Boletim de Resultados da Escola SEAPE · Língua Portuguesa 8ª série/9° ano do ... desempenho...

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SEAPEBoletim de Resultados da Escola

Volume III

Língua Portuguesa

8ª série/9° ano do Ensino Fundamental

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Governador do Estado do AcreSebastião Afonso Viana Macedo Neves

Vice - Governador do Estado do AcreCarlos Cesar Correia de Messias

Secretário de Estado de EducaçãoDaniel Queiroz de Sant’Ana

Secretário Adjunta de Estado de EducaçãoRailton Geber Rocha

Diretor de EnsinoJosenir de Araujo Calixto

Diretora de Gestão InstitucionalMaria Rita Paro

Diretora de RecursosCassirir de Souza Pena

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Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora

Coordenação GeralLina Kátia Mesquita Oliveira

Coordenação TécnicaManuel Fernando Palácios da Cunha e Melo

Coordenação de PesquisaTufi Machado Soares

Coordenação de Análise e Divulgação de ResultadosAnderson Córdova Pena

Coordenação de Instrumentos de AvaliaçãoVerônica Mendes Vieira

Coordenação de Medidas EstatísticasWellington Silva

Coordenação de Produção VisualHamilton Ferreira

Equipe de Medidas EstatísticasAilton Fonseca GalvãoClayton ValeRafael Oliveira

Equipe de Análise e Divulgação dos ResultadosAna Paula Gomes de SouzaCamila Fonseca OliveiraCarolina de Lima GouvêaDaniel Aguiar de Leighton BrookeFernanda dos Santos RochaGláucia Fialho FonsecaJoão Paulo Costa VasconcelosJúlio Sérgio da Silva Jr.Leonardo Augusto CamposMichelle Sobreiro PiresMatheus LacerdaRodrigo Coutinho CorrêaRogério Amorim GomesTatiana Casali Ribeiro

Equipe de Instrumentos de AvaliaçãoDaniel Araújo VignoliJanine Reis FerreiraMayra da Silva Moreira

Equipe de Língua PortuguesaHilda Aparecida Linhares da Silva Micarello (Coord.)Josiane Toledo Ferreira Silva (Coord.)Adriana de Lourdes Ferreira de AndradeAna Letícia Duin TavaresEdmon Neto de OliveiraMaika Som MachadoRachel Garcia Finamore

Equipe de MatemáticaLina Kátia Mesquita Oliveira (Coord.)Bruno Rinco Dutra PereiraDenise Mansoldo SalazarMariângela de Assumpção de CastroTatiane Gonçalves de Moraes

Equipe de editoraçãoBruno CarnaúbaClarissa Aguiar Eduardo Castro Henrique BedettiMarcela ZaghettoMarcelo ReisRaul Furiatti MoreiraVinicius Peixoto

FotografiaDaniel Candian

Equipe de apoio fotográfico - Instituto de Artes e Design - UFJFFrederico Lopes RabeloEduardo Garcia

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Sumário

Continuando nosso assunto... 8Seção 1 Os Resultados de sua Escola 9Seção 2 A Escala de Proficiência de Língua Portuguesa 13Seção 3 Os Domínios e as Competências da Escala de Proficiência 18Seção 4 Os Padrões de Desempenho Estudantil para Língua Portuguesa 32Seção 5 Os Intervalos da Escala de Proficiência 34Seção 6 Atividades de Apropriação de Resultados 56Agora é com você 62

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7SEAPE

Caro Educador

Os resultados da Edição do SEAPE 2010 você encontra em uma coleção de quatro volumes, que apresentam informações fundamentais para a consolidação de uma escola capaz de fazer a diferença na vida de seus estudantes.

A Coleção SEAPE 2010

1SEAPE: Boletim do Sistema de Avaliação

Apresenta o SEAPE, sua abrangência, as Matrizes de Referência, a composição dos testes e sua metodologia de análise.

2Boletim de Resultados Gerais: Estado, Regional, Município e Escola

Oferece informações gerais da participação dos estudantes na avaliação e os resultados de proficiência alcançados pelos estudantes no âmbito do estado, redes de ensino, regionais, municípios e escolas.

3Boletim de Resultadosda Escola

Informa a proficiência média alcançada pela escola, tendo por foco a análise pedagógica e qualitativa dos resultados alcançados pelos estudantes na área de conhecimento avaliada. Destaca-se a interpretação da Escala de Proficiência, que apresenta as competências e habilidades desenvolvidas pelos estudantes situados em cada nível de proficiência e padrões de desempenho.

4Boletim Contextual: fatores associados ao desempenho

Analisa os fatores intra e extraescolares que interferem no desempenho dos estudantes com base nos dados coletados pelos questionários aplicados aos próprios estudantes, professores e diretores.

O objetivo maior com o trabalho de divulgação e apropriação dos resultados, iniciado com a Coleção SEAPE 2010, é possibilitar a discussão dos resultados alcançados, tanto pelos gestores dos sistemas públicos quanto pelos profissionais das escolas, com a finalidade de contribuir para elaboração de políticas públicas e de práticas pedagógicas mais eficazes.

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8 Boletim de Resultados Gerais

Continuando nosso assunto...

Melhorar o desempenho escolar dos estudantes do Acre. Essa é uma questão que tem norteado os esforços de gestores

e educadores no planejamento de políticas públicas e de práticas pedagógicas capazes de garantir o alcance de metas de acesso e permanência a uma escola de qualidade.

Nesse processo, o SEAPE se destaca como uma estratégia privilegiada para obtenção de informações significativas sobre a realidade educacional das escolas de nosso Estado. O diagnóstico oferecido pelo SEAPE reveste-se, pois, de especial importância política e pedagógica na medida em que apresenta o desempenho dos estudantes no espectro de habilidades e competências essenciais para o desenvolvimento de uma educação que faça a diferença.

Neste Volume 3 da Coleção SEAPE 2010 você conhecerá, portanto, os resultados de Língua Portuguesa da 8ª série/9° ano do Ensino Fundamental para a 2ª edição de avaliação do SEAPE. Esses resultados serão debatidos neste boletim em 6 seções.

Na primeira seção são apresentados os resultados de sua escola no SEAPE 2010; esses resultados ganham significado pedagógico com a Escala de

Proficiência, apresentada logo em seguida na seção 2. A interpretação da Escala, pelos Domínios e Competências, Padrões de Desempenho e Níveis de Proficiência, é detalhada nas seções posteriores.

Assim, na seção 3, Domínios e Competências da Escala, são apresentadas as habilidades presentes em cada uma das competências da escala, com ênfase em seus diferentes graus de complexidade representados pela gradação de cores.

A seção 4, Padrões de Desempenho, complementa a interpretação dos domínios e competências da escala, explicitando as principais habilidades presentes em cada padrão de desempenho estudantil definido pela Secretaria de Estado de Educação.

Na seção 5, é apresentado, para cada nível, o detalhamento das habilidades juntamente com alguns itens representativos das tarefas que os estudantes que se encontram naquele nível são capazes de fazer.

Ao final, na última seção, você encontrará atividades práticas planejadas com o objetivo de facilitar a interpretação das informações apresentadas. É muito importante que você, juntamente com a equipe pedagógica de sua escola, realize as atividades e dinâmicas propostas.

Todos estão convidados a analisar e interpretar as informações trazidas neste Boletim, para que, juntos, cumpramos a meta de elevar os índices educacionais de nossa rede de ensino, contribuindo para uma educação mais justa e de qualidade.

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9SEAPE

1Seção

Os resultados de sua escola

Você encontrará:• Os Resultados do SEAPE 2010.

O objetivo é:• Apresentar os resultados de participação e desempenho do SEAPE

em sua edição de 2010 no âmbito do Estado, das redes de ensino, das regionais e de sua escola.

Nessa seção

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10 Boletim de Resultados Gerais

Os resultados de sua escola no SEAPE 2010 são apresentados a seguir, considerando-se quatro aspectos.

1 Proficiência médiaApresenta a proficiência média de sua escola obtida na edição de 2010 do SEAPE. Como os resultados são produzidos na escala do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB, você pode comparar a proficiência da sua escola com as médias do Brasil, do Estado, da sua Regional e do seu município para as diferentes redes. O objetivo é proporcionar uma visão das proficiências médias e posicionar sua escola em relação a essas médias.

2 ParticipaçãoInforma o número estimado de estudantes para a realização do teste e quantos, efetivamente, participaram da avaliação no Estado, na sua Regional, no seu município e na sua escola.

3 Evolução do percentual de estudantes por padrão de desempenho

Permite que você acompanhe a evolução do percentual de estudantes nos padrões de desempenho das avaliações realizadas pelo SEAPE em suas últimas edições.

4 Resultados por turma e estudanteVocê conhecerá a proficiência média de cada turma e estudante da escola. Esses resultados estão no anexo deste boletim.

Nas próximas páginas, você terá acesso aos resultados do SEAPE; analise-os com muita atenção. Atente para o percentual de estudantes que se encontra em cada um dos domínios e competências da escala e dos padrões de desempenho acadêmico. Esses dados serão fundamentais para o planejamento coletivo de sua escola.

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11SEAPE

DADOS VARIÁVEIS

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12 Boletim de Resultados Gerais

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13SEAPE

2Seção

A Escala de Proficiência de Língua Portuguesa

Você encontrará:• A Escala de Proficiência de Língua Portuguesa.

O objetivo é:• Apresentar a Escala de Proficiência de Língua Portuguesa e a sua

relação com as Matrizes de Referência para Avaliação do SEAPE.

Nessa seção

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14 Boletim de Resultados Gerais

A Escala de Proficiência de Língua Portuguesa

Nas avaliações em larga escala da educação básica realizadas no Brasil, os resultados dos estudantes em Língua Portuguesa são

dispostos em uma escala de proficiência definida pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, o SAEB. A utilização da escala do SAEB permite uma série de vantagens; uma das mais importantes para a escola é, sem dúvida, a possibilidade de interpretação pedagógica dos resultados.

Essa interpretação é possível porque as escalas de proficiência oferecem a possibilidade de ordenar, em um continuum, o desempenho dos estudantes avaliados, do nível mais baixo ao mais alto, e de descrever as habilidades distintivas de cada um de seus intervalos. Ou seja, os estudantes situados em um nível mais alto da escala revelam dominar não só as habilidades do nível em que se encontram, mas também aquelas dos níveis anteriores, o que permite dizer, por exemplo, que estudantes da 8ª série/9º ano devem, necessariamente, revelar habilidades em Língua Portuguesa mais complexas do que os da 4 ª série/5º ano, estando, portanto, localizados em pontos mais altos da escala.

O SEAPE utiliza a mesma Escala de Proficiência de Língua Portuguesa do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, SAEB, o que torna possível, portanto, posicionar em uma mesma métrica, de forma bem distribuída, os resultados do desempenho escolar dos estudantes do Acre da 2ª série / 3° ano, 4ª série/5º ano e 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio, situando a unidade avaliada, seja o estudante, a escola, o município, a Regional ou o Estado, em função de seu desempenho. A utilização dessa escala possibilita, ainda, a comparação dos resultados obtidos entre a avaliação do SEAPE e outras avaliações de larga escala, entre as diferentes edições do SEAPE e entre as diversas etapas de escolaridades avaliadas.

Apresentamos, a seguir, a Escala de Proficiência de Língua Portuguesa do SEAPE. Atente para os domínios, competências e padrões de desempenho da escala. Eles serão detalhados nas próximas seções.

Apresentamos, a seguir, a Escala de Proficiência de

Atente para os domínios, competências e padrões de desempenho da escala. Eles serão detalhados

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15SEAPE

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16 Boletim de Resultados Gerais

A estrutura da Escala

A Escala de Proficiência em Língua Portuguesa do SEAPE estrutura-se em linhas e colunas, correspondentes às diversas interpretações e leituras possíveis de serem realizadas.

Na primeira coluna são apresentados os grandes domínios do conhecimento da Língua Portuguesa para toda a educação básica. Cada um desses domínios da escala se divide, na segunda coluna, em competências que, por sua vez, reúnem um conjunto de habilidades. As habilidades, representadas por diferentes cores, que vão do amarelo ao vermelho, estão dispostas nas várias linhas da escala. Essas cores indicam a gradação de complexidade das habilidades, pertinentes a cada competência apresentada na escala. Assim, por exemplo, a cor amarela indica o primeiro nível de complexidade da habilidade, passando pelo laranja e indo até o nível mais complexo, representado pela cor vermelha. A legenda explicativa das cores informa sobre essa gradação na própria escala.

Na primeira linha da Escala, em azul claro, estão divididos todos os intervalos em faixas de 25 pontos, que vão do zero aos 500 pontos. Na última linha, em tons de verde, estão agrupados os padrões de desempenho definidos pela Secretaria de Estado de Educação para Língua Portuguesa na 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental. Os limites entre os padrões são negritados e cortam a escala, no sentido vertical, da primeira à última linha.

A relação entre a Escala de Proficiência e a Matriz de Referência

Como você viu, a Escala de Proficiência em Língua Portuguesa é composta por três domínios – Apropriação do Sistema de Escrita, Estratégias de Leitura e Processamento do texto – , os quais apresentam competências que englobam as habilidades indicadas nos descritores da Matriz de Referência para avaliação.

No quadro, a seguir, você pode ver quais os descritores contribuem para a constituição de cada uma das competências da Escala de Proficiência.

Domínio Competências Descritores

APROPRIAÇÃO DOSISTEMA DE ESCRITA

Identifica letras.

*Reconhece convenções gráficas.Manifesta consciência fonológica.Lê palavras.

