Boletim da Corrente Sindical NACIONAL Ecetistas em Luta desta segunda-feira, dia 5/8/2013

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Entre em contato com Ecetistas em Luta na Internet: olhovivoecetista.wordpress.com Receba o boletim Ecetistas em Luta por e-mail, escreva para: [email protected] - fone: (11) 3637-3273 Boletim Ecetistas em Luta Órgão da corrente nacional Ecetistas em Luta - Distribuição gratuita - Edição Nacional - ano IX- nº 417 - segunda-feira, 5 de agosto de 2013 47,8% ou greve! O Comando de Negociações e Mobilização da Fentect se reuniu em Brasília para entregar e proto- colar a Pauta de Reivindi- cações da Campanha Salarial 2013-2014 da categoria ecetista. Os trabalhadores dos Correios estão rei- vindicando um reajuste salarial de 47,8%, R$ 200,00 de aumento li- near, a defesa e ampliação do Con- vênio Médico da categoria, a entre- ga matutina de cartas entre outros eixos de luta. A Pauta de Reivindicações da categoria contém 93 cláusulas, que dizem respeito aos problemas mais sentidos dos trabalhadores. O trabalhador deve ficar atento às manobras dos sindicalistas pe- legos. Eles querem repetir os anos anteriores e rebaixar a pauta de rei- vindicações para facilitar a vida da empresa que, como todo mundo sabe, não quer negociar. De um lado, há os pelegos da ala traidora da Fentect: os velhos co- nhecidos da categoria, Articulação Sindical do PT (de Talibã e cia.) e o MRL que estão tentando apresen- tar uma proposta de índice salarial rebaixada, que não leva em conta todas as reivindicações. A manobra desses pelegos é des- membrar o índice, dando a falsa im- pressão de que a categoria está rei- vindicando apenas 15%. Assim, se a empresa oferecer um reajuste mi- serável de 8%, os patrões da ECT, que estão nadando em dinheiro, vão parecer os caras mais bonzinhos do universo e os pelegos vão arranjar Greve nacional dia 17 de setembro Os ecetistas estão prontos para uma enorme mobilização esse ano uma desculpa esfarrapada para acabar com a greve. Mas esse golpe começou de fora da Fentect, com os pelegos divi- sionistas da Federação Paraguaia (Findect), representada pelo Ronal- dão Bianual e Diviza-“Onista”, dos sindicatos do Rio e de São Paulo, ambos do PCdoB/CTB. Essa má- “Pauta enxuta” é coisa de patrão! A ECT disse que “não pode” pagar os trabalhadores. Mas não se pode esquecer que o patrão Wagner Pi- nheiro tem o segundo maior salário pago pelo governo, R$ 42.869,24, isto é quase meio milhão por ano. É por isso que o patrão esnoba as reivindicações dos trabalhado- res. Essa é a realidade econômica dele. Ter “pé no chão” de verdade é lembrar-se desses números que mostram que o trabalhador é um ver- dadeiro escravo dentro dos setores. Contudo, os sindicalistas pelegos, como é o caso dos divisionistas da federação paraguaia (Findect), da presidenta do Sintect-DF, Amanda “Marmitex” (PT) e do MRL , não que- rem fazer esses cálculos. Eles preferem dizer que: “é preciso se adaptar à realidade econômica”, mostrar uma “pauta enxuta” e “ter pé no chão”, além de debocharem das reivindicações dos trabalhadores. É uma verdadeira postura de pa- trão e de defesa dos lucros da em- presa e da fortuna que Wagner Pi- nheiro ganha. Por trás da defesa da “pauta enxu- ta” está a completa capitulação dian- te do patrão. O único interessado em que o trabalhador peça menos é a direção da empresa que, como todo mundo sabe, não quer pagar nada para a categoria. Os sindicatos têm a obrigação de reivindicar as pautas que dizem res- peito às necessidade reais dos tra- balhadores. O sindicalista que não leva a sério essas reivindicações está compactuando com as farras do presidente da empresa. fia abertamente patronal, já velha conhecida dos trabalhadores, nem se dá ao luxo de reivindi- car um índice. A pauta deles foi escrita diretamente no escritório da ECT em Brasília. A pauta dos divisionistas é a pauta do presidente da ECT, Wagner Pinheiro. Por isso eles adoram fa- lar em “pauta enxuta”, pauta com “responsabilidade” etc... Os patrões agradecem. Para nos prevenir do golpe desses traidores, é necessário ter muito cla- ro que a reivindicação da categoria é 47,8%. Se a empresa não negociar ou se não oferecer um reajuste ver- dadeiramente compatível com nos- sas necessidades, os trabalhadores vão entrar em greve geral no dia 17 de setembro e se for preciso vamos ocupar a ECT e o TST.

