Boletim das Comunidades Madeirenses N:87

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1 COMUNIDADES Região Autónoma da Madeira Nº 87 | 22 a 28 de Março de 2014

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Publicação da Região Autónoma da Madeira de 22 a 28 de Março 2014

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COMUNIDADESRegião Autónoma da Madeira

Nº 87 | 22 a 28 de Março de 2014

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Madeira tem duas Áreas Protegidas

Portugal tem a partir desta semana nas Ilhas Desertas e Ilhas Selvagens, na Região Autónoma da Madeira, os dois únicos espaços nacionais distinguidos pelo Conselho da Europa com o Diploma Europeu para Áreas Protegidas.Os peritos do Diploma Europeu para as Áreas Protegidas do Conselho da Europa, reunidos em Estrasburgo, decidiram atribuir na passada segunda-feira o galardão às Ilhas Desertas, território conhecido por ser o habitat da reserva de lobos-marinhos no arquipélago da Madeira.A Reserva Natural das Ilhas Desertas regista, em média, mais de três mil visitas por ano, e tem conseguido reunir várias distinções, entre as quais a classificação de “Reserva Biogenética”, galardão que foi também atribuído pelo Conselho da Europa.O património natural da Madeira tem sido reconhecido no plano nacional e internacional e a mais recente distinção foi o “Prémio LIDE Preservar Mar 2013” que distinguiu as “Áreas Marinhas Protegidas da Madeira”.O mais conhecido projeto é o de proteção da colónia dos lobos-marinhos, implementado na Reserva Natural das Ilhas Desertas, que permitiu, nos últimos anos, aumentar a população daquela espécie, considerada a foca mais rara do mundo e classificada pela União Internacional para a Conservação da Natureza como estando em “perigo crítico”, não existindo mais do que 500 animais em todo o mundo.Nas Ilhas Desertas, em 1988, existiam apenas entre seis a oito espécimes, tendo o Parque Natural da Madeira identificados entre 30 a 40 focas distribuídas pelas Ilhas Desertas e Ilha da Madeira.A este projeto de preservação desta espécie desenvolvido com base no Plano de Ação para a Foca Monge no Atlântico, foi atribuído o prémio BES Biodiversidade 2012.Ao nível da gestão de espécies ligadas ao meio marinho, o Serviço do Parque Natural da Madeira também foi galardoado pela União Europeia com o prémio “Best Life Project” em 2006 e 2010, respetivamente, pelo trabalho desenvolvido com a ‘Freira da Madeira’ e com a ‘Freira do Bugio’.As Ilhas Desertas, com uma área de 14 quilómetros quadrados, são um sub-arquipélago da Madeira, sendo constituídas pelo Ilhéu Chão, a Deserta Grande e o Bugio. Foram propriedade privada de famílias inglesas, tendo sido compradas pelo Estado Português.

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Governo da Madeira defende regime próprio para obras urgentes

O Vice-presidente do Governo Regional da Madeira defendeu esta semana que as obras com caráter de urgência, como as de reconstrução dos estragos provocados pelas intempéries de Fevereiro de 2010, devem ter um regime próprio.Segundo João Cunha e Silva, este tipo de intervenções “não se compadecem com demoras”.“Situações de emergência e urgência como estas não se compadecem como tantas demoras a dificultar o início das obras”, disse o governante regional na sequência de uma visita que uma delegação do Parlamento Europeu efectuou às intervenções em curso na marginal do Funchal.Segundo o vice-presidente do Governo Regional, “todas as instâncias, desde as europeias às nacionais, devem ter

em atenção que o que é urgente é urgente e deve ter um regime próprio”, recordando que a população da Ribeira Brava, outra das zonas afectadas pelo temporal, “esperou e esperou até que se pudesse iniciar finalmente a obra” naquela localidade.De acordo com João Cunha e Silva, as obras do projecto de canalização das fozes das ribeiras do Funchal “correm bem e a bom ritmo”, sublinhando esperar que “este natal” estejam concluídas.Cunha e Silva destacou a importância da visita da delegação do Parlamento Europeu, sustentando que as pessoas “vão daqui [Madeira] conhecendo onde se aplicam os fundos comunitários e que se aplicam bem”.Também o eurodeputado madeirense, Nuno Teixeira, considerou “positiva”

esta deslocação da delegação que integra elementos da Comissão dos Transportes e Turismo do Parlamento Europeu e eurodeputados, composta por 14 pessoas, realçando que mostrar a intervenção na frente mar do Funchal para recuperar dos danos do 20 de Fevereiro é uma “forma de mostrar como parte do dinheiro comunitário que a Madeira recebe é aplicado”.“É um orgulho poder mostrar a forma como os fundos comunitários estão a ser aplicados e creio que é mais uma questão de transparência”, referiu Nuno Teixeira.A delegação europeia termina uma deslocação de três dias, tendo passado pela ilha do Porto Santo e por várias infraestruturas portuárias e portuárias da Região.

