Boletim ConfeComBS 007
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boletim semanal da Comissão Baixada Santista Pró ConfeCom
17 de agosto de 2009 - Boletim #007
por Carlos Pimentel Mendes
"Debater e definir os novos pa-
péis da Comunicação na comunidade,
em todos os níveis, seu relacionamento
com o público e com o governo, garantin-
do formas de pleno acesso de todos os
brasileiros à informação, com pluralida-
de de opiniões e transparência nos atos,
tanto por parte do Poder Público como
dos seus interlocutores, é uma questão
que interessa de perto a todos nós", afir-
mou a prefeita Marcia Rosa, ao determi-
nar que seja dado pleno apoio do
Município de Cubatão à realização das
pré-conferências de Comunicação. E a
primeira delas aconteceu nesta quarta-
feira (5/8) no mini-auditório do Paço Muni-
cipal, ficando definido novo encontro pa-
ra o dia 12, no mesmo local, às 18
horas, sendo ainda oferecido apoio para
a realização em Cubatão de uma confe-
rência regional sobre o tema.
Participaram da reunião os se-
cretários municipais de Ação de Gover-
no, Fernando Alberto Jr., e de
Assistência Social, Erenita Maria Barbo-
sa, além de representantes da Assesso-
ria de Imprensa da Prefeitura e de
diversos segmentos da comunidade cu-
batense.
Representando a Comissão da
Baixada Santista Pró-Conferência, a jor-
nalista Maria fernanda Portolani e a pro-
fissional de Relações Públicas Isys
Helfenstein Remião fizeram um resumo
dos procedimentos já acontecidos, lem-
brando que a convocação oficial da 1ª
Conferência Nacional de Comunicação
foi feita por decreto federal de 16 de
abril, marcando essa conferência para
os dias 1º a 3 de dezembro de 2009, sen-
do que a etapa municipal deve ocorrer
até 31 de agosto e a estadual até 31 de
outubro. Na Baixada Santista, a primeira
reunião sobre o assunto ocorreu no dia
14 de abril, dois dias antes da edição da-
quele decreto.
Conforme explicaram, o temário
é muito amplo, seja quanto aos meios
de comunicação (rádio, televisão, jornal,
Internet, audiências públicas etc.) como
em relação ao modo de comunicação
(interativa ou unidirecional), ao conteú-
do dessa comunicação, controle social
e instrumentos de regulação, conces-
sões e propriedade etc.
Para evitar a dispersão com es-
sa amplitude de abordagens, foram su-
geridos quatro eixos principais nestes
debates iniciais: 1) Sistema público de
comunicação e inclusão social; 2) Con-
cessões públicas; 3) Controle social so-
bre a Comunicação (incluindo a
regulamentação da publicidade); 4) Co-
municação Comunitária e Educomunica-
ção.
- leia mais
Apesar dos entraves na comissão organizadora nacional, a semana está agitada
para a articulação da 1ª Conferência Nacional de Comunicação. Na página dois você confere agenda. Na Baixada Santista,
tem reunião terça-feira em Santos. Comissão Paulista tem encontro na quarta-feira
Participe da
MOBILIZAÇÃO
Cubatão inicia os debates sobre COMUNICAÇÃO
Santos, dia 5 de agosto de 2009
A Pré-Conferência Livre de Co-municação Mulher e Mídia aconteceu no dia 5 de agosto de 2009, organiza-do pelo Coletivo de Mulheres na sede do Diretório Municipal do PT de San-tos, com a pauta “A Imagem da Mulher na Mídia”.
Estiveram presentes: Maria An-gélica de Assis Andrade, Yukie Yone-da, Odinete de Jesus Ferreira Viana, Parauaçú A. R. da Silva, Nadia Correa Nóbrega, Maria J. J. Santos, Aldelara Antonio Rosa Ramos da Silva, Acy Du-arte Cinque, Josemary Rosas, Suely Morgado Silva Santos, Nadir de Sou-za, Vera Lucia Oscar Alves da Silva, Ru-te Hernandes Rosa R. da Silva e Carlos Gustavo Yoda.
