Boletim CNM 2014 Edição 10 Anos

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Boletim Informativo Clube Niteroiense de Montanhismo Ano X - Edição Especial - 10 anos Niterói, novembro de 2014

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Boletim InformativoClube Niteroiense de MontanhismoAno X - Edição Especial - 10 anos

Niterói, novembro de 2014

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2 Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo Edição Especial - 10 anos!

Olá Pessoal!

Sempre pratiquei montanhismo. Mas foi depois que comecei a escalar que tive conhecimento do que é esse movimento no Rio de Janeiro. A dinâmica dos clubes, a história, as conquistas, enfim, tudo que faz o montanhismo ser mais que um es-porte, uns até o adjetivam de “estilo de vida”.

O fato é que quando descobri que exis-tia um clube em Niterói, não pensei duas vezes... Apareci na reunião social e aos poucos fui me enturmando. A receptivi-dade foi ótima. Digna de família! Estive tão à vontade, que passados dois anos e oito meses me tornei presidente. Mas, na verdade, o que eu mais quero é poder dar continuidade ao trabalho que foi semeado a uma década atrás...

Respeito e admiro muito as pessoas que um dia sonharam e não fecharam os olhos para aproveitar melhor o sonho... Pelo contrário, abriram bem os olhos e realizaram a tarefa de consolidar esse sonho! Há 10 anos era fundado o Clube Niteroiense de Montanhismo!

Assumi a difícil missão de tentar con-tar essa história. Buscar fatos, relatos, opiniões, etc. Nunca havia feito nada pa-recido. E longe de achar que foi comple-to... Faltou muito. Dediquei o tempo que pude e se não ficou melhor, não foi por falta de vontade... Espero que gostem e que esse trabalho sirva de inspiração para outros que virão.

Obrigado à todos que colaboraram!

Deixo aqui meus sinceros agradeci-mentos e vida longa à família CNM!!!

MENSAGENS

A difícil missão de contar... Por Leandro do Carmo

O CNM me deu amigos, grandes ami-gos, desses que você sente falta, e curte à beça quando reencontra, e relembra das zoações, das discussões, dos perrengues, das conquistas. São pessoas que fazem você se questionar, se conhecer, crescer. Levo com carinho cada um no coração. Espero encontrá-los em breve.

Uma década...Difícil resumir em pala-vras o que isso representa. Muito ou pou-co tempo? Muitas ou poucas atividades?

Amigos, viagens e laços infinitos for-mados.

Será que é possível mensurar o quanto de sentimentos passou em cada um dos membros do clube durante esse tempo? Medos e alegrias, fobias e conquistas, frios e calores, cansaços e satisfações, desavenças e amizades. Porém o número dessas últimas são infinitamente superio-res. E verdadeiras, além de longas.

Sentimentos comuns, porém únicos em cada um que escreveu seu nome na história do clube.

Creio que foi uma década na qual fo-mos e nos sentimos mais humanos, em todos os aspectos que essa palavra repre-senta: seja nas sensações físicas, sen-tidas pelo corpo exposto à força da natu-reza , ou nos sentimentos internos que cada um de nós sentimos ao estarmos na montanha (ou também sobre a bike, so-breo caiaque, enfim...).

Em 10 anos conheci pessoas (e con-tinuo conhecendo), diversas delas e das mais variadas origens, que me tornaram melhor, não apenas tecnicamente, mas sobretudo pessoas que me mostraram ca-

Gustavo Muniz

Alan Marra

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minhos, trilhas talvez.

Certas ou incertas? Por hora, não sei...Apenas continuo caminhando montanha acima com meus amigos, novos ou con-quistados há uma década atrás.

Nunca acreditei em clubes, até por isso não tinha feito parte de nenhum. O formato metódico e com gente afoita e suas bandeiras nos cumes mais que gas-tos do Brasil me faziam pensar o quanto estávamos longe dos “Master of Stone” de Yosemite.

Quando morava no Rio de Janeiro, fui voluntario na Floresta da Tijuca e vivia nos blocos do Grajaú, isso até surgir o convite de Fernando Barroso para conhe-cer a iniciativa de fundar algo novo em Niterói. Já haviam alguns ensaios na lis-ta da FEMERJ, mas não tinha dado muita atenção. Seria um clube diferente, com pessoas novas e com ideias novas. Sem frescuras, sedes, brasões e bandeiras. A ideia que prevalecia era escalar, caminhar e escalar ainda mais. Comprei a ideia de cara (Mordi a língua, existem bons clubes.rs).

Alan, Gustavo, Alex, Jerônimo, Lean-dro e sabe lá mais quantos personagens eu conheci e aprendi a admirar nos anos que passei atravessando a ponte. Estes caras faziam o máximo para garantir que todos os estilos (Boulder, esportiva, tradi-cional, alta montanha e trekking) se unis-sem em prol de um único ideal: “Monta-nhismo”.

Palestras, cursos, aparições na mídia, site e todas as ferramentas que tínhamos foram usadas para arrebanhar os espor-tistas de Niterói a se juntar ao clube.

Gostaria de ter contribuído com mais

tempo, escalado um pouco mais com o clube, mas fui trabalhar em outras fron-teiras e deixei o Rio de Janeiro. Levo o nome do clube para as prosas de mon-tanha e defendo o CNM todas as vezes que o assunto acaba em: “clube é coisa de quem não escala e só conta história”. Tenho orgulho de dizer que fiz parte do CNM, e que foi fundado por escaladores e feito para montanhistas. Parabéns CNM por seu aniversário de 10 anos e suas conquistas. “Comemorar os 10 anos do CNM é uma honra!

A 10 anos o CNM vem cumprindo cada vez mais seu papel na boa prática do montanhismo, na disseminação do mini-mo impacto em ambientes naturais e na união dos amantes da natureza.

Foi um prazer ter participado do Clube, como Presidente e Membro, hoje um pou-co afastado, mas sempre acompanhando! Desejo muito que o clube evolua e agre-gue cada vez mais, pela amizade, pela conservação, pela informação, pelo futuro do Montanhismo.

À atual Diretoria e membros do CNM, meu parabéns por continuarem nos tra-balhos e se empenharem para que o CNM seja o que é e continue existindo, princi-palmente, em nossos corações!”

Conheci vários parceiros de escalada e trilhas dentro do clube. Alguns tornaram--se grandes amigos.

Nas atividades do clube, percebo que o objetivo delas não é apenas o chegar ao destino, o trajeto torna-se também mui-to importante. Nelas vivencio liderança, companherismo, aprendizados entre ou-tras facetas do viver em grupo.

Léo Nobre Porto

Atila Barros

Eny Hertz

MENSAGNS

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Quando me mudei para Niterói (2004) fui logo procurar companheiros de escala-da pois estava no gás total. Acabei encon-trando pessoas que se reuniam no muro de escalada da Tio Sam e que levantavam a bandeira do Clube Niteroiense de Mon-tanhismo.

Rapidamente me interessei e comecei a escalar com Gustavo, Marcus, Leandro Pestana, Jerônimo e outros amigos. Para minha surpresa, o CNM estava nascen-do e então tive a oportunidade de estar no parto, na assembleia de fundação na AFEA no fim de 2004.

Diante de uma organização sem fins lucrativos e com o intuito de reunir aman-tes do montanhismo, logo me dispus a ajudar de alguma forma pois o clube é feito dessas pequenas ajudas voluntárias de seus membros.

Foi com imenso prazer que participei do curso de formação de guias, da dire-toria e da criação do site do CNM, o qual exigiu mais suor e determinação do que a chaminé da Secundo. Pena que não pude dar seguimento na segunda versão do site, mas espero ter contribuído de algum forma com aquilo que um dia foi a única forma de marcarmos atividades e regis-trarmos fotos e relatórios.

Vale lembrar que clubes do Rio se ins-piraram em nosso site em virtude dessa dinâmica e até me propuseram fazer algo parecido para eles. Mas o tempo realmen-te vai ficando escasso ao mesmo tempo que as amizades vão se fortalecendo, fa-zendo do reencontro um momento muito especial.

Nesses 10 anos de CNM, quero deixar meus sinceros parabéns a todos que pas-saram e estão passando pelo clube. Que

Carlos Penedo este espírito de montanhismo voluntário se fortifique ainda mais em nosso clube e que as próximas gerações possam man-ter a chama acesa, a corda retesada, a agarra pinçada, o nó bem feito e a trilha trilhada!”

Estive na reunião de fundação, nas discussões inicias, e em muitas ativida-des e viagens do CNM ao longos destes 10 anos.

Por 02 anos também tive o privilégio de presidir o clube, foi uma experiência fantástica.

