (...) E continuem esse trabalho que é lindíssimo. Se nós tivéssemos 5, 6 ou 10 iguais à LBV, com

certeza, teríamos menos diferença social no Brasil.”

Fafá de Belém, cantora.

dom que nos dá, não se compra”, diz Fafá. Para a cantora, “é um prazer muito grande receber esse troféu”. Ao término da entrevista, desejou “a todos os amigos que fazem essa grande Legião realmen-te da Boa Vontade, o meu melhor

“Não vejo as pessoas discutindo globalização do ponto de vista humano, que é o que devia ser o primordial (...). Então quando eu vejo vocês sempre batendo nessa tecla da Boa Vontade, da Solidariedade, acho que é um

chamado para isso.”Amauri Soares, Diretor Executivo da

Globo Internacional

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Já é tradição a presença da Legião da Boa Vontade com um estande na Rua 46, área central da fes-tividade. Voluntários da LBV

nos Estados Unidos apresentaram o trabalho da Obra, desde sua fundação, há 55 anos, dos quais 19 deles dedica-dos à comunidade estadunidense. Os visitantes puderam conferir também a ação da LBV em países da América Latina e Europa. Ao tomarem conhe-cimento das relevantes iniciativas, muitos deles contribuíram com dona-tivos à Instituição. Quem passou por lá pôde comprar, em primeira mão, o lançamento do escritor Paiva Netto, As Profecias sem Mistério, edição revista e ampliada pelo autor.

Nos Estados Unidos, a Organiza-ção atua em parceria com as Nações Unidas desde 1994, no Departamento de Informações Públicas (sigla em inglês de DPI) e possui status consul-

Estande da LBV

tivo geral no Conselho Econômico e Social da ONU (Ecosoc) — o que lhe confere o direito de participar das reu-niões decisórias desse Órgão. A LBV dos EUA — Legion of Good Will — localiza-se na 20 Calumet Street, 1st Floor, Newark/NJ, tel.: (973) 344-5338. Para outras informações, basta acessar o site www.lbv.org.br ou en-trar em contato pelo e-mail [email protected].

é sucesso no Brazilian Day

A jornalista Patrícia Poeta com seu marido Amauri Soares

Chitãozinho e Xororó e a Legionária Eliana Gonçalves

“Dou os parabéns pelo trabalho que a LBV faz. (...) A Humanidade está numa crise muito grande. Acredito que nós precisamos de todos os esforços das pessoas de Boa

Vontade e, por isso, considero a LBV realmente a linha de frente

dessa batalha”.Padre Amarillo Checon

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tudo é Brasil!”No Brasil, o 7 de Setembro

contou com a mesma ani-mação de todos os anos. Em São Paulo/SP, o público

lotou o sambódromo do Anhembi e cantou com o Coral Ecumênico LBV o Hino Nacional Brasileiro, ato que deu início à cerimônia oficial da In-dependência. Muito aplaudido, o Coro — formado por crianças e jovens que participam de atividades socioeduca-cionais da Instituição — foi acompa-nhado pela Banda do Exército.

Pelas cinco regiões do território na-cional, a Legião da Boa Vontade levou para a avenida uma representação dos pequeninos atendidos e a tradicional estampa de Jesus, num pedido pela Paz Mundial. O Desfile Cívico-Militar na capital paulista teve a participação

“Força Armada e civil,do contingente do Exército, Marinha, Aeronáutica e de instituições que atuam no local, a exemplo da LBV. Alunos do Instituto de Educação José de Paiva Netto e voluntários da Obra levaram faixas com dize-res das Campanhas Educativas da Instituição.

Cláudio Lembo, vice-Governador do Estado de São Paulo, assistiu ao desfile no palanque do evento. Em entrevista, comentou a personalidade solidária do Povo brasileiro e, nesse contexto, parabenizou a Legião da Boa Vontade. “Sou grande amigo da LBV. Acho um trabalho lindo, esfor-çado, solidário, que orienta as pessoas. Portanto, vocês estão de parabéns e eu tenho muita alegria, sempre, de visitar a LBV e ver que cada vez mais as

ações se ampliam, dando maior apoio à juventude”, disse.

O vice-Prefeito de São Paulo, Gil-berto Kassab, também manifestou-se quanto às iniciativas da Instituição. Para ele, “o trabalho da Legião da Boa Vontade é conhecido por todos os brasileiros e a participação da LBV nesse desfile só o tornou mais gran-dioso e, evidentemente, todos nós, administradores públicos, queremos ter a LBV ao nosso lado, ajudando a governar as nossas cidades, os nossos Estados e o nosso País”.

Ministro do STJ reconhece trabalho da LBV

Mesmo debaixo de chuva, as co-memorações atraíram muitas pessoas

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A exemplo do ocorrido em anos anteriores, o Coral Ecumênico LBV abriu a cerimônia oficial do Desfile de 7 de Setembro, em São Paulo/SP.

______________Rodrigo Oliveira

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no Rio de Janeiro/RJ. O evento teve início com o acendimento do Fogo Simbólico da Pátria, seguido por uma salva de 21 tiros. Assistindo ao desfile, o Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Sere-níssimo Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro, Dr. Waldemar Zveiter, destacou o trabalho promovido pela Instituição. “Eu recebo a revista BOA VONTADE com muito ca-rinho, porque tive o privilégio e o prazer de conhecer o querido Irmão Alziro Zarur (1914-1979), como te-nho o prazer de conhecer e admirar o nosso Irmão Paiva Netto”, frisou o Ministro que confessa gostar muito do Templo da Boa Vontade, locali-zado em Brasília/DF.

O Dr. Zveiter aproveitou para dizer que “é graças ao exemplo e pela atitude de Solidariedade com os semelhantes que vamos fazer um grande país, o chamado ‘país do futuro’, pertencendo a uma mesma e única Humanidade, sem distinção de fronteiras, de raça, de cor, sem nenhum tipo de discriminação. Nós somos absolutamente a favor da Paz e do progresso social. A LBV está de parabéns!”.

Boa Vontade nos desfiles pelo Brasil

Em Porto Alegre/RS, a Legião da Boa Vontade foi bastante aplaudida nas comemorações da Independên-cia. O tema do desfile de 2005 foi

tudo é Brasil!”

“É graças ao exemplo e pela atitude de Solidarie-dade com os semelhantes

que vamos fazer um grande país, o chamado ‘país do

futuro’, pertencendo a uma mesma e única Humanida-de, sem distinção de fron-teiras, de raça, de cor (...). A LBV está de parabéns.”

Dr. Waldemar Zveiter, Ministro do STJ.

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“Cidadania: Deveres e Direitos”. O escritor gaúcho Erico Verís-simo (1905-1975) foi homenageado pelo seu centenário de nasci-mento, com o título: “Educar é ler, conhecer e amar o Brasil”.

Na capital capixaba, o evento ocorreu em uma das paisagens mais lindas de Vitória, a Orla de Camburi. O Governador do Estado do Espírito Santo, Paulo Hartung, parabenizou a LBV, todos os componentes do desfile e, em especial, as crianças atendidas pela Obra na cidade. Para o Ten. Cel. José Otávio Gonçal-ves, Comandante do 38º Batalhão de Infantaria, sediado no Estado do Espírito Santo, é importante que o Povo brasileiro e as organizações resgatem esse sentido de patriotismo que o encontro representa “e a Legião da Boa Vontade faz isso muito bem. Parabéns à LBV!”.

No Paraná, a Instituição esteve presente na homenagem à Pátria em Curitiba e Londrina. Na capital do Estado, a passagem dos voluntários da Obra foi saudada pelo público, em especial, no momento em que realizaram uma evolução, segurando a tradicional estampa de Jesus. Única instituição beneficente a participar do acontecimento em Londrina, a LBV levou para a avenida os meninos e meni-nas contemplados com as ações da Obra e alunos dos cursos de Capacita-ção Profissional.

Na c idade de Uberlândia/MG, uma representação de ido-sos atendidos pelo Lar Alziro Zarur fez parte das comemora-ções do 7 de Setembro. Ainda no Triângulo

“O trabalho da Legião da Boa Vontade é conhecido por todos os brasileiros e a parti-cipação da LBV nesse desfile só o tornou mais grandioso e, evidentemente, todos nós,

administradores públicos, queremos ter a LBV ao nosso

lado, ajudando a governar as nossas cidades, os nossos

Estados e o nosso País.”Gilberto Kassab, vice-Prefeito da

cidade de São Paulo.

“Sou grande amigo da LBV. Acho um trabalho lindo, esforçado, solidário, que

orienta as pessoas. Portanto, vocês estão de parabéns e eu tenho muita alegria, sempre,

de visitar a LBV e ver que cada vez mais as ações se

ampliam, dando maior apoio à juventude.”

Cláudio Lembo, vice-Governador do Estado de São Paulo.

Mineiro, em Uberaba, um pelotão formado por meninos e meninas assistidos pela LBV na cidade chamou a atenção do público. Com bexigas brancas e bandeiras da LBV e do Brasil, eles pediram pela Paz Mundial. Também com o tempo

chuvoso, os presentes as-sistiram de perto à passa-gem do pelotão representa-tivo da Obra pela Avenida Conde da Boa Vista, local dos desfiles em Recife/PE. Durante a apresentação, a jornalista Jannaina Lima, do Informativo Cultural de Pernambuco (ICP), comen-

tou: “Quando o comunicador estava lendo o Histórico da LBV, enfatizou bastante os 55 anos. Para mim, ele falou com grande entusiasmo so-bre a Instituição. Isso demonstra o agradecimento do Povo aos serviços prestados pela LBV ao Brasil”.

Pelo 16º ano consecutivo, a Legião da Boa Vontade marcou presença no desfile cívico em Sal-vador. Desta vez, o convite partiu da 3ª Sessão do Estado Maior da 6ª Região Militar e a Obra levou para a avenida as crianças que participam das Aulas de caratê, capoeira e Moral Ecumênica, além de Vovôs e Vovós do Grupo Maturidade Plena.

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Paulo Hartung, Governador do Espírito Santo.

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criar uma especialidade para atender à demanda de crianças com dificuldade na aprendizagem.

Neide Noffs, também Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (USP), assevera que a partir des-sa época passou a ser observado o êxito no trabalho de professores particulares, que davam aula individualmente. “E por que a criança ia bem ali e não na classe? Dessa situação de professora particular, posteriormente chamada de reeducadora, constatou-se que ela rea-lizava trabalhos específicos. Aí surgiu uma questão, denominada no Brasil de Psicopedagogia: ação entre o ato de ensinar e o ato de aprender”.

No livro Psicopedagogo na Rede de Ensino, publicado pela Editora Elevação, a educadora dá um caráter ainda mais especial a essa nova área. Ela apresenta um conceito inovador, que reafirma a necessidade de o docente não ser apenas um protagonista na vida do aluno e sim um autor desenvolvendo conceitos. “O ator tem de seguir exa-tamente o personagem, do jeito que alguém o idealizou. (...) Os professores são atores de uma cena escolar na qual eles fazem aquilo que a escola quer que façam. Com o passar do tempo ele passa para o papel de autor e aí sim tem uma responsabilidade diferente”.

Neide Noffs alerta para o fato de que algumas escolas não estão prepa-radas para atender essa nova geração de crianças e jovens bem-informados.

Novos profissionais se destacam para ajudar seu filho na escola

Notas baixas são um indicati-vo de que alguma coisa não vai bem na rotina escolar da criança. E quando isso é

diagnosticado você pode precisar da ajuda de um especialista. Muitos pais desconhecem, mas existe uma pro-fissão específica que visa melhorar a aprendizagem dos seus filhos, conheci-da por Psicopedagogia. Implementada no Brasil há cerca de 30 anos, essa área da Educação pressupõe que todos têm o direito e potencial para aprender.

“Crianças que estão na sala de aula são diferentes uma das outras, possuem variadas oportunidades sociais. Algu-mas aprendem com facilidade o que ou-tras não assimilam tão rapidamente. Por essa razão, estudamos o processo de aprendizagem na escola”, define Neide Noffs, vice-diretora da Faculdade de Educação da PUC/SP e coordenadora do curso de Psicopedagogia.

Antes de se configurar essa área da Educação, meninos e meninas que não tinham bom desempenho escolar eram encaminhados para o consultório médi-co. Lá passavam por exames e, segundo Neide, a maioria deles não apresentava problemas do ponto de vista físico. “Então, o Doutor encaminhava para o serviço social identificar se a criança tinha alimentação suficiente. Se nada fosse registrado, a criança seguia para análise de um psicólogo, ou para o neurologista”.

Daí surgiu a necessidade de se

“Quando (a criança) começa a manifestar cansaço, não quer ir

para a escola, começa a atrasar muito o ritmo de fazer lição, é o melhor

momento de interferir.”Neide Noffs

Doutora em Educação, na área de Didática, pela USP.

Educação

Psicopedagogia

Brincandoe aprendendo

Fotos: Daniel Trevisan

______________Rodrigo Oliveira

Fac-símile do livro Psicopedagogo na Rede de Ensino, de Neide Noffs, lançado pela Editora Elevação.