Rute iniciou o debate comen-tando os avanços de políticas como a Lei Maria da Penha e da necessidade de regulamentar mecanismos de contro-le social para execução das leis. Rute também lembrou da necessidade das mulheres organzarem blogues e redes sociais na internet para refletir sobre os temas relacionados.
Suely afirmou que a exposição da mulher na mídia gera uma série de problemas sociais como a prostituição, tráfico de mulheres, pedofilia, entre ou-tros. Para Suely, o debate fundamental é na forma como os meios de comunica-ção tratam as mulheres.
Vera lembrou que os canais de rádio de televisão são concessões públicas, devendo, assim, atender ao in-teresse público. Ela entende que é pre-ciso conversar sobre os mecanismos de controle que a sociedade pode ter.
Acy disse que os conteúdos não respeitam horários indicados pela classificação indicativa e que a exposi-ção absurda que a imagem da mulher tem nos meios realmente gera outras si-tuações sociais que precisam de aten-ção.
Rute afirma que a menina não está sendo mais menina.
Sueli acredita que além do ho-rário de classificação indicativa, é preci-so discussão para que a mulher seja entendida como ser humano. O foco da discussão está na violência que as
mulheres sofrem nos meios e na vio-lência que a exposição gera.
Vera lembrou que alguns veí-culos fazem campanha pelo fim da vio-lência contra a mulher, mas eles reforçam o machismo em toda a pro-gramação.
Nadir critica os programas hu-morísticos e seus apelos sexuais e pre-conceituosos.
Acy propõe o debate também racial. Ela lembra que em novelas e ou-tros programas a mulher negra é qua-se sempre colocada como subalterna.
Vera lembra da atual novela das 8 que tem a menina do bar e ques-tiona a imagem passada.
Nadir afirma que o apelo sem-pre está baseado na sedução.
Vera também destaca que a religiosidade sempre é tratada como crendices. Para Vera, essas mensa-gens precisam ser tratadas com mais seriedade.
Rute lembra da dificuldade em se debater controle social dos conteú-dos midiáticos, pois a resposta que te-mos é que as pessoas têm a liberdade de mudar de canal.
A Pré-Conferência ainda ratificou propostas encaminhadas em encontro paulistas.
+ Oficina de Formação aconteceu
2 17 de agosto de 2009 - Boletim #007
EXPEDIENTE Boletim Semanal da Comissão Baixada Santista Pró ConfeCom
Diagramação: A Ponte
baixadasantista.proconferenciasp.org/boletim
17 de agosto de 2009 - #007produzido em software livre: Scribus
SSããoo PPaauulloo -- 1177Videoconferência das Comissões Estaduais e Nacional via sistema DATASUS
SSaannttooss -- 1188Reunião da Comissão Baixada Santista Pró-Conferência Nacional de Comunicação, às 19 horas, na Estação da Cidadania, em Santos
SSããoo PPaauulloo -- 1199Reunião da Comissão Paulista Pró-Conferência de Comunicação MMaacceeiióó -- 1177Sessão Pública em Maceió-ALAssembleia Legislativa de Alagoas , Maceió - AL
indique um evento
AGENDA da SEMANA
Leia mais...
Relatoria da Pré-Conferência Mulher e Mídia
Roberta Molina R. Faraúde de CarvalhoCoord da Unidade Casa Brasil - Pi-cos/PI
Em solenidade presidida pelo governador Wellington Dias, no Palácio de Karnak, foi realizado, nesta quarta-feira (05), o lançamento da 1ª Conferên-cia de Comunicação do Piauí (Confe-com/PI), organizada pela Unidade de Políticas Públicas, da Coordenadoria de Comunicação do Governo do Esta-do (CCom), com a participação de 22 instituições que constituem o Grupo de Trabalho Organizador do evento.
Na oportunidade, Wellington Di-as disse que sempre defendeu os princí-pios democráticos, ressaltando que a 1ª Conferência de Comunicação será um exemplo para o Piauí e o Brasil, por-que o Estado parte na frente em se or-ganizar para a Conferência Nacional de Comunicação. Ele reafirmou ainda as palavras do coordenador estadual de Comunicação, Wellington Soares, quando este lembrou o que havia ressal-tado o ministro das Comunicações, Hé-lio Costa, pelo fato de o Piauí ser a primeira unidade da Federação a organi-zar as Conferências Territoriais de Co-municação.