Recentemente não estou mais tão fisi-camente presente no clube, infelizmente a correria do dia-a-dia e uma mudança de endereço para o outro lado da Baía me afastou um pouco das reuniões. Mas con-tinuo como o mesmo carinho pela insti-tuição.

Guardo com muita alegria a memória dos 10anos de existência do clube.

Fiz muitos e grandes amigos neste período. Participei e guiei atividades fan-tásticas, sempre regadas a sour e bom humor.

Torço para que o clube continue uma casa onde se aprende a montanhar com respeito, consciência e segurança, mas acima de tudo, onde se inicie e se mante-nha amizades!

Que venham mais 100 anos!!!

MENSAGNS

Leandro Pestana

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HISTÓRIA

10 anos de históriaPor Leandro do Carmo

E foi assim que tudo começou...

Lista da FEMERJ - Mensagem #7867 – Clube em NiteróiAlexandre Berner – 4 de março de 2003

Olá pessoal,

existe clube de montanhismo em Niterói? Caso positivo, por favor indiquem tel, endereço e horário dos encontros.

Grato.

A Berner

Após ser questionado na lista de e-mails da FEMERJ, sobre a existência de um clube de montanhismo em Niterói, houve uma grande mobilização. Muita troca de e-mail, conversas, ligações, até que por iniciativa do Gustavo Muniz e do Alan Marra, ambos de Niterói, eles resolveram se organizar e marcar a primeira reunião. Já estava escrito... Dentro de mais alguns dias nasceria o CNM – Clube Niteroiense de Montanhismo.

Três dias após a iluminada mensagem, uma lista de e-mails foi criada. Já dava para sentir a força. Num primeiro momento, foi chamada de CENIT, uma abreviatura de CENTRO EXCUSIONISTA NITEROIENSE. Houve inicialmente uma discussão sobre ser um clube excursionista, abrangendo mais atividades, ou um clube montanhismo. Pre-valeceu o Montanhismo, pois à época, achava-se que o termo excursionista já estaria em desuso, tanto que alguns dias depois, o nome da lista passou a ser aquela que co-nhecemos até hoje: CNM-Lista. O nome se concretizou mesmo antes da primeira gran-de reunião. Estava batizado, de maneira provisória, o segundo clube de montanhismo da cidade, nascia o Clube Niteroiense de Montanhismo.

Não bastava só vontade, era preciso colaboração e dedicação. A lista estava aber-ta, muitas pessoas foram entrando. Foi necessária muita conversa até que a primeira reunião oficial fosse marcada. Com a ajuda do Alex Figueiredo, então administrador do Parque Estadual da Serra da Tiririca – PESET, conseguiu-se marcar a reunião para o dia 26/03/2003, na sede AFEA, em Itacoatiara.

Antes mesmo dessa primeira reunião acontecer, já se era discutido quais ações se-riam tomadas. Havia grande interesse em assumir dois GT’s que a FEMERJ tocava: o GT Serra da Tiririca, coordenado pelo Andrei Helayel; e o GT Rio Interior, coordenado pelo Flávio Wasniewski.

Muitas pessoas se dedicaram a esse começo, mas pode-se destacar duas: o Gusta-vo Muniz e o Alan Marra. A FEMERJ, principalmente na figura do Bernado Collares, con-tribuiu absurdamente com a criação do clube, participando de diversas reuniões, aju-dando na confecção do estatuto, incentivando e divulgando as ações proposta aqui em Niterói. Muitos membros de outros clubes, escaladores independentes e montanhistas

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apaixonados pelo esporte, abraçaram a causa e participaram da primeira reunião. E essa era a ideia: unir as pessoas. A criação do CNM foi um caso a parte, totalmente diferente da história dos clubes do Rio de Janeiro. Segundo Gustavo Muniz, “o clube começou de forma diferente à dos outros clubes: não foi um grupo de amigos que se reuniu para fundá-lo, as pessoas se tornaram amigas com a vontade de criar o clube”.

ATA DA 1ª REUNIÃO ORDINÁRIA CLUBE NITEROIENSE DE MONTANHISMO

Aos vinte e seis dias do mês de março do ano de dois mil e três, às 19:00, na AFEA, à Rua das Rosas, 24 – Itacoatiara - Niterói. Alan Marra coordenou a reunião, secreta-riada por Nise Caldas Muniz na qual estavam presentes:

Alex Faria de Figueiredo, Aline K. Sauerbronn, Ana Rosa Fortes, Andrei Helayel Maia, Anderson C. Martins, Atila Barros da Silva, Bernardo Collares Arantes, Bernardo Sacic, Cássio Garcez, Dave Macknight, Fernando Viana Barroso, Frederico Yasuo No-ritomi, Guilherme Quacchia Miranda, Gustavo Muniz, Jerônimo Quintes dos Santos, José Carlos de Souza Falcão, Juliana de Oliveira Renna, Juratan Câmara, Leandro B. Borré, Leandro Pestana de Souza, Marcelo Ambrosio Ferrassoli, Márvio Elysio T. de Mello, Maurício Mota, Philipe Campello C. B. da Silva, Renata Fabiana Barros dos Anjos, Renato Luiz de Castro Jesus, Rodrigo Luiz da Fonseca, Solange Dias, Thais Quacchia Miranda.

Iniciando os trabalhos do dia:

1) Direção do Clube: Foi decidido formar uma comissão para coordenar a atividades do Clube durante os seus quatro primeiros meses de existência. Após esse período será definida uma nova diretoria ou a manutenção da mesma. Fazem parte desta comissão: Alan Marra, Alex Figueiredo, Andrei Helayel, Dave Macknight, Gustavo Muniz e Solange Dias;

2) Definição do Nome do Clube: Duas opções para o nome do Clube foram analisa-das: Clube Niteroiense de Montanhismo e Centro Excursionista Niteroiense. Por vota-ção foi escolhido o primeiro nome: Clube Niteroiense de Montanhismo;

3) Estatuto do Clube: O Bernardo Collares Arantes irá montar uma proposta de es-tatuto para o Clube, com base nos modelos de alguns clubes já existentes. O assunto será discutido na próxima reunião;

4) Abertura de Temporada: Foi decidido que o Clube irá participar da Abertura de Temporada. O Alan Marra manterá contato com os organizadores do evento. Decisões relativas à divulgação e gincana serão tomadas na próxima reunião;

5) Logo: O Átila Barros da Silva irá montar propostas de logo para o Clube e o Ricar-do Barcellos também. Ambos precisam de fotos para servir de modelo. Se o logo não for definido até a próxima reunião, será estampada na camisa da Abertura de Tempo-rada apenas o nome do Clube;

6) Primeira Atividade: A primeira atividade do Clube será a subida ao Alto Mourão

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por caminhos distintos, trilhas ou vias de escalada. O objetivo será a reunião de todos no topo para uma confraternização pela criação do clube. Dia 13 de abril de 2003 (do-mingo), às 8h. O ponto de encontro será na entrada do Parque Estadual da Serra da Tiririca em Itacoatiara. Obs.: A trilha Bananal X Alto Mourão não será utilizada;

7) Preocupação Ambiental: Foi discutida a necessidade do fechamento da trilha Bananal X Alto Mourão. O assunto é polêmico e será tratado de forma mais efetiva posteriormente;

8) Próxima Reunião: A próxima reunião será realizada no dia 16 de abril (quarta-fei-ra), das 18:30 às 21:00 no SESC, localizado na Rua Padre Anchieta, 56,Centro, Niterói.

Nada mais havendo a se tratar, Alan Marra deu por encerrada a reunião. Eu, Nise Caldas Muniz, lavrei a presente ata que vai por mim datada e assinada.

Os caminhos estavam traçados... Algumas tarefas haviam sido definidas, entre elas, a realização da primeira atividade que seria a subida ao Mourão pelas diversas vias de escalada e por trilha. Essa atividade havia sido marcada para o dia 13 de abril, um domingo. Mas não deu para esperar... O Jerônimo Quintes e o Gustavo Muniz foram mais rápidos e fizeram a Emil Mesquita alguns dias antes, dando início ao ciclo de atividades do CNM, não teve relato, mas a segunda, feita também pelo Jerônimo, foi narrada assim:

Reltório da 2ª Excursão do CNMMensagem #363

Eu havia enviado para a lista um convite para quem quisesse escalar no domingo em Niterói, duas pessoas me ligaram: o Bruno e o Leandro. Acabei marcando com o Bruno primeiro e depois o Leandro não pode ir porque não teríamos mais uma corda para irmos em três.