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Manuel António quer que sejam respeitadas especificidades da Madeira no que diz respeito ao ordenamento do territórioO Secretário Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais diz que são necessárias revisões legislativas da iniciativa da Assembleia da República, do Governo da República que respeitem as especificidades da Madeira no que diz respeito ao ordenamento do território. Manuel António Correia afirma que «a Região deve, aliás, ter poderes legislativos que possam concretizar estes princípios, não por teimosia, mas porque o nosso território é diferente e nós temos de

ter capacidade de resposta às questões que a população coloca».Estas palavras foram proferidas pelo governante na sessão de abertura da VIII Conferência do Atlântico, iniciativa que decorre esta semana no Museu de Imprensa, em Câmara de Lobos e que é promovida pela Associação Insular de Geografia.Na ocasião, o Secretário Regional do Ambiente falou também na nova ETAR de Câmara de Lobos, que vai ficar no espaço da atual estação

de tratamento, embora seja mais dispendioso em termos de obra. Isto para evitar condicionar outros espaços para o desenvolvimento económico e turístico do concelho. A atual lota foi um sítio apontado, inicialmente, para a construção da nova ETAR mas ficou decidido que o espaço vai ser devolvido à população como nobre, público, aberto, onde Câmara de Lobos pode, cada vez mais, ter condições de atratividade.

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Confiança dos consumidores sobe em março para máximos de mais de 4 anos

Os indicadores de clima económico e de confiança dos consumidores mantiveram em março a trajetória ascendente iniciada em 2013, com este último a registar o valor mais elevado desde dezembro de 2009, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).A confiança dos consumidores beneficiou do contributo de todas as componentes, exceto no que respeita à evolução da poupança.O INE observa, no entanto, que, sem a utilização de médias móveis de três meses (cálculo da média dos últimos três meses), o indicador de confiança dos consumidores diminuiu em março.Os saldos de respostas extremas (diferença entre respostas positivas e negativas) sobre a compra de bens duradouros no momento atual e nos próximos doze meses aumentaram em março, prolongando os movimentos positivos iniciados em janeiro de 2013 e atingindo, no primeiro caso, o valor mais elevado desde setembro de 2007.Também o indicador de clima económico recuperou, observando-se aumentos dos indicadores de confiança em todos os setores (Indústria Transformadora, Construção e Obras Públicas, Comércio e Serviços).O indicador de confiança da Indústria Transformadora atingiu o máximo desde agosto de 2008, em resultado do contributo positivo das opiniões sobre a procura global e das perspetivas de produção.O saldo das apreciações sobre a procura global tem aumentado desde dezembro de 2012, contrariando a tendência negativa registada desde o final de 2010. O saldo das opiniões relativas à procura interna e à procura externa atingiram os valores mais elevados desde novembro de 2008 e dezembro de 2007, respetivamente.O indicador de confiança da Construção e Obras Públicas aumentou ligeiramente em março, mantendo a melhoria iniciada em agosto de 2012, refletindo a recuperação de ambas as componentes, opiniões sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego.O indicador de confiança do Comércio recuperou igualmente em março, prolongando a acentuada trajetória crescente iniciada em fevereiro de 2012 e registando o valor mais elevado desde julho de 2004. A recuperação deste indicador resultou do contributo positivo das opiniões sobre o volume de vendas e das perspetivas de atividade.Também o indicador de confiança dos Serviços manteve o movimento ascendente observado desde o final de 2012, devido à recuperação de todas as componentes, apreciações sobre a atividade da empresa e sobre a evolução da carteira de encomendas e perspetivas de evolução da procura.