"Esse é um marco importante para a história do Piauí e do Brasil, que através da Confecom procura soluções para os problemas da comunicação. Mesmo que não sejam resolvidos to-dos os problemas, porque isso é impos-sível, esse é um grande passo para a ampliação dos direitos pela comunica-
ção com democracia”, ressaltou Welling-ton Dias, que durante a ocasião, assinou ato, juntamente com o secretá-rio de Governo, Kleber Eulálio, estabele-cendo o Grupo de Trabalho Organizador, constituído por três repre-sentantes dos segmentos dos trabalha-dores em entidades sindicais de comunicação: João de Moura Neto (Sin-tel-PI), Luiz Carlos de Oliveira e Silva (Sindjor), Valdeck Moraes (Sintertel/PI); três representantes de organizações não-governamentais e/ou associações profissionais: Márcio José de Macedo Araújo (representante da Associação Mundial da Rádios Comunitárias – AMARC); Ricardo Rodrigues Campos (ABRAÇO/PI) e Humberto Coelho, re-presentante da ARCEPI.
Constituem ainda o grupo de trabalho Maria de Lourdes Rufino, repre-sentante da União Brasileira de Mulhe-res (UBM); Antônio Batista Araújo, representante da Famepi; Orlando Ber-
ti, representante da Uespi; Maria Hele-na Almeida de Oliveira, representante do Ceut; Sarah Fontenelle Santos (re-presentante da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação da Ues-pi); Andressa Kerllen Nunes Silva (re-presentante da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação da Facul-dade Santo Agostinho.
Também foram designados pa-ra o Grupo de Trabalho da 1ª Conferên-cia de Comunicação do Piauí: Iraildon Motta, representante da CCom; Oscar de Barros, representante da Fundação Cepro; Cláudia Sousa Marques, repre-sentante da Fundação Antares; e a de-putada Flora Izabel, representante da Assembleia Legislativa.
A 1ª Conferência de Comunica-ção do Piauí vai ter início com a confe-rência territorial na cidade de Picos, nesta quinta e sexta-feira (06 e 07), in-formou Jessé Silva, diretor da Unidade de Políticas Públicas da CCom.
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Anvisa suspende propaganda de medicamentos contra gripe
baixadasantista.proconferenciasp.org
Lançada a 1ª Confecom estadual no Piauí
por Talita Cavalcante
A Agência Nacional de Vigi-lância Sanitária (Anvisa) suspen-deu temporariamente as propagandas de medicamentos con-tra a gripe em razão da elevação dos casos da influenza A (H1N1) – gripe suína – no Brasil. A Resolu-ção 43 publicada no Diário Oficial da União de hoje (14), como medi-da de interesse sanitário e em cará-ter temporário, suspende em todo o território nacional as propagandas veiculadas em todos os meios de co-municação, inclusive na internet, de produtos à base de ácido acetilsalicí-lico.
O texto prevê também a in-terrupção de comerciais de outros medicamentos de venda isenta de
prescrição médica com proprieda-des analgésicas e antitérmicas e ainda dos destinados ao alívio dos sintomas da gripe, tais como aque-les à base de paracetamol, dipirona sódica, ibuprofeno e associações.
De acordo com a resolução, a sus-pensão é necessária porque esses medicamentos são capazes de mas-carar uma situação de risco, no ca-so da influenza A (H1N1) – gripe suína.
Fica suspensa ainda o uso de outras técnicas de comunicação, em especial a presença de pessoas em estabelecimentos de comércio varejista de produtos farmacêuticos que promovam tais medicamentos e estimulem a aquisição e o uso in-discriminados dos produtos.
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17 de agosto de 2009 - Boletim #007
Em nota pública, entidade con-
voca sua base a se somar às Comis-
sões Estaduais Pró-Conferência e
denuncia estratégia dos empresários tor-
narem “impraticáveis os prazos para a
realização da Conferência este ano”.
A Abraço - Associação Brasilei-
ra de Radiodifusão Comunitária convo-
ca todas as Rádios Comunitárias do
país para se juntarem às Comissões
Pró-Conferência de seus estados e or-
ganizarem uma grande mobilização pe-
la realização da Conferência Nacional
de Comunicação verdadeiramente de-
mocrática.