ESTRATÉGIASDE LEITURA

Localiza informação. D1Identifica tema. D6Infere. D3, D4, D5, D16, D17, D18 e D19

PROCESSAMENTODO TEXTO

Identifica gênero, função, e destinatário de um texto.

D12

Estabelece relações lógico-discursivas. D2, D9, D11 e D15Identifica elementos de um texto narrativo. D10Estabelece relações entre textos. D20Distingue posicionamentos. D7, D8, D14 e D21Identifica marcas linguísticas. D13

*As habilidades envolvidas nessas competências não são avaliadas nessa etapa de escolaridade.

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17SEAPE

Para extrair o máximo de informações oferecidas pela Escala de Proficiência é preciso interpretá-la.

Essa interpretação pode ser feita de três maneiras:

• a primeira, pelos domínios e competências, considerando-se a evolução das habilidades ao longo da escala de proficiência;

• a segunda diz respeito a uma leitura por meio dos padrões de desempenho; e

• a terceira, observando-se cada um dos intervalos de 25 em 25 pontos da escala.

Essas três possibilidades de leitura e interpretação da escala são muito importantes, pois trazem informações fundamentais para o planejamento pedagógico dos professores, de modo a realizarem intervenções em sala de aula.

A seguir, faremos a primeira interpretação que enfoca o detalhamento dos níveis de complexidade das habilidades, priorizando a descrição do desenvolvimento cognitivo ao longo do processo de escolarização.

A seguir, faremos a primeira interpretação que enfoca o detalhamento dos níveis de complexidade das habilidades, priorizando a descrição do desenvolvimento cognitivo ao longo do processo

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18 Boletim de Resultados Gerais

3Seção

Os Domínios e as Competências da Escala de Proficiência

Você encontrará:• Os Domínios e as Competências da Escala de Proficiência.

O objetivo é:• Interpretar a Escala de Proficiência considerando a evolução das

habilidades ao longo da escala.

Nessa seção

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19SEAPE

DOMÍNIO: APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITAProfessor, a apropriação do sistema de escrita é condição para que o estudante leia com compreensão e de forma autônoma. Essa apropriação é o foco do trabalho nos anos iniciais do Ensino Fundamental, ao longo dos quais se espera que o estudante avance em suas hipóteses sobre a língua escrita. Nesse domínio, encontram-se reunidas quatro competências que envolvem percepções acerca dos sinais gráficos que utilizamos na escrita – as letras – e sua organização na página e aquelas referentes a correspondências entre som e grafia. O conjunto dessas competências permite ao alfabetizando ler com compreensão.

COMPETÊNCIA: Identifica letras.

Uma das primeiras hipóteses que a criança formula com relação à língua escrita é a de que escrita e desenho são uma mesma coisa. Sendo assim, quando solicitada a escrever, por exemplo, “casa”, a criança pode simplesmente desenhar uma casa. Quando começa a ter contatos mais sistemáticos com textos escritos, observando-os e vendo-os ser utilizados por outras pessoas, a criança começa a perceber que escrita e desenho são coisas diferentes, reconhecendo as letras como os sinais que se deve utilizar para escrever. Para chegar a essa percepção, a criança deverá, inicialmente, diferenciar as letras de outros símbolos gráficos, como os números, por exemplo. Uma vez percebendo essa diferenciação, um próximo passo será o de identificar as letras do alfabeto, nomeando-as e sabendo identificá-las mesmo quando escritas em diferentes padrões.

Os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa branca, de 0 a 75 pontos, ainda não desenvolveram as habilidades relacionadas a essa competência.

Estudantes que se encontram em níveis de proficiência entre 75 e 100 pontos são capazes de diferenciar letras de outros rabiscos, desenhos e/ou outros sinais gráficos também utilizados na escrita. Esse é um nível básico de desenvolvimento desta competência, representado na escala pelo amarelo claro.

Estudantes com proficiência entre 100 e 125 pontos são capazes de identificar as letras do alfabeto. Esse novo nível de complexidade desta competência é indicado, na escala, pelo amarelo escuro.

Estudantes com nível de proficiência acima de 125 pontos diferenciam as letras de outros sinais gráficos e identificam as letras do alfabeto, mesmo quando escritas em diferentes padrões gráficos. Esse dado está indicado na Escala de Proficiência pela cor vermelha

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20 Boletim de Resultados Gerais

COMPETÊNCIA: Reconhece convenções gráficas.

Mesmo quando ainda bem pequenas, muitas crianças que têm contatos frequentes com situações de leitura imitam gestos leitores dos adultos. Fazem de conta, por exemplo, que leem um livro, folheando-o e olhando suas páginas. Esse é um primeiro indício de reconhecimento das convenções gráficas. Essas convenções incluem saber que a leitura se faz da esquerda para a direita e de cima para baixo ou, ainda, que, diferentemente da fala, se apresenta num fluxo contínuo e na escrita é necessário deixar espaços entre as palavras.

Os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa branca, de 0 a 75 pontos, ainda não desenvolveram as habilidades relacionadas a essa competência.

Estudantes que se encontram em níveis de proficiência de 75 a 100 pontos reconhecem que o texto é organizado na página escrita da esquerda para a direita e de cima para baixo. Esse fato é representado na escala pelo amarelo claro.

Estudantes com proficiência acima de 100 pontos, além de reconhecerem as direções da esquerda para a direita e de cima para baixo na organização da página escrita, também identificam os espaçamentos adequados entre palavras na construção do texto. Na escala, esse novo nível de complexidade da competência está representado pela cor vermelha.

COMPETÊNCIA: Manifesta consciência fonológica.

A consciência fonológica se desenvolve quando o sujeito percebe que a palavra é composta de unidades menores que ela própria. Essas unidades podem ser a sílaba ou o fonema. As habilidades relacionadas a essa competência são importantes para que o estudante seja capaz de compreender que existe correspondência entre o que se fala e o que se escreve.

Os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa branca, de 0 a 75 pontos, ainda não desenvolveram as habilidades relacionadas a essa competência.

Os estudantes que se encontram em níveis de proficiência entre 75 e 100 pontos identificam rimas e sílabas que se repetem em início ou fim de palavra. Ouvir e recitar poesias, além de participar de jogos e brincadeiras que explorem a sonoridade das palavras contribuem para o desenvolvimento dessas habilidades.

Estudantes com proficiência entre 100 e 125 pontos contam sílabas de uma palavra lida ou ditada. Esse novo nível de complexidade da competência está representado na escala pelo amarelo escuro.

Estudantes com proficiência acima de 125 pontos já consolidaram essa competência e esse fato está representado na Escala de Proficiência pela cor vermelha.

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21SEAPE

COMPETÊNCIA: Lê palavras.

Para ler palavras com compreensão, o alfabetizando precisa desenvolver algumas habilidades. Uma delas, bastante elementar, é a de identificar as direções da escrita: de cima para baixo e da esquerda para direita. Em geral, ao iniciar o processo de alfabetização, o alfabetizando lê com maior facilidade as palavras formadas por sílabas no padrão consoante/vogal, isso porque, quando estão se apropriando da base alfabética, as crianças constroem uma hipótese inicial de que todas as sílabas são formadas por esse padrão. Posteriormente, em função de sua exposição a um vocabulário mais amplo e a atividades nas quais são solicitadas a refletir sobre a língua escrita, tornam-se hábeis na leitura de palavras compostas por outros padrões silábicos.

Os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa branca, de 0 a 75 pontos, ainda não desenvolveram as habilidades relacionadas a essa competência.

Na escala de proficiência, o amarelo claro indica que os estudantes que apresentam níveis de proficiência de entre 75 e 100 pontos são capazes de ler palavras formadas por sílabas no padrão consoante-vogal, o mais simples, e que, geralmente, é objeto de ensino nas etapas iniciais da alfabetização.

O amarelo escuro indica, na escala, que estudantes com proficiência entre 100 e 125 pontos alcançaram um novo nível de complexidade da competência de ler palavras: a leitura de palavra formadas por sílabas com padrão diferente do padrão consoante/vogal.

A cor vermelha indica que estudantes com proficiência acima de 125 pontos já consolidaram as habilidades que concorrem para a construção da competência de ler palavras.

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22 Boletim de Resultados Gerais

DOMÍNIO: ESTRATÉGIAS DE LEITURAA concepção de linguagem que fundamenta o trabalho com a língua materna no Ensino Fundamental é a de que a linguagem é uma forma de interação entre os falantes. Consequentemente, o texto deve ser o foco do ensino da língua, uma vez que as interações entre os sujeitos, mediadas pela linguagem, se materializam na forma de textos de diferentes gêneros. O domínio “Estratégias de Leitura” reúne as competências que possibilitam ao leitor utilizar recursos variados para ler com compreensão textos de diferentes gêneros.

COMPETÊNCIA: Localiza informação.

A competência de localizar informação explícita em textos pode ser considerada uma das mais elementares. Com o seu desenvolvimento o leitor pode recorrer a textos de diversos gêneros, buscando neles informações de que possa necessitar. Essa competência pode apresentar diferentes níveis de complexidade – desde localizar informações em frases, por exemplo, até fazer essa localização em textos mais extensos – e se consolida a partir do desenvolvimento de um conjunto de habilidades que devem ser objeto de trabalho do professor em cada período de escolarização. Isso está indicado, na Escala de Proficiência, pela gradação de cores.

Os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa branca, de 0 a 100 pontos, ainda não desenvolveram as habilidades relacionadas a essa competência.

Estudantes que se encontram em um nível de proficiência entre 100 e 125 pontos localizam informações em frases, pequenos avisos, bilhetes curtos, um verso. Essa é uma habilidade importante porque mostra que o leitor consegue estabelecer nexos entre as palavras que compõem uma sentença, produzindo sentido para o todo e não apenas para as palavras isoladamente. Na Escala de Proficiência, o desenvolvimento dessa habilidade está indicado pelo amarelo claro.

Os estudantes, que apresentam proficiência entre 125 e 175 pontos, localizam informações em textos curtos, de gênero familiar e com poucas informações. Esses leitores conseguem, por exemplo, a partir da leitura de um convite, localizar o lugar onde a festa acontecerá ou ainda, a partir da leitura de uma fábula, localizar uma informação relativa à caracterização de um dos personagens. Essa habilidade está indicada, na Escala, pelo amarelo escuro.

Os estudantes com proficiência entre 175 e 225 pontos localizam informações em textos mais extensos, desde que o texto se apresente em gênero que lhes seja familiar. Esses leitores selecionam, dentre as várias informações apresentadas pelo texto, aquela(s) que lhes interessa(m). Na Escala de Proficiência, o laranja claro indica o desenvolvimento dessa habilidade.

Os estudantes com proficiência entre 225 e 250 pontos além de localizar informações em textos mais extensos, conseguem localizá-las, mesmo quando o gênero e o tipo textual lhe são menos familiares. Isso está indicado, na Escala de Proficiência, pelo laranja escuro.

A partir de 250 pontos, encontram-se os estudantes que localizam informações explícitas, mesmo quando essas se encontram sob a forma de paráfrases. Esses estudantes já consolidaram a habilidade de localizar informações explícitas, o que está indicado, na Escala de Proficiência, pela cor vermelha.

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23SEAPE

COMPETÊNCIA: Identifica tema.

A competência de identificar tema se constrói pelo desenvolvimento de um conjunto de habilidades que permitem ao leitor perceber o texto como um todo significativo pela articulação entre suas partes.

Os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa branca, de 0 a 125 pontos ainda não desenvolveram as habilidades relacionadas a essa competência.

Estudantes que apresentam um nível de proficiência entre 125 e 175 pontos identificam o tema de um texto desde que esse venha indicado no título, como no caso de textos informativos curtos, notícias de jornal ou revista e textos instrucionais. Esses estudantes começam a desenvolver a competência de identificar tema de um texto, fato indicado, na Escala de Proficiência, pelo amarelo claro.

Estudantes com proficiência entre 175 e 225 pontos, fazem a identificação do tema de um texto valendo-se de pistas textuais. Na Escala de Proficiência, o amarelo escuro indica esse nível mais complexo de desenvolvimento da competência de identificar tema de um texto.

Estudantes com proficiência entre 225 e 275 pontos identificam o tema de um texto mesmo quando esse tema não está marcado apenas por pistas textuais, mas é inferido a partir da conjugação dessas pistas com a experiência de mundo do leitor. Justamente por mobilizar intensamente a experiência de mundo, estudantes com esse nível de proficiência conseguem identificar o tema em textos que exijam inferências, desde que os mesmos sejam de gênero e tipo familiares. O laranja claro indica este nível de complexidade mais elevado da competência.

Já os estudantes com nível de proficiência a partir de 275 pontos identificam o tema em textos de tipo e gênero menos familiares que exijam a realização de inferências nesse processo. Esses estudantes já consolidaram a competência de identificar tema em textos, o que está indicado na Escala de Proficiência pela cor vermelha.

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24 Boletim de Resultados Gerais

COMPETÊNCIA: Realiza inferências.

Fazer inferências é uma competência bastante ampla e que caracteriza leitores mais experientes, que conseguem ir além daquelas informações que se encontram na superfície textual, atingindo camadas mais profundas de significação. Para realizar inferências, o leitor deve conjugar, no processo de produção de sentidos para o que lê, as pistas oferecidas pelo texto aos seus conhecimentos prévios, à sua experiência de mundo. Estão envolvidas na construção da competência de fazer inferências as habilidades de: inferir o sentido de uma palavra ou expressão a partir do contexto no qual ela aparece; inferir o sentido de sinais de pontuação ou outros recursos morfossintáticos; inferir uma informação a partir de outras que o texto apresenta ou, ainda, o efeito de humor ou ironia em um texto.

Os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa branca, de 0 a 125 pontos, ainda não desenvolveram as habilidades relacionadas a essa competência.

