Boletim 64

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Mário Augusto C. Henriques Rebelo O PROVEDOR 64 informativo boletim SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM Janeiro Fevereiro Março 2013 Distribuição Gratuita | Publicação Trimestral www.scms.pt A Mesa Administrativa, empossada no passado dia 4 de Janeiro, iniciou o mandato para o novo triénio convicta de o cumprir sob a égide da mudança e da esperança, mensagem que a Todos dirige. A mudança é uma realidade dos tempos atuais, que não podemos nem devemos ignorar, sob pena de nos iludirmos a nós mesmos. Dizem-nos os novos tempos que nos devemos adaptar da melhor forma possível às novas estruturas na esfera económica e do bem-estar social, por forma a corresponder à exigên- cias das camadas sociais mais desprotegidas fragiliza- das pelo estado de crise em que vivemos. É nossa convicção que se torna urgente alterar as políticas de economia social, pois só assim as instituições, nomea- damente as Misericórdias, estarão em condições de melhor poder responder. Esta mudança, não será só estrutural mas sobretudo em cada um de nós. A apro- vação, por unanimidade, pela Assembleia da Repúbli- ca no passado dia 15 de Março da lei de bases da Eco- nomia Social, é prova disso pois estabelece o regime jurídico bem como as medidas de incentivo ao sector. É o reconhecimento por parte do Governo que per- mitirá a reforma da restante legislação ordinária do sector que engloba as Misericórdias. Atendendo às alterações profundas que se estão a produzir na sociedade portuguesa podemos e deve- mos tirar partido dalgumas situações, nomeadamen- te da experiência, da confiança e da integridade, aumentando assim as possibilidades de sucesso para superar estes tempos difíceis dado que pela lei foi criado espaço ao sector para criação de mais respos- tas, mais empregos e se desenvolva, mitigando, as assimetrias geográficas. A esperança é outro dos fatores necessários ao equilíbrio diário na nossa atuação pois permite-nos enfrentar os novos desafios e proporcionar o verda- deiro equilíbrio. É fundamental não perdermos a esperança num amanhã melhor para podermos seguir em frente e entender que não haverá outro meio de continuar senão ultrapassando os problemas quotidianos, reco- meçando o trabalho em cada dia que nasce. Será pois, na conjugação da mudança e da esperan- ça que a revitalização da nossa aprendizagem e do nosso crescimento será possível. É forçoso que, o sucesso que pretendemos para amanhã, comece hoje a ser trabalhado, e para isso contamos com o mais elevado sentido de mudança e de esperança, quer na exigência das nossas atuações quer na dos que connosco partilham este espaço. A Todos os Irmãos, Colaboradores, Clientes/Utentes e Parceiros Sociais desejamos um Ano de 2013 de muita prosperidade. Gostava de finalizar esta mensagem felicitando em meu nome pessoal e da Mesa Administrativa, Sua Excelência Reverendíssima o Senhor Bispo de Santa- rém, D. Manuel Pelino Domingues, pela comemora- ção no passado dia 13 de Março do seu 25º aniversá- rio de sua ordenação como bispo, o qual coincidiu com o feliz anúncio da eleição de Sua Santidade o Papa Francisco. Votos de fecundo ministério para ambos. Editorial

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Boletim 64

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  • Mrio Augusto C. Henriques Rebelo O PROVEDOR

    64 informativo

    boletim

    SANTA CASA DA MISERICRDIA DE SANTARMSANTARMSANTARMSANTARM

    Janeiro Fevereiro

    Maro

    2013

    Distribuio Gratuita | Publicao Trimestral www.scms.pt

    A Mesa Administrativa, empossada no passado dia 4 de Janeiro, iniciou o mandato para o novo trinio convicta de o cumprir sob a gide da mudana e da esperana, mensagem que a Todos dirige.

    A mudana uma realidade dos tempos atuais, que no podemos nem devemos ignorar, sob pena de nos iludirmos a ns mesmos. Dizem-nos os novos tempos que nos devemos adaptar da melhor forma possvel s novas estruturas na esfera econmica e do bem-estar social, por forma a corresponder exign-cias das camadas sociais mais desprotegidas fragiliza-das pelo estado de crise em que vivemos. nossa convico que se torna urgente alterar as polticas de economia social, pois s assim as instituies, nomea-damente as Misericrdias, estaro em condies de melhor poder responde r. Esta mudana, no ser s estrutural mas sobretudo em cada um de ns. A apro-vao, por unanimidade, pela Assembleia da Repbli-ca no passado dia 15 de Maro da lei de bases da Eco-nomia Social, prova disso pois estabelece o regime jurdico bem como as medidas de incentivo ao sector. o reconhecimento por parte do Governo que per-mitir a reforma da restante legislao ordinria do sector que engloba as Misericrdias.

    Atendendo s alteraes profundas que se esto a produzir na socie dade portuguesa podemos e deve-mos tirar partido dalgumas situaes, nomeadamen-te da experincia, da confiana e da integridade, aumentando assim as possibilidades de sucesso para superar estes tempos difceis dado que pela lei foi criado espao ao sector para criao de mais respos-tas, mais empregos e se desenvolva, mitigando, as assimetrias geogrficas.

    A esperana outro dos fatores necessrios ao equilbrio dirio na nossa atuao pois permite-nos enfrentar os novos desafios e proporcionar o verda-deiro equilbrio.

    fundamental no perdermos a esperana num amanh melhor para podermos seguir em frente e entender que no haver outro meio de continuar seno ultrapassando os problemas quotidianos, reco-meando o trabalho em cada dia que nasce.

    Ser pois, na conjugao da mudana e da esperan-a que a revitalizao da nossa aprendizagem e do nosso crescimento ser possvel.

    foroso que, o sucesso que pretendemos para amanh, comece hoje a ser trabalhado, e para isso contamos com o mais elevado sentido de mudana e de esperana, quer na exigncia das nossas atuaes quer na dos que connosco partilham este espao.

    A Todos os Irmos, Colaboradores, Clientes/Ute ntes e Parceiros Sociais desejamos um Ano de 2013 de muita prosperidade.

    Gostava de finalizar esta mensagem felicitando em meu nome pessoal e da Mesa Administrativa, Sua Excelncia Reverendssima o Senhor Bispo de Santa-rm, D. Manuel Pelino Domingues, pela comemora-o no passado dia 13 de Maro do seu 25 anivers-rio de sua ordenao como bispo, o qual coincidiu com o feliz anncio da eleio de Sua Santidade o Papa Francisco.

    Votos de fecundo ministrio para ambos.

    Editorial

  • 2

    Editori al 1

    Horizon tes de Esperana 2

    Quotas 2

    Nota do Edito r 3

    Finan as 3

    UCCHJC - O Carnaval da Anci ani a 4

    CD e CAD - Come morao do 24 ani versri o

    4

    Creche e Pr Escolar - Os A miguinhos - A Magi a do C arn aval

    5

    UTIS vence con curso de cultura geral em Gondo mar

    5

    Reunio d a Assemblei a Geral 6 - 7

    Novos t ipos de Co municao 8

    Notci as Bre ves 9

    Obras de Misericrdi a - Ensinar os Simples

    10

    Visitantes n as Ig rejas da Miseric rdia e de Jesus Cristo

    11

    A crise e o bls amo da Solid aried ade 12

    Do Ficheiro dos Irmos... 12

    Estamos a viver a P sco a 5

    Voluntrio Um amigo 9

    PROPRIEDADE

    SANTA CASA DA MISERICRDIA DE SANTARM

    Largo Cndido dos Reis, 17 | 2001-901 Santarm

    Tel. 243 305 260 | Fax. 243 305 269 | www. scms.pt

    DIRECTOR

    Provedor Eng Mrio Augusto Car ona Henri que s Rebelo

    EDITOR

    Casimiro Jesus dos Sant os

    EXECUO GRFICA

    Antni o J. L. Monteiro

    TIRAGEM

    550 ex.