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Ecetistas em LutaÓrgão da corrente nacional Ecetistas em Luta- Distribuição gratuita -

Edição Nacional - ano IX- nº 417 - segunda-feira, 5 de agosto de 2013

47,8% ou greve!O Comando de Negociações e

Mobilização da Fentect se reuniu em Brasília para entregar e proto-colar a Pauta de Reivindi-cações da Campanha Salarial 2013-2014 da categoria ecetista.

Os trabalhadores dos Correios estão rei-vindicando um reajuste salarial de 47,8%, R$ 200,00 de aumento li-near, a defesa e ampliação do Con-vênio Médico da categoria, a entre-ga matutina de cartas entre outros eixos de luta.

A Pauta de Reivindicações da categoria contém 93 cláusulas, que dizem respeito aos problemas mais sentidos dos trabalhadores.

O trabalhador deve ficar atento às manobras dos sindicalistas pe-legos. Eles querem repetir os anos anteriores e rebaixar a pauta de rei-vindicações para facilitar a vida da empresa que, como todo mundo sabe, não quer negociar.

De um lado, há os pelegos da ala traidora da Fentect: os velhos co-nhecidos da categoria, Articulação Sindical do PT (de Talibã e cia.) e o MRL que estão tentando apresen-tar uma proposta de índice salarial rebaixada, que não leva em conta todas as reivindicações.

A manobra desses pelegos é des-membrar o índice, dando a falsa im-pressão de que a categoria está rei-vindicando apenas 15%. Assim, se a empresa oferecer um reajuste mi-serável de 8%, os patrões da ECT, que estão nadando em dinheiro, vão parecer os caras mais bonzinhos do universo e os pelegos vão arranjar

Greve nacional dia 17 de setembroOs ecetistas estão prontos para uma enorme mobilização esse ano

uma desculpa esfarrapada para acabar com a greve.

Mas esse golpe começou de fora da Fentect, com os pelegos divi-sionistas da Federação Paraguaia (Findect), representada pelo Ronal-dão Bianual e Diviza-“Onista”, dos sindicatos do Rio e de São Paulo, ambos do PCdoB/CTB. Essa má-

“Pauta enxuta” é coisa de patrão!A ECT disse que “não pode” pagar

os trabalhadores. Mas não se pode esquecer que o patrão Wagner Pi-nheiro tem o segundo maior salário pago pelo governo, R$ 42.869,24, isto é quase meio milhão por ano.

É por isso que o patrão esnoba as reivindicações dos trabalhado-res. Essa é a realidade econômica dele. Ter “pé no chão” de verdade é lembrar-se desses números que mostram que o trabalhador é um ver-dadeiro escravo dentro dos setores.

Contudo, os sindicalistas pelegos, como é o caso dos divisionistas da federação paraguaia (Findect), da presidenta do Sintect-DF, Amanda “Marmitex” (PT) e do MRL , não que-rem fazer esses cálculos.

Eles preferem dizer que: “é preciso se adaptar à realidade econômica”,

mostrar uma “pauta enxuta” e “ter pé no chão”, além de debocharem das reivindicações dos trabalhadores.

É uma verdadeira postura de pa-trão e de defesa dos lucros da em-presa e da fortuna que Wagner Pi-nheiro ganha.

Por trás da defesa da “pauta enxu-ta” está a completa capitulação dian-te do patrão. O único interessado em que o trabalhador peça menos é a direção da empresa que, como todo mundo sabe, não quer pagar nada para a categoria.

Os sindicatos têm a obrigação de reivindicar as pautas que dizem res-peito às necessidade reais dos tra-balhadores. O sindicalista que não leva a sério essas reivindicações está compactuando com as farras do presidente da empresa.

fia abertamente patronal, já velha conhecida dos trabalhadores, nem se dá ao luxo de reivindi-

car um índice. A pauta deles foi escrita diretamente

no escritório da ECT em Brasília. A pauta dos divisionistas é a pauta do presidente da ECT, Wagner Pinheiro. Por isso eles adoram fa-

lar em “pauta enxuta”, pauta com “responsabilidade” etc... Os patrões agradecem.

Para nos prevenir do golpe desses traidores, é necessário ter muito cla-ro que a reivindicação da categoria é 47,8%. Se a empresa não negociar ou se não oferecer um reajuste ver-dadeiramente compatível com nos-sas necessidades, os trabalhadores vão entrar em greve geral no dia 17 de setembro e se for preciso vamos ocupar a ECT e o TST.

