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(FONTE: Valor Econômico dia 19/08/2016)

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Pequena indústria de fraldas supera crise com itens baratos cenário. A busca do brasileiro por opções que atend am às necessidades e ao mesmo tempo se encaixem no orçamento vem mudando a dinâmica do set or, que cresce apesar da concorrência

São Paulo - A busca por produtos mais baratos, em meio ao encolhimento da renda do brasileiro, vem impulsionando os negócios de pequenas e médias fábricas de fraldas descartáveis. A mudança de hábitos de consumo deve manter a concorrência desse setor em alta e um crescimento de dois dígitos neste e nos próximos anos. A previsão de expansão do mercado, mesmo em meio a uma crise econômica no País, atraiu investidores para a Fraldas Kisses, conta o gerente comercial da empresa, Ademir Negrini. Segundo ele, a fabricante da Região Centro-Oeste recebeu o aporte de R$ 4 milhões de um grupo de investidores, que ajudou a companhia a sair do processo de recuperação judicial iniciado no ano passado.

"Com esse valor investimos na melhoria do processo fabril, com mais maquinário e tecnologia, o que garantiu o aumento da qualidade dos produtos. Tudo isso nos permite praticar um preço mais agressivo", diz.

Ele acredita que a opção de fraldas descartáveis com preços reduzidos contribuiu para que a Kisses captasse novos clientes. "Trabalhamos com um produto de primeiro preço e em época de crise há migração de marcas mais caras por outras com valores mais baixos, como é o nosso caso", observa o executivo.

De acordo com a especialista em inteligência de mercado da Factor-Kline, Elaine Gerchon, esse movimento de migração de marcas é natural na crise. "O mercado de higiene é grande e competitivo. Com diversas opções, o consumidor realiza trocas em busca de manter o padrão de qualidade, mas com um preço menor", avalia ela.

A Kisses projeta expansão de 40% nas vendas em 2016 em relação ao ano passado, quando faturou R$ 3,2 milhões. "Prevemos que pelo menos 20% dos consumidores que experimentam a marca permaneçam comprando nosso produto mesmo que a economia melhore, pois perceberá uma vantagem", aposta Negrini.

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Na visão do diretor comercial da Fraldas Panda, Altemir Modesto, vale a máxima de que na crise surgem as grandes oportunidades. A empresa projeta para este ano acréscimo de 70% sobre as vendas de 2015, ano em que também ingressou com um processo de recuperação judicial. "É um grande momento para nós, uma oportunidade de atingirmos metas após anos difíceis", afirma Modesto.

Ele conta que no ano passado a Panda foi obrigada a se reestruturar, reduzindo a capacidade de produção com corte de carga horária e até demissões. "Agora, o mercado está mais promissor. Estamos investindo mais na apresentação do produto, embalagens melhores, reforço da comunicação e inclusive melhoramos a qualidade das fraldas", acrescentou o diretor.

Competitividade

Especialistas apontam que, com o avanço de pequenas e médias empresas, o mercado de higiene está cada vez mais competitivo. O avanço de novos players pode dificultar a vida de gigantes do setor, que detém marcas consagradas, na opinião deles. "Se o produto mais barato foi testado e supre as necessidades do bebê, não faz sentido voltar para a marca mais cara", reforça o chefe de mercado de capitais da Eleven Financial, Adeodato Netto.

O aumento da competição com produtos de baixo custo pode provocar queda no ritmo de alta da receita total. Um levantamento da Mintel estima que no ano passado o mercado de fraldas descartáveis movimento mais de R$ 7 bilhões, alta de 12% ante 2014. A previsão da consultoria para este ano é de crescimento de 11%, chegando perto de R$ 8 bilhões.

A desaceleração do crescimento das receitas também é um reflexo da variação cambial e do aumento da inflação brasileira, analisa a especialista da Mintel, Juliana Martins. "Dólar e inflação, somado ao desemprego, devem ser os principais responsáveis por esse movimento do setor", destacou ela, em nota sobre a pesquisa.