    DEPSITO LEGAL

    112397/97

    PESSOA COLECTIVA DE UTILIDADE PBLICA

    D.R. N 46 - 1 SRIE - D.L. N 119/83, 25-2

    ACABAMENTO E IMPRESSO

    Garrido Artes Grficas - Alpiara

    Nasci bem perto, na freguesia de Vale de Figueira, onde cresci e vivi at minha juventude. A minha cidade de referncia foi sempre Santarm. Foi aqui que se con-solidou, em parte, a minha vocao. Quer com o acompanhamento das Irms Servas de Nossa Senhora de Ftima, quer com a solicitude do Pe. Joo Bento. Aqui estudei e vivi tempos que no esquecerei mais.

    Depois de seis meses como proco de S. Nicolau, da Ribeira de Santarm e Capelo da Santa Casa, ainda sinto ter voltado s origens ou mesmo de nunca de c ter sado. Tudo to familiar! claro que os tempos so outros e outra a responsabili-dade, mas venho com enorme alegria e satisfao. Mais ainda, quando integrado numa grande famlia, cujo apelido "Misericrdia". Osis de bem fazer, uma pgina bela do evangelho de Cristo: Santa Casa da Misericrdia.

    Agradeo do corao o acolhimento e peo a Deus fora e dedicao para bem servir-vos. No h caminhos fceis, quan-do a misso grande e desafiante, mas no falte a vontade e a determinao.

    Neste sentido, permitam-me que realce trs acontecimentos ltimos bastantes inspiradores para a nossa vida.

    O primeiro foi a eleio do Papa Francis-co, o que veio do "fim do mundo", mas que depressa conquistou o corao do povo. Uma surpresa agradvel, um sinal de esperana e confiana, sobretudo quando vivemos tanto desnimo e pessi-mismo. Eis que Deus d o "Papa dos pobres", o homem da misericrdia e da alegria. Algum que parece to autntico, a quem d vontade de abraar e confi-denciar a nossa vida.

    Outro momento e no menos significa-tivo, foi o jubileu do nosso bispo D. Manuel Pelino. Vinte e cinco anos, que segundo ele no o cansaram mas que lhe trouxeram mais "gosto e encanto por esta

    misso". Um homem bom, dedicado e fiel, que no passado dia 13 de Maro sentiu o reconhecimento do povo de Deus, desta diocese de Santarm. Um dia doce e boni-to, uma oportunidade feliz e marcante. Viva quem faz da vida servio, dedicao e oblao!

    Por ltimo e em boa hora, evidencio a homenagem Madre Lusa Andaluz, com a sua esttua numa das rotundas da cida-de. Todos foram unnimes em reconhecer o valor desta mulher scalabitana. Sensvel aos problemas e necessidades dos desfa-vorecidos do seu tempo, com uma f ina-balvel em Deus, marcou a diferena... To estranho que sinta tanto a actualida-de da sua obra, dos seus propsitos e determinao.

    Que tempos estes que vivemos, to cinzentos e ingratos que tornam to cla-ros, afinal, estes luzeiros de vida. Testemu-nhos que iluminam a nossa face e aque-cem o nosso corao de esperana.

    HORIZONTES DE ESPERANA [ P.e Antnio Vicente | CAPELO DA MISERICRDIA ]

    QUOTAS

    Lembram-se os Irmos que ainda no efectuaram o pagamento da sua quota referente ao ano de 2012 (ou anteriores) que o podero fazer directa e pessoalmente na Secretaria dos Servios Administrativos ou enviando a respectiva importncia atravs de cheque ou vale de correio para o endereo abaixo indicado.

    Relembramos igualmente que o valor da referida Quota de 12,00/ano.

    SSSSaaaannnnttttaaaa CCCCaaaassssaaaa ddddaaaa MMMMiiiisssseeeerrrriiiiccccrrrrddddiiiiaaaa ddddeeee SSSSaaaannnnttttaaaarrrrmmmm LLLLaaaarrrrggggoooo CCCCnnnnddddiiiiddddoooo ddddoooossss RRRReeeeiiiissss,,,, nnnn11117777

    AAAAppppaaaarrrrttttaaaaddddoooo 22223333 2222000000001111----999900001111 SSSSaaaannnnttttaaaarrrrmmmm

  • 3

    [ Casimiro Santos ]

    O facto de sermos elementos acti-vos da Mesa Administrativa propor-ciona-nos o prazer de poder oferecer a nossa colaborao, como volunt-rios, nos diferentes campos de inter-veno, onde a Santa Casa da Miseri-crdia, actuante e primeira respon-svel.

    Na verdade, a diversificao de atribuio de funes permite aos intervenientes, um maior enriqueci-mento no saber, e uma mais alargada capacidade para saber conviver com a realidade da Instituio na sua glo-balidade, o que tambm por fora disso, a vem beneficiar.

    O Boletim Informativo, tem sido ao longo dos anos um veculo que tem levado a informao a Todos os Irmos, e sociedade em geral, dos factos mais relevantes nos perodos em referncia.

    Cabe aqui, com justia, um registo de reconhecimento pelo trabalho meritrio desenvolvido pela anterior equipa, constituda pelo Sr. Provedor Mrio Rebelo (como Director), a Irm Maria Emlia Leito (como editora) e Antnio Monteiro (na execuo grfi-ca).

    Alterada a composio da Mesa, como resultado das eleies, irei preencher a posio da Irm Maria Emlia Leito (como editor).

    Reconhecendo embora, que a minha experincia neste particular

    inversamente proporcional impor-tncia exigida para tal cargo, irei aceit-lo, ainda assim, como um desafio com todo o sentido de res-ponsabilidade e entusiasmo, cons-ciente que terei por parte dos Irmos e demais leitores, a benevolncia amiga no julgar do desempenho desta nova tarefa.

    Prioritariamente a preocupao far-se- incidir no sentido de, no mni-mo, se manter a qualidade e imagem conseguidas.

    Contudo, seria importante tentar alcanar novos patamares envolven-do projectos mais alargados com a colaborao mais estreita, interessa-da e enriquecedora do saber de todos os Irmos. Projectos que no essencial contribuiriam para projec-tar a imagem real, da valiosa inter-veno da Santa Casa, junto dos nossos concidados mais carencia-dos a todos os nveis.

    O vosso empenho a esta nossa inteno, ser a prova da grandeza dos valores humanos que abundam em todos vs, e da preocupao latente em servir causas de esprito solidrio altamente louvvel.

    Obrigado Irmos. Contamos con-vosco

    Nota do Editor

    CONSIGNAO DE 0,5 % DO IRSCONSIGNAO DE 0,5 % DO IRSCONSIGNAO DE 0,5 % DO IRSCONSIGNAO DE 0,5 % DO IRS

    A Misericrdia neste ano de 2013 pode beneficiar de donativos atravs da Decla-rao de IRS, isto , todos os sujeitos passivos de IRS, podem contribuir atravs da sua declarao anual.

    A totalidade dos impostos que pagamos destina-se a financiar as despesas pblicas do Estado, mas no decidimos diretamen-te onde so aplicados. A nica exceo existente a possibilidade de destinar 0,5% do nosso IRS a uma determinada instituio particular de solidariedade social, por exemplo Santa Casa da Mise-ricrdia de Santarm, contemplado na Lei n. 16/2001 de 22 de Junho. Esta percenta-gem retirada ao total que o Estado liqui-da, e no ao imposto que lhe deve ser devolvido (se houver lugar restituio), logo, no existe qualquer custo por desti-nar 0,5% do seu IRS a esta instituio.