Ratificamos a importância de
uma conferência com a participação do
governo, reresentantes dos movimen-
tos sociais e empresários e até agora fi-
zemos de tudo para que isso aconteça
e se os empresários se recusarem a
não participarem do processo é respon-
sabilidade unica e exclusivamente de-
les e em nada afetará a legitimidade da
Confecom.
Pois os empresários, em reu-
nião na última quarta-feira (05/08/2009)
, com ministros do Governo Lula deixa-
ram nitída sua estratégia de tornar os
prazos impraticáveis para a realização
da Conferência este ano.
Os capitalistas da mídia solicita-
ram mais uma vez o adiamento por
mais uma semana, para a aprovação
do Regimento Interno.
A proposta de 40 % de delegados para
a mídia comercial é uma afronta aos
princípios da democracia que estamos
construindo, por dar uma gigantesca re-
presentatividade para quem é uma par-
cela insignficante da população, contra
a qual a Abraço se opõe radicalmente.
Também estão tentando redu-
zir o debate da Confecom com a apre-
sentação de premissas que garantam
uma Conferência exclusiva para discu-
tir os interesses da Radiodifusão Comer-
cial diante do Processo de
Convergência Técnológica, sem o mini-
mo de controle social e participação do
estado na fiscalização do sistema priva-
do de comunicação.
A Abraço reafirma a necessida-
de de uma Conferência ampla e demo-
crática para permitir a regulamentação
adequada dos artigos constitucionais
que tratam da comunicação, os quais
esperam, desde 1988, quando ela foi
promulgada, para colocar este setor
em ordem.
Mais exatamente, deverão ser tratados
nesta I Confecom temas como:
(a) novo marco regulatório
(b) reorganização dos sistemas, com o
fortalecimento dos sistemas estatal e
público
(c) revisão das concessoões já forneci-
das com mudanças constitucionais que
garantam maior transparência nos pro-
cessos de concessão e de renovação
de concessão
(d) desenvolvimento de padrão de rá-
dio digital
(e) dissolver o inconstitucional e impu-
ne oligopólio da mídia
(f) garantir um marco legal para inter-
net para garantir os direitos dos usuári-
os e não à censura na rede (AI-5
Digital)
(g) regionalização da produção
(h) espaço para produção independente
(i) controle público da mídia
(j) TV comunitárias no sinal aberto
(l) garantia da diversidade racial , cultu-
ral e religiosa na midia
(m) imediata instalação do Conselho
de Comunicação Social o qual está inati-
vo há mais de um ano.
Quanto aos assuntos referentes à comu-
nicação comunitária, a Abraço defende
intransigentemente, que a I Confecom
aborde os seguintes temas:
(a) o fortalecimento da radiodifusão co-
munitária, enquanto sistema público
não estatal
(b) as dimensões regulatórias necessá-
rias como o processo de desburocrati-
zaçã o para a execução de serviço
(c) aumento de potência para garantir
a universalidade do acesso, repercutin-
do um conceito mais amplo de comuni-
dade
(d) financiamento público, com a cria-
ção de um fundo, com percentuais
dos recursos que são gastos com públi-
cidade pública no sistema privado, des-
tinados para os os sistemas públicos e
comunitários
(e) da anistia para quem foi condenado
ou esteja em processo judicial, com a
devolução do equipamnetos já apreen-
didos, em respeito à decisões que con-
sideram a operação sem licença como
uma falta administrativa apenas
(f) redistribuição dos canais de forma a
garantir a complementaridade dos sis-
temas público, estatal e privado com
destinação de 1/3 dos mesmos para
cada segmento
(g) garantia de acesso à digitalização
de forma subsidiada
(h) descriminalização do serviço de ra-
diodifusão comunitária
(i) destinação de parte dos recursos pu-
blicitários poder publico e das estatais
para as rádios comunitárias
Executiva Nacional
Abraço convoca rádios
comunitárias e critica empresários
por Comunique-se
Na noite desta quinta-feira,
após a veiculação da propaganda eleito-
ral gratuita, a Globo e a Record se agre-
diram mutuamente por meio de
matérias veiculadas em seus telejor-
nais. No Jornal Nacional, quase sete mi-
nutos foram utilizados para, mais uma
vez, falar sobre as acusações que pe-
sam contra o bispo Edir Macedo e mem-
bros da cúpula da Igreja Universal.
