Boletim - Ano XIII Fevereiro/2013 - nº 7 8 de março - Comerciários de … · 2013-10-31 ·...

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Boletim - Ano XIII Fevereiro/2013 - nº 7 8 de março Dia Internacional da Mulher Comerciárias são batalhadoras e apaixonadas pelo trabalho Pág.03 Jovens comerciárias querem independência financeira Pág.03 Mulheres estão presentes em concessionárias de veículos Pág.04 Elas enfrentam desafios em áreas com maioria masculina Pág. 04

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Boletim - Ano XIIIFevereiro/2013 - nº 7

8 de marçoDia Internacional da Mulher

Comerciárias são batalhadoras e apaixonadas pelo trabalho Pág.03

Jovens comerciárias querem independência � nanceira Pág.03

Mulheres estão presentes em concessionárias de veículos Pág.04

Elas enfrentam desa� os em áreas com maioria masculina Pág. 04

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2 Fevereiro 2013 COMERCIÁRIOCIDADÃO

Nessa edição especial do Dia Internacional da Mulher, 8 de março, divulgamos informações sobre a realidade feminina no Brasil. O objetivo é motivar a re� exão acerca das condições das mulheres no mercado de trabalho. Apesar dos avanços, é assustador saber que as mulheres trabalhadoras, em sua maioria, já foram assediadas moralmente ou sexualmente. A realidade é violenta para as mulheres em todo mundo. Mudanças são importantes e devem ser motivadas pelo governo através de políticas públicas de educação, conscientização e proteção.

Igualdade de direitos, sempre!

A diretoria

Nessa edição especial do Dia É expressiva a participação feminina no comércio brasileiro.

Segundo o Dieese (Departamento In-tersindical de Estatística e de Estudos

43,3% das mulheres ocupadas no Estado de São Paulo são comerciárias

Sócios Econômicos) a participação das mulheres no comércio aumentou. No Estado de São Paulo, as comerciárias re-presentam 43,3% das mulheres que estão empregadas.

Mulheres são maioria no Brasil, mas ainda estão em desvantagem no trabalho

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geogra� a e Estatísticas), 53,7% da população brasileira é constituí-da por mulheres. Entre o total da população empregada, elas representam 45,4%. Em média, elas tota-lizavam 11,0 milhões trabalhadoras, sendo 10,2 milhões empregadas e 825 mil desem-pregadas. São 11,5 milhões de mulheres

52% das mulheres economicamente ativas já sofreram assédio sexual ou moral

inativas por diversos motivos. Entre 2001 e 2011, cresceu a porcentagem de mulhe-res que trabalham na formalidade, foi de 43,2% para 54,8%. Apesar do crescimento da atuação da mulher em diversas áreas, a renda con-tinua inferior. Em 2011, as mulheres brasi-leiras recebiam, em média, 72,3% do salá-rio masculino, proporção que se mantém inalterada desde 2009.

Dados da Organização Internacio-nal do Trabalho (OIT) mostram que 52% das mulheres economicamente ativas, no mundo, já sofreram algum tipo de assédio sexual ou moral.

Ainda segundo a OIT a mulher está mais sujeita ao assédio sexual, independen-te da profissão. Normalmente a mulher pede demissão ou abandona o emprego. A pesquisa foi divulgada em dezembro de 2012.

O que é Assédio Moral?O assédio é caracterizado por maus tratos, ataques pessoais, perseguições e até o ato de isolar o funcionário, seja amigo ou subordinado. O assédio moral expõe os trabalhadores às situações hu-milhantes e constrangedoras. São ações repetitivas e prolongadas que acontecem durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, levando a vítima a se desestabilizar emocionalmente. O assédio pode deixar o empregado com sérios problemas de saúde, como a depressão.

Sindicato dos Empregados no Comércio de Campinas - Sede: Rua General Osório, 883 - 6º andar - Centro - CEP 13010-111 Campinas - SP Telefone: (19) 3731-6300 / Subsede Valinhos: Rua Eugênio Franceschini, 25 - sala 11 - Centro - CEP 13270-080 -Telefone: (19) 3849-4430 E-mail: [email protected] • Diretor Responsável: João Batista Luz • Jornalista Responsável: Catarina Bicudo - MTB 30.497 - E-mail: [email protected] •Fotografi as: Catarina Bicudo • Diagramação: Juliana Smeers • Impressão: fcinco

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Fevereiro 2013 3COMERCIÁRIOCIDADÃO

No coração do comércio campineiro, na rua 13 de maio, as mulheres comerciárias repre-sentam bem a categoria. São guerreiras, tra-balham muito e tem sonhos.

Alana Dantas veio do Nordeste, deixou para trás a família e busca realizar os seus sonhos. “Estou aqui para conquistar o que perdi, os meus estudos. Venho de uma região onde tudo é mais difícil. Hoje, trabalhando no comércio consigo conciliar o trabalho e os estudos e quero muito mais para o futuro. Amo o que faço”, disse a vendedora de sa-patos. Comunicativas e simpáticas. Elas adoram trabalhar no comércio. Essas são al-gumas das características de quem trabalha nesse ramo.“Tem que ser comunicativa, não pode ter preguiça porque anda bastante”, dis-se Cristina de Paula que trabalha numa loja