    Assim, na sua Declarao do IRS basta preencher como abaixo se indica:

    A Santa Casa da Misericrdia agradece.

  • 4

    [ Maria do Sameiro Machado ]

    No dia 11 de Fevereiro de 2013 celebr-mos, o Carnaval na Unidade de Cuidados Continuados - Hospital de Jesus Cristo.

    A preparao deste dia comeou umas semanas antes com a confeo de msca-ras, uma vez que, por vontade prpria, os utentes da Unidade decidiram s usar mscara.

    Logo pela manh, do dia 11 de Fevereiro, os meninos do jardim-de-infncia desfila-ram na Unidade, Lar de Grandes Depen-dentes e Lar de Idosos, perante o olhar

    atento dos utentes provocando-lhes um enorme entusiasmo e curiosidade. A dife-rena de idades desencadeou coment-rios remanescentes de pocas onde viam os netos a festejar tal dia.

    Na parte da tarde, juntmo-nos na sala de convvio da Unidade, com utentes do Lar de Idosos e Lar de Grandes Dependentes e proporcionmos um dia divertido de convvio. Toda a equipa entrou no espri-to carnavalesco e neste dia as limitaes de cada um ficaram relegadas para segundo plano.

    rabes, polcias, bebs, cowboys, ndios, jovens, freiras entre outros entraram pela porta da Unidade e fizeram sonhar e relembrar (bons) velhos tempos. Poder vestir a pele de outra pessoa, experimen-tar outra forma de estar na vida, levou-os a entregarem-se de corpo e alma perso-nagem, no se limitando a permanece-rem nos seus lugares. Circularam pela sala, reviram utentes e conheceram outros.

    E a msica, como bvio, no pde faltar. E no fizemos por menos. Contactmos um msico que alm de cantar, tocou rgo e concertina. A msica popular portuguesa foi o mote para braos no ar, para sorrisos se expressarem, para com-boios de gente se formarem. As visitas dos utentes juntaram-se nossa famlia e todos juntos vimos voar 3 horas de pura diverso. No final o lanche no faltou, o agradecimento de podermos estar todos juntos.

    O Centro de Dia e o Servio de Apoio Domicilirio da Santa Casa da Misericrdia de Santarm no dia 13 de Fevereiro de 2013 festejaram com alegria o seu 24 aniversrio de interveno social com os idosos.

    So duas Respostas Sociais criadas em simultneo, cada uma com as suas especi-ficidades, mas com objetivos comuns e com a finalidade de proporcionar aos utentes, melhores condies de vida e colmatar o seu isolamento social.

    Atualmente estas Respostas Sociais tm a sua sede em instalaes diferentes e edif-cios separados, mas continuam ligadas por uma estreita cooperao, sobretudo ao nvel das atividades socioculturais, programadas para o Centro de Dia e nas quais se procura integrar o maior nmero possvel de utentes que beneficiam do Servio de Apoio Domicilirio.

    Mais uma vez, os utentes de ambas as Respostas Sociais participaram em con-junto nas atividades realizadas neste dia de aniversrio. Todas as atividades foram realizadas no Centro de Dia com o seguin-

    te programa: Missa e Almoo de Convvio entre os idosos do Centro de Dia e os idosos do Servio de Apoio Domicilirio.

    Seguiu-se o Almoo Convvio entre cola-boradoras de ambas as Respostas Sociais.

    A tarde foi animada por diversas ativida-des realizadas por funcionrias, idosos e voluntrios(as) e terminou com lanche recheado com um bonito bolo de aniver-srio confecionado cozinha da Instituio.

    Tambm contmos com a presena do Senhor Provedor que participou alegre-mente na tarde de animao e a Senhora Coordenadora Geral da Instituio que esteve presente no Almoo convvio onde estiveram reunidas, todas as colaborado-ras e diretoras tcnicas das duas Respos-tas Sociais.

    Os idosos estavam felizes, cantaram, aplaudiram e divertiram-se.

    Foi mais um ano que passou e todos fes-

    tejmos com alegria, mais um aniversrio

    do Servio de Apoio Domicilirio e do

    Centro de Dia.

    PARABNS

    CENTRO DE DIA e SERVIO DE APOIO DOMICILIRIO - Comemorao do 24 aniversrio

    [ Odete Lus ]

    UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS Hospital de Jesus Cristo - O Carnaval da Anciania

  • 5

    Estamos a viver a PSCOA !

    UTIS vence concurso de cultura geral em Gondomar

    A UTIS - Universidade da Terceira Idade de Santarm, venceu no passado dia 25 de Janeiro em Gondomar, a 9 edio do con-curso de cultura geral para universidades seniores O saber no tem Idade, organi-zado pela RUTIS - Associao Rede das Universidades da Terceira Idade, em parce-ria com a US de Gondomar.

    Perante um auditrio aquecido pelo entusiasmo dos cerca de 600 participan-tes, a nossa equipa, constituda pelos alu-nos Clia Soares, Guilherme Matias e Vtor Lacerda, brilhou, dando provas da sua

    sabedoria e conquistando, com justia, o primeiro lugar s restantes 13 equipas concorrentes. Esta , assim, a segunda vitria que a UTIS alcana nesta iniciativa, tendo a primeira acontecido em 2005.

    O objectivo deste concurso proporcio-nar o convvio entre as Universidades da Terceira Idade, promovendo o envelheci-mento activo e a actualizao cultural dos seniores.

    Parabns UTIS!

    [ Cristina Jorge ]

    Pscoa! Estamos a viver a Pscoa, um tempo de mudana. Adivinhamos a Pri-mavera mais do que a sentimos.

    Cada dia que passa na Misericrdia cheio de acontecimentos mas chega uma altura que esta, a Primavera, para colo-carmos no papel o relato das atividades desenvolvidas durante todo o ano.

    Todos descrevemos as atividades em que participmos, que promovemos e como decorreram, ou seja quantificmos, caraterizmos intervenientes mas fica-nos sempre algo por dizer, por descrever, que so as emoes que germos e como estas afetaram o produto final da nossa ao.

    Estamos na fase de execuo de um novo Plano de Atividades, e quero com isto dizer que os nossos dias na Misericr-dia de Santarm, so completamente preenchidos no trabalho com pessoas e para pessoas.

    Daqui resulta uma interao constante, que nos desafia no dia a dia a fazer mais e melhor.

    No vivemos tempos fceis, contudo a nossa histria interna no se reporta ao obvio, mas sim ao desbravar de solues para as questes scioeconmicas, e sobretudo para as questes das Pessoas.

    Vamos comemorar mais um aniversrio, o 513, e este nmero para ns um est-

    mulo, um desafio constante, para agirmos concertada e integradamente em prol dos que necessitam.

    Estamos preparados para enfrentarmos o futuro, utilizando os recursos que se construram no passado.

    importante para a concretizao da nossa Misso contarmos com a colabora-o de todos, desde os Irmos ,aos cola-boradores e voluntrios, ou seja, com o envolvimento da Comunidade.

    Fica aqui ,o desejo de uma Santa Ps-coa, com a renovao de que todos preci-samos!

    No dia 11 de Fevereiro de 2013, as crian-as do Pr-Escolar das salas dos 4 e 5 anos, decidiram espalhar a Magia do Carnaval por algumas das Respostas Socias da nos-sa Instituio.

    Comemos o nosso percurso pelo Lar de Idosos, onde crianas, idosos e colabo-radores envolveram-se em brincadeiras de Carnaval, cantando canes alusivas a esta data festiva e vestidos a rigor com os seus disfarces, fizemos danas de roda e algu-ma animao. Esta proximidade entre crianas e idosos, promove o contacto intergeracional e permite a partilha de saberes e de novas descobertas.