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Em alguns casos, o ambiente escolar é o único em que adolescentes podem se expressar e opinar a respeito de temas de interesse geral. Na opinião da edu-cadora “muitas instituições de ensino ainda estão num modelo tradicional em que a única expressão é a escrita. Até hoje existe um descompasso entre a escola e o adolescente. (...) Alguém agüenta 50 minutos ouvindo coisas que não são do seu interesse?”, questiona Neide, reafirmando a necessidade de o corpo docente conhecer mais o perfil do adolescente e características que o cercam.

Alternativas

Um dos caminhos que a educadora aponta para que as escolas obtenham êxito no desempenho dos alunos é a criação de brinquedotecas. “É um espaço em que a criança tem opor-tunidade de brincar. (...) Ela brinca, muitas vezes, sem utilizar brinquedos, através de objetos imaginários. Na verdade esse espaço — inclusive obri-gatório em todo hospital —, chamado brinquedoteca, tem locais específicos onde os brinquedos são classificados por idade”.

Neide explica que estes espaços ain-da podem contar com obras literárias.

“Brincar não é só com brinquedos. Eu tive a oportunidade de estar na Espanha e lá o brincar inclui principalmente ler. Por isso que no hospital se fala em brin-quedoteca, não para brincar de futebol, de jogos muito dinâmicos, mas para ter a oportunidade de distrair-se”.

Ela toma como exemplo os espaços lúdicos disponíveis para as crianças que estudam nas escolas mantidas pela Legião da Boa Vontade. “Eu tenho a brinquedoteca da LBV como referência para os meus estudos. Estive aqui com outras pessoas, e destaco que nesta brin-quedoteca tem espaços variados, inclusi-ve para a música. Então eu gosto muito porque segue todo o caráter correto da brinquedoteca”, ressalta a escritora.

A educadora sugere alguns pon-tos para melhorar o aprendizado da criança. “O professor precisa de uma formação continuada por melhor que seja o curso inicial dele. Ele não vai dar conta das coisas que estão ocorrendo na atualidade. (...) Hoje há um número muito grande de meninos e meninas na escola. E não só a quantidade, como a diversidade. As pessoas não são semelhantes. Não há pessoas iguais no mesmo bairro. Então eu acho que a formação, ela só tem sentido se for continuada”.

Aos pais, Neide Noffs aconselha dar mais atenção às crianças. Para ela, o processo de relação entre pais e filhos pode ser compreendido em duas etapas. “Devem dar afeto, moradia, apoio e cobrar do professor a escolaridade. Na conversa com o professor eles podem dividir tare-fas”, sugere. Na segunda etapa, ela indica que “os pais possibilitem um espaço para o brincar ou, simplesmente, não impeçam que a criança brinque na própria casa”. Além das notas baixas, os pais devem ficar atentos a outros pontos. “Quando (a criança) começa a manifestar cansaço, não quer ir para a escola, começa a atrasar muito o ritmo de fazer lição, é o melhor momento de interferir porque, como diz o ditado popular, ‘prevenir é muito melhor do que remediar.’”

“Eu tenho a brinquedoteca da LBV como referência para os meus estudos. Estive aqui

com outras pessoas, e destaco que nesta brinquedoteca tem

espaços variados, inclusive para a música. Então eu gosto muito

porque segue todo o caráter correto da brinquedoteca.”

Brinquedotecas da LBV: uma forma de aprender brincando.

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a capital da alegriaRecife

Turismo

Fotos: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Recife.

______________Débora Verdan

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A cada passo, uma nova desco-berta. Em cada esquina um pouco de história. Assim é Recife, portal de entrada para

um dos litorais mais bonitos do Nordeste brasileiro. Ela surgiu em 1537. Logo após a povoação de Arrecifes, como era conhecida, foi transformada num ponto importante de Olinda, sede do governo da capitania. Quando os holandeses chegaram a Pernambuco, fizeram de Recife a capital.

Os rios Capibaribe e Beberibe cor-tam o centro e os subúrbios, dando à cidade um panorama de extraordinária beleza. É igualmente famosa por suas pontes sobre os rios e canais e por isso é também chamada de “Veneza brasilei-ra”. Exagero? Não! Só no centro existem quase 10 pontes.

Um passeio a pé pelo Recife Antigo é uma viagem ao passado, rememorado

por construções seculares. A Capela Dourada e o Forte de Cinco Pontas são exemplos, além da antiga penitenciária, hoje transformada num centro cultural popular, e a Casa da Cultura, onde se comercializa todo tipo de artesanato. As antigas celas foram transformadas em “lojinhas”. É possível ainda almoçar lá, em um dos restaurantes, e apreciar a cultura recifense nas exposições e apresentações folclóricas que ocorrem regularmente.

No centro, vale a pena uma aten-ção especial à Praça da República, antiga Praça da Honra da Província. As palmeiras imperiais, os centenários

baobás, o Palácio do Governo de 1814, o Liceu de Artes e Ofícios, o Palácio da Justiça e o Teatro Santa Isabel, de 1850, completam o entorno desse complexo arquitetônico.

Mais afastados do centro, há outros pontos turísticos significativos. Na Várzea, está localizado o Museu Oficina Cerâmica de Francisco Brennand, que abriga pelo menos 2.000 esculturas. Outro lugar que merece ser visitado é o Museu do Homem do Nordeste, cujo acervo permite conhecer a cultura e a arte popular.

Os ritmos da cidade são marcantes! O frevo, o maracatu, o xaxado, as festas, os Bacamarteiros e as Cavalhadas, o Reisado, o Bumba-Meu-Boi contagiam qualquer um, a toda hora! A alegria é tão presente que até os telefones públicos têm o formato e as cores das sombrinhas do frevo!

A capital pernambucana tem sol o ano inteiro. As praias destacam-se por sua areia branquinha e pelas inú-meras piscinas naturais. A principal e mais badalada é a da Boa Viagem. São incontáveis as piscinas naturais formadas por recifes. Essa barrei-ra natural, distante 100 metros da praia, segue por quase todo litoral do Estado. A praia tem cerca de seis quilômetros de extensão. Suas águas mornas e calmas apresentam um tom azul-esverdeado. A temperatura média é 28 °C.

Para quem prefere uma praia mais tranqüila, a sugestão é a do Pina. Ela

ficou famosa pelas corridas de janga-da. É compensador ir também à Praia da Candeia e da Piedade. Ambas ficam bem próximas da capital.

Mas Recife não é só rios, praias, pontes, arte e cultura. Ela tem uma boa infra-estrutura turística. Os ho-téis ficam próximos das melhores praias, e nos restaurantes é possível encontrar desde iguarias típicas até os mais sofisticados pratos de cozinha estrangeira. Também pode-se sabo-rear água-de-coco bem gelada.

Recife, terra do sol, das águas, das praias, dos crustáceos. Lugar maravi-lhoso para se viver e visitar.

“A capital pernambucana tem sol o ano inteiro. As praias destacam-se por sua areia branquinha e pelas inúmeras piscinas naturais. A principal e mais badalada é a da

Boa Viagem.”

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“É grave, doutor?”, per-gunta, angustiado, o paciente. Em seus pen-samentos, a recorrente

cena do acidente que destruiu a córnea e parte da estrutura de seu olho direito e feriu-lhe, com igual gravidade, o esquerdo.

“Não poderei voltar a enxergar, não é?”, indaga resignado.

“Na verdade, o incômodo perma-necerá por mais algumas semanas”, afirma o médico, visivelmente feliz por trazer ao paciente boas notícias. “Tudo dependerá do tempo da cultu-ra dos tecidos”, acrescenta.

O paciente sorri, agradecido, mas, ainda tenso, pergunta: “E minhas pernas, doutor, voltarei a andar?”.

“Não há nada de errado com suas pernas, estão íntegras. O senhor teve sorte. O ferimento deu-se na coluna vertebral, por isso a paralisia. Fique tranqüilo, ainda hoje, enquanto há inflamação no local, iniciaremos o tratamento celular. Como sua diabete está, há dois anos, totalmente curada, a cicatrização será rápida e, em breve, voltará a andar”.

“Graças a Deus, doutor. Voltar a

A célula dacuraAs conquistas da Fundação Oswaldo Cruz no uso de células-tronco

andar e a enxergar!”, comemora o paciente.

“O senhor deve ter mais cuidado no futuro”, adverte o médico. E sen-tencia: “Tendo apenas 87 anos, na meia-idade, o senhor não chegará à velhice dirigindo assim”.

“Nunca mais, doutor, prometo-lhe”, afirma contundentemente. “Só quero agora me recuperar, ir para casa a pé e, este ano, com olhos novos, assistir pela janela a mais uma passa-gem do Halley”, suspira.

Este fictício diálogo entre médico e paciente, imaginado no Brasil de 2061, descreve uma realidade fantástica que começa a ser construída nos dias de hoje, nos laboratórios de pesquisa em várias partes do mundo. A pedra basilar para a revolução médica en-trevista no diálogo, capaz de curas impossíveis para a medicina atual estender significativamente a vida do Ser Humano, está sendo conhecida pelo nome de células-tronco.

Os últimos levantamentos da Or-ganização Mundial da Saúde (OMS) mostram que um grande número de pessoas morrerá, ainda este ano, em conseqüências de doenças como in-

Reportagem

___________Daniel Rocha

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“Ao observarmos a dinâmica inicial da vida a partir do zigoto, podemos concluir

que tal célula traz consigo as instruções genéticas para a

constituição de todos os tipos de células que compreendem

o corpo humano.”

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Reportagem

“Ao lado da Alemanha, o Brasil é uma das referências internacionais na pesquisa

clínica que usa células-tronco da medula óssea dos próprios pacientes

para tratar de problemas cardíacos.”

Revista Boa Vontade 3�Revista Boa Vontade 3�

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suficiência cardíaca, diabete, leucemia, mal de Parkinson, insuficiência renal, hepática ou respiratória. Em muitas de suas configurações, tais enfermi-dades levam à morte por não haver tratamento dentro dos limites médicos atuais ou ainda porque a superação do mal depende da doação de órgãos que deverão combinar perfeitamente com as características do corpo do paciente, o que é consideravelmente difícil.

Muitos dos tratamentos detêm-se em seus limites quando a única ação terapêutica que resta é a reconstituição orgânica “original” do corpo. O me-canismo de renovação física natural permanece um mistério ainda não esclarecido totalmente, mas sabe-se que um tipo muito peculiar de célula, a célula-tronco, desempenha papel central neste sistema.

O laboratório humano

O corpo humano é constituído por cerca de 200 tipos distintos de células, que se agrupam de diversas formas constituindo nossos órgãos. Com efeito, apresentamos células tão diferentes como as da retina, capazes de registrar a luz; células musculares, com a capacidade de se contraírem e de realizar trabalhos mecânicos; as células nervosas, que geram e transmitem os impulsos elétricos nervosos; as células do fígado, com importantes funções metabólicas no organismo; certas células do pâncreas, que produzem insulina; e tantas outras.

Cada célula, em sua origem, pro-vém de uma única e primordial partí-cula criada durante a fecundação. Tal célula é chamada de ovo ou zigoto e, durante o desenvolvimento embrioná-rio, divide-se repetidas vezes: da célula original para duas células, de duas formam-se quatro que, ao dividir-se, geram oito e assim por diante. Confor-me a multiplicação celular acontece, as células descendentes geradas (cé-lulas-filhas) vão tomando diferentes caminhos, adquirem uma característica peculiar e se especializam numa fun-ção, participando, com essa diversida-de, da construção do organismo. Ao

observarmos a dinâmica inicial da vida a partir do zigoto, podemos concluir que tal célula traz consigo as instruções genéticas para a constituição de todos os tipos de células que compreendem o corpo humano.

De fato, o zigoto pode ser consi-derado a célula-tronco universal, isto é, uma célula totipotente, capaz de dar origem a todos os tipos celulares existentes. O termo célula-tronco (stem cell, em inglês) nasce dessa idéia. Ima-ginemos uma árvore na qual o tronco principal, único, se ramifica em vários galhos, e estes em outros ainda mais finos, e assim até chegarmos às folhas. Se o zigoto, como célula original, está

Estudos avançados

No Brasil, os melhores pesquisa-dores despendem seus esforços neste campo. Na busca pela evolução dos tratamentos com base em células-tronco destacam-se as conquistas das várias equipes sob a coordenação de um dos órgãos de pesquisa médica de maior prestígio no mundo: a Fundação Oswal-do Cruz — Fiocruz.

Com uma trajetória que se confunde com a própria história da medicina no País (ver destaque na pág. 41), a Fio-cruz empenha-se em diversas linhas de pesquisa médica para a utilização de cé-lulas-tronco no tratamento de doenças. E os resultados já começam a aparecer.

Em 18 de junho de 2004, Bartolo-meu dos Santos Reis, baiano de Ma-ragogipe, sofrendo com a doença de Chagas — enfermidade que provoca uma inflamação crônica no coração e, posteriormente, a insuficiência cardíaca, levando os indivíduos à morte em alguns anos — tornou-se o primeiro paciente chagásico do mundo a submeter-se ao transplante de células-tronco, obtidas a partir de sua própria medula óssea.

