BOLETIM - Arquidiocese de Braga · pa jovem e tem havido muita participação. ... pal para a...

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editorial B O L E T I M *18 setembro 2011 . boletim trimestral . ano 4 «A Igreja alimenta-se da Palavra». Este ano, a partir da Palavra, propomo-nos repensar a nossa identidade como igreja, a nossa vivência e a nossa missão. A ação catequética, dentro da ação evangelizadora da igreja, desempenha um papel ímpar. Depende da etapa catequética muito daquilo que será a vida cristã de cada fiel na comunidade crente. Se a este dado juntarmos que é a comunidade cristã a principal responsável pela ação de catequizar (cf CT 16), emerge como evidente o cuidado com que se deve revestir a relação entre catequese e comunidade cristã. «Catequese, responsabilidade da comunidade cristã» é o objeto específico da catequese para este ano pastoral. Propomo-nos reconhecer e potenciar os sinais de comunhão na comunidade eclesial. Inspirados em S. Paulo, cultivar o olhar de bondade e be- leza para ver sempre em primeiro lugar o bem, o bom e o belo.

Transcript of BOLETIM - Arquidiocese de Braga · pa jovem e tem havido muita participação. ... pal para a...

BOLETIM 1

editorial

B O L E T I M *18setembro 2011 . boletim trimestral . ano 4

«A Igreja alimenta-se da Palavra». Este ano, a partir da Palavra, propomo-nos repensar a nossa identidade como igreja, a nossa vivência e a nossa missão.

A ação catequética, dentro da ação evangelizadora da igreja, desempenha um papel ímpar. Depende da etapa catequética muito daquilo que será a vida cristã de cada fiel na comunidade crente. Se a este dado juntarmos que é a comunidade cristã a principal responsável pela ação de catequizar (cf CT 16), emerge como evidente o cuidado com que se deve revestir a relação entre catequese e comunidade cristã.

«Catequese, responsabilidade da comunidade cristã» é o objeto específico da catequese para este ano pastoral. Propomo-nos reconhecer e potenciar os sinais de comunhão na comunidade eclesial. Inspirados em S. Paulo, cultivar o olhar de bondade e be-leza para ver sempre em primeiro lugar o bem, o bom e o belo.

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Conselho Arquidiocesano da Catequese avalia …

Secção NOTÍCIAS

Na já tradicional reunião anual de trabalho, envolvendo os arciprestados da arquidiocese de Braga – este ano no dia 30 de abril e não

como vem sendo hábito no dia 1 de maio, por ser um domingo –, os representantes dos arciprestados da arquidiocese bracarense mostraram o trabalho desenvolvido e apontaram pistas no rumo a seguir, mormente discutindo o Plano 2011/2012, tendo como base as orientações pastorais e vincando a importância com a responsabilidade da comunida-de cristã.

O trabalho nos arciprestadosAssim, numa reunião em que nem todos os arci-prestados estiveram presentes – Braga, Celorico de Basto, Vila Verde, Fafe e Terras de Bouro não participaram – Amares deu a conhecer que por aquela zona da arquidiocese se vem apostando na lectio divina, com especial ênfase no período da Quaresma; uma prática que tem tido uma grande adesão, maior do que a do Advento. No entanto, segundo foi salientado, há necessidade de promover uma mudança de mentalidade e ur-gência em levar a cabo um trabalho de logística.

Por sua vez, em Barcelos, tudo decorreu como programado, muito embora se tenha notado nas últimas reuniões uma diminuição na participação de pessoas, pelo que se vai trabalhar num novo projeto e método para ver se é possível mobilizar mais gente. As diferentes zonas do arciprestado barcelense fizeram o seu trabalho mas ainda se está numa fase de crescimento.

A lectio divina foi a grande aposta do arciprestado de Esposende, onde se vem agindo no sentido de esta prática ser mais vivida, por isso tem sido feito um trabalho em pequenos grupos e tem-se trabalhado muito na partilha.

O arciprestado de Guimarães e Vizela está num momento de “um novo começo” pelo que ainda não se passou da fase de “levantar a situação”.

Já na Póvoa de Lanhoso tem sido cumprido o programa com toda a normalidade. E vem sendo feita uma grande aposta no sentido de uma maior uniformização da festa do Crisma.

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Conselho Arquidiocesano da Catequese avalia …

No arciprestado de Vieira do Minho tem havido muitas dificuldades para desenvolver o trabalho. Por isso, todas as forças estão concentradas na forma-ção, com presenças constantes da coordenadora arquidiocesana da catequese, Rosa Pires. E há boas perspetivas de sucesso. Até porque há ali uma equi-pa jovem e tem havido muita participação.

Saliente-se, por último, que em Vila Nova de Famalicão todo o trabalho desenvolvido é aquele que consta da última edição do Pontes, ou seja, cumpriu-se o programa em toda a linha.

Lectio divina em crescendoPelas referências dos representantes arciprestais ficou claro que é já uma realidade a prática da lectio divina na arquidiocese de Braga, o que não impe-de que se pergunte se tem havido crescimento e mudanças? Os representantes dos arciprestados pensam que sim. Na mesma linha de reflexão, o responsável pelo serviço de formação, Nuno Pires, sugeriu que cada equipa criasse um grupo de reflexão com pessoas de cada paróquia, grupo esse que levaria as experiências para as respetivas comunidades, ponto de vista com o qual o p.e Luis

Miguel não concorda, dado que, mesmo que a lectio divina tenha entrado na moda, tem que haver um crescimento de quem “vai à Palavra”, tem que haver um espaço de dentro para reflexão e, enquanto que o grupo não for grupo, não há lectio divina.

Uma das discussões surgidas neste encontro de trabalho passou pela eventual criação do “guia de recrutamento de catequistas”. Mas, desde logo, ficou claro que o nome não funciona. No entanto, e por-que há ainda pouco feeed back, assumiu-se a criação de uma equipa para trabalhar até ao Natal sobre este assunto.

Refira-se que as ideias fortes saídas desta reunião foram a formação de coordenação e a promoção das equipas arciprestais de catequese. Por outro lado, a aposta na catequese familiar – a envolvência das famílias é fundamental; chamar os pais, a propó-sito da catequese para os integrar na paróquia – é muito importante. Outra ideia para desenvolver em ações futuras passa pela necessidade de cimentar a identidade da equipa arciprestal de catequese, tendo presente que o arciprestado funciona como complemento da diocese.

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Também no passado dia 18 de junho reuniu o conselho arquidiocesano da catequese, com-posto pelos coordenadores e assistentes das

equipas arciprestais de catequese, sob orientação da coordenadora de catequese, tendo como prin-cipal ênfase a elaboração do programa arquidioce-sano. Assim, cada equipa arciprestal mostrou aquilo que serão as ações que planeia desenvolver no ano pastoral que agora se inicia.

Em Amares, a equipa arciprestal continuará a sua aposta nos encontros de lectio divina com os coor-denadores paroquiais, no Advento e na Quaresma. O dia arciprestal do catequista, com o tema “descobrir os sinais da Eucaristia”, será outra das ações a levar a cabo em Amares onde haverá lugar também à realização de um retiro ou um dia de reflexão.

A lectio divina também continuará a ser a grande aposta de ação em Barcelos, que também aponta para a realização de encontros com coordenadores paroquiais e ao nível interparoquial, bem como a

Secção NOTÍCIAS

… e prepara o futurorealização do dia arciprestal do catequista, retiros e a Passagem da Palavra.

Em Cabeceiras de Basto os planos para o trabalho no arciprestado passam pelos encontros com os coordenadores paroquiais e eucaristias com cate-quistas. A organização de um retiro e o dia arcipres-tal do catequista, bem como uma peregrinação à Senhora da Graça, também estão nos planos da ECA cabeceirense.

A equipa arciprestal de Esposende – uma equipa cuja constituição é ainda recente, o que não a impe-de de trabalhar com afinco –, está a pensar realizar um encontro de catequistas, na Nossa Senhora da Guia, e encontros descentralizados com os coorde-nadores paroquiais.

No arciprestado de Guimarães e Vizela a equipa ar-ciprestal ainda não concluiu o plano para o ano que agora se inicia, mas já tem assumida a realização do dia arciprestal do catequista e um dia de reflexão.

No dia em que o serviço de formação da Comissão Arquidiocesana para a Educação Cristã (CAEC) apresentou o Plano de Formação 2011/2012

para catequistas, animadores, coordenadores e for-madores da arquidiocese de Braga, o vigário episco-pal para a educação cristã da arquidiocese de Braga apresentou “o papel das paróquias na formação dos seus agentes”. Foi uma ação que teve lugar no auditório Vita, onde cerca de centena e meia de agentes da pas-toral da arquidiocese bracarense marcaram presença.Tendo como pano de fundo três vetores: “o que é uma

O papel da paróquia na formação dos seus agentesparóquia”, “o que é um cristão” e “o que é um agente da pastoral”, o presidente da CAEC começou a sua intervenção respondendo à primeira questão que havia levantado e, consciente do “conflito de paradig-ma de ideias”. As paróquias – um conceito que vem do concilio de Trento – representam, de algum modo, a Igreja visível estabelecida em todo o mundo. Daí que ela seja “uma certa comunidade de fiéis” que contribui “estavelmente” na Igreja particular e “cuja cura pastoral, sob a autoridade do bispo diocesano”, está confiada ao pároco, “como seu pastor próprio”.

