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3 Bola Preta Editorial Um abraço e boa leitura Um abraço e boa leitura Um abraço e boa leitura Um abraço e boa leitura Um abraço e boa leitura Fabio Humber abio Humber abio Humber abio Humber abio Humberg Nesta Edição Cartas Crescimento Profissional Fique de Olho Gente do Frio Refrescando a Cuca Capa Frio no Mundo Pergunte à Embraco Bate-Bola Opinião Índice 4 5 6 8 10 11 13 14 17 19 Pergunte à Embraco: Saiba tudo sobre o relé PTC, numa matéria que explica suas diferenças em relação aos relés eletromecânicos. E, nas páginas 16 e 17, conheça mais sobre o que é e quais são as funções do condensador, um importante componente do sistema de refrigeração. Capa: Parece que foi ontem, mas já faz dez anos que os compressores ecológicos, sem o uso de CFCs, chegaram ao mercado. Hoje, sua presença está consolidada e surgem novas tendências em termos de fluidos refrigerantes. Veja nesta edição uma retrospectiva de como foi esse processo e qual o papel que a Embraco teve nele. Mundo do Frio: A parceria entre a Embraco e o navegador Amyr Klink continua, e recentemente o barco Paratii 2 recebeu compressores de última geração, com altíssima eficiência energética. Para a Embraco, é uma grande oportunidade de dinamizar o desenvolvimento de seus produtos e medir a eficiência dos equipamentos que os incorporam em ambientes diferenciados. 10 14 11 Muita gente vem se queixando de que o ano de 2002 foi difícil. É verdade que, hoje, em função da globalização, os problemas que ocorrem numa parte do mundo têm reflexos para todo mundo. Mas não se deve adotar uma atitude pessimista. É importante lembrar que, na cultura oriental, crise e oportunidade são palavras que têm uma associação muito próxima, sendo representadas pelo mesmo ideograma. E as oportunidades estão aí, para quem as quiser enxergar. O entrevistado desta edição, o professor Stephen Kanitz, dá algumas dicas para aproveitá- las, destacando-se da concorrência e garantindo a fidelidade dos clientes. Uma delas é usar a criatividade, um grande diferencial que só depende de você. Outro conselho dado por ele: sempre se antecipar às necessidades e desejos de seus clientes. Seguindo essas dicas e outras que você certamente poderá buscar em outras fontes – lembrando sempre que não se pode ficar acomodado, mesmo quando a situação parece muito boa –, as dificuldades sempre serão superadas e você terá o reconhecimento que merece. Desejamos a todos um Feliz Natal e um 2003 repleto de oportunidades e realizações. Bate-Bola: Relembrar os fundamentos e o funcionamento do sistema de refrigeração é sempre útil. Veja nesta matéria. 17

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3 Bola Preta

Editorial

Um abraço e boa leituraUm abraço e boa leituraUm abraço e boa leituraUm abraço e boa leituraUm abraço e boa leitura

FFFFFabio Humberabio Humberabio Humberabio Humberabio Humberggggg

Nesta Edição

CartasCrescimento ProfissionalFique de OlhoGente do FrioRefrescando a CucaCapaFrio no MundoPergunte à EmbracoBate-BolaOpinião

Índice

4568

101113141719

Pergunte àEmbraco:

Saiba tudo sobreo relé PTC, numa matériaque explica suas diferençasem relação aos reléseletromecânicos. E, naspáginas 16 e 17, conheçamais sobre o que é e quaissão as funções docondensador, um importantecomponente do sistema derefrigeração.

Capa:Parece que foiontem, mas já

faz dez anos queos compressores

ecológicos, sem o uso deCFCs, chegaram ao mercado.Hoje, sua presença estáconsolidada e surgem novastendências em termos defluidos refrigerantes. Vejanesta edição umaretrospectiva de como foiesse processo e qual o papelque a Embraco teve nele.

Mundo doFrio:A parceria entre aEmbraco e o navegadorAmyr Klink continua, erecentemente o barcoParatii 2 recebeucompressores de últimageração, com altíssimaeficiência energética. Paraa Embraco, é uma grandeoportunidade de dinamizaro desenvolvimento de seusprodutos e medir aeficiência dosequipamentos que osincorporam em ambientesdiferenciados.

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11Muita gente vem se

queixando de que o ano de 2002foi difícil. É verdade que, hoje,em função da globalização, osproblemas que ocorrem numaparte do mundo têm reflexospara todo mundo.

Mas não se deve adotar umaatitude pessimista. Éimportante lembrar que, nacultura oriental, crise eoportunidade são palavras quetêm uma associação muitopróxima, sendo representadaspelo mesmo ideograma.

E as oportunidades estão aí,para quem as quiser enxergar.O entrevistado desta edição, oprofessor Stephen Kanitz, dáalgumas dicas para aproveitá-las, destacando-se daconcorrência e garantindo afidelidade dos clientes. Umadelas é usar a criatividade, umgrande diferencial que sódepende de você. Outroconselho dado por ele: semprese antecipar às necessidades edesejos de seus clientes.

Seguindo essas dicas eoutras que você certamentepoderá buscar em outras fontes– lembrando sempre que não sepode ficar acomodado, mesmoquando a situação parecemuito boa –, as dificuldadessempre serão superadas e vocêterá o reconhecimento quemerece.

Desejamos a todos um FelizNatal e um 2003 repleto deoportunidades e realizações.

Bate-Bola:Relembrar osfundamentos e ofuncionamento

do sistema de refrigeração ésempre útil. Veja nestamatéria.

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4 nº 73 – Dezembro/2002

Cartas

Expediente

Bola Preta é uma publicação trimestral da Embraco – Empresa Brasileira de Compressores S/A, dirigida aos profissionais da

refrigeração, editada pela Editora CLA Cultural Ltda. Rua Coronel Jaime Americano 30 – salas 12-13 – CEP 05351-060. São

Paulo – SP – Brasil. Tel/fax: (11) 3766-9015. E-mail: [email protected]. Diretor: Fabio Humberg. Editor-chefe:Ernesto Klotzel. Editora: Adriana Fonseca. Diagramação: João Carlos Porto. Circulação e cartas: Cristina Bragato. Conselho

Editorial: Cleide Jane Vieira, Daílson Farias, Gilmar Pirovano, João Martins, Lorecy Contrera, Rafael Krause, Sérgio A. Dias

e Valter Gamba. Tiragem: 49.500 exemplares (39.500 em português e 10.000 em espanhol). Impresso em Direct-to-Plate pela

W. Roth (tel: 6436-3042).

BOLBOLBOLBOLBOLA PRETA PRETA PRETA PRETA PRETAAAAA

Filiado à ABERJE

Comentários e sugestões deum leitor muito atentoTransmito-lhes alguns comentários surgidosda leitura do último número de Bola Preta.Em primeiro lugar, queria dizer que uma re-vista como esta gera na pessoa que a recebeuma espécie de fidelidade com a Embraco,nos dá uma segurança com o produto comque estamos trabalhando, além de receber-mos informação técnica direto da fábrica –que seria difícil de conseguir de outra manei-ra. Comecei a ler a última revista pela maté-ria “Economia de energia: uma prioridadepremiada”, lendo ali que uma série de gela-deiras cujo serviço técnico está a meu cargo(Consul e Bosch) tem os equipamentos quepoupam até 40% de seu consumo. Casual-mente, no dia seguinte passei por uma lojade eletrodomésticos com a qual mantenhouma estreita relação comercial e observei quena vitrine estavam colocando uma geladeiraConsul CRA 32A recém-chegada. Comenteicom o dono sobre o diferencial da geladeirae, poucos dias depois, colaram nela um anún-cio em que está destacado o seu baixo con-sumo. Outra matéria muito interessante foi“O futuro da profissão de refrigerista”. Comovocês, considero indispensável a constanteatualização. No meu caso particular, faz trêsanos que comecei a incursionar no sistemaNo Frost. Agora sou o único na região queconhece o tema. Por último, sugiro que sejacriada uma seção fixa, mostrando como fun-cionam as assistências técnicas nos diferen-tes países, com opiniões, tendências do mer-cado, custos etc., na qual os próprios donosde oficinas contem suas experiências. RubenC. Rizzo – Sunchales – SF – ArgentinaCaro Ruben: agradecemos muito a sua car-ta, que mostra que você realmente lê a re-vista e está preocupado em ser um profissi-onal cada dia melhor.