    A nossa visita continuou pelo Lar de

    Acamados, onde permanecemos algum tempo para que as nossas crianas pudes-sem interagir com alguns utentes, que mostraram alegria e entusiasmo ao v-los disfarados. O nosso passeio terminou com a visita aos utentes da Unidade de Cuidados Continuados, permitindo s crianas observar a atividade que alguns estavam a desenvolver na altura.

    Este momento ldico, desenvolvido entre crianas e idosos das nossas Respos-tas Sociais, permitiu uma troca de vivn-cias, promovendo igualmente uma trans-misso de afetos e de experincias de vida.

    CRECHE e PR-ESCOLAR Os Amiguinhos - A MAGIA DO CARNAVAL

    [ Maria Jos Casaca ]

    [ Rita Pais ]

  • 6

    REUNIO DA ASSEMBLEIA GERAL 27 Maro 2013 Decorreu no passado dia 27 de Maro, no Salo Nobre do Definitrio, com a presen-a de 36 Irmos, a habitual Assembleia-Geral na qual a Mesa Administrativa apre-sentou o Relatrio das Actividades e o Relatrio Contabilstico do Ano de 2012, tendo presidido reunio o Presidente do Definitrio, Eng. Herminio Martinho. O Provedor, Eng. Mrio Rebelo, debruou-se sobre o primeiro ponto da Ordem de Trabalhos apresentando assistncia os Relatrios acima designados Na impossibilidade de os transcrever na integra, aqui deixamos os principais des-taques relativamente rea social:

    ... Creche / PrCreche / PrCreche / PrCreche / Pr----Escolar Os AmiguinhosEscolar Os AmiguinhosEscolar Os AmiguinhosEscolar Os Amiguinhos Estas respostas mantiveram-se em funcio-namento todo o ano exceo de uma semana em Agosto destinada limpeza das instalaes. Contudo verificmos uma reduo da frequncia das crianas nos meses de vero, mais acentuada no ms de agosto. Verificamos no ano transato uma fre-quncia de 53 crianas em Creche e 59 em Pr Escolar. Desistiram 6 crianas no Pr- Escolar, por opo dos pais/ encarregados de educa-o que decidiram pela sua colocao no Ensino Pblico, esta deciso conforme nos foi comunicada teve por base ques-tes econmicas. Centro de Actividades de Tempos Livres Centro de Actividades de Tempos Livres Centro de Actividades de Tempos Livres Centro de Actividades de Tempos Livres Quinta do BoialQuinta do BoialQuinta do BoialQuinta do Boial A manuteno desta resposta social, assenta na resilincia da Misericrdia, que apesar de todos os constrangimentos mantem a oferta de qualidade no acom-panhamento de crianas em horrio ps escolar. Temo-nos adaptado s mudanas legisla-tivas e econmicas, diferenciando hor-rios e recursos e desta forma que atual-mente apesar de termos um Acordo de Cooperao para 20 crianas, a frequn-cia foi de 13 crianas. No nos esquivamos aos desafios e foi por isso que alargmos a nossa oferta comunidade em geral, disponibilizando as instalaes do CATL- Quinta do Boial para a celebrao de eventos (ex: Festas de anos, batizados), as famlias tm aderido s nossas propostas.

    CCCCeeeennnnttttrrrroooo ddddeeee AAAAccccoooollllhhhhiiiimmmmeeeennnnttttoooo TTTTeeeemmmmppppoooorrrrrrrriiiioooo PPPPrrrriiiimmmmeeeeiiiirrrroooo PPPPaaaassssssssoooo Esta resposta social destina-se a crianas em situao de risco/perigo, com idades compreendidas entre os 0 e os 10 anos de idade. Durante o ano de 2012 a frequn-cia de crianas esteve durante 8 meses abaixo da capacidade (12 crianas). De um modo global, ao longo do perodo em anlise houve uma diminuio no nmero de pedidos de acolhimento, o

    que deu origem existncia das referidas vagas. Esta situao prende-se no s com o fato de existirem mais respostas de acolhi-mento temporrio no distri-to, bem como com o fato do CAT no estar abrangido pelo sistema de gesto de vagas da Segurana Social. Durante o perodo em anli-se, 15 crianas frequentaram o CAT, a sua provenincia era maioritariamente dos concelhos de Santarm e Entroncamento. A mdia de idade das crianas acolhidas rondou os 7 anos. Neste perodo de tempo 5 crianas foram adotadas e 2 regressaram famlia nuclear.

    Lar dos Rapazes Lar dos Rapazes Lar dos Rapazes Lar dos Rapazes

    O Lar dos Rapazes a mais antiga respos-ta social da Santa Casa da Misericrdia de Santarm, e tambm a que tem vivido mais si tu aes de remodelao /adaptao, quer em instalaes, quer em metodologias de interveno. Acolhe crianas/ jovens em regime de acolhi-mento prolongado.

    Durante 2012 a frequncia mdia situou-se nos 10 jovens, nmero mximo do Acordo de Cooperao. Atualmente a maioria dos jovens tm idades compreen-didas entre os 13 e os 15 anos de idade e esto todos a frequentar as respostas educativas da cidade.

    Centro de Dia Centro de Dia Centro de Dia Centro de Dia

    uma resposta social destinada a apoiar indivduos/famlias no seu processo de envelhecimento.

    Neste ano o nmero de utentes em acor-do de Cooperao diminuiu de 60 para 50 pessoas.

    Esta diminuio teve que ver com a pro-cura, que se diferenciou tambm do tipo de apoio que nos solicitam ou seja temos menos pessoas, mas mais dependentes de servios especializados.

    Durante o ano de 2012, a frequncia do Centro de Dia foi maioritariamente de mulheres (54%), vivas e a viverem com filhos. Neste ano foram admitidos 14 utentes e saram 21.

    A idade mdia dos utentes de 80 anos, contudo este nmero influenciado pela frequncia de 4 pessoas com idades entre os 50 e 60 anos.

    SSSSeeeerrrrvvvviiiioooo ddddeeee AAAAppppooooiiiioooo DDDDoooommmmiiiicccciiiilllliiiirrrriiiioooo ((((SSSSAAAADDDD)))) eeee SSSSeeeerrrrvvvviiiioooo ddddeeee AAAAppppooooiiiioooo DDDDoooommmmiiiicccciiiilllliiiirrrriiiioooo IIIInnnntttteeeeggggrrrraaaaddddoooo ((((AAAADDDDIIII))))

    No ano transato realizaram-se 132 atendi-

    mentos, que ilustra a procura destes ser-vios, que admitiu 51 novos utentes.

    No final do ano havia 88 pessoas (maioria mulheres) a beneficiar dos cuidados pres-tados, e cujo maior nmero tinha idade superior a 85 anos.

    Nesta resposta em Dezembro ltimo tnhamos um total de 28 utentes, sendo 15 homens, na maioria com idades com-preendidas entre os 80 e os 84 anos.

    Os nossos servios englobam atividades de resposta s necessidades de subsistn-cia e as de existncia. Em ADI prevalecem os servios de higiene pessoal.

    Tem havido um investimento significativo nas respostas sociais em apreo no s nas instalaes mas tambm na aquisio de equipamentos que permitem um con-trole das atividades de vida diria dos utentes, atravs de controlo remoto.

    Mas temos ainda o Servio de Tele Alar-me, colocado em casa de alguns dos utentes, (9) atravs da parceria com a Autarquia e outros atravs de Protocolo da UMP com a PT.

    Residncia de Idosos (Lar de Grandes Residncia de Idosos (Lar de Grandes Residncia de Idosos (Lar de Grandes Residncia de Idosos (Lar de Grandes Dependentes)Dependentes)Dependentes)Dependentes)

    O Lar de Grandes Dependentes finalizou o ano com 54 pessoas internadas, 50 das quais abrangidas pelo Acordo de Coope-rao.