Essa percepção de que o ano será difícil foi registrada também pela Procter & Gamble (P&G), dona da marca Pampers. Em relatório de resultado trimestral, o CEO da companhia, David Taylor, explicou que foram realizados investimentos em inovação e publicidade, com objetivo de ampliar a produtividade da P&G. "Estamos comprometidos com a melhoria de produtividade e de custos", ressaltou Taylor.

No ano passado, a companhia obteve US$ 20,2 bilhões com as vendas ao redor do mundo do segmento de cuidados para família, mulheres e bebês, retração de 3% em relação ao mesmo período de 2014.

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Já a dona da marca Huggies, a Kimberly Clark, vem notando uma melhora nos volumes de vendas do segmento de cuidado para crianças no Brasil devido às inovações e maior atividade promocional. No ano passado, a companhia teve receita de US$ 9,2 bilhões, baixa de 4,5% na comparação com 2014.

O CEO da brasileira Santher, Ricardo Botelho, vê a necessidade de uma adaptação aos novos hábitos de consumo do brasileiro. " O consumidor busca a melhor oferta e o tipo de embalagem tem de corresponder a isso. As versões promocionais tem maior apelo na hora da escolha da marca", notou ele.

Hypermarcas

Netto, da Eleven Financial, acrescenta que diante desse cenário, a Hypermarcas, fabricante das fraldas descartáveis Pompom, pode postergar a venda dessa divisão. "A companhia está com um caixa muito saudável e passou a ter resultados positivos até mesmo nesse segmento no qual não deseja mais atuar. Assim, eu não me surpreenderia caso a venda fosse suspensa ou postergada, já que a operação voltou a ser rentável e a empresa não está endividada".

A unidade, a venda há mais de um ano, foi avaliada em R$ 1,5 bilhão. Procurada, a Hypermarcas não quis comentar.

Ana Carolina Neira

Produção destinada à exportação fica estável, regis tra Fiesp - A parcela da produção da indústria da transformação dedicada às exportações ficou praticamente estável no segundo trimestre, marcando 20,9% após fechar o primeiro trimestre em 21%, informou a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Por outro lado, a participação dos produtos importados no total consumido pela população brasileira subiu de 19,1% para 20,1% no mesmo período, em nível próximo ao do segundo trimestre do ano passado: 20,3%.

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Entre abril e junho, o indicador de exportação, medido pelos departamentos de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) e Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Fiesp, refletiu mais uma vez a desvalorização do real, segundo a entidade.

De acordo com o relatório, os embarques de produtos brasileiros ao exterior subiram 0,5% em volume na passagem do primeiro para o segundo trimestre, enquanto a produção nacional teve alta de 1,1%.

"O pequeno aumento das exportações ainda é reflexo de um período de 12 meses em que a taxa média de câmbio esteve acima dos R$ 3 70", diz o diretor titular do Derex, Thomaz Zanotto.

Ele lembra que o dólar já registra valorização em torno de 15% neste ano, o que tende a estimular a retomada das importações.

O volume de produtos comprados do exterior no segundo trimestre subiu 7,6%, ao passo que o consumo aparente teve alta menor, de 2,4%.

Dos 21 setores monitorados pela Fiesp, dez mostraram alta no coeficiente de exportação, comparativamente aos três primeiros meses do ano. Outros nove registraram queda na fatia da produção dedicada a vendas ao exterior.

A retração mais acentuada, de 7,4 pontos percentuais, aconteceu no setor de produtos têxteis. Já a indústria de produtos de fumo, destaque positivo do levantamento, ampliou em 3,6 pontos percentuais a fatia da produção embarcada ao exterior.

Na apuração do coeficiente de importações, houve aumento em 12 dos setores analisados, enquanto nove registraram menor penetração dos importados no consumo, com destaque aos produtos farmoquímicos farmacêuticos, cuja proporção importada recuou em 2,6 pontos percentuais.

Nos setores de derivados de petróleo, biocombustíveis e coque, houve alta de 4,9 pontos percentuais na participação dos importados, enquanto as importações de máquinas e equipamentos sobre o total consumido tiveram alta de 4,4 pontos percentuais.