Agradecimentos ehomenagensÉ com grande admiração que parabenizo arevista Bola Preta pela divulgação desse ma-terial de grande importância e que muito temcontribuído para a atualização dos profissi-

onais da refrigeração. Gilvan RodriguesSantos – Aracaju – SE – BrasilAntes de tudo, felicito-os pela revista e suanova apresentação. Sou um seguidor da re-vista e não quero que me falte. É realmentealgo especial neste mundo tão complicado eegoísta que com-partilhem com todaa família de re-frigeristas os avan-ços técnicos que nosajudam a ser melho-res profissionais.Americo Galeazzi –G a l e a z z iRefrigeración –Maldonado – UruguaiGostaria de parabenizá-los por esta revistatão informativa, que meu esposo já recebehá mais de 2 anos. Acho tão interessanteque até eu costumo lê-la. Gostaria de fazeruma surpresa para meu marido, parabeni-zando-o pelo ótimo profissional que é. Ele

trabalha há cinco anos noramo de refrigeração esempre dá o melhor de si.O nome dele é ErieltonAparecido MarquesLorente. Regiane deLima Silva Lorente –Presidente Prudente –SP – BrasilRecebi com grande satis-

fação meu primeiro exemplar da revista, como qual veio junto o formulário de atualiza-ção de dados, que preenchi e enviei. A revis-ta está muito interessante. É muito impor-tante estar atualizado para oferecer ummelhor serviço e fazer um mundo melhor.Muito obrigado e sigam em frente para queBrasil e Argentina estejam cada vez maisunidos. Juan José Latorre – RefrigeraciónLatorre – Buenos Aires – ArgentinaDesde que conheci a refrigeração gostei daprofissão. Agradeço à Embraco pela revis-ta. Espero continuar recebendo-a para memanter bem informado das mudanças quepodem surgir com a tecnologia. Julio CesarCea Garcia – San Salvador – El SalvadorSou admirador do excelente trabalho que a

revista vem desempenhando durante essesanos de existência. Várias dúvidas na áreade refrigeração são esclarecidas através devocês. Parabéns e sucesso permanente! Ro-gério Nascimento Barroso – Belém (PA) –BrasilAmigos, nossa razão de existência sãovocês. Por isso, os elogios são bem-vindos,mostrando que estamos “acertando amão”. Sintam-se à vontade para fazer suassugestões e também para criticar, quandonão gostarem de alguma coisa. Assim, es-tarão ajudando a tornar nossa Bola Pretacada vez melhor.

Quem conhece, quer receberFiquei muito impressionado com a revistaBola Preta: um alto nível cultural de infor-mações da melhor qualidade técnica. Erasimplesmente tudo que eu esperava de umarevista. Desejo me tornar assinante destarevista, pois é de fundamental importânciano meu ramo de trabalho esse conhecimentotécnico de alto nível. Emídio Rafael Ramosde Souza – Rio de Janeiro (RJ) – BrasilSou novo na profissão e conheci a revistacom colegas. Na seção Pergunte à Embracoaprendi com instalar o filtro secador e mui-tas informações boas.Gostaria de receber arevista em meu endereço residencial. JoelRocha da Silva – Salvador (BA) – BrasilEmídio, Joel e as centenas de profissionaisque nos escreveram solicitando assinatu-ras da revista já estão cadastrados e passa-rão a recebê-la.

Elogio de professorAgradeço a publicação de minha entrevista,pois a matéria ficou belíssima, e me coloco àdisposição, em nome do meu coordenador,Prof. Péricles, para prestar outros esclareci-mentos para vossa revista. Um abraço cor-dial, de todos que fazem o curso de refrige-ração do CEFET-PE. Professor Ageu Ma-tos – Recife (PE) – BrasilProfessor Ageu, nós é que temos de agrade-cer pelas informações que nos deu. Sempreque houver novidades do CEFET-PE, a re-vista está pronta para publicar, pois é umdos melhores cursos do país.

Para entrar em contatoEscreva para Bola Preta, R. Cel. JaimeAmericano 30 – salas 12/13 – 05351-060 – São Paulo – Brasil. Se preferir,envie um fax para (11) 3766-9015 ou e-mail para [email protected].

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5 Bola Preta

Crescimento Profissional

As três escolas de refrigeração/arcondicionado do Senai-Ceará home-nageiam personalidades: a sede é oCentro de Modelo de Educação Pro-fissional Antonio Urbano de Almeida,dedicado ao ensino básico em refri-geração e ar condicionado. O Centrode Formação Profissional Waldyr Diogode Siqueira – também em Fortaleza –mantém cursos de ar condicionado au-tomotivo, enquanto o Centro de Ensi-no e Tecnologia Alexandre Figueira Ro-drigues é a base de operações da Uni-dade Móvel e das equipes volantes,com base no município de Maracanaú.

Cada uma dessas unidade de ne-gócios foi configurada para cobrir asnecessidades específicas da região. Oscursos abrangem desde o jovem com1º grau completo que quer se iniciar narefrigeração ao profissional que desejaaproveitar as oportunidades oferecidaspelo ar condicionado automotivo.

Acesso inicial à profissão

O CEMEP Antonio Urbano de Al-meida oferece com seus cursos básicosde refrigeração e ar condicionado osconhecimentos necessários para o aces-so inicial à profissão de refrigerista.

O curso de refrigeração tem a du-ração de 30 horas, podendo ser segui-do pelo curso de condicionamento dear de 80 horas. “No período de 1978a 1996 os cursos se estendiam por qua-

O Senai do Ceará e suas unidades de negóciosCom duas escolas emFortaleza e umaUnidade Móvel, oSenai do Cearádesenvolve programasde ensino para todosos segmentos darefrigeração e daclimatização.

se um ano, uma situação que podevoltar em breve”, explica o prof. CarlosAugusto de Araujo. Para a admissãoao curso de refrigeração, é feita ape-nas uma avaliação do nível de cadacandidato.

Mobilidade efelixibilidade

O CET Alexandre Figueira Rodriguesé um exemplo de flexibilidade na ofertade cursos de treinamento em refrigera-ção comercial e industrial, atendidosquase meio a meio pela Unidade Mó-vel e por equipes volantes de instruto-res que levam até a empresa todos osrecursos didáticos.

A Unidade Móvel é composta porcavalo-mecânico e reboque. O interiordo reboque, com seus 54 m2, é toma-do por conjuntos completos para o en-sino e treinamento prático em unida-des de refrigeração e ar condicionadona forma de módulos. “Os grandes cli-entes dos nossos cursos pertencem àindústria, sobretudo a têxtil, alimentí-cia, a de produtos para refrigeração,estendendo-se a entidades como coo-perativas e prefeituras”, diz o prof.Tarcísio José Cavalcante Bastos, gerenteda unidade. As turmas são formadasgeralmente por 12 participantes, comuma capacidade máxima de 16 alunosdentro da Unidade Móvel.

O prof. Tarcísio explica que, alémde programas preparados especifica-mente para cada cliente, existe um “pa-cote padrão” com uma duração quepode variar de 60 a 100 horas e quecomeça com eletricidade básica, pas-sa pela refrigeração e termina na clima-tização, geralmente de caráter comer-cial ou industrial.

A meta principal da unidade é qua-lificar ou reciclar técnicos de todos osníveis, com atenção especial aos servi-ços de manutenção, cada vez maiscomplexos diante dos avanços na au-tomação de sistemas.

Climatização automotivaem alta

O CFP Waldyr Diogo de Siqueiraoferece cursos de Eletricidade, Eletrô-nica, Mecânica Automotiva, Telecomu-nicação e Climatização Automotiva. Oscursos de Climatização Automotivaabrangem a reparação de ar condicio-nado, eletricidade aplicada ao ar con-dicionado e o estudo de sistemas declimatização específicos às mais conhe-cidas marcas de veículos. O interessa-do deve passar primeiro pelo curso deEletricidade Básica Automotiva paraparticipar do curso de Instalação e Re-paração de Ar Condicionado Veicular,que tem a duração de 63 horas. Apósa conclusão do curso inicial (com umaproveitamento igual ou superior aos60%), o aluno está apto a trabalharcomo auxiliar em ar condicionadoautomotivo.

Os instrutores Jucélio Ferreira Ma-tos, Wellington Gonçalves Belo e Fran-cisco Márcio Santos da Silva fazemquestão de destacar a importância daassimilação perfeita da eletroeletrônicaautomotiva, cada vez mais importantecom a sofisticação crescente da eletrô-nica embarcada dos modernos veícu-los de passeio e de carga.

A unidade mantém também umaparceria com o SINE-IDT para facilitaro acesso de seus ex-alunos ao merca-do de trabalho, através do cadastra-mento de vagas oferecidas por conces-sionárias e oficinas de veículos.

Como entrar em contato

Senai-CE: www.senai-ce.org.brCEMEP Antonio Urbano de Almeida

Tel: (85) 214-3026/2300CFP Waldyr Diogo de Siqueira

Tel: (85) 485-7888CET Alexandre Figueira Rodrigues

Tel: (85) 215-3026; 293-1792

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6 nº 73 – Dezembro/2002

Fique de olho

Roberto Peixoto, professor da Escola deEngenharia Mauá e consultor técnico doPNUDAbordou questões ambientais globais liga-das ao uso de refrigerantes e sistemas derefrigeração e ar condicionado, a situaçãoatual da camada de ozônio e informaçõessobre a conservação de refrigerantes, umadas maiores preocupações no projeto, ins-talação e serviços relacionados a sistemasde refrigeração.

Amaral Gurgel, diretor da Sete Refrige-raçãoCom 10 anos de atuação em recolhimento,reciclagem e retrofit de fluidos refrigeran-tes, Amaral compartilhou as experiênciasda Sete Refrigeração ao longo desse perío-do, destacando casos concretos de troca defluido refrigerante em equipamentos de em-presas.

