Boletim 66

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Mário Augusto C. Henriques Rebelo O PROVEDOR 66 informativo boletim SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM Julho Agosto Setembro 2013 Distribuição Gratuita | Publicação Trimestral www.scms.pt No passado dia 28 de Agosto, decorreu a efeméride dos 16 anos sobre a morte de um dos grandes amigos da nossa Santa Casa. Referimo-nos concretamente a Sua Excelência Reverendíssima D. António Francisco Marques, 1º Bispo de Santarém. A sua morte foi sentida com grande pesar e consternação na nossa instituição. O então Provedor Comendador José Manuel Cordeiro considerá-lo-ia mesmo, no seu Editorial do Boletim nº 2 de 1997 como “Um grande amigo e dedicadís- simo Irmão da Santa Casa da Misericórdia de Santarém”. Dotado de grande humanidade, foi o primeiro Bispo da Diocese de Santarém, tendo exercido o seu episcopado durante 22 anos com grande caridade e sentido de bem servir. A população reconhecida delegou na Câmara Municipal a incumbência de mandar erigir um monumento em sua memória, constituído por um busto em bronze, assente numa peanha de pedra, colocado em 2007, junto à porta de Leiria e ao magnífico edifício da Catedral, sede da diocese que ele inaugurou. Também a Misericórdia de Santarém, ainda hoje, lhe rende a sua homenagem mantendo exposto o seu retrato a óleo da autoria de Serrão de Faria na Sala do Definitório, quadro esse, descerrado em 18 de Março de 2000. No dia 4 de Outubro a Diocese de Santarém celebrou 38 anos de existência pelo que urge parabenizar Sua Excelên- cia Reverendíssima o Senhor Bispo de Santarém D. Manuel Pelino Domingos por essa data bem como pela magnífica recuperação do edifício da Catedral. Também na Misericórdia nos esforçamos para manter e qualificar o Património, contudo as dificuldades provenien- tes da atual situação socio-economica, têm impacto na Instituição, senão vejamos: após a análise dos documentos de Controle Orçamental referentes aos primeiros seis meses do ano, verificámos que houve uma quebra nas receitas, provenientes de atrasos nos recebimentos das compartici- pações dos Clientes e dos incumprimentos verificados nas rendas do património rústico e urbano. A Mesa Administrativa atenta à situação providenciou de imediato, respeitando a legislação em vigor, à resolução de contratos com os rendeiros faltosos e divulgou o patrimó- nio devoluto aguardando que nos cheguem propostas para o arrendamento do mesmo. Para obtenção da informação necessária basta aos interessados dirigirem-se aos Serviços Administrativos da Santa Casa de Misericórdia. Também aqui deixo um apelo a todos os Irmãos que ain- da não procederam à liquidação das suas quotas que o façam, pois a Misericórdia depende de Todos para intervir na Comunidade, que a reconhece como uma Instituição de referência, e foi devido a esse apreço que tivemos mais uma doação, desta vez de uma moradia. A esperança em melhores dias move-nos para a acção, e foi assim que a Mesa Administrativa decidiu reabilitar um espaço no interior da sua cerca, destinado a acolher pere- grinos, que frequentemente nos procuram. Validamos em cada dia a Visão que traçamos: A Santa Casa da Misericórdia de Santarém visa ser uma instituição de referência pela qualidade, nas áreas social e da saúde, a nível local nacional e transnacional. Bem hajam Todos os que connosco partilham a nossa Visão. Editorial D. António Francisco Marques 1º Bispo de Santarém

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Boletim 66

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  • Mrio Augusto C. Henriques Rebelo O PROVEDOR

    66 informativo

    boletim

    SANTA CASA DA MISERICRDIA DE SANTARMSANTARMSANTARMSANTARM

    Julho Agosto

    Setembro

    2013

    Distribuio Gratuita | Publicao Trimestral www.scms.pt

    No passado dia 28 de Agosto, decorreu a efemride dos 16 anos sobre a morte de um dos grandes amigos da nossa Santa Casa. Referimo-nos concretamente a Sua Excelncia Reverendssima D. Antnio Francisco Marques, 1 Bispo de Santarm.

    A sua morte foi sentida com grande pesar e consternao na nossa instituio. O ento Provedor Comendador Jos Manuel Cordeiro consider-lo-ia mesmo, no seu Editorial do Boletim n 2 de 1997 como Um grande amigo e dedicads-simo Irmo da Santa Casa da Misericrdia de Santarm.

    Dotado de grande humanidade, foi o primeiro Bispo da Diocese de Santarm, tendo exercido o seu episcopado durante 22 anos com grande caridade e sentido de bem servir.

    A populao reconhecida delegou na Cmara Municipal a incumbncia de mandar erigir um monumento em sua memria, constitudo por um busto em bronze, assente numa peanha de pedra, colocado em 2007, junto porta de Leiria e ao magnfico edifcio da Catedral, sede da diocese que ele inaugurou. Tambm a Misericrdia de Santarm, ainda hoje, lhe rende a sua homenagem mantendo exposto o seu retrato a leo da autoria de Serro de Faria na Sala do Definitrio, quadro esse, descerrado em 18 de Maro de 2000.

    No dia 4 de Outubro a Diocese de Santarm celebrou 38 anos de existncia pelo que urge parabenizar Sua Exceln-cia Reverendssima o Senhor Bispo de Santarm D. Manuel Pelino Domingos por essa data bem como pela magnfica recuperao do edifcio da Catedral.

    Tambm na Misericrdia nos esforamos para manter e qualificar o Patrimnio, contudo as dificuldades provenien-tes da atual situao socio-economica, tm impacto na Instituio, seno vejamos: aps a anlise dos documentos de Controle Oramental referentes aos primeiros seis meses do ano, verificmos que houve uma quebra nas receitas, provenientes de atrasos nos recebimentos das compartici-paes dos Clientes e dos incumprimentos verificados nas rendas do patrimnio rstico e urbano.

    A Mesa Administrativa atenta situao providenciou de imediato, respeitando a legislao em vigor, resoluo de contratos com os rendeiros faltosos e divulgou o patrim-

    nio devoluto aguardando que nos cheguem propostas para o arrendamento do mesmo. Para obteno da informao necessria basta aos interessados dirigirem-se aos Servios Administrativos da Santa Casa de Misericrdia.