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… e prepara o futuroNa Póvoa de Lanhoso a aposta vai para o dia arciprestal do catequista, encontros com os coor-denadores paroquiais, dia de reflexão, caminha-das do Advento e Quaresma e encontros com os catequistas para refletir sobre a Eucaristia. Destaque ainda para a realização da Passagem da Bíblia Peregrina, para a continuação das visitas às paróquias e para a realização de um encontro de reflexão sobre a catequese; com o clero e os coordenadores paroquiais.

No arciprestado de Vila do Conde/Póvoa de Varzim os principais objetivos para o novo ano catequético passam por realizar encontros descentralizados com catequistas e com os coordenadores paroquiais. Um retiro no Advento ou na Quaresma e o dia arcipres-tal do catequista estão também agendados.

Em Vieira do Minho, e dado que a equipa arciprestal ainda está a ser construída, tudo está numa fase de lançamento, mas os elementos que constituem a ECA estão a planear uma visita às paróquias e en-

contros com os coordenadores paroquiais. Apostam também na realização de um dia de reflexão e num retiro e no dia arciprestal do catequista.

Por último, em Vila Nova de Famalicão o trabalho da equipa arciprestal passará pelas visitas às paróquias e pela realização do dia arciprestal do catequista e de um retiro e encontros com os coordenadores paroquiais, por zona.

Abordou-se ainda neste encontro de trabalho a pre-paração do dia arquidiocesano do catequista, tendo a coordenadora do DAC, Rosa Pires, explicado o programa para este ano e prestado informações de natureza logística. Refira-se que a equipa arciprestal de Amares ficou responsável pelo apoio e receção aos catequistas.

Foram marcados os encontros para o novo ano pastoral. Assim, ficaram agendadas reuniões de trabalho para o dia 15 de outubro de 2011, 11 de fevereiro, 1 de maio e 9 de junho de 2012.

O papel da paróquia na formação dos seus agentesA importância da paróquiaJá na resposta à segunda questão, o p.e Luis Miguel, depois de afirmar que foi em Antioquia que, pela primeira vez, os discípulos começaram a ser tratados de «cristãos» – vincando, desde logo, que o Cristianis-mo nunca foi uma teoria, mas uma prática –, lembrou que no texto bíblico, ‘cristão’ é sinónimo de discípulo, crente, irmão e santo. É, em suma, “outro Cristo”.

Por último, respondendo à terceira questão – o que é o agente da pastoral, isto é, aquele que se compro-mete – e dado que “participam no múnus sacerdotal,

profético e real de Cristo”, o p.e Figueiredo Rodrigues afirmou que os leigos têm parte ativa na vida e na ação da Igreja. E sublinhou que a sua ação dentro das comunidades eclesiais “é tão necessária” que, sem ela, “o próprio apostolado dos pastores não pode conseguir, a maior parte das vezes, todo o seu efeito”. Daí que os leigos devam ser capazes de suprir “o que falta a seus irmãos”, ao mesmo tempo que “revigoram o espírito dos pastores e dos outros membros do povo fiel”.

Nessa perspetiva, o agente da pastoral – “fortalecido pela participação ativa na vida litúrgica” – empenha-se

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nas obras apostólicas da mesma, “conduzindo à Igreja aqueles que porventura andem longe”. E isso é possí-vel pela atividade catequética, onde se tornam mais eficazes, “com o contributo da sua competência, a cura das almas e até a administração dos bens da Igreja”. Por outro lado, referiu o vigário episcopal, é na paróquia que é possível encontrar-se o “exemplo claro de aposto-lado comunitário”, uma vez que é aí que se congrega a diversidade humana que a insere na universalidade da Igreja. Ou seja e em suma, o agente da pastoral presta auxílio a toda a iniciativa apostólica e missionária da sua comunidade eclesial, “na medida das suas forças”.

Como formarA maneira “como formar na paróquia” foi o que fez prender a atenção do auditório. Segundo o p.e Luis Miguel, a formação na paróquia passa pela mistago-gia, isto é, uma forma de renovação da Igreja. Que implica um grande esforço. E o que é a mistagogia? É uma educação da fé que deve predispor “os fiéis cristãos a viverem pessoalmente o que se celebra, uma evangelização que os leve a penetrar cada vez mais nos mistérios celebrados e é um viver no Mistério, a partir do Mistério de Deus, em Jesus Cristo”. Por isso, a evangelização mistagógica deve “despertar e educar a sensibilidade dos fiéis para a linguagem dos sinais e dos gestos” que, unidas à palavra, constituem o rito. Isto é, uma evangelização que deve preocupar-se

em manter o significado dos ritos para a vida cristã, nas suas dimensões de inteligência, afetividade e vontade. Por isso, o itinerário mistagógico passa por evidenciar a ligação dos mistérios celebrados nos ri-tos com a responsabilidade missionária dos cristãos. É, em suma, ir de encontro à educação cristã, cuja finalidade é formar o fiel discípulo cristão – enquan-to «homem novo» – para uma fé adulta, uma fé que “o torne capaz de testemunhar no próprio ambiente a esperança cristã que o anima”.

Onde formar?Entre os caminhos da formação dos catequistas está, em primeiro lugar, a comunidade. É nela que os catequistas experimentam a própria vocação e apreciam e alimentam a sensibilidade apostó-lica. Por isso, nas palavras do vigário episcopal, uma comunidade cristã deve realizar vários tipos de ações formativas, como forma de “alimentar constantemente a vocação eclesial dos catequistas”. E, sublinhou, nas comunidades podem ser levadas a cabo outras ações formativas; desde os cursos de sensibilização e retiros e convivências fortes nos tempos fortes do ano litúrgico, até aos cursos monográficos sobre temas mais necessários ou urgentes, ou formação doutrinal mas sistemá-tica, como seja o estudo do Catecismo da Igreja Católica.

Setembro de 201110 – Dia arquidiocesano do catequista14 – Reunião da equipa arciprestal de catequese de Guimarães e Vizela17 – Reunião de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Barceloss/d – Encontros de coordenadores paroquiais do arciprestado de Vila do Conde/Póvoa de Varzim

Outubro de 20111 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Vieira do MinhoEncontro de coordenadores paroquiais, do arcipres-tado de Cabeceiras de Basto sobre “A eucaristia ao longo da história”

Secção NOTÍCIAS

4 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Fafe8 – Saída da Bíblia Peregrina no arciprestado da Póvoa de Lanhoso11 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Celorico de Basto15 – Reunião do Conselho do Departamento Arqui-diocesano da Catequese18 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Vila Verde24 – Encontro com catequistas coordenadores pa-roquiais do arciprestado de Vila Nova de Famalicão, por zonas15 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Terras de Bouro

Secção Programas 2011/12

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19 – Encontros de Catequistas sobre a lectio divina nas Zonas Pastorais do arciprestado de Barcelos29 – Reunião de coordenadores paroquiais do arci-prestado da Póvoa de Lanhosos/d – Encontro de catequistas do arciprestado de Esposendes/d – Encontro da equipa arciprestal de catequese de Esposende

Novembro de 20112 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Fafe5 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Vieira do Minho5 – Encontro com coordenadores paroquiais, do arciprestado de Cabeceiras de Basto sobre “Gestos e sinais da Eucaristia”8 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Celorico de Basto9 – Reunião da equipa arciprestal de catequese de Guimarães e Vizela15 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Vila Verde19 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Terras de Bouro19 – Encontro de reflexão com o clero no arcipresta-do da Póvoa de Lanhoso25 a 27 – Retiro para catequistas, promovido pela equipa arciprestal de catequese de Vila do Conde/Póvoa de Varzim26 – Encontros intergeracionais, com a participação dos diversos movimentos, para refletir os sinais da Eucaristia, na zona do Cávado, do arciprestado da Póvoa de Lanhoso

Dezembro de 20111 – Dia de formação para coordenadores de âmbito diocesano3 – Dia de reflexão para catequistas do arciprestado de Vieira do Minho3 – Eucaristia com catequista em Cabeceiras de Basto6 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Fafe10 – Encontro de formação para catequistas do 3º catecismo, na Póvoa de Lanhoso 13 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Celorico de Basto20 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Vila Verde17 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Terras de Bouro

s/d – Encontro de coordenadores de catequese paroquial e equipa arciprestal de Catequese de Esposende