Paulo Langner, gerente da área de refri-geração do Grupo Pão de AçúcarFalou sobre as experiências práticas doGrupo Pão de Açúcar, que possui entre 5 e6 mil compressores. Entre as ações da em-presa nos últimos anos estão a aquisiçãode máquinas recolhedoras, retrofits, trei-namento dos técnicos (próprios e tercei-rizados), modernização das salas de má-quinas e investimentos em tecnologia deponta nos equipamentos do frio alimentar.

Aprovada verba para Plano Nacional de Eliminação de CFCsEste ano o Seminário em Co-

memoração ao Dia Internacionalde Proteção da Camada de Ozô-nio, realizado no dia 18 de setem-bro, teve uma atração especial.Nele foi divulgada a estratégia deimplementação do Plano Nacio-nal de Eliminação de CFCs –PNEC, desenvolvido pelo Progra-ma das Nações Unidas para o De-senvolvimento (PNUD) para oProzon, órgão ligado ao Ministé-rio do Meio Ambiente.

O PNEC foi aprovado este anona 37ª Reunião do Comitê Exe-cutivo do Protocolo de Montreal,que liberou de seu Fundo Multi-lateral uma verba no valor de US$26,7 milhões para a implantaçãodo plano no Brasil.

Esse valor deverá ser desem-bolsado em parcelas pagas a cadadois anos, condicionadas à apre-sentação de resultados, até 2010.“A primeira parcela, para o perí-odo 2002-2003, será de US$ 9,5milhões, destinada principalmen-te a um programa de treinamentode técnicos de refrigeração e a ati-vidades de recolhimento e reci-clagem”, diz Fernando Vasconce-los, gerente do Prozon/Ministériodo Meio Ambiente. Foi ele quemteve a missão de mostrar as ativi-dades previstas no PNEC aos cer-ca de 250 profissionais dos seto-res de refrigeração, ar condicio-nado e meio ambiente que com-pareceram ao seminário, lotandoo auditório Augusto Ruschi, daCetesb – Companhia de Tecnolo-gia de Saneamento Ambiental.

O programa nacional de trei-namento de mecânicos em refri-geração doméstica, comercial, in-dustrial, ar condicionado central,

recolhimento, recicla-gem, retrofit e armaze-nagem do PNEC esti-ma atender 35 mil pro-fissionais através demais de 2 mil cursos, aserem ministrados emtodo o país, a começarpela Região Sudeste.

A GTZ, órgão decooperação técnica eambiental do governoda Alemanha, irá atu-ar em parceria com a Escola SenaiOscar Rodrigues Alves na execu-

ção desses treina-mentos.

Outro objetivodo PNEC é propi-ciar o recolhimen-to de CFC12 emrefrigeração do-méstica e comer-cial, com o forne-cimento de equi-pamentos de reco-lhimento e arma-zenagem aos 12

mil mecânicos que tiverem melhoraproveitamento no treinamento.

Confira quem eram os outros palestrantese o que cada um apresentou

Gilson Cocato, da MultibrásFez um balanço do Projeto Eletros, inicia-do em julho de 2001 com o objetivo de trei-nar e capacitar a rede autorizada dos fa-bricantes Multibrás, Electrolux, GE Dakoe BS Continental para recolhimento e acon-dicionamento adequado do CFC. O Proje-to proporcionou treinamento a 62% dostécnicos das autorizadas e foram recolhi-das 5 toneladas de refrigerantes nocivos.

Sandra Alvarenga, responsável técnicapelo setor Ozônio no IBAMADiscorreu sobre a Resolução Conama 267e ressaltou a importância do cadastramentojunto ao IBAMA das empresas que ope-ram com as substâncias controladas peloProtocolo de Montreal. Esse cadastro per-mitirá, entre outras coisas, mapear a ex-tensão e características do setor de refrige-ração no país.

Sandra Alvarenga

Vasconcelos: verba paratreinamento e reciclagem

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Vídeo Embraco: você precisa tê-lo

O Catálogo Eletrônico daEmbraco, disponível na In-ternet, foi ampliado, passandoa incluir também os produtos fa-bricados fora do Brasil pelaempresa. Além disso, aindamostra peças de reposição e pe-ças de unidades condensadoras.Para conhecê-lo, acessewww.embraco.com.br.

Ampliado o CatálogoEletrônico Embraco O vídeo Qualidade no Aten-

dimento e Aplicação de Com-pressores com R134a, produzi-do pela Embraco, mostra tudosobre a troca de um compressorR134a: desde as ferramentas ne-cessárias até a forma de recolhi-mento do fluido refrigerante. Eainda dá valiosas dicas sobreatendimento ao cliente.

Com 25 minutos de duração,o vídeo custa R$ 35,00 (incluídaa postagem). Nas compras com

Campanha Top Verdeinicia segunda etapa

A Campanha Top Verde,lançada o final do ano 2000,vem tendo ótimos resultados.Ao longo desses dois anos, mi-lhares de compressores inutilizados,foram recolhidos, evitando que carcaças abandonadassem o devido cuidado causassem problemas ao meioambiente.

Agora, a campanha está iniciando sua segunda etapa.O objetivo é aumentar ainda mais a participação e oenvolvimento dos refrigeristas e revendedores. A partirde 15 de janeiro de 2003, as regras para a troca de car-caças por compressores novos ou para obtenção de des-contos são as seguintes:

Técnico não certificadoTroca: 18 carcaças de qualquer modelo Embraco por um compres-sor novo, Série Racional, das capacidades 1/10, 1/8, 1/6 ou 1/5.Desconto: 4% na compra de um desses compressores.

Técnico Certificado Prata (Campanha Top 2000)Troca: 17 carcaças de qualquer modelo Embraco por um compres-sor novo, Série Racional, das capacidades 1/10, 1/8, 1/6 ou 1/5.Desconto: 5% na compra de um desses compressores.

Técnico Certificado Ouro (Campanha Top 2000)Troca: 16 carcaças de qualquer modelo Embraco por um compres-sor novo, Série Racional, das capacidades 1/10, 1/8, 1/6 ou 1/5.Desconto: 6% na compra de um desses compressores.

cartão de crédito Visa, seu pedi-do chega mais rápido. Basta in-formar os dados. A compra podeser feita também via boleto ban-cário ou envio de cheque nomi-nal. Basta entrar em contato coma Editora CLA Cultural Ltda.(Rua Cel. Jaime Americano, 30– sala 12 – CEP 05351-060 – SãoPaulo – SP – fone (11) 3766-9015). Não deixe de informar seunome e endereço completos e onúmero de seu CPF (CIC).

Atenção: Antes de levar as carcaças, informe-se so-bre a participação de seu revendedor no Top Verde,pois a troca só poderá ser feita em revendas que ade-riram à campanha.

Atenção: alterada a etiqueta dacaixa dos compressores Embraco

A Embraco decidiu alterar a etiqueta im-pressa na caixa dos compressores para dar maisdestaque às informações que interessam aosrevendedores e aos técnicos de refrigeração.

Informações sobre o modelo do compressor,sua potência (em HP), voltagem e fluido refri-gerante estão agora mais visíveis (veja abaixo),permitindo verificar mais rapidamente essascaracterísticas na hora da venda ou reposiçãodo compressor.

Como pode ser visto acima, as demais infor-mações técnicas continuam na etiqueta, só quecom menos destaque.

A alteração foi uma resposta da Embraco àssolicitações de alguns revendedores, balconis-tas e técnicos de refrigeração.

Nova etiqueta

Etiqueta antiga

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8 nº 73 – Dezembro/2002

As mais de 200 empresas bra-sileiras atendidas pela DuPontcontam com um suporte de altonível técnico em relação à arma-zenagem de fluidos refrigerantesem cilindros retornáveis. A em-presa criou, em sua unidade deBarra Mansa (RJ), um programaexclusivo de segurança e manu-tenção de embalagens retornáveis,que inclui operações próprias pararecebimento, conservação e re-carga de fluidos refrigerantes. Osprocedimentos da DuPont garan-tem baixíssimos índices de proble-mas técnicos, durante sua aplica-ção nas unidades dos clientes.

Os cilindros recebidos são

Cilindros retornáveis recebem cuidados especiais em unidade da DuPontidentificados e têm seus dadoscadastrados, passando então porum processo de triagem, seguidode uma operação de ‘degasagem’– procedimento destinado à elimi-nação de resíduos. “Essa etapavisa evitar problemas técnicos naposterior recarga, seja uma con-taminação ou uma alteração depropriedades específicas”, afirmaRicardo Luis Santos, gerente daDuPont de Barra Mansa.

Antes da degasagem, é feitauma rigorosa verificação do esta-do de conservação de válvulas eroscas. “Embalagens considera-das inadequadas são imediata-mente descartadas”, acrescenta

Santos. A DuPont ainda forneceao cliente um serviço de repinturade todas as embalagens antes decada envase. Antes da recarga, aDuPont faz uma checagem deta-lhada das características e propri-edades do produto a ser enviadoao cliente, em seu laboratório.