O nível de complexidade dessa competência também pode variar em função de alguns fatores: se o texto apresenta linguagem não verbal, verbal ou mista; se o vocabulário é mais ou menos complexo; se o gênero textual e a temática abordada são mais ou menos familiares ao leitor, dentre outros. Estudantes com proficiência entre 125 e 175 pontos apresentam um nível básico de construção dessa competência, podendo realizar inferências em textos não verbais como, por exemplo, tirinhas ou histórias sem texto verbal, e, ainda, inferir o sentido de palavras ou expressões a partir do contexto em que elas se apresentam. Na Escala de Proficiência, o amarelo claro indica essa etapa inicial de desenvolvimento da competência de realizar inferências.

Aqueles estudantes que apresentam proficiência entre 175 e 225 pontos inferem informações em textos não verbais e de linguagem mista desde que a temática desenvolvida e o vocabulário empregado lhes sejam familiares. Esses estudantes conseguem, ainda, inferir o efeito de sentido produzido por alguns sinais de pontuação e o efeito de humor em textos como piadas e tirinhas. Na Escala de Proficiência o

desenvolvimento dessas habilidades pelos estudantes está indicado pelo amarelo escuro.

Estudantes com proficiência entre 225 e 275 pontos realizam tarefas mais sofisticadas como inferir o sentido de uma expressão metafórica ou efeito de sentido de uma onomatopeia; inferir o efeito de sentido produzido pelo uso de uma palavra em sentido conotativo e pelo uso de notações gráficas e, ainda, o efeito de sentido produzido pelo uso de determinadas expressões em textos pouco familiares e/ou com vocabulário mais complexo. Na Escala de Proficiência o desenvolvimento dessas habilidades está indicado pelo laranja claro.

Estudantes com proficiência a partir de 275 pontos já consolidaram a habilidade de realizar inferências, pois, além das habilidades relacionadas aos níveis anteriores da Escala, inferem informações em textos de vocabulário mais complexo e temática pouco familiar, valendo-se das pistas textuais, de sua experiência de mundo e de leitor e, ainda, de inferir o efeito de ironia em textos diversos, além de reconhecer o efeito do uso de recursos estilísticos. A consolidação das habilidades relacionadas a essa competência está indicada na Escala de Proficiência pela cor vermelha.

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25SEAPE

COMPETÊNCIA: Identifica gênero, função e destinatário de textos de diferentes gêneros.

A competência de identificar gênero, função ou destinatário de um texto envolve habilidades cujo desenvolvimento permite ao leitor uma participação mais ativa em situações sociais diversas, nas quais o texto escrito é utilizado com funções comunicativas reais. Essas habilidades vão desde a identificação da finalidade com que um texto foi produzido até a percepção de a quem ele se dirige. O nível de complexidade que essa competência pode apresentar dependerá da familiaridade do leitor com o gênero textual, portanto, quanto mais amplo for o repertório de gêneros de que o estudante dispuser, maiores suas possibilidades de perceber a finalidade dos textos que lê. É importante destacar que o repertório de gêneros textuais se amplia à medida que os estudantes têm possibilidades de participar de situações variadas, nas quais a leitura e a escrita tenham funções reais e atendam a propósitos comunicativos concretos.

Os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa branca, de 0 a 100 pontos, ainda não desenvolveram as habilidades relacionadas a essa competência.

Estudantes que apresentam um nível de proficiência de 100 a 175 pontos identificam a finalidade de textos de gênero familiar como receitas culinárias, bilhetes, poesias. Essa identificação pode se fazer em função da forma do texto, quando ele se apresenta na forma estável em que o gênero geralmente se encontra em situações da vida cotidiana. Por exemplo, no caso da receita culinária, quando ela traz inicialmente os ingredientes, seguidos do modo de preparo dos mesmos. Além de identificarem uma notícia. Na Escala de Proficiência esse início de desenvolvimento da competência está indicado pelo amarelo claro.

Aqueles estudantes com proficiência de 175 a 250 pontos identificam o gênero e o destinatário de textos de ampla circulação na sociedade, menos comuns no ambiente escolar, valendo-se das pistas oferecidas pelo texto, tais como: o tipo de linguagem e o apelo que faz a seus leitores em potencial. Na Escala de Proficiência, a maior complexidade dessa competência está indicada pelo amarelo escuro.

Os estudantes que apresentam proficiência a partir de 250 pontos já consolidaram a competência de identificar gênero, função e destinatário de textos, ainda que estes se apresentem em gênero pouco familiar e com vocabulário mais complexo. Esse fato está representado na Escala de Proficiência pela cor vermelha.

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26 Boletim de Resultados Gerais

DOMÍNIO: PROCESSAMENTO DO TEXTONesse domínio estão agrupadas competências cujo desenvolvimento tem início nas séries iniciais do Ensino Fundamental, progredindo em grau de complexidade até o final do Ensino Médio. Para melhor compreendermos o desenvolvimento dessas competências, precisamos lembrar que a avaliação tem como foco a leitura, não se fixando em nenhum conteúdo específico. Na verdade, diversos conteúdos trabalhados no decorrer de todo o período de escolarização contribuem para o desenvolvimento das competências e habilidades associadas a esse domínio. Chamamos de processamento do texto as estratégias utilizadas na sua constituição e sua utilização na e para a construção do sentido do texto. Nesse domínio, encontramos cinco competências, as quais serão detalhadas a seguir, considerando que as cores apresentadas na Escala indicam o início do desenvolvimento da habilidade, as gradações de dificuldade e sua consequente consolidação.

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27SEAPE

COMPETÊNCIA: Estabelece relações lógico-discursivas entre partes de um texto.

A competência de estabelecer relações lógico-discursivas envolve habilidades necessárias para que o leitor estabeleça relações que contribuem para a continuidade, progressão do texto, garantindo sua coesão e coerência. Essas habilidades relacionam-se, por exemplo, ao reconhecimento de relações semânticas indicadas por conjunções, preposições, advérbios ou verbos. Ainda podemos indicar a capacidade de o estudante reconhecer as relações anafóricas marcadas pelos diversos tipos de pronome. O grau de complexidade das habilidades associadas a essa competência está diretamente associado a dois fatores: a presença dos elementos linguísticos que estabelecem a relação e o posicionamento desses elementos dentro do texto, por exemplo, se um pronome está mais próximo ou mais distante do termo a que ele se refere.

Os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa branca, de 0 a 150 pontos ainda não desenvolveram as habilidades relacionadas a essa competência.

Os estudantes que se encontram no intervalo amarelo claro, de 150 a 200, começam a desenvolver a habilidade de perceber relações de causa e consequência em texto não verbal e em texto com linguagem mista, além de perceberem aquelas relações expressas por meio de advérbios ou locuções adverbiais como, por exemplo, de tempo, lugar e modo.

No intervalo de 200 a 250, indicado pelo amarelo escuro, os estudantes já conseguem realizar tarefas mais complexas como estabelecer relações anafóricas por meio do uso de pronomes pessoais retos, e por meio de substituições lexicais. Acrescente-se que já começam a estabelecer relações semânticas pelo uso de conjunções, como as comparativas.

No laranja claro, intervalo de 250 a 300 pontos na Escala, os estudantes atingem um nível maior

de abstração na construção dos elos que dão continuidade ao texto, pois reconhecem relações de causa e consequência sem que haja marcas textuais explícitas indicando essa relação semântica. Esses estudantes também reconhecem, na estrutura textual, os termos retomados por pronomes pessoais oblíquos, por pronomes demonstrativos e possessivos.

Os estudantes com proficiência acima de 300 pontos na Escala estabelecem relações lógico-semânticas mais complexas, pelo uso de conectivos menos comuns ou mesmo pela ausência de conectores. A cor vermelha indica a consolidação das habilidades associadas a essa competência.

É importante ressaltar que o trabalho com elementos de coesão e coerência do texto deve ser algo que promova a compreensão de que os elementos linguísticos que constroem uma estrutura sintática estabelecem entre si uma rede de sentido, a qual deve ser construída pelo leitor.

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28 Boletim de Resultados Gerais

COMPETÊNCIA: Identifica elementos de um texto narrativo.

Os textos com sequências narrativas são os primeiros com os quais todos nós entramos em contato e com os quais mantemos maior contato, tanto na oralidade quanto na escrita. Daí, observarmos a consolidação das habilidades associadas a essa competência em níveis mais baixos da Escala de Proficiência, ao contrário do que foi visto na competência anterior. Identificar os elementos estruturadores de uma narrativa significa conseguir dizer onde, quando e com quem os fatos ocorrem, bem como sob que ponto de vista a história é narrada. Essa competência envolve, ainda, a habilidade de reconhecer o fato que deu origem à história (conflito ou fato gerador), o clímax e o desfecho da narrativa. Esses elementos dizem respeito tanto às narrativas literárias (contos, fábulas, crônicas, romances...) como a narrativas de caráter não literário, uma notícia, por exemplo.

Os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa branca, de 0 a 150 pontos, ainda não desenvolveram as habilidades relacionadas a essa competência.

Os estudantes cuja proficiência se encontra entre 150 e 175 pontos na Escala nível marcado pelo amarelo claro, estão começando a desenvolver essa competência. Esses estudantes identificam o fato gerador de uma narrativa curta e simples, bem como reconhecem o espaço em que transcorrem os fatos narrados.

Entre 175 e 200 pontos na Escala, há um segundo nível de complexidade, marcado pelo amarelo escuro. Nesse nível, os estudantes reconhecem, por exemplo, a ordem em que os fatos são narrados.

A partir de 200 pontos, os estudantes agregam a essa competência mais duas habilidades: o reconhecimento da solução de conflitos e do tempo em que os fatos ocorrem. Nessa última habilidade, isso pode ocorrer sem que haja marcas explícitas, ou seja, pode ser necessário fazer uma inferência. A faixa vermelha indica a consolidação das habilidades envolvidas nessa competência.

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29SEAPE

COMPETÊNCIA: Estabelece relações entre textos.

Essa competência diz respeito ao estabelecimento de relações intertextuais, as quais podem ocorrer dentro de um texto ou entre textos diferentes. É importante lembrar, também, que a intertextualidade é um fator importante para o estabelecimento dos tipos e dos gêneros, na medida em que os relaciona e os distingue. As habilidades envolvidas nessa competência começam a ser desenvolvidas em níveis mais altos da Escala de Proficiência, revelando, portanto, tratar-se de habilidades mais complexas, que exigem do leitor uma maior experiência de leitura.

Os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa branca, de 0 a 225 pontos, ainda não desenvolveram as habilidades relacionadas a essa competência.

Os estudantes que se encontram entre 225 e 275 pontos na Escala, marcado pelo amarelo claro, começam a desenvolver as habilidades dessa competência. Esses estudantes reconhecem diferenças e semelhanças no tratamento dado ao mesmo tema em textos distintos, além de identificar um tema comum na comparação entre diferentes textos informativos.

O amarelo escuro, 275 a 325 pontos, indica que os estudantes com uma proficiência que se encontra nesse intervalo já conseguem realizar tarefas mais complexas ao comparar textos, como, por exemplo, reconhecer, na comparação entre textos, posições contrárias acerca de um determinado assunto.

A partir de 325 pontos, o vermelho indica a consolidação das habilidades relacionadas a essa competência. Os estudantes que ultrapassam esse nível na Escala de Proficiência são considerados leitores proficientes.

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30 Boletim de Resultados Gerais

COMPETÊNCIA: Distingue posicionamentos.

Distinguir posicionamentos está diretamente associado a uma relação mais dinâmica entre o leitor e o texto.

Os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa branca, de 0 a 200 pontos, ainda não desenvolveram as habilidades relacionadas a essa competência.

Essa competência começa a se desenvolver entre 200 e 225 pontos na Escala de Proficiência. Os estudantes que se encontram no nível indicado pelo amarelo claro, distinguem fato de opinião em um texto narrativo, por exemplo.

No amarelo escuro, de 225 a 275 pontos, encontram-se os estudantes que já se relacionam com o texto de modo mais avançado. Nesse nível de proficiência, encontram-se as habilidades de

identificar trechos de textos em que está expressa uma opinião e a tese de um texto.

O laranja claro, 275 a 325 pontos, indica uma nova gradação de complexidade das habilidades associadas a essa competência. Os estudantes cujo desempenho se localiza nesse intervalo da Escala de Proficiência conseguem reconhecer, na comparação entre textos, posições contrárias acerca de um determinado assunto.

O vermelho, acima do nível 325, indica a consolidação das habilidades envolvidas nessa competência.

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31SEAPE

COMPETÊNCIA: Identifica marcas linguísticas.

Essa competência relaciona-se ao reconhecimento de que a língua não é imutável e faz parte do patrimônio social e cultural de uma sociedade. Assim, identificar marcas linguísticas significa reconhecer as variações que uma língua apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada. Essa competência envolve as habilidades de reconhecer, por exemplo, marcas de coloquialidade ou formalidade de uma forma linguística e identificar o locutor ou interlocutor por meio de marcas linguísticas.

Os estudantes cuja proficiência se encontra na faixa branca, de 0 a 125 pontos, ainda não desenvolveram as habilidades relacionadas a essa competência.

Os estudantes que se encontram no intervalo amarelo claro, de 125 a 175 pontos na Escala, começam a desenvolver essa competência ao reconhecer expressões próprias da oralidade.

No intervalo de 175 a 225, amarelo escuro, os estudantes já conseguem identificar marcas linguísticas que diferenciam o estilo de linguagem em textos de gêneros distintos.

No intervalo de 225 a 275, laranja claro, os

estudantes apresentam a habilidade de reconhecer marcas de formalidade ou de regionalismos e aquelas que evidenciam o locutor de um texto expositivo.