Janeiro de 20127 – Dia arquidiocesano do coordenador11 – Reunião da equipa arciprestal de catequese de Guimarães e Vizela21 – Reunião de coordenadores paroquiais do arci-prestado da Póvoa de Lanhoso28 – Encontro arciprestal de catequistas, em Vila Nova de Famalicãos/d – Encontros de coordenadores paroquiais do arciprestado de Vila do Conde/Póvoa de Varzims/d – Encontro da equipa arciprestal de catequese de Esposende

Fevereiro de 20124 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Vieira do Minho4 – Encontros descentralizados de formação per-manente, na Aguçadoura, arciprestado de Vila do Conde/Póvoa de Varzim4 – Encontros intergeracionais, com a participação dos diversos movimentos, para refletir os sinais da Eucaristia, na zona do Ave, do arciprestado da Póvoa de Lanhoso4 – Encontro com coordenadores paroquiais, do arciprestado de Cabeceiras de Basto sobre “Eucaris-tia e vida quotidiana”7 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Fafe11 – Reunião do Conselho do Departamento Arqui-diocesano da Catequese14 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Celorico de Basto17 a 19 – Retiro para catequistas, promovido pela equipa arciprestal de catequese de Vila Nova de Famalicão18 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Terras de Bouro18 – Dia de recoleção para catequistas, promovido pela equipa arciprestal de catequese da Póvoa de Lanhoso 18 – Dia de reflexão para catequistas, por zonas pastorais, do arciprestado de Guimarães e Vizela18 – Dia arciprestal do catequista em Barcelos21 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Vila Verde19 – Encontros de Catequistas sobre lectio divina nas zonas pastorais do arciprestado de Barcelos25 – Encontros descentralizados de formação per-manente, em Balasar, arciprestado de Vila do Conde/Póvoa de Varzim

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s/d – Encontro de coordenadores de catequese paroquial e equipa arciprestal de catequese de Esposende

Março de 20122 a 4 – Retiro para catequistas, na Apúlia, promovi-do pelo arciprestado de Vieira do Minho3 – Encontros descentralizados de formação perma-nente, nas Caxinas, arciprestado de Vila do Conde/Póvoa de Varzim3 – Encontros intergeracionais, com a participação dos diversos movimentos, para refletir os sinais da Eucaristia, na zona do Centro, do arciprestado da Póvoa de Lanhoso6 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Fafe9 a 11 – Retiro para catequistas, promovido pela equipa arciprestal de Cabeceiras de Basto14 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Celorico de Basto16 a 18 – Retiro para catequistas, promovido pela equipa arciprestal de catequese de Vila do Conde/Póvoa de Varzim17 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Terras de Bouro20 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Vila Verde24 – Reunião de coordenadores paroquiais do arci-prestado da Póvoa de Lanhosos/d – Reunião da equipa arciprestal de catequese de Guimarães e Vizelas/d – Encontro da equipa arciprestal de catequese de Esposende

Abril de 20123 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Fafe7 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Vieira do Minho10 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Celorico de Basto14 – Dia de recoleção para catequistas, promovido pela equipa arciprestal de catequese de Barcelos17 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Vila Verde21 – Dia arciprestal do catequista em Cabeceiras de Basto21 – Dia arciprestal do catequista de Guimarães e Vizela21 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Terras de Bouro

28 – Dia arciprestal do catequista na Póvoa de Lanhosos/d – Encontros de coordenadores paroquiais do arciprestado de Vila do Conde/Póvoa de Varzims/d – Encontro de coordenadores de catequese paroquial e equipa arciprestal de catequese de Esposende

Maio de 20121 – Encontro das equipas arciprestais de catequese e Serviços1 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Fafe5 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Vieira do Minho8 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Celorico de Basto9 – Reunião da equipa arciprestal de catequese de Guimarães e Vizela14 a 20 – Encontros de oração/reflexão “Palavra de Deus e Catequese: responsabilidade comunitária”, no arciprestado da Póvoa de Lanhoso15 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Vila Verde19 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Terras de Bouro19 – Dia arciprestal do catequista em Vieira do Minho20 – Peregrinação arciprestal na Póvoa de Lanhoso20 – Chegada da Bíblia Peregrina no arciprestado da Póvoa de Lanhoso26 – Terço humano em Barceloss/d – Encontro de coordenadores de catequese paroquial e equipa arciprestal de catequese de Esposende

Junho de 20122 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Vieira do Minho2 – Encontro de avaliação e planeamento com coor-denadores paroquiais, do arciprestado de Cabecei-ras de Basto5 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Fafe9 – Reunião do Conselho do Departamento Arquidio-cesano da Catequese9 – Reunião de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Barcelos12 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Celorico de Basto

Secção NOTÍCIAS

BOLETIM 9

15 – Encontro de avaliação com coordenadores pa-roquiais do arciprestado de Vila Nova de Famalicão16 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Terras de Bouro19 – Encontro de catequistas coordenadores paro-quiais do arciprestado de Vila VerdeEncontros de coordenadores paroquiais do arci-prestado de Vila do Conde/Póvoa de Varzim30 – Reunião de avaliação com equipas de coor-denação paroquial e párocos do arciprestado da Póvoa de Lanhoso

s/d – Encontro da equipa arciprestal de catequese de Esposende

Julho de 20124 – Reunião da equipa arciprestal de catequese de Guimarães e Vizela6 – Dia arciprestal do catequista em Vila do Conde/Póvoa de Varzim7 – Peregrinação à Senhora da Graça promovida pela equipa arciprestal de catequese de Cabeceiras de Basto

rias (catequistas, animadores, pais, …), para que se possa «ver e ouvir» Deus, numa experiência de Igre-ja, à semelhança dos Apóstolos: “o que nós vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também vós estejais em comunhão connosco. E nós estamos em comunhão com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo” (1 Jo 1,3). Na verdade, só podemos anunciar o que conhecermos de Cristo vivo, da experiência de comunhão com Ele.Caminhamos para a consciencialização de que a ação pastoral, em cada setor da Igreja, tem muito mais de comum do que de específico. Criamos pontes e renta-bilizamos recursos quando aceitamos trilhar o mesmo caminho, o único ao encontro com o Pai.O programa apresentado testemunha que a forma-ção é para todos! Daí a importância de investir num núcleo de Educadores na Fé em cada Comunidade. A formação realizada de forma permanente traduz e concretiza em cada um de nós a vontade de sermos alcançados por Cristo Jesus, de forma a conhecê-Lo na força da sua ressurreição, tal como nos exclama S. Paulo na Carta aos Filipenses (Cf 3, 10-12).Um abraço em Cristo.O Serviço de Formação.

Formação 2011/2012Catequistas /Animadores / Coordenadores / Formadores

Jesus propõe-nos a liberdade como projeto, fru-to de quem procura uma experiência integral com Ele! Neste sentido, convida cada um de nós

a aliar-se nesta doação, ajudando-nos a dizer SIM de forma consciente e motivada! É baseada nesta consciência livre e (in)formada que a Igreja procura que seja a adesão dos educadores na fé.Neste sentido, a formação da Pessoa é uma priori-dade no contexto social de hoje (onde imperam as contradições, a dispersão e o desenraizamento cul-tural e moral) para depois operacionalizar na missão aqueles que são convidados a realizar em Igreja.Para isso, o SF pretende contribuir para a constru-ção de uma personalidade crente, onde os cristãos são impelidos a discernir a sua vocação e a tomar decisões coerentes. Mas, essencialmente, entrega-se ao conhecimento sempre inesgotável de Cristo vivo, plenitude da revelação divina, pois n’Ele tudo se esclarece, tudo se realiza (Cf GS 22).É proposta uma formação centrada na Palavra de Deus, onde a formação espiritual e doutrinal é discernida em correlação com os dados das ciências humanas, e realizada de forma a integrar em cada curso, diferentes experiências pessoais e missioná-

A FORMAÇÃO NÃO É TODA PARA ALGUNS, MAS UM BOCADINHO PARA TODOS!

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Secção NOTÍCIAS

FORM

ÃO

DA

PESSOA

PROJETO

ACREDITAR

Curso Acreditar 1, 2, …

Retiro

Curso Acreditar para Animadores.

Curso Acreditar para Animadores: Aprofundamento

PROJETO

ESPERANÇA

Projeto Esperança

Ateliês para Animadores do PE.

FORM

ÃO

DA

PESSOA

PAR

A A

MISSÃ

O

APOIO À REALIDADE Curso de introdução

FORMAÇÃO

ESTRUTURANTE DE

EDUCADORES NA FÉ

(CATEQUISTAS

E ANIMADORES)

Curso de Iniciação.

Curso Geral. (Introdução à Pastoral; Pedagogia na Fé e Didática; Psicossociologia; Espiritualidade do Educador na Fé).