Empresa com muita tradição no interior paulista, comsede em Leme, a Osmag está alcançando ótimos resulta-dos no Rio de Janeiro. A loja inaugurada no final do anopassado vem tendo um desempenho muito positivo e su-perando as expectativas. “Mesmo num período turbulen-to, ultrapassamos com folga a meta que tínhamos estabe-lecido. Isso foi possível graças a parcerias com fornecedo-res como a Embraco e também à implementação de novaslinhas de produtos”, diz Gustavo de Carli, diretor da Osmag.“A opinião de nossa clientela é que temos uma das lojas maisbem instaladas do Rio”, acrescenta Gustavo, com orgulho.

Osmag Rio comemora1º ano com bons resultados

Ernesto Heinzelmann, presidente daEmbraco, recebeu um título especial reser-vado às personalidades nacionais e estran-geiras que tenham contribuído de formarelevante com a ciência e tecnologia do país.A partir de 15 de agosto, Heinzelmann tor-nou-se Comendador da Ordem Nacional doMérito Científico, por indicação de um con-selho formado por ministros, representan-tes da Academia Brasileira de Ciência e au-toridades das áreas envolvidas. Uma deci-

são domais altonível, ofi-cializadapor decre-to do pre-sidente daRepúblicado Brasil.

Presidente da Embracocondecorado

Gente do Frio

Heinzelmann foi condecorado emcerimônia no Palácio do Planalto

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9 Bola Preta

No dia 26 de setembro, o Pa-lácio do Itamaraty, em Brasília, foipalco do anúncio dos vencedoresda edição 2002 do Prêmio FINEPde Inovação Tecnológica. Na pre-sença do presidente da Repúbli-ca, Fernando Henrique Cardoso,e do ministro da Ciência e Tecno-logia, Ronaldo Sardenberg, forampremiadas cinco empresas nas ca-tegorias Processo, Produto, Pe-quena Empresa, Grande Empre-sa e Instituição de Pesquisa.

Mostrando mais uma vez suadedicação ao tema, a Embraco re-cebeu o Prêmio FINEP como Me-lhor Grande Empresa, depois deter ganho o mesmo prêmio no anopassado na categoria Produto(com o compressor VCC). “O quefoi julgado no prêmio deste anofoi a própria estratégia da empre-sa em relação à inovação tecno-lógica. A comissão julgadora per-cebeu que inovar faz parte da es-tratégia de negócios da Embracoe que isso gera ótimos resultadospara a empresa”, diz o especialis-ta de Produtos Eduardo Lange.

O primeiro dos três critériosbásicos considerados para a esco-lha da Melhor Grande Empresa éa porcentagem do faturamento daempresa que é aplicada em pes-quisa e desenvolvimento. Nesseaspecto, a empresa se saiu muitobem, pois está muito acima da mé-dia brasileira. “A Embraco temdestinado 2 a 3% de seu fatu-ramento para essas atividades, aolongo dos anos, independente docenário econômico”, diz Lange.

O segundo critério avaliado foi

Prêmio FINEP coroa atuação da Embraco em inovação tecnológicaO prêmio é um reconhecimento à estratégiade desenvolvimento tecnológico eestabelecimento de parcerias de alto nível,que tem sido uma constante desde afundação da empresa.

a equipe que atua es-pecificamente na pes-quisa e desenvolvimen-to. Foram verificados oinvestimento nessaequipe, qual a sua com-posição, qualificação eexperiência. Mais umavez, a Embraco mos-trou números impressionantes:são 215 funcionários, dos quais50% são graduados, mestres oudoutores. “Um diferencial impor-tante é a atualização constante daequipe, apoiada pela empresa.Hoje, 20% dos graduados estãocursando mestrado ou doutorado.E cerca de 30 pessoas cursam gra-duação”, conta Lange.

O terceiro critério analisado foio percentual do faturamento ge-rado pelos produtos lançados nosúltimos três anos. “A Embracotem uma meta, que é de 50%, oque já caracteriza a postura e aestratégia da empresa em relaçãoa esse tema. E essa meta foi ultra-passada, chegando a 63%”, dizLange. Esse número, que é muitosignificativo, se deve principal-mente aos produtos de alta tec-nologia e grande eficiência ener-gética lançados recentemente pelaempresa, que conquistaram clien-tes em todo o mundo.

“Na apresentação que foi feitapor Laércio Hardt, diretor de Tec-nologia, procuramos mostrar queexiste na Embraco uma verdadei-ra obsessão pelo conhecimento,que a empresa busca onde estiverdisponível. Isso fica evidente comos convênios que estabelecemos

com universidades em todo omundo: Estados Unidos, França,Noruega, Suécia, Escócia, Holan-da, Alemanha, Áustria, China,Rússia, sem esquecer do Brasil”,explica Lange.

O Prêmio FINEP visa estimu-lar o desenvolvimento de tecno-logia própria para processos eprodutos inovadores por parte dasempresas e institutos de pesqui-sa. “A premiação é mais que umreconhecimento às parcerias quevêm sendo feitas nos últimos anosentre o empresariado e o gover-no, na busca por novas tecno-logias”, afirmou o ministro Sar-denberg.

Embraco e UFSC:20 anos de parceriaNo dia 19 de agosto, completa-ram-se 20 anos de colaboraçãoentre a Embraco e a Universida-de Federal de Santa Catarina(UFSC). Os resultados dessa par-ceria firmada em 1982 foram 80projetos (executados ou em anda-mento), 150 artigos científicos pu-blicados, 60 dissertações demestrado e 15 teses de doutora-do.A longa parceria mereceu uma co-memoração na sede da Embraco.

Laércio Hardt (esq.) recebeu o prêmiodas mãos do ministro Ronaldo Sardenberg

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O veleiro Paratii 2 do navega-dor Amyr Klink está agora equi-pado pela Embraco com o que háde mais moderno em refrigeração:dois sistemas compostos por com-pressores VCC3 de velocidade va-riável (top de linha), que fazemparte da terceira geração da Sé-rie Racional (velocidade contro-lada eletronicamente).

No dia 12 de setembro, Klinktambém renovou por mais um anoseu contrato de patrocínio com aEmbraco, em cerimônia realiza-da no Joinville Iate Clube na pre-sença do presidente da Embraco,Ernesto Heinzelmann, do diretorde Tecnologia, Laércio Hardt, edo diretor de Vendas e Marketing,Ingo Erhardt.

No início do ano, a Embracojá havia instalado um compressorSérie Racional FFU 100HAK nobarco, que viajou com Klink até aAntártica com excelente desem-penho. Agora, o Paratii 2 com os

Embraco mais uma vez junto com Amyr Klinkcompressores VCC 3 segue umroteiro ao longo da costa brasi-leira e Amazônia, desenvolvendoposteriormente o Projeto PolarNorte e Viagem à China.

Os sistemas de refrigeração es-pecialmente preparados para aslongas e difíceis viagens de Klinkpelo mundo irão propiciar umaredução de energia de até 50%quando comparados com qual-quer outro desenvolvimento ante-rior. Ele poderá ter alimentos con-gelados a 18ºC negativos, o quelhe dará novas opções culinárias,além dos habituais alimentos de-sidratados e frutas secas.

Os compressores de capacida-de variável (VCC) apresentambaixas oscilações de temperaturaquando utilizados em freezers erefrigeradores, melhorando a qua-lidade de conservação dos alimen-tos. “No início, Amyr queria con-servar filmes fotográficos e vídeosa 5ºC negativos, gastando o míni-

mo de energia”, lembraHeinzelmann.

Os trabalhos de instalação eajuste do novo e avançado siste-ma VCC3 por técnicos e enge-nheiros da Embraco estão inseri-dos no esforço constante de am-pliação de conhecimentos na uti-lização dos novos produtos daempresa. “Essa parceria comAmyr Klink visa dinamizar o de-senvolvimento de nossos produ-tos e medir a eficiência dos equi-pamentos que os incorporam emambientes diferenciados”, diz La-ércio Hardt.

Amyr Klink (esq.) mostra o barcoParatii 2 à direção da Embraco

O valor da informação do cliente

A divisão de carros Pontiac, da GeneralMotors dos EUA, recebeu certo dia umacuriosa reclamação de um cliente. Eis o queele escreveu:“Esta é segunda vez que mando uma cartapara vocês, e não os culpo por não meresponder. Eu posso parecer louco, mas ofato é que nós temos uma tradição em nos-sa família, que é a de comer sorvete depoisdo jantar. Repetimos esse hábito todas asnoites, variando apenas o tipo de sorvete,e eu sou o encarregado de ir comprá-lo.Recentemente comprei um novo Pontiac edesde então minhas idas à sorveteria setransformaram em um problema. Sempreque eu compro sorvete de baunilha, quan-do volto para casa, o carro não funciona.Se compro qualquer outro tipo de sorvete,o carro funciona normalmente. Os senho-res devem achar que eu estou realmentelouco, mas o fato é que eu estou muitoirritado com meu Pontiac.”A carta gerou tantas piadas do pessoal da

sorvete estava bem na frente. Examinandoo carro, o engenheiro fez nova descoberta:como o tempo de compra era muito menorno caso da baunilha em comparação como tempo dos outros sabores, o motor nãochegava a esfriar. Com isso, os vapores decombustível não se dissipavam, impedindoque a nova partida fosse instantânea.A partir desse episódio, a Pontiac mudou osistema de alimentação de combustível eintroduziu a alteração em todos os mode-los a partir da linha 99.Mais do que isso: o autor da reclamaçãoganhou um carro novo, além da reformado que estava com defeito.