/Estadão Conteúdo

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Sindicato elabora plano contra PDV - Trabalhadores da Embraer reunidos em assembleia d o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos aprovaram ontem um plano contra as demissões programadas. A companhia anunciou na semana passada um plano de demissões voluntárias (PDV) para os empregados de todas as unidades no Brasil e na quarta-feira (17) o detalhou, determinando o prazo entre 23 de agosto e 14 de setembro para a adesão, com desligamento previsto para a primeira semana de outubro. A companhia pretende economizar cerca de US$ 200 milhões com essa e outras medidas de redução de custos. A proposta dos trabalhadores exige o cancelamento imediato do PDV. Do contrário, a ordem é "demitiu, parou". Como alternativa aos cortes, o sindicato propôs que a Embraer pare a transferência da produção para o exterior./Estadão Conteúdo

Reversão de justa causa é alta no Judiciário A dificuldade de provar em juízo que a conduta inde vida de fato ocorreu é um dos problemas enfrentados por empresas, que são condenadas a paga r também indenização por dano moral

São Paulo - Por erros de avaliação e falta de provas, a maior parte das demissões por justa causa levadas à Justiça do Trabalho tem sido revertida. Nesse tipo de caso, as empresas têm sido condenadas a pagar não só a rescisão mas também indenização por dano moral. O sócio do escritório Rocha, Ferracini, Schaurich Advogados, Eduardo Ferracini, explica que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) só permite a aplicação da justa causa em casos específicos, entre os quais estão o abandono de emprego, a violação de segredo da empresa e também ato de improbidade. A primeira falha das empresas está em provar que a conduta indevida de fato ocorreu. "Há um grande número de empresas familiares e de pequeno porte no Brasil. Esse tipo de empregador ao verificar um furto logo demite o funcionário. Mas depois não consegue provar isso em juízo", conta Ferracini. Outro problema comum é o erro de avaliação quanto à gravidade da conduta cometida pelo funcionário. O sócio do Rocha, Calderon e Advogados Associados, Fabiano Zavanella destaca que a dispensa por justa causa só

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ocorre em situações muito graves e é exceção. "Somos todos seres humanos. O empregado vai cometer deslizes. É preciso verificar a intenção, o histórico, e o tipo da conduta para ver se realmente há justificativa para a rescisão motivada", destaca.

Zavanella acrescenta que a CLT, nesse sentido, às vezes é bastante subjetiva. É o caso da justa causa em razão de desídia, termo relacionado a desleixo, desatenção, negligência ou desinteresse, explica o especialista. Mas se de um lado a lei parece vaga, de outro os juízes costumam ser rigorosos na aplicação do dispositivo. "O Judiciário não vê a banalização do instituto com bons olhos e prega mais rigor", afirma.

Um terceiro fator que poderia estar levando os gestores a aplicar a demissão motivada é a possibilidade de escapar das verbas rescisórias, como o aviso prévio e a multa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Mas nem levando em conta apenas as razões econômicas essa opção faz sentido aponta Ferracini. Ele explica que se a justa causa é derrubada na Justiça, além da rescisão a empresa poder ter que pagar milhares de reais por danos morais ao trabalhador cuja reputação foi prejudicada. "Hoje a ação trabalhista é muito rápida. A economia de encargos via justa causa não é uma estratégia inteligente", afirma o advogado.

Dimensão

A maioria das demissões por justa causa que é levada ao Judiciário, apontam os dois advogados, são de fato revertidas. Foi o que aconteceu com 71% dos casos desse tipo levados ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), de acordo com um estudo conduzido pelo escritório de Ferracini. A análise levou em conta 140 decisões proferidas nos últimos 12 meses tribunal gaúcho. Mesmo considerando possíveis divergências entre os tribunais regionais, Zavanella aponta que a situação é bastante parecida em vários outros estados. "Não apenas em São Paulo, mas também em Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro, onde temos maior número de ações, a análise é nesse sentido", destaca. Nesse cenário, para evitar problemas, ele recomenda que a empresa seja o mais cautelosa possível ao aplicar a justa causa.

De acordo com dados do Tribunal Superior do Trabalho (TST), no primeiro semestre deste ano surgiram pouco mais de 26 mil ações novas em que o funcionário pede indenização por dano moral e desconfiguração da justa causa. Mais 19,7 mil ações questionaram a aplicação da justa causa pelo abandono de emprego.