    A mdia de idade dos utentes de 84 anos o qual se reporta ao grupo dos cha-mados idosos muito idosos ou quarta idade.

    CCCCeeeennnnttttrrrroooo ddddeeee AAAAccccoooollllhhhhiiiimmmmeeeennnnttttoooo TTTTeeeemmmmppppoooorrrrrrrriiiioooo ddddeeee EEEEmmmmeeeerrrrggggnnnncccciiiiaaaa ppppaaaarrrraaaa IIIIddddoooossssoooossss ((((CCCCAAAATTTTEEEEIIII))))

    A frequncia desta resposta social de 13 pessoas, com uma predominncia de mulheres, com uma mdia de idade de 82 anos e a variabilidade oscila entre os 59 e os 91 anos. A maioria so vivos e h 4 utentes que esto desde a data de aber-tura.

    Em 2012 registou-se uma sada por bito.

  • 7

    Esta resposta no tem autonomia funcio-nal, as vagas esto distribudas pelo Lar de Idosos e pelo Lar de Grandes Depen-dentes, e os utentes chegada so acolhi-dos conforme o seu grau de autonomia.

    Lar de Idosos Lar de Idosos Lar de Idosos Lar de Idosos

    Resposta social de internamento de cara-ter permanente. A capacidade de 31 utentes, e encontra-se sempre no mxi-mo da sua lotao, que tambm nume-ro protocolado em Acordo de Coopera-o.

    Em 2012 foram transferidos para Lar de Grandes Dependentes, 4 pessoas devido a agravamento do seu estado de sade, pois necessitavam de cuidados que so mais adequadamente prestados na valn-cia em causa.

    De registar que no perodo em analise se registaram 2 sadas por bito. Foram admitidas 7 pessoas.

    UCCLDM UCCLDM UCCLDM UCCLDM ---- Hospital de Jesus Cristo Hospital de Jesus Cristo Hospital de Jesus Cristo Hospital de Jesus Cristo

    A UCCLDM Hospital Jesus Cristo iniciou a sua atividade em Junho de 2011 com uma capacidade para 21 doentes a ao longo de 2012 estiveram internados 69 doentes.

    O ms em que ocorreram mais admisses foi em Abril com 8 doentes.

    Durante este ano foi alterada a medida de apoio ao cuidador, passando dos previs-tos 90 dias para 30.

    Relativamente provenincia dos doen-tes, 36% vieram do seu domiclio, 22% do Hospital, 13% vieram de Unidades de Mdia Durao.

    Verificmos uma mdia de 2 doentes por ms internados na tipologia de descanso do cuidador.

    A faixa etria dos doentes, que prevalece a dos 86-90 anos, o que demonstra que

    o maior nmero de pessoas dependentes se centra na populao mais envelheci-da.

    No ano em anlise foram admitidas mais mulheres, a maioria dos admitidos so casados e vivos, e tinham como cuidadores informais uma maior prevalncia nas filhas e nos cnjuges (especialmente esposas).

    Relativamente ao tempo de internamento a maioria esteve mais de 180 dias. Apesar da maioria dos doen-

    tes admitidos em 2012 serem provenien-tes da zona de Santarm, tambm h um nmero significativo, provenientes da zona de Lisboa, o que dificulta o acompa-nhamento familiar, com repercusses no estado clinico do doente.

    Universidade da Terceira Idade (UTIS)Universidade da Terceira Idade (UTIS)Universidade da Terceira Idade (UTIS)Universidade da Terceira Idade (UTIS)

    A sede administrativa mantem-se na SCMS e as instalaes so cedidas pelos diferentes parceiros.

    No ano letivo iniciado em Outubro de 2012, esto a frequentar 340 alunos, com 55 colaboradores voluntrios.

    Rendimento Social de Insero (RSI)Rendimento Social de Insero (RSI)Rendimento Social de Insero (RSI)Rendimento Social de Insero (RSI)

    A Misericrdia esteve na gnese da apli-cao da Medida Rendimento Social de Insero no concelho de Santarm, em 1996 e aps diversas alteraes mantem ainda um Protocolo com a Segurana Social para o funcionamento de uma equipa multidisciplinar, constituda por uma tcnica de servio social, uma educa-dora social, um psiclogo e trs ajudantes familiares.

    A nossa interveno dirige-se aos habi-tantes das freguesias de: Salvador, S. Nicolau, Vale de Santarm, Pvoa da Isen-ta e Almoster.

    Mantemos em funcionamento um Atelier, promotor de aquisio e reforo de com-petncias na rea do saber fazer, saber estar e saber ser.

    Este atelier funciona durante a semana, exceo de sexta-feira e foi frequentado por 865 beneficirios durante o ano.

    Desenvolveram-se ateliers de Costura, Informtica e gesto e sabores, estes ate-liers tm superviso da Equipa Tcnica e so dinamizadas pelas ajudantes familia-res, e realizaram-se 14 novas situaes para apoio psicolgico.

    Durante o ano de 2012, receberam-se 134 novos requerimentos e chegmos a Dezembro com 189 processos ativos.

    Centro de Atendimento e Acolhimento Centro de Atendimento e Acolhimento Centro de Atendimento e Acolhimento Centro de Atendimento e Acolhimento Social (CAAS) Social (CAAS) Social (CAAS) Social (CAAS) Novo RumoNovo RumoNovo RumoNovo Rumo

    A conjuntura de crise aumentou a procu-ra desta resposta social de forma expo-nencial.

    Sendo esta resposta a nica do Distrito, tem algumas especificidades que h que referir, nomeadamente a flexibilidade e a resposta rpida e concentrada interna e externamente.

    No ano de 2012 foram apoiados 256 indi-vduos/agregados (191 isolados).

    A mdia de atendimentos mensais ronda os 60 indivduos. O perfil dos indivduos que nos procuram, est associado a com-portamentos toxicodependentes.

    O Centro de Acolhimento e Atendimento Social teve vrios recursos: refeitrio social, balnerio, banco de roupas e ainda 5 lugares de alojamento.

    Em mdia foram servidas 2200 refeies gratuitas por ms e foram lavados cerca de 350kg de roupa por ms.

    CANTINA SOCIALCANTINA SOCIALCANTINA SOCIALCANTINA SOCIAL

    Em 2012 foi implementado o Programa Em 2012 foi implementado o Programa Em 2012 foi implementado o Programa Em 2012 foi implementado o Programa de Emergncia Social, do qual faz parte a de Emergncia Social, do qual faz parte a de Emergncia Social, do qual faz parte a de Emergncia Social, do qual faz parte a resposta dada atravs das Cantinas resposta dada atravs das Cantinas resposta dada atravs das Cantinas resposta dada atravs das Cantinas Sociais.Sociais.Sociais.Sociais.

    O desemprego, os baixos salrios, a total ausncia de rendimentos contribui para que as famlias/ indivduos recorram em maior nmero s Instituies, numa bus-ca desesperada de ajuda para suprir dife-rentes necessidades.

    Esta medida foi implementada no primei-ro semestre de 2012, tendo a Instituio assinado o protocolo com o Centro Distri-tal de Santarm, em Junho de 2012;

    No perodo em anlise verificmos que o nmero de famlias/indivduos foi cres-cendo e que este crescimento se verificou devido a vrias condies; por um lado um maior conhecimento relativamente a este apoio e por outro lado uma maior dificuldade em assegurar a satisfao de determinadas necessidades alimentares.

    As informaes acima constantes, no dispensam a leitura dos respectivos Rela-trios que podem ser consultados pelos Irmos, junto dos Servios Administrati-vos da Santa Casa da Misericrdia.