Estágios

FORMAÇÃO DE

FORMADORES E DE

COORDENADORES

Introdução à Andragogia

Ateliês temáticos

Curso de Coordenação Paroquial

Dia Arquidiocesano da Coordenação

PROJETO ACREDITARCurso Acreditar 1, 2 e Retiro. ** Para todos os membros das comunidades paroquiais no-meadamente catequistas, animadores, chefes de escuteiros, pais e membros do conselho pastoral, movimentos e obras. Realiza-se nas zonas interparo-quiais, de acordo com os respetivos planos anuais.Retiro: A Reconciliação. A realizar no Centro Pastoral (Braga), de 11 a 13 de novembro, das 20H de Sexta às 17H de Domingo. Inscrições até 20 de outubro.Curso Acreditar para Animadores. Para adultos, confirmados na fé, reconhecidos nas suas comu-nidades. Conhecimentos ao nível da síntese da fé e capacidade de transmissão. A realizar o Centro Pastoral (Braga), de 1 de outubro a 17 de dezembro. Sábado das 9H30 às 12H30. Inscrições até 20 de setembro.Curso Acreditar para Animadores: Aprofun-damento. Para adultos com o curso acreditar para animadores, ou licenciados em teologia ou ciências religiosas. A realizar no Centro Pastoral (Braga), de 21 de janeiro a 28 de abril. Inscrições até 10 de janeiro.

PROJETO ESPERANÇAProjeto Esperança. ** Pais, avós e padrinhos dos catequizandos. A realizar nas comunidades, de acordo com os respetivos planos anuais.• Ateliês para Animadores do PE. Catequistas e Animadores que, nas suas comunidades, pretendam

trabalhar o envolvimento dos pais na catequese e na pastoral em geral.A realizar no Centro Pastoral (Braga) ao Sábado das 9H às 17H.1. Preparar o Advento e o Natal. Dia 15 outubro Dia. Inscrições até 5 outubro.2. Preparar a Quaresma e a Páscoa. Dia 11 fevereiro. Inscrições até 1 fevereiro.3. A avaliação do ano e as férias. Dia 26 maio. Inscrições até 16 maio.

CURSO DE INTRODUÇÃO ** • Para jovens entre os 16 e os 18 anos com o 10º ano de catequese e, de preferência, já terem frequenta-do o curso Acreditar.

** A competência organizativa destas formações é das

paróquias ou, de preferência, zonas interparoquiais e

conta com o apoio do SF, nomeadamente na formação de

animadores e na produção de materiais

FORMAÇÃO ESTRUTURANTE DE EDUCADORES NA FÉ (CATEQUISTAS OU ANIMADORES)

Curso de Iniciação. Para jovens e adultos maiores de 18 anos, confirmados na fé, que pretendam ser catequistas ou animadores de grupo; catequistas ou animadores que pretendam fazer uma reciclagem e conhecer as novidades introduzidas nesta forma-ção; pais e avós envolvidos com a educação na fé nas suas comunidades.1. A realizar em todos os CAFCA, com pelo menos 12 inscritos, de 16 de janeiro a 15 de março (segunda e quinta das 21H às 23H) e 17 de março (sábado, das 14H às 24H). Inscrições até 10 de dezembro.2. A realizar nos cursos de verão.3. Estes cursos podem ser organizados nos CAFCA em outros períodos e horários desde que solicita-dos previamente.Curso Geral. Para adultos com o Curso de Inicia-ção (Catequese) ou o Curso 1 da Pastoral Juvenil. Organiza-se em quatro módulos que podem ser realizados ao longo do ano ou em duas partes in-tensivas (bi-etápico - dois anos) nos cursos de verão.Módulos à quarta-feira das 21H às 23H.1. De 12 de outubro a 14 de dezembro e de 4 de ja-neiro a 15 de fevereiro. Inscrições até 20 de setembro.

BOLETIM 11

• Introdução à Pastoral – Braga e Famalicão (Sto Adrião ou Ribeirão) *• Pedagogia na Fé e Didática - Barcelos (Sto Antó-nio) e Guimarães (Vizela e/ou Taipas) *• Psicossociologia - Cabeceiras de Basto e V. de Conde/P. de Varzim (Caxinas ou Matriz PV) *2. De 7 de março a 27 de junho. (Interrompe na semana Santa). Inscrições até 13 de fevereiro.• Introdução à Pastoral - Cabeceiras de Basto e Vila de Conde/Póvoa de Varzim (Caxinas ou Matriz PV) *• Pedagogia na Fé e Didática – Braga e Famalicão (Sto Adrião ou Ribeirão)*• Psicossociologia - Barcelos (Sto António) e Gui-marães (Vizela e/ou Taipas) *3. Espiritualidade do Educador na fé. De 6 a 8 de março, das 20H de Sexta-feira às 17H de Domingo, no Centro Pastoral (Braga). Inscrições até 20 de fevereiro.

* Depende da área de residência dos inscritos.

Estágios. Para adultos com o Curso Geral ou o Curso 2 da Pastoral Juvenil.

FORMAÇÃO DE FORMADORES, ANIMADORES E DE COORDENADORES

Introdução à Andragogia. Para os membros do Serviço de Formação e das Equipas Arciprestais.Formação à distância, com tutoria pessoal, de outubro de 2011 a junho de 2012 (cada formando pode entrar em qualquer altura do ano). Ateliês. Para membros do Serviço de Formação e das Equipas Arciprestais (Catequese e Jovens). A realizar no Centro Pastoral (Braga), de 1 de dezembro. Sábado das 9H às 17H. Inscrições até 20 de novembro.• A avaliação dos processos de formação.• A dinâmica dos testes de entrada.• A dinâmica do portefólio e do diário de bordo.• Os grandes desafios das equipas arciprestais. • A gestão da motivação.Curso de Coordenação Paroquial. Para adultos que desempenham, ou possam vir a desempenha-rem, esta missão no âmbito da Pastoral Paroquial. A realizar nos CAFCA que tenham pelo menos 12 inscritos, à terça-feira das 21H às 23H. Inscrições até 20 de outubro.• Parte 1 – 8 de novembro a 13 de dezembro. • Parte 2 – 17 de janeiro a 21 de fevereiro. • Parte 3 – 10 de abril a 22 de maio.

Dia Arquidiocesano da Coordenação. Para adul-tos que desempenham funções de coordenação (catequese, jovens, adultos, família, CEP, sócio-carita-tiva e movimentos), Pais de catequizandos nas suas paróquias; bem como formadores e coordenadores de CAFC. A realizar no Centro Pastoral (Braga), dia 7 de janeiro, sábado das 9H às 17H.

CURSOS DE VERÃO

A realizar no Centro Pastoral (Braga), de 4 a 8 de agosto, das 9H de Sábado às 18H do dia indicado.

SAB DOM SEG TER QUA QUI SEX

4 5 6 7 8 9 10

Conferência de verão

(de manhã)

Ateliê Coordenação

(de tarde)

Curso de Introdução

Curso Acreditar

Curso de Iniciação

C. Geral - Pedagogia (inclui Didática e Pastoral 1

C. Geral - Psicologia (inclui Espiritualidade e Pastoral 2)

INSCRIÇÕES E CUSTOS?

ORGANIZAÇÃO E CUMPRIMENTO DE DATAS TAMBÉM É

FORMAÇÃO!

• As inscrições devem ser remetidas diretamente para os Serviços Centrais da Arquidiocese, pessoalmente, por e-mail ou correio.• O preenchimento total da ficha de inscrição é fundamental porque, para além de permitir uma melhor organização, possibilita caracterizar o grupo de formandos e, assim, melhor ser preparada a formação. • Nos cursos que têm um trabalho preliminar a realizar, a inscrição no prazo previsto permite aos formando tempo para a concretização das tarefas proposta.• Não são aceites inscrições sem estarem assinadas pelo pároco ou superior da comunidade, a não ser se enviadas dos respetivos e-mails.

FINANCIAMENTO DA FORMAÇÃO

• Os membros do Serviço de Formação são todos voluntários. Os valores cobrados em cada curso destinam-se aos materiais utilizados e distribuídos pelos formandos e as deslocações dos formadores (gasolina), contudo, ninguém fica sem formação por questões financeiras.

BOLETIM 12

Secção OPINIãO

DEPARTAMENTO ARQUIDIOCESANO DAS VOCAÇÕES

Iniciamos nesta edição de “Pontes” uma nova etapa de aproximação pastoral entre os Departamentos Arquidiocesanos de Catequese e das Vocações,

que não é inédita pois nos últimos anos o Dia do Catequista tem contado com um workshop voca-cional, mas passará a ser continuada! O objetivo é claro: ajudar cada catequista, enquanto agente pastoral, a ser mediador da voz de Deus que chama ao Seu serviço pelas vocações de especial consagração.