Roberto Dumke

(FONTE: DCI dia 19/08/2016)

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A herança do desemprego O desemprego, o efeito mais cruel da recessão, cont inuou em alta no segundo trimestre e ainda atormentará os brasileiros até a recuperação ganhar impulso e a confiança dos empresários se firmar

O desemprego, o efeito mais cruel da recessão, continuou em alta no segundo trimestre e ainda atormentará os brasileiros até a recuperação ganhar impulso e a confiança dos empresários se firmar. A expectativa do empresariado industrial tem melhorado e esse dado é especialmente importante, porque o dinamismo da economia ainda é muito dependente, no Brasil, do ritmo de atividade das fábricas. Mas as melhores notícias, por enquanto, apenas indicam uma estabilização dos negócios e, em alguns segmentos, um tímido começo de reação. Enquanto se esperam sinais mais fortes de reativação, é inevitável prosseguir no balanço dos estragos causados pelos erros e desmandos acumulados principalmente a partir de 2009-2010, quando o Brasil começou a vencer o primeiro impacto da grande crise internacional. O desemprego aumentou de 10,9% no primeiro trimestre para 11,3% da força de trabalho no segundo, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada na quarta-feira passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Pnad-Contínua, atualizada e publicada mensalmente, substituiu no começo do ano a velha série estatística do desemprego, limitada às seis maiores áreas metropolitanas. O levantamento do IBGE cobre agora, em cada trimestre, 211 mil domicílios de 3.464 municípios de todo o País. No segundo trimestre, 11,586 milhões de pessoas estavam desempregadas. Entre abril e junho de 2015 eram 8,354 milhões, correspondentes a 8,3% da população economicamente ativa. Nesse intervalo, a força de trabalho passou de 100,57 milhões para 102,38 milhões de pessoas, mas o mercado de trabalho, já com enorme número de excedentes, foi incapaz de absorver os novos candidatos. Desde o fim do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, o Brasil tem seguido rumo inverso ao das economias desenvolvidas e da maior parte das emergentes. A produção e o emprego voltaram a crescer nos países mais afetados pela crise iniciada em 2008.

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Desde fevereiro de 2010 foram abertos 15 milhões de postos de trabalho nos Estados Unidos, onde o desemprego chegou nos últimos meses a 4,9% da força de trabalho. Na Europa, a desocupação ficou pouco acima de 10% da força de trabalho no segundo trimestre deste ano, abaixo, portanto, da taxa brasileira. No Brasil, o Produto Interno Bruto (PIB) ficou estagnado em 2014, diminuiu 3,8% em 2015 e continua a encolher. O déficit público nominal – com inclusão, portanto, dos juros da dívida pública – bateu em 10% do PIB, mais que o triplo da média europeia. A situação fiscal brasileira é muito pior que a da maior parte das economias emergentes e a inflação no Brasil, ainda acima de 8% nos últimos 12 meses, é muito maior que na maior parte do mundo. É preciso levar em conta essas comparações para avaliar com algum realismo a política econômica da presidente Dilma Rousseff – uma continuação, em vários aspectos, daquela desenvolvida por seu antecessor. A distribuição de benefícios fiscais e financeiros a grupos e setores escolhidos, a estratégia de escolha de campeões nacionais e a promiscuidade entre o Tesouro e os bancos estatais, o loteamento e o aparelhamento da máquina federal são algumas das características comuns aos governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua sucessora. A recessão, o desarranjo das contas públicas, a inflação elevada, a recessão e o desemprego são os efeitos – previsíveis e previstos por vários analistas – desse tipo de política. Não se pode cassar um governante pelo conjunto de sua obra, disse a presidente afastada Dilma Rousseff. Não há, no entanto, como separar pedaladas e decretos ilegais desse conjunto. As melhores notícias, por enquanto, indicam tendência à estabilização. Em julho, a indústria paulista demitiu 6 mil pessoas. A queda do emprego, de 1,5% com ajuste sazonal, é menos intensa e tende a se esgotar, comentou o diretor do departamento econômico da Fiesp, Paulo Francini. Com o impeachment, pode-se acrescentar, a recuperação deverá ser mais fácil.

(FONTE: Estado de SP dia 19/08/2016)