Os estudantes que apresentam uma proficiência de 275 a 325 pontos, laranja escuro, identificam marcas de coloquialidade que evidenciam o locutor e o interlocutor, as quais são indicadas por expressões idiomáticas.

A faixa vermelha, a partir do nível 325 da Escala de Proficiência, indica a consolidação das habilidades associadas a essa competência. O desenvolvimento dessas habilidades é muito importante, pois implica a capacidade de realizar uma reflexão metalinguística.

Na seção seguinte, vamos realizar a segunda interpretação da Escala de Proficiência.

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32 Boletim de Resultados Gerais

4Seção

Os Padrões de Desempenho Estudantil para Língua Portuguesa

Você encontrará:• Os Padrões de Desempenho para Língua Portuguesa.

O objetivo é:• Interpretar a Escala de Proficiência considerando os agrupamentos de

seus intervalos.

Nessa seção

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33SEAPE

Na segunda forma de interpretação da escala de proficiência, os intervalos da escala são agrupados conforme padrões definidos pela Secretaria de Estado de Educação para o SEAPE.

Esses padrões são referências importantes para o entendimento do ponto em que sua escola se

encontra em relação ao desempenho acadêmico. Assim, na avaliação da 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental de Língua Portuguesa do SEAPE, consideramos quatro padrões de desempenho. Observe, no quadro a seguir, o detalhamento dos padrões de desempenho e seus respectivos níveis de proficiência.

Padrão de desempenho

InterpretaçãoNível de

proficiência

Abaixo doBásico

Os alunos que apresentam esse padrão de desempenho revelam ter desenvolvidocompetências e habilidades muito aquém do que seria esperado para o período deescolarização em que se encontram. Esses alunos são capazes de localizar informações e identificar o tema em textos curtos, com assunto e linguagem compatíveis à série em que se encontram, bem como inferir o sentido de palavra ou expressão. Esse grupo de alunos necessita de uma intervenção focalizada de modo a progredirem com sucesso em seu processo de escolarização.

Até 200

Básico

Os alunos que apresentam esse padrão de desempenho demonstram já teremcomeçado um processo de sistematização e domínio das habilidades consideradasbásicas e essenciais ao período de escolarização em que se encontram. Alémdas habilidades apresentadas no padrão de desempenho anterior, esses alunosdesenvolveram algumas habilidades que lhe permitem estabelecer relações entrepartes de um texto, como recuperar informação por meio de pronomes pessoaisretos e de substituições lexicais, e começam a desenvolver outras que lhes permitirãoestabelecer relações entre textos. Contudo, também para esse grupo de alunos, éimportante o investimento de esforços para que possam desenvolver habilidadesde leitura mais elaboradas, associadas, por exemplo, à realização de inferência maissofisticadas e à comparação de textos.

De 200 a 250

Adequado

Os alunos que apresentam esse padrão de desempenho demonstram ter ampliadoo leque de habilidades tanto no que diz respeito à quantidade quanto no que serefere à complexidade dessas habilidades, as quais exigem um maior refinamentodos processos cognitivos nelas envolvidos. Além das habilidades apresentadas nopadrão de desempenho anterior, esses alunos, por exemplo, reconhecem relaçõesde causa e consequência sem que haja marcas textuais explícitas, reconhecem oconflito gerador e a solução de conflitos em narrativas diversas,bem como localizaminformações em textos mais extensos e com vocabulário mais complexo, além de jácomeçarem a estabelecer relações entre as partes de um texto.

De 250 a 300

Avançado

Os alunos que apresentam esse padrão de desempenho revelam ser capazes de realizar tarefas que exigem habilidades de leitura mais sofisticadas como, por exemplo, reconhecem a tese defendida pelo autor de um texto e identificam opiniões contrárias acerca de um assunto. Esses alunos desenvolveram habilidades que superam aquelas esperadas para o período de escolaridade em que se encontram.

Acima de 300

Veja, a seguir, na terceira forma de interpretação da Escala de Proficiência, o detalhamento das habilidades presentes nos intervalos de proficiência que constituem cada um dos padrões de desempenho.

A fim de exemplificar quais tarefas os estudantes realizam nesses intervalos, apresentamos, também, alguns itens que compuseram o teste de 2010 do SEAPE. Esses itens estão alocados nos intervalos

de proficiência da Escala de acordo com o comportamento apresentado no teste. A análise pedagógica dos itens compreende, como você verá, o percentual geral de resposta dos estudantes para cada alternativa, além de hipóteses mais prováveis sobre estratégias cognitivas das quais os estudantes se valeram ao optar por uma dada alternativa. Em cada item, o gabarito encontra-se destacado.

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34 Boletim de Resultados Gerais

5Seção

Os intervalos da Escala de Proficiência

Você encontrará:• O detalhamento dos intervalos de proficiência da escala e exemplos

de itens.

Os objetivos são:• Interpretar a Escala de Proficiência considerando cada um dos

intervalos de 25 a 25 pontos. • Conhecer exemplos de itens que compuseram o teste de 2010 do

SEAPE.

Nessa seção

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35SEAPE

Até 125 pontosAbaixo do Básico

Neste nível, os estudantes da 4ª série/5º ano e 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental:• Reconhecem letras diferenciando-as de outros sinais gráficos.• Reconhecem letras do alfabeto.• Reconhecem diferentes formas de grafar uma mesma letra.• Identificam rimas.• Contam sílabas de uma palavra.• Identificam sílabas no início de palavra.• Identificam sílabas no meio e no fim de palavras.• Identificam sílabas de palavra ouvida.• Identificam as direções da escrita.• Estabelecem relação grafema-fonema.• Leem palavras no padrão consoante-vogal.• Identificam o espaçamento entre palavras na segmentação da escrita.• Leem frases.• Localizam informações em frases.• Identificam o gênero e a finalidade de textos familiares.

De 125 até 150 pontosBásico

Neste nível, os estudantes da 4ª série/5º ano e 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental:• Localizam informações explícitas que completam literalmente o enunciado da questão.• Inferem informações implícitas.• Reconhecem elementos como o personagem principal.• Interpretam o texto com auxílio de elementos não-verbais.• Identificam a finalidade do texto.• Estabelecem relação de causa e consequência, em textos verbais e não-verbais.• Conhecem expressões próprias da linguagem coloquial.• Identificam o assunto de um texto curto e com linguagem simplificada.

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36 Boletim de Resultados Gerais

De 150 até 175 pontosAbaixo do Básico

Neste nível, os estudantes da 4ª série/5º ano e 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental:• Localizam informações explícitas em anúncios que contenham informação verbal e não verbal.• Localizam informações explícitas em textos narrativos mais longos, em textos poéticos, informativos e em anúncio de classificados.• Localizam informações explícitas em situações mais complexas, por exemplo, requerendo a seleção e a comparação de dados do texto.• Inferem o sentido de palavra em texto poético (cantiga popular).• Inferem informações, identificando o comportamento e os traços de personalidade de uma determinada personagem, a partir de texto do gênero conto de média extensão, de texto não verbal ou expositivo curto.• Identificam o tema de um texto expositivo longo e de um texto informativo simples.• Identificam o conflito gerador de um conto de média extensão.• Identificam, em uma história em quadrinhos, o espaço ou o cenário em que ocorre a narrativa.• Identificam marcas linguísticas que evidenciam os elementos que compõem uma narrativa (conto de longa extensão).• Interpretam textos com material gráfico diverso e com auxílio de elementos não verbais em histórias em quadrinhos, tirinhas e poemas, identificando características e ações dos personagens.• Identificam uma notícia.

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37SEAPE

De 175 até 200 pontosAbaixo do Básico

Neste nível, os estudantes da 4ª série/5º ano e 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental:• Inferem informações implícitas, a partir do seu sentido global.• Localizam informações explícitas, a partir da reprodução das ideias de um trecho do texto.• Localizam informações explícitas em textos curtos anedóticos, ficcionais e poéticos, além de identificar

informações a partir da comparação entre anúncios classificados e pela associação entre imagem e linguagem verbal, em histórias em quadrinhos.

• Localizam informações explícitas, identificando as diferenças entre textos da mesma tipologia (convite).• Inferem o sentido de uma expressão, mesmo na ausência do discurso direto.• Inferem informações que tratam, por exemplo, de sentimentos, impressões e características pessoais

das personagens, em textos verbais e não verbais.• Interpretam textos com auxílio de elementos não verbais e verbais em histórias em quadrinhos, tirinhas,

identificando características, estados psicológicos e ações dos personagens.• Interpretam histórias em quadrinhos de maior complexidade temática, reconhecendo a ordem em que

os fatos são narrados.• Identificam a finalidade de um texto jornalístico.• Reconhecem elementos que compõem uma narrativa com temática e vocabulário complexos (a solução

do conflito e o narrador).• Identificam o efeito de sentido produzido pelo uso da pontuação.• Distinguem efeitos de humor e o significado de uma palavra pouco usual.• Identificam o emprego adequado de homonímias.• Identificam as marcas linguísticas que diferenciam o estilo de linguagem em textos de gêneros distintos.• Estabelecem relações entre partes de um texto identificando substituições por pronomes pessoais que

retomam um antecedente.• Reconhecem as relações semânticas expressas por advérbios ou locuções adverbiais e por verbos.• Estabelecem relação de causa e consequência entre partes e elementos de uma fábula.• Identificam o tema de um texto poético a partir de pistas evidenciadas nos versos.• Identificam o interlocutor de um texto informativo com linguagem simples voltado para o público

infantil.

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38 Boletim de Resultados Gerais

O item abaixo avalia a habilidade de interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto, etc.). Nesse caso, especificamente, avalia-se se o aluno consegue interpretar a expressão facial de um personagem de uma tirinha, gênero familiar a alunos desse período de escolarização.

BL01P09

Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://depositodocalvin.blogspot.com/>. Acesso em: 06 jul. 09. (P050489A9_SUP)

(P050578A9) No último quadrinho, a expressão do menino é de A) coragem.B) preocupação.C) raiva.D) susto.

Leia o texto abaixo.

5

Canção mínima

No mistério do sem-fi mequilibra-se um planetae, no planeta, um jardim,e, no jardim, um canteiro;no canteiro, uma violeta,e, sobre ela, o dia inteiro,entre o planeta e o sem-fi m,a asa de uma borboleta.

MEIRELES, Cecília. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985. p. 163. (P7991_SUP)

08) (P36532) O tema do texto éA) a beleza dos jardins.B) a grandeza dos planetas.C) a importância das borboletas.D) a valorização das pequenas coisas.

% de Resposta

Hipótese

A 5,2%

Os alunos que marcaram essa alternativa revelaram não ter atentado para os recursos gráficos utilizados no texto verbal: o crescimento da palavra “cheguei” ao longo dos três primeiros quadrinhos; e o tamanho, o negrito, o formato e a pontuação utilizados na expressão “e então”, no último quadrinho, em contraste com o tamanho e ausência de ênfases gráficas na fala do personagem deitado, lendo serenamente. A integração desses elementos com as expressões corporais/faciais dos dois personagens não permite a conclusão de que tenha ocorrido algo que demandasse enfrentamento corajoso. Esses alunos revelaram que não construíram a habilidade avaliada pelo item.

B6,3%

Os alunos que escolheram essa alternativa se detiveram no quadrinho, onde a expressão do menino poderia sugerir preocupação por não ter havido qualquer tipo de manifestação quanto ao anúncio de sua presença. Essa escolha, no entanto, não atende ao que foi proposto como tarefa pelo item.

C70,7%

Os alunos que assinalaram essa alternativa, o gabarito, já desenvolveram a habilidade avaliada pelo item, pois conseguiram articular, adequadamente as linguagens utilizadas no texto: os recursos gráficos utilizados no texto verbal: o crescimento da palavra “cheguei” ao longo dos três primeiros quadrinhos; e o tamanho, o negrito, o formato e a pontuação utilizados na expressão “e então”, no último quadrinho, em contraste com o tamanho e ausência de ênfases gráficas na fala do homem deitado, lendo jornal serenamente. A integração desses elementos com as expressões corporais/faciais dos dois personagens encaminha a produção de sentido do leitor para a conclusão de que o menino ficou frustrado e reagiu com raiva diante do descaso do outro personagem.

D17,4%

Os alunos que optaram por essa alternativa consideraram que, pelo fato de o menino estar com a boca muito aberta, indicando que estava gritando, e com os braços levantados, ele estaria dando um susto no personagem que está deitado. No entanto, uma leitura atenta da tirinha e do enunciado indicam que essa foi uma inferência equivocada. Esses alunos, assim como aqueles que assinalaram as alternativas A e B, ainda não desenvolveram a habilidade avaliada.

Brancos e nulos: 0,4%

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39SEAPE

O item a seguir avalia a habilidade de identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. Para isso, o aluno deve analisar os elementos estruturais, a linguagem, o tema, o destinatário e o meio de circulação do texto, para dizer a finalidade social com que o texto circula na sociedade. Nesse item, o aluno deveria identificar o objetivo comunicativo de um texto informativo com característica de curiosidade, veiculado em revista voltada para o público infanto-juvenil.

Leia o texto abaixo.

A pipoca surgiu há mais de mil anos na América, mas ninguém sabe ao certo como foi. Um nativo pode ter deixado grãos de milho perto do fogo e, de repente: POP! POP!, eles estouraram e viraram flocos brancos e fofos. Que susto!

Quando os primeiros europeus chegaram ao continente americano, no século 15, eles conheceram a pipoca como um salgado feito de milho e usado pelos índios como alimento e enfeite de cabelo e colares.