Sabemos como hoje a reflexão sobre as vocações consagradas é confinada quase em regime de ex-clusividade à questão e ao lamento do número de candidatos. E, neste contexto, o esforço da Igreja por uma ação pastoral que seja verdadeiramente voca-cional pode ser entendido, apenas, como um último fôlego para inverter esta situação. Entender assim a ação da Igreja é muito redutor. E esta nossa parti-cipação com a catequese, enquanto responsáveis diocesanos pelas vocações, poderia ser percebida como uma aliança estratégica destinada a encontrar nos catequistas os aliados insuspeitos para voltar a encher os seminários e as casas religiosas! Não é, de todo!, isso o que nos anima.

Compreendamos. A missão da Igreja é ajudar cada batizado a conformar a sua vida com Cristo. O Diretório Geral da Catequese afirma categoricamente que a finalidade de toda a ação catequética é possi-bilitar a cada catequizando a comunhão de vida com Jesus Cristo, que se realiza por variadas formas, entre as quais encontramos as vocações de especial consa-

gração. Ora, é aqui que encontramos a aproximação à finalidade vocacional de toda a pastoral: ajudar cada crente a descobrir em si mesmo a presença, a imagem, a “fotografia” de Deus; e àqueles que Deus chama ao serviço do Seu Povo e aceitam dizer sim, a conformar o seu coração com o de Jesus Cristo Bom Pastor.

Nesta tarefa de acompanhar cada batizado a con-figurar a sua vida com Cristo a responsabilidade é de toda a Igreja. O dever de fomentar as vocações pertence a toda a comunidade cristã, que no teste-munho da sua vida de fé ajuda cada pessoa a tomar consciência da própria vocação. Por isso, “todos os membros da Igreja, sem exceção, têm a graça e a responsabilidade do cuidado pelas vocações” (PDV 41), pois é à própria Igreja, para a sua vida e missão, que elas se destinam. E a CEP no seu documento Bases para a Pastoral Vocacional, nº 22, destaca, entre outros agentes pastorais os próprios catequistas: ”o ministério do apelo vocacional diz respeito a todo o cristão: aos pais, aos catequistas, aos educadores, aos professores, em especial os professores de Educação Moral e Religiosa Católica, e não apenas aos bispos, presbíteros e diáconos ou aos consagrados da vida religiosa e secular”.

Fica claro, agora, que esta colaboração com o Pontes não se deve a qualquer espécie de preocupação com números de candidatos, ordenações ou con-sagrações religiosas! É apenas porque acreditamos que cada catequista é também hoje mediação desejada por Deus para que a Sua voz chegue ao coração dos nossos jovens, continuando a chamar ao serviço da Igreja através das vocações de espe-cial consagração.

Catequese e vocações

BOLETIM 13

ANTóNIO JOAQUIM GALVÃO

Conscientes da pluralidade de ofertas e procura de caminhos de vida fáceis que jorram duma sociedade multifacetada, que parece querer

mais a desunião que a unidade e solidariedade, nas primeiras Notas… publicámos que “nós temos um único Mestre, Jesus Cristo” (Exortação Apostólica Ctechesi Tradendae) e que queremos ajudar a que todos pos-sam dar um sentido mais nobre à sua existência.

O nosso ponto de partida e chegada é a Educação Cristã onde, “todos os homens são chamados ao mes-mo fim, que é o próprio Deus” (CCE, 1878). Propomo-nos ajudar a que cada qual descubra a dignidade de ser cristão, de reconhecer a Vida em Cristo.

Se todos somos chamados, é de boa educação responder… Se não respondo, as causas podem ser muitas e variadas: não ouvir; estar distraído; não querer responder; não apetecer… Contudo, mais ou menos conscientes, formamos a sociedade humana cuja “vocação (…) é manifestar a imagem de Deus e ser transformada à imagem do Filho único do Pai. Esta vocação reveste-se de uma forma pessoal, pois cada um é chamado a entrar na bem-aventurança divina. Mas diz também respeito ao conjunto da comunidade humana” (CCE, 1877). A nossa convicção e motiva-ção é que todos somos chamados a sermos salvos em Jesus Cristo. Que todos somos chamados à felici-dade, a sermos a família de Deus (Gl 3, 28).

Pelo Batismo nascemos para uma vida nova. “O santo Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, o pórtico da vida no Espírito e a porta que dá acesso aos outros sacramentos (…). Tornamo-nos membros de

Notas para uma educação (catequese) cristã de adultos II

Cristo e somos incorporados na Igreja e tornados par-ticipantes na sua missão” (CCE 1213). Sermos arautos da Boa-Nova para Glória de Deus, para que todos se salvem e todos os homens sejam orientados para Cristo. “Inseridos no Corpo Místico de Cristo pelo Ba-tismo, robustecidos com a força do Espírito Santo pela Confirmação, são (somos) destinados pelo próprio Senhor para o apostolado. São (somos) consagrados para um sacerdócio real e para um povo santo (cf. 1 Ped 2, 4-10), para fazerem (fazermos) de toda a sua atividade uma oblação espiritual e para darem (dar-mos) testemunho de Cristo em toda a parte” (Decreto sobre o Apostolado dos Leigos, 2 e 3).

Como depreenderemos todos temos o dever de testemunhar a Boa-Nova e levar o Reino de Cristo a todos os lugares.

BOLETIM 14

Secção OPINIãO

“Cristo, enviado pelo Pai, é a fonte e a origem de todo o apostolado da Igreja” (Decreto sobre o Apostolado dos Leigos, 4) é o nosso Mestre. Crescer como cristão é capacitar-se (educar-se) de pensar com liberdade e consciência antes de acreditar e depois acreditar sem duvidar: “mas a mulher veio prostrar-se diante d’Ele, dizendo: «Socorre-me, Senhor.» Ele respondeu: «Não é justo que se tome o pão dos filhos para lançar aos cachorrinhos.» Mas ela insistiu: «É verdade, Senhor; mas também os ca-chorrinhos comem das migalhas que caem da mesa de seus donos.» Então Jesus respondeu-lhe: «Mulher, é grande a tua fé. Faça-se como desejas» ”. (Mt, 15, 25-28). A mulher Cananeia conhecia a mensagem de Jesus. Com coragem e determinação, embora estrangeira, a mulher foi pelo caminho de Jesus, encontrou-o, aproximou-se d’ Ele e limitou-se a pedir: «Socorre-me, Senhor.». A fé em Jesus não é um privilégio de alguns; a Boa-Nova pode e deve ser acolhida por todos os homens. Jesus Cristo como Mestre ensina-nos tão só a sermos filhos de Deus. Jesus não descriminava as pes-soas. Ninguém, por mais pobre, mais pecador ou outros defeitos que tivesse era desprezado ou indigno de conviver com Ele. Jesus a todos amou e acolheu sem esperar nada em troca: “Deixai vir a mim as criancinhas” (Lc 18, 16); Jesus convida: “«Vinde…» ” (Mt 4, 19); expõe e não impõe ideias: “o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mt 8, 20). Aponta caminhos, mas sempre com liberdade de sermos nós mesmos: “Vai e doravan-te não tornes a pecar” (Jo 8, 11), ou «Quem não receber o Reino de Deus como um pequenino, não entrará nele» (Marcos 10,13-16). Ajuda-nos: «esta-rei sempre convosco, até ao fim dos tempos» (Mt 28, 20) e alimenta-nos: «quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna» (Jo 6, 54).

Provavelmente, desde a mais tenra idade que as questões ligadas à educação cristã povoam a nossa imaginação e os nossos pensamentos. Sem que-rermos entrar no mais recôndito dos segredos de cada um, esperamos que Jesus sempre tenha sido apresentado de maneira simples e transparente de experiência e vivência de relação com Deus. Jesus é a videira e nós os ramos: «quem está em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto; porque sem Mim nada podeis fazer» (Jo 15, 5).

Jesus não se aprende como aprendemos Ma-temática, Física e/ou Biologia… Jesus vive-se

no mais íntimo de cada um… «Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele Comigo» (Ap 3, 20). Embora a relação seja Ele + Eu = somos um com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. «A catequese é uma educação na fé das crianças, dos jovens e dos adultos, que compre-ende especialmente o ensino da doutrina cristã, ministrado em geral dum modo orgânico e siste-mático, em ordem à iniciação na plenitude da vida cristã” (CCE 5). Somos pedras vivas da Igreja que impelidos pela caridade de Deus, fazemos o bem a todos sem olhar a quem, convidando-os para Cristo, sobretudo aos irmãos na fé” (Decreto sobre o Apostolado dos Leigos, 4).

O método formativo que propomos é, em primeiro lugar, praticar o amor cristão. Em segundo, reconhecer as nossas competências e capacidades para os níveis de formação que nos propomos ajudar mutuamente em todas as circunstâncias e necessidades. Em tercei-ro, que poderia ser o primeiro e o mais englobante, sermos Igreja de Cristo em Comunhão e Partilha.