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Hora de verão a partir de domingo

A hora da União Europeia muda a hora, no domingo, quando os relógios adiantarem 60 minutos, passando Portugal a ter uma hora acima do tempo universal (tempo médio de Greenwich, TMG) e a viver um dia de 23 horas.Com a chegada da hora de verão, os portugueses do continente e da Madeira terão de, na madrugada de domingo, adiantar os relógios 60 minutos, quando forem 01:00. Nos Açores, a mudança é feita à meia-noite de domingo, passando os relógios para a 01:00.A partir de domingo, e até à hora de inverno, quando, no último fim-de-semana de Outubro, os relógios atrasarem de novo uma hora, Portugal terá mais uma hora TMG (ou tempo universal mais um), o que quer dizer que está no fuso horário mais um do que o do meridiano de Greenwich, que se convencionou usar como marcador para o tempo, como disse à Lusa a astrónoma Suzana Ferreira, do Observatório Astronómico de Lisboa.A mudança da hora acontece em todos os países da União Europeia, no mesmo momento, mas outros países que não fazem parte do grupo dos “28” escolheram seguir as mesmas normas. Na Europa, só a Arménia, a Bielorrússia, a Geórgia e a Rússia não adiantam os relógios uma hora no próximo domingo nem os atrasam em Outubro.Em África, pelo contrário, a hora é inalterável na maior parte dos países. A Líbia é dos poucos que muda, alinhando pela lógica europeia, mas a mudança acontece na última sexta-feira dos meses de Março e Outubro (e não no último domingo).Marrocos, Namíbia e Saara Ocidental também têm dois horários, mantendo-se o resto do continente inalterado, o que também acontece com a Ásia, onde apenas cinco países mexem nos relógios: Irão, Israel, Jordânia, Líbano e Síria.Na Oceânia, apenas a Austrália, Nova Zelândia, Fiji e Samoa têm horários de verão e de inverno, embora no continente americano, especialmente na América do Norte e Central, mais países mudem a hora. Dezena e meia de países da região optaram, no entanto, por deixar de ter hora de inverno e de verão em 2010.Ainda assim, na América e no mundo, são mais os países que não mudam do que os que mudam.Na Europa, a mudança da hora começou na altura da I Guerra Mundial e teve como objetivo poupar combustível, numa altura em que este era racionado. Atualmente já não há um impacto económico, mas apenas social, já que os horários de trabalho coincidem mais com a luz solar. Ainda assim, a União Europeia reavalia a manutenção dos horários de verão e de inverno de cinco em cinco anos.Em Portugal, em 1992, o Governo, chefiado então por Cavaco Silva adotou o horário da Europa central, mas a opção foi muito criticada, porque no inverno o sol nascia muito tarde e, no verão, era de dia até depois das 22:00. Em 1996, o Governo chefiado por António Guterres repôs a hora antiga.Hoje a questão não é polémica em Portugal. E, a partir de domingo, para muitos portugueses, será mesmo agradável que o sol se ponha mais tarde. E os que trabalham nessa noite afinal até terão uma jornada mais curta. Também já trabalharam uma hora a mais em outubro.

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Remessas dos portugueses a trabalhar nos PALOP subiram 13,6% para 316 milhões

As remessas dos portugueses a trabalhar nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) subiram 13,6%, para 316 milhões de euros, bem acima do aumento de 8,8%, para 45,5 milhões, das verbas enviadas de Portugal.De acordo com os dados do Boletim Estatístico do Banco de Portugal, é de Angola que é oriunda a maioria das verbas enviadas pelos emigrantes portugueses em África: dos 316 milhões de euros que vieram de terras africanas, mais de 304 milhões foram enviados de Angola (mais 12,4% face a 2012), seguidos de 7,5 milhões de Moçambique, o que representa uma subida de 51,1% face aos 5 milhões enviados de Moçambique no ano anterior.O maior aumento percentual, ainda assim, foi oriundo da Guiné-Bissau, cujas remessas de emigrantes aumentaram 113%, apesar de se manterem em valores muito baixos - 526 mil euros no ano passado.Em sentido inverso, ou seja, o dinheiro enviado de Portugal para África, é também com Angola que se regista a maior relação, mas de forma mais