  • 8

    Hoje enquanto ouvia um programa do qual sou uma ouvinte entusiasta, fundamentalmente, porque me des-perta para alguns temas, sobre os quais acabo por refletir, e trazer algu-mas aprendizagens para a minha modesta vida.

    O programa de hoje abordava as novas formas de comunicao, a internet, os telemveis, a televiso, as redes sociais, e os afectos; enfim, o ser social que existe em cada um de ns Onde fica? Ser que sobrevive?

    Achei interessante algumas das questes que foram levantadas e no colocadas sob a forma de crtica, uma vez que estas novas formas de comu-nicar trazem novas apre ndizagens, permitem uma maior transmisso de informao por segundo e permitem aceder a um conjunto infindvel de conhecimentos. Mas o que nos per-mitem sentir, sem ser as dores nas pontas dos de dos de tanto teclarmos

    ou as dores nas costas pelas posies incorretas que temos enquanto tecla-mos?

    Onde fica o espao para as brinca-deiras no jardim, das corridas dos polcias e ladres, das trocas caloro-sas de opinio que trocvamos, do abrao que damos quando sentimos no olhar do outro, a necessidade de um toque, um beijo?

    At que ponto estas novas formas de comunicao mal geridas no nos tornam nuns seres anti-sociais com dificuldades em estar com o outro? Bem vistas as coisas e de um modo virtual, ns estamos com outros, no com o outro

    Preocupo-me com tudo isto, por-que estas novas mudanas trazem novas formas de estar na sociedade, produzem novos comportamentos padres de vida e alteram a forma de estarmos na relao com os outros, enfim, mais terrivelmente ss!

    Acho que apesar dos avanos tcni-cos e tecnolgicos temos que deixar espaos para algumas tradies, para alguns modelos de comunicao mais antigos, como so disso exem-plo os afectos, as amizades calorosas, os risos, os abraos, o choro O estarmos com os outros, sendo todas estas aprendizagens essenciais para o reforo das competncias bsicas para a promoo de seres humanos equilibrados.

    NOVOS TIPOS DE COMUNICAO - Onde ficam os afetos! [ Mafalda Monteiro ]

  • 9

    A Santa Casa da Misericrdia de Santarm foi eleita para presidir ao Secretariado Nacional da Unio das Misericrdias do Distrito de Santa-rm, cuja tomada de posse se reali-zou na Goleg a 31 de Janeiro.

    Os Mesrios Maria da Conceio Matos e Casimiro Santos estiveram presentes, em representao da Santa Casa na tomada de posse da nova Direo do Lar de Santo Antnio.

    O Provedor Mrio Rebelo reuniu-se com os Prove dores das Santas Casas da Misericrdia de Vila Nova da Barquinha e Cartaxo, no mbito dos encontros do Secretariado Regional da Unio das Misericr-dias Portuguesas do Distrito de Santarm.

    O Provedor Mrio Re belo este ve tambm presente na reunio da Plataforma Supraconcelhia.

    A Santa Casa da Misericrdia desis-tiu do processo de insolvncia da CAMPUS XXI.

    O Prove dor Mrio Rebelo acompa-nhado da Diretora Geral Dr Maria Jos Casaca, visitou a Unidade de Alzheimer, na Casa do Alecrim, em Cascais.

    Esteve ainda, com o Vice-Prove dor Lus Valente presente em reunio no Conselho Social da Aco Social de Santarm.

    A mesria Maria da Conceio Matos esteve no encerramento do 18 Curso de Enfermagem.

    O mesrio Casimiro Santos em representao da Santa Casa, este-ve presente no evento realizado no Convento de S. Francisco a prop-sito da I Grande Festa do Toiro, que atribuiu trofus aos triunfado-res da temporada taurina.

    A corrida de Touros prevista para o dia 17 de Maro, foi cancelada devi-do a razes climatricas.

    [ Bia Mattos ]

    Voluntrio Um amigo...

    Com beijos nas pontas dos dedos

    Afaga rostos sofredores

    Limpa as lgrimas da criana

    E no olhar tem o sol da esperana,

    Que leva vida aos corredores

    Das dores e dos medos

    Com raios damor no sorriso,

    E a vida numa colher de sonhos,

    Alimenta almas que fenecem

    Em rostos dolhos tristonhos.

    Na corrida adversa do tempo

    Abraa o desalento de quem

    No tem nimo para sorrir

    Campo de esperana

    Para os da vida enjeitados,

    Marinheiros de mares encapelados,

    Leva amor e beijos em sorrisos

    Entranados dalegria e bondade

    Abrindo cortinas de cuidados

    Em taas repletas damizade

    NOTCIAS BREVES

  • 10

    OBRAS DE MISERICRDIA - Ensinar os simples

    [ Antnio Monteiro ]

    Dizem determinados investigadores que, Ensinar os simples, no dever ter merecido grande considerao por parte das Misericrdias, o que nos leva de imediato, a discordar deste argumento e a tentarmos, na medida do possvel, a demonstrar exactamente o contrrio.

    Ensinar os simples surge no Compro-misso de 1577 em primeiro lugar, e justamente sobre esta Obra de Misericr-dia Espiritual que nos iremos debruar neste boletim.

    Esta primeira Obra de Misericrdia Espi-ritual suscita-nos duas pequenas ques-tes que iro condicionar toda a estrutu-ra do texto. Ou seja, no esprito do Com-promisso das Misericrdias, quem eram os Simples? E que tipo de ensino lhes era ministrado?

    Tentando localizar no tempo e na hist-ria da Santa Casa da Misericrdia os simples, temos que remontar a 1518. Nesse ano j o Compromisso do Hospital de Jesus Cristo contemplava regulamen-tao especfica para o cuidado e protec-o de crianas rfs ou abandonadas, sendo recolhidas na chamada Roda dos Expostos, as quais necessitavam no s de amparo, mas tambm de instruo.

    No ainda determinado o ano em que a Roda dos Expostos passa para a tutela da Santa Casa, embora alguns historiado-res apontem a fundao da Misericrdia como a data provvel, contudo, o certo que o Compromisso do Hospital Real de Jesus Cristo de 1518, alm de regimentar o dia-a-dia daquele hospital, j determi-nava tambm os princpios pelos quais se iria regular todo o exerccio de cuidados bsicos em torno das crianas desampa-radas.

    Mas a histria dos Expostos em Santa-rm, comea muito mais cedo. no reina-do de D. Dinis, a 12 de Dezembro 1321 que a rainha Santa Isabel funda em San-tarm o Hospital dos Inocentes, destina-do a enjeitados e enfermos com o intuito explcito de prevenir os infanticdios que na poca eram uma prtica frequente.

    Ao morrer, recomenda aos seus sucesso-res o dito Hospital dos Meninos de San-tarm dizendo: mandamos que os faam bem ensinar a mesteres custa do hospital como entenderem, nos moos e nas moas, que lhe ser mais convenien-te, e depois que forem em tal estado, que por seus mesteres possam viver, vo-se

    boa ventura, e enquanto forem peque-nos, que lhes comprem amas, dem-lhas; e dem a eles e a elas o que fizer mester para sua criana. Atente-se pois, na expresso que os faam bem ensinar que os faam bem ensinar que os faam bem ensinar que os faam bem ensinar a mesteres custa do hospital, os quais deveriam aprender ofcios que lhes fossem mais adequados. E para que no houvesse falta de pessoas que se dedi-cassem criao dessas crianas expostas e abandonadas, foram inclusivamente concedidos pelo rei, s amas e seus mari-dos, privilgios especiais, enquanto ama-mentassem e tomassem conta dessas crianas rfs.