Muitas vezes ouvimos dizer: «só acredita quem quer». Desenganem-se relativamente à fé: “Crer é um ato de inteligência, que presta o seu assentimento à verdade divina, por determinação da vontade, movida pela graça de Deus” (CCE 155); se eu não me educar, sal-vaguardando os milagres, se eu não me deixar tocar, Deus não me obriga.

Por isso apelamos a uma educação cristã em função das dimensões fundamentais da fé: conhecida, celebrada, vivida e orada.

A educação Cristã implica diálogo e escuta de Deus. A forma mais simples de começar é rezar com sinceridade a Deus e pedir-lhe que nos ouça. Ele ouvir-nos-á e Jesus entrará na nossa vida e será o Nosso Senhor. Tenho que abrir o meu cora-ção e deixá-lo entrar. Antes era um desconhecido que me dá mais do que aquilo que eu dei. Mas a Sua força e poder dão-me coragem para entender e viver a vida em Cristo em unidade com o nosso Pastor e as diretrizes que emanam da Sua Igreja. Em Igreja nunca estamos sós, por isso nos unimos para celebrar a fé que professamos e colhermos o alimento que precisamos, não só para sobreviver-mos mas, sobretudo para sermos com os demais: mensageiros da vida, do perdão e da paz!

BOLETIM 15

FáTIMA E JORGE CARDOSO *

Recorda-nos o Diretório Geral da Catequese (197) que “toda a comunidade cristã, pelo facto de o ser, é chamada pelo Espírito Santo a viver a sua

vocação ecuménica na situação em que se encontra, participando no diálogo ecuménico e nas iniciativas destinadas a realizar a unidade dos cristãos”. Ora, viver a fé implica alimentar um verdadeiro desejo de uni-dade construído na base do diálogo e num espírito de abertura, capaz de nos aproximar de Jesus Cristo. O Seu pedido “que todos sejam um como Tu, ó Pai, és um em Mim e Eu em Ti, assim também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste” (Jo 17,21) funda-se na unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Viver em Igreja significa estar unidos a Cristo e ao seu apelo de unidade.

A palavra ecumenismo deriva da palavra grega οἰκουμένη (oikouméne), resultado da junção de oikós (casa) com méné (habitar a terra). Assim sendo, subjacente a ecumenismo está a vontade de habitar a terra em paz no respeito pelas diferenças; significa partilhar e habitar a casa, em espírito familiar.

Apesar de existirem variadíssimas Igrejas Cristãs, a verdadeira herança que Jesus Cristo no legou, foi a de perpetuarmos a Igreja por Si edificada na unidade.

Há meio século atrás, os Padres conciliares refleti-ram sobre esta problemática e delinearam estra-tégias de conciliação das divergências, sendo que o respeito e tolerância pelas diferenças deveriam ser o ponto de partida. Volvidos todos estes anos, mantém-se atual esta preocupação. Ainda hoje, estamos longe de viver o mandato do Senhor de viver a unidade entre todos os cristãos. Tendo Cristo fundado uma só e única Igreja, continuamos a assis-tir à proliferação de inúmeras Igrejas cristãs.

O decreto sobre o ecumenismo, Unitatis Redinte-gratio pede que as diferentes confissões cristãs valorizem o que têm em comum: Cristo e o seu Evangelho. Assim sendo, entendemos por movi-mento ecuménico as atividades e iniciativas, que são suscitadas e ordenadas, segundo as várias

necessidades da Igreja e oportunidades dos tempos, no sentido de favorecer a unidade dos cristãos. Este repto, bem poderia ser o ponto de partida na reflexão que se espera de todos aque-les que abraçam a nobre missão da catequese: anunciar Jesus Cristo e o seu Evangelho.

Ao planificarmos o ano catequético nas nossas comunidades, assumamos este compromisso do anúncio de Jesus Cristo tendo presente a base comum de toda a ação pastoral: Jesus Cristo e o Evangelho. Desta forma, estaremos a ser fiéis aos la-ços visíveis da comunhão eclesial: profissão de uma só fé, recebida dos Apóstolos, e celebração comum dos sacramentos.

A aproximação, a cooperação e a busca fraterna da su-peração das divisões pessoais ajudar-nos-á a sermos sinceros e críticos o bastante para buscar a verdade em todas as questões referentes à vida cristã numa fidelidade incondicional ao Evangelho de Cristo.

E essa verdade é Jesus Cristo por quem nos deve-mos deixar possuir.

* Catequistas da Paróquia de S. Miguel – Marinhas

Ecumenismo

BOLETIM 16

Secção OPINIãO

P.E JOAQUIM DOMINGOS LUíS *

Introdução

Foi pedido ao Centro Missionário Arquidiocesano de Braga (CMAB) a contribuição para o Pontes sobre a temática Eucaristia e Missão. Neste artigo procu-

ro abordar o tema da eucaristia como anúncio.1

O Concílio Vaticano II afirma que a eucaristia é fonte e centro de toda a vida cristã e que os cristãos exercem nela o sacerdócio comum dos fiéis oferecendo a Deus a vítima divina e a si mesmos juntamente com ela e manifestam visivelmente a unidade do povo de Deus que na eucaristia é significada e realizada (cf. LG 11).

A eucaristia é Sacramento da Caridade; é a doação que Jesus Cristo faz de Si mesmo, revelando-nos o amor infinito de Deus por cada homem. No sacramento da Eucaristia, Jesus mostra-nos de modo particular a verdade do amor, que é a própria essência de Deus.2

Anúncio do mistério da féNo decorrer da celebração eucarística, após o momento da consagração, às palavras do sacerdote: mistério da fé! – a assembleia responde: anuncia-mos Senhor a vossa morte proclamamos a vossa ressurreição, vinde Senhor Jesus!

Do mistério pascal nasce a Igreja. Por isso mesmo a Eucaristia, que é o sacramento por excelência do mistério pascal, está colocada no centro da vida eclesial. Isto é visível desde as primeiras imagens da Igreja que nos dão os Atos do Apóstolos: «Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fração do pão, e às orações» (2, 42). Na «fração do pão», é evocada a Eucaristia. 3

1 Recomenda-se para o aprofundamento dos ensinamentos sobre a Eucaristia, para além dos Documentos do Vaticano II, do Catecismo da Igreja Católica, as exortações apostólicas de João Paulo II, A Igreja vive da Eucaristia, e de Bento XVI a exortação apostólica pós-sinodal Sacramento da Caridade.2 Bento XVI, Sacramento da Caridade, 1 e 3.3 João Paulo II, A Igreja vive da Eucaristia, 3.

Eucaristia e Missão: a Eucaristia como anúncio

Com os discípulos de Emaús, desanimados e tristes, desiludidos por tudo o que tinha acontecido a Jesus, descobrimos a presença do Ressuscitado na explicação das Escrituras e na fração do pão. Cheios de alegria, regressaram apressadamente a Jerusa-lém e contaram tudo o que lhes acontecera e como Jesus se lhes revelara ao partir do pão (cf. Lc 24, 13-35). A experiência do Senhor Ressuscitado é para ser partilhada com os outros. Aí radica a força do testemunho: (…) o que nós vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também vós estejais em comunhão connosco. E nós estamos em comunhão com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo (1 Jo 1, 3)

Anunciamos a presença de Cristo Ressuscitado, na Palavra, na fração do pão, nos irmãos reunidos, convocados pelo Espírito e enviados a servir a humanidade e em especial os mais pequeninos (cf. Mt 25, 31-46).

As duas mesas: anúncio da Salvação e de comunhão universalNa Liturgia da Palavra é o próprio Deus que nos fala; Ele que falou pelos Profetas e que em seu Filho é o Verbo feito carne. É-nos revelado o amor de Deus por nós, a sua vontade salvífica a sua proposta de salvação para todos. A escuta da Palavra desperta em nós uma resposta de fé, uma adesão a uma Pessoa que vem ao nosso encontro, que quer fazer comunhão connosco, que nos in-terpela e que vem para nos dar vida em abundân-cia (cf. Jo 10, 10).

Estamos perante um mistério que nos ultrapassa, o excesso de dom, de um Deus que se fez homem em Jesus e que, passando entre nós, fazendo o bem, num gesto de obediência e de amor ao Pai e à humanidade, quis deixar-nos o memorial do seu amor: isto é o meu corpo, tomai e comei…isto é o meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança derramado por vós e por todos para a remissão dos pecados…fazei isto em memória de mim.

BOLETIM 17

Na Eucaristia, Jesus dá-Se a Si mesmo; entrega o seu corpo e derrama o seu sangue. Deste modo dá a totalidade da sua própria vida, manifestando a fonte originária deste amor: Ele é o Filho eterno que o Pai entregou por nós. 4

A Eucaristia vínculo de caridadeA unidade com Cristo, cabeça do corpo místico, que é a Igreja, é o fruto principal da Eucaristia, que assim exprime o seu significado.