    Tambm aqui deixo um apelo a todos os Irmos que ain-da no procederam liquidao das suas quotas que o faam, pois a Misericrdia depende de Todos para intervir na Comunidade, que a reconhece como uma Instituio de referncia, e foi devido a esse apreo que tivemos mais uma doao, desta vez de uma moradia.

    A esperana em melhores dias move-nos para a aco, e foi assim que a Mesa Administrativa decidiu reabilitar um espao no interior da sua cerca, destinado a acolher pere-grinos, que frequentemente nos procuram.

    Validamos em cada dia a Viso que traamos:

    A Santa Casa da Misericrdia de Santarm visa ser uma instituio de referncia pela qualidade, nas reas social e da sade, a nvel local nacional e transnacional.

    Bem hajam Todos os que connosco partilham a nossa Viso.

    Ed

    itor

    ial

    D. Antnio Francisco Marques

    1 Bispo de Santarm

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    Editori al 1

    4 Obra Corpo ral de Misericrdi a 2

    Aniversrio da C reche - Os A miguinhos 3

    CATL - Quinta do Boi al 3

    A Solidaried ade em Du as Rod as 4

    Lar de Idos os - 21 Ani versrio 4

    Centro de Acolhi mento Te mporrio - Primeiro Passo - 15 Ani versrio

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    Neste Espao Vivemos os Problemas e Deliberamos...

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    Fomos ao Te atro 7

    Isolamento e Solido 7

    A Festa d as Vindi mas 8

    Projeto Ne tbox 8

    A Festa d as Vindi mas 9

    Obras de Misericrdi a - Castigar co m caridade os que erram

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    Promoo da Autono mia e Co mb ate ao Isolamento Social

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    Lar dos Rap azes 12

    PROPRIEDADE

    SANTA CASA DA MISERICRDIA DE SANTARM

    Largo Cndido dos Reis, 17 | 2001-901 Santarm

    Tel. 243 305 260 | Fax. 243 305 269 | www. scms.pt

    DIRECTOR

    Provedor Eng Mrio Augusto Car ona Henri que s Rebelo

    EDITOR

    Casimiro Jesus dos Sant os

    EXECUO GRFICA

    Antni o J. L. Monteiro

    TIRAGEM

    550 ex.

    DEPSITO LEGAL

    112397/97

    PESSOA COLECTIVA DE UTILIDADE PBLICA

    D.R. N 46 - 1 SRIE - D.L. N 119/83, 25-2

    ACABAMENTO E IMPRESSO

    Garrido Artes Grficas - Alpiara

    A Santa Casa da Misericrdia de Santarm posiciona-se no meio envolvente como uma referncia na prestao de cuidados a diferentes pblicos e adequados s suas diferen-tes etapas de vida.

    Cumprir com as Obras de Misericr-dia um desgnio para todos ns no nosso quotidiano, por isso faltava-nos uma resposta que durante algum tempo esteve indisponvel por moti-vo de obras, um Centro de Apoio a Peregrinos.

    Por Santarm passam ao longo do ano milhares de Peregrinos, para Fti-ma ou para Santiago de Compostela e muitos so os que vm at ns pe din-do alojamento, resposta esta que foi sempre dada de forma precria, somente a generosidade que carateri-za a ao da Misericrdia explica como durante anos oferecemos este apoio sem um espao especifico para tal.

    Hoje aps a realizao das obras reconhecidas como estruturantes para a Instituio, estou a falar da adaptao do espao para construo dos Balnerios des-tinados aos colaboradores e das instalaes adequadas e autnomas para o Servio de Apoio Domicilirio e ainda da remodelao da Cozinha.

    Chegou o tempo de adaptar-mos umas instalaes na cerca da Misericrdia, anteriormente cedidas ao Centro de Sade e que dispem de 6 camas distri-budas por 3 quartos, uma

    copa / sala de refeies e instalaes sanitrias.

    Os peregrinos tm direito ao uso deste espao, em segurana e pelo pagamento de 5 euros/noite.

    Mais um passo da Misericrdia em prol da comunidade em que vivemos, tornando-a mais acolhedora a todos os que por aqui passam.

    4 Obra Corporal de Misericrdia - Dar Pousada aos Peregrinos

    [ Maria Jos Casaca ]

    QUOTAS

    Lembram-se os Irmos que ainda no efectuaram o pagamento da sua quota referente ao ano de 2013 (ou anteriores) que o podero fazer directa e pessoalmente na Secretaria dos Servios Administrativos ou enviando a respectiva importncia atravs de cheque ou vale de correio para o endereo abaixo indicado.

    Relembramos igualmente que o valor da referida Quota de 12,00/ano.

    SSSSaaaannnnttttaaaa CCCCaaaassssaaaa ddddaaaa MMMMiiiisssseeeerrrriiiiccccrrrrddddiiiiaaaa ddddeeee SSSSaaaannnnttttaaaarrrrmmmm

    LLLLaaaarrrrggggoooo CCCCnnnnddddiiiiddddoooo ddddoooossss RRRReeeeiiiissss,,,, nnnn11117777

    AAAAppppaaaarrrrttttaaaaddddoooo 22223333

    2222000000001111----999900001111 SSSSaaaannnnttttaaaarrrrmmmm

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    [ Rita Pais ]

    Pensar que a C reche fez 15 anos, remete-nos para mui-tas memrias Memrias de momentos vividos, de expe-rincias partilhadas, de aprendizagens e descobertas reali-

    zadas. Faz-nos pensar em todas as pessoas que por aqui passaram e deram o seu contributo e nas que aqui perma-necem, fazendo parte do nosso dia-a-dia, ajudando-nos a crescer, a desempenhar as nossas prticas educativas com qualidade, permitindo-nos fazer o melhor que sabemos.

    Faz-nos relembrar todas as crianas que desde os pri-meiros anos de vida, realizaram connosco o seu percurso, levando um pouco de cada uma de ns.

    Durante estes 15 anos, centrmo-nos no bem-estar e nas necessidades de cada criana, respeitando o seu desenvolvimento e a sua individualidade. Valorizamos o papel da famlia, a interao com os outros, a troca e a partilha de experincias entre geraes e o trabalho em equipa. Desta forma, conseguimos construir todos os dias o nosso trajecto, sendo possvel re alizar um trabalho de qualidade, com a colaborao, dedicao e envolvimento de todos.

    O ano lectivo de 2012/13 j terminou outro acabou de iniciar. Pretendo por isso, partilhar com todos vs, algu-mas das actividades realizadas neste trimestre.