A GM distribuiu também um comu-A GM distribuiu também um comu-A GM distribuiu também um comu-A GM distribuiu também um comu-A GM distribuiu também um comu-nicado interno, exigindo que seusnicado interno, exigindo que seusnicado interno, exigindo que seusnicado interno, exigindo que seusnicado interno, exigindo que seusfuncionários levem a sério até as re-funcionários levem a sério até as re-funcionários levem a sério até as re-funcionários levem a sério até as re-funcionários levem a sério até as re-clamações mais estapafúrdias. “clamações mais estapafúrdias. “clamações mais estapafúrdias. “clamações mais estapafúrdias. “clamações mais estapafúrdias. “PPPPPodeodeodeodeodeser que uma grande inovação estejaser que uma grande inovação estejaser que uma grande inovação estejaser que uma grande inovação estejaser que uma grande inovação estejapor trás de um sorvete de baunilhapor trás de um sorvete de baunilhapor trás de um sorvete de baunilhapor trás de um sorvete de baunilhapor trás de um sorvete de baunilha”,”,”,”,”,diz a carta da GM.diz a carta da GM.diz a carta da GM.diz a carta da GM.diz a carta da GM.

Refrescando a cuca

Pontiac que o presidente da empresa aca-bou recebendo uma cópia da reclamação.Ele resolveu levar o assunto a sério e man-dou um engenheiro conversar com o autorda carta.O engenheiro procurou o reclamante eambos foram juntos à sorveteria no carroPontiac. O engenheiro sugeriu sabor bau-nilha para testar a reclamação e o carrorealmente não funcionou.O funcionário da GM voltou nos dias se-guintes, à mesma hora, e fez o mesmo tra-jeto com o reclamante, e só variou o sabordo sorvete. Mais uma vez o carro só pega-va na volta, quando o sabor escolhido erabaunilha.O problema acabou virando uma obses-são para o engenheiro, que começou a fa-zer experiências diárias anotando todos osdetalhes possíveis. Depois de duas sema-nas, chegou à primeira grande descoberta.Quando escolhia baunilha, o compradorgastava menos tempo, porque esse tipo de

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Capa

D esde os anos 70 – quandofoi descoberto que a libe-ração do CFC na atmosfe-

ra contribui para a destruição dacamada de ozônio que envolve aTerra – vêm sendo pesquisadas al-ternativas para a sua substituição.Nessa época, grandes empresasdo setor de refrigeração – um dosprincipais usuários deCFC – começaram a tra-balhar na busca de subs-titutos para o fluido re-frigerante R 12, utiliza-do com sucesso desde adécada de 30. A Embra-co, como não poderiadeixar de ser, foi umadessas empresas.

Em 1987, foi assina-do o Protocolo de Mon-treal, documento no qual31 países – número quedepois foi ampliado – comprome-teram-se a reduzir gradativamentea utilização de CFC até chegar àsua eliminação. A partir daí, os es-forços para a substituição do CFCse intensificaram. Nesse mesmoano, a Embraco formou um Gru-po de Trabalho para pesquisar eavaliar os fluidos refrigerantes al-ternativos, buscando principal-mente a substituição do R 12 nossistemas de refrigeração existen-tes. “De 1987 até por volta de 90,vivemos uma fase de busca e aná-lise de alternativas, na qual hou-ve muita troca de experiência econhecimentos entre as empresasprodutoras e usuárias de CFCs. Aproposta era buscar um substitu-to para o R 12 que tivesse o me-

Uma década de compressores sem CFCEm 1992, a Embracofoi pioneira naprodução em sériedos primeiroscompressores para134a. Inicialmentedestinados aomercado externo, oscompressoresecológicos – comoforam chamadosentão – foram oresultado de extensaspesquisas realizadasdurante alguns anospela empresa. Hoje,dez anos depois, autilização dos fluidosrefrigerantesalternativos aosCFCs estáconsolidada em todoo mundo.

nor impacto sobre o setor em ter-mos de custos e de alterações deprojeto, obviamente sem causardano ao meio ambiente”, lembrao engenheiro mecânico José Lai-nor Driessen, gestor de Inovaçãoe Novos Negócios da Embraco,que esteve ligado desde o inícioao trabalho desenvolvido nessa

área, tendo coor-denado o projetode substituição deCFCs da empresaa partir de 1989.

Adaptaçõescomplexas

Nesse período,a Embraco ava-liou cerca de 10opções de refrige-rantes alternati-vos, de diferentes

fabricantes. “Por volta de 1990,o HFC134a (R 134a) começou adespontar como a alternativa maisviável. Porém, embora tivesse ca-racterísticas favoráveis, provoca-va impactos químicos, que preci-saram ser estudados com muitocuidado. Analisamos mais de umacentena de tipos de óleo lubrifi-cante até chegar às escolhas maisadequadas. Foi um processo com-plexo, pois houve necessidade defazer adaptações no projeto docompressor, tanto na parte mecâ-nica como na elétrica. Muitos pro-dutos químicos utilizados na pro-dução do compressor ou em seuscomponentes tiveram de ser tro-cados ou eliminados, por sua in-compatibilidade com o R 134a ou

Lainor: análise exaustivadas alternativas

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o novo óleo.“Nos primeiros anos, vivemos

a fase de aprendizado do uso doR 134a e do novo óleo lubrificantee de suas implicações”, diz Lainor.A empresa chegou a ter perto decem pessoas de diferentes áreastrabalhando nesse programa: Ma-nufatura, Vendas, Assistência Téc-nica, Produto e Laboratórios.

O primeiro compressor paraR134a da Embraco ficou prontoem 1991. Não recebeu um nomeespecial, simplesmente agregandoa letra H (de HFC) à terminolo-gia padrão dos compressores Em-braco, mas ficou conhecido popu-larmente como “compressor eco-lógico”. No início do ano seguin-te, começou a produção em gran-de escala, direcionada para o mer-cado norte-americano, que, peloProtocolo de Montreal, tinha pra-zo mais curto para eliminar oCFC. “Nessa época, a nossa mai-or preocupação era garantir aconfiabilidade dos produtos, porcausa do pouco conhecimento

existente sobre a interação entreo novo fluido, o novo óleo e osdemais componentes. Tomamoscuidados que hoje parecem exa-gerados, mas que foram funda-mentais não só para consolidarnosso conhecimento sobre o as-sunto, mas também para garantirque o produto entregue ao clien-te tinha o padrão de qualidade ne-cessário”, relembra Lainor.

Apoio a todos os envolvidos

A Embraco foi pioneira mun-dialmente na produção em largaescala de compressores paraR134a. “Isso nos rendeu uma cer-ta responsabilidade em relação àcapacitação de clientes e fornece-dores, de modo que estivessempreparados para trabalhar dentroda nova realidade do mercado.Os mesmos cuidados foram toma-dos em relação aos refrigeristas,que receberam treinamento e ins-truções, inclusive através de BolaPreta”, afirma Lainor.

Em todo o mundo, a Embraco

desempenhou um importante pa-pel na preparação do terreno paraa transição para o R 134a, desfa-zendo mitos e eliminando dúvidas.Na América Latina, por exemplo,a empresa primeiramente traba-lhou na preparação e capacitaçãodas montadoras. “Organizamosseminários técnicos que envolvi-am treinamento prático e nosquais eram abordadas todas as ca-racterísticas desse novo refrige-rante, desde aspectos químicosaté aspectos de projeto de produ-to e de processo de fabricação.Depois, esse trabalho foi sendoestendido, chegando aos refrige-ristas”, conta Lainor.

O resultado desse abrangentetrabalho, que incluiu não só o de-senvolvimento de novos produtos,mas também a transmissão de in-formações sobre eles a todos ossegmentos envolvidos na cadeiado frio (montadoras, fabricantesde componentes, revendedores erefrigeristas), foi uma transição re-lativamente tranqüila. É claro queocorreram problemas e dificulda-des. E ainda existem refrigeristasque não se capacitaram para anova era dos fluidos ecologica-mente corretos. Mas, hoje, passa-dos 10 anos do início de produ-ção maciça dos compressorespara R 134a, o uso dos fluidos re-frigerantes alternativos está con-solidado, praticamente em todo omundo. “No Brasil, esse proces-so de transição – que levou à op-ção preferencial pelo R 134a – estáfinalizado, da mesma forma quena maioria dos países da AméricaLatina. Na Europa, desde meadosdos anos 90, usa-se também o iso-butano (R 600a), que é mais fa-vorável em termos de meio ambi-ente, mas tem a característica deser inflamável. Atualmente, algunspaíses já estão partindo, inclusi-ve, para a eliminação do uso dosHFCs”, conclui Lainor.