O facto de os cristãos estarem divididos é um escândalo e um obstáculo à comunhão plena, pois não podemos sentar-nos à mesma mesa, a celebrar a mesma Eucaristia. Apesar de todos os progressos que se têm conseguido no diálogo ecuménico, é necessário que todos os cristãos rezem e trabalhem pela unidade visível da Igreja.

Celebrando a eucaristia afirmamos o amor de Deus que vem para salvar toda a humanidade e que con-fia à Igreja a missão de perpetuar a memória do seu amor até ao fim dos tempos. É essa comunidade, que depois de receber a força do Espírito Santo, é enviada a ser testemunha do ressuscitado em Jeru-salém, por toda a Judeia e Samaria e até aos confins do mundo (cf. Act 1, 8) com a garantia da presença do ressuscitado até ao fim dos tempos. (cf. Mt 28, 20)

Esta dimensão da universalidade da salvação, do amor de Deus por todos e em especial pelos que são postos às margens da sociedade não foi facil-mente compreendida pelos primeiros discípulos. Registamos os conflitos que houve entre a comuni-dade de origem judaica e a de origem pagã (Act 15, 1-34) e a polémica entre Pedro e Paulo em Antio-quia (Gl 2, 11-14) e ainda os abusos na comunidade de Corinto (1 Cor 11, 11-34) e a aceção de pessoas que se fazia nas assembleias litúrgicas, denunciava na carta de Tiago (Tg 2, 1-4).

A Eucaristia fundamenta e aperfeiçoa a missão ad gentes.Da Eucaristia nasce para todo o cristão o dever de colaborar na missão da Igreja. A atividade missioná-ria, de facto, “pela palavra da pregação e pela celebra-ção dos sacramentos, de que a eucaristia é o centro e a máxima expressão torna presente a Cristo, autor da salvação”. (AG 9)

4 Bento XVI, Sacramento da Caridade, 7.

No final da Eucaristia somos enviados em missão para vivermos no dia a dia o que celebramos no sa-cramento da caridade. Como Cristo se dá totalmen-te por nós, somos enviados a viver numa atitude de serviço e de entrega aos irmãos. É significativo que no evangelho de João, na última ceia, seja apresen-tado o gesto simbólico do lava-pés de Jesus aos seus discípulos …se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos ou-tros. Na verdade, dei-vos o exemplo para que, assim como Eu vos fiz, vós façais também. (Jo 13, 1-17)

A celebração da Eucaristia implica um compromisso por um mundo mais justo e fraterno, a luta pela justiça e pela paz, pela defesa dos direitos de todas as pessoas para que todos se sintam irmãos e filhos e filhas do mesmo Pai e se possam sentar à mesa do Reino. A eucaristia é já uma antecipação do ban-quete do fim dos tempos, onde Deus será tudo em todos. Entretanto, aguardamos em jubilosa esperan-ça a última vinda de Cristo Salvador, empenhados na construção da civilização do amor.

Pergunta para reflexão: A Eucaristia é também um dom para a missão. Têm os fiéis consciência de que o sacramento da Eucaristia leva à missão, que eles mesmos têm de realizar no mundo segundo o próprio estado de vida?

* Missionário do Verbo Divino

BOLETIM 18

Pastoral

P.E LUíS MIGUEL FIGUEIREDO RODRIGUES

O termo «pastoral» remete-nos, no seu signi-ficado mais profundo, para a ação realizada por Jesus Cristo, o Bom Pastor. A Igreja,

sacramento de Cristo, continua no tempo e na his-tória, a realizar as ações que Cristo Bom Pastor lhe confiou: «Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que estarei sempre convosco até ao fim dos tempos» (Mt 28, 19-20).

A incumbência desta missão confiada por Cristo recai sobre a Igreja, Povo de Deus, constituída por todos os batizados. É em razão do Batismo, e por ele, que somos configurados com Cristo Bom Pastor, sendo n’Ele «Sacerdotes», «Profetas» e «Reis». Logo, é o compromisso batismal que nos convoca à missão eclesial, ao compromisso apostólico/pastoral.

Mas então qual é a finalidade da pastoral? É o Senhor que o diz: «fazei discípulos de todos os povos». Ou seja, toda e qualquer ação da Igreja, qualquer ação pastoral, visa fazer discípulos de Jesus Cristo. Tudo o que a Igreja realiza, se quer ser fiel ao Seu fundador, tem de estar ao serviço deste seguimento de Cristo. Quer na convocatória daquelas pessoas que estão mais afastadas, quer ajudando aqueles que já estão inseridos na comunidade eclesial a crescerem no amor a Jesus Cristo e a viverem a vida cristã com prazer, ou seja, com graça e deixando-se moldar pela Graça de Deus. A Igreja tem de ser o «espaço» onde se faz continuamente a experiência de Deus.

Cristo é um só, pelo que todas as ações da Igreja devem ter como referência última, ou se calhar pri-meira, Jesus Cristo: Sacerdote, Profeta e Rei. A Igreja tem ações litúrgicas e sacramentais; tem ações de

anúncio profético e de catecumenado; tem ações sociocaritativas e de testemunho do Reino no meio do mundo. Mas tudo está articulado e se percebe a partir de Cristo, Aquele que nos chama pelo nosso nome, a segui-lo de uma forma muito concreta.

Assim, se todas as ações eclesiais, apesar de dife-rentes se unificam em torno de Cristo, também os cristãos, na sua diversidade de carismas, vocações e missões se sentem um só, porque participam e cooperam com o Corpo Místico de Cristo.

Não faz sentido perguntar qual é a missão mais im-portante! A vocação mais importante é a de sermos chamados a ser filhos de Deus, em Jesus Cristo, que se concretiza depois na nossa vocação específica. É estando bem unidos a Cristo, como Seus filhos, como batizados, que realizamos a missão que Cristo, pela Igreja, nos pede e nos confia.

É daqui que emerge o grande prazer de colaborar na missão da Igreja, na pastoral. Primeiro, porque es-tamos a fazer aquilo que o nosso Pai nos pede e nos dá as graças para o realizarmos. Segundo, porque é muito bom e dá imenso prazer estar nas coisas de Deus e com Deus, cumprindo a Sua vontade. E qual é a sua vontade? «Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, que quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verda-de» (1Tm 2, 3-4).

Secção OPINIãO

BOLETIM 19

Secção PONTES dOS ArCIPrESTAdOS

CABECEIRAS DE BASTO

dia arciprestal do catequista

No centro catequético de Refojos, realizou-se no passado dia 14 de maio, o dia arciprestal do ca-tequista do arciprestado de Cabeceiras de Basto,

um encontro festivo e de reflexão que contou com a participação de dezenas de catequistas, oriundos das dezassete paróquias deste arciprestado.

O principal objetivo deste dia arciprestal passou por reafirmar a importância da Palavra, interiorizando conceitos práticos dessa mesma Palavra, como for-ma de os intervenientes da educação na fé católica saberem, cada vez mais, desempenhar o seu papel na comunidade pastoral em que estão inseridos.

Os destaques deste encontro reflexivo passam por uma palestra, subordinada ao tema "Viver a Pala-vra" e presidida pelo convidado especial dr. António Galvão, e pelos ateliês para rezar através da lectio divina. Um lanche convívio entre todos os partici-pantes antecipou a Eucaristia que foi celebrada no mosteiro da vila de Refojos e que encerrou o dia.

ESPOSENDE

Encontro arciprestal de fim de ano

Os catequistas do arciprestado de Esposende encontraram-se no Monte da Senhora da Guia, em Belinho, para assinalar o encerra-

mento do ano catequético. Foi no dia 16 de julho que, logo de manhã, junto à fonte de S. João Batista, o arcipreste de Esposende, P.e Armindo Abreu, fez o acolhimento dos catequistas e agradeceu o contributo dado por todos no âmbito da pastoral paroquial, ao longo do ano pastoral e apelou a que todos continuassem a dar a melhor colaboração.

Imediatamente a seguir ao acolhimento os ca-tequistas viveram um momento de lectio divina,

BOLETIM 20

Secção PONTES dOS ArCIPrESTAdOS

orientado pelo assistente da equipa arciprestal, p.e Manuel Rocha, a partir do Evangelho do dia, de uma reflexão de São Leão Magno e do Salmo 34. Termi-nada a lectio divina foram criados oito pequenos grupos, de acordo com as unidades pastorais, por forma a que pudesse ser levada a cabo a realiza-ção de uma atividade – que consistia em ler uma parábola em grupo e apresentar posteriormente ao grande grupo através de gestos/mímica, de modo que os outros grupos pudessem fazer sua identifica-ção. Foi um momento diferente em que um grupo de catequista apresentava de uma forma muito criativa e expressiva a “sua” parábola, enquanto os outros estavam muito atentos na tentativa de a identificar.

No final da manhã, junto à capela, foi recitado o terço com a participação ativa dos grupos paroquiais. De realçar que a meditação escolhida teve em conside-ração o dia litúrgico de Nossa Senhora do Carmo.