    No CATL- Quinta do Boial durante o perodo de frias recebemos, desde os meados de Junho, crianas que con-nosco passaram as frias, o nmero de crianas oscilou, entre 17 a 20 crianas. Para este perodo foi desenhado um programa prprio que constava, entre outras, as seguintes atividades: piscinas, expresso plstica: pintura a leo, recorte e colgam, jogos, passeios pedestre, uma visita ao jardim do Budda Eden e uma visita s praias da Nazar, S. Martinho do Porto e Foz do Arelho.

    Mais uma vez recebemos e com muito agrado, no nosso Centro, algumas Intuies do concelho de Santarm, par-ceiras da nossa Santa Casa, na rea da anciana, para feste-jarmos o DIA dos AVS (dia 26 de Julho de 2013), com programa prprio. Das actividades que constaram no pro-grama, h a salientar o almoo convvio e a missa campal. Outra actividade, sempre do agrado dos mais idosos, foi a coinfeco de po com chourio, em forno de lenha da Quinta do Boial, conseguimos com esta actividade promo-ver lembranas, sempre muito saudosas e gostosas!

    No ms de Agosto, encerrmos para frias do pessoal e para a manuteno e higienizao do equipamento.

    Reabrimos em Setembro. Na primeira quinzena, ainda perodo de frias, o nmero de crianas no foi homog-neo, andou por volta das 10 crianas, no total. O ano lecti-vo de 2013-2014, iniciou na segunda quinzena e recebe-mos 3 novas crianas e mais 8 de continuidade.

    A 17 de Se tembro fizemos 12 anos de actividade, j pas-saram pelo CATL-Quinta do Boial muitas crianas, algumas

    hoje j so jovens adultos. Obrigada a todos por permiti-rem que de um modo ou outro tivssemos participado na sua formao.

    Hoje, o Centro de Actividades de Tempos Livres Quinta do Boial, vive um srio problema, a falta de inscries. Todavia, estamos a reorganizar o modo de funcionamen-to, publicitando o novo modelo, que consiste em abrir-mos o Centro s 8 horas para darmos apoio s crianas que entram na escola s 9 horas e ainda transporte (Qt do Boial/Escola; Escola/Qt do Boial), refeies, ingls, apoio ao estudo individualiz ado e colectivo, uma horta pedaggica, culinria, actividades pedaggicas, jogos de Interior e exterior, passeios de bicicleta e pedestres, fute-bol Sabemos que os tempos no esto fceis, mas, com empenhame nto, convico e muito trabalho, queremos acreditar que nada ser impossvel!

    CATL - QUINTA DO BOIAL

    Aniversrio da Creche - Os Amiguinhos

    [ Eva Garcia ]

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    [ Ana Pedro ]

    No dia 22 de setembro o Centro de Acolhimento Tem-porrio 1 Passo e o Lar dos Rapazes tiveram a visita de um grupo de motards, que nos contactou inicialmente com a proposta de fazer uma visita Instituio com o intuito de poder contribuir com bens para oferecer s crianas e jovens que a Santa Casa da Misericrdia acolhe.

    Os contactos foram decorrendo e a visita ficou agenda-da para o 3 domingo de Setembro, era com alguma expectativa que aguardvamos este dia, pois sabamos que o nmero de visitantes seria alargado, espervamos a visita de 90 motards e eles hora marcada comparece-ram, todos nas motos que fizeram as delcias das crianas, jovens, adultos, e tambm de um grupo de idosos que se encontrava no jardim da Instituio, para verem a chega-

    da do grupo de visitantes.

    As crianas e jovens antes do almoo tiveram a possibili-dade de andar de moto, o que os deixou muito animados, simultaneamente alguns elementos foram-nos entregan-do os bens que traziam para nos oferecer: material esco-lar, produtos alimentares e produtos de higiene pessoal.

    O almoo que decorreu nos claustros da Santa Casa foi animado, e deu para perceber e at desmistificar um pou-co a ideia que existe relativamente aos motards, o que vimos foi um grupo de pessoas generosas que decidiu partilhar um domingo na nossa companhia e repartir con-nosco bens que angariaram durante a campanha que levaram a cabo.

    LAR DE IDOSOS - 21 Aniversrio

    [ Cludia Redol ]

    A SOLIDARIEDADE EM DUAS RODAS

    O Dia 19 de Setembro foi marcado pela comemorao de mais um ani-versrio do Lar de Idosos da Santa Casa da Misericrdia de Santarm. A manh foi preenchida com os prepa-rativos, quer dos utentes, quer do espao dos claustros onde teve lugar o almoo partilhado com a equipa de colaboradoras desta Resposta Social e a Mesa Administrativa.

    Ainda que, o Lar de Idosos seja vaidoso diariamente, nestes dias particulares tentamos aprimorar esta caracterstica e por isso mesmo foi num ambiente elegante e alegre que saboreamos a excelente ementa pre-parada pela nossa cozinha.

    Aps o almoo convidamos os cole-

    gas das outras Respostas Socias da Anciania, e as crianas do Jardim de Infncia, que responderam pronta-mente e partilharam uma tarde de animao repleta de msica, palmas e sorrisos. No fim da atuao volunt-ria dos msicos, a quem muito agra-decemos, cantou-se os parabns e partilhou-se um lanche doce e recheado.

    Na hora de retornar a casa, as mani-festaes eram francamente positi-vas.

    Como sempre estes, e todos os outros dias s so possveis graas ao esforo e dedicao de uma equipa coesa e empe nhada, qual muito me orgulho de pertencer.

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    No dia 17 de Setembro de 2013, a resposta social de proteo infncia, Centro de Acolhimento Temporrio 1 Passo, completou 15 anos de existncia.

    O equipamento foi criado em 1998 para responder necessidade que havia no concelho, da criao de respos-tas adequadas para a retirada de crianas que se encon-travam em situao de perigo.

    Desde a sua abertura j passaram pelo Centro de Acolhimento mais de uma cente-na de crianas, que por diferentes motivos precisaram de estar acolhidas em Institui-o. Ao longo dos anos a resposta tem sofri-do algumas alteraes, nomeadamente ao nvel do espao fsico, sempre com o intuito de se ir adaptando s necessidades das crianas que vo estando em acolhimento.

    com as crianas que a equipa celebra o aniversrio, e neste dia a casa cresceu um pouco para se tornar mais festiva, as educa-doras com o empenho que as caracteriza tornaram o espao da refeio uma autnti-ca mesa de festa e as crianas comportaram-se de acordo com o momento festivo.