Comerciárias da Rua 13 de maio são batalhadoras e apaixonadas pelo trabalho

de sapatos. Trabalhar no comércio também tem as suas difi culdades, tem que entender de se-res humanos. E quem melhor que as mulhe-res para essa tarefa? “O ser humano é muito complicado, é um diferente do outro. Tem gente que sorri a toa, tem gente que gosta de brincar, tem gente mais séria. Você tem que ter jogo de cintura e saber conversar com pessoas diferentes”, disse a operadora de caixa Rose Gomes Menezes. Comerciárias e mamães. Elas traba-lham duro e em dupla jornada, no comércio e em casa, e sempre pensam no futuro dos seus fi lhos. “Trabalho muito pelo futuro do meu � lho de 3 aninhos. Quero o melhor para ele. É cansativo trabalhar no comércio e o meu � lho cobra a minha atenção, sente a minha falta, mas tenho que trabalhar e ainda dar conta do

serviço de casa”, disse a vendedora de sapa-tos Leia Leite Barbosa. No comércio tem mulheres expe-rientes e apaixonadas pelo que fazem, como Luzinalva Dias Juns que está no ramo há 30 anos. “Gosto muito do que faço, tenho ver-dadeira paixão pelo comércio. Trabalho ven-dendo roupas, em casa, cuido dos netos. Sou uma pessoa feliz e realizada”, disse a vende-dora de roupas.

Ser comerciária é muito importan-te para as jovens que querem mais independência � nanceira, além de ajudar a família.

Dianny está no comércio há 8 anos vendendo sapatos e teve di-versas conquistas. “Ajudo o meu ma-rido a conquistar boas coisas. Com-pramos um apar-tamento e um car-ro. Ainda estamos pagando, mas é nosso!”, disse. Enquanto as pessoas passeiam, se divertem e fazem suas compras nos shop-

Jovens comerciárias de shoppings buscam a independência financeira

pings nos fi nais de semana, as comerciá-rias trabalham muito mais que num dia normal. “A gente trabalha mais nos � nais de sema-na, mas vale a pena porque vende mais e ganho mais. Eu pre� ro tirar a minha fol-ga durante a semana que é mais tranqüilo aqui”, disse. Sally Pado-vani tem 23 anos e Samara Ferreira tem 20 anos. As amigas trabalham na mes-ma loja e buscam a independência fi -nanceira. “Pre� ro � car aqui ganhando o meu dinheiro do que

� car em casa sem fazer nada. Assim tenho o meu dinheiro para comprar as coisas que gosto como maquiagem, roupas, sapatos, uso o dinheiro para sair na balada e ainda ajudo a minha família”, disse Sally. S a m a r a também usa o sa-lário para com-prar coisas femi-ninas e disse que pensa em voltar a estudar. “Traba-lhando no comér-cio tenho dinheiro para sair, me arru-mar, ajudar a mi-nha família. Gosto do que faço e ainda vou conseguir voltar a estudar”, disse Samara.

Jovens comerciárias de shoppings buscam

� car em casa sem fazer nada. Assim tenho

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4 Fevereiro 2013 COMERCIÁRIOCIDADÃO

O sindicato dos Comerciários de Campinas defende o trabalho de-cente e humanizado e é contra a exploração.

O ideal é que nos finais de semana e feriados, as comerciárias fiquem em casa com suas famílias e que possam ter atividades de lazer e religiosas.

Sindicato defende o trabalho decente

e humanizado Hoje é comum ver mulheres como vendedoras de carros.

A comerciária Fernanda Furlan, por exem-plo, vende carros há 13 anos. “Mulher sabe vender carro sim, tão bem quanto o homem, aliás, os clientes preferem o atendimento das mulheres”, disse.

Mulheres estão presentes em concessionárias de veículos

A vendedora Jennifer Fraga que tam-bém trabalha em concessionária acredita que a mulher é melhor nas negociações. “As mu-lheres vendem muito bem. Elas buscam mais informações sobre os veículos. Elas são deta-lhistas, mais cautelosas na venda, decidem mais rápido, são mais � exíveis e por isso, são melhores nas negociações”, disse.

Cada vez mais as mulheres estão encarando os desa� os de entrar em áreas nas quais competem com uma maioria masculina.

As mulheres que trabalham em supermer-cado e nos atacados, por exemplo, têm uma rotina muito parecida com as demais comerciárias, mas existem cargos nessas empresas que ainda são dominados pelos homens. Valdineide Pereira é a única mu-lher que trabalha no setor de carga e des-carga de uma empresa de atacado. “Sou a única mulher no recebimento

Em supermercados elas buscam desa� os e enfrentam áreas onde a maioria é formada por homens

na área de carga e descarga. Acho que ainda existe o preconceito, os homens tem di� cul-dades em aceitar a ordem de uma mulher. Os motoristas não gostam que eu determi-ne a hora e como eles podem descarregar os produtos da empresa”, disse.

Lutamos muito pela regulamen-tação da pro� ssão que pode ser sancionada a qualquer momento e por uma mulher, pela presidenta Dilma Roussef.

O projeto estabelece que a jornada de trabalho do comerciário deva ser de oito horas diárias e de 44 horas sema-nais, e admite jornadas menores, de seis horas, para o trabalho realizado em turnos de revezamento. O projeto de lei 115/2007 foi elaborado pelo senador Paulo Paim do PT e foi aprovado no dia 20 de fevereiro de 2013 pelo Plenário do Senado Federal. Aprova, Dilma!!!

Regulamentação da Pro� ssão

Aprova, Dilma!!!

Assista a TV Comerciários CampinasAcesse: www.seccamp.org.br

Mulheres estão presentes em concessionárias de veículos