    Era inicialmente este hospital estabeleci-do Portas de Leiria (imediaes da Igre-ja da Piedade), mudando-se depois para o Pereiro e por l ficou imensos anos. Nessa poca, a assistncia aos Expostos, era assegurada pelo Hospital dos Inocen-tes sob tutela camarria, todavia, passa depois para a responsabilidade do Hospi-tal de Jesus Cristo, com uma administra-o independente, certo, mas sob a direco da Mesa Administrativa da Santa Casa.

    E julgamos que os pressupostos que estiveram na base dos cuidados bsicos de salvaguarda daquelas crianas sempre foram os mesmos: proteco, educao e instruo (veja-se o Compromisso de 1870, art 121).

    A protecoprotecoprotecoproteco , numa primeira fase, com-preenderia a recolha, o sustento e o aga-salho das crianas; numa segunda fase, o asseio e a promoo do seu desenvolvi-mento social, preparando-os para a vida profissional.

    A educaoeducaoeducaoeducao , por sua vez, consistiria em incutir nos rapazes os hbitos de asseio, ordem, obedincia, decncia, respeito, e em desenvolver em seus coraes, por um hbito de infncia, as bases funda-mentais das virtudes crists; a saber, o amor a Deus, o contnuo respeito sua presena, e o amor fraternal para com os homens.

    A iiiinnnnssssttttrrrruuuuoooo , cifrar-se-ia no ensino aos alunos dos fundamentos da doutrina crist, elementos de histria sagrada, elementos de leitura e de aritmtica, alm de um vasto leque de noes teis e usuais, principalmente de preceitos morais e de civilidade ao alcance da primeira idade, com o objectivo de pro-mover ao desenvolvimento progressivo

    das suas faculdades, desviando-os de todos os perigos por meio de uma cont-nua vigilncia. Quanto s meninas, ser-lhes-iam ensinados tambm os trabalhos de vida domstica reputados prprios do seu sexo e idade.

    Pelo desenrolar dos acontecimentos, parecia que a histria dos Expostos tinha os dias contados. Muito embora uma circular rgia de D. Maria I viesse mais tarde a criar oficialmente a Casa da Roda "em todas as cidades e vilas do Reino", apesar de j existirem e ser uma prtica em muitas localidades portuguesas, por Decreto de 19 de Setembro de 1836, referendado por Passos Manuel, que pas-sa a administrao das Rodas para os Distritos Administrativos cessando assim a competncia das Misericrdias. No entanto, a Misericrdia de Santarm s viria a perder essa responsabilidade aps a entrada do ltimo exposto na Roda do Hospital de Jesus Cristo, o que aconteceu a 7 de Maro de 1854.

    Por fim, o Decreto de 21 de Novembro de 1867 veio oficialmente abolir as admisses annimas na Roda dos Expos-tos, de crianas expostas, abandonadas e indigentes.

    No cabe neste pequeno artigo, fazer a histria da assistncia s crianas caren-ciadas no Distrito de Santarm, mas como nota sumria, sempre podemos acrescentar que desde 1861, vinha germi-nando a ideia posta por Albino Abran-ches Freire de Figueiredo, o qual aprovei-tando os legados testamentrios de D. Antnia Xavier da Costa Caria e do P.e Francisco Nunes da Silva (Padre Chiqui-to), em conjunto com o notabilssimo empenho do Comendador Silvrio Alves da Cunha, Anselmo Braamcamp Freire, e Pedro Antnio Monteiro entre outros,

    E Jesus, ao desembarcar, viu uma grande multido e compadeceu-se deles, porque

    eram como ovelhas que no tm pastor, e comeou a ensinar-lhes muitas coisas.

    - Marcos, 6, 34

    Oficina de carpintaria no asi lo de rfos em 1929

  • 11

    Continuam abertas as igrejas da Miseri-crdia e de Jesus Cristo cumprindo assim a funo para que foram construdas, e isso permite Santa Casa da Misericrdia, no s, continuar a mostrar o valioso patrimnio arquitectnico e religioso que possui mas, a que se exera nelas, a prti-ca de culto regular.

    Como era de esperar (pois j os agentes tursticos tinha anunciado quebras signifi-cativas no nmero de turistas em Portu-gal), pela primeira vez, as estatsticas demonstram uma queda substancial no nmero de visitantes, quer nos totais por igreja, quer nos totais por nacionalidade.

    Durante o ano passado verificou-se um total de 10.588 visitantes no conjunto das duas igrejas, dos quais 7.404 visitantes na Igreja da Misericrdia e 3.184 na Igreja de Jesus Cristo.

    Estes nmeros, que registam a afluncia no perodo de Janeiro a Dezembro de

    2012, refletem um decrscimo relativa-mente ao ano anterior na ordem dos (-8.391) visitantes.

    O decrscimo verificado na Igreja da Misericrdia de (-4.528); mas o maior decrscimo parece verificar-se na Igreja de Jesus Cristo com (-3.873) visitantes, o que indicia uma perca superior ao nme-ro de visitantes registados.

    No ano em apreo podemos acrescen-tar que para alm dos 9.044 portugueses, as nossas igrejas foram procuradas por cidados de 17 pases, (menos 5 do que em 2011), tendo sido visitadas maiorita-riamente por espanhis (439); franceses (293), brasileiros (221) e ingleses (214).

    Para alm destes, tivemos ainda a visita de indivduos de cidadania chinesa (115), tailandesa (70), alem (60), italiana (44), indiana (42), americana (26). Nacionalida-des como a ucraniana, russa, polaca, romana, sueca, austraca e holandesa

    contriburam com menos de 10 visitantes cada.

    Os meses de maior afluxo de visitantes foram: Igreja da Misericrdia: o ms de Maio com (868), e Igreja de Jesus Cristo: o ms de Setembro (347); os meses com menor registo de visitas foram: Maro na Igreja da Misericrdia (303) e Outubro na Igreja de Jesus Cristo (195) visitantes.

    Como nota positiva, continuamos a registar com agrado que, h cada vez mais visitantes que procuram a Capela da Ordem Terceira de S. Francisco denomi-nada Capela Dourada de Santarm, cujo acesso se faz pelo interior da Igreja de Jesus Cristo, alguns deles trazidos pela mo da Mesa Administrativa que no se cansa de sondar possveis mecenas que venham a apoiar o restauro de to impor-tante bem patrimonial e artstico desta Santa Casa.

    [ Antnio Monteiro ]

    Visitantes nas Igrejas da Misericrdia e de Jesus Cristo

    vinham movendo algumas influncias junto das autoridades competentes do Distrito, com vista a fazer na cidade, a fundao de um estabelecimento onde fossem educadas as crianas pobres e desamparadas. Esta linha de ideias viria a culminar na fundao do Asilo Distrital (actual Lar de Santo Antnio) em 25 de Agosto de 1872, tendo sido admitidos 8 meninos expostos e rfos. (AHSCMS - DCD-0042)

    Um rpido olhar sobre os Livros de Registo de Irmos da Misericrdia em busca de possveis Irmos que tivessem a responsabilidade de ministrar o ensino, encontramos o Mestre-Escola, Lus Manuel de Sousa Meneses, que foi admiti-do por Irmo em Definitrio de 13 de Abril de 1813; este professor no teria forosamente desempenhado funes a cargo da Misericrdia, mas desempe-nhou, muito provavelmente a cargo do Municpio.

    Estatua j o Novo Compromisso da Misericrdia de 1870 da Misericrdia a criao de um asilo para rfos, sob a denominao de Asilo de Nossa Senhora da Visitao. Tinha por finalidade dar "hospitalidade, educao e instruo aos rfos pobres e desvalidos..." tendo como condio expressa que s podiam ser admitidos rfos de pais pobres e neces-sitados, depois de completarem os sete

    anos de idade, tendo particular prefern-cia, os rfos de Irmos da Misericrdia, os expostos e depois os restantes.