    Neste dia em especial as palavras de agra-decimento foram dirigidas a todas as pes-soas que colaboraram e colaboram direta-mente com esta resposta, para a equipa do

    CAT que realiza um trabalho do ponto de vista emocional bastante exigente os PARABNS por mais um anive rsrio.

    Fazendo uso das palavras da Irm M Isabel Lora: O mais importante no o que damos mas sim a alegria que pusemos na ao de dar () aprender a dar a vida nos pequenos gestos de todos os dias.

    Centro de Acolhimento Temporrio -PRIMEIRO PASSO - 15 aniversrio

    [ Ana Pedro ]

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    Neste espao vivemos os problemas e deliberamos

    A transparncia das nossas deliberaes A transparncia das nossas deliberaes A transparncia das nossas deliberaes A transparncia das nossas deliberaes

    Na linha de orientao que tramos ao criar este espao, fize-mos questo de prometer que um dos nossos mais valiosos objec-tivos, se pautaria pela permanente transparncia das nossas deli-beraes.

    Reconhecendo embora que por razes de espao no nos pos-svel transcrev-las todas, procuramos ainda assim, dar conheci-mento daquelas que consideramos de maior relevncia ocorridas este trimestre.

    [ Casimiro Santos ]

    A candidatura apresentada pela Santa Casa da Misericrdia de Santarm ao projecto Building Up The Health Awareness Parents foi aprovada. Este projecto que tem como objectivo prevenir comporta-mento de risco de sade, atravs de uma alimentao saudvel, tem como alvo os pais das crianas com idades compreendi-das entre os 8 e os 14 anos, numa parceria constituda pela Polnia, entidade coorde-nadora, Bulgria, Turquia, Itlia e Portugal (SCMS). O valor apurado de 17.000,00.

    A anlise s propostas apresentadas a concurso para fornecimento e montagem de equipamento de climatizao do espao dos nossos idosos, evidenciou que as melhores garantias na relao qualidade/desempenho, durabilidade e segurana, se encontram na proposta apresentada pela concorrente GRAPE Ld. Na base desta concluso a Mesa deliberou aprovar em princpio a soluo, condicionada apre-sentao de oramento mais detalhado.

    Os consultores da SINASE, apresentaram o Diagnstico Organizacional da Santa Casa, elaborado atravs da aplicao da ferra-menta de autoavaliao EQUASS Assuran-ce.

    Em reunio de plenrio da CLASS, de 8 de Julho, o Plano de Aco do CLDS+ em que a Santa Casa da Misericrdia de Santarm est como uma das trs Entidades Executi-vas, (responsvel pela dinamizao do EIXO2) foi aprovado, com um oramento previsto de 65.012,00 para o perodo de Junho 2013/ Junho 2015.

    Foram celebrados contratos com 6 benefi-cirios inseridos no projecto - Medida Con-trato Emprego Insero + projecto 022/CEI+/13, com incio a 1 de Julho 2013. Vigncia de 1 ano.

    A 19 de Setembro, terminou o projecto 030/CEI+/2012, onde estavam inseridos 6 beneficirios.

    A Santa Casa da Misericrdia, deliberou avanar com uma Candidatura ao Progra-ma Vida Emprego por integrao num estgio de Integrao Scio Profissional.

    A empresa ACail apresentou-se a concurso para fornecimento de oxignio comprimi-do e ar sinttico, Santa Casa, em condi-es favorveis; condies que a Mesa aceitou por perodo de 3 anos, vinculadas em contrato correspondente.

    A Santa Casa abriu concurso para forneci-mento de combustveis. A comisso de anlise constituda para o efeito, concluiu que a empresa concorrente - Peroibrica - oferecia no momento as melhores condi-es e na base desse parecer, a Mesa deli-berou que ento se contratualizasse com a referida empresa, o fornecimento de com-bustvel para o perodo de Junho2013/Junh2014.

    A Santa Casa assinou um Acordo de Parce-ria Quatro Crescente ficando considerada, como uma Entidade Membro, do referido programa.

    A Santa Casa candidatou-se ao projecto PRODER - sub-Programa 3 Medida 3.2, visando o apoio aquisio de uma viatura e correspondentes conjuntos trmicos para transporte de comida. Candidatura aprova-da com os seguintes valores: aquisio da viatura, 19.352,00 e o conjunto trmico 5.839,39.

    A assistncia tcnica dos extintores da Misericrdia foi atribuda empresa GLOBAL + na base da concluso obtida, da anlise propostas recebidas, que evi-denciaram condies comparativamente mais favorveis.

    O Sr. Provedor Mrio Rebelo, esteve a 12 de Julho com o adjudicatrio da Praa de Touros Celestino Graa e o Sr. Provedor da Misericrdia de Pernes, para tratar do planeamento da Corrida a favor das Miseri-crdias Portuguesas, a realizar em Santa-rm a 28 de Julho.

    Na reunio do CLASS onde esteve presente o Sr. Vice-Provedor Dr. Lus Valente, foi aprovado por unanimidade o Projecto PRIOficina de Preveno, que a Santa Casa da Misericrdia de Santarm propuse-ra.

    O Secretrio da Mesa, Casimiro Santos, representou a Santa Casa da Misericrdia no recital de Cantocho e rgo realiza-do na Igreja da Piedade, e acompanhado

    pelo Sr. Provedor Mrio Rebelo Tesoureira Maria da Conceio Matos assistiu ao Recital de rgo evento que teve lugar na Igreja da Misericrdia.

    O Sr. Provedor Mario Rebelo e o Secretrio Casimiro Santos representaram a Santa Casa na cerimnia de atribuio da Meda-lha de Ouro com que o Municpio de Santa-rm distinguiu a E.S.A.S., evento que decor-reu no ptio nobre da Cmara a 18 de Julho.

    A Santa Casa da Misericrdia recebeu uma proposta de doao de uma casa na Aldeia da Ribeira - Alcanede, que est a ser anali-sada.

    Doado a favor da Santa Casa da Misericr-dia, foi tambm um imvel na cidade de

    Santarm, cuja escritura j foi efectuada, nos moldes acordados entre as partes.

    O Sr. Vice-Provedor Lus Valente participou na cerimnia de lanamento de um con-junto de equipamentos sociais CAMPUS XXI, no mbito das comemoraes do 460 aniversrio da Santa Casa da Goleg a 23 de Julho.