O líquido coletado da medula foi separado em seus diferentes elementos constituintes, obtendo-se uma fração concentrada de células-tronco. Com o auxílio de um cateter (pequeno cano de plástico) inserido pela artéria femoral (na virilha) e conduzido até o coração, os médicos injetaram um pouco de células-tronco em cada uma das três coronárias do paciente. Todo o procedimento de-morou cerca de quatro horas.

Exames posteriores mostraram que a atividade cardiovascular havia se estabi-lizado. Reis recebeu alta dois dias depois do procedimento. “Pude passar as festas de São João em casa com a família”, comemorou. Embora o procedimento não represente ainda a cura da doença, a melhoria da qualidade de vida de Reis é visível: “Antes, eu tinha que subir a ladeira do hospital devagar, parando várias vezes. Agora, subo direto, de um fôlego só”, orgulha-se.

Ao lado da Alemanha, o Brasil é uma das referências internacionais na pesquisa clínica que usa células-tronco

no tronco principal, as células-filhas dele originadas desenvolvem-se tron-co acima, modificando-se, abrindo-se em novas subdivisões cada vez mais diversas e especializadas, assumindo, na forma final, suas funções no orga-nismo.

Embora o zigoto tenha todo este potencial, ele não é a única fonte de células-tronco. Aliás, sua utilização terapêutica esbarra em questões éticas muito polêmicas, além de complica-ções médicas ainda não resolvidas na utilização de células-tronco embrio-nárias, com sérios riscos para a saúde. Por tais motivos, boa parte das pesquisas atuais para tratamentos celulares baseia-se na utilização de células-tronco adultas, ou seja, de indivíduos já desenvolvidos que apresentam determinado grau de especialização, mas ainda capazes de dar origem a certo número de células específicas e que se encontram em muitas partes do corpo.

“Boa parte das pesquisas atuais para tratamentos celulares baseia-se na utilização

de células-tronco adultas”

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da medula óssea dos próprios pacientes para tratar de problemas cardíacos. En-corajado com os resultados positivos, o Ministério da Saúde lançou em fevereiro um projeto de 13 milhões de reais para pesquisar nos próximos três anos a eficácia do emprego das células-tronco contra disfunções cardíacas. Mas, com o avanço nas pesquisas, as aplicações da técnica vão além do tratamento do coração.

No último dia 20 de setembro, reali-zou-se o primeiro transplante do mundo com a utilização de células-tronco para pacientes com problemas no fígado (cirrose crônica), em Salvador. O trans-plante realizou-se sob a coordenação, na parte experimental do estudo, do Dr. Ricardo Ribeiro dos Santos, médico imunologista, coordenador do Laborató-rio de Engenharia Tecidual e Imunofar-macologia (LETI) no CPqGM (unidade da Fiocruz na Bahia) e coordenador do Instituto do Milênio de Bioengenharia Tecidual, que reúne trabalhos sobre terapias com células-tronco realizados em diferentes Estados brasileiros.

Na lista de doenças em estudo estão ainda: infarto, derrame, fibrose e epi-

defesas naturais do organismo — alguns pacientes adoecem gravemente durante esta fase do tratamento —, os resultados têm sido bastante animadores.

No campo da regeneração dos tecidos neurológicos reside a grande esperança daqueles que hoje se en-contram paralisados ou incapacitados por lesões no sistema nervoso ou dis-túrbios deste sistema. Notadamente, uma das mais fortes pressões para a legalização e incentivo das pesquisas de células-tronco no mundo provém de organizações de apoio a pessoas nestas condições.

O tratamento da epilepsia e derra-mes já está sendo experimentado. Uma paciente vítima de acidente vascular cerebral recebeu com sucesso o trans-plante de células-tronco no Hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro/RJ. Ela havia perdido os movimentos das pernas e cerca de 30 dias depois en-saiava alguns passos. “O procedimento deve ser feito entre sete e dez dias após o derrame. Durante esse período, as célu-las-tronco conseguem entrar no cérebro, porque as barreiras hematoencefálicas estão abertas, e têm estímulo para agir,

lepsia. “No caso de doenças hepáticas graves que necessitam do transplante do órgão, ou você recebe um fígado novo ou morre”, destaca o Dr. Santos. O objetivo dos pesquisadores é melho-rar a qualidade de vida do indivíduo e aumentar a sobrevida até o paciente receber um fígado sadio, atualmente a única solução definitiva para a cura. “Em relação à epilepsia, à cirrose e à fibrose, já temos resultados promissores em modelo animal. Devemos iniciar os estudos em modelo humano até o fim do ano que vem”, afirma.

Células-tronco vêm sendo implan-tadas com sucesso no tratamento da diabete tipo I, versão severa da doença, gerada por um distúrbio imunológico do próprio paciente, que o torna dependente de dosagens freqüentes de insulina. Ou-tras enfermidades auto-imunes — como lupus, esclerose múltipla e doenças reumáticas — vêm igualmente sendo tratadas experimentalmente com a téc-nica, que consiste em suprimir o sistema imunológico do paciente e então aplicar as células-tronco para sistemas orgâni-cos que carecem de regeneração. Apesar dos riscos inerentes à diminuição das

“No campo da regeneração dos tecidos

neurológicos reside a grande esperança

daqueles que hoje se encontram paralisados ou incapacitados por

lesões no sistema nervoso.”

Reportagem

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já que existe inflamação”, explica Dr. Santos. Mas muitas das potenciais apli-cações das células-tronco, antevistas por alguns entusiastas de sua utilização, ainda se contêm no campo das hipóteses. O retardamento da velhice, a reconsti-tuição de tecidos ou órgãos inteiros do corpo, ou o reparo pleno de funções neurológicas danificadas de-pendem do amplo domínio da manipulação de célu-las-tronco totipotentes, na programação de seu desenvolvimento para a “construção” do que se deseja ob-ter para o tratamento orgânico, algo um tan-to distante no atual estágio das pesquisas.

Porém, se tais avanços eram pura ficção há pouco, hoje se apre-sentam como possibilidades do porvir da medicina. O que nos faz sonhar: Talvez no futuro seremos nós — com nossos pais, esposas, maridos e filhos ao lado — a estar na janela vendo um cometa no céu.

(...) O termo célula-tronco (stem cell, em inglês) nasce dessa idéia. Imaginemos uma árvore na qual o tronco principal, único, se ramifica em vários galhos, e estes em outros ainda mais finos, e assim até chegarmos às fo-lhas. Se o zigoto, como célula

original, está no tronco prin-cipal, as células-filhas dele originadas desenvolvem-se tronco acima, modificando-se, abrindo-se em novas subdivisões cada vez mais diversas e especializadas, assumindo, na forma final, funções no organismo (...).

A origemdas células

Zigoto

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ReportagemReportagem

Revista Boa Vontade �0 Revista Boa Vontade �0

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O Instituto Soroterápico Federal foi criado em 25 de maio de 1900 com o objetivo de fabri-car soros e vacinas contra a

peste. O local escolhido para construção do Prédio Central, chamado de Pavilhão Mourisco, foi a região da antiga Fazenda de Manguinhos, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Logo, o Instituto de simples produtor passou a se dedicar também à pesquisa e à medicina ex-perimental, principalmente depois que Oswaldo Cruz assumiu sua direção, em 1902.

No ano seguinte, ele foi nomeado Diretor Geral de Saúde Pública. Assim, Manguinhos tornou-se base para suas memoráveis campanhas de saneamento, especialmente na cidade do Rio de Janei-ro, que na época foi assolada por surtos e epidemias de peste bubônica, febre amarela e varíola. Mesmo enfrentando uma oposição cerrada, até mesmo um le-vante popular — a Revolta da Vacina, em 1904 —, o sanitarista obteve tamanho sucesso que levou a Instituição a receber a medalha de ouro na Exposição Inter-nacional de Higiene, no IV Congresso Internacional de Higiene e Demografia, em Berlim, em setembro de 1907.

Nasce o Instituto Oswaldo Cruz

Em 1908, Manguinhos foi rebatiza-do Instituto Oswaldo Cruz e seu trabalho não se restringiu à capital brasileira. Atendendo às solicitações do governo, colaborou de forma decisiva na ocupa-ção do interior do País. Lá, os pesquisa-dores realizaram expedições científicas, permitindo, assim, o cumprimento de acordos internacionais e colaborando com o desenvolvimento nacional. A pesquisa pioneira sobre as condições de vida das populações do interior, realiza-da pelos cientistas de Manguinhos, fun-damentou debates acirrados e resultou

A história da

na criação do Departamento Nacional de Saúde Pública, em 1920.

Após a Revolução de 1930, o Insti-tuto foi transferido para o recém-criado Ministério da Educação e Saúde Pú-blica. Embora beneficiado com maior aporte de recursos federais, Manguinhos perdeu autonomia, parte de seu pessoal e tornou-se mais vulnerável às interfe-rências políticas externas.

Nas décadas de 1950 e 60, o Instituto defendeu o movimento para a criação do Ministério da Ciência e a transferência do setor de pesquisa para o novo órgão. No entanto, o Ministério da Saúde dava mais prioridade para a produção de vacinas. Esta polêmica culminou no Massacre de Manguinhos, em 1970, com a cassação dos direitos políticos e aposentadoria de dez renomados pesquisadores da Instituição. Em 1985, eles foram reinte-grados. Ainda em 1970, foi instituída a Fundação Oswaldo Cruz, congregando inicialmente o então Instituto Oswaldo Cruz, a Fundação de Recursos Humanos para a Saúde (posteriormente ENSP) e o Instituto Fernandes Figueira (IFF). As demais unidades que hoje compõem a Fiocruz foram incorporadas ao longo dos anos.

Fundação Oswaldo Cruz

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Pavilhão Mourisco, sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manguinhos, região norte do Rio de

Janeiro/RJ, Brasil.

___________________________Fonte: Fundação Oswaldo Cruz

No decorrer da história da Fiocruz, ilustres figuras brasileiras estiveram à frente de estudos, os quais projetaram o nome da Fundação para diversos países. Um desses expoentes é o saudoso médico Amilcar Vianna Martins (1907-1990), que, entre outros cargos importantes, foi Diretor do Instituto Oswaldo Cruz. Bem a propósito, sua filha e grande amiga da LBV, Lucia Flecha de Lima, relembra o pai em entrevista exclusiva, publicada na revista BOA VONTADE Mulher, p. 38.

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ICAM

Revista Boa Vontade �1Revista Boa Vontade �1

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experimentamos hoje. E se existiu outro jeito qualquer de entender as coisas, podemos ainda projetar uma outra forma de viver em sociedade.

Senti a obrigação de apresentar assim o tema, já que venho falar de juventude, da utilidade e do valor social do jovem. Abandonando, por enquanto, os vícios de linguagem do nosso tempo — em que tudo tem de ser útil e ter valor de produção e consumo —, proponho uma reflexão sobre o sentido atual desta fase da vida, a necessidade de realização que o jovem contemporâneo tem e a possibilidade de crescimento social que surge no seu reconhecimento como agente transformador. E para entender por que os que estão sempre planejando um novo começo para tudo — pelo menos em tese — não têm esse significado no nosso jeito de fazer vida em sociedade, procurei saber, ainda que minimamente, como outras civilizações ou um mesmo grupo, em tempos distintos, percebeu a juventude e a utilidade social do jovem.

Modelo grego

Os historiadores Giovanni Levi e Jean Claude Schmitt, em História dos Jovens (vol. I), apontam que “a socie-dade plasma uma imagem dos jovens, atribui-lhes características e papéis,

Quem é o jovem que participa da História?

religioso,revolucionário...

O m u n d o e m q u e vivemos é tão veloz,

se transforma em colapsos

constantes e de ritmo

tão alucina-do, que nos envolve numa curiosa sensa-ção de imobilidade. Contradição logo na primeira frase? Talvez não. Nos-sa impressão é a de que a lógica

materialista — e até capitalista, para

os mais superficiais — sempre esteve presente na dinâmica social humana e

é uma fatalidade evolutiva. Sinceramente, isso me inco-

moda. Ignorar o passado como qual-quer coisa arcaica e inferior, que não tem o mínimo significado para nós.

Neste artigo, proponho observar-mos com atenção o fato de que se houve o diferente, o mundo como o organizamos não é absoluto. Consi-deremos apenas que mesmo o mais

simples registro de passado que pudermos encontrar nos revela, no mínimo, uma distinção do que

Análise

Guerreiro,

João

Per

iott

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_______________Paula Sueli Schnor

Revista Boa Vontade �2

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trata de impor-lhes regras e valores e constata com angústia os elementos de desagregação associados ao período de mudança, os elementos de conflito e as resistências inseridos nos proces-sos de integração e reprodução social”. Essa afirmação faz muito sentido ao observarmos as variantes presentes na forma de entender o que é juventude e o que ela representa para a sociedade da qual faz parte, considerando os registros de diversos povos.