Marquei inicialmente de fazer com o Bruno o Paredão Itacoatiara, mas quando nós chegamos na praia, o tempo estava meio “será que vai chover”, como eu não conhecia a via e não sabia se seria possível rapelar por ela, botei uma pilha para irmos fazer o paredão Osvaldo Pereira(Santa Cruz), no Mourão. Fomos para a via, chegando na base por volta de 9:00. Nos arrumamos e entramos na via, o tempo esta uma beleza, nubla-do com uma brisa muito boa. O Bruno mandou muito bem apesar de estar sem escalar em montanha a bastante tempo como ele me disse, realizou todos o procedimentos de forma correta, e escalou bem rápido, com isso conseguimos terminar a via em exatas 3:31h. chegando no cume por volta de 12:30h, depois disso foi, relaxar, ver o visual e descer para ir para casa.

Um grande abraço a todos.

Jerônimo

Mas a atividade do dia 13 de abril, talvez tivesse um apelo muito maior. Várias pessoas foram convidadas. Rolou até uma lista para ver quem iria entrar em cada via,

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assim nenhuma ficaria congestionada. Mas o tempo não ajudou muito. Estava nublado, havia chovido no dia anterior e algumas pessoas não compareceram, mas como se diz que escalada só se desmarca na base... Abaixo o relato do Gustavo Muniz:

Relato da Atividade do dia 13/04/2003Mensagem #537

Falei com o Dave e o Alan mais cedo. Eles subiram com cerca de 10 pessoas no Costão de Itacoatiara. Parece que por volta das 11h, a galera já havia descido e saído fora. Havia uma dúvida quanto às condições das trilhas/vias por causa da chuva do dia anterior, mas parece q nem estava molhado.

Peguei a trilha Itaipuaçú-Mourão, no meio daquele matagal horrível, quase no mi-rante e apenas um pequeno trecho estava úmido. Cheguei por volta das 13h no cume. Daí fiquei aguardando o pessoal que eu sabia que estava subindo pela CEG 30 e pela Sudoeste, a Sol e a Cristiana (Cristiane?) e o Bernardo e a Fernanda, respectivamen-te. Eles foram chegando e ficamos lá no topo o tempo para todos se arrumarem e se satisfazerem com o visual. Pegamos a trilha de volta para Itaipuaçú, chegando mais ou menos às 15hs no mirante, onde o Jerônimo deu uma carona para galera voltar para Itacoatiara (valeu Jerônimo!).

Realmente a chuva fez o pessoal ficar em casa. Foi uma pena, porque o tempo abriu e fez um dia maneiríssimo. De qualquer forma, sugiro um repeteco desta nossa 1ª ati-vidade, que não saiu lá como esperávamos.

Aquele abraço,

Gustavo.

Enquanto se pensava nas atividades, o clube já se organizava para a participação na Abertura da Temporada de Montanhismo, realizada anualmente na Urca. A FEMERJ já havia aceitado a participação do CNM. Os demais clubes deram total apoio e o Guana-bara se propôs em até dividir o stand, caso não houvesse um disponível. Esse e demais assuntos foram tratados na 2ª Reunião do Clube:

Ata da 2º Reunião do Clube Niteroiense de Montanhismo, realizada em 16 de abril de 2003.

Foram tratados os seguintes assuntos: 1. Abertura de Temporada• Todas as equipes para participar da Gincana já foram fechadas com exceção do

slack-line, que ainda falta uma mulher para participar.• Diogo ficou responsável de distribuir versão final dos panfletos através da in-

ternet e cada pessoa ficou de imprimir uma parte e levar no dia da Abertura de Tem-porada. Foi levantada também a necessidade de escrever um texto para que seja divulgado no dia do evento sobre o CNM.

• Camisetas: Será entregue somente no dia do evento. Alguns já pagaram, e os

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demais pagarão no dia.

2. Guias do CNM• Depois de formado o grupo de voluntários a guia do CNM, haverá uma reunião

entre todos que será posteriormente marcada, para fazer um entrosamento e nivelar os conhecimentos.

3. Mutirão no PEST: Surgiu a idéia de um mutirão na trilha do Alto Mourão lado

Itaipuaçú, para fazer capinagem, coleta de lixo e manutenção da trilha. Alex ficou de ver a possibilidade de conseguir as mudas através do IEF. Dave tentará conseguir equi-pamentos com a Clean. A data será marcada posteriormente.

4. Fernando sugeriu adotar um histórico médico para as pessoas que se inscre-

vem no clube. A ficha será preenchida juntamente com a ficha de inscrição.

5. Sede: Dave está entrando em contato com a prefeitura para angariar um es-paço (sede) para o CNM.

6. Próxima reunião: será marcada posteriormente através da lista na internet. Nada mais havendo a se tratar, foi encerrada a reunião. Eu Fernando Barroso, assi-

nei e lavrei a presente ata que foi por mim datada e assinada.

E no dia 27 de abril de 2003, o CNM estava lá. A ATM 2013 consolidou, definitiva-mente, o clube no cenário carioca. Na gincana organizada nesse evento, o clube ficou em segundo lugar, mostrando a participação da galera. Abaixo, as palavras do Gustavo Muniz:

Mensagem #647

Parabéns a todos nós pela nossa participação na Abertura de Temporada! Começa-mos com o pé direito!

Galera da Gincana (Guilherme, Fábio, Sol, Fernando, Leandro, Léo, Átila, Juliana, Andrei, Diogo, Bruninho), vcs mandaram muito bem! De 5 provas tiramos 1 primeiro lugar, 2 segundo lugares e 1 terceiro lugar! Valeu pela raça!

Show tb nosso clube sendo anunciado no microfone a todo momento (Contei umas 5)! Houve realmente muito interesse e várias pessoas foram na nossa barraquinha, dividida com a organização, para pegar informações. Todos os folhetos de divulgação foram distribuídos e inclusive uma galera já se inscreveu!

Deu uma imensa satisfação ver todo mundo reunido e se mobilizando para fazer o clube acontecer... Bola pra frente!

Abração,

Gustavo.

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A partir daí, muita coisa aconteceu. O Clube foi amadurecendo. A participação dos outros clubes foi fundamental, tanto nas atividades, com o “empréstimo dos guias”, quanto na organização administrativa. O clube precisava se estruturar. Em 30 de abril de 2003, eram 14 integrantes e a tendência era que esse número aumentasse. Havia uma grande necessidade de se ter alguém responsável pelas atividades, principal ob-jetivo do clube, fazendo a figurado Diretor Técnico atualmente.

O site do clube entrou no ar, um grande trabalho foi feito pelo Átila Barros. A lista de e-mails do clube estava cheia de mensagens. Muita mobilização. Quanto mais gente junta, mas chance de haver divergências... Mas o clima de união logo prevaleceu e dá para resumir um pouco disso, numa mensagem que o Átila Barros enviou para lista, sob o título de “FAMÍLIA, SOMOS UMA NOVA FAMÍLIA”

Mensagem #772

Amigos conhecidos e desconhecidos, mais todos unidos por um único ideal, criar uma nova família.Este deveria ser nosso ideal, mesmo com todas as nossas formas de pensar diferentes uma das outras, não devemos nos estranhar ao longo da criação. Somos todos capazes de discernir o certo e o errado, o bem e o mal, e vejo que se esta discussão continuar, vamos acabar nos desentendendo, magoando e jogando todo nosso potencial pelo vazio do esquecimento. Temos força, talento e garra, o que mais no falta? Organização? união? Talvez as duas... Mas quem vai fazer isso tudo funcionar? A anarquia não funcionou para os Italianos e não deve funcionar entre nós também.

Aproveitando a âncora de meu amigo Gustavo, tem trabalho para todos, e não só trabalho mais a oportunidade de criarmos algo novo, algo especial, algo que possa fazer historia, e só depende de nos.

Desculpem ser um pouco emotivo no e-mail, mais estou feliz em estar fazendo parte desta nova empreitada, todos temos vidas pessoais, e por muitas vezes deixamos esta de lado para dar atenção ao amor pelo esporte, e a recompensa para este sacrifício não deve ser a desavença, o desacordo e a desordem, se um assunto simples como o nome do clube toma esta dimensão, pensem quando tivermos que tomar decisões maiores.

Não vamos enfraquecer agora, todas as idéias são boas o que precisamos é de de-mocracia em nossas decisões sejam elas qual forem. Vou continuar trabalhando no site e divulgando o Clube junto aos demais, só não gostaria que o pagamento do empenho de todos fosse o descontentamento. Não gostaria de escutar e de me questionar mais uma vez com a frase “Não participo de Clubes por causa das panelinhas” e é ser hipó-crita dizer que isso não existe, podemos mudar isso (...)

Um forte abraço a todos.