equilibrada com os restantes países.No ano passado, os angolanos em Portugal enviaram 18,8 milhões de euros para Angola, o que representa uma subida de 22%, ao passo que os cabo-verdianos enviaram 13,1 milhões, menos 6,5% do que no ano anterior.Os 10 milhões de euros enviados pelos moçambicanos a trabalhar em Portugal representam um aumento de 14,4% face ao dinheiro enviado no ano anterior, sendo que em São Tomé o dinheiro recebido (986 mil euros) representou um decréscimo de 21,1% face aos 1,2 milhões do ano de 2012.No total, incluindo todos os países, as remessas dos emigrantes subiram 9,6%, superando pela primeira vez os 3 mil milhões de euros, ao passo que o dinheiro enviado pelos imigrantes em Portugal aumentou 5%, para 556 milhões de euros.Os dados do Boletim Estatístico, hoje divulgados pelo Banco de Portugal, mostram que os trabalhadores portugueses em França continuam a ser os que mais dinheiro enviam, tendo remetido mais de 894 milhões de euros para Portugal no ano passado, o que representa uma subida de 5,7% face ao

dinheiro enviado em 2012.Em segundo lugar na lista dos emigrantes que mais dinheiro enviam está a Suíça, país de onde foram enviados 738 milhões de euros em 2013, mais 5,8% do que ano anterior.Em sentido inverso, a tendência também é de subida, mas os valores são significativamente menores: os estrangeiros a trabalhar em Portugal enviaram para os seus países mais de 556 milhões de euros no passado, o que representa uma subida de 5,8% face aos 525 milhões enviados em 2012.Sem surpresa, os emigrantes brasileiros em Portugal foram responsáveis por cerca de metade do dinheiro enviado para os países de origem, representando 253 milhões de euros, o que revela uma subida de 12,2% face aos 225 milhões enviados no ano anterior.Por seu turno, os portugueses a trabalhar no Brasil enviaram 16,5 milhões de euros, o que mostra uma subida de 54% relativamente aos 10,7 milhões enviados para Portugal em 2012.

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Plataforma ‘online’ com 5.000 artigos de 30 marcas nacionais já atrai mercado externo

O mercado internacional já está a procurar a nova plataforma ‘online’ que reúne mais de 5.000 produtos de 30 fabricantes portugueses da indústria e da construção, com a indicação de preços finais e transporte para qualquer país.Este catálogo envolveu um investimento na ordem dos 70.000 euros por parte da Cobermaster, “a única empresa no mundo a fabricar gradil tridimensional”, e ficou disponível na Internet no início deste ano, tendo já atraído clientes de Espanha, França, Malásia e Uganda.“Isso é um ótimo sinal, considerando que a plataforma arrancou apenas em português e que a versão inglesa só deverá ficar pronta no final de março”, declarou à Lusa Frederico Albergaria, diretor da empresa de Oliveira de Azeméis.“Aliás, o projeto foi pensado especialmente para o mercado nacional, para acabar com o argumento das empresas que dizem que compram à China porque não conseguem encontrar cá o que procuram”, realçou.Na prática, a plataforma funciona “como uma central de compras”, em que os artigos de 30 fabricantes nacionais, mesmo que concorrentes entre si, estão reunidos numa única loja ‘online’, de oferta “mais completa e abrangente”.À Cobermaster cabe “coordenar o processo do início ao fim”, o que passa por registar o pedido dos clientes, fazer a respetiva encomenda às restantes 29 marcas e despachar depois o produto por via postal. “O trabalho tem que ser coordenado por uma entidade só ou isto nunca funcionaria”, assegurou o diretor da empresa.O projeto demorou cerca de dois anos a ser concluído e resulta agora no que Frederico Albergaria define como “a maior plataforma de soluções nacionais de indústria e construção civil”, cujo objetivo principal é “facilitar a vida ao decisor de compras”.“Com 5.000 produtos disponíveis no mesmo sítio, o cliente pode escolher de uma só vez vestuário e calçado de segurança, contentores de transporte e reciclagem, ferramentas, sinalética e uma série de outras coisas que interessam à sua atividade e mesmo à de empresas de escritórios”, explicou.Essa estratégia de agilização obedece a três prioridades: “dar resposta imediata ao interessado, não obrigar a quantidades mínimas de compra e indicar logo os preços finais do produto, com um valor para compras unitárias e outro para pedidos em maior quantidade”.Da oferta global da plataforma Cobermaster, 80% destina-se à indústria e 20% à construção. O critério de seleção dos fabricantes representados no catálogo foi a sua oferta de produtos homologados e “made in” Portugal.O projeto envolve ainda uma política de responsabilidade social, pelo que 1% de todas as vendas ‘online’ revertem para 10 instituições de solidariedade.