Arqueólogos também encontraram sementes de milho de pipoca no Peru e no atual estado de Utah, nos Estados Unidos. Por isso, acreditam que ela já fazia parte da alimentação de vários povos da América no passado.

Disponível em: <www.recreionline.abril.com.br> (P06188SI_SUP)

(P06188SI) Esse texto serve paraA) contar uma história.B) dar uma notícia sobre a América.C) ensinar a fazer pipoca.D) informar sobre o surgimento da pipoca.

% de Resposta

Hipótese

A10,7%

Os alunos que marcaram essa alternativa se confundiram pelo fato de um texto informativo (notícia e reportagem) e uma narrativa ficcional apresentarem elementos estruturais semelhantes (local, tempo, fato, personagem). Contudo, esses alunos desconsideraram os demais aspectos constitutivos do texto, revelando, assim, pouca familiaridade com o gênero textual utilizado para avaliar a habilidade.

B8,2%

Os alunos que escolheram essa alternativa revelaram que conseguiram perceber o a presença de elementos narrativos, característicos da notícia, contudo o texto em questão não se classifica dessa maneira e, ainda, confundiram-se quanto ao aspecto temático.

C4,9%

A escolha dessa alternativa indica um maior distanciamento da consolidação da habilidade avaliada pelo item. Os alunos que fizeram essa opção revelaram desconhecer tanto as características de um texto que tem a finalidade de ensinar o preparo de um alimento – receita – quanto de um texto informativo. Esses alunos, assim como aqueles que marcaram as alternativas A e B, ainda não desenvolveram a habilidade avaliada pelo item.

D75,6%

Os alunos que assinalaram essa alternativa, o gabarito, revelaram que já desenvolveram a habilidade avaliada pelo item, pois consideraram as pistas que o texto oferece para identificar sua função social.

Brancos e nulos: 0,6%

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40 Boletim de Resultados Gerais

O item abaixo avalia a habilidade de Identificar repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto. Nesse caso, especificamente, avalia-se se os alunos conseguem realizar uma retomada por meio do emprego do pronome pessoal reto feminino e singular (“ela”) cujo referente se encontra próximo. Para isso, foi utilizado um fragmento de um livro que aborda diferentes tipos de brinquedos e brincadeiras, o qual foi escrito em uma linguagem simples e familiar aos alunos do período de escolarização avaliado.

Leia o texto abaixo.

5

10

Pião

Rodar um pião já não é tarefa fácil, mas fazer seu próprio pião, esculpindo-o na madeira, é desafio para poucos.

Rodrigo Castro Tapajós, um menino de 15 anos que mora na comunidade Urucureá às margens do rio Arapiuns, no Pará, não sabe dizer ao certo com que aprendeu a retirar seu pião de dentro de um tronco de árvore; diz só que “foi olhando os outros”.

Quando o desejo de jogar pião surge entre a turma, lá vão o Rodrigo e seus amigos caminhando pela mata em busca da madeira com que constroem seus brinquedos e brincadeiras.

Tanta árvore, tanta madeira bem pertinho de suas casas, mas os garotos caminham longas distâncias para encontrar uma em especial, de nome curioso: a “madeira de vassoura”. Não sabem o nome científico dessa madeira, mas ela garante qualidade e resistência para a construção de piões.

MEIRELLES, Renata. Giramundo e outros brinquedos e brincadeiras dos meninos do Brasil. São Paulo: Editora Terceiro Nome, 2007, p. 98.

(P050309A9_SUP)

(P050309A9) No trecho “... mas ela garante qualidade e resistência para a construção de piões.”. (ℓ.11-12), a palavra destacada se refere àA) árvore.B) madeira.C) mata.D) vassoura.

% de Resposta

Hipótese

A19,1%

Os alunos que escolheram essa alternativa revelaram que ainda não conseguem fazer uma retomada por meio do emprego de pronome pessoal reto, pois se confundiram na compreensão do último parágrafo, onde as referências a “árvore” e a “madeira” se entrelaçam. Além disso, descuidaram da coerência entre o comando do item e a alternativa escolhida, produzindo uma exótica construção de sentido - “... mas a árvore garante qualidade e resistência para a construção de piões. Também é possível supor que eles investiram pouco na leitura do texto, uma vez que se trata de assunto familiar e que referente e pronome estão próximos.

B69,2%

Os alunos que marcaram essa alternativa, o gabarito, revelaram que já conseguem estabelecer relações entre partes de um texto, identificando substituições que contribuem para sua continuidade.

C4,3%

Os alunos que assinalaram essa alternativa realizaram uma leitura atenta do texto, revelando dificuldade na realização de retomada, pois tomaram como referente do pronome um termo que se encontra distante e que indica o lugar por onde os meninos caminhavam em busca de material para construir brinquedos.

D6,7%

Os alunos que escolheram essa alternativa consideraram com referente do pronome um termo que se encontra no sintagma “madeira de vassoura”, mas que não se constitui efetivamente como o termo retomado pelo pronome em destaque no comando do item. Esses alunos, assim como aqueles que marcaram as alternativas A e C, ainda não perceberam que o processo de estabelecimento de relações por meio do uso de pronome é também semântico e não apenas sintático.

Brancos e nulos: 0,7%

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41SEAPE

De 200 até 225 pontosBásico

Neste nível, os estudantes da 4ª série/5º ano e 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental:• Selecionam, entre informações explícitas e implícitas, as correspondentes a um personagem.• Inferem o sentido de uma expressão metafórica e o efeito de sentido de uma onomatopeia.• Inferem a intenção implícita na fala de personagens, identificando o desfecho do conflito, a organização

temporal da narrativa e o tema de um poema.• Identificam, em fábulas e histórias em quadrinhos, o conflito gerador de um enredo, sua solução, e o

tempo em que ocorre um determinado fato.• Identificam a finalidade de um texto com características de curiosidade.• Distinguem o fato da opinião relativa a ele em texto narrativo.• Estabelecem relações entre partes de um texto pela identificação de substituições pronominais ou

lexicais.• Identificam palavras sinônimas que estabelecem a coesão lexical entre partes distantes de um texto

narrativo.• Estabelecem relações lógico-discursivas em textos narrativos através do uso de expressão adverbial.• Estabelecem relação de causa e consequência explícita entre partes e elementos em textos verbais e não

verbais de diferentes gêneros.• Reconhecem o tema de textos informativos que contêm vocabulário técnico simplificado.• Reconhecem diferenças no tratamento dado ao mesmo tema em textos distintos.• Identificam marcas linguísticas referentes a interlocutores, de acordo com a faixa etária.• Identificam os efeitos de sentido de humor decorrentes do uso dos sentidos literal e conotativo das

palavras e de notações gráficas.• Identificam a finalidade de um texto informativo longo e de estrutura complexa, característico de

publicações didáticas.• Compreendem textos que associam linguagem verbal e não verbal (textos multisemióticos), tendo como

base informações explícitas.• Reconhecem, com base em informações implícitas, não só características dos personagens de uma

narrativa, mas também as intenções pretendidas com uma ação particular.

Os estudantes da 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental:• Localizam, em lendas e em poemas narrativos, determinada informação explícita entre várias outras de

igual relevância para o sentido global do texto.• Identificam o que causou ou provocou determinadas ações da narrativa.• Percebem que o ponto de exclamação também tem a função de realçar determinados sentidos.

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42 Boletim de Resultados Gerais

O item abaixo avalia a habilidade de inferir uma informação implícita em um texto. Nesse caso, os alunos deveriam inferir uma informação a respeito da menina, protagonista da história. Para isso, foi utilizado um fragmento de livro voltado para o público infantil-juvenil.

Leia o texto abaixo.

5

10

15

20

Conta de novo a história da noite em que eu nasci

Conta de novo a história da noite em que eu nasci.Conta de novo que vocês estavam dormindo encaixadinhos feito duas colheres e como

o pai roncava!Conta de novo que o telefone tocou no meio da noite e eles disseram que eu nasci.Conta de novo como você começou a gritar!Conta de novo que você ligou logo para a vovó e o vovô, mas eles não atenderam o

telefone porque dormiam como uma pedra.Conta de novo que vocês foram me buscar de avião, levando uma sacola de fraldas e

mamadeiras, e que no avião só tinha amendoim para comer e nem um filmezinho pra ver.Conta de novo que você não podia ter um neném na sua barriga e por isso eu saí da

barriga de uma outra moça que não podia cuidar de nenhuma criança. E eu vim para ser sua filhinha e vocês serem meus pais.

Conta de novo que vocês chegaram no hospital, morrendo de curiosidade de me conhecer.

Conta de novo a primeira vez que vocês me viram pelo vidro do berçário: eu berrava de fome e vocês riam que nem bobos.

Conta de novo a primeira vez em que você me abraçou e me chamou de filhinha querida. Conta de novo que você chorou de tanta felicidade!

Conta de novo como eu adorei a minha primeira mamadeira.Conta de novo como eu detestei trocar de fralda.Mãe, pai, contem de novo a história da noite em que eu nasci.

CURTIS, Jamie-Lee. Conta de novo a história da noite em que eu nasci. São Paulo: Salamandra, 1998. (P050189A9_SUP)

(P050189A9) A menina dessa históriaA) chorou de felicidade.B) foi adotada por um casal.C) foi criada pelos avós.D) nasceu em um avião.

% de Resposta

Hipótese

A17,8%

Os alunos que assinalaram essa alternativa se detiveram em uma informação explícita que se encontra na linha 18 e se relaciona à mãe da menina (“Conta que você chorou de tanta felicidade!”). Essa escolha revela limitação na compreensão leitora pelo fato de terem se confundido com as informações oferecidas pelo texto.

B68,2%

Os alunos que escolheram a alternativa, o gabarito, já desenvolveram a habilidade avaliada pelo item, pois conseguiram se valer de “pistas” como o trecho “conta de novo que você não podia ter um nenê na sua barriga e por isso eu nasci da barriga de uma outra moça que não podia cuidar de nenhuma criança. E eu vim para ser sua filhinha e vocês serem meus pais.” Merece destacar que os alunos que fizeram essa escolha essa alternativa demonstraram significativa perícia para ativar os conhecimentos prévios que os encaminhou para essa resposta.

C6,1%

Os alunos que marcaram essa alternativa se guiaram pelo trecho “Conta de novo que você ligou logo para a vovó e o vovô, mas que eles não atenderam ao telefone porque dormiam como uma pedra.”, realizando, assim, uma inferência equivocada.

D7,4%

Os alunos que escolheram a alternativa foram atraídos pela informação presente no seguinte fragmento: “Conta de novo que vocês foram me buscar de avião, levando uma sacola de fraldas mamadeiras e que no avião só tinha amendoim para comer e nem um filmezinho para ver”. Tanto esses alunos quanto aqueles que marcaram as alternativas A e C ainda não desenvolveram a habilidade avaliada pelo item.

Brancos e nulos: 0,5%

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43SEAPE

De 225 até 250 pontosBásico

Neste nível, os estudantes da 4ª série / 5º ano e 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental:• Localizam a informação principal.• Localizam informações explícitas em uma bula de remédio com vocabulário técnico simplificado.• Localizam informação em texto instrucional de vocabulário complexo.• Identificam a finalidade de um texto instrucional, com linguagem pouco usual e com a presença de

imagens associadas à escrita, assim como de texto narrativo que tem o propósito de convencer o leitor.• Inferem o sentido de uma expressão em textos longos com estruturas temática e lexical complexas (carta

e história em quadrinhos).• Distinguem o sentido metafórico do literal de uma expressão.• Identificam, em história em quadrinhos e em narrativa literária simples, o conflito central do enredo.• Identificam, em anedotas, fábulas e quadrinhos, um trecho ou um detalhe do texto que provocam

efeito de humor.• Interpretam sentidos do texto a partir de configurações do material gráfico, como por exemplo, formato

e disposição das letras.• Identificam o tema de um conjunto de informações distribuídas em uma tabela, além de identificar um

tema comum na comparação entre diferentes textos informativos.• Estabelecem relação entre as partes de um texto, pelo uso do “porque” como conjunção causal em

texto não verbal e em narrativa simples.• Identificam a relação lógico-discursiva marcada por locução adverbial ou conjunção comparativa.• Estabelecem relações entre partes de um texto pela identificação de substituições pronominais ou de

palavras de sentido equivalente em textos poéticos e de ficção e em informativo curto.• Detectam o efeito de sentido decorrente do emprego de sinais de pontuação, tais como reticências para

expressar continuidade e ponto de interrogação como recurso para expressar dúvida.Os estudantes da 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental:

• Localizam informações em textos narrativos com traços descritivos que expressam sentimentos subjetivos e opinião.

• Identificam o tema de textos narrativos, argumentativos e poéticos de conteúdo complexo.• Identificam a tese e os argumentos que a defendem em textos argumentativos.• Identificam, entre fragmentos de um texto, qual expressa o modo como um fato ocorreu.• Identificam, em um contexto próximo, a palavra à qual um pronome pessoal ou um pronome indefinido

se referem.• Depreendem o sentido de uma palavra ou expressão de acordo com seu emprego no texto.

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44 Boletim de Resultados Gerais

O item abaixo avalia a habilidade de Identificar repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto. Nesse caso, especificamente, avalia-se se os alunos conseguem realizar uma retomada por meio do emprego do pronome pessoal oblíquo feminino e na 3ª pessoa do singular (“la”) cujo referente se encontra próximo. Para isso, foi utilizado um fragmento de um artigo jornalístico.

Leia o texto abaixo.