    O Protocolo estabelecido entre a Cmara Municipal de Santarm e a Nersant, para a criao do Centro de Inovao Empresarial de Santarm, foi assinado a 9 de Setembro e teve lugar no Salo Nobre da Cmara Municipal. No evento representaram a Santa Casa da Misericrdia o Secretrio Casimiro Santos e a Tesoureira Maria da Conceio Matos.

    DELIBERAES:DELIBERAES:DELIBERAES:DELIBERAES:

    NOTCIAS: NOTCIAS: NOTCIAS: NOTCIAS:

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    Representantes do BPI fizeram a entrega de brinquedos para a Creche / Jardim de

    Infncia - Os Amiguinhos

    Com a evoluo da sociedade, o lugar que o idoso ocupa tem vindo a ser modificado. Se nas sociedades pr-industriais o idoso era respeitado e tido como fonte de sabedoria, nos dias de hoje visto como algum incapaz, que j no contribui para o desenvolvimento da socie dade, fican-do por vezes para ltimo plano na vida e nas prioridades dos seus fami-liares.

    Estas questes remetem-nos para o isolame nto e solido em que o idoso de hoje vive.

    Segundo Ana Fernandes A vida roda em torno de dois mundos, o familiar e o do trabalho, nos quais se desenrolam os principais desempe-nhos. Ao deixar o primeiro, s o segundo pode assegurar o equilbrio social e pessoal. Seguindo esta linha de pensamento, podemos afirmar que a entrada na idade da reforma e, todas as consequ ncias que esta mudana acarreta consigo, levam a que o idoso se sinta intil e incapaz

    uma vez que, j no contribui ativa-mente para a economia do pas e para o desenvolvime nto da socieda-de. Esta situao leva a pessoa ao isolame nto social e, consequente-mente ao sentimento de solido.

    Outro dos motivos que pode levar ao isolamento do idoso prende-se com as relaes familiares. Segundo Lusa Pimentel desaparecimento de familiares prximos, que eram o prin-cipal alvo da sua afetividade, cria sen-timentos de solido e impotncia.

    Para Philippe Pitaud a solido pode derivar de outros aspetos como a perda de contatos com vizinhos e amigos.

    Conclui-se assim que, a desconstru-o da rede social de suporte da pes-soa idosa pode, sem dvida, lev-la ao isolamento.

    As respostas sociais para o isola-mento e solido surgem para minimi-zar os efeitos negativos que essas situaes trazem ao idoso.

    Podemos dar como exemplo o Lar de Grandes Dependentes da Santa Casa da Misericrdia de Santarm, composto por uma equipa multidisci-plinar que todos os dias trabalha para combater o isolamento e o sentimen-to de solido, por parte dos idosos que l se encontram.

    Sendo que os motivos de interna-mento so vrios e muito distintos, cabe-nos a ns zelar pelo bem estar das pessoas uma vez que em muitos casos, somos a famlia e o suporte do utente.

    Para fazer frente s situaes de isolame nto e sentimento de solido, neste equipamento social so desen-volvidas vrias atividades que conso-lidam sempre o lado ldico e a esti-mulao das capacidades cognitivas dos utentes para que estes se mante-nham participativos num proje to desenvolvido medida de cada um. .

    ISOLAMENTO E SOLIDO [ Odete Lus ]

    Fomos ao Teatro!

    verdade, utentes, funcionrios e famlias no final do dia de 27 de Setembro deslocmo-nos a Lisboa para ver a pea de teatro Lar Doce Lar com o Joaquim Monchique e a Maria Rueff no Teatro Tivoli.

    Foi bom ver a diversidade de pes-soas de diferentes respostas sociais e servios a conviverem, a falarem de si a interpelarem-se nas propostas para novas atividades e convivendo simul-taneame nte com utentes.

    Quem diria que os utentes/clientes do Servio de Apoio Domicilirio ou do Centro de Dia, tinham a possibili-dade de ver Lisboa noite, de fazer o

    passeio beira rio vindos do Parque nas Naes.

    Na Misericrdia no h impossveis, os desejos e os sonhos podem trans-formar-se em realidades a qualquer momento, basta que sejam expostos para serem ouvidos.

    Cada dia do nosso trabalho consti-tui-se como um desafio pela satisfa-o dos que connosco privam, sejam eles colaboradores ou utentes/clientes e famlias.

    Teremos mais atividades destas, promotoras da coeso interna, da motivao profissional e da satisfa-o pessoal de cada um.

    Fomos ao Teatro [ Maria Jos Casaca ]

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    Corrida de Touros a favor da Santa Casa da Misericrdia de Santarm

    Como do conhecimento dos Irmos, a empresa Aplaudir conces-sionria da Praa de Touros Celestino Graa vem organiz ando anualmente uma corrida de touros cujos proveitos reve rtem a favor da nossa Santa Casa.

    Estes eventos tm permitido uma agradvel captao de recursos acrescidos, facto que registamos com gratido a Todos os que neles inter-vieram das mais variadas maneiras, levadas pelo louvvel esprito de soli-darie dade humana e desejo de parti-lha fraterna.

    Este ano a corrida de Solidariedade acontecer a 13 de Outubro pelas 16h00. Nela iro actuar 3 cavaleiros de categoria, que lidaro 6 touros de ganadarias diferentes, mas todas elas de excelente registo histrico; touros que sero pegados por 2 qualifica-dos grupos de forcados (Amadores de Santarm e Alcochete).

    O preo dos bilhe tes foi equaciona-do para importncias consideradas acessveis a todos os que desejem contribuir, marcando presena na Celestino Graa. Respeitamos todas as sensibilidades no que diz respeito aceitao ou no deste espectculo.

    Acreditamos, todavia, que os no aficionados, mas disponveis e dese-josos de colaborar no esperado aumento dos resultados deste espec-tculo, encontraro maneira de fazer chegar o seu contributo, sem que para tal se possam sentir violentados na sua conscincia.

    Para os aficionados, repete-se o nosso apelo.

    O espectculo, precisa de pblico. Os agentes envolvidos resistem com dificuldade perante o agravamento do cenrio de crise.

    Somos ns, pblico, que temos a responsabilidade com a nossa pre-sena nas praas, de manter viva esta arte secular, que entre outras virtu-des, mantm sempre a total disponi-bilidade de colaborar gratuitamente em espectculos a favor dos mais necessitados.

    Irmos, aficionados ou no. Procu-remos olhar to s a finalidade do evento = SOLIDARIEDADE =.

    Outros Irmos, aqui, ali ou mais lon-ge, incgnitos, e nve rgonhados, sofrem em silncio.