O encontro terminou com o almoço partilhado entre todos os catequistas presentes; um momento de convívio e de diversão assinalável.

Como já começa a ser hábito, desde o mês de novembro de 2010, que um pequeno grupo de coordenadores da catequese de algumas

paróquias fafenses se tem vindo a reunir, na pri-meira terça-feira de cada mês, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Fafe. O entusiasmo tem sido grande, pelo que os diferentes participantes não pretendem, de forma alguma, suspender esses encontros e fazem questão de os partilhar.

Assim, no passado dia 7 de junho, foi possível levar a efeito um desses encontros. Para isso foram convidados todos os catequistas para a realiza-ção de um momento de oração conjunta, em que coordenadora diocesana, Rosa Pires, depois das habituais palavras de acolhimento, convidou a rezar num ambiente harmonioso e previamente asseado, percorrendo, passo a passo, o trajeto da lectio divina

FAFE

Encontros de oração

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(leitura, meditação, oração e contemplação). Os catequistas presentes afirmaram que nunca tinham participado nesta forma de rezar, pelo que espe-ram que o mesmo não tenha sido o último. Dado o momento de oração, escuta da palavra, silêncio ou reflexão e partilha; com cânticos de alegria que foi intensamente vivido, no final, toda a gente agrade-ceu aquele momento vivido.

PóVOA DE LANHOSO

Crisma

Com a ajuda da equipa de catequese arciprestal, na preparação da celebração, o arciprestado da Póvoa de Lanhoso recebeu, no dia 26 de

junho, D. Jorge Ortiga, arcebispo primaz de Braga, para administrar o sacramento da Confirmação – o Crisma – a mais de 200 adolescentes e jovens do arciprestado. O salão paroquial da Póvoa de Lanhoso foi o local escolhido para a cerimónia, um espaço que acabaria por se tornar pequeno para acolher as centenas de pessoas que marcaram presença naquele ato, em que

os 204 adolescentes e jovens receberam o sacramento da Confirmação e renovaram a sua fé.

“Que vivam a cerimónia com muito entusiasmo e alegria de entregar a vida a Cristo e à Igreja”, pediu D. Jorge Ortiga, no início da cerimónia. Referindo que o cristão deve dar o seu contributo para que a Igreja seja o que tem de ser, o arcebispo primaz de Braga deixou três desafios aos jovens crismandos: frequentar a igreja; ter comportamentos de cristão e

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empenhar-se na Igreja – trabalhando na Igreja e na paróquia –, como um membro vivo e responsável da comunidade paroquial. Ou seja, “o importante do Crisma está para começar. O importante dos 10 anos de catequese está para acontecer. Está nas vossas mãos e que o dia de hoje seja para cada um de vós um dia de alegre compromisso com Cristo e com a Igreja”.

Terminada a transmissão da mensagem do senhor arcebispo os jovens crismandos renovaram o seu compromisso de fé, através das palavras do batismo. Depois, acompanhados dos seus padrinhos, recebe-ram o sacramento da Confirmação.

Secção PONTES dOS ArCIPrESTAdOS

O arciprestado de Vila do Conde/Póvoa de Varzim realizou, no passado dia 16 de julho, o dia arciprestal do catequista, tendo como

principal objetivo proporcionar aos catequistas daquele espaço arquidiocesano bracarense um dia de reflexão, partilha e convívio. O encontro, subordi-nado ao tema “Catequista, rosto e porta-voz da Fé da Igreja”, permitiu que os cerca de 160 participantes aprofundasse o ser Igreja, partilhando a sua fé. Este encontro, que decorreu na paróquia de S. Pedro de Rates, ao longo de todo o dia, terminou com a celebração da Eucaristia, momento de louvor e ação de graças, por todo o ano catequético, fez-se de reflexão – durante a manhã houve oportunidade de refletir sobre a importância da formação no ser

VILA DO CONDE/PóVOA DE VARZIM

dia arciprestal do catequistacatequista, tema orientado pelo coordenador dio-cesano dos serviços de formação, Nuno Pires – e de aprendizagem – da parte de tarde, e após o almoço partilhado, os participantes dividiram-se em ateliês, onde se “viveu” um encontro com a Palavra de Deus.

Foi um dia de crescimento para todos, que levou muitos a expressarem-se pela necessidade de viver mais momentos como este. E foi, ainda, o culminar de um trabalho realizado ao longo do ano catequé-tico, com o objetivo de criar um verdadeiro espírito de comunhão entre os catequistas do arciprestado, onde se destacam os encontros “descentralizados” para rezar a Palavra lectio divina, realizados em fevereiro e março.

Encontros lectio divina

Os encontros de lectio divina do arciprestado de Vila do Conde/Póvoa de Varzim tive-ram lugar em três zonas do arciprestado:

Aguçadoura, Balasar e Caxinas e decorreram nos passados dias 5 e 19 de fevereiro e 5 de março. Estes encontros, nos quais participaram 250 catequistas – o desdobramento permitiu uma maior participação de todos dada a proximidade às suas paróquias e o facto de ser possível a opção por qualquer uma das datas referidas –, tiveram a orientação de dois sacerdotes do

Departamento de Animação Bíblica da Pastoral – p.e João Alberto e p.e Hermenegildo Faria – que, além de explicarem como fazer lectio divina, partilharam com os catequistas uma experiência de oração da Palavra de Deus. E, assim, foi possível aos catequistas presen-tes não só conhecerem os princípios orientadores da lectio divina, mas também vivenciarem e partilharem desta experiência. O ambiente sentido foi de franco interesse, partilha e convívio, ficando em aberto a vontade de novas vivências.

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Num triénio dedicado pela arquidiocese de Braga à Palavra de Deus, e procurando concretizar um dos objetivos propostos pelo

Departamento Arquidiocesano de Catequese (DAC), que, no último ano pastoral, passava pela aposta na prática da lectio divina nos diversos âmbitos catequéticos, a equipa arciprestal de V. N. Famalicão (ECA) disponibilizou-se para visitar os catequistas das diferentes comunidades do arciprestado, me-diante o convite e interesse da parte dos mesmos. Nessas visitas, a oração, mais concretamente, a lectio divina, assumiu papel preponderante, para propor-cionar a todos um momento de maior intimidade e comunhão com Cristo, tão necessário, particu-larmente para aqueles que abraçam a missão de catequizar.

Assim, e depois das primeiras visitas às paróquias de Nine, Arnoso Santa Eulália e Vila das Aves, ainda em 2010, a ECA de V. N. Famalicão efetuou mais quatro visitas, tendo rezado nas mesmas com os catequis-tas de seis comunidades paroquiais. No dia 23 de março, em pleno tempo da Quaresma, os catequis-tas das paróquias da Unidade Pastoral de Cabeçu-

VILA NOVA DE FAMALICÃO

Prosseguem visitas pelas comunidades do arciprestado

dos, Esmeriz e Palmeira, reuniram-se em Cabeçudos para receber a equipa arciprestal.

Por sua vez, no dia 2 de maio a visita foi feita à paró-quia de Vilarinho das Cambas. Ainda no mês de maio foram visitadas as paróquias de Requião, no dia 20, e de Mogege, no dia 27. Na maioria dos casos o texto bíblico escolhido para a lectio divina foi aquele que respeitava ao Evangelho do domingo seguinte. Deste modo, os catequistas presentes tiveram oportunidade de escutar e acolher a Palavra de Deus, meditando, refletindo e rezando a partir da mesma, que, ao mesmo tempo, lança o inquietante desafio de moldar as ações e atitudes de todos os dias e de cada um e ajuda o catequista a descobrir e/ou redescobrir a vocação de anunciador da Palavra a que foi chamado e a maravilhosa missão que abraçou no seio da Igreja de Jesus Cristo! Para além de momentos únicos de rica e profunda partilha que estes encontros em torno da lectio divina proporcionaram, foi também possível estreitar os laços entre todos, nomeadamente entre a ECA e os catequistas das referidas comunidades, que puderam também colocar dúvidas, partilhar inquieta-ções e apontar sugestões.

Luz

última página

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impressão: empresa do diário do minho lda.

Há uma luz; uma claridade dentrode cada homem. Escondidas no caminhoque vai ao encontro do que tem que sertrabalho de revelação. O Espírito desceu

num aroma de entrega. E iluminouo desejo da redenção. Há uma luz

uma claridade dentro de cada umde nós. Descubramos as portasdo silêncio. E escutemos: o compromisso?A nossa missão. Seremos o que temos

que ser. O Espírito Santo(na sua vinda junto dos homens) fez-seentrega. Abramos nossos olhares

para Cristo. E contemplemos: a nossa liberdadea nossa memória; é tudo o que temospara além dos nosso medos. Ir e fazerdiscípulos nos tempos que correm?

É só olhar a luz e a claridadedentro de cada um de nós. E imitarem novos gestos; novos atos de entrega.