Durante o verão, com o aumento da temperatura ambiente, torna-se importante um cuidado maior com a hidratação do corpo, uma vez que as perdas de líquidos e de sais minerais pelo organismo são maiores do que em outras estações do ano. A transpiração excessiva, o esforço físico ou vômitos e diarreias provocados pela ingestão de alimentos contaminados ou mal conservados podem causar um problema muito comum nesta época do ano: a desidratação. Para evitá-la e preveni-la, é importante que as pessoas, principalmente crianças e idosos, tenham uma boa alimentação e ingiram líquidos de forma regular.

Gazeta de Piracicaba, Domingo, 06 jan. 2008. Caderno Cidade. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica. (P050073A8_SUP)

(P050073A8) Em “Para evitá-la e preveni-la”, o pronome “la” está substituindo a palavraA) alimentação.B) desidratação.C) hidratação.D) transpiração.

% de Resposta

Hipótese

A17,3%

Os alunos que assinalaram essa alternativa consideraram como referente um termo que está posposto ao pronome e distante no texto. Essa escolha revela a não observação de dois fatores: esse item não solicita o estabelecimento de uma relação catafórica e o substantivo “alimentação” não mantém o nexo do texto.

B58,1%

Os alunos que marcaram essa alternativa, o gabarito, conseguiram realizar a atividade de retomada pronominal, sendo capazes de identificar que o termo “desidratação”, feminino e singular, é retomado pelo pronome “la”. Esses alunos já desenvolveram a habilidade avaliada pelo item.

C16,4%

A escolha dessa alternativa indica que os alunos perceberam o caráter anafórico do pronome “la”, porém indicaram como referente um termo presente no início do texto e que não mantém o nexo do texto.

D7,5%

Os alunos que optaram por essa alternativa demonstraram dificuldade em estabelecer uma relação referencial. Apesar de indicarem um termo antecedente ao pronome “la”, revelando a percepção de seu caráter anafórico. Contudo ainda não entenderam que uma referência pronominal contribui para a manutenção do sentido do texto.

Brancos e nulos: 0,7%

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45SEAPE

De 250 até 275 pontosAdequado

Neste nível, os estudantes da 4ª série / 5º ano e 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental:• Reconhecem o sentido de expressões próprias de bulas de remédio e de textos de divulgação científica.• Interpretam dados e informações apresentados em tabelas, gráficos e figuras.• Localizam informações em paráfrases, a partir de texto expositivo extenso e com elevada complexidade

vocabular.• Identificam a intenção do autor em uma história em quadrinhos.• Depreendem relações de causa e consequência implícitas no texto.• Identificam a finalidade de uma fábula, demonstrando apurada capacidade de síntese.• Identificam a finalidade de textos humorísticos (anedotas), distinguindo efeitos de humor mais sutis.• Estabelecem relação de sinonímia entre uma expressão vocabular e uma palavra.• Identificam relação lógico-discursiva marcada por locução adverbial de lugar, conjunção temporal ou

advérbio de negação, em contos.• Reconhecem o efeito de sentido produzido pelo ponto de interrogação indicando a provocação da

curiosidade do leitor.

Os estudantes da 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental:• Localizam uma informação explícita em um texto poético ou informativo apoiando-se na equivalência

de sentido entre duas palavras ou expressões distintas.• Inferem informação a partir de um julgamento em textos narrativos longos.• Identificam as diferentes intenções em textos de uma mesma tipologia e que tratam do mesmo tema.• Reconhecem o tema de fábulas e de textos dissertativo-argumentativos simples e o sentido global de

um texto narrativo em quadrinhos a partir de elementos verbais e não verbais.• Identificam a tese de textos argumentativos, com linguagem informal e inserção de trechos narrativos.• Identificam a relação entre um pronome oblíquo ou demonstrativo e uma ideia.• Localizam uma informação que foi explicitada anteriormente, em pontos diferentes do texto, e retomada

mais adiante sob a forma de uma elipse.• Estabelecem relação de causa e consequência entre informações explícitas de um texto narrativo de

complexidade mediana.• Localizam informações explícitas de um texto narrativo de complexidade mediana.• Reconhecem o efeito de sentido decorrente do uso de recursos morfossintáticos.• Identificam, em textos informativos ou literários, o valor semântico de advérbios, expressões adverbiais

ou conjunções.• Associam, em histórias em quadrinho de natureza instrucional, os elementos gráficos, lingüísticos

(metafóricos ou não) e de conhecimento de mundo que, em conjunto, provocam efeitos de humor.• Reconhecem, em textos distintos, semelhanças e diferenças no tratamento de um mesmo tema.• Restabelecem a articulação de sentido de um trecho associando partes descontínuas de uma mesma

informação.• Identificam, em um texto expositivo-argumentativo, marcas linguísticas que expressam a “voz” do

locutor do texto. • Identificam valor semântico de conjunção condicional em uma tirinha.• Reconhece o referente de um pronome possessivo que se encontra distante no texto.

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46 Boletim de Resultados Gerais

O item a seguir avalia a habilidade de reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos, especificamente o efeito do uso do diminutivo na fala de uma personagem de uma tirinha.

Leia o texto abaixo.

BROWNE, Dik. O melhor de Hagar, o Horrível. v. 3. Porto Alegre: L&PM, 2008. p. 54. (P090360B1_SUP)

(P090361B1) No quarto quadrinho, no trecho “O pobrezinho não entende”, a palavra destacada sugereA) carinho.B) crítica.C) deboche.D) impaciência.

% de Resposta Hipótese

A55,4%

Os alunos que escolheram essa alternativa, o gabarito, conseguiram perceber que uso do diminutivo na palavra “pobrezinho” indica afetividade, carinho, isso se comprova pela mobilização do casal para ensinar o cãozinho a sentar.

B14,3%

Os alunos que optaram por essa alternativa não conseguiram perceber que a palavra empregada no diminutivo indica afabilidade e não uma crítica ao fato do cão não atender aos comandos do dono, isso é perceptível, pois a expressão da mulher não se altera no decorrer da tirinha. Apesar de o diminutivo poder provocar esse efeito, o contexto da tirinha não autoriza essa inferência.

C16,9%

Aqueles alunos que marcaram esta alternativa podem ter inferido um tom irônico ao chamar o cão de “pobrezinho”, talvez apoiados pela incapacidade do animal em realizar as ações que seu dono ordena.

D13,2%

Os alunos que assinalaram essa alternativa associaram a palavra “pobrezinho” à iniciativa da mulher de assumir o treinamento do cão, como sendo um ato de impaciência. Entretanto, essa inferência não encontra confirmação ao longo do texto. Tanto esses alunos como aqueles que marcaram as alternativas B e C ainda não desenvolveram a habilidade avaliada pelo item.

Brancos e nulos: 0,2%

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47SEAPE

O item a seguir avalia a habilidade de localizar informações explícitas em um texto, ou seja, aquelas informações que se encontram na superfície textual. Nesse caso, foi utilizado um poema voltado, principalmente, para o público infantil, escrito, portanto, com linguagem simples e com temática familiar aos alunos desse período de escolarização.

Leia o texto abaixo.

5

10

15

20

TÊNIS

A titiaBorda e espiaO gato branco, enroscadoNo feltro verde da mesaE acordado,Com certeza.

Um noveloCai. E, ao vê-lo,O gato bate na bolaE a bola, branca de neve,Pula e rola, Fofa e leve... Silenciosa,Vagarosa,– uma, duas angolinhas...A bola solta uma lenta,Longa linhaQue se aumenta.

Pouco a pouco,No mais loucoDesnorteante corrupio (giro)A bola desaparece.Mas o fioCresce... cresce...

ALMEIDA, Guilherme de. Poemas para a infância. Henriqueta Lisboa. Rio de Janeiro: Edijovem. p.28. (P050514A9_SUP)

(P050514A9) De acordo com esse texto, o que acontece com o novelo, quando ele cai?A) Ele bate numa bola branca.B) Ele fica enroscado na mesa.C) O gato bate nele, e o novelo rola.D) O gato o enrola em outra linha.

% de Resposta

Hipótese

A39,5%

Os alunos que escolheram essa alternativa não conseguiram localizar informação que está na superfície do texto, porque não atentaram para a necessária substituição lexical – novelo/bola - estratégia indispensável para a correta interpretação desse texto.

B9,0%

Os alunos que assinalaram a alternativa foram atraídos pela conjugação da primeira estrofe com o início da segunda ou escolheram a letra B a partir da lista de alternativas sem terem retornado ao texto para confirmar essa escolha.

C45,8%

Os alunos que marcaram essa alternativa, o gabarito, demonstraram já ter desenvolvido a habilidade avaliada pelo item.

D5,3%

Os alunos que escolheram a alternativa revelaram dificuldade em acompanhar a apresentação das informações, pois se guiaram fundamentalmente pela primeira estrofe. Esses alunos, assim como aqueles que assinalaram as alternativas A e B, ainda não desenvolveram a habilidade avaliada pelo item.

Brancos e nulos: 0,4%

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48 Boletim de Resultados Gerais

De 275 até 300 pontosAdequado

Neste nível, os estudantes da 4ª série / 5º ano e 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental:• Inferem o sentido de uma palavra ou expressão por meio de associações semânticas.• Estabelecem relação de causa consequência implícita entre partes de uma história em quadrinhos.• Identificam marcas linguísticas da linguagem informal em uma narrativa ficcional em forma de carta.• Identificam relação lógico-discursiva marcada por locução adverbial de lugar, advérbio de tempo ou

termos comparativos em textos narrativos longos, com temática e vocabulário complexos.• Diferenciam a parte principal das secundárias em texto informativo que recorre à exemplificação.

Os estudantes da 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental:• Localizam informações explícitas distribuídas ao longo de textos informativoargumentativos, por meio

de associação ao tema ou a outra informação.• Reconhecem o recurso estilístico utilizado para manter o ritmo e a musicalidade de um texto poético.• Inferem informações implícitas em textos poéticos subjetivos, textos argumentativos com intenção

irônica, fragmento de narrativa literária clássica, versão modernizada de fábula e histórias em quadrinhos.• Interpretam textos com linguagem verbal e não verbal, inferindo informações marcadas por metáforas.• Reconhecem diferentes opiniões sobre um fato, em um mesmo texto.• Localizam trechos que expressam a síntese de um texto informativo-argumentativo.• Identificam a tese com base na compreensão global de artigo jornalístico cujo título, em forma de

pergunta, aponta para a tese.• Identificam opiniões expressas por adjetivos em textos informativos e opinião de personagem em

crônica narrativa de memórias.• Identificam diferentes estratégias que contribuem para a continuidade do texto (ex.: anáforas ou

pronomes relativos, demonstrativos ou oblíquos distanciados de seus referentes).• Reconhecem a paráfrase de uma relação lógico-discursiva.• Reconhecem o efeito de sentido da utilização de um campo semântico composto por adjetivos em

gradação, com função argumentativa.• Reconhecem o efeito de sentido do uso de recursos ortográficos (ex.: sufixo diminutivo).• Estabelecem, em textos literários, a continuidade promovida pela relação entre um trecho anteriormente

enunciado e sua substituição por uma determinada expressão.• Discernem a causa de um determinado efeito mencionado em textos literários.• Discernem, entre antecedentes com grande probabilidade de adequação ao sentido do texto, aquele

que, de fato, é o antecedente de um pronome indefinido ou de um pronome pessoal do caso oblíquo.• Identificam o tema de um texto expositivo longo, com muitas informações, e linguagem mais sofisticada.

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49SEAPE

O item abaixo avalia a habilidade de estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc. Nesse caso, avalia-se se o aluno consegue reconhecer o valor semântico de lugar, expresso por uma locução adverbial.

Leia o texto abaixo.

5

10

15

O bicho FolharalHavia seca no sertão e somente uma cacimba ao pé de uma serra tinha ainda um

pouco de água. Todos os animais selvagens eram obrigados a beber ali. A onça ficou à espera da raposa, junto da cacimba, dia e noite. Nunca a raposa sentira tanta sede. Ao fim de três dias já não aguentava mais. Resolveu ir beber, usando duma astúcia qualquer.

Achou um cortiço de abelhas, furou-o e com o mel que dele escorreu untou todo o seu corpo. Depois, rolou num monte de folhas secas, que se pregaram aos seus pelos e cobriram-na toda. Imediatamente, foi à cacimba. A onça olhou-a bem e perguntou:

– Que bicho és tu que eu não conheço, que eu nunca vi? – Sou o bicho Folharal. – respondeu a raposa.– Podes beber. A raposa desceu a rampa do bebedouro, meteu-se na água, bebendo-a com delícia e

a onça lá em cima, desconfiada, vendo-a beber demais, como quem trazia uma sede de vários dias, dizia:

– Quanto bebes, Folharal!Quando já havia bebido o suficiente, a última folha caíra, a onça reconhecera a inimiga

esperta e pulara ferozmente sobre ela, mas a raposa conseguira fugir. Disponível em: <http://sitededicas.uol.com.br/ct02a.htm>. Acesso em: 02 jul. 09. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica. (P050448A9_SUP)

(P050448A9) No trecho “A raposa desceu a rampa do bebedouro, meteu-se na água, ...” (ℓ. 11), a expressão “na água” dá uma ideia deA) consequência.B) finalidade.C) lugar.D) modo.

% de Resposta

Hipótese

A20,9%

Os alunos que escolheram essa alternativa analisaram a ação de meter-se na água como uma consequência da autorização da onça para matar sua sede. No entanto, esses alunos não consideraram a relação lógico-discursiva que a locução adverbial em destaque “na água” estabelece. Esses alunos não reconhecem o valor semântico de consequência nem de lugar.

B13,1%

Os alunos que fizeram esta opção, equivocadamente, raciocinaram que a expressão destacada sugeriria que a finalidade da raposa ao descer a rampa seria beber água, daí a opção por esta alternativa. Esses alunos revelaram desconhecer as ideias de finalidade quanto de lugar, expressas por meio de diferentes conectivos.