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Portugal e Macau querem reforçar cooperação ambiental e estendê-la à lusofonia

O Secretário de Estado do Ambiente, Paulo Lemos, afirmou esta semana, em Macau, pretender reforçar a cooperação com a Região Administrativa Especial chinesa, com “mais ações”, manifestando também a vontade de estendê-la ao universo lusófono.“A ideia é reforçar: fazer mais ações além do Relatório do Estado do Ambiente de Macau, que já fazemos. Queremos fazer mais em áreas em que Portugal e Macau têm experiência,

nomeadamente a dos resíduos”, disse Paulo Lemos, no final de um encontro com o Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Lau Si Io.No plano institucional, esse reforço passará sobretudo pelo “intercâmbio entre técnicos e formação”, havendo também, de acordo com Paulo Lemos, uma vontade mútua - de Portugal e Macau - de estender essa cooperação na área do ambiente à lusofonia.“Um aspeto que foi muito realçado

- quer por mim, quer pelo senhor Secretário - foi a questão da cooperação também com a comunidade de língua oficial portuguesa. Nós pensamos que quer Portugal quer Macau têm potencial para fazerem parcerias para trabalharem em conjunto com outros países lusófonos, sobretudo os africanos”, disse, à margem do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIECF, na sigla inglesa).

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No tocante à relação bilateral, o Secretário de Estado do Ambiente destacou que as partes estão “a trabalhar” com vista a ações concretas, dando conta de que endereçou um convite a Lau Si Io “para conhecer in loco’ a realidade portuguesa na área do ambiente”.“Queremos aprofundar essa cooperação quer do ponto de vista institucional, quer do ponto de vista empresarial. E, nesse sentido, tendo consciência da importância que esta feira [MIECF] assume já não só a nível de Macau mas de toda a região do Delta, viemos com uma delegação empresarial significativa”, composta por um total de 24 empresas, essencialmente ligadas a diversos setores de tratamento de resíduos, indicou.

O Secretário de Estado do Ambiente destacou ainda o “intenso programa de contactos previsto com representantes de outras regiões do Delta “no sentido de também lhes mostrar o que estamos a fazer em Portugal e que temos, para além da tecnologia, o ‘know-how’”, apontou Paulo Lemos, realçando que essa experiência - designada de milagre português’ - “pode ser partilhada”.Como referiu na sua intervenção na abertura do MIECF, “Portugal pode e quer exportar a sua experiência’ para os países que procuram fazer a sua viragem em matéria de sustentabilidade e qualificação ambiental”.“Fomos pioneiros a investir e a relacionar-nos no que hoje se designa por economia verde”, destacou Paulo

Lemos, numa referência aos laços históricos entre Portugal e a China, ao recordar que depois de as energias renováveis terem levado, literalmente, o navegador Jorge Álvares à China, foi a vez, 500 anos depois, de a China chegar a Portugal, com a conquista de posições acionistas importantes em empresas no domínio da energia, como a EDP e a REN.O facto de convergirem em Macau empresas e empreendedores de ambos os países mostra que “continuam a querer negociar e encontrar novas oportunidades”, concluiu Paulo Lemos, para quem, como evidencia o MIECF, “Macau continua a ser um ponto de relacionamento cultural e comercial”.

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UMa deverá aderir ao “+ Superior” que visa cativar e fixar estudantesO Secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes, afirmou, esta semana, que o Governo da República está muito interessado em relançar novas iniciativas que visam aproximar os jovens e também adultos das universidades. José Ferreira Gomes disse que a preocupação mais imediata é o de contrariar o facto de a população dos estudantes universitários ter estabilizado no ano 2000.«Temos um ensino superior que acolhe à volta de 40 por cento dos nossos jovens com 18 anos mas que o faz com algum atraso e, por isso, estamos ainda um pouco longe dos parâmetros de participação de outros países da Europa», afirmou.«Queremos servir melhor a Região», adiantou o Secretário de Estado, o qual referiu que «temos vindo a discutir como as instituições podem articular, de um lado o Ensino Superior, e do outro lado, as preocupações e estratégias de âmbito regional, como obter sinergias para ter melhores resultados», disse o governante.Mas um dos problemas que está a surgir é a dificuldade de fixar os estudantes, daí que tenha surgido um programa denominado “+ Superior”, que entrará em vigor já em setembro, e que tem objetivo muito claro de fixar populações de estudantes universitários.José Ferreira Gomes falava aos jornalistas momentos depois de visitar as instalações da Universidade da Madeira, na Penteada, e antes de participar numa palestra sobre a reforma do Ensino Superior e sobre a importância das suas instituições para o desenvolvimento regional.O Secretário de Estado, que tinha reunido durante a manhã, com a reitoria da UMa e com o Secretário Regional da Educação, sublinhou que o Ensino Superior em Portugal acolhe, neste momento, 40 por cento dos nossos jovens, o que nos deixa um pouco longe dos restantes países da Europa. O “Mais Superior” «vai ser um meio de cativar estudantes que, muitas vezes, nunca terão considerado a hipótese de eleger a Madeira como destino para estudar no ensino superior», explicou o Secretário de Estado, que considerou a UMa como um ponto de destino muito bom para um estudante universitário ser feliz.