    Esse estabelecimento, ento instalado no antigo palcio do Visconde da Fonte Boa, viria a iniciar-se com seis asilados do sexo masculino no ano de 1874, dando-se assim por colmatada uma necessidade social para acolhimento de rapazes rfos, uma necessidade deixada em aberto com a extino da Roda dos Expostos em Santarm.

    Atente-se de novo na expresso educao e instruo aos rfos pobres e educao e instruo aos rfos pobres e educao e instruo aos rfos pobres e educao e instruo aos rfos pobres e desvalidosdesvalidosdesvalidosdesvalidos, pois verificamos tambm pela leitura do Compromisso de 1929 que no Asilo de rfos j era ministrado o j era ministrado o j era ministrado o j era ministrado o ensino primrio e o complementarensino primrio e o complementarensino primrio e o complementarensino primrio e o complementar, em regime de internato.

    O ensino primrio era equivalente aos programas do ensino oficial. O ensino complementar constava de: Portugus, Geografia, Histria, Matemtica, Francs, Escriturao Comercial, Dactilografia, Civilidade, Higiene e Cincias Fsico-Qumicas. Este sistema de ensino era ain-da complementado com o aspecto profis-sional. O ensino profissional tinha dois perodos distintos: o de iniciao ou de diferenciao de aptides, e o de especia-lizao.

    Com a implantao do Estado Novo, o

    programa escolar estender-se-ia por todo o pas incluindo, claro est, todo o siste-ma assistencial no distrito de Santarm, onde se incluem os Asilos de rfos.

    Em 1963, o Asilo de rfos da Misericr-dia d lugar ao actual Lar dos Rapazes, mantendo o mesmo grau de ensino que vigorava a nvel nacional; viria depois a ser integrado no regime externo aps o 25 de Abril, abrindo no s a portas da escola primria frequncia de alunos externos, como viria, no final dos anos 70, a ser integrado nas escolas da cidade.

    A velha e centenria instituio conhe-cida como Lar dos Rapazes far em 2014, 140 anos de existncia, e continuar a subsistir sustentada num princpio bsico que, no fundo, j todos ns sabemos: a institucionalizao a melhor de todas as solues quanto todas as outras falharam.

    De tudo isto se conclui que, tem a Miseri-crdia de Santarm, longa tradio no cuidado e amparo s crianas mais des-protegidas, de onde resulta verificarmos que, a Santa Casa sempre desenvolveu uma estratgia institucional de ensino e instruo elementares em que o impor-o impor-o impor-o impor-tante no dar o peixe, mas ensinar a tante no dar o peixe, mas ensinar a tante no dar o peixe, mas ensinar a tante no dar o peixe, mas ensinar a pescarpescarpescarpescar por forma a devolver sociedade elementos vlidos e proactivos munidos das ferramentas necessrias sua pro-gressiva autonomia.

  • 12

    [ Casimiro Santos ]

    Os tempos que vivemos so um autn-tico pesadelo.

    A crise asfixia-nos. A todo o momento somos martelados com notcias sombrias, com clculos assustadores, com ameaas claras de mais sacrifcios, com projeces arrepiantes de mais desemprego, com esquemas criminosos de corrupo a nveis impensveis que passam impunes, com aumento de criminalidade violenta, com estruturas que premeiam os oportu-nistas, com ascenses ofensivas fruto de compadrios que corrompem a sociedade, com a mediocridade a elevar-se a pata-mares de mordomias, com mentiras e promessas que s nos entristecem e revoltam.

    Os dias so cinzentos e a revolta aumenta.

    A injustia rainha. A fome aumenta. A velhice est mais triste e abandonada. A doena mata mais e com mais dor.

    A vergonha da desgraa cobre o rosto dos pobres.

    Em muitos lares a misria instalou-se. A solido esmaga, esmaga at morte.

    Os casais no vivem. Os filhos no brincam. No riem. No h alegria nem esperana.

    As famlias fragilizam-se e em desespe-ro destroem-se.

    Os jovens no se emancipam, vo vivendo de ajudas e promessas. No tm futuro.

    Nas ruas proliferam mos estendidas caridade. A prostituio aumenta. Os negcios escuros, tomam dimenso assustadora.

    Aumenta o egosmo como motivo de sobrevivncia.

    Utilizam-se descaradamente pessoas integras e bem intencionadas, como objectos descartveis.

    Esta realidade, to s uma pequena

    constatao dos factos, como todos sabe-mos.

    A todo o custo esta destruio ter que ser travada. O cidado precisa de espe-rana, de amor, de verdade.

    Quer ser til sociedade. Precisa de oportunidades. Mas precisa acima de tudo de ter VALORES DE REFERNCIA.

    Na ausncia de solues polticas capa-zes, a sociedade civil mobiliza-se consti-tuindo grupos de interveno, visando minimizar os estragos provocados por esta convulso social, dramtica.

    O apelo ao amor ao prximo, ao louv-vel esprito de partilha e inter-ajuda, fez emergir com intensidade redobrada, o sen tido verdadeiro da palavra solidariedade.

    Os elementos que constituem esses grupos, so com toda a justia, merece-dores do maior respeito da nossa socieda-de. Conhecem bem a essncia da palavra solidariedade.

    Emolduram-na e seguem-na com muita alegria, entusiasmo e humildade, sem olhar a esforos pessoais.

    Sabem bem o que ser solidrio. E pra-ticam solidariedade com amor, estando presentes junto dos mais pobres, dos deficientes, idosos e aflitos, nos momen-tos mais dolorosos.

    Quando sabem escutar com ternura os relatos das suas tristezas e os motivos das suas revoltas, e as frases imperceptveis dos doentes em fase terminal.

    Quando do colo a uma criana, que nunca sentiu esse aconchego materno.

    Quando contam uma histria, quando oferecem um beijo, quando os/as pen-teiam, quando lisonjeiam os/as idosos/as, quando rezam em conjunto, quando do esperana.

    Praticam solidariedade, quando promo-vem eventos, ou outro tipo de interven-o visando angariao de fundos. Quan-do aconselham na resoluo de situaes

    familiares, quando ajudam a abrir portas para questes profissionais.

    Porque a solidariedade no um senti-mento de compaixo vaga ou de enterne-cimento superficial, pelos males sofridos por tantas pessoas prximas ou distantes, mas sim, uma determinao firme de nos empenharmos pelo bem comum, que o mesmo dizer pelo bem de todos e de cada um, j que todos ns somos na ver-dade responsveis por todos.

    com este esprito, e actuando deste modo que poderemos afirmar, que a crise que vivemos e que nos atormenta ser certamente mais suave, e vivida com mais amor e tolerncia. Com mais justia, com menos interesses pessoais.

    Em nome dos mais desprotegidos, um bem haja, a todos os voluntrios que na prtica da solidariedade do um exemplo de entrega riqussima de expresso espiri-tual, que permite a recuperao dos valo-res humanos que asseguram a dignidade da pessoa.

    A CRISE E O BLSAMO DA SOLIDARIEDADE

    DO FICHEIRO DOS IRMOS

    No mesmo perodo, chegou ao nosso conhecimento, com muita tristeza e pesar, o falecimento dos Irmos:

    Antnio Rodrigues Melancia

    Que descansem na Paz do Senhor.

    Aos seus familiares apresentamos as nossas condolncias.

    Joo Ferreira da Silva Ivo Antnio Videira

    Durante o ano de 2012 foram admitidos os seguintes Irmos da Santa Casa a quem a Misericrdia de San-tarm agradece a sua preciosa colaborao e deseja as maiores felicidades :

    Dr. Rui Manique Brito Dr Sandra Maria Almeida Simes Guilherme de Matos Matias