Além disso, a reportagem da emissora
carioca repercutiu o assunto entre políti-
cos da oposição e do governo.
No Jornal da Record a “guerra”
com a Globo ocupou cerca de 23 minu-
tos do programa. A emissora paulista
classificou as matérias veiculadas pela
Globo como “ataques de desespero
(...) sem apresentar nenhuma novida-
de”.
“O mesmo medo de perder o
monopólio que transformou verdades
em mentiras durante décadas no Bra-
sil”, diz a matéria da Record.
"Ligação com o submundo dos gol-
pes financeiros"
A matéria traz as acusações
do livro “A Fundação Roberto Marinho”,
escrito por Roméro Machado, ex-funcio-
nário da Globo. “No livro o ex-funcioná-
rio da Globo ainda acusa a emissora
de desviar dinheiro público da Caixa
Econômica Federal para construir o Pro-
jac, uma operação que até hoje não foi
devidamente esclarecida”.
A Record também lembrou da
ação que herdeiros do ex-deputado fe-
deral Oswaldo Ortiz Monteiro, morto
em 1984, movem contra a Globo por
causa da compra da Rádio Televisão
Paulista pela emissora carioca. “A liga-
ção com o submundo dos golpes finan-
ceiros está presente na Rede Globo
desde o seu nascimento”, acusa a maté-
ria.
Queda na audiência da TV Globo
De acordo com a emissora pau-
lista, a Globo “ataca a Record” por cau-
sa da queda da audiência. Pelos
números apresentados, a Globo per-
deu cerca de dez pontos de share en-
tre 2004 e 2009, enquanto a Record
cresceu quase oito pontos.
Como defesa das acusações,
Celso Freitas leu partes de uma carta
do advogado Arthur Lavigne que está
publicada no blog do bispo Edir Mace-
do. Segundo o texto, as denúncias são
requentadas e o “procedimento devida-
mente arquivado pela Corte Suprema
do nosso país”.
A Record também repercutiu o
assunto em Brasília, mas, ao contrário
da Globo, que mostrou parlamentares
defendendo a apuração das denúnci-
as, ouviu políticos que falaram sobre a
“necessidade de democratizar a infor-
mação”.
A emissora ainda ouviu deze-
nas de fiéis da Universal que se dizem
satisfeitos com a igreja e que defen-
dem o pagamento do dízimo.
No fim do telejornal, Celso Frei-
tas declarou: “A Rede Record reafirma
que não está em guerra com ninguém.
Apenas está exercendo o seu direito
de defesa”.
5
Por uma internet sem governos
O futuro do endereçamento da
rede mundial de computadores volta à
discussão. Em setembro acaba o prazo
do contrato entre o Departamento de Co-
mércio dos Estados Unidos e a ICANN
(Internet Corporation for Assigned Na-
mes and Numbers), corporação internaci-
onal sem fins lucrativo responsável pela
atribuição de nomes e números na inter-
net. O contrato, firmado em 1998, previa
a transição durante a qual a corporação
firmaria vários acordos para permitir que
o governo norte-americano encerrasse
sua função. De lá para cá, o contrato foi
prorrogado duas vezes. Para setembro,
estão em debate três alternativas, pro-
postas por diferentes países: nova prorro-
gação, adoção de um outro acordo que
conte com a participação multilateral de
governos, ou transformar a ICANN em
uma entidade internacional, sem gover-
nos, como defende o presidente do
Nic.br (Núcleo de Informação e Coorde-
nação do Ponto BR), Demi Getschko.
O acordo da ICANN com o Departa-
mento de Comércio dos EUA acaba
em setembro. O que acontecerá de-
pois disso? Será adotado novo acor-
do, como propõem interlocutores de
diferentes países?
A gestão da internet não tem
diretamente a ver com governos, mas
sim com os diversos setores da socie-
dade, como a Academia e a área priva-
da. Na verdade, havia um governo que
tinha um papel específico que, teorica-
mente, era um processo para que a
ICANN transitasse desde sua inaugura-
ção até a maturidade e passasse a to-
car a gestão independentemente.