JOÃO DAS NEVES EM “PRESERVANDO O PLANETA TERRA”POR gEANDRÉ

A Embraco analisou inúmeras possibilidades até chegarao desenvolvimento de seus compressores ecológicos

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13 Bola Preta

Em outubro, a Embraco parti-cipou de quatro importantes fei-ras pelo mundo, reforçando suapresença global e buscando man-ter e ampliar a liderança de mer-cado que conquistou.

A primeira delas, realizada de2 a 4 de outubro na cidade deMonterrey, foi a AHR-Expo Mé-xico, organizada pela ASHRAE(Associação Americana de Enge-nheiros de Refrigeração e Ar Con-dicionado). A participação nessafeira é parte da estratégia da em-presa de ampliar sua presença nomercado mexicano. O interessedespertado pela linha de compres-sores e unidades condensadorasfoi muito grande entre montado-ras, revendas e refrigeristas. Se-gundo a equipe da EmbracoNorth America, responsável pelomercado mexicano, as perspecti-vas de crescimento são muitoboas, pois várias montadoras es-tão em processo de aprovação dosprodutos Embraco.

Na seqüência, foi a vez daAgroprodmash, realizada de 7 a11 de outubro, em Moscou, na

Frio no Mundo

Mostrando seus produtos aomercado, em todo o mundo

Rússia. Foi a primeira vez que aEmbraco esteve presente em umafeira daquele país, que é um mer-cado novo não só para a empre-sa, mas para o mundo. “Já tínha-mos alguma presença na Rússia,através dos nossos distribuidores,mas o fato de estar lá diretamen-te mostrou ao mercado russo quea empresa tem realmente a inten-ção de criar uma base sólida ali.Curiosamente, a marca forte na-quele mercado ainda é a Aspera,que era conhecida na Rússia porcausa dos produtos importadosque chegavam lá. Já existe, assim,um reconhecimento de confiançana qualidade dos produtos Aspe-ra, que será aproveitado pela Em-braco”, diz Sérgio Dias, gestor deMarketing da Embraco.

Clima inibe mercado

Como curiosidade sobre omercado local, Sérgio informaque, embora tenha uma popula-ção quase tão grande quanto a doBrasil, a demanda por refrigera-dores corresponde a um terço dabrasileira, por causa de fatoresculturais e principalmente finan-ceiros, pois 40% dos russos vivemabaixo da linha de pobreza.

Poucos dias depois, de 16 a 19de outubro, realizou-se a IKK, emNurenberg, na Alemanha. Consi-derada a feira mais forte do setorde refrigeração, a IKK tem comofoco o segmento comercial, atra-indo visitantes de todo o mundo.

A Embraco apresentou sua linhacompleta, com destaque para oscompressores dirigidos ao seg-mento comercial. “Uma novida-de que chamou a atenção foi onovo compressor J (NJ), que foiredesenhado e, além da mudançavisual, recebeu aprimoramentostecnológicos que melhoraram suaeficiência e o nível de vibração eruído. O NJ é hoje referência parao mercado, tanto em eficiênciaquanto em nível de ruído”, garan-te Sérgio.

Outras novidades foram a novacaixa de comandos elétricos, vol-tada para a linha dirigida aos equi-pamentos comerciais, e o com-pressor NEK, de alta eficiência,para uso com propano.

Para fechar o circuito de outu-bro com chave de ouro, de 22 a25 de outubro, foi a vez da Equi-par – Feira de Equipamentos, Pro-dutos e Serviços para Hospeda-gem e Alimentação, no Rio de Ja-neiro. “Essa feira, da qual partici-pamos pela primeira vez, foi umagrata surpresa, primeiramentepela oportunidade de fazer con-tato com o consumidor final. Tam-bém muito importante foi rever osprofissionais das revendas da re-gião, apresentando a eles as novi-dades da Embraco, especialmen-te no segmento comercial”, dizSérgio.

Equipar, no Rio de Janeiro:uma grata surpresa

Na Rússia, Embraco foi destaque

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Pergunte à Embraco

João Martins, especialista deprodutos da área técnica

da Embraco, é o responsávelpelas respostas publicadasnesta matéria e na seguinte

Os motores dos compressoresconvencionais Embraco possuemo enrolamento auxiliar e o prin-cipal. O enrolamento auxiliar doscompressores que operam comrelé eletromecânico é energizadosomente durante a partida docompressor. Os compressoresque operam com PTC (sigla dePositive Temperature Coefficient,ou seja, Coeficiente Positivo deTemperatura) funcionam com umpequeno fluxo de corrente elétri-ca na bobina auxiliar, após a par-tida. O enrolamento principal éconstruído por um fio de cobre dediâmetro maior, com o objetivo deimpedir o superaquecimento dobobinado quando em funciona-mento. Já o enrolamento auxiliaré de fio mais fino, o que significaque aquece bem mais rápido e,portanto, só pode ser energizadopor curtos períodos. Dependen-do do projeto do motor, o tempoligado do enrolamento auxiliarnão pode ser superior a quatrosegundos.

A operação liga-desliga doenrolamento auxiliar é comanda-da pelo relé de partida. O aciona-mento do relé eletromecânico éfeito a partir da variação do con-sumo de corrente. No instante emque o motor liga, o rotor deixa acondição de estático para umacondição de rotação, o consumode corrente é elevado, aumentan-do com isso a força magnética ge-rada no enrolamento (bobina) dorelé a ponto de vencer a pressão

Como funcionam os reléseletromecânicos e PTC?

da mola e o peso do núcleo do re-lé, energizando desta forma o en-rolamento auxiliar. Pouco antesque o rotor atinja rotação nomi-nal, o consumo de corrente dimi-nui e, conseqüentemente, a forçado campo magnético também. En-tão a âncora desatraca, desligan-do o enrolamento auxiliar. Essasduas correntes são definidas comocorrente de liga e desliga.

O relé de partida eletromecâ-nico consiste numa bobina comnúcleo que comanda a ponte decontato (âncora) de ligamento doenrolamento auxiliar, carretel eeixo-guia do núcleo.

O relé PTC é uma alternativaaos relés eletromecânicos, usan-do uma pastilha de cerâmica paraenergizar e desenergizar a bobinaauxiliar de partida do motor. Elefoi desenvolvido para utilizaçãoem partida de motores fracioná-rios de compressores herméticos.

A pastilha cerâmica do PTC éaquecida durante a partida docompressor e se mantém em altatemperatura, na faixa de 150 a190oC, e alta resistência ôhmicaenquantoenergizada.

A s s i mque a ten-são de linhaé removidado PTC,ele começaa trocar ca-lor com oambiente e

esfriar, mas permanece com altaresistência durante um certo tem-po, devido à conservação de ca-lor residual.

Para dar nova partida no mo-tor do compressor, a resistênciado PTC deve diminuir até permi-tir a passagem de corrente elétri-ca no nível de atuar a bobina au-xiliar ou de partida. O temporequerido para a resistência retor-nar a um valor duas vezes a resis-tência inicial é chamado de tem-po de resfriamento (CooldownTime), permitindo nova partida.

Exemplo: O PTC 8EA 4BXpossui um tempo de resfriamentode 75 segundos em testes de la-boratório. Porém, montado nocompressor, o tempo de resfria-mento pode ser de aproximada-mente 2 a 5 minutos.

Relé PTC

Relé EletromecânicoEM

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15 Bola Preta

Relé Eletromecânico F/PWRetire o relé do compressor e verifique através de um ohmímetro se

há continuidade entre os seguintes terminais:u Se o relé estiver bom, em qualquer posição deve existir continuidade

entre os terminais 10 e 12.u Com o relé na posição vertical, bobina para baixo, deve existir conti-

nuidade entre os terminais 12 e 13.O uso do capacitor de partida é obrigatório para os compressores

modelos BX, com alto torque de partida (HST). Portanto, os relés paraesses modelos são fornecidos sem a ligação via ponte de fio entre osterminais 11 e 13.

Exceto para modelos BX, os relés F e PW são fornecidos com umaponte de fio entre os terminais 11 e 13. Quando há necessidade de usarcapacitor de partida, basta retirar a ponte de fio e soldar os terminais docapacitor nesses terminais.

Relé Eletromecânico EMRetire o relé do compressor e verifique através de um ohmímetro se

há continuidade entre os seguintes terminais:u Se o relé estiver bom, em qualquer posição deve existir continuidade

entre os terminais 1 e 2.u Com a bobina do relé para cima deve existir continuidade entre os

terminais 1 e 3 e/ou 4 do relé.Os relés EM mais novos possuem uma ponte de fio entre os terminais

3 e 4. Quando há necessidade de usar capacitor de partida, basta retirara ponte e soldar os terminais do capacitor nesses terminais.