Partindo dos gregos, por exem-plo, podemos compreender um dos motivos importantes de terem sido escolhidos como nossa raiz cultural: a juventude era idolatrada como imagem. “Antes de chegarem à glória dos heróis, os jovens manifestavam a graça da juventude”, comenta o arqueólogo Alain Schnapp. Mas havia também uma preocupação que ganhava cada vez mais força no mun-do grego: a preparação do jovem para viver em sociedade. A constante pre-sença do pedagogo — disciplinando hábitos, atividades e escolhas —, sem dúvida, influenciou o posicionamento dos jovens gregos diante do conhe-cimento, o que se pode constatar na postura de vários deles, que se inte-ressavam pelos grandes filósofos e até seguiam seus passos, intrigados por questionamentos e reflexões.

E se a Grécia Antiga foi consa-grada como berço do pensamento ocidental, o que dizer da fama que acompanha o Império Romano? Em linhas gerais, a Roma se atribuiu a expansão dos hábitos dos gregos, por ter incorporado grande parte de sua cultura e agir com notável eficácia na romanização dos povos que conquistou. A força, a rebeldia e a impetuosidade da juventude estão presentes no mundo romano até no mito de seu surgimento, como obser-va o historiador Augusto Fraschetti. Rômulo e Remo, dois irmãos criados por uma loba, numa série de conflitos que envolvem luta e morte — duas constantes no cenário do mundo antigo — protagonizam a fundação de Roma.

Guerra e honra

Compreender essa visão é funda-mental, porque ao passo que muitos imaginaram haver um abismo entre o fim do Império Romano e o começo da Idade Média na Europa, sentindo algumas vezes dificuldade em com-preender como se “saltou” de um pe-ríodo para o outro, é preciso levar em conta outra possibilidade nesse mesmo tema: a continuidade. Historiadores como Henri Marrou, que revisou a idéia tradicional de decadência asso-ciada ao período, afirmam que essa transição foi marcada pela manuten-ção de diversos traços das instituições romanas. Assim, convivem a tradição e as inovações culturais. Essas inova-ções percebemos na forma como são tratadas as mulheres, por exemplo: no mundo antigo, não deviam sair de casa; já no medieval, por repercussão dos ensinamentos de Jesus, tinham mais espaço social, freqüentavam outros ambientes.

Quanto aos jovens, mais inovações e muitas tradições. Ainda eram vistos como bons guerreiros reconhecidos pelas virtudes morais que deveriam refletir em suas ações. Para a historia-dora Christiane Marchello-Nizia, as melhores fontes semânticas do período são os romances corteses. Recorro aqui a um trecho citado em um de seus estudos, que narra as características de um cavaleiro. Elas ultrapassam sua proveniência social e seu aspecto físi-co: “cortês sem baixeza (...), generoso e sempre pronto a socorrer os mise-ráveis, matar os ladrões e assassinos, a fazer julgamentos eqüitativos sem amor e sem ódio” (descrição feita pela Dama do Lago a Lancelote).

Além dos guerreiros, como eram vistos pela sociedade medieval os jovens urbanos, agrícolas, os que freqüentavam as oficinas, os clérigos? Quase não se ouve falar deles. Nos registros historiográficos, na icono-grafia, por exemplo, segundo estudo de Michel Pastoreau, são constantes as imagens dos jovens nobres — geral-mente no registro de suas atribuições

como adultos iniciantes, como o ca-samento —, um pouco mais raras as dos jovens clérigos — em sua grande maioria, pertencentes a famílias tradi-cionais — e muito raras a dos demais jovens. Que imagem de juventude interessava imprimir, deixar para o futuro? Certamente a que cumpre o propósito de promover a manutenção do sistema em que viviam. Mas é importante lembrar que outros jovens existiram e que o trabalho, naquele tempo tido como uma atribuição in-ferior, no meio urbano e nos espaços de agricultura cabia a eles.

Adiante, no início do Estado Moderno, muitas vezes os jovens são apontados como arruaceiros e boêmios, mas à medida que o Absolu-tismo se fortalece, aumentam também as tensões que envolvem a juventude, especialmente os nobres, dentro de suas casas. Ao pai cabia a “distribui-

Paula Sueli Schnor, militante da Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus (JEBV de Deus) e graduanda em História pela Universidade de São Paulo (USP).

Voltando às palavras de Paiva Netto, transcrevo: “O jovem é o futuro no presente”. No

presente! Isso faz uma diferença tremenda, porque demonstra a urgência de se cuidar do futuro.

É no agora que se constrói a eqüidade, o ser responsável, o equilíbrio social que satisfaça não apenas os jovens, mas o

meio onde vive.

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ção” de destinos. Ao primeiro filho, o nome e a herança; à primeira filha, o convento; aos demais, o matrimônio arranjado, na maioria das vezes. Um grande abismo separava pais e filhos, o que não significa que todos os jovens aceitassem passivamente as deter-minações paternas, como observa a historiadora Renata Ago, ao apontar a incidência de casamentos clandestinos no período.

O jovem parece uma continuação dos pais. Não faz escolhas. Não tem vocações? Há um esforço evidente em castrar essas iniciativas, esses im-pulsos e essas vontades na juventude. Depois disso, perceberemos que se agravam as diferenças nas oportuni-dades, no advento burguês, disparado pela Revolução Industrial. Há quem

freqüente universidades, há quem só conheça fábricas. Mas isso é versão mais divulgada.

Para concluir esse panorama his-tórico, recorro novamente a observa-ções de Giovanni Levi e Jean Claude Schimitt: “A investidura do jovem cavaleiro, a noviça que toma o véu, o alistamento do futuro soldado, os ritos goliardescos das universidades são momentos cruciais, efêmeros, carre-gados de fragilidade. São momentos de crise, individual e coletiva, mas também de compromisso entusiástico e sem reservas, e, no fundo, não vamos encontrar sempre os jovens na linha de frente de revoltas e revoluções?”. Sem dúvida que sim! O que constatamos é um espírito de busca, de “início”, que às vezes se apresenta como luta e transformação, mas outras vezes é resistência interior, ou até rebeldia, mas que faz com que o jovem seja diferente dos demais integrantes da sociedade. Não melhor, nem pior, e não apenas pelas características físi-cas, mas diferente. Mesmo nas mais

diversas sociedades, que podem nos ensinar muitas formas de compreender juventude.

Em outras épocas

Da Revolução Francesa à Rus-sa, ou durante a era dos “populis-mos”, “nacionalismos” e toda

espécie de ditadura e guerra do século XX, jovens em barrica-das, jovens na platéia, jovens

lutando contra, jovens fazendo nada. Mas e o hoje? Quais os espaços dos jovens?

Ser jovem ainda se pa-rece com o “ser preparado” para alguma coisa. Para o mercado de trabalho, para a vida afetiva, para a cida-dania, para a estabilidade, para construir um País for-te, para mudar o mundo! — ainda que neste último poucos creiam. O comum é considerar o jovem um quase-adulto que pode

cometer excessos. Sem muitas res-ponsabilidades, sem nenhum poder. Sofre as pressões do consumo, mas não recebe as oportunidades equiva-lentes de produção. Prepara-se para ser um agente desse mecanismo desigual, encarando o trabalho como um fardo; a possibilidade de mudança, utópica; os feriados, um alívio. Muitos jovens já crescem cansados.

Numa fase da vida em que tudo é novo e em que cada descoberta coloca em xeque a anterior, a busca pelo sen-tido da vida se torna cada vez menos atraente, por ser resolvida com uma série de convenções mercadológicas pouco leais: carência se resolve no shopping; solidão acaba com beijo na boca; ser feliz é sair para dançar.

São desleais essas promessas, por-que o indivíduo se mata de trabalhar e nunca tem dinheiro suficiente para comprar o tanto que precisa para su-prir suas carências; beija todo mundo e ainda se sente sozinho e sem valor; droga-se para conseguir dançar sem parar e a felicidade nunca é convin-cente.

Quanto ao espaço social, a maioria dos que conseguem emprego recebe salários baixos, com carga horária alta. E só serve para isso: alimentar a máquina do consumo. Não pode fazer nada para mudar as estruturas que, de tão pregadas e cultuadas pela socieda-de e seus instrumentos de expressão (escola, mídia, família, os próprios jovens...), aparentam ser inevitáveis e eternas.

Não pode mesmo fazer nada?

Pode, com certeza. E um bom pri-meiro passo para vencer essa aparente impossibilidade é questioná-la. Buscar compreender em que medida a vida da juventude é uma construção cultural e mudar o que não nos favorece, dentro dessa realidade. Em meados de 1980, escreveu o jornalista José de Paiva Netto, com larga experiência de ação social voltada para a juventude, no trabalho da Legião da Boa Vontade:

Análise

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“Quanto mais bem-informados mental e intelectualmente os jovens, mais justos e equilibrados serão seus juízos. Quanto mais bem-informados moral-mente, maiores e mais bem-fundadas resistências oporão ao apodrecimento do tecido social como um todo e, por conse-qüência, da própria nacionalidade”.

Para construir tanto, o jovem pre-cisa desse amparo social, intelectual e moral, precisa contar com a lealdade das gerações anteriores. As pessoas precisam ser preparadas para viver em sociedade e não para ocupar uma prateleira nos mercados, com um cur-rículo bem escrito em mão.

Mas é claro que o jovem também não pode se esquivar dessa busca. A construção de um entendimento de juventude diferente do que existe hoje é possível. Como vimos anteriormen-te, a cara do jovem, os costumes, as relações sociais que o envolvem, se alteraram inúmeras vezes. E podem ser sempre diferentes. A pergunta é: que tipo de reconhecimento e espaço querem os jovens contemporâneos? Se isso for estabelecido por eles próprios, a resposta será muito mais precisa.

Voltando às palavras de Paiva Netto, transcrevo: “O jovem é o fu-turo no presente”. No presente! Isso faz uma diferença tremenda, porque demonstra a urgência de se cuidar do futuro. É no agora que se constrói a

eqüidade, o ser responsável, o equilí-brio social que satisfaça não apenas os jovens, mas o meio onde vive.

Novo jeito de revolucionar

Nessa percepção, muita gente hoje se articula por meio do Protagonismo Juvenil (o jovem como ator principal). A idéia é permitir que ele desempenhe os principais papéis na execução de projetos para juventude e outros temas pouco atendidos no cenário mundial. Com relação ao termo, registro um sentido ainda mais amplo de partici-pação da juventude, que tomei conhe-cimento em conversa recente com a também militante da JEBV de Deus Thaís Afonso, em Santos/SP. Ela me disse que fica muito incomodada com essa coisa de ser ator. O ator, mesmo que protagonista, sempre interpreta um papel que alguém escreveu para ele. Não pode escrever seu próprio texto e fazer escolhas. Assim, seria mais preciso dizer que queremos ser autores sociais, capazes de escrever as coisas de um jeito novo, repleto da esperança de quem não conhece o impossível.

Autores, atores, percebo que final-mente a nossa geração participa de uma das respostas mais inteligentes ao descaso social. Além de concordar com a idéia, tenho podido constatar

pessoalmente os resultados desse método de trabalho, nas atividades da Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus, movimento de jovens em que atuo e, que, por intermédio do qual, co-nheci muitas outras militâncias, também formadas por pessoas de Boa Vontade.

Por fim, para garantir a viabilidade do nosso ideal, um mundo em que as pessoas vivam com Justiça e Paz, devemos cuidar para não cometer os erros que levaram outras sociedades a práticas desumanas e resultados de solidão. Entre outros valores impor-tantes, não podemos esquecer que não somos donos da verdade, portan-to, precisamos de todas as gerações — anteriores e posteriores —, para vivermos com equilíbrio; devemos nos lembrar de que nada deve ser mais importante que a Fraternidade, porque a justiça sem esse senso de “amor irmão” é cega; precisamos saber que lealdade, compromisso e ecumenismo são mais eficazes que todo sectarismo e exclusão e não podemos abandonar a crença na importância da nossa renovação diária, como indivíduos e como grupo social, para que os jovens não sejam mais impedidos de dizer o que sentem, para que a sociedade não tenha medo de ouvir, para que todos se percebam em suas diferenças e infinitas capacidades de aprendizado diante do outro.

Militantes da Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus, do Rio de Janeiro, durante apresentação teatral. “Juventude perdida, nada!” (Paiva Netto)

Retrato de Giovanna Tornabuoni. Obra de Domenico Ghirlandaio (1449-1494). No livro História dos Jovens encontramos referência à placa dourada que aparece na pintura na qual está escrito um lamento à impossibilidade de exprimir com a arte os sentimentos e os costumes da jovem.

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Joaquim Maria Machado de Assis, jornalista, contista, cronista, roman-cista, poeta e teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro/RJ, em 21 de junho

de 1839, e faleceu na mesma cidade, em 29 de setembro de 1908. É o fundador da Academia Brasileira de Letras (ABL), e o patrono da Cadeira nº 23. Velho amigo e admirador de José de Alencar, que morrera cerca de vinte anos antes da fundação da ABL, era natural que Machado escolhesse o nome do autor de O Guarani para seu patrono. Ocupou por mais de dez anos a presidência da Acade-mia, que passou a ser chamada também de Casa de Machado de Assis.