Atila Barros

Talvez esse e-mail tenha feito as pessoas pensarem... E passados os testes iniciais,

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dois meses depois, acontecia a terceira reunião. O nome do clube foi ratificado depois de uma enquete promovida no site, tendo sido escolhido por quase 80% dos votantes. A oficialização do clube era um assunto recorrente. O desejo maior, afinal de contas, precisava sair do papel. Mas o caminho era longo. Nesse meio tempo, decidiu-se por adotar o Muro da Patrícia como local para os próximos encontros.

Segue abaixo a ata da Terceira reunião:

ATA DA 3ª REUNIÃO ORDINÁRIA CLUBE NITEROIENSE DE MONTANHISMO

Aos quatorze dias do mês de maio do ano de dois mil e três, às 18:30, no SESC, à Rua Padre Anchieta, 56 – Centro – Niterói. Gustavo Muniz coordenou a reunião, secre-tariada por Renata Melon na qual estavam presentes:

Alan Marra, Alex Figueiredo, Altair Junior, Ana Paula Guimarães, Atila Barros, Ber-nardo Sacic, Clemar Martins Lessa, Diogo Ribeiro, Ezequias Ribeiro, Fábio Gomes Ma-deira, Fernando Barroso, Guilherme Bruno Coelho Gomes, Guilherme Ludtke, Isis Bo-echat, Juliana Renna, Larissa Porto Carneiro, Leandro Mendonça, Leandro Pestana de Souza, Leandro Rodrigues, Leonardo Campos, Leonardo Figueiredo Almeida, Philipe Campello, Ricardo Prado de Oliveira e Solange Dias.

Iniciando os trabalhos do dia:

1. Resultado na ATM 2003: Todos foram parabenizados pela excelente primeira participação do clube na Abertura de Temporada de Montanhismo. Tiramos o segundo lugar no resultado geral da gincana, tivemos 14 inscrições e todos os folhetos de divul-gação foram distribuídos, tamanho o interesse;

2. Nome do Clube: O nome Clube Niteroiense de Montanhismo (CNM) foi mantido;

3. Logo do Clube: O Fábio levou dois desenhos. Ficou combinado juntarmos todos para uma futura votação;

4. Sede do Clube: O Ricardo Prado e o Dave foram juntos ao Caio Martins para saber a disponibilidade de salas. Encontraram dificuldade devido principalmente à “politica-gem”. Descartamos esta possibilidade e continuamos à procura de uma sede;

5. Pontos de Informação e Inscrição / Ponto de Encontro Semanal: Foi combinado que o Muro da Patrícia servirá temporariamente como ponto de encontro semanal. Todas às quartas-feiras, a partir do dia 21 de maio de 2003, faremos lá nossa reunião social, no horário de 19:00 às 22:30, enquanto não tivermos uma sede fixa. O muro fica na Tio Sam, localizado na Rua Miguel de Frias, 123 – Cobertura – Icaraí – Niterói. As pessoas interessadas em ingressar no clube ou obter maiores informações deverão comparecer nestes nossos encontros;

6. Doações: O Fernando Barroso se incumbiu de guardar os equipamentos doados. Será organizada a primeira festa do CNM para arrecadar fundos. O Altair, a Juliana Renna, a Nise Caldas Muniz e a Renata Melon ficarão responsáveis pela organização;

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7. Departamento Técnico: O Fernando Barroso e o Alan Marra foram apresentados como responsáveis pelo DT. Foi decidido não utilizarmos prancheta online para não tirarmos a oportunidade das pessoas comparecerem nas nossas reuniões sociais para marcarem as atividades. O Alan Marra ressaltou o canal aberto com clubes como o CEG e o CEC para fazermos intercâmbio de atividades. Foi promovida a programação de atividades para os dois últimos finais de semana do mês de maio com os presentes na reunião. Várias atividades foram marcadas e as atividades oficiais programadas previa-mente tiveram seus limites de pessoas quase todos preenchidos;

8. Departamento de Comunicação e Divulgação: O Atila foi apresentado como nos-so webmaster. O Diogo foi apresentado como responsável pelos textos informativos oficiais do clube. O Alan Marra ficou de ajudar o Diogo no artigo a ser enviado para a Revista Universo Vertical;

9. Mutirão trilha Itaipuaçú – Alto Mourão: O Alex Figueiredo, o Dave Macknight e o Andrei Helayel são os responsáveis pela organização. O Alex já está aguardando as mudas serem disponibilizadas pelo IEF. O Dave marcará dentro em breve com a Clean a limpeza do local;

10. Oficialização do Clube: Ficou a cargo do Gustavo Muniz os assuntos pertinentes à oficialização. Ele se informará sobre o registro do CNPJ e abertura de conta corren-te em banco. Além disso, entrará em contato com o Carrasqueira para discutir sobre estatuto.

Nada mais havendo a se tratar, Gustavo Muniz deu por encerrada a reunião. Eu, Renata Melon, lavrei a presente ata que vai por mim datada e assinada.

Niterói, 14 de maio de 2003.

Naturalmente, percebeu-se a necessidade de ter guias no clube, pois as atividades foram acontecendo. E as conversas para se criar o primeiro curso de guias se inicia-ram. Tudo certo, já se tinha até alunos inscritos, mas foi difícil conseguir organizar as turmas. Segundo Alex Figueiredo, os diversos compromissos fizeram com que as aulas não tivessem uma regularidade e o curso não foi concluído.

Um ano se passou e foi hora de comemorar. Num churrasco na casa do Alan Marra, em Várzea das Moças, o clube comemorou 1 ano de vida. Na mesma linha do ano an-terior, novamente o clube participou da Abertura da Temporada de Montanhismo, tendo ficado em primeiro lugar na gincana. A preocupação por abertura de novas atividades continuou. Mas agora, com o clube tomando forma, as coisas tinham ficado diferentes. Isso implicava em mais responsabilidade. E não foi a toa que o curso de guias estava acontecendo. O Jerônimo nessa época, teve um papel importantíssimo, conduzindo algumas ações no sentido de uniformizar a questão da abertura de atividades.

Em meio a um turbillhão de acontecimentos, a assembléia de fundação foi marcada. Presidida pelo grande incentivador e então presidente da Federação de Montanhismo do Estado do Rio de Janeiro, Bernardo Collares, ela foi realizada em 20 de Novembro

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de 2004, na sede da AFEA, em Itacoatiara. Ter os nomes para compor a diretoria não foi uma tarefa difícil, pode-se dizer até que foi um processo natural. Pelo empenho, dedicação e comprometimento, a diretoria foi composta por:

Presidente - Gustavo MunizVice-Presidente - Alan MarraTesoureira - Nise CaldasDiretor Técnico - Jerônimo QuintesDiretor Social - Átila BarrosDiretor de Meio-Ambiente - Alex FigueiredoConselheiros - Fábio Madeira, Ana Paula Guimarães e Juliana RennaSuplente - Glaucia Freire

Segue a ata dessa memorável assembléia:

Ata da Assembléia Geral de Fundação do Clube Niteroiense de Montanhis-mo realizada em 20 de Novembro de 2004.

Aos 20 (vinte) dias do mês de Novembro do ano de 2004 (Dois mil e quatro), nesta

cidade de Niterói, na AFEA (Associação Fluminense de Engenheiros e Arquitetos) situ-ada à Rua das Rosas, 24, Itacoatiara, Niterói - RJ, reuniram-se os signatários da lista de presença que antecede a presente ata, Fernando Viana Barroso, Bernardo Collares Arantes, Marcus Vinicius Carrasqueira, André Ilha, Jerônimo Quintes dos Santos, Alan Renê Marra Junior, Gustavo Muniz do Carmo, Nise Caldas Muniz do Carmo, Leonardo Figueiredo Almeida, Andréa Gomes Guimarães, Carlos Frederico Penedo Rocha, Alex Faria de Figueiredo, Atila Barros da Silva, Juliana de Oliveira Renna, Elisa Lopes Var-gens, Leandro Pestana de Souza, Ricardo Prado de Oliveira, Aline de Moura Pacheco, Jefferson de Almeida, Cássio Garcez, Daniel Gama Leal, Rodrigo Cabral Mohallem, Marcus Soares Santos, Glaucia Cristina R. Freire, Ana Paula Campos Guimarães, Ryo-suta Tamura, Orlando Mohallem, Maria Fernanda V. Atarian, Maria Antonia Atarian Mohallem, Carlos Alberto Viana, Carolina Ribeiro Rodrigues, Vicente Cretlon Pereira, Claudio Salles de Almeida, Fabio Gomes Madeira, objetivando a fundação do Clube Niteroiense de Montanhismo, entidade sem fins lucrativos, com o objetivo da prática e a divulgação dos Esportes da Natureza em geral, do Montanhismo em particular, das atividades de Integração Ambiental e afins. Pelo presente, Sr. Gustavo Muniz do Carmo foi indicado o nome do Sr. Bernardo Collares Arantes para presidir a Assembléia, o que foi aceito pelos presentes, mediante aclamação. Assumindo a Presidência, o Senhor Bernardo Collares Arantes, convidou a Fernando Viana Barroso para exercer a secre-taria dos trabalhos. Isto feito, falou o Senhor presidente dos objetivos da Assembléia, quais sejam, a fundação de um Clube de Montanhismo, submetendo à Assembléia o nome da entidade como sendo Clube Niteroiense de Montanhismo, o que merecer aprovação unânime dos presentes, sendo formalmente declarado constituído o Clube Niteroiense de Montanhismo. Prosseguindo, solicitou o Senhor Presidente, dentre os presentes, que Marcus Vinícius Carrasqueira procedesse à leitura do anteprojeto dos estatutos sociais, que durante a leitura, foram feitas diversas observações e correções pelos presentes. Ao final, não havendo quem o quisesse discutir, foi o mesmo colocado em votação, resultando aprovado por unanimidade os estatutos da entidade, contido no mencionado anteprojeto, assinado pelo Presidente e Secretário da mesa diretora