    Vamos com a nossa ajuda (aquisio de bilhetes, ou de outra

    forma) aliviar-lhe um pouco que seja, a sua carga de sofrimento.

    Ajude-nos a ajudar.

    Bem haja.

    O Netbox um projeto financiado pelo Programa Comunitrio Grundt-vig (Aprendizagem ao Longo da Vida) que est a ser implementado em comunidades rurais de seis pases da Europa: Irlanda (pas coordenador), Inglaterra, Polnia, Romnia, Litunia e Portugal (atravs da Santa Casa da Misericrdia de Santarm). Conta ainda com: Alemanha, Finlndia e Chipre, como parceiros de apoio.

    Este projeto visa desenvolver opor-tunidades locais de aprendiz agem e partilha de conhecimentos em meios rurais. Esta partilha ser facilitada atravs de uma rede social de apren-dizagem, cujo site ainda se encontra em construo.

    Em Portugal, a Santa C asa da Miseri-crdia de Santarm em parceria (com o Centro de Bem Estar Social de Vale de Figueira; Centro de Acolhimento e Valorizao de So Vicente do Pal; Juntas de Freguesia, Unidades de Cuidados de Sade e alguns neg-cios, de Vale de Figueira e So Vicen-te do Pal), continua a implementar este projeto nas Freguesias de Vale de Figueira e So Vicente do Pal, que se constituem como comunida-de rural de inte rveno.

    Encontrando-se o projeto numa fase de disseminao e recolha de potenciais participantes, nos passa-dos dias 5 e 6 de Julho, a SCMS esteve presente na Feira do Arroz Doce no

    CBES de Vale de Figueira, assim como, nas Festas de So Vicente do Pal, nos dias 30 e 31 de Agosto de 2013.

    O projeto aberto a toda a popula-o das comunidades sinaliz adas e para todas as idades, basta querer aprender algum contedo numa determinada rea, ou ter algo para ensinar/partilhar. Num tempo em que os saberes tradicionais correm risco de se perderem devido sua centralizao em pessoas mais idosas das comunidades, este Projeto visa tambm pre venir situaes de isola-mento e promover a intergeracionali-dade.

    PROJETO NETBOX [ Carla Ferreira | Cristina Jorge ]

    [ Casimiro Santos ]

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    Realizou-se no passado dia 5 de setembro, a Festa das VindimasFesta das VindimasFesta das VindimasFesta das Vindimas, uma festa que j tradicional no plano de ao e que, foi promovida pelas Insti-tuies de Apoio Anciania do con-celho de Santarm.

    A Festa contou com a organizao da Santa Casa da Misericrdia de Per-nes e a colaborao da direo da Quinta da TufeiraQuinta da TufeiraQuinta da TufeiraQuinta da Tufeira, onde o encontro teve lugar. O nome, Tufeira Tufeira Tufeira Tufeira deriva da denominao dada atividade de extrao de pedra local - tufos, usada na construo tradicional da regio.

    chegada, idosos e acompanhan-tes foram acolhidos pelos tcnicos responsveis da organizao. A todas as Instituies convidadas foi se rvido um re fre scante e saboroso miminho; seguiu-se um paddy-paper com tarefas e jogos alusivos s vindimas. Todos pudemos participar, desfrutar das sombras, dos recantos

    do espao, apreciar a beleza natural e humanizada desta Quinta.

    A convite da organizao estiveram presentes no almoo, para alm, dos funcionrios mais diretos das Institui-es representadas, os dirige ntes das mesmas e entidades parceiras como: a Cmara Municipal de Santarm e o Centro Distrital de Se gurana Social de Santarm. Assim, os nossos 23 clientes participantes neste evento (representantes do Centro de Dia, Lar de Idosos e Servio de Apoio Domici-lirio) contaram com a presena de representantes da Mesa Administrati-va.

    Aps o almoo, um grupo de sevi-lhanas do Lar de Santo Antnio (Lar de Infncia e Juventude) e um grupo de msica tradicional promoveu o bailarico. O encontro terminou aps terem servido um agradvel lanche.

    Em concluso, aproveito para regis-

    tar que os nossos idosos considera-ram o dia Muito BOM,Muito BOM,Muito BOM,Muito BOM, verbalizaram-no por diversas vezes, sentiram que o acolhimento foi excelente, por isso, em nome dos idosos e tcnicos pre-sentes, registamos aqui o nosso agradecimento.

    Hoje para construir, no precisamos de tufos Mas continuamos a preci-sar de gestos gestos de solidarie-dade e de generosidade. Pois, no dar que se recebe!

    A FESTA DAS VINDIMAS [ Elsa Vargas ]

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    OBRAS DE MISERICRDIA - Castigar com caridade os que erram

    [ Antnio Monteiro ]

    Estamos em crer que, de um modo geral, todas as Misericrdias tiveram enunciadas nos seus Compromissos as 14 Obras de Mise ricrdia, sendo certo que, nas Obras Espirituais, a terceira delas, ter sido quase sempre redigida como Castigar com carida-Castigar com carida-Castigar com carida-Castigar com carida-de os que erramde os que erramde os que erramde os que erram como o caso da Misericrdia de Santarm no seu Compromisso de 1577, todavia, casos h em que, a mesma, expressa como Corrigir os que erramCorrigir os que erramCorrigir os que erramCorrigir os que erram o que torna o enunciado e a leitura, absolu-tamente diferentes. E de facto, este um dos primeiros dilemas que se nos depara quando te ncionamos avaliar a projeco desta Obra de Misericr-dia no contexto da aco das Miseri-crdias em geral, e muito particular-mente na nossa Santa Casa.

    Abundam na histria da humanida-de, episdios que descre vem os dife-rentes castigos, que vo das prticas mais brbaras at aos casos de maior complacncia. E ter sido muito pos-sivelmente por inspirao nos casti-gos infligidos a Cristo no seu cami-nho para o Calvrio, que ter levado os primeiros redactores das Obras de Misericrdia, e muito particularmen-te atravs desta Obra Espiritual, a pedir uma actuao de maior bene-volncia e compaixo, na aplicao de determinadas pe nas e castigos.

    certo que toda a infraco tem que ser graduada, avaliada, julgada e aplicado o justo castigo e a corres-pondente pena, mas tambm de senso comum pensar que o castigo no funciona, a menos que da resul-te alguma aprendizagem. o caso de que j falmos aqui sobre os presos. A vida na priso, pretende punir e corrigir o cidado faltoso ou incum-pridor das regras bsicas de urbani-dade e de conviv ncia com os restan-tes elementos que constituem a sociedade, contudo, isso pouco ou nada resolve se o indivduo no aprender a dosear o seu comporta-mento perante a lei dos homens e as leis da natureza.