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Pedra tumular de Gonçalo Diniz exposta pela primeira vez

No dia 28 de Abril, pelas 20 horas, e até 1 de Junho, no Colégio dos Jesuítas, a Associação Académica da Universidade da Madeira inaugura uma exposição, onde apresenta breves traços da construção da cidade. De entrada livre, a exposição pode ser visitada por todos os interessados entre as 11 e as 18 horas, na Sala dos Arcos, no Colégio dos Jesuítas do Funchal, incluindo os visitantes estrangeiros da cidade, dado que os textos em português são acompanhados pela sua versão em inglês.Ao longo da viagem, que conta a história da cidade, à beira de se assinalar os 500 anos de existência, os visitantes podem encontrar artefactos diversos, salientando a pedra tumular de Gonçalo Diniz, fundador da Capela

das Almas dos Pobres, artefacto encontrado nas ruínas do Forte de São Filipe e, pela primeira vez, exposta ao público em geral. A cedência da Pedra tumular foi possível graças ao protocolo existente entre a AAUMa e a Secretaria da Cultura, Turismo e Transporte, Direção Regional dos Assuntos Culturais e Direção de Serviços de Museus e Património Cultural e ao trabalho que tem sido desenvolvido pelos arqueólogos nas escavações junto à avenida do Mar.Na nota de apresentação da inauguração, a AAUMa recorda que “o Funchal conta, desde agosto de 2008, com 500 anos como cidade, tendo sido a primeira a ser instituída pela Coroa portuguesa nos vastos domínios dos Descobrimentos. A sua instituição

atendia ao desenvolvimento operado com a florescente cultura açucareira, ao grande número de estrangeiros aí residentes e tinha, ainda, em vista reorganizar o vasto território descoberto pelos portugueses, até aí da responsabilidade da Ordem de Cristo. O Funchal tornara-se um centro cosmopolita, com várias colónias de alemães, de flamengos e de italianos, tal como local de passagem quase obrigatório para as armadas que demandavam o Atlântico Sul e que aí se reabasteciam. Num curto prazo de tempo, a Madeira, através do porto do Funchal, transforma-se na porta cosmopolita e internacional da Europa para o Novo Mundo”, explica.

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Governo traz Laurissilva para Montado da Esperança

O Secretário Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais participou numa iniciativa de plantação de árvores, promovida pela Junta de freguesia de São Roque, no Montado da Esperança, e afirmou que o Governo Regional quer trazer a Laurissilva para a zona sul da Madeira. Manuel António Correia diz que os dois mil hectares adquiridos a montante do Funchal é de um grande potencial. Assim, no Montado da Esperança, estão a ser plantadas espécies da floresta tradicional, aproximando-a assim das populações. «Dá segurança às pessoas, aproxima as pessoas da floresta», realçou o Secretário Regional do Ambiente e dos Recursos Humanos a propósito do evento decorreu no Montado da Esperança, onde cerca de 120 crianças de várias escolas e instituições de São Roque, procedem à plantação de 300 árvores.Da parte do Presidente da junta, Pedro Gomes, foi referido que a intenção é a de reflorestar toda a zona do Montado da Esperança, com mais árvores da Laurissilva, para depois, criar uma zona de estudo para alunos de todas as escolas do concelho do Funchal.

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ECONOMIA E FINANÇAS

Conhecimento da realidade pode facilitar tomadas de decisãoA Secretária Regional da Cultura, Turismo e Transportes destacou, no passado dia 27 de Março, a importância da deslocação à Região da delegação da Comissão de Transportes e Turismo do Parlamento Europeu, que decorreu esta semana, a convite do eurodeputado Nuno Teixeira.Depois de uma deslocação ao Porto Santo (ida de barco e regresso de avião), o grupo visitou a gare marítima do Funchal, acompanhado pela Secretária Regional e pela Presidente da Administração de Portos.