Relé PTCCom o PTC estabilizado à

temperatura de 25oC,desconectado do compres-sor, a resistência ôhmica me-dida entre os terminais 2 e 3do PTC deve estar dentro dasfaixas mencionadas abaixo:u Relé PTC 8EA 1B1 ou

1B3 ou 1B4 – 3 a 5 Ωu Relé PTC 8EA 4B1 ou

4B3 ou 4B4 – 4 a 6 Ωu Relé PTC 8EA 5B1 ou

5B3 ou 5B4 – 15 a 25 Ω

Atenção: Os atuais PTCsfornecidos com compressoresEmbraco podem ser utilizadoscom capacitor de funcionamen-to se for conveniente. Comoessa é uma necessidade muitoremota, os atuais PTCs forne-cidos com os compressoresEmbraco não estão aptos paratrabalhar com capacitor de par-tida.

FAÇA O TESTE DO RELÉ

Relé PTC

Responde à corrente da bobina auxiliar docompressor.

Pastilha do PTC se aquece com a passagem decorrente elétrica, aumentando a resistência ôhmica.Isso reduz praticamente a zero a passagem decorrente para a bobina auxiliar (aproximadamente 2Watts).

Consumo residual de 2 Watts aproximadamente

Um único PTC serve para vários motores de mesmavoltagem.

Existe modelo para aplicação com capacitor departida e/ou capacitor de funcionamento (marcha).

Não possui partes móveis, não há possibilidade deproduzir faiscamento no momento de liga/desliga.

Necessita de tempo para resfriar a pastilha antes depermitir nova partida.

Não existem partes móveis.

Relé Eletromecânico

Responde à corrente da bobina principal do compressor.

A corrente da bobina principal diminui com o aumento darotação do motor, proporcionando o desatracamento daâncora e a desativação da bobina auxiliar.

Consumo residual menor que 1 Watt.

Um tipo específico para cada modelo de motor.

Não compatível para aplicações com capacitores defuncionamento.

Sistema de liga/desliga pode produzir faísca e provocareventuais incêndios nos casos de vazamento de GLP(gás de cozinha).

Permite nova partida instantaneamente. Essa vantagemnão pode ser considerada nos casos de compressores LST(baixo torque de partida), pois estes necessitam detempo para equalização das pressões para possibilitarnova partida.

Provoca um pequeno ruído, em função do movimento dasâncoras no momento da partida.

COMPARATIVO RELÉ PTC X RELÉ ELETROMECÂNICO

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O condensador é um dos com-ponentes básicos de qualquer sis-tema de refrigeração. Sua finali-dade é liberar o calor do fluidorefrigerante absorvido no evapo-rador e ainda aquele gerado pelasua compressão.

O ideal é que a transmissão decalor do fluido para o exteriorocorra com a menor diferença detemperatura entre ambos. Paraisso, é necessário que o conden-sador seja projetado para ofere-cer a eficiência máxima em trans-missão de calor. Ela começa coma superfície de troca de calor, quedeve ser a mais ramificada possí-vel.

Na entrada do condensador, osvapores do fluido refrigerante quevêm do compressor estão prati-camente na temperatura e pres-são de descarga do compressor.Nessa fase, o vapor está supera-quecido, pois sua temperatura ésuperior à temperatura de con-densação correspondente à pres-são em que se encontra.

À medida que o fluido refrige-rante percorre a tubulação docondensador, ele cede calor parao ambiente, que se encontra maisfrio, diminuindo assim sua tempe-ratura. Por esse motivo, o vaporse tornará saturado em determi-nado trecho do con-densador. Ou seja,no final do conden-sador sua tempera-tura deveria serigual à de saturação,para a pressão emque se encontra. Apartir daí, o proces-so passa a ser decondensação: o flui-

O que é e qual é a função do condensador num sistema de refrigeração?

do refrigerante em estado gasosopassa para o estado líquido, satu-rado. Uma vez totalmente con-densado, o fluido refrigerante po-derá tornar-se ainda mais resfria-do, transformando-se em líquidosub-resfriado.

Um condensador precisa pre-encher as seguintes funções:n resfriar o fluido refrigerante da

temperatura de descarga à desaturação;

n condensar o fluido refrigeran-te;

n sub-resfriar o fluido refrigeran-te no estado líquido.Dependendo da aplicação, o

condensador pode ser utilizadocomo resfriador de óleo do com-pressor. Neste caso, parte de suatubulação é utilizada para con-densar o fluido refrigerante e pararesfriar o óleo do compressor e aoutra desempenha a função decondensador normal (figura 1).

A capacidade de transferênciade calor de um condensador de-pende de sua superfície, da dife-rença de temperatura existenteentre o fluido refrigerante quecondensa e o ambiente externo,da quantidade de fluido refrigeran-te e das condições de transmissãode calor.

Recursos deresfriamento

Existem conden-sadores resfriados a are a água. Os primeirossão mais utilizados emrefrigeração domésticae têm o ar como agen-te resfriador. Esse arpode circular atravésdo condensador porfig. 1 fig. 3

ESTÁTICOESTÁTICOfig. 2

meio da circulação natural e porcirculação forçada. Os con-densadores que dependem de umacirculação natural de ar para arefrigeração apresentam normal-mente uma série de aletas de aço,por onde passa a tubulação docondensador. As aletas aumentama superfície de contato do conden-sador com o ar ambiente(figuras2 e 3).

Em condensadores desse tipo(montados na parte traseira ex-terna dos refrigeradores domés-ticos), o fluido refrigerante supe-raquecido vindo do compressortransmite seu calor ao ar que cir-cunda as aletas. Este ar, aqueci-do, torna-se mais leve, sobe e cedeseu espaço ao ar fresco que tam-bém se aquece e sobe em um pro-cesso ininterrupto de circulaçãonatural e contínua. É a chamadatransmissão de calor por convec-ção do ar. O mesmo efeito podeser obtido com o emprego decondensadores do tipo chaminé.Eles consistem em uma tubulação(tubos tipo Bundy – chapa de açocobreado e enrolado) encurvadae presa a uma chapa de aço porcanaletas seladas a ela.

Em refrigeradores de grandecapacidade, a circulação naturalde ar não é suficiente para a trans-

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17 Bola Preta

Sistema de refrigeração: recordando os fundamentos

Os recursosoferecidos pelosmodelos maisavançados erecentes derefrigeradores emtermos deeficiência, controlediferenciado detemperatura,automatismo etc.são uma evoluçãonatural de umsistema básico deoperação, que nãocusta recordar.

Alguns refrigeristas podem seassustar diante da nova geraçãode refrigeradores, que parecemocupar cada vez mais o espaçodaqueles equipamentos de umasó porta, onde o que existe demais automático se resume a ummicro-switch que aciona a luz in-terna e um termostato de fácilacesso e regulagem por meio debotão.

A disputa pelos mercadosmundiais mais exigentes e cons-cientizados com relação ao meioambiente fez com que os depar-tamentos de pesquisas, desenvol-vimento e comercialização doslíderes mundiais na produção decomponentes e na montagem deequipamentos de refrigeração fi-zessem uso dos mais recentesavanços tecnológicos do setorem seus projetos. O resultadofoi o lançamento de uma nova ge-ração de produtos que, à primei-ra vista, estão muito distantesdos equipamentos que todos co-nhecem e que fazem parte doaprendizado inicial da profissão.

Muitos refrigeristas que se

Bate-Bola

iniciaram na profissão há bastan-te tempo devem estar se pergun-tando: Teremos de aprender tudode novo? Como enfrentar a tecno-logia (e o grau de informatização)de um refrigerador top de linha?A verdade é que os fundamentosaprendidos continuam os mes-mos, embora se possa estar umpouco esquecido com relação aalguns detalhes.

Recordação útil

Todos os recursos oferecidospelos mais avançados modelos(surpreendentes até mesmo paraos engenheiros, técnicos e mecâ-nicos que tenham algum envolvi-mento com o setor do frio) sãoapenas produtos do talento cria-tivo dos projetistas. O sistema bá-sico de refrigeração e o ciclo degeração do frio, que contribuempara o conforto de qualidade devida do mundo moderno, conti-nuam sendo velhos conhecidos.Recordá-los é sempre útil.

Damos o nome de sistema a umconjunto de elementos ou de uni-dades que interagem formando

fig. 4

fig. 5

ferência de calor do condensadore precisa ser reforçada pela cir-culação forçada de ar, proporcio-

nada por umventiladoracoplado aocondensa-dor, do tipoilustrado nafigura 4. De-talhe cons-

trutivo: a distância entre aletas ésensivelmente menor que a encon-trada em condensadores com cir-culação natural, pois o ar circulamais rapidamente.

Finalmente, existem oscondensadores resfriados aágua, usados somente nasgrandes instalações frigorí-ficas. Eles consistem em umrecipiente cilíndrico, no qual

a água circula em uma tubulaçãoem forma de serpentina. A águaretira o calor do fluido, provocan-do sua condensação (Figura 5).