Filho do operário Francisco José Machado de Assis e de Leopoldina Machado de Assis, perdeu a mãe muito cedo, pouco mais se conhecendo de sua infância e início da adolescência. Foi criado no Morro do Livramento e ajudou em missa na igreja da Lampadosa. Sem meios para cursos regulares, estudou como pôde e, em 1855, com 16 anos in-completos, publicou o primeiro trabalho literário, o poema “Ela”, na Marmota Fluminense, jornal de Francisco de Paula Brito, número datado de 12 de janeiro de 1855. No ano seguinte, entrou para a Imprensa Nacional, como aprendiz de tipógrafo, e lá conheceu Manuel Antônio de Almeida, que se tornou seu protetor. Em 1859, era revisor e colaborador no Correio Mercantil e, em 1860, a convite de Quintino Bocaiúva, passou a pertencer à redação do Diário do Rio de Janeiro. Escrevia regularmente também para a revista O Espelho, na qual estreou como crítico teatral; A Semana Ilustrada, de 16 de dezembro de 1860 até, pelo menos, 4 de julho de 1875; Jornal das Famílias, em que publicou de preferência contos.

O primeiro romance de Machado, Ressurreição, saiu em 1872. Pouco depois, o escritor foi nomeado primei-

Machado de Assis,o fundador da ABL.

ro oficial da Secretaria de Estado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, iniciando assim a car-reira de burocrata que lhe seria até o fim o meio principal de sobrevivência. (...) Intensificou a colaboração em jornais e revistas, como O Cruzeiro, A Estação, Revista Brasileira (ainda na fase Mido-si), escrevendo crônicas, contos, poesia, romances, que iam saindo em folhetins e depois eram publicados em livros. (...) De 1881 a 1897, publicou na Gazeta de Notícias as suas melhores crônicas. (...) Em 1881 saiu o livro que daria uma nova direção à carreira literária de Machado de Assis — Memórias Póstumas de Brás Cubas, que ele publicara em folhetins na Revista Brasileira de

15 de março de 1879 a 15 de dezem-bro de 1880 (...).

Grande amigo de José Veríssimo, continuou colaborando na Revista Brasileira também na fase dirigida pelo escritor paraense. Do grupo de intelectuais que se reunia na Reda-ção da Revista, e principalmente de Lúcio de Mendonça, partiu a idéia da criação da Academia Brasileira de Letras, projeto que Machado de Assis apoiou desde o início. Com-parecia às reuniões preparatórias e, no dia 28 de janeiro de 1879, quan-do se instalou a Academia, foi eleito presidente da instituição, à qual ele se devotou até o fim da vida.

A obra de Machado de Assis abrange, praticamente, todos os gêneros literários. Na poesia, inicia com o romantismo de Crisálidas (1864) e Falenas (1870), passando pelo Indianismo em Americanas (1875), e o Parnasianismo em Ocidentais (1897-1880). Parale-lamente, apareciam as coletâneas de Contos fluminenses (1870) e Histórias da meia-noite (1873); os romances Ressurreição (1872), A mão e a luva (1874), Helena (1876) e Iaiá Garcia (1878), considerados como pertencentes ao seu período romântico. A partir daí, Machado de Assis entrou na grande fase das obras-primas, que fogem a qualquer denominação de escola literária e que o tornaram o escritor maior das letras brasileiras e um dos maiores autores da literatura de Língua Portuguesa.

É também de sua lavra Dom Casmurro (1900), livro que traz Bentinho como personagem prin-cipal tentando unir duas épocas da vida, ou seja, restaurar na velhice a adolescência. Escreveu, entre outras obras, Quincas Borba e O alienista. Suas obras são destaque em biblio-tecas e leituras obrigatórias em ves-tibulares. Mais que isso, fontes de inspiração, principalmente quando alerta: “Não é amigo aquele que alardeia a amizade; é traficante. A amizade sente-se, não se diz”.

Fonte: site da Academia Brasileira de Letras

Memória

Do grupo de intelectuais que se reunia na Redação da Revista,

e principalmente de Lúcio de Mendonça, partiu a idéia da

criação da Academia Brasileira de Letras, projeto que Machado de Assis apoiou desde o início.

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acaojovemlbv.com.brWWW

O relevante trabalho da LBV na capital gaúcha será roteiro de um curta-metragem produ-zido por jovens graduandos

em Comunicação Social pela Pontifí-cia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul. Juarez Santana, Pablo Rocha e Gabriel Barth ficaram por dentro de tudo que a Instituição promove em benefício da população ao realizarem visitas ao Centro Co-munitário e Educacional da Legião da Boa Vontade. Os universitários

CAMPINAS/SP

A Juventude Ecumênica da LBV do Estado de São Paulo reuniu-se

em Campinas/SP, no pri-meiro domingo de setembro, para o Encontro Jesus Vive! O público que passava pelo arborizado parque Taquaral pôde assistir a um agitado show realizado pelas Bandas Legionárias. Mas o dia foi cheio de atividades: logo pela manhã, foi feita uma panfletagem pela conscien-

tização ambiental; à tarde, a Juventude teve a oportunidade de conhecer a Praça Legião da Boa Vontade. Os jovens relembraram o histórico 7 de Setembro de 1959, quando foi proclamado, naquele mesmo local, pelo fundador da LBV, Alziro Zarur (1914-1979), o Novo Mandamento de Jesus. Para selar essa Maratona da Boa Vontade, os presentes bradaram, com entusiasmo: Jesus Vive! [L.B.M.]

Maratona da Boa Vontade

Luz,demonstra-ram sa t i s -fação com o que viram e decidiram destacar o diferen-cial das iniciativas da Obra: o da Espiritualidade Ecu-mênica. “Nós vamos preparar um vídeo contando um pouco da história e, assim, mostrar para a população esse trabalho lindo que a LBV faz”, explica Pablo, acadêmico em Rela-ções Públicas.

câmera e ação social.

PORTO ALEGRE/RS

Fotos: Elisa Rodrigues

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Fotos: Elias Paulo

______________Elisa Rodrigues

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Resp.:

Viajando pelos milharais do Cosmos, entre as espigas do Universo, encontra-

mos um desses peque-nos planetas que rolam

pelo espaço. Seu nome: Ovo-Piu.

O Bolo com Pudim Edito-rial está preparando para todas

as crianças o livro Ovo-Piu IV, a guerra dos fran-gos!, que contará as aventuras do famoso Frango Leônidas, o herói das gemas indefesas. Nesse episódio da saga, ele

terá de resolver uma difícil ta-refa: a de levar frangos solda-

dos para a guerra do Ovargedom. O problema é que Frango Leô-nidas é contra a violência. Como resolverá essa situação? Como

fará com que Ovo-Piu volte novamente à Paz?

Não perca o próximo lançamento do Bolo com Pudim.

Ovo-Piu, a guerra dos frangos! Escreva para o Bolo com Pudim Editorial, mande sua foto, de-senhos ou um recado para os Soldadinhos de Deus. Não se

esqueça de colocar seu nome, idade e cidade onde mora.

Rua Doraci, 90, Bom Retiro,São Paulo/SP — CEP 01134-050E-mail: [email protected]

Pedro Emmanuel de Oliveira Serrano,

3 anos, Bauru/SP.

Bárbara Ellen Bigas, 2 anos, Curitiba/PR.

Carolina Teixeira, 1 mês, Buenos Aires/Argentina.

Jonathan Richard dos Santos Bello, 10 anos,

Assunção/Paraguai.

Julian Marcelo dos Santos Bello, 5 meses,

Assunção/Paraguai.

Pedro Henrique Figueiredo de Oliveira, 3 meses, São P aulo/SP.

Ana Laura de Oliveira Viana, 2 meses, São

Paulo/SP.

Soldadinhos de Deus

Caio Vinícius Carvalho Augusto,

8 anos, São Paulo/SP.

Fotos: Arquivo pessoal

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Os gêmeos de 8 anos, Mateus e Marcos de Souza Marques, de Ituiutaba/MG.

Letícia de Paiva Tonin, 9 anos, e Laís de Paiva

Tonin, 5 meses, São Paulo/SP.

O Soldadinho de Deus Guilherme Caetano,

6 anos, de Glorinha/RS, com traje típico do

gaúcho.

Os Soldadinhos de Deus de Rio Novo/

PR recebem todos os sábados as Aulas de Moral Ecumênica, ministradas pelas

voluntárias Fátima Mendes e Rosemara

de Lima.

Quando fizer uma oração, não se esqueça de agradecer ao seu Anjo da Guarda, por protegê-lo, aos seus pais e a Jesus, que sempre nos ilumina com

Seu Amor:

Ninguém vive em solidão!Na felicidade ou na Dor,

Tem por si o CriadorCandente no coração...

Na praia ou no deserto,

Na planície ou no planalto,Reverentes, olhando ao alto,

Vemos Jesus tão perto.Amigos, bilhões de astros

Seguem sempre os nossos rastros,Acima do Bem e do mal:

Humanidades distantes,

Torcendo por nós, vibrantes,Num abraço universal!

(Irmão Paiva)

Amigos

Fotos: Arquivo pessoal

Resp.:

Percorra o encanamento e chegue ao copo d’água

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No mês de setembro, as Instituições da Boa Vontade e seu diri-gente, José de Paiva

Netto, receberam o agradeci-mento dos cidadãos brasileiros, representados pelas Assembléias Legislativas e Câmaras Munici-pais. As congratulações partiram de diversas regiões do País e toda essa atenção se justifica com os nú-meros. Só no ano passado, a LBV prestou mais de 3,5 milhões de atendimentos, por meio de seus diversos programas e projetos socioeducativos, com o apoio de uma legião que ultrapas-sa a marca de 30 mil voluntários.

Mais que demonstrar gratidão, os Parlamentares reafirmam sua parceria com a Obra. Acompanhe, a seguir, a re-portagem que revive essas homenagens em Cambará do Sul/RS, Inhumas/GO e em Recife/PE.

No Sul, Paiva Netto recebe título de cidadão honorário.

Foi na Sociedade Recreativa XV de Março que a Câmara de Vereadores de Cambará do Sul dedicou uma sessão solene em homenagem à Fundação José de Paiva Netto, em especial à Rede Mundial — A TV da Educação, da Cultura e da Cidadania Solidária com Espiritualidade Ecumênica!, pelos relevantes serviços prestados à comu-nidade cambaraense, por meio de sua programação educativa.

Em todo o País, a Solidariedade e o Amor com que as Instituições da Boa Vontade impregnam suas ações, em 55 anos de atividades, têm sido motivo de orgulho do Povo brasileiro.

O maestro José Eduardo Pau-lote de Paiva representou, na oca-sião, o Presidente das Instituições da Boa Vontade e em seu pronun-ciamento agradeceu à Câmara, declarando que “a divulgação da cultura nacional é um dos fatores que fizeram a Legião da Boa Vontade ser a primeira ONG genuinamente bra-sileira reconhecida na ONU. É o Brasil muito bem representado no Exterior”. Para ele, “um Povo sem a sua cultura não tem identidade e é justamente por isso que a LBV tanto cresce no Brasil e no Exterior, porque ela se identifica com

reconhece e homenageiaO Brasil

“Um Povo sem a sua cultura não tem iden-tidade, e é justamente por isso que a LBV tan-to cresce no Brasil e no Exterior, porque ela se identifica com o Povo.”

José Eduardo, maestro.

Atualidades

O maestro José Eduardo Paulote de Paiva apre-senta o título de Cidadão Cambaraense de Paiva Netto, ao lado do verea-dor Dovenir Rosa.

João Itamar da Silva Prefeito de Cambará do Sul, Aurélio Alves de Lima.

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Público superlota o local e acompanha emocionante homenagem às IBVs

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o Povo. E essa é a empatia que José de Paiva Netto possui, nos seus 50 anos de trabalho, desde adolescente”.

José Eduardo reafirmou a postura de perseverança e luta que deve ser assumi-da por todos. “Entre assimilarmos uma cultura, somando-a à nossa, e perdermos a nossa identidade, existe uma diferença muito grande. Por isso, o Povo brasileiro tem de assentar no Brasil e levar aquilo que há de bom aqui, esforçando-se para levantar o País. E este é um bom exem-plo: Legião da Boa Vontade”.

No município, os programas da Rede Boa Vontade de Comunicação têm dado bons resultados na formação de uma consciência espiritualizada dos cidadãos. Por essas contribuições, o jornalista e escritor Paiva Netto re-cebeu o Título de Cidadão Honorário Cambaraense, do Presidente da Câmara, uma indicação aceita por unanimidade. Segundo o Vereador Dovenir Rosa, propositor do preito, o reconhecimento é muito “importante para a cidade de Cambará do Sul, pois, destacar o tra-balho de um homem como Paiva Netto trará muito crescimento à nossa região”. E garantiu: “Poderemos divulgar ainda mais as ótimas opções que a Fundação José de Paiva Netto oferece com sua programação. (...) Para nós é uma alegria muito grande que o Executivo e o Le-gislativo de Cambará tenham prestado essa homenagem, representando todo o nosso Povo”.