    Da mesma forma que os advogados contratados por esta Santa Casa para a defesa dos presos pediam em favor da sua libertao, tambm, nos casos em que tal no fosse possvel, pedi-riam para que os mesmos fossem castigados com caridade e compai-xo.

    Mas, deixando de parte as bases tericas sobre os castigos, das suas prticas e dos seus efeitos, foquemo-nos no mbito da Misericrdia de Santarm. Uma vez mais, procurmos no nosso Arquivo Histrico, registos que nos indiquem da prtica desta Obra de Misericrdia na nossa Santa Casa e, em boa verdade, pode-se dizer que, os diferentes tipos de registos que localizmos, se podem dividir em dois: a admoestao ou repreenso e a expulso.

    A admoestao ou repreenso era em regra, uma chamada de ateno feita quer aos Irmos quer aos cria-dos da casa (funcionrios), feita nor-malmente pelo Provedor, ou na sua ausncia, pelo Mesrio de maior gra-duao, no passando muitas vezes de um pequeno ralhe te. Na realida-de, encontrmos alguns registos, referenciando casos de punies aos criados ou empregados da casa, por determinadas faltas ou incumpri-mento das regras de trabalho ou pela sua conduta, o que se enquadra per-feitamente dentro do esprito da letra C orrigir os que erramC orrigir os que erramC orrigir os que erramC orrigir os que erram.

    As expulses da Irmandade, que no sendo muito raras, eram castigos aplicados aos Irmos desobedientes s regras adoptadas pela Irmandade ou s normas previstas no Compro-misso. No caso dos Irmos, tivemos oportunidade, j em artigo anterior, de dar como exemplo o caso de algum que faltasse ao enterro de um Irmo, era severamente punido pode ndo mesmo proceder-se sua expulso.

    A expulso poderia acontecer tam-bm, em casos de Irmos que no

    regessem a sua vida por uma condu-ta exemplar, pois esse tipo de com-portamento daria uma imagem negativa da prpria Irmandade. Damos como exemplo, o registo feito a 3 de Dezembro de 1760 (LSC-0260-fl.340v) que refere o Termo porque que se assentou que todos os Irmos no observam o Compromisso onde se d conta que se dete rminou que pela pouca caridade com que os Irmos faltam s suas obrigaes repugnando o que pela Meza se lhes ordena de empregos pertencentes mesma Irmandade a que esto obri-gados na forma do mesmo Compro-misso e pello notorio escandallo que causam por faltarem aos enterros se observou o Compromisso no Cap. 3 sem que para o fim de os derris-car.

    Outro caso, registado em Meza de 21 [de 1759] se propos se se havia

    Senhor, no me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor.

    - Salmos 38, 1Salmos 38, 1Salmos 38, 1Salmos 38, 1

    Alegoria CARIDADECARIDADECARIDADECARIDADE

    -

    Capela dos Terceiros da Ordem Tercei ra de

    S. Francisco, anexa Igreja de Jesus Cristo

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    O Servio de Apoio DomicilirioO Servio de Apoio DomicilirioO Servio de Apoio DomicilirioO Servio de Apoio Domicilirio (SAD)(SAD)(SAD)(SAD) uma Resposta Social que consiste na prestao de cuidados individualizados e personalizados no no no no domiciliodomiciliodomiciliodomicilio, a indivduos e famlias quando, por motivo de doena, defi-cincia, velhice ou outro impedime n-to, no possam assegurar tempora-riamente ou permanentemente, a satisfao das suas necessidades bsicas e/ou atividades da vida diria.

    A prestao de Cuidados individua-lizados engloba as Atividades que respondem s necessidades de sub-sistncia e de existncia dos clientes, resulta da contratualizao com o cliente, de acordo com as suas neces-sidades efetivas.

    Os servios que prestamos so:

    Cuidados de higiene e conforto pessoal;

    Cuidados de imagem;

    Cuidados de apoio na sade (massagens e pequenos curativos);

    Manuteno da arrumao e lim-

    peza da habitao (estritame nte necessria natureza do apoio a prestar e ao conforto do indivduo);

    Organizao e fornecimento de refeies nos domiclios;

    Tratamento de roupas (recolha e entrega).

    Apoio psicossocial;

    Para alm do conjunto de servios prestados nos domiclios, os clientes da Resposta Social SAD tm a oportu-nidade de participar em diversas ati-vidades socioculturais promovidas pela Santa Casa da Misericrdia de

    Santarm e/ou em atividades inte r-institucionais, sempre de acordo com as suas capacidades e os seus gostos, num processo de respeito pelo Empowerment da pessoa.

    Na perspetiva da promoo da autonomia e combate ao isolamento social, importante estimular a parti-cipao ativa dos clientes/utentes do Servio de Apoio Domicilirio nas atividades programadas, bem como fazer com que estes tenham um papel preponderante na escolha das atividades em que participam.

    [ Odete Lus ]

    Promoo da Autonomia e Combate ao Isolamento Social

    [de] lanar fora o P.e Manuel da Silva Franco pelo mal que serve a igreja e por algumas injurias que fez a esta Meza, se assentou a mais votos que fosse expulso para exemplo da Capel-la de Antonio Marques de que hera Capellam e seu pay Fernando da Silva Franco seja riscado de Irmo e se faa toda a demonstrao que for possvel p satisfao desta Meza

    claro de ver que, os membros da Mesa agiram em conformidade do dito artigo 3, o qual dizia que Tero outrosim obrigao os ditos Irmos servir a Deos nesta Comfraria em todas as couzas que pello Provedor lhes for mandado, e aceitaro qual-quer cargo, quando nelles forem elei-tos, no tendo licito impedimento, e se o tiverem o viro em pessoa dizer ao Provedor.

    Nesta situao concreta, a tomada de posio pela Mesa ter levado a consequncias ainda mais graves, contudo, todo este cenrio serve ain-da de pano de fundo a uma outra ocorrncia exposta por Martinho Vicente Rodrigues na obra Santa Casa da Misericrdia de Santarm - Cinco Sculos de Histria (pg.s 58-

    60) em que Sua Alteza Real, D. Jos I, a 12 de Janeiro de 1767 manda o seu Desembargador Dr. Lus de Mello e S, Corre gedor da Comarca, Casa do Senado, a fim de repreender Joo Jacques Salinas de Bennevides das intrigas e desordens que tinha prati-cado no governo desta caza da Santa Mizericordia desta dita Villa de San-tarm.