C49,9%

Os alunos que assinalaram essa alternativa, o gabarito, conseguiram identificar o valor semântico da locução adverbial “na água”, principalmente pela presença da preposição “em” (na contração: em+a) que é, tipicamente, indicativo de lugar. Esses alunos já desenvolveram a habilidade avaliada pelo item.

D15,4%

Aqueles alunos que optaram pela alternativa demonstraram desconhecer a relação lógico-discursiva estabelecida pela expressão “na água”, como também ignoram as conjunções que indicam modo.

Brancos e nulos: 0,7%

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50 Boletim de Resultados Gerais

De 300 até 325 pontosAvançado

Neste nível, os estudantes da 4ª série / 5º ano e 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental:• Identificam marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor do texto, caracterizadas por

expressões idiomáticas.• Percebem traços de ironia em fábulas, crônicas e anedotas simples.• Identificam, em uma poesia, o uso de gírias como marca da linguagem informal.

Os estudantes da 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental:• Reconhecem o efeito de sentido causado pelo uso de recursos gráficos em textos poéticos de organização

sintática complexa.• Identificam efeitos de sentido decorrentes do uso de aspas.• Identificam o gênero e a finalidade de textos argumentativos, publicitários, informativos e instrucionais

simples.• Identificam, em textos com narrativa fantástica, o ponto de vista do autor.• Reconhecem as intenções do uso de gírias e expressões coloquiais.• Reconhecem relações entre partes de um texto pela substituição de termos e expressões por palavras

pouco comuns.• Reconhecem o efeito de ênfase provocado pela repetição de uma palavra ou de um segmento.• Identificam a tese de textos informativos e argumentativos que defendem o senso comum com função

metalinguística.• Identificam, em reportagem, argumento que justifica a tese contrária ao senso comum.• Reconhecem, na comparação entre dois textos, posições contrárias acerca de um determinado assunto

ou tratamento distinto de um mesmo tema.• Reconhecem relações de causa e consequência em textos com termos e padrões sintáticos pouco usuais. • Reconhecem o valor semântico (intensidade, alternância, possibilidade, explicação e lugar) de uma

conjunção ou expressão adverbial pouco usuais.• Identificam efeito de humor provocado por ambiguidade de sentido de palavra ou expressão em textos

com linguagem verbal e não verbal e em narrativas humorísticas.• Identificam os recursos morfossintáticos que agregam musicalidade a um texto poético, bem como

ideia de contraste.• Identificam a que se referem os pronomes demonstrativos isso, isto, quando eles retomam um trecho

anterior do texto.

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51SEAPE

Este item avalia a habilidade de reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema. Nesse caso, foi utilizado um fragmento de um livro e de um de um relato, ambos tratando de pontos de vista acerca de improviso na música.

Leia os textos abaixo.

Texto 1

5

10

Bate-papos musicais

Mesmo quem nunca tocou um instrumento musical, nem sabe distinguir um acorde maior de um acorde menor, pode acompanhar os improvisos do jazz com grande prazer. Aliás, até a década de 1950, grande parte dos jazzistas não teve a chance de frequentar conservatórios ou escolas de música. Mas o fato de não saberem ler uma partitura não os impedia de se entenderem com os jazzistas escolados. Quando alguém perguntava ao veterano Lester Young qual era o segredo de seus elegantes improvisos, ele ensinava: “Você precisa contar uma história”.

Com essa analogia, o mestre do sax oferece uma valiosa pista, para quem não domina tecnicamente a linguagem musical, do que acontece entre os jazzistas durante os improvisos. A relação entre os músicos de um quarteto, por exemplo, é similar a de um bate-papo. Na hora do improviso, o jazzista pode “contar histórias”, pode “conversar” com os parceiros ou mesmo “discutir” com eles. E ainda que todos usem a mesma linguagem, o vocabulário, o sotaque, a personalidade de cada contribuem para que cada improviso seja único, inédito.

CALADO, Carlos. O que você precisa ouvir. In: Cultura & elegância. São Paulo: Editora Contexto, 2005, p. 70.

Texto 2

5

10

Sempre que me perguntam se eu fiz faculdade de música, sinto um certo constrangimento. Não sei ler partituras. Sei quase nada de teoria musical. Mas algumas vezes quis muito saber. Frequentei um curso de teclado quando mais nova, então me vi enganando a professora, decorando simplesmente as melodias que precisava treinar. Até lia em modo tartaruga algumas coisas, mas era só alguém executar a peça uma vez que eu já armazenava na memória. Não tinha paciência comigo, com a minha leitura míope. Preferia o meu ouvido amigo. E ainda por cima fiquei sabendo que o Paul McCartney também não lia. Aí que eu não ia ter ânimo pra aprender mesmo...

Quando fui ensinada a tocar violão popular, lendo as cifras no caderninho, desenvolvi com o tempo a habilidade de emular as músicas que ouvia no rádio, fita cassete ou LP. Claro que eram sempre coisas menos complicadas, mas já ficava toda feliz dando conta daquelas canções que queria cantar e tocar.

Estado de Minas, Cultura, 8 dez. 2009, p. 10. Fragmento.

(P090312B1_SUP)

(P090312B1) Nesses dois textos, a respeito da habilidade de improvisar, as opiniões dos autores sãoA) complementares.B) confusas.C) diferentes.D) excludentes.

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52 Boletim de Resultados Gerais

% de Resposta

Hipótese

A38,3%

Os alunos que marcaram essa alternativa, o gabarito, foram capazes de compreender que, nos dois textos, os autores entendem que é possível tocar/improvisar sem saber ler a pauta musical, isto é, “de ouvido”. No primeiro texto, é mais fácil encontrar a opinião do autor. No segundo texto, é mais trabalhoso encontrar a opinião da autora, porque isso vai depender de os alunos saberem, ou serem capazes de inferir, o significado de “emular”, termo comum no meio musical, principalmente no da música eletrônica. No presente caso, a autora toma da informática o conceito de “emular” que é a ação de um software que expõe as funções de um sistema para reproduzir seu comportamento, permitindo que um software criado para uma plataforma funcione em outra; enfim, um processo de improvisação. Entretanto, apesar de os dois autores defenderem a mesma opinião, eles não as apresentam da mesma forma. No primeiro texto, o autor ilustra sua opinião com o exemplo dos improvisos dos jazzistas. No segundo texto, a autora demonstra sua opinião com seu exemplo pessoal de emulação das músicas que ela ouvia no rádio, em fita cassete ou LP. Desse modo, os dois autores se complementam. Os alunos que escolheram essa alternativa revelaram que são capazes de reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato, demonstrando destacável competência de leitura crítica e reflexiva.

B20,8%

Os alunos que escolheram essa alternativa não se detiveram primeiro e separadamente, na compreensão de cada um dos dois texto. No primeiro texto, era preciso entender o significado de “contar uma história”. No segundo texto, era preciso entender ou inferir o significado de “emular”. A partir daí, a comparação dos dois textos se tornaria mais fácil. Esses alunos ainda não desenvolveram estratégias de leitura mais sofisticadas.

C35,3%

Os alunos que assinalaram essa alternativa consideraram os textos apenas separadamente sem fazer a devida articulação das informações presentes em ambos.

D5,1%

Os alunos que escolheram essa alternativa não emparelharam e compararam as informações que os dois autores ofereciam: o primeiro autor fazia referência aos jazzistas que improvisavam sem saber ler pauta musical; o segundo autor fazia referência ao seu caso pessoal, que emulava, também sem saber ler pauta musical. Não compreendendo que os dois autores falavam sobre a mesma coisa, apenas de forma diferente, esses alunos consideraram excludentes as duas posições. Tanto esses alunos quanto aqueles que marcaram as alternativas B e C ainda não desenvolveram a habilidade avaliada pelo item.

Brancos e nulos: 0,5%

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53SEAPE

De 325 até 350 pontosAvançado

Neste nível, os estudantes da 4ª série / 5º ano e 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental:• Interpretam a hierarquia entre as ideias e os elementos no texto humorístico verbal e não verbal.

Neste nível, os estudantes da 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental:• Identificam informações explícitas em texto dissertativo argumentativo, com alta complexidade

linguística e em textos com linguagem figurada, a partir da equivalência de sentido entre determinada síntese e o segmento correspondente no texto.

• Inferem o sentido de uma palavra ou expressão em texto jornalístico de divulgação científica, em texto literário e em texto publicitário.

• Inferem o sentido de uma expressão em texto informativo com estrutura sintática no subjuntivo e vocábulo não usual.

• Depreendem uma informação implícita cujo entendimento depende da compreensão global de textos de filosofia ou artigos jornalísticos.

• Identificam a opinião de um entre vários personagens, expressa por meio de adjetivos, em textos narrativos.

• Identificam opiniões distintas relativas ao mesmo fato em textos informativos complexos.• Identificam opiniões em textos que misturam descrições, análises e opiniões.• Interpretam tabela a partir da comparação entre informações.• Reconhecem, por inferência, a relação de causa e consequência entre as partes de um texto e outras

relações de sentido entre orações, como comparação, adição, tempo e finalidade, com apoio de conectores e formulações pouco usuais na linguagem dos adolescentes.

• Reconhecem a relação lógico-discursiva estabelecida por conjunções e preposições argumentativas.• Reconhecem o antecedente de um pronome relativo.• Identificam a tese de textos argumentativos com temática muito próxima da realidade dos estudantes,

o que exige um distanciamento entre a posição do autor e a do leitor.• Reconhecem formas linguísticas típicas da linguagem formal ou da linguagem informal a partir de uma

estrutura morfossintática e da escolha de uma palavra no texto.• Identificam marcas de coloquialidade em textos literários que usam a variação linguística como recurso

estilístico.• Reconhecem o efeito de sentido decorrente do uso de gíria, de linguagem figurada e outras expressões

em textos argumentativos e de linguagem culta.• Reconhecem o efeito de humor provocado pelo jogo de palavras com duplo sentido.• Reconhecem o efeito poético provocado pela associação entre duas expressões vizinhas que têm

sentidos opostos (por exemplo: “um contentamento descontente”).• Depreendem o sentido de uma expressão metafórica de acordo com seu emprego em textos literários,

jornalísticos e publicitários.

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54 Boletim de Resultados Gerais

O item abaixo avalia a habilidade de inferir o sentido de uma palavra ou expressão. Nesse caso, trata-se da inferência do significado de uma palavra utilizada em uma carta de leitor a qual apresenta vocabulário específico de um certo campo.

Leia o texto abaixo.

Achei muito interessante a matéria, principalmente por mostrar que é possível conciliar sim vida pessoal e profissional. Desde que entrei no mercado de trabalho, há quatro anos, tenho trilhado o caminho para chegar a um cargo de liderança no setor em que trabalho. Mas minha maior preocupação sempre foi a de, eventualmente, deixar de lado minhas “funções como mulher”. Hoje, vejo claramente como é possível ter um bom casamento, educar os filhos e crescer profissionalmente, tendo clareza dos objetivos e sabendo otimizar bem o tempo.

Camila Dias – São Paulo, SPRevista Istoé Dinheiro, 15 de julho de 2009, nº 614, p. 26. (P090638A9_SUP)

(P090638A9) A palavra destacada em “...tendo clareza dos objetivos e sabendo otimizar bem o tempo.” foi utilizada com o sentido de A) aproveitar as horas de lazer.B) criar novas oportunidades.C) modificar padrões existentes.D) tirar o melhor rendimento.

% de Resposta

Hipótese

A47,0%

Os alunos que optaram por essa alternativa se guiaram, predominantemente, por seu conhecimento de mundo: quando a gente está precisando de muito tempo, a gente utiliza também as horas de lazer.

B27,2%

Os alunos que escolher essa alternativa ou fizeram uma leitura desatenta ou não compreenderam o texto, guiando-se, pelo senso comum de que uma mulher aspira por novas oportunidades na vida. Ainda é possível supor que esses alunos focaram atenção apenas no comando do item, sem retornar ao texto para conferir sua escolha.

C8,7%

Os alunos que assinalaram essa alternativa se detiveram na informação “é possível sim conciliar vida pessoal e profissional”, realizando, porém, uma inferência equivocada.

D16,5%

Os alunos que marcaram a alternativa, o gabarito, revelaram que são capazes de inferir o sentido de uma palavra, a partir de pistas que o texto apresenta. Nesse texto, duas frases oferecem essas pistas: “Minha maior preocupação sempre foi a de, eventualmente, deixar de lado minhas funções como mulher” e “... é possível ter um bom casamento, educar os filhos e crescer profissionalmente...”. Ponderando que o que aflige a autora é a compatibilização do acúmulo de atividades com o tempo disponível, a saída que ela entrevê está na alternativa D, isto é em “fazer o tempo render”. Esses alunos demonstraram que já desenvolveram a habilidade avaliada pelo item.

Brancos e nulos: 0,6%

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55SEAPE

De 350 até 375 pontosAvançado

Neste nível, os estudantes da 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental:• Recuperam o referente do pronome demonstrativo isso, a partir de um enunciado com nível relativamente

alto de complexidade.• Identificam a tese de um texto argumentativo de tema e vocabulário complexos.• Estabelecem relação entre uma tese e o argumento que a sustenta.• Identificam, entre várias opiniões, aquela que é atribuída a uma determinada personagem.• Reconhecem a função textual da utilização de travessões.• Reconhecem o efeito de sentido decorrente do uso de certos recursos morfossintáticos, como por

exemplo, frases curtas.