O Prefeito da cidade, Aurélio Alves de Lima, igualmente se expressou acerca da honraria concedida ao Líder da LBV. “É um orgulho para Cambará do Sul ter

homenageado um homem conhecido no mundo inteiro por seu trabalho e dedica-ção. Em nome do Poder Executivo, fica aqui o nosso agradecimento pela Insti-tuição que ele preside e que muito tem feito por nossa região, especificamente pela nossa cidade”.

O ex-Prefeito, Procurador do Mu-nicípio e Presidente da Rota dos Cam-pos de Cima da Serra, João Itamar da Silva, manifestou sua admiração pela Obra. “Estou com a Alma lavada (...). A homenagem foi justíssima, pois des-de que iniciamos a parceria com a LBV, o município só tem tido bons resultados, tem colhido bons frutos. Estamos diante de um grande Líder mundial: Paiva Netto, que marcou, marca e marcará a história do nosso Brasil e do mundo. É um grande exemplo (...). Os grandes líderes merecem ser seguidos porque são os exemplos para o mundo”.

Em dose dupla, Pernambuco saúda a LBV.

A comunidade pernambu-cana prestou dupla homenagem às Instituições da Boa Vontade, por meio da Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco e, posteriormente, da Câmara Municipal do Recife. A in-dicação da primeira honraria foi iniciativa do Deputado Estadual Sérgio Leite.

Autoridades, colabora-dores, voluntários e sim-patizantes da Instituição compareceram ao Palácio Joaquim Nabuco. O Diretor-Presidente da Legião da Boa Vontade, José de Paiva Netto, foi representado pelo Jovem Legionário Alziro Paulote de Paiva. “O principal modo de agradecer essa homenagem da Casa do Povo é trabalhando pelo Povo, uma coisa que a LBV faz há 55 anos ininterruptos”, afirmou. “É necessário engrandecer o Povo, mas não apenas alimentando o corpo. A Solidariedade, a instrução e o bem que nós devemos à população não come-çam na boca, começam aqui”, disse,

“Estamos diante de um grande líder mundial:

Paiva Netto, que marcou, marca e marcará a

história do nosso Brasil e do mundo.”

João Itamar da SilvaPresidente da Rota dos

Campos de Cima da Serra

apontando para o coração. “Aqui está o engrandecimento do Ser Humano, na cabeça e na Alma. É isso que a LBV faz”, resumiu Alziro.

A solenidade foi presidida pelo De-putado Antônio Moraes, que, em nome da Casa do Poder Legislativo, decla-rou: “Uma Instituição que tem 55 anos

Alziro de Paiva ladeado pelos deputados Antônio Moraes e Sérgio Leite, recebendo a placa. Abaixo, o plenário que ficou superlotado.

O Jovem Legionário Alziro Paulote de Paiva representou o Presidente das IBVs na solenidade, no Recife/PE.

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Recife/PE

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já é patrimônio do Povo brasileiro. (...) É, sem dúvida nenhuma, uma data sig-nificativa para se comemorar”. Segundo ele, a LBV “merece o reconhecimento desta Casa, de todos os seus Parlamen-tares que aprovaram por unanimidade o requerimento do Deputado Sérgio Leite, para que homenageássemos essa Instituição. (...) Que Deus ilumine a todos aqui presentes, a diretoria da LBV — que com muita competência tem con-seguido levar adiante esse trabalho em Pernambuco —, ao Paiva Netto”.

O propositor do preito, Deputado Estadual Sérgio Leite, justificou a escolha da Instituição homenageada. “Agradecemos por estar aqui nesta solenidade importante para a LBV, para Pernambuco, para a Assembléia Legislativa e para todos os voluntários que ajudam a fazer com que essa Insti-tuição seja o que é hoje. (...) Em agosto, completou 30 anos de Pernambuco, está espalhada em cada lugar do nosso Estado, participando e prestando serviço de Solidariedade às pessoas. (...) É isso que eu queria dizer, parabenizar a LBV, congratular-me também com todos os Deputados que aprovaram, por unanimi-dade, esta homenagem. Há muito tempo já deveríamos ter feito isso. Parabéns a todos da LBV!”.

O Deputado Sérgio Leite salientou a importância da LBV para o Povo brasileiro. “Quero parabenizar o Paiva Netto e toda a direção pelo grande trabalho. Quando a gente tem bons propósitos e compromisso com o Povo, as coisas dão certo. É por isso que está a cada dia crescendo mais. O reconheci-

mento da Assembléia é o reconhecimento do Povo pernambucano, já que foi feito por unanimidade. E tenho certeza de que ajuda-rá a mostrar cada vez mais a importância da LBV para o Estado e para o País”.

Reconhecimento na Câmara

A láurea da Câ-mara Municipal do Recife à Legião da Boa Vontade pelos seus 55 anos foi ini-ciativa do Vereador Henrique Leite, que contou com a una-nimidade dos 41 parlamentares da Casa José Maria-no. O Dr. Sílvio Costa Filho, Ve-reador, presidiu a Sessão Solene e, no seu discurso, afir-mou que “a LBV faz com que as pessoas possam acreditar nos seus sonhos”.

O Vereador, antes de chamar o ma-estro José Eduardo Paulote de Paiva, que na ocasião representou Paiva Netto, disse que teve “o prazer e a sorte de co-nhecer o trabalho da LBV na cidade”, e que hoje tem a “honra de homenageá-la”. No começo deste ano, ele recebeu das mãos das crianças atendidas pela Entidade um quadro com a estampa de Jesus.

O maestro José Eduardo agradeceu a Sessão Solene dedicada à LBV com esta que é considerada, pelos Legioná-rios da Boa Vontade, a menor prece do mundo: “Deus Está Presente! Viva Je-sus em nossos corações para sempre!”. Ele se emocionou ao lembrar a luta de todos os voluntários e profissionais da Instituição nos 55 anos em que ela ajuda o Povo a soeguer-se: “O Brasil é um País sério. O Povo é sério. Não foi à toa que a LBV foi fundada no Brasil”. O jovem José Eduardo também citou palavras de Apparício Torelly, o Barão de Itararé (1895-1971): “A Legião da Boa Vontade é a demonstração inequí-

voca da capacidade realizadora do Povo brasileiro”.

Seguindo o exemplo do Líder da LBV, o maestro assim encerrou seu agradecimento: “Dedico esta homena-gem a Jesus, que é o nosso norte, nosso Mestre, Guia e Chefe, e que inspira a cada dia os Legionários da Boa Vontade, inspira a cada dia o seu Presidente José de Paiva Netto”.

Vários amigos da Obra comparece-ram à cerimônia, como o advogado Dr. Roberto Campos. “É uma Instituição séria que sobrevive com a Boa Vontade de terceiros, sem qualquer intervenção do Poder Público. É um trabalho bonito que tive a oportunidade de presenciar junto aos alunos, não só do Ensino Fundamental, como os da Terceira Idade, a alfabetização dessas pessoas que não tiveram acesso ao estudo. Foi uma homenagem justa. Que a população continue a ajudar porque a LBV é uma Instituição que merece. O Irmão Paiva desenvolve um belíssimo trabalho. Que Deus os ajude e sucesso para todos”.

“O reconhecimento da Assembléia é o reconhe-cimento do Povo pernam-

bucano, já que foi feito por unanimidade. E tenho certeza de que ajudará a mostrar cada vez mais a

importância da LBV para o Estado e para o País.”

Deputado Sérgio Leite

Atualidades

Da esq. para a dir.: maestro José Eduardo; os verea-dores Henrique Leite e Sílvio Costa e o representante da LBV no Nordeste, Valdenir Ferreira.

O Coral Ecumênico Infantil LBV emociona a todos no ambiente

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Inhumas homenageia Paiva Netto

Quem igualmente concedeu a honraria foi a Câmara Municipal de Inhumas, interior de Goiás, que ou-torgou o Título Cidadão Inhumense ao Diretor-Presidente da Legião da Boa Vontade, José de Paiva Netto. A proposição foi do Vereador Wellington Borges Valim, em reconhecimento aos 50 anos de trabalho do Líder da LBV na Seara da Boa Vontade e aos 48 anos da Organização no município. “A nossa comunidade sente-se honrada em tê-lo como seu novo Cidadão”, destacou.

O propositor deu início à sua fala com a Saudação Legionária. Em segui-da, explicou o porquê da homenagem. “Solidariedade, Filantropia, Amor ao próximo. Termos que de uma forma bem natural associam-se à pessoa de José de Paiva Netto. (...) Irmão Paiva Netto, este título lhe é concedido com uma maneira singela de homenagear sua figura humanitária, que com tanto zelo e dedicação vem atuando à frente

da LBV. (...) Atualmente, seu Centro Comunitário e Educacio-nal atende centenas de crianças que vivem em situação de risco social com alimentação, atividades lúdicas, orientação escolar, além de muito Amor e carinho, e é nesse contexto que Inhumas reverencia o Diretor-Presidente da LBV, o nosso Irmão Paiva Netto”.

O Presidente da Câmara Muni-cipal de Inhumas, Benedito Moreira Sobrinho, também esteve presente na Solenidade. Em seu pronunciamento, o Vereador contou que está muito feliz em agraciar o dirigente da LBV. “Não há palavras que traduzam a alegria e a satisfação que sinto neste momento feliz em que nos reunimos, em Ses-são Solene, para entregar ao Sr. José de Paiva Netto o Título de Cidadão Inhumense, com o reconhecimento do importante trabalho ecumênico e filantrópico que faz em todo o Brasil e, especialmente, à nossa querida ci-dade de Inhumas. É indeclinável dever honrar aqueles que, por seus méritos, fazem jus à admiração e à gratidão de seus semelhantes, ainda mais quando se trata de uma personalidade como José de Paiva Netto, que muito tem feito por uma sociedade mais justa e fraterna. Ele é dono de uma bondade que transcende as nossas fronteiras e a compreensão de muitos, mas, sobretudo, simples e comprovadamente honesto. É daqueles raros homens cuja formação tem sido forjada no fogo da Fé e da Caridade. É hoje uma das personalidades mais res-peitadas no mundo inteiro, para nosso orgulho de brasileiros. Que seu espírito

de luta e de bondade sirva de exemplo a nortear os nossos passos no caminho da bondade e da Fé”.

O Prefeito Aberlardo Vaz da Cos-ta Filho agradeceu todas as ações desenvolvidas pela LBV na cidade. “Para mim, é motivo de muito orgulho participar desta homenagem tão justa. Sempre que venho aqui, ouço uma frase que me chama a atenção, que é ter Jesus no coração. Quando se tem Jesus no coração, se ama, se faz caridade, se promove a Paz, se busca o bem-estar de todos. (...) A LBV tem Jesus no coração, por isso, possui todos esses predicados. Não poderíamos deixar de ter tanta satisfação de possuir a LBV em nossa cidade”.

O Jovem Legionário Alziro Paulote de Paiva, e sua noiva, Renata Tabach, representaram o homenageado Paiva Netto. Na tribuna, agradeceu a Câmara de Inhumas: “É uma honra, em nome de nosso Presidente, José de Paiva Netto, receber o Título de Cidadão Inhumense nesta belíssima home-nagem. Ele sempre acreditou no Ser Humano, nunca desistiu dele; sempre acreditou no Brasil, nunca desistiu de nossa Pátria. Essa é a principal lição que tiramos. Ele sempre teve como seu norte, como caminho a ser seguido, a Estrela mais brilhante: Jesus. E ele sempre seguiu esta Estrela”.

“Eu sou adepto daquela velha frase: ‘Um sonho que se sonha só é apenas um sonho. Mas um sonho que se sonha junto se torna realidade’”. (...) “O Brasil é um País sério. O Povo é sério. Não foi à toa que a LBV foi fundada no

Brasil.”

Dr. Sílvio Costa Filho, Presidente da Sessão Solene.

No alto, da esq. para a dir.: o Prefeito Aberlar-do Vaz Costa Filho; os representantes de Paiva Netto, Renata Tabach e Alziro de Paiva; e Mau-ro Rodrigues. Na foto seguinte, o propositor da menção Vereador Wellington Borges Valim, Alziro de Paiva e Renata Tabach.

Revista Boa Vontade �3

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Ele é responsável por ter criado um novo saque tático no vô-lei na década de 1980. Hoje, Bernard Rajzman — mais

conhecido como “Jornada nas Estre-las” — representa o Estado do Rio de Janeiro no Comitê Executivo para os Jogos Pan-Americanos que ocorrerão na capital fluminense daqui a dois anos. Além disso, o esportista foi merecidamente escolhido para ser o primeiro representante brasileiro a integrar o Hall da Fama do vôlei — uma responsabilidade grande nas mãos de um gigante no Esporte e na Solidariedade.