- lei na íntegra
baixadasantista.proconferenciasp.org
Telejornais são usados para ataques mútuos
6
Como já era esperado, as enti-dades empresariais oficializaram sua saída da Comissão Organizadora Nacio-nal (CON) da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). O anún-cio foi feito nesta quinta-feira, em reu-nião com os ministros Hélio Costa, das Comunicações, Luiz Dulci, da Secreta-ria Geral da Presidência, e Franklin Mar-tins, da Secretaria de Comunicação Social.
Das oito entidades empresari-ais convocadas para a CON, seis retira-ram-se em definitivo do processo de construção da conferência: Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Tele-visão (Abert), Associação Brasileira de Provedores Internet (Abranet), Associa-ção Brasileira de TV por Assinatura (AB-TA), Associação dos Jornais e Revistas do Interior do Brasil (Adjori), Associa-ção Nacional de Editores de Revistas (Aner) e Associação Nacional de Jor-nais (ANJ). A Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), repre-sentantes das teles, e a Associação Bra-sileira de Radiodifusores (Abra), que reúne a Band e a RedeTV!, permane-cem institucionalmente na CON, mas ainda podem deixar o processo depen-dendo dos resultados da reunião entre governo e entidades da sociedade civil não-empresarial, prevista para segun-da-feira (17).
O anúncio da saída estava pre-visto para a semana passada, em reu-nião com os mesmos três ministros, mas os empresários decidiram pedir mais uma semana para avaliar a propos-ta apresentada pelo governo na tentati-va de negociar a permanência do setor. Com isso, a definição do regimento in-terno da Confecom, condição para o iní-cio efetivo do processo e a realização das etapas estaduais, foi mais uma vez adiada.
Além do novo atraso, a saída dos empresários deixa outro saldo com-plicado para as entidades da socieda-de civil: a proposta que o governo colocou sobre a mesa para a negocia-ção com o empresariado. A divisão dos delegados por setor na proporção 40-40-20 (40% para os empresários, 40% para sociedade civil não-empresarial e 20% para o governo) e instituição de um quórum qualificado para a aprova-ção de propostas consideradas polêmi-cas (de 60%) pode ser mantida pelo governo. Até mesmo porque a Abra e
as teles seguem querendo negociar sua permanência. “Ainda tem a ques-tão do voto qualificado, se é 60% ou 60% mais um, mas não é nada incontor-nável e provavelmente continuaremos”, disse José Pauletti, representante das empresas de telefonia fixa, ao noticiário Tele.Síntese.
Na terça-feira (11), as entida-des não-empresariais que fazem parte da CON reuniram-se com os ministros para discutir esta proposta. No encon-tro, foram apresentadas avaliações di-vergentes, mas os movimentos pediram também mais alguns dias para apresentar uma resposta definitiva. Es-peravam, sobretudo, a decisão dos em-presários. [Saiba mais]
Em nota à imprensa, as seis en-tidades empresariais que deixam a CON justificam sua saída dizendo que foram incompreendidos na sua defesa dos “preceitos constitucionais da livre iniciativa, da liberdade de expressão, do direito à informação e da legalida-
de”. Afirmam que sua “perseverante adesão” aos foi interpretada por outros integrantes da comissão como um “obstáculo a confecção do regimento interno e do documento-base de convo-cação das conferências estaduais, que precedem a nacional”.
A única das condições apre-sentadas pelas empresas não atendi-das pelo governo foi em relação a estabelecer premissas ao temário da conferência. Em especial, as empresas de radiodifusão queriam que fosse afir-mado de antemão a defesa do capital nacional no setor e as demais entida-des queriam garantir que serviços para os quais já existe regulação não fos-sem colocados em pauta. O governo fez um apelo para que as premissas fossem exclusivamente os princípios constitucionais para a comunicação. Na nota, as entidades empresariais di-zem que não se opõem a realização da Confecom e não impedirão a partici-pação individual de suas representa-das no processo.
17 de agosto de 2009 - Boletim #007
Entidades empresariais anunciam saída da comissão organizadora nacional