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Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - Ano IX - Abril de 2008 Acesse ao nosso site: www.ocapuchinho.com.br

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Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - Ano IX - Abril de 2008

Acesse ao nosso site: www.ocapuchinho.com.br

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18 - Ano IX - Abril de 2008

Igreja matriz Nossa Senhora das Mercês

Horários e atendimentos

ENDEREÇO da paróquia e conventoAv. Manoel Ribas, 96680810-000 CURITIBA-PrTel. paróquia: 041/ 3335.5752 (sec.)Tel. convento: 041/ 3335.1606 (freis)

EXPEDIENTE da Secretaria paroquial: Das 8h até 18h MISSAS horárioSegunda-feira: 6h30Terça e quarta-feira: 6h30 e 19hQuinta-feira: 6h30 e 18h30Sexta-feira: 6h30, 15h e 19h Novena: 8h30Sábado: 6h30, 17h e 19hDomingo: 6h30, 7h30, 9h, 10h30, 12h, 17h e 19h

BÊNÇÃOS De segunda à sexta-feira: das 8h às 11h30 e das 14h às 18hSábado: das 8h às 11h30 e das 14h às 17hTelefone para agendar bênçãos: 3335.1606

Encontros de EntreajudaDepressão, desânimo, obsessões, possessões, soma-tizações, fobias, timidez, complexo de culpa, conceitos falhos de Deus, dependência de drogas, dificuldades conjugais, problemas familiares e outros. Participe desses Encontros de Entreajuda com frei Ovídio Zanini, em todos os domingos, das 15 às 18h, no salão paro-quial da Igreja das Mercês. O ingresso é de R$ 15,00 (quinze reais), com direito a um livro ou fita K7 de relax e programação mental. Será servido gratuitamente um lanche. Informações na secretaria paroquial, tel. 3335-5752, e-mail [email protected], celular do Fr Zanini: 9971-8844.

ANIVERSARIANTESNossa comunidade felicita os aniversariantes do mês de abril, oferecendo a todos a prece comunitária e as intenções na Santa Missa.

SUGESTÕESCaro leitor! Sua opinião e sugestões são muito importantes. Entregue-as na secretaria da paróquia ou envie-as para o e-mail [email protected]. - Se você quiser saber mais, envie suas perguntas às quais pro-curaremos responder. Mande seus artigos até o dia 25 de cada mês.

Expediente do BoletimPároco: Frei Alvadi Pedro MarmentiniVigários paroquiais: Fr. Pedro Cesário Palma e Fr. Ovídio ZaniniJornalista responsável: Janaina Martins Trindade - DRT nº 6595. Revisor: Frei Dionysio DestéfaniCoordenadora: Erotides F. Carvalho.Fotógrafa: Sueli F. Assunção. Colaboradores: Irmãs Vi-centinas - Lúcia Helena Zouk (Catequese), Rosecler Sch-mitz, Sueli Rodaski (OFS), Marcos de Lacerda Pessoa, Welcidino C. da Silva, Nelly Kirsten, Flávio Wosniack, Valter Kisielewicz, Rita de Cássia Munhoz, Secretárias da Paróquia.Diagramação: Edgar Larsen (tel. 8405-3048)Impressão: Ed. O Estado do Paraná (tel. 3331-5106)Tiragem: 6.000 exemplares

Demonstrativo financeiro

Fevereiro de 2007RECEITAS

Dízimo paroquial .......................................................................................... R$ 44.510,20Ofertas ........................................................................................................ R$ 11.484,00Espórtulas/batizados/casamentos ................................................................ R$ 735,00Total ........................................................................................................... R$ 56.729,20

Dizimistas cadastrados: .............................................................................................1.405Dizimistas que contribuíram: .........................................................................................839