No final do encontro, Conceição Estudante destacou o facto de a comitiva ficar a conhecer a realidade regional em termos de transportes aéreos e marítimos, dizendo que «essas experiências são aquelas que mais perduram na memória das pessoas e são aquelas que poderão facilitar e viabilizar no futuro decisões que ao nível europeu tenham impacto e tenham importância para o desenvolvimento de futuros investimentos, de novas infra-estruturas e de novas alternativas de intervenções

nas duas áreas».«Se esta realidade for muito familiar e muito conhecida, é evidente que estão facilitadas as tomadas de decisão», disse Conceição Estudante, lembrando ainda que «o Parlamento toma decisões que afectam as decisões da Comissão e que, naturalmente, as directivas europeias e os fundos europeus dependem, de alguma forma, na sua configuração, de tudo o que no Parlamento se possa vir a pensar e a decidir».

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Vinte e quatro “Masters of Wine” visitam a Região Vitícola da Madeira

O Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM), em conjunto com o Institute of Masters of Wine, sediado em Londres, organizou uma viagem de 24 “Masters of Wine” oriundos de várias nacionalidades à Região Demarcada da Madeira.De acordo com nota enviada à imprensa, o IVBAM refere que a visita inicia-se hoje e vai prolongar-se até dia 30 de Março.O Instituto diz ainda que esta é uma visita «extremamente importante e altamente estratégica para o setor do Vinho Madeira tendo em conta que estes visitantes pertencem a uma elite que possui o grau máximo atribuído pelo Institute of Masters of Wine ao nível de formação vínica».Aliás, o título de “Master of Wine” é reconhecido pela indústria vínica internacional como um dos mais elevados níveis de conhecimento, só havendo cerca de 300 profissionais em todo o mundo com este grau.Os visitantes são na sua maioria norte-americanos e britânicos sendo que estes terão, ao longo destes dias, a oportunidade de visitar os produtores de Vinho Madeira bem como as vinhas e naturalmente terão o contacto com a cultura, paisagem e gastronomia madeirenses. Os vinte e quatro profissionais exercem as suas profissões no sector vínico sendo que alguns são consultores, educadores, wine writers, entre outros, sendo que dado a sua formação todos se encontram em posições de destaque tratando-se de grandes influenciadores de opinião.Esta viagem permitirá aumentar ainda mais o seu grau de conhecimentos sobre os nossos vinhos e Região, sendo relevante para a divulgação e notoriedade do Vinho Madeira.

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Cana sacarina representa cinco milhões de euros para a economia regional

Manuel António Correia anunciou, na passada terça-feira, que a produção de cana-de-açúcar e produtos derivados representa para a economia regional cinco milhões de euros, sendo que, desse valor, 1,6 milhões de euros são para pagar aos produtores.O Secretário Regional de Ambiente e Recursos Naturais falava aos jornalistas no âmbito de uma visita que efectuou ao engenho da Companhia dos engenhos do Norte, no Porto da Cruz.O governante lembrou que a estimativa de produção este ano é de cerca de seis mil toneladas, uma quantidade comparável apenas à de 1884. «Há trinta anos que não tínhamos uma produção tão grande». E, há doze anos atrás, a Região produzia cerca de metade, ou seja à voltas das 2.800 toneladas. «Isso significa um crescimento acentuadíssimo em benefício dos produtores e da economia e do emprego na Região», frisou Manuel António Correia, que destacou ainda as políticas seguidas pelo Governo Regional no sentido de aumentar a área de produção.

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Congresso dos 500 anos da Diocese do Funchal reunirá especialistas de várias áreas

Cerca de 200 especialistas poderão participar no congresso internacional que vai marcar o programa dos 500 anos da Diocese do Funchal, em setembro, disse o Presidente da comissão organizadora do evento.“Desafiámos historiadores, antropólogos, sociólogos, cientistas, epistemólogos da Madeira, do continente, do mundo lusófono, de outros países europeus e de outros continentes, que virão aqui em setembro apresentar o resultado destes três anos de investigação que estão a desenvolver”, afirmou José Eduardo Franco, numa conferência de imprensa, na Cúria Diocesana, destinada a apresentar o programa provisório deste evento.O responsável pela organização