O premiado atleta visitou as dependências do Centro Educacio-nal, Cultural e Comunitário da LBV, localizado na zona norte da cidade e que atende, diariamente, milhares de crianças em situação de risco social. Ao chegar, Bernard foi recepciona-do pelo Coral Ecumênico Infantil LBV. Em seguida, cumprimentou as crianças e recebeu presentes con-feccionados por elas. O ex-jogador fez uma breve palestra aos alunos sobre a importância do Esporte e fez demons-trações de sua famosa jogada.

Em uma das salas visitadas, os alunos apresentaram um trabalho sobre a Paz e a Natureza e pediram ao amigo que registrasse na “Árvore de Recados” uma mensagem sobre o Dia Internacional da Paz e Dia da Árvore. “Muita Paz a todos que pro-movem o bem-estar social”, escreveu Bernard.

Em entrevista, o consagrado atleta declarou que admira as iniciativas da

Instituição há tempos. “Historica-mente conheço bastante o trabalho da LBV e não me surpreendo, pois a qualidade dos serviços prestados me orgulha. Eu agradeço muito. Já visitei muitas outras unidades da LBV pelo País afora, desde a década de 1980, quando jogava voleibol. Sou um fã e espero que vocês continuem com essa força de Boa Vontade e que

exalem esse sentimento para toda a população, porque são programas como esses que servem de exemplo e que fazem um País igualmente justo na divisão de riquezas entre todos. Parabéns!”.

Carreira vitoriosa

Por escolha de uma comissão es-pecial presidida por dirigentes da Fe-deração de Vôlei dos Estados Unidos, Bernard passará a integrar o Hall da Fama do vôlei, na cidade de Holyoke, Estado americano de Massachusetts,

onde o Esporte foi criado. “É um orgulho muito grande ter sido o primeiro jogador latino-americano indicado. Recebo isso como um reco-nhecimento de que a minha geração foi o início do que o vôlei brasileiro significa hoje para o mundo”, disse o medalhista de prata na Olimpíada de Los Angeles (1984).

Criado em 1985, o Hall da Fama

conta com 60 integrantes e tem ape-nas três representações da América Latina: o técnico argentino Julio Velasco e as ex-jogadoras cubanas Mireya Luis e Regla Torres.

Bernard Rajzman, entre outros títulos, foi medalhista de prata na Olimpíada de 1984 e no Mundial de 1982. Ele também conquistou sete Sul-Americanos e uma edição dos Jogos Pan-Americanos (1983), atuando pela Seleção Brasileira. Em 2000, foi finalista do concurso de melhor jogador de vôlei do século XX.

Bernard, o inventor do saque “Jornada nas Estrelas”, visita Centro Educacional da LBV no Rio.

______________Mônica Moraes

Esportista e solidário

“Historicamente conheço bastante o trabalho da LBV e

não me surpreendo, pois a qualidade dos serviços prestados

me orgulha.”Bate-papo descontraído entre Bernard e as crianças atendidas pela LBV.

Bernard ao microfone da Super

Rádio Brasil AM 940 kHz

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Atualidades

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O Centro Comunitário e Edu-cacional da Legião da Boa Vontade da capital pernam-bucana (Endereço: Rua dos

Coelhos, 219, Boa Vista, CEP 50070-550, tel.: (81) 3413-8600) recebeu a visita do Deputado Estadual Geraldo Coelho. Ele foi recepcionado pelo Coral Ecumênico Infantil, composto pelos beneficiados do programa LBV: Criança – Futuro no Presente! O Deputado recebeu de presente a ma-jestosa estampa de Jesus. “Eu já era temente a Deus e, a partir de agora, serei muito mais”, disse.

Sobre as atividades da Legião da Boa Vontade em todo o Brasil e no Estado, ele observa: “De algum tempo eu venho acompanhando o

___________Vânia Besse

Deputado Estadual Geraldo Coelho

visita LBV do Recifetrabalho da LBV continuamente, por meio de divulgações em âmbito na-cional e, recentemente, com projeção internacional. Inclusive, sempre con-tribuo com a LBV, por acreditar no trabalho social voltado às crianças e aos idosos”.

Em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Rádio, o Deputado Geraldo Coelho ressaltou a impor-tância da LBV no Recife: “Estive vendo as crianças em atividades, recebendo as refeições e orienta-ções de música. Tenho a certeza de que não será, no amanhã, uma criança de rua, será um cidadão que constituirá uma família com outro nível, dignidade, respeito e forma-ção moral. Eu considero o trabalho

da LBV excelente”, comentou.O visitante ficou impressionado

com a atuação socioeducacional da LBV, principalmente na valorização da Melhor Idade, oferecendo-lhe melhores condições de vida. “A LBV corresponde realmente ao que nós desejamos como sociedade. O apoio aos idosos é altamente importante, principalmente para ocupar o tempo ocioso de cada um com atividades significativas”.

E aproveitou para parabenizar “o Diretor-Presidente José de Paiva Netto, que vem obstinadamente nestes anos ganhando a confiança do Povo, das autoridades, e mantendo esta Ins-tituição, que deve ser preservada ao longo dos anos”.

Deputado Geraldo Coelho foi recebido pelas crianças atendidas na LBV

“Tenho a certeza de que (a criança amparada pela Legião da Boa Vontade) não será, no amanhã, uma criança de rua, será um cidadão que constituirá uma família com outro nível, dignidade, respeito e formação moral. Eu considero o trabalho da LBV excelente.”

Deputado Geraldo Coelho presenteado com a estampa da Jesus

“A LBV corresponde realmente ao que nós desejamos como sociedade. O apoio aos idosos é altamente importante, principalmente para ocupar o tempo ocioso de cada um.”

Fotos: Vânia Besse

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Pela integração familiar

Jornalista Walter Periotto

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Continuo a apresentação do Esta-tuto do Idoso, uma série de bene-fícios outorgados pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula

da Silva, para aqueles que atingiram os 60 anos de idade. Abaixo, os seus direitos no que diz respeito ao transporte público e privado. Fique atento!

Do TransporteArt. 39. Aos maiores de

65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a gratuidade dos transportes coletivos públicos urbanos e semi-urbanos, exceto nos serviços seletivos e espe-ciais, quando prestados paralela-mente aos serviços regulares.

§ 1o Para ter acesso à gratui-dade, basta que o idoso apresente qualquer documento pessoal que faça prova de sua idade.

§ 2o Nos veículos de transporte coletivo de que trata este artigo, serão reservados 10% (dez por cento) dos assentos para os idosos, devidamente identificados com a placa de reservado preferencialmente para idosos.

§ 3o No caso das pessoas compreen-didas na faixa etária entre 60 (sessenta) e 65 (sessenta e cinco) anos, ficará a critério da legislação local dispor sobre as condições para exercício da gratuida-de nos meios de transporte previstos no caput deste artigo.

Estatuto do Idosoe os seus direitos no transporte público e privado

Art. 40. No sistema de transporte coletivo interestadual observar-se-á, nos termos da legislação específica:

I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para idosos com renda igual ou inferior a 2 (dois) salá-rios-mínimos;

II – desconto de 50% (cinqüenta por cento), no mínimo, no valor das pas-sagens, para os idosos que excederem as vagas gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos.

Parágrafo único. Caberá aos órgãos competentes definir os mecanismos e os critérios para o exercício dos direitos previstos nos incisos I e II.

Art. 41. É assegurada a reserva, para os idosos, nos termos da lei

Das Disposições Gerais

Art. 43. As medidas de proteção ao idoso são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:

I – por ação ou omissão da so-ciedade ou do Estado;

II – por falta, omissão ou abuso da família, curador ou entidade de atendimento;

III – em razão de sua condição pessoal. CAPÍTULO IIDas Medidas Específicas de Proteção

Art. 44. As medidas de proteção ao idoso previstas nesta Lei poderão ser aplicadas, isolada ou cumulativamente, e levarão em conta os fins sociais a que se destinam e o fortalecimento dos vín-culos familiares e comunitários.

Art. 45. Verificada qualquer das hi-póteses previstas no art. 43, o Ministério Público ou o Poder Judiciário, a reque-rimento daquele, poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:

I – encaminhamento à família ou curador, mediante termo de responsa-bilidade;

II – orientação, apoio e acompanha-mento temporários;

III – requisição para tratamento de sua saúde, em regime ambulatorial, hospitalar ou domiciliar;

IV – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a usuários dependentes de drogas lícitas ou ilícitas, ao próprio idoso ou à pessoa de sua convivência que lhe cause perturbação;

V – abrigo em entidade;VI – abrigo temporário.

“Não desprezo o passado. Ah, como eram grandes os

que construíram as pirâmides, as voûtes imensas, as velhas

catedrais.”Oscar Niemeyer

local, de 5% (cinco por cento) das vagas nos estacionamentos públi-cos e privados, as quais deverão ser posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao idoso.

Art. 42. É assegurada a prio-ridade do idoso no embarque no sistema de transporte coletivo.

TÍTULO IIIDas Medidas de Proteção

CAPÍTULO I

Melhor Idade

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Estimular o vínculo entre os familia-res é objetivo do programa “Centro Dia”, iniciativa de sucesso do Lar da LBV para a Melhor Idade, localizado em Volta Redonda, interior do Rio de Janeiro. A iniciativa completou um ano no dia 31 de agosto e, ao longo deste tempo, tem transformado a vida de Vovôs e Vovós.

Aos 86 anos, o senhor Aurino Cardo-so, que escreve poemas, confessa estar feliz por ser beneficiado pelo Lar da LBV. “É um ambiente saudável, de paz, tranqüilidade e carinho. De maneira que a gente se sente muito feliz nesse local”. Ouvinte da Super Rede Boa Vontade de Rádio, o vovô disse que aprendeu muita coisa com a programação da emissora. “Eu era nervoso e aqui adquiri humilda-de, educação e Espiritualidade, porque a matéria sem Espírito não evolui. São

lições educativas que aprendemos, não desejar mal aos outros, não ter ódio”, comenta.

Em nome de todos os beneficiados, ele declamou um poema de sua autoria para homenagear os presentes na ce-rimônia que brindou o aniversário do programa, criado para dar assistência, durante o dia, aos idosos menos fa-vorecidos, que, na maioria das vezes, ficam sozinhos em casa.

Quem é atendido pelo Lar da LBV recebe cinco refeições diárias balan-ceadas e participa de atividades diversas que ajudam os idosos a se manterem em movimento, como caminhadas, passeios a museus, festas, fisioterapia e terapia ocupacional com trabalhos manuais.

Todas as ações são acompanhadas por fisioterapeutas, enfermeiros, médi-

cos, psicólogos e assistentes sociais, que atuam com amor e carinho para propor-cionar a melhoria da qualidade de vida dos beneficiados, dando amparo físico, social, moral e espiritual. E o senhor Cardoso, dos versos e das rimas, resume o Lar no “melhor lugar que conheci, onde se tem Amor e pratica a Caridade. “Peço a Deus que sempre abençoe o Irmão Paiva”, pontua.

O Lar da Legião da Boa Vontade, em Volta Redonda/RJ, está localizado na Ave-nida Nossa Senhora do Amparo, 5.079, Santa Rita do Zarur. O telefone para outras informações é: (24) 3346-7150. [S.B.]

Pela integração familiarPrograma “Centro Dia”, desenvolvido no Lar da LBV em Volta Redonda, comemora um ano de sucesso.

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Dia do RadialistaEm todo o Brasil, crianças atendidas pela LBV homenageiam radialistas pelo seu dia.

A jornalista Monikinha nos estúdios da Nativa FM, do Rio de Janeiro/RJ, recebe o carinho das crianças da LBV.

Os radialistas Bap e Acker, da Rádio Guanabara do Rio, conversam ao vivo com a garotada da LBV.

O radialista Heleno Rotai também da Rádio Nativa FM, mostra a revista BOA VONTADE, ao lado das crianças da LBV.

Equipe feminina da Rádio Zebu, de Uberaba/MG, recebe com carinho as crianças amparadas pela LBV. Ao vivo, as radialistas puderam conversar com atendidos e colaboradores sobre as ações sociais da Instituição no Triângulo Mineiro.

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Há 60 anos, o então Presidente Getúlio Vargas assinou de-creto estabelecendo níveis mínimos de remuneração

para aqueles que trabalham no Rádio. Assim, o 21 de setembro de 1945 marcou o início da profissão de ra-dialista em território nacional. De lá para cá, o meio de comunicação que Roquete Pinto (1884-1954) trouxe ao País tem servido de instrumento para que esses comunicadores cumpram, com êxito, a tarefa idealizada pelo fundador do rádio no Brasil, que é exercer a função social.

Em todo o Brasil, crianças be-neficiadas com as ações da LBV homenagearam profissionais desta mídia pela passagem do dia 21. No Rio de Janeiro/RJ, o passeio começou cedo nos estúdios da Super Rede Boa Vontade de Rádio (940 AM). A garotada saudou o radialista Paiva Netto — por ter criado a Super RBV, emissora que está em 1º lugar na fidelização da audiência, de acordo com o Ibope —, e gravou um jogral

narrando a história da Instituição que iniciou sua notável trajetória em um estúdio de rádio, com o memorável programa Hora da Boa Vontade (4 de março de 1949), apresentado pelo saudoso fundador da LBV, Alziro Zarur (1914-1979).