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dos trabalhos e por eles rubricadas todas as suas folhas. Dando prosseguimento, já na conformidade dos estatutos aprovados, passou-se a eleição da Diretoria e Conselho Fiscal da entidade, resultando eleitos os seguintes: (..) que foram, de seguida, empos-sados. Nada mais havendo, mandou o senhor Presidente que fosse lavrada a presente ata, que vai por mim e pelo Presidente assinada.

Os trabalhos continuaram e o desejo de se ter uma sede esbarrou na questão fi-nanceira. Mas isso não fez os trabalhos pararem. Em Janeiro de 2005, o clube assumiu oficialmente o GT SERRA DA TIRIRICA. Esse GT foi criado porque o Parque na época não possuía nenhuma estrutura. Foi um trabalho voluntário, que durou cerca de 2 anos e pouco, envolvendo diversas atividades como: limpeza de trilhas, reflorestamento, plantio de diversas mudas de palmito Jussara na Enseada do Bananal, luta para o fe-chamento da trilha Bananal X Mourão. Além do CNM, diversos outros voluntários que não eram do clube, também participaram desse GT.

O Curso de Formação de Guias foi reativado, tinha como principal objetivo, formar guias voluntários, para atuar pelo CNM, sem qualquer objetivo comercial ou de obten-ção de remuneração, e que os interessados, estivessem conscientes da responsabili-dade exigida de um guia de montanhismo, e dos riscos do exercício desta atividade, segundo palavras do Jerônimo Quintes, então Diretor Técnico.

Promover as atividades de bike era uma coisa que já se fazia e foi intensificada. Talvez o CNM tenha sido o primeiro clube e oficializar as atividades de pedal, criando, mais para frente, uma diretoria técnica especificamente para a modalidade.

O ano 2005 guardava mais uma boa surpresa: a tão esperada entrada para o qua-dro da FEMERJ, coroando de vez o belo trabalho realizado. Para entrar no quadro da FEMERJ, a aprovação deveria ser feita por meio de uma assembleia extraordinária, na qual foi convocada pela aquela entidade. E como presente de aniversário de fundação, no dia 22 de novembro, na sede Centro Excursionista Rio de Janeiro, o Clube Niteroien-se de Montanhismo foi aceito, tornando-se o mais novo membro da federação.

Em 2006, as escaladas continuaram acontecendo, gente nova foi entrando. Foi co-memorado mais um ano da primeira reunião e mais uma vez garantimos presença na ATM. Um novo site foi lançado, com informações sobre o clube, programação de ati-vidades, fotos e croquis de vias de escalada na seção “Guia Digital”, “Livro de Cume”, onde se pode deixar um recado, sala de bate-papo, dentre outras novidades. O en-dereço foi: http://www.niteroiense.org.br. Muitas pessoas contribuíram, em especial ao webmaster Carlos Penedo e aos colaboradores diretos Jane Pitrowsky, Leo Nobre e Atila Barros.

Face ao constante crescimento da escalada em rocha em Niterói, novos escalado-res, novos setores de escalada, conquistas, polêmicas, regrampeações, problemas de acesso, entre outros, a comunidade de escaladores de Niterói decidiu que seria hora de debater de debater o futuro do esporte na cidade através do 1º Encontro Niteroiense de Escalada, visando o crescimento ordenado da escalada em nossa região. Nesse primei-ro encontro, foi abordado o principal problema levantado pelos escaladores de Niterói: a Ética na Escalada e o Mínimo Impacto. O CNM não podia ficar de fora. Com o apoio

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da FEMERJ o encontrou reuniu dezenas de escaladores e consolidou o Código de ética local, preparando terreno para o então Plano de Setorização do PESET.

Dois anos haviam se passado. Era hora de mais uma eleição. No dia 02/12/2006, foi eleita a nova diretoria para o biênio 2007/2008. Foi uma renovação importante para o clube. Essa nova diretoria foi composta por:

Presidente - Leo Nobre Porto; Vice-Presidente - Alan Marra; Tesoureira - Rose An-jos; Diretor Técnico - Jerônimo dos Santos; Diretor de Meio-Ambiente - Alex Figueire-do; Conselho Fiscal - Gustavo Muniz, Leandro Pestana e Patrícia Saldanha, Suplente - Nise Caldas

Algumas funcionalidades foram criadas para o novo site. A dinâmica da marcação de atividades melhorou bastante. Inclusive, serviu como parâmetro para alguns clu-bes. Abaixo, segue a quantidade de visitas no site para o primeiro semestre de 2007, divulgado pelo Carlos Penedo:

Junho – 81; Maio – 786; Abril – 650; Março – 716; Fevereiro – 645; Janeiro – 800.

• Média de visitas por mês em 2007: 735 visitas.• Numero de atividades criadas no CNM neste primeiro semestre de 2007: 92

atividades. • Em um ano (isto é, de jul/2006 a jun/2007) tivemos 7660 visitas.

As regras para pagamento de mensalidades foram definidas e aos poucos, outros assuntos administrativos foram sendo abordados. Um novo processo para filiação com um questionário foi elaborado. Agora todos os novos sócios e os antigos também, de-veriam se inscrever no site do clube, tendo assim mais controle.

Em uma reunião foram estabelecidas as competências da Diretoria Social, que ficaria responsável pela organização de churrascos e festas, encomenda e venda de camisas do clube e aluguel de espaço de propaganda no site. Ficou estabelecido também que, em 2008, o clube realizaria o primeiro CBE, além de outros assuntos. Na questão do curso de guias, o mesmo problema de sempre: um currículo grande e a dificuldade de se marcar as aulas. Algumas reuniões aconteceram, mas o problema não foi resolvido.

As atividades continuaram acontecendo e um fato marcou o clube: as reuniões sociais na casa do Alex Figueiredo. Como alternativa para evitar um esvaziamento, o Alex que passara a morar sozinho no tão famoso “Sobrado”, fez a seguinte proposta: uma vez por mês, a casa é do clube! Elas começaram em fevereiro de 2007 e foram um sucesso, a galera comprou a ideia.

Um assunto importante que não foi abordado até agora, mas que merece um desta-que importantíssimo, foram as conquistas por membros do clube. Isso até merecia um capítulo a parte! Apesar de não terem sido oficialmente conquistas do clube, porém, foram feitas por sócios que se não estivessem no clube, talvez a amizade não tivesse sido feita e, consequentemente, as conquistas não tivessem acontecido. Talvez o perí-odo 2006-2008 tenha sido o de maior número de conquistas na cidade, principalmente

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de parede. Algumas delas se tornaram as mais frequentadas. Dentre elas: Uma Mão Lava a Outra, conquistada pelo Léo Nobre e Leandro Pestana; Novos Horizontes, do Leandro Pestana, Ian Will, Bia Fernandes e Leonardo Aranha; Paredão Alan Marra, do Leandro Pestana e Mauro Mello, entre outras.

Foi em junho de 2008, que o então presidente do clube, Léo Nobre, lançou o Guia

de Escaladas de Niterói – Parque Estadual da Serra da Tiririca, fruto de um trabalho de 2 anos sobre o principal centro de escalada em rocha da cidade. O próprio Léo afirmou que se não fosse o CNM, talvez esse trabalho não tivesse sido feito. As informações eram desencontradas, faltava organização, os croquis, quando tinha, era antigos e de pouca qualidade. Ficou mais fácil encontrar as bases das vias e isso facilitou muito a divulgação da escalada na cidade. Muitas vias novas e antigas entraram definitivamen-te para o currículo básico de qualquer escalador.