DESPESASDimensão Religiosa

Salários/encargos sociais/vales transporte ................................................... R$ 7.674,04Plano de saúde dos funcionários ................................................................... R$ 331,00Salários dos 3 freis que trabalham na paróquia .............................................. R$ 2.980,00Despesas da casa paroquial ......................................................................... R$ 1.065,94Luz/água/telefone/correio ............................................................................ R$ 1.969,69Despesas c/culto/ornamentação .................................................................. R$ 757,50Manutenção/combustível de veículos/seguros/IPVA ....................................... R$ 2.466,67 Manutenção/móveis/utensílios/equipamentos .............................................. R$ 823,00Balcões dos banheiros/salão paroquial ......................................................... R$ 1.275,00Conservação de imóveis/ reformas/pinturas .................................................. R$ 7.317,98Material de limpeza/expediente/xerox ........................................................... R$ 385,17Revistas/internet/jornal/ WEB ...................................................................... R$ 698,70Despesas com legalizações/doc.cartório ....................................................... R$ 67,35Total ........................................................................................................... R$ 27.812,04

Dimensão MissionáriaTaxa para a Arquidiocese .............................................................................. R$ 4.756,73Taxa para a Província freis capuchinhos ......................................................... R$ 7.079,36 Material pastoral/catequético ....................................................................... R$ 612,68Curso Diácono ............................................................................................. R$ 180,00 Total ........................................................................................................... R$ 12.628,77

Dimensão SocialAção Social V.N. Sra. da Luz.......................................................................... R$ 3.000,00 (Além das doações de cestas básicas, alimentos, roupas e outras)Confraternização, café do dízimo ................................................................... R$ 1.500,00Total ........................................................................................................... R$ 4.500,00 TOTALGERAL ............................................................................................... R$ 44.940,81

“Honrai o Senhor com as primícias de vossas colheitas” (Prov.3,9)Dízimo é semente de prosperidade!

Obrigado pela sua doação e partilha em nossa comunidade.Conselho de Assuntos Econômicos Paroquiais - CAEP

BÊNÇÃO DE SÃO FRANCISCO

DE ASSIS

“O Senhor te aben-çoe e te proteja.

Mostre-te a sua face e se

compadeça de ti.

Volva a ti o seu rosto e te dê a paz”

Quer ser um frei capuchinho?Conheça mais sobre os

freis capuchinhos pelo site: www.capuchinhosprsc.org.br

ORAÇÃO VOCACIONALÓ Deus, que não queres a morte do pecador, e sim,

que se converta e viva, nós te suplicamos pela inter-cessão da Bem-aventurada sempre Virgem Maria; de São José, seu esposo e de todos os santos, que nos concedas maior número de operários para a tua Igreja, que trabalhando com Cristo, se dediquem e sacrifiquem pelas almas. Por Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 19

FATOS DA VIDA PAROQUIALCatequeseFoi celebrada, a 1º de março de 2008, a missa

de entrega dos grupos da catequese para o ano vigente. A celebração contou com a participação maciça tanto da equipe de catequistas, como dos alunos e de suas famílias. Na ocasião, a Ir. Durcí-lia Lopes, coordenadora da catequese, enfatizou a importância do trabalho catequético na comuni-dade com a participação da família.

Pastoral do Idoso inicia atividadesAos 25 de março de 2008, a Pastoral do Ido-

so deu início aos seus trabalhos. O evento foi marcado por bela comemoração festiva, que teve como foco a Páscoa.

Retiro das secretárias de ParóquiasA Arquidiocese de Curitiba promoveu, no dia

14 de março, o retiro das secretárias de paróquia, no bairro Mossunguê. As secretárias Vera Regina Glock e Suzana Glock representaram nossa pa-róquia no evento, no qual puderam ampliar seus conhecimentos.

Semana SantaAs celebrações da Semana Santa ocorreram

em clima de muita fé, com a participação intensa dos nossos paroquianos e também de muitos visi-tantes. Nessa oportunidade, a paróquia ofereceu momentos para confissões, orações e interioriza-ção. É tempo muito especial da Igreja Católica, no qual podemos sentir o quanto nossa comunidade está viva e vibrante na fé. A igreja esteve perma-nentemente lotada.

Fato raroO boletim paroquial “O Capuchinho” tem uma

tiragem mensal de 5 mil exemplares. Durante o mês de março, em razão do afluxo de fiéis duran-te as celebrações religiosas e a Semana Santa,

a edição esgotou rapidamente. Por isso, foram feitas mais 2 mil cópias do mesmo número de “O Capuchinho”. Este fato, por enquanto, é o primei-ro e único na