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um todo harmonioso capaz de de-sempenhar determinada missão.Em nosso caso, trata-se da produ-ção eficiente do frio. Os compo-nentes principais de qualquer sis-tema de refrigeração são apenasquatro: compressor, condensa-dor, elemento de controle e eva-porador. Isso é válido e imutável,qualquer que seja o grau de sofis-ticação técnica ou porte do apa-relho de refrigeração.

O compressor pode ser consi-derado o coração do sistema, poiscabe a ele a sucção e compressãodo fluido refrigerante, possibili-tando sua circulação por toda aunidade selada. Vale a pena recor-dar que os termos “gás refrigeran-te” ou “líquido refrigerante” hojeestão superados, e que o corretoé usar “fluido refrigerante”, queexpressa melhor o comportamen-to de produtos como o R 134a.Conforme sua passagem pelo sis-tema, o produto assume – com avariação da pressão e da tempe-ratura – ora a forma de gás, ora ade líquido, características básicaspara a refrigeração.

Compressor: onde tudocomeça e termina

O sistema, constituído pelosquatro componentes principais eseus eventuais acessórios que con-trolam o ciclo de refrigeração, éhermético. Daí o nome “unidadeselada” para o conjunto formadopelos componentes citados. Elessão dimensionados para trans-formar o fluido refrigerante, sem-pre impulsionado pelo compres-sor, numa seqüência constantegás-líquido-gás, que também in-clui, ao longo do caminho percor-rido dentro da unidade selada, acoexistência momentânea líquido-gás.

O ciclo de refrigeração, qual-quer que seja o equipamento de

refrigeração ou resfriamento noqual gera o frio, se baseia na mu-dança de estado ou de fase dos flui-dos refrigerantes, que se caracte-rizam pela facilidade em se tor-narem líquidos quando comprimi-dos e gases a pressões mais bai-xas, quando as condições de pres-são e temperatura são adequadas.

A geração de uma temperatu-ra mais baixa em um ambiente ge-ralmente fechado, como um gabi-nete de refrigerador, obedece aum fenômeno mais que conheci-do por todos: a evaporação dequalquer líquido exige calor, ge-ralmente retirado do ambienteque o cerca. É o que provoca asensação de frio na pele quandose esfrega álcool nela. Também éo que explica a baixa temperatu-ra da água mantida na moringa debarro. Neste caso, uma pequenaparte da água se infiltra no barro,fica em contato com o ar ambien-te (o que pode ser constatado to-cando a moringa com a mão) epassa a contar com uma grandesuperfície para evaporar, retiran-do parte do calor da água.

Compreendido o fenômeno, oresto representa apenas o refina-mento em condensadores, evapo-radores, fluidos e elementos decontrole.

Deixamos por último o com-pressor hermético, alvo de apri-moramentos constantes e queconcentra esforços de centenas depesquisadores e engenheiros queconseguiram aprimorar ao má-ximo o ciclo de compressão. Des-sa forma, criaram as mais econô-micas, eficientes, silenciosas e eco-lógicas unidades seladas, hoje glo-balmente aceitas e consagradas. AEmbraco, maior fabricante mun-dial de compressores, é o melhorexemplo desse processo evolutivono campo da refrigeração domés-tica, comercial e industrial e, mais

recentemente, no setor do condi-cionamento do ar.

Processo eficiente

Acompanhar o que acontececom um fluido do início ao fim deum ciclo de refrigeração é sufici-ente para reconhecer (ou relem-brar) a surpreendente simplicida-de de um fenômeno que tantoconforto e qualidade de vida temproporcionado.

Tudo começa com o fluido re-frigerante na forma gasosa, a bai-xa pressão, que vem do evapora-dor (de onde ele retirou calor pas-sando de líquido para gás) e é ad-mitido pelo compressor (suc-ção). Este aumenta a pressão dogás, impulsionando-o para o con-densador. Como o próprio nomediz, o condensador retira o calordo fluido (liberado no ambiente),transformando-o em líquido. Aopassar pelo elemento de controle(tubo capilar ou válvula de expan-são), o fluido torna-se novamen-te um gás, já no ambiente a refri-gerar, principalmente no evapo-rador. Ao evaporar, ele retira ocalor do gabinete e retorna aocompressor a uma temperaturaelevada, que será liberada adian-te, no condensador. Cerca de 75%do calor liberado vem dos alimen-tos guardados no refrigerador, fi-cando os 25% restantes por con-ta do próprio processo de com-pressão do fluido refrigerante.

Um processo eficiente, excep-cional em sua simplicidade e queé um dos inventos mais revolucio-nários do mundo moderno.

Veja uma demonstraçãoanimada dofuncionamento do sistemade refrigeração no site daEmbraco:www.embraco.com.br

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19 Bola Preta

Bola Preta: Como agir quando se épequeno, num mundo onde é cada vezmais difícil acompanhar asmudanças?

Stephen Kanitz: Estamos diante de umasituação que afeta empresas e empresáriosde qualquer porte, que ainda não mereceua devida atenção. O fenômeno terá im-pacto crescente, exigindo revisões drás-ticas de atitude, pois terá influência diretana própria sobrevivência profissional.

BP: Mas que nova situação é essa?

SK: O fato é simples: o conhecimento nomundo dobra a cada 18 meses, tempo queem breve será cada vez mais reduzido.Além da avalanche de trabalhos universi-tários e artigos, cerca de três mil livrossão publicados a cada dia. Por coincidên-cia, esse é também o número máximo quepoderia ser lido pelo mais fanático e dedi-cado dos leitores se se dedicasse à tarefaem tempo integral durante toda a sua vida.A conseqüência – que pode ser chocante– é que enquanto o mundo como um todose torna cada vez mais inteligente, cadaum de nós se torna cada vez mais, comperdão do termo, “burro”. Ou seja, aque-le grau de conhecimento a mais de umindivíduo ou empresa é um diferencial queestá perdendo a força. Ele passa a repre-sentar uma minúscula vantagem quandocomparado à espantosa rapidez com quese avoluma o conhecimento coletivo.

BP: O que deve fazer o pequenoempreendedor nessa nova realidade?

SK: A única maneira para estabelecer o“diferencial de sobrevivência” de cada umé conhecer profundamente um nicho mui-to pequeno dentro da sua atividade pro-fissional. Isso significa conhecer totalmen-te seu mercado (principalmente a concor-rência) e mais ainda os clientes. Quem épequeno precisa se destacar da concor-rência e ainda garantir a fidelidade de cadacliente promissor. Tem também de ser cri-ativo, agindo como um verdadeiro inova-dor no difícil exercício diário de venderseus produtos ou serviços. Outro conse-lho: se possível, sempre se antecipar àsnecessidades e desejos de seus clientes.

Professor daFaculdade deAdministração daUSP (Universidadede São Paulo),Stephen Kanitz é umespecialista na saúdefinanceira deempresas. Autor dolivro O Brasil que dácerto, articulista darevista Veja, Kanitzé conhecido pelasopiniões muitasvezes polêmicas comrelação ao futuro doempresário e daempresa e ànecessidade dereinventá-la.Em entrevistaexclusiva a BolaPreta, ele expõe seuspensamentosaplicados aopequeno empresárioou profissionalautônomo.

Entrevista comStephen Kanitz

Opinião

BP: Essa fórmula de sucesso nãoparece fácil de seguir.

SK: Para começar, ela exige a revisão oureativação de dois procedimentos firme-mente enraizados. O primeiro é a ação deservir, um ato nobre, considerado umverdadeiro e raro prazer pelas culturas ori-entais. Entre nós, ocidentais, infelizmen-te, a maioria ainda confunde servir comservilismo. O desejo genuíno de servir vaisensibilizar os clientes.

BP: E qual seria o segundo?

SK: É um comportamento que tem re-flexos igualmente duradouros no relacio-namento comercial: a vontade de realmen-te ouvir seu cliente. Deve-se estimulá-loa ser quase um cúmplice, extraindo delecomentários e críticas sobre o que estácerto, o que pode ser melhorado, o quepoderia ser criado e o que está errado emsua oferta de produtos ou serviços. Felizcom a oportunidade de agir como um con-sultor, o cliente vai ser uma fonte de ins-piração para que o profissional se tornecada vez mais aquele especialista em pe-quenos nichos de que falamos. O clientepassará a vê-lo como um profissional su-ficientemente honesto e humilde por soli-citar e aproveitar as sugestões e comen-tários feitos que possam provocar umaação inovadora nos negócios.

BP: E em relação a freqüentar cursoscaros e reconhecidos, qual a suaopinião?

SK: O mesmo se aplica de certa forma àobtenção de um curso de pós-graduação,um desses mestrados em universidadesde renome internacional nos Estados Uni-dos ou Europa. São cursos muito carosque podem se estender por até dois anos.Os conhecimentos adquiridos, sem dúvi-da preciosos, perderão seu valor em al-guns anos, como já comentamos. É mui-to mais lógico investir anualmente em ummês de um seminário ou um curso espe-cial durante anos e anos, pois o conheci-mento será constantemente rejuvenesci-do, ao longo do tempo. O segredo é sim-ples: “Sempre aprender e não aprenderpara sempre”.

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