Ratificando o comprometimento com assuntos que vão muito além das discutidas nas listas de e-mails, o CNM, representando a FEMERJ, entrou no Conselho Consultivo do Parque Estadual da Serra da Tiririca, conforme Portaria do IEF de nº 262 de publica-da em 26/11/2008. Isso estreitou ainda mais a relação do clube com PESET.

E para comprovar esse bom relacionamento, em novembro de 2008 foi organizado o 1º Seminário de Mínimo Impacto do Montanhismo do Parque Estadual da Serra da Tiririca. Este seminário foi uma deliberação do II Encontro de Escaladores de Niterói. Temas como a setorização das zonas de escaladas e manejo de trilhas foram discu-tidos, à luz da necessidade de harmonizar essas atividades com a conservação dos ecossistemas protegidos pelo parque. Foi um encontro importantíssimo. Nele, foi cria-do o documento que seria anexado ao plano de manejo do parque, sendo uma grande chance de materializar a visão participativa na gestão do parque.

Em dezembro de 2008, precisamente no dia 04, uma nova diretoria tomou posse para o biênio 2009/2010, foi ela:

Presidente - Leandro Pestana; Vice-presidente - Alex Figueiredo; Tesoureiro - Carlos Penedo; Diretor Técnico - Ian Will; Diretor de Meio Ambiente - João Henrique Marques.

O GT Serra da Tiririca foi reativado e os trabalhos foram reiniciados em janeiro de 2009. Dessa vez, foi comandado pelo João Henrique e pelo Alex Figueiredo, tendo o foco no manejo e limpeza de trilhas e reflorestamento. Um cronograma de atividades foi desenvolvido. Em Abril de 2009 o boletim informativo do clube foi reativado, assim como o curso de formação de guias. A participação na ATM 2009 foi mais organizada, foram levadas fotos e croquis das vias de escaladas de Niterói.

O PESET chegou a oferecer o NUPIF, que fica na trilha de acesso ao Costão. O local poderia ser usado com como sede ou base avançada, mas por questões de logística, o clube não aceitou.

Ian, então diretor técnico do clube, junto com a Eny Hertz, elaboraram o quadro de etapas de caminhada, escalada e ciclismo. O formato do curso de guias (CFG) que existia não havia emplacado. A proposta era que não fosse um modelo de curso tra-

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dicional, mas sim um quadro de avaliação, onde qualquer membro do CNM seria um candidato a guia. Ele iria preenchendo os pré-requisitos e ao final, se formava guia. Com essa nova forma de avaliação, foram formados, oficialmente, o primeiros guias de caminhada, escalada e bike do clube.

No dia 15 de agosto ocorreu a aula inaugural do 1º Curso Básico de Escalada. Isso mostrou a maturidade clube, sendo ministrado pelo próprio corpo de guias de escalada. O curso foi concluído em dezembro de 2009 e a formatura foi realizada num churrasco na casa do Alan Marra. Ainda na gestão 2009/2010, mais um curso básico de escalada foi concluído. Aconteceram, também, as primeiras atividades realizadas fora do Brasil.

Segundo o presidente Leandro Pestana, “tudo isso só foi possível porque temos uma base que veio sendo formada desde a fundação do clube”.

Com um pouco de atraso na organização da assembleia, uma nova diretoria foi elei-ta e empossada para o biênio 2011/2012, sendo ela:

Presidente: Alex Figueiredo; Vice: Eny Hertz; Tesoureiro: Leandro Collares; Secre-tário: Gustavo Muniz; Diretoria Técnica: Luiz Andrade; Diretoria de Meio Ambiente: Ary Carlos; Diretoria Social: Andrea Vivas e Ana Letícia; Diretoria de Ciclismo: Vinícius Ribeiro Conselho Fiscal: Neuza Ebecken, Alan Marra, Adriano Paz / Suplente: Thiago Campos.

O clube começou essa nova fase com a ausência de um dos grandes incentivadores, o Bernardo Collares, então presidente da FEMERJ, que faleceu enquanto escalava o Fitz Roy, na Argentina. O montanhismo brasileiro perdeu uma figura importantíssima. A comoção foi grande e aconteceram várias homenagens no Rio de Janeiro e em outros estados.

Essa nova gestão trabalhou com a intenção de uniformizar e alinhar muitos proce-dimentos do clube. A parte fiscal, que até então não havia foi trabalhada, mereceu um destaque especial. Alguns guias completaram o quadro de etapas, sendo fundamentais para manter o nível de atividades abertas pelo clube. Novamente, a questão de que tipos de atividades o clube focaria veio a tona e a questão de que, à época da fundação, não se quis utilizar o termo “excursionista” no nome, foi levantada pelo Gustavo. As atividades de bike se tornaram mais intensas e até corridas/maratonas foram marca-das na lista de e-mails.

Em 2011, foi realizado o 3º Curso Básico de Escalada. A biblioteca foi organizada com alguns livros doados pelo Alan Marra e comprados pelo Alex Figueiredo. O clube apareceu em algumas matérias de jornais como o Globo e o Fluminense. O boletim foi reativado e a partir da edição setembro/2012, passou a ser trimestral e em formato eletrônico.

Em Dezembro de 2012, foi realizada mais uma assembleia, tendo sido reconduzida a atual diretoria para o biênio 2013/2014. Em 2013, tivemos um aumento de sócios (em parte, graças ao CBE) e alcançamos o numero de 47 membros, tendo a volta de antigos membros, e a entrada de sangue novo, que é fundamental para a manutenção

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de uma entidade.

Houve também a representação do CNM junto das prefeituras de Maricá e Niterói, sobre assuntos referentes ao montanhismo, além do Conselho Consultivo do PESET, e participação da Câmara Técnica de Turismo. Participamos da Primeira Reunião do GT Montanhismo do Parque Estadual da Serra da Tiririca, na qual foram elaboradas as regras para a efetiva aplicação do Plano de Setorização de Vias de Escalada, que foi concebido no II Seminário de Mínimo Impacto do PESET.

Infelizmente, um objetivo antigo ainda não havia sido cumprido, que é a instalação de uma sede física. A instituição ainda não tem aporte financeiro para o aluguel de uma sede. Alguns membros da entidade tentaram a “sessão de uso” de um espaço para suprir tal meta, mas sem sucesso. Ainda em 2013, avançou-se, também, na questão da regularização da situação fiscal.

Na modalidade de escalada, foi organizada diversas oficinas capacitando os asso-ciados (descensão, artificial, nós básicos, orientação etc.), foram ministradas 3 turmas do Curso Básico de Escalada, formando, 09 alunos no total. O manual CBE-CNM foi atualizado e padronizou-se a avaliação dos novos associados escaladores. O clube per-maneceu com uma cadeira no conselho do Parque Estadual da Serra da Tiririca – PESET e na Câmara Técnica de Turismo do PESET. Participamos de alguns mutirões no PESET e do primeiro evento do PESET itinerante, em Itaipu.

Enfim... Muito mais coisa poderia ter sido abordada! Tenho certeza de que deixei de mencionar nomes e fatos importantes, mas não é por isso que os desmerecemos... Sei também que um dia esse trabalho será refeito e aí sim poderemos contar os mínimos detalhes de cada assunto aqui tratado. Pelo menos, o ponta pé inicial foi dado!

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FOTOS

Assembleia de Fundação - 20/11/2004

Reunião no Carioca Alan Marra - 06/2007

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REUNIÕES SOCIAIS

Fotos das Reuniões Sociais no Sobrado

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FOTOS DIVERSAS

Primeiro Encontro de Escaladores - 21/10/2006

Reunião - 29/01/2006

Mutirão PESET - 08/2005 Em algum cume - 07/2007

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ATM 2006

FOTOS DIVERSAS

ATM 2004 ATM 2005

ATM 2007

Costão - 08/2007 Paredão K2 - 09/2008

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RELATO DE ATIVIDADES

Trilhas de Ibitipoca Por Alan Marra

Data: 03/07/2004Atividade: Trilhas de IbitipocaParticipantes: Diversos

Excelente atividade, grupo unido e co-eso, caminhadas fantásticas. No 1o dia Fizemos Lombada-Janela do Céu. No 2o dia, circuito das águas. Participaram tam-bém o Édsom, Maíra, Juliani e Juliana. à noite era só festa na cidade, com o me-nor integrante do grupo dançando com cachorra... Muitas outras virão. Abc Alan

Data: 21/04/2006Atividade: Paredão K2 - CorcovadoParticipantes: Gustavo, Rose, Carlos

Penedo e Marcus

Eu e o Carlos saímos de Niterói e en-contramos no estacionamento das Painei-ras com o Marcus, a Rose e mais 2 amigos do Marcus. Seguimos para a base da via, primeiramente pegando um atalho pelo trilho do bonde e depois a estrada que leva até o Cristo. Numa das muitas curvas apareceram 2 sujeitos bem esquisitos e lembrei logo dos muitos casos de assalto que temos notícia naquelas redondezas. Ficamos um tanto apreensivos, mas gra-ças à Deus passaram apenas por nós sem problemas. Chegamos na curva à direita e pegamos a trilha à esquerda que leva à base da via, e fiquei impressionado com a quantidade de sujeira, de certo jogada pelos \’turistas\’ lá de cima.