Os radialistas da Nativa FM, entre eles Heleno Rotai, Monikinha e Garcia Júnior, além do produtor Nonato Viegas, também foram ho-menageados pelas crianças do Centro Educacional da Instituição. Rotai, que comanda o programa matinal Tô

Acontece

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Na RBS TV do sul do País, as crianças vivenciaram a correria de uma rede de Televisão, atrás das camêras.

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Ligado, foi surpreendido pelos alunos da Legião da Boa Vontade. Ao abrir a programação, Rotai destacou a presença da Obra. “Quero agradecer a criançada da LBV que veio prestar uma homenagem pelo Dia do Radia-lista. Muito obrigado pelo carinho de vocês e por esta visita”.

A visita estendeu-se também à Rádio Guanabara, da Rede Bandei-rantes. Os apresentadores do progra-ma Boca Livre, Luís Antônio Bap, Henrique Acker, o jornalista Lindinor Laranjeira, a produtora Lorraine Mar-tins e os convidados da mesa, Alex Simões, a jornalista Cristina Santiago e o filósofo Rogério Strassburger, ficaram felizes com a surpresa dos alunos atendidos pela Obra. Os ra-dialistas Bap e Acker transmitiram ao vivo o momento da homenagem: “o pessoal em casa não está entendendo nada, mas é a criançada da LBV que está aqui para comemorar o dia do radialista conosco. Onde tem criança tem Deus. Um abraço para a LBV”.

As emissoras de rádio Zebu e Su-per Som tiveram a visita dos meninos e meninas atendidos pela Instituição em Uberaba, Triângulo Mineiro.

Um dos mais antigos radialistas de Florianópolis, Eraldo Monteiro, recebeu em seu programa Show da Cidade a lembrança das crianças da LBV. “Essa homenagem quem me presta é a Legião da Boa Vontade, do nosso querido Paiva Netto e do saudoso Alziro Zarur. Estão aqui, nos estúdios da emissora, meni-nos que fazem parte do programa Criança — Futuro no Presente!, da LBV, do Paiva Netto. Estou honrado, porque é a única homena-gem que recebo nesta data”, disse Eraldo.

Rio Grande do Sul:Emissoras do Grupo RBS recebem as crianças da LBV

Em 25 de setembro, Dia do Rádio, integrantes da Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus e atendidos pelo programa

LBV: Criança — Futuro no Pre-sente!, além de homenagearem a Super Rede Boa Vontade de Rádio AM 1300, na capital gaúcha, vi-sitaram outros comunicadores e cumprimentaram suas equipes nas Rádios Farroupilha e Rural, ambas do grupo RBS (Rede Brasil Sul de Comunicação).

Na Rádio Farroupilha AM, o comunicador Farid Germano Filho e o produtor Thiago Bittencourt receberam os guris da LBV no Pro-grama de Domingo. As crianças en-tregaram um cartão confeccionado por elas, o que emocionou Farid, “um admirador da LBV há muitos anos”. No decorrer da participação, as músicas Mérito à Solidariedade e Flores em Vez de Mísseis foram cantadas pela garotada.

No dia seguinte (26), da mesma forma, a homenagem tocou o co-ração dos amigos da Rádio Rural AM, os quais também abriram um espaço no Programa Revista. A recepção foi feita pelo próprio apresentador do programa, Mar-celo Machado, Coordenador da RBS TV, filiada à Rede Globo de Televisão.

Machado proporcionou às crian-ças uma agradável visita às depen-

dências da RBS TV. Diante de tanta alegria, agradeceu: “Ficamos muito contentes com a presença da LBV, obrigado pelo carinho. Nós continuaremos sempre à disposição de vocês, tanto na Rádio Rural como em todos os nossos veículos do grupo RBS”.

Em entrevista à Rede Boa Von-tade de Comunicação, Machado expressou seu carinho: “Eu tenho escutado a programação da Boa Vontade, e o tipo do trabalho que vocês realizam é um trabalho dife-renciado, aqui no Brasil e em todo o mundo. Precisamos de ações de pessoas e empresas éticas, e vocês trabalham muito bem no Terceiro Setor”. O radialista disse ainda que o trabalho da LBV não apenas ensina como “dá condições para que essas pessoas possam se de-senvolver no dia-a-dia, e é isso que a sociedade espera, que elas sejam cada vez mais capacitadas, que não só freqüentem uma escola”.

Crianças da LBV prestam homenagem à Rádio Guaíba

No dia 26 de setembro, crianças atendidas em Porto Alegre pelo pro-

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Maurício de Sá, da Rádio Super Som de Uberaba/MG.

Eraldo Monteiro entrevista crianças da LBV nos estúdios da Rádio Gazeta, de Florianópolis/SC.

Rogério Pulowsky, responsável pela programação da 98 FM de Curitiba/PR, recebendo o cartão feito pelas crianças da LBV.

Os atendidos pela LBV com o locutor Marquinhos Ribeiro, da 98 FM.

Elisa Rodrigues

O comunicador Farid Germano Filho recebe cartão das crianças da LBV na Rádio Farroupilha, de Porto Alegre/RS.

Ao receber a lembrança, o radialista Marcelo Machado lê o nome de cada criança no ar e agradece o carinho na Rádio Rural.

Soldadinhos de Deus cantam e encantam na Rádio Farroupilha

Nos estúdios da Rádio Guaíba as crianças falam ao vivo

O radialista Strelow e Flávio Portela, da Rádio Guaíba, com cartões que receberam das crianças da LBV.

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grama LBV: Criança — Futuro no Presente! visitaram a Rádio Guaíba, na passagem do Dia do Rádio. Na oportunidade, o Chefe de Reporta-gem, jornalista e apresentador Flávio Portela, recebeu a garotada com muita gentileza, mostrando as dependências da emissora e detalhando em cada ambiente como funciona um dos mais importantes veículos de comunicação — o rádio.

Os pequeninos, bastante atentos ao que lhes era mostrado, faziam perguntas ao jornalista que cari-nhosamente respondia todas as questões, impressionado com o interesse dos visitantes. “Vocês trouxeram alegria para o nosso tra-balho hoje”, disse. Depois, o radia-lista conversou sobre o programa esportivo da emissora e recebeu muitos palpites dos guris que,

como qualquer torcedor brasileiro, não perderam a oportunidade de comentar sobre a colocação de seus times no Campeonato Brasileiro.

A homenagem foi encerrada com a música Mérito à Solidarie-dade. Portela agradeceu a presença da Legião da Boa Vontade neste dia em especial. “Aqui estaremos sempre à disposição para divulgar as obras da LBV”.

Acontece

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O povo brasileiro parou, no último 28 de setembro, para dar adeus a um dos mais memoráveis humoristas do

País: Ronald Golias, que falecera um dia antes, aos 76 anos, na cidade de São Paulo.

O artista iniciou sua carreira nos idos da década de 1940, em um grupo de acrobacias aquáticas. Em 1967, levou para a televisão seu personagem Bronco, que já fazia sucesso no cinema. Carlos Bronco Dinossauro estreou no humorístico A Família Trapo, e acabou se transformando em um dos mais di-vertidos quadros do seriado.

E era do seu jeito maroto, mas since-ro, que ele saudava também as causas as

Ronald GoliasHomenagem a

à mentira, à violência, aos vícios que prejudicam a saúde, enfim, toda essa luta são os bons ensinamentos que temos recebido por meio da LBV, todo o bem que ela tem feito (...). Gostaria de ficar falando aqui dois dias (risos), porque é muito gostoso, muito bom e eu me sinto muito à vontade”.

Por todo este carinho e pelo grande homem que foi e é, pois não existe morte em nenhum ponto do Universo, que a LBV e seu dirigente, José de Paiva Netto, prestam aqui essa singela homenagem, solidarizando-se também com os fami-liares do querido humorista. Ao caro Golias, onde quer que esteja, receba as mais sinceras vibrações de Paz e Amor ao seu Espírito eterno. [R.O.]

Atuando ao lado de seu velho amigo Carlos Alberto de Nóbrega, Ronald Golias era presença

marcante na Praça é Nossa, do SBT.

quais tinha respeito. Em 1989, em depoi-mento a Revista LBV nº 4, de dezembro de 1989, Ronald Golias manifesta sua admiração pelos programas socioedu-cacionais da Legião da Boa Vontade: “Acho o trabalho da LBV maravilhoso, não só eu, como o Brasil todo. (...) É um trabalho muito profundo, porque leva otimismo e bons ensinamentos. Apro-veito para mandar um grande abraço ao Paiva Netto e a todos os amigos que estão sempre com ele nessa luta maravilhosa. Uma luta bonita. A LBV tem levado tantas alegrias, e o Ser Humano necessita muito disso. No meu entender, todo Ser Humano é bom. Agora, precisa de calor humano. Precisamos nos comunicar bem, nos respeitar (...). Então, o combate

In Memoriam

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Buscai, primeiramente, o Reino de Deus e Sua Justiça, e todas as coisas materiais vos serão acrescentadas (Evangelho de Jesus, segundo Mateus, 6:33).*4

“E esta deveria ser a primeira gran-de lição a ser dada nas universidades do mundo e a cartilha dos políticos da Terra: primeiramente, o conhecimento do Poder de Deus e Sua Justiça incor-ruptível, porquanto todas as coisas de que carecemos serão concedidas àqueles que se empenharem em aprender judi-ciosamente os Divinos Carismas que conduzem a Terra pelo espaço e que permitem a nossa existência sobre o seu solo, a despeito de pátrias, povos, raças, religiões, regimes sociais, políticos e econômicos”.____________________*1 O texto refere-se ao processo denominado Globalização, que, tendo tomado maior impulso a partir da década de 1990, retrata a tendência crescente de unificação de todos os povos e países da Terra, tornando-os cada vez mais interdependentes, tanto em termos econômicos quanto socioculturais.*2 e 4 Palavras de Paiva Netto, publicadas em seu livro Somos todos Profetas (Editora Elevação).*3 Pronunciamento do dirigente da LBV proferido durante o programa Cortando Estradas, transmitido pela Super Rede Boa Vontade de Rádio, no dia 7/4/1997.

Pedagogia do Cidadão Ecumênico

Terceiro Princípio

Vivência da____________________________

Equipe de Estudos Ecumênicos

A Pedagogia do Cidadão Ecumê-nico, Pedagogia do Afeto, tese pioneira do educador Paiva Netto, é vocacionada a educar

para a cidadania. Porém, de que cida-dania estamos falando? O conceito co-mumente aceito amplia-se, não estando mais circunscrito a fronteiras nacionais. Emerge, atualmente, uma proposta de cidadania ligada a uma nova geopolítica — a do Planeta — que estabelece a asso-ciação planetária num mundo contraído e interdependente*1.

A Cidadania Ecumênica é, porém, ainda mais abrangente do que a Cida-dania Planetária, porque esta se cumpre nos limites do mundo físico, mas a vida não se encerra aí:

“A compreensão das massas ir-se-á maturando até que entendam o valor da cidadania, no sentido lato, pois não é suficiente considerar o cidadão apenas no seu contexto físico, mas também no espiritual, porque qualquer componente dos grupos humanos é, em resumo, for-mado por corpo e Alma. Afinal somos originalmente Espírito. Eis o sentido completo de cidadania”. (...)*2

A definição de Cidadania, com a qual a Pedagogia do Cidadão Ecumênico tra-balha, pode ser encontrada nas seguintes palavras do educador Paiva Netto:

“A verdadeira Educação e a verda-deira Cidadania começam no Espírito. Queremos nós, cidadãos do Universo, antes de cidadãos terrenos ser cidadãos celestes.” (...)*3

É importante destacar ainda que o denominador comum necessário ao

Cidadania Ecumênica

estabelecimento de uma cidadania pla-netária é, justamente, o fato de sermos originalmente Espíritos. Esta condição suplanta todas as barreiras geográficas, raciais, políticas, religiosas ou cultu-rais.

Exercício dos deveres espirituais

Para o estabelecimento da Cidadania Ecumênica, a Pedagogia do Cidadão Ecumênico sugere para as universidades e para os homens públicos o enfoque destacado pelo escritor Paiva Netto:

“Quando realizei, na série O Apo-calipse de Jesus para os Simples de Coração, palestra que denominei ‘A Política da Caridade Completa’, durante a qual falei sobre Reeducação, Saúde e União das Duas Humanidades, ponderei que a LBV acerta ao empenhar-se nesse rumo — e tantos proclamam ser ela um ótimo paradigma —, seguindo esta orientação evangélica de Jesus a Simão Pedro, o Grande Pescador da Galiléia: — Apascentai! Quer dizer, educai, curai; portanto, socorrei, protegei; deveis esclarecer os que precisam das luzes culturais; contudo, também das Divinas. Senão, o Cristo não nos teria advertido:

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