    Que motivos ter tido D. Jos - alm dos descritos acima - para mandar repreender Joo Salinas, escrivo da Mesa por vrios anos em ausncia do Provedor, a ponto de o expulsar do governo da Misericrdia conjunta-mente com seu irmo Francisco Jac-ques Salinas de Bennevides e o Prior de S. Mateus, Padre Antnio Rebelo Carneiro? A que intrigas e desor-dens se refere o rei? A esta e outras perguntas tentaremos responder noutra ocasio.

    Atente-se ainda que, todas as expulses da Irmandade que se conhecem, foram feitas por acrdo da Mesa ou resoluo do Definitrio e, este o nico caso em que a expul-so promovida por ordem r gia; ainda assim, e no nos cabendo

    tomar partido nesta contenda, sem-pre nos parece haver aqui mo pesa-da aplicada a quem, durante anos, mais no fez do que tentar gerir da melhor forma os destinos da Santa Casa.

    Todas as situaes que verificmos

    abonam em favor da Misericrdia,

    pela forma com que fez aplicar esta

    Obra de Misericrdia, em que se pre-

    tendeu sempre preservar a integrida-

    de fsica do infractor, pese embora,

    muitas vezes, o mesmo tivesse que

    ser afastado para no causar danos

    maiores.

    Podemos concluir que, o indicador que encontrmos que melhor traduz o esprito da Obra Espiritual C astigar C astigar C astigar C astigar com caridade os que erramcom caridade os que erramcom caridade os que erramcom caridade os que erram, o expresso no art 24, captulo II do Regulamento do Asilo dos rfos a cargo da Santa Casa da Misericrdia de Santarm - 1929, o qual assume que Em regra, todos os castigos sero morais, porque reflecte no s a sensibilidade do le gislador, poca, como tambm a filosofia de orienta-o da prpria instituio.

  • 12

    [ Ana Pedro ]

    Como vem sendo hbito no ms de Agosto realizou-se mais uma col-nia de frias do Lar dos Rapazes, onde participaram todos os jovens, com exceo dos dois que se encon-travam em contexto de trabalho.

    A colnia de frias decorreu no Buzio, Fundao Antnio Silva Leal, em Albufeira, e este ano com um sabor j a saudade, uma vez que este foi o ltimo ano em que o Bzio realizou colnia de frias, prevendo-se a sua reconverso para outra res-posta social.

    Tambm como vem sendo hbito, os jovens do Lar dos Rapazes mos-traram mais uma vez que se sabem divertir e aproveitar as frias da melhor maneira sempre bem com-portados, no havendo lugar a grandes confuses, deixando a equipa que com eles partilha essa semana sempre orgulhosos, nomea-damente com os elogios que vo

    recebendo por parte dos outros adultos que freque ntam a colnia.

    Este ano os jovens usufruram ainda de um dia no parque aqutico slide and splash que fez as maravilhas do grupo de midos mais novos.

    Gostaramos de deixar aqui os nos-sos agradecimentos colnia de frias o Buzio que durante estes 10 anos nos recebeu sempre com um sorriso!

    Para alm da colnia de frias, em Setembro e pelo segundo ano con-secutivo os jove ns realizaram um acampamento de dois dias onde participaram mais elementos da equipa, se na colnia estiveram pre-sentes 4 adultos, no acampamento foram 7 elementos da equipa com os jove ns.

    Este ano o acampamento realizou-se na praia fluvial de Aldeia Ruiva em Proena Nova.

    Estes momentos de partilha so bastante importantes e so como que uma recarga para o incio do ano letivo, tanto para a equipa de trabalho como para os jovens que esto quase a iniciar um novo esco-lar.

    Descrever o que acontece nestes momentos no fcil, h coisas sim-ples, como a confeo das refeies em conjunto o que sempre muito divertido e diferente do habitual, mas depois existem aqueles momentos de partilha que s quem os vive consegue perceber, os laos, os olhares e as oportunidades que se criam neste ambiente so uma ferramenta que nos ir servir a todos e nos une como um todo.

    A todos os que participaram nestes momentos a equipa tcnica do Lar dos Rapazes agradece e espera v-los novamente em outras oportuni-dades!

    LAR DOS RAPAZES

    O Lar dos Rapazes acolhe 10 jovens do sexo masculino que no ano letivo 2012/2013, se encontra-vam a frequentar as diferentes esco-las do nosso concelho.

    No agrupamento de escolas Ginestal Machado Escola Bsica 2, 3 ciclo Mem Ramires tnhamos dois jovens um no 6 e outro no 7 ano.

    Na escola Alexandre Herculano tnhamos dois jovens a frequentar o 5 ano, dois a frequentar um Curso de Educao e Formao nvel II, com equivalncia ao 9 ano; um no 8 ano e outro no 9 ano.

    No Centro de Formao Profissio-nal de Santarm tnhamos um jovem a frequentar um curso nvel II e na escola profissional Vale do Tejo tnhamos um jovem a frequentar um curso profissional nvel IV, com equivalncia ao 12 ano de escolari-dade.

    Ao longo do ano letivo toda a equipa fez um esforo para realizar um acompanhamento prximo e

    eficaz junto dos difere ntes jovens, exemplo disso so as presenas constantes dos encarregados de educao na escola para reunir com os dire tores de turma. O obje tivo das reunies passa por perce ber o percurso re alizado pelo jovem e qual a sua postura dentro e fora da sala de aula, articulando-se com a escola estratgias adequadas a cada aluno, sempre que tal se mostre necessrio.

    Para alm das reunies freque ntes na escola, os jove ns so diariamente acompanhados pelos prestadores de cuidados na sala de estudo, que lhes prestam apoio na realizao dos trabalhos de casa, organizao das mochilas e material escolar e ainda no estudo das diferentes matrias.

    Neste sentido, toda a equipa do Lar dos Rapazes trabalha com o intuito de criar hbitos de estudo e manter uma relao prxima com a escola, pois acreditamos que s

    assim possvel alcanar os melho-res resultados.

    No final do ano letivo, apenas um dos jovens no transitou de ano escolar, sendo o saldo sem dvida nenhuma positivo!

    - Ano lectivo de 2012/2013

    - Frias / Sadas