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2Boletim Ecetistas em Luta - edição Nacional - nº 417, segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Abaixo o golpe do Postal Saúde

Findect não pode assinar acordo coletivoA Findect ganhou o apelido de

“Federação Paraguaia” entre os trabalhadores porque é uma farsa, uma organização que a direção da empresa está colocando de con-trabando no acordo coletivo, mas que é uma caricatura de federação. Uma federação pirata.

Nacionalmente a categoria dos Correios possui 35 sindicatos que dividem bases regionais. Para se ter uma ideia, só no estado de São Paulo existem sete sindicatos. Como a ECT é uma empresa nacional e seus trabalhadores constituiem uma única categoria profissional, criou--se a Fentect, nos anos 80. Foi fruto das intensas lutas que se desenvol-veram nesse período e do processo de legalização dos sindicatos. Surgiu como representante dos trabalha-dores para as negociações com a empresa em caráter nacional. Fun-ciona como um sindicato, depende de assembleias e congressos, mas tem nome de Federação à qual es-tão ligados os sindicatos.O objetivo é reunir os trabalhadores e realizar uma única campanha e negociação.

Findect: Uma farsa jurídica

De acordo com a Consolidação

das Leis Trabalhistas (CLT) e o Mi-nistério do Trabalho, as Federações poderão ser constituídas de “no mí-nimo, 5 (cinco) sindicatos que repre-sentem a maioria absoluta de um grupo de atividades ou de profissões idênticas, similares ou conexas”. Essa é a regra básica. Sem ela o MTE não concede o registro sindical. A Findect não cumpriu essa regra.

Os divisionistas reivindicam os sindicatos de Bauru (ligado ao PMDB), SP, RJ (do Ronaldão Bianu-al), Tocantins, Rio Grande do Norte (dirigidos pelo PCdoB/CTB), e mais recentemente Rondônia. Acontece que nem todos esses sindicatos possuem carta sindical. E a desfilia-ção da Fentect e a decisão de filia-ção à Findect se deu em asembleias fantasmas e sem legitimidade.

Assembleias fantasmas

O sindicato de Tocantins foi criado há poucos anos num acordo da buro-cracia sindical para dividir a base de Goiás. E a desfiliação do Sintect-RN se deu com o golpe da assembleia no rincão. Como a diretoria do sin-dicato perdeu a votação na capital, Natal, programou uma assembleia fantasma em Mossoró, no sertão, e

somando os votos, com uma diferen-ça mínima desfiliou-se da Fentect.

Sem os cinco sindicatos a Findect não é uma Federação legalizada, não pode assinar acordo e, portanto, não pode negociar em nome dos tra-balhadores. Essa é a atual situação. A Findect não pode assinar acor-do coletivo.

Ao afirmar que vai negociar com a Findect a empresa está demons-trando que gostaria de negociar com os pelegos. Procura criar uma confu-são entre os trabalhadores e dividir a categoria. Mas não pode. E a Fen-tect está tomando as medidas legais para reverter isso.Derrotar o divisinismo é derrotar a empresa

Mas mais importante do que as me-didas judiciais é explicar aos trabalha-dores essa situação. E organizar uma mobilização nacional nesta campanha salarial contra mais esse golpe e ten-tativa de intervenção do governo, dos patrões no movimento sindical.

Denunciar a Findect e fortalecer a Fentect como legítima representan-te dos ecetistas é derrotar a empre-sa em sua tentativa de acabar com o Correios Saúde e impor um rea-juste rebaixado.

Para esclarecer

O Postal Saúde foi criado às escondidas pela cúpula da ECT para destruir o atual convênio médico e privatizar o plano de saúde dos traba-lhadores. Os sindicalistas pelegos, principalmente os divisionistas da federação paraguaia (Findect), escon-dem o verdadeiro significa-do do Postal Saúde.

A destruição do convê-nio médico pode significar a perda salarial de no mí-nimo R$ 500 por mês para um trabalhador com quatro dependentes, levando em conta um convênio muito

mais simples do que é o dos Correios.

A empresa, com a ajuda dos pelegos divisionistas da Federação Paraguaia, está preparando um dos maiores ataques aos direitos dos tra-balhadores. A armadilha é usar a Findect, que nem é uma federação de verdade, para assinar um acordo aca-bando com nosso convênio.

A luta pela manutenção e ampliação do Plano de Saú-de dos trabalhadores e con-tra o golpe do Postal Saú-de será uma das principais tarefas da categoria nessa

campanha salarial.Postal Saúde é privatiza-

ção e ataque aos direitos do trabalhador!- Não ao golpe do Postal Saúde;- Pela ampliação do plano de saúde dos Correios sem o compartilhamento do pagamento das despe-sas feito pelo trabalhador;- Substituição das guias médicas por cartão mag-nético;- Fim das terceirizações nos ambulatórios.

Em defesa do Plano de Saúde da categoria!