sublinhou estar “espantado” por tantas pessoas terem aceitado este desafio, assegurando que “o critério foi científico, de qualidade, capacidade e disponibilidade para virem cá participar”. José Eduardo Franco admitiu, no entanto, ser necessário efetuar “uma seleção [dos participantes] conforme os meios” financeiros disponíveis.A presença do filósofo Edgar Morin é uma das possibilidade, até porque este “confirmou estar disponível para vir ao congresso e para receber o certificado ‘honoris causa’” a atribuir pela Universidade da Madeira no caso desta instituição assim o decidir.O responsável destacou ainda que está a ser desenvolvido um trabalho para “sensibilizar as entidades regionais,

porque este evento também prestigia não só a Igreja mas também a Região”, no sentido de apoiarem a realização do congresso.O congresso intitulado “A primeira diocese global: história, cultura e espiritualidades” acontecerá de 17 a 20 de setembro e, segundo este historiador e investigador, “não vai escamotear nada” em termos de pontos históricos, incluindo os que podem ser considerados mais polémicos, como o protestantismo do século XIX neste arquipélago.A diocese do Funchal foi a primeira criada pela Igreja fora da Europa, a 12 de junho de 1514, através da bula do papa Leão X e durante mais de duas décadas foi considerada a maior arquidiocese metropolitana do mundo.

RELIGIÃO

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D.Teodoro de Faria publica livro sobre o “Sudário”

“ Jesus - subimos a Jerusalém”, é o título do livro que será apresentado no Funchal no dia 4 de abril, na igreja de São Pedro, às 19 horas.A autoria é de D. Teodoro de Faria, bispo emérito do Funchal, e a obra é editada pelas Paulinas.O tema aborda o “Sudário e a Paixão do Senhor”.

RELIGIÃO

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DESPORTO

«Clubes sabem com o que podem contar»

Jaime Freitas, Secretário Regional da Educação e Recursos Humanos, marcou presença, na passada quinta-feira, no jantar comemorativo do 35.º aniversário do Clube Desportivo São Roque. À chegada, prestou declarações, relevando o papel fundamental de colectividades que prestam serviço público junto da população e mostrou-se satisfeito pela Portaria de Apoio ao Desporto, que projecta que seja publicada ainda esta semana, que é clara e transparente.Jaime Freitas fez, pois, questão de dar pessoalmente os parabéns ao CD São Roque, justificando que «clubes como este, que prestam serviço público, são de enaltecer». Louvou ainda «as pessoas que dão a cara pelos clubes e pelas freguesias, com projetos de coragem, participando ativamente na interligação entre desporto, educação e saúde». Quanto ao futuro, salientou que a «Portaria de Apoio ao Desporto é clara e transparente e cada clube e

associação sabem com o que podem contar». Só desta forma, «é possível arrojarem-se em projetos a que possam dar respostas», mostrando-se convicto que «ainda esta semana possa ser publicada essa portaria»O Clube de São Roque tem em atividade quatro modalidades - Ténis de Mesa, Hóquei em Patins - Karaté e Pesca Desportiva - congregando cerca de 180 atletas e 15 técnicos e contando ainda com 15 colaboradores permanentes. Todavia, na atual conjuntura, ganha cada vez mais destaque nas coletividades desportivas as ações lúdicas, direcionadas para a população. Nesse contexto, o CD São Roque é um grande exemplo, com uma vertente social bastante acentuada, na qual se inclui cursos de formação, desportos radicais e caminhadas, entre muitas outras atividades. No total, serão cerca de 300 as pessoas que diariamente passam pelas instalações do clube.Marcelo Gouveia, presidente do clube

há 20 anos, e cujo o atual mandato expira em dezembro, é, por via do benefício que a coletividade leva até à população, um homem satisfeito. «É evidente que gostaria de receber uma prenda. A mais desejada seria a cobertura do Campo do Encontro, que beneficiaria não só essa população mas também os estabelecimentos escolares circundantes», conforme relevou. Mas, no imediato, “contenta-se” com a certeza de que «o CD São Roque vai continuar a dignificar o nome da Madeira», relevando que «a política de utilizador/pagador tem sido essencial para sustentar o clube, neste tempo de dificuldades financeiras».Entre as cerca de 250 pessoas que marcaram presença no Restaurante Miradouro, em São Roque, para além de Jaime Freitas e Marcelo Gouveia, esteve, também, Pedro Gomes, presidente da Junta de Freguesia de São Roque.

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