De 375 até 400 pontosAvançado

Neste nível, os estudantes da 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental:• Recuperam o referente de um pronome oblíquo de terceira pessoa (lo, por exemplo), num contexto de

diálogo em que esse referente é o interlocutor.• Reconhecem aspectos comuns no tratamento de um mesmo tema por textos diferentes.• Reconhecem aspectos comuns no tratamento de um mesmo tema por textos diferentes.

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56 Boletim de Resultados Gerais

6Seção

Atividades para Apropriação dos Resultados

Você encontrará:• Algumas sugestões para trabalhar, com a equipe pedagógica em

sua escola, os resultados do SEAPE.

O objetivo é:• Possibilitar meios e recursos de facilitação para o entendimento,

apropriação e uso dos resultados no planejamento coletivo da escola.

Nessa seção

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57SEAPE

A seguir, você encontrará algumas propostas de atividades a serem desenvolvidas com a equipe pedagógica da escola. Esta será uma interessante oportunidade para pensar coletivamente ações pedagógicas que visem à melhoria do processo de ensino e de aprendizagem e, consequentemente, à elevação dos indicadores educacionais da escola.

O que esperamos deste momento de discussão dos resultados é a criação de uma rede de responsabilização da qual fazem parte a direção, os professores, os coordenadores pedagógicos, os alunos e seus familiares. O intuito da criação dessa rede integrada é conectar esses atores em fortes elos de solidariedade, coparticipação, comprometimento e atitude positiva frente aos desafios de transformar, para melhor, o processo educativo da escola. Isso equivale a dizer que, para os resultados da Edição 2010

do SEAPE se tornarem efetivamente um instrumento de melhoria da eficácia escolar, o sucesso das ações a serem desenvolvidas na escola dependerá muito mais da interação estabelecida entre todos os envolvidos no processo de ensino e de aprendizagem, do que da simples soma de seus esforços isolados, ainda que esses sejam grandes.

Daí, depreende-se a importância de um espaço institucional criado com o objetivo de facilitar a divulgação e apropriação dos resultados da avaliação do SEAPE, tornando essa ação uma importante aliada na busca por um sistema educativo capaz de promover justiça e inclusão social.

Para que esse ideário transponha o lugar do mero discurso e efetivamente se concretize, é preciso, em primeiro lugar, que você e todos de sua escola acreditem que isso é possível.

Acreditamos que as atividades para apropriação de resultados possam contribuir para o estabelecimento de uma cultura permanente de debate, reflexão e utilização dos resultados do SEAPE para o planejamento coletivo da escola.

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58 Boletim de Resultados Gerais

Atividade 1Análise dos resultados de proficiências médias e de participação dos estudantes

Objetivos Analisar os resultados de proficiência média e de participação do SEAPE 2010.

Material(ais) necessário(s)

Folhas de papel ofício e material para anotação, boletins de Língua Portuguesa com os resultados da sua escola.

Pontos-Chave

Deverá ficar claro para o participante que as proficiências médias expressas nos boletins são medidas de tendência central, ou seja, elas representam, por meio de um valor único, ou central, o conjunto das proficiências alcançadas nos testes por todos os estudantes e, portanto, sofre influência da quantidade de estudantes que respondem aos testes.

Realização

Forme grupos com no máximo cinco pessoas e distribua os resultados de Língua Portuguesa da sua escola. Em seguida, discuta os resultados com base nas seguintes questões norteadoras:

Compare a proficiência média da nossa escola com as outras médias apresentadas.Como você interpreta a posição de nossa escola? E a participação?De que forma você acha que a participação pode interferir nos resultados de nossa escola?

Deixe que os grupos respondam livremente, expondo suas opiniões. Depois desse debate inicial, você poderá passar à fase seguinte, com a sistematização das respostas:

• Peça aos participantes de cada grupo que anotem, em tópicos, os principais pontos da discussão.• Depois de decorrido o debate interno, reagrupe os participantes de modo que se forme a metade de grupos

anteriormente formados. Por exemplo, se no início havia 6 grupos com 4 pessoas, nessa etapa deverão ser formados 3 grupos com 8 pessoas cada grupo.

• Os novos grupos formados deverão comparar suas respostas anteriores para o estabelecimento de um consenso e elaborar uma resposta final.

• Peça que os participantes elejam um representante de cada grupo, o qual deverá apresentar as conclusões para todos.

Você pode encerrar essa atividade destacando os pontos mais interessantes nas respostas dos grupos e pode, inclusive, anotá-los no quadro.

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59SEAPE

Atividade 2Análise dos resultados da evolução do desempenho e o percentual de estudantes em cada nível e padrão da escala de proficiência de Língua Portuguesa

ObjetivosAnalisar a evolução dos resultados entre as diferentes edições do SEAPE e o percentual de estudantes em cada nível e padrão de desempenho.

Material(ais) necessário(s)

Folhas de papel ofício e material para anotação, boletins de Língua Portuguesa com os resultados da sua escola. Pequenos cartazes com os dizeres: Abaixo do Básico, Básico, Adequado e Avançado.

Pontos-Chave

O importante nessa atividade é o entendimento de que, apesar da proficiência média ser uma importante medida representativa da escola, a distribuição dos estudantes pelos diferentes níveis e padrões da escala permite um grau mais refinado na interpretação dos resultados. Pelos gráficos de distribuição é possível, portanto, identificar o percentual de estudantes que precisam de atenção focalizada por parte da escola. A evolução dos resultados da escola ao longo das edições do SEAPE permite compreender, por sua vez, o desempenho dos estudantes nas últimas avaliações.

Realização

A primeira parte dessa dinâmica segue o mesmo formato da anterior, modificando-se apenas o conteúdo do debate.

Forme grupos com, no máximo, cinco pessoas e distribua os resultados de Língua Portuguesa da sua escola. Em seguida discuta com os participantes sobre os resultados com base nas seguintes questões norteadoras:

Nos gráficos da evolução do desempenho, qual o comportamento dos resultados para as últimas edições do SEAPE no Estado, na Regional e em nossa escola? O percentual de estudantes nos padrões mais baixos da escala tem diminuído ou aumentado nas últimas avaliações? A quais fatores você credita esse comportamento?

Deixe que os grupos respondam livremente, expondo suas opiniões. Depois desse debate inicial, você poderá passar à fase seguinte, com a sistematização das respostas.

• Peça aos participantes de cada grupo que anotem, em tópicos, os principais pontos da discussão interna. • Depois de decorrido o debate interno, reagrupe os participantes de modo que se forme a metade de grupos

anteriormente formados. Por exemplo, se no início havia 6 grupos com 4 pessoas, nessa etapa deverão ser formados 3 grupos com 8 pessoas cada grupo.

• Os novos grupos formados deverão comparar suas respostas anteriores para o estabelecimento de um consenso e elaborar uma resposta final.

• Peça que os participantes elejam um representante de cada grupo, o qual deverá apresentar as conclusões para todos.

Você pode encerrar essa atividade destacando os pontos mais interessantes nas respostas dos grupos e pode, inclusive, anotá-los no quadro.

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60 Boletim de Resultados Gerais

Depois de transcorrido o debate anterior, você pode iniciar a segunda parte dessa atividade. Para tanto, divida os participantes em quatro grupos. Para cada grupo você deverá entregar um cartaz com o padrão de desempenho. Assim, por exemplo, para o grupo 1 você poderá entregar o cartaz Abaixo do Básico, para o grupo 2 o cartaz Básico e assim sucessivamente até o grupo 4 com o cartaz onde se lê Avançado.

Depois que cada grupo recebeu o seu cartaz, peça para que os participantes informem o percentual de estudantes da escola em cada padrão de desempenho. Feito isso, as discussões podem ter por centro as seguintes diretrizes:

Agora que vocês identificaram o percentual de estudantes em cada padrão, quais as características de desempenho em Língua Portuguesa que os estudantes de cada grupo apresentam?

Essas características estão no Quadro dos Padrões de Desempenho, neste boletim. Os participantes deverão fazer a interpretação das características de desempenho correspondentes ao cartaz do seu grupo, ou seja, quem está no grupo Adequado, por exemplo, deverá interpretar o que entendeu das características de desempenho referentes a esse padrão. Depois que cada grupo apresentar as suas características de desempenho, você poderá questioná-los nos seguintes pontos:

Qual é o percentual de estudantes da escola que pode estar correndo risco de evasão? Por que isso está acontecendo em nossa escola? Quais ações podem ser implementadas para redução do percentual de estudantes nos padrões de baixo desempenho?

Peça para cada grupo apresentar sua resposta. Todos deverão participar e apresentar uma resposta final, consensual. Por último, para encerrar essa atividade, você poderá perguntar aos participantes:

Os estudantes que estão nos diferentes níveis de desempenho da escala de proficiência são capazes de realizar quais tarefas?

A resposta a essa questão requer a apresentação dos itens de proficiência que estão neste boletim. Peça, então, para os grupos apresentarem os itens correspondentes aos padrões de desempenho de cada grupo. Ou seja, os participantes do grupo Avançado, por exemplo, deverão apresentar alguns itens representativos dos intervalos constituintes desse padrão. Atente ao percentual de respostas para cada alternativa demonstrado pelos estudantes de nosso estado. Levante, juntamente com os grupos, outras possíveis hipóteses cognitivas para as alternativas dos itens.

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61SEAPE

Atividade 3Interpretação pedagógica dos resultados por meio da escala de proficiência de Língua Portuguesa

ObjetivosInterpretar, de forma pedagógica, os resultados da escola com base na escala de proficiência em Língua Portuguesa.

Material(ais) necessário(s)

Boletins de Língua Portuguesa com os resultados da sua escola. Cópias das escalas de proficiência para esta dinâmica, que estão disponíveis no Portal da Avaliação, acessível através do site www.seape.caedufjf.net.

Pontos-Chave

Para os participantes deverá ficar claro que cada um dos domínios da escala se divide em competências que, por sua vez, reúnem um conjunto de habilidades, que são apresentadas por meio dos descritores da Matriz de Referência. As cores presentes na escala de proficiência, que vão do amarelo claro ao vermelho, representam a gradação de complexidade das habilidades desenvolvidas, pertinentes a cada competência. O entendimento da gradação das cores é fundamental para proceder à interpretação pedagógica dos resultados da escola.

Realização

Forme grupos com, no máximo, 4 pessoas para essa atividade. Depois da formação dos grupos, distribua as cópias com a escala de proficiência em Língua Portuguesa para cada grupo. Em seguida informe sobre as seguintes tarefas que os grupos deverão realizar:

• Peça para traçarem uma reta vertical na escala exatamente no ponto referente à proficiência média da escola. • Depois de traçar essa reta, os participantes deverão colocar, na primeira linha da escala, no espaço

correspondente, o percentual de estudantes para cada nível. Da mesma forma, na última linha da escala, os participantes deverão preencher com o percentual de estudantes para cada padrão de desempenho.

Feito isso, você poderá direcionar os debates entre os grupos com os questionamentos:

Vocês viram que, na escala de proficiência, existem diferentes cores. O que isso quer dizer? Quais habilidades os estudantes da 8ª série/9° ano do Ensino Fundamental, que estão no padrão de desempenho Avançado para Língua Portuguesa, demonstram ter? Qual é o percentual de estudantes nos intervalos anteriores ao padrão de desempenho Adequado? Quais práticas pedagógicas podemos implementar em sala de aula para o desenvolvimento de habilidades nesses grupos de estudantes?

Deixe que os grupos debatam o suficiente para compor as respostas. As análises que os grupos farão devem ter por base os Domínios e Competências da Escala, apresentados neste boletim. Os participantes devem discutir, em especial, as habilidades ainda não desenvolvidas pelos seus estudantes.

Depois da exposição das respostas, ao realizar o fechamento dessa atividade, você poderá chamar a atenção para o fato de que a escala apresenta o desenvolvimento do estudante de forma contínua e cumulativa ao longo de seu processo de escolarização, ou seja, as habilidades ali expressas vão se tornando cada vez mais complexas à medida que o estudante avança nas etapas de escolaridade.

Depois de encerradas as atividades propostas, você poderá estruturar formas para o acompanhamento e monitoramento das ações voltadas para a melhoria do desempenho escolar. Essa atitude é muito importante para consolidar a proposta das atividades em sua escola.

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62 Boletim de Resultados Gerais

Agora é com você.

Você conheceu, neste Boletim, o desempenho de sua escola nos testes de proficiência da edição de 2010 do SEAPE, comparou dados, interpretou de forma pedagógica a escala de proficiência. De posse deste material, você já tem os indicativos do que está indo bem e o que ainda precisa (e pode) ser melhorado na sala de aula e na escola. Você e toda a sua comunidade escolar têm, agora, dados concretos sobre o desenvolvimento das habilidades e competências básicas dos estudantes avaliados. É hora, pois, de utilizar esse conhecimento em prol da melhoria da educação ofertada em sua escola.

Nos aspectos em que os estudantes foram bem sucedidos, você pode manter e até intensificar as suas práticas. Por outro lado, não desanime se os

resultados não foram satisfatórios. Eles poderão ser melhorados. Temos certeza de que você e todos da escola estão preocupados e desenvolverão estratégias para reverter essa situação.

A coleção SEAPE 2010 que a escola está recebendo não pode ficar guardada na estante ou na gaveta. Ela deverá nortear a discussão das reuniões na escola (equipe gestora, professores, comunidade) e nos encontros de formação continuada. A partir das informações trazidas por essas publicações, será possível repensar o planejamento da escola e implementar práticas pedagógicas e de gestão alinhadas com o anseio de consolidar uma escola de qualidade no Acre.

Acreditamos que os dados do SEAPE podem contribuir para uma prática reflexiva capaz de transformar a escola em uma instância na qual a equidade de oportunidades seja, efetivamente, um instrumento de promoção dos estudantes.

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