Chegamos na base e nos pusemos a nos arrumar, apesar do pouco espaço. O visual é alucinante, pois a via já começa bem alto, e fiquei prestando atenção aos

RELATO DE ATIVIDADES

Paredão K2 - Corcovado Por Gustavo Muniz

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sons da cidade, principalmente o barulho das freiadas dos ônibus, que por incrível que pareça eram bem nítidos apesar da altura. O único que já havia feito a via era um dos amigos do Marcus, e como levei friends para proteger melhor os lances de fenda, perguntei pra ele ainda no estacio-namento quais deveria levar que pudes-sem ser úteis.

Ele começou a via com o outro amigo do Marcus, em seguida foram o Marcus e a Rose e a última cordada foi composta por mim e pelo Carlos. Na 1ª enfiada, a Rose sofreu uma queda e eu estava vindo embaixo, mas o suficiente para ela não

me atingir. Ela reclamou muito da sapati-lha, que em um pé estava furada, e che-gou a sofrer um arranhão no braço. No lance mais exposto de fenda do 1º esti-cão, coloquei um friend médio, que apa-rentemente ficou bom, mas o Carlos disse depois que tirou com tanta facilidade que fiquei com dúvidas.

Optamos por fazer a 2ª parada após a diagonal pra esquerda, após a fenda ini-cial, pois a cordada da frente fez o mesmo e precisamos dar tempo pro Marcus e a Rose avançarem de modo que as cordas não se cruzassem. Guiando após a 2ª pa-

rada, sai um pouco pra direita da linha que eles fizeram e, um pouco abaixo do gram-po, me deparei com uma aderência chata pra passar. Dei uma adrenada e olhei pra baixo, avaliando a situação, nada boa por sinal, pois a queda seria de fator 2 e pra desescalar não rolava. Respirei fundo e contornei pela esquerda num lance deli-cado, chegando no grampo com grande alívio. Depois deste acontecimento fiquei meio pilhado até chegar na 3ª parada, exatamente antes do lance do palavrão. O Marcus passou tranquilamente e ainda deixou na fendinha um nut para nossa proteção. Passei bem também, tranquilo, e não precisei xingar ninguém.

Após este lance existe um mais ex-posto, que é possível proteger em móvel também, mas decidi por não usar. Preci-sei pedir orientação à Rose, que estava mais acima, pois achei que a via poderia seguir a esquerda, quando ela subia pela fenda. O 5º esticão fizemos sem proble-mas e chegamos no cume, com as pes-soas assustadas olhando a gente chegar, por volta das 12 h. Arrumamos o material e curtimos o visual como qualquer turista alí durante algum tempo. E logicamente tiramos fotos que com certeza guarda-remos para mostrar aos nossos filhos e netos.

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RELATO DE ATIVIDADES

Travessia Petrô X Terê Por Marcus Silva Sucram

Data: 26/08/2006Participantes: Diversos

Uma grande vitória para nosso clube, ter completado essa travessia com mui-to companheirismo, amizade e princi-palmente alegria. Foi um grupo atípico, muito alegre, divertido e comprometido com a atividade. No sabado tivemos um dia maravilhoso, muito sol, paisagens deslumbrantes e podemos curtir bastante tudo que o PARNASO poderia nos propor-cionar até o paraíso, local onde fizemos nosso pouso do primeiro dia. No domin-go, pegamos um dia impraticável até para os caminhantes mais experientes em fun-ção do tempo muito fechado, molhado e ventando muitooooooo. Graças ao nosso guru (leia-se GPS), podemos ficar tran-quilos e seguir o caminho sem problemas, estavamos realmente sem visão nenhu-ma do trajeto em função do mal tempo. Conseguimos completar nosso trajeto com conforto de hora, alegres e sorriden-tes, satisfeitos por mais essa aventura realizada com exito. Valeu pessoal pela participação, pelo companheirismo, com-preensão e principalmente pela amizade que conseguimos. Abraços, Sucram

RELATO DE ATIVIDADES

Dedo de Nossa Senhora Por Alan Marra

Data: 27/05/2006Participantes: Diversos

Chegamos ao Paraídso das plantas dentro do horário previsto. No trecho de caminhada o grupo foi bem e sem ne-nhum atraso. Porém na parte do artificial e das escaladas, a inexperiência do grupo pesou e houve muito, muitos atrasos. De-terminei como horário limite para a volta 14h. Nesse horário estávamos a 1 corda-da do fim, no trecho de cabos de aço, mas o grupo estava lento demais. Determinei a volta, e chegamos à estrada já noite breve. Felizmente a decisão de voltar foi acertada, evitando trechos longos de tri-lha à noite e sem preparo. A montanha está lá, voltaremos.

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RELATO DE ATIVIDADES

Via Iemanjá Por Jerônimo Quintes

Data: 18/02/2007Participante(s): Carlos P., Patrícia Car-

doso Saldanha

Essa escalada tem seu acesso pela face leste de Pão de Açúcar, estando loca-lizada nessa mesma face tendendo para face norte e com bela vista da entrada da Bahia de Guanabara.

Eu e Patrícia estávamos de carro e pe-gamos o Carlos as 07:00h na Marques de Paraná próximo ao Corpo de bombeiros, após o que seguimos direto para Urca. Já as 07:00h o dia se anunciava bem quen-te, algo preocupante, visto que essas es-calada pega Sol durante toda manhã e boa parte da tarde.

Iniciada a caminhada, chegamos a base próximo das 09:00h, onde rapida-mente nos equipamos. Todos equipados eu iniciei a escalada guiando a primeira enfiada, formada por uma grande hori-zontal para direita, onde em seu final é preciso desescalar um lance para após chegar em P1. Como formávamos uma cordada de 3 onde somente eu conhecia a via, e mesmo assim tendo escalado ela a alguns anos, a escalada transcorria de forma lenta. Após a chegada do Carlos e da Patrícia em P1, continuei seguindo em horizontal para direita em direção ao grampo de P2, alcançado após cerca de 25m. Não parei no grampo de P2 seguin-do para o próximo grampo, de onde fiz a parada e puxei o Carlos e a Patrícia.

Seguimos escalando até P4, onde pelo avançar da hora quando já escalávamos a aproximadamente 2:00h, e o Sol já nos castigava demasiadamente, onde o Carlos chegou reclamando do calor e um pouco de dor nos pés. Como já era muito tarde, muito quente e ainda faltava aproxima-

damente 2/3 para o término da escalada, resolvi que o melhor seria descermos.

Iniciamos o rapel de P4 fazendo dois rapeis de 50m até chegar em P1, de onde escalamos de volta a primeira enfiada em horizontal.

Ao chegarmos na base, a Patrícia e o Carlos principalmente concordaram que aquela foi a decisão mais acertada, e que continuar escaladando seria um sacrifício desnecessário. Os participantes escala-ram muito bem, com ótimo desempenho técnico na execução dos procedimentos da escalada.

Atribuo o insucesso da escalada a uma falha de organização, quando marquei o encontro para escalada muito tarde, prin-cipalmente por se tratar de uma cordada de 3 pessoas onde somente uma delas conhecia a via, uma via longa, muito ex-posta ao Sol, em pleno verão do Rio de Janeiro.

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RELATO DE ATIVIDADES

Chang Wei - Costão Por Carlos Penedo

Data: 11/07/2008Participante(s): João Henrique Mar-

ques de Souza

No domingo pela manha, eu e Joao chegamos na base da nova via aberta Chang Wei para repeti-la. Para iniciar a guiada, optei por colocar um móvel no diedro da Alan Marra. Depois fui descendo numa diagonal para a esquerda e passei um cordelete numa laca para melhorar a proteção. Desci mais um pouco e cheguei na 1a. chapeleta da Chang Wei. Depois segui para a esquerda e, enganosamente, optei por descer, ficando mais próximo ao mar, e cheguei num buraco com uma fen-da no meio, a qual protegi com um mó-vel. Desse buraco, segui para a esquerda e passei por uma outra fenda, que tam-bém protegi. Continuei mais um pouco e cheguei na 2a. chapeleta, de onde puxei o Joao.

O Joao subiu para tirar o móvel do die-dro da Alan Marra e seguiu para a esquer-da. A 1a. chapeleta estava muito abaixo e ele teve que desescalar bastante, uma queda ali talvez o levasse na agua. Che-gando na chapeleta, ele teria que descer novamente para tirar o móvel que colo-quei no buraco com a fenda no meio (de-pois da 1a. chapeleta, eu poderia ter ido numa linha reta para a esquerda, ao invés de descer como fiz, isso prejudicou o par-ticipante. Fui enganado pelo croqui). Em virtude disso, falei pro Joao deixar a 1a. chapeleta costurada, descer para o móvel do buraco e depois subir novamente para tirar a costura da chapeleta. Depois de feito isso, Joao chegou a mim.

Parti então para a P2. Cheguei no die-drão da via, protegi com 3 pecas e toquei pra cima para fazer a P2 na chapeleta. Cheguei na 2a. chapeleta acima do diedro

e puxei o Joao, que ficou numa chapeleta abaixo (são bem próximas, alias).

Para chegar na P3, tem que ter um olho bom pra achar o grampo. Tive bas-tante dificuldade de acha-lo, pois subi di-reto e depois fiquei procurando de cima e não o encontrava. Ele fica acima de um mato bem denso (comparado aos matos que tem ali). Puxei o Joao e seguimos.

Assim foi ate a 6a. enfiada, quando chegamos no platô. Nesse platô tem uma boa laca que dá pra se ancorar com um friend de 3 ou 4 dedos de largura (não é necessário, mas dá um maior confor-to). Joao seguiu guiando até a P7, que fica acima de uns cristais bem brancos. E daí pra cima, eu e ele fomos revezando a guiada.

Foi uma ótima escalada. Demoramos bastante na horizontal do inicio pela difi-culdade de encontrar as chapeletas e pelo fato de ter que desescalar. Mas depois foi tranquilo. La pra cima tem muitas pedras soltas.

Bom, é isso. Valeu João.

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28 Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo Edição Especial - 10 anos!

RELATO DE ATIVIDADES

Chminé Bolha Dágua Por Carlos Penedo

Data: 25/10/2008Participante(s): João Henrique Mar-

ques de Souza

Por volta das 8:15h, iniciamos a ca-minhada, que levou cerca de 1 hora até o bico do papagaio, na floresta da tiju-ca. Como não conhecíamos a trilha, nos orientamos pelo guia da tijuca, que está com as informações bem precisas.

Ao chegarmos na pedra, preferimos fazer um rapel para chegar no grande platô e, depois, seguimos a trilha até a base da via, onde nos equipamos. Ini-ciei a guiada pela fenda de meio corpo, que é praticamente uma chaminé estrei-ta, que joga um pouco nosso corpo para fora. Após muita ralação, cheguei no 2o. grampo, de onde fiz segurança pro João e puxei as mochilas.

Na sequência, fui para o pequeno diedro que existe e achei mais difícil do que sugere o guia, principalmente por-que a parede fica empurrando a mochila, não nos deixando ficar em pé. Chegando numa árvore, fiz segurança pro João que, ao chegar em mim, continuou a escalada por baixo de uma grande pedra. Chega-mos, então, no platõ onde havíamos ter-minado o rapel.

A segunda etapa começou com uma chaminé estreita, mas muito legal por ser bem lisa e reta. Chegando no gram-po, puxei as 2 mochilas e segui pela outra pequena chaminé do papagaio. Ao chegar na parada dupla de onde fizemos o rapel inicial, fiz segurança pro João.

Depois, João iniciou a guiada pela Lili-put, uma pequena via de aderência de V grau e chegou ao primeiro grampo. Não conseguimos passar desse grampo, ficará

para uma próxima tentativa, quando esti-vermos com mais pique.

Valeu pela ralação e pelo grande visual que tivemos do bico do papagaio.

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Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo Edição Especial 10 anos 29

RELATO DE ATIVIDADES

Silvado X Espraiado Por Alfredo Castinheiras

Data: 24/05/2009Participante(s): Ana letícia souza arau-

jo, Andréa Rezende Vivas, José Eduardo Ramos França, Maria de Lourdes Souza Moreira, Thiago Campos Pereira

Como eu nunca fiz esta travessia, pedi ao amigo Ary Carlos para conduzir-nos, já que ele e o amigo Luciano procuraram e descobriram todo o trajeto, em 3 dife-rentes dias.

O ponto de Encontro foi na segunda entrada de Maricá, aonde os carros fi-caram estacionados.Tomamos o ônibus para o Silvado. Começamos a caminhar às 8h55min.

O trajeto é muito bonito e longo. No-ta-se que o Município de Maricá tem um grande potencial para turismo ecológico e montanhismo; mesmo sem grandes ele-vações.

Descemos a Serra do Espraiado, aonde tomamos ônibus, de volta ao local aonde os carros ficaram. No total, foram 8 horas e meia de atividade, considerando cami-nhada e paradas.

Data: 27/11/2010Participante(s): Diversos

A participação do CNM nesse evento foi constituída da montagem de um ponto de exposição do Clube, com fotos de ati-vidades oficiais e fotografias da escalada à Agulha Jorge Guarish, de Renato Sobral Pinto, na década de 1960; equipamentos de escalada (e conquista) e caminhada; painel com demonstração de nós; folhe-tos e adesivos do clube.

Diogo ficou encarregado de levar o material para montagem da exposição que foi deixado com ele pelo Collares na noite anterior. Alessandra Neves cedeu um painel sobre lesões nos dedos das mãos. A montagem inicial ficou por conta do Diogo, Ary, Pestana e Luiz, que repre-sentaram o clube na solenidade oficial.

No início da tarde chegou o Collares com as fotos do Sobral. Todos ajudaram a montar os painéis na parede e a receber a visitação de alunos do ensino fundamen-tal dos municípios de Maricá e Niterói. Logo depois chegaram Alex e Andréa.

O estande do clube teve frequente vi-sitação e atraiu o interesse dos visitantes.

RELATO DE ATIVIDADES

PESET 19 Anos Por Leandro Collares

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30 Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo Edição Especial - 10 anos!

RELATO DE ATIVIDADES

Paredão Sangue Bão Por Ary Carlos

Data: 02/10/2011Participante(s): Alessandra de Almeida

Neves, Glauber Carvalhosa, Igor Holzer

Fomos em 2 cordadas de 3. Enquanto uma fez a via Sangue Bão a outra foi para a Visão Oposta. Eu, Alessandra e Igor fi-zemos a sangue bão que eu ainda não ti-nha feito. A Eny, o Glauber e o Armando foram para a visão oposta.

Todos adoraram as vias e o visual lá de cima. realmente é uma escalada muito boa. A Sangue Bão está um pouco suja no início e também na saída da segunda enfiada.

Tivemos um problema com um vespei-ro grande bem no meio do caminho para a base pouco depois dos eucaliptos, pas-sei bem ao lado dele e não vi, felizmente não me picaram mas quem veio atrás não deu tanta sorte e levaram algumas pica-das das vespas principalmente a Alessan-dra que foi a mais premiada..rs. Valeu a companhia pessoal!!

Formatura do Primeiro CBECume do Cão Sentado

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Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo Edição Especial 10 anos 31

BOLETIM INFORMATIVO CNM

Alguns de nossos boletins...

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32 Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo Edição Especial - 10 anos!

EXPEDIENTE

CLUBE NITEROIENSE DE MONTANHISMOInício das Atividades em 26 de Março de 2003Fundado em 20 de Novembro de 2004Website: www.niteroiense.org.bre-mail: [email protected]: 98608-1731 (Leandro do Carmo)

Presidente: Leandro do Carmo

Vice: Vinícius Araújo

Tesoureiro: Leonardo Carmo

Diretoria Técnica - Ary Carlos

Diretoria Social - Patrícia Gregory

Diretoria Ambiental - Stephanie Maia

Conselho Fiscal

Efetivos: Adriano de Souza Abelaria Paz; Andréa Rezende Vivas; Alex Faria de Fi-gueiredo; Suplente: Denise Gonçalves do Carmo

Representante do CNM no PESETEny Hertz

Informativo Edição Especial 10 Anos: As maté-rias aqui publicadas não representam necessa-riamente a posição oficial do Clube Niteroiense de Montanhismo. Ressaltamos que o boletim é um espaço aberto a todos aqueles que queiram contribuir.

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Participe!!!

Edição e Diagramação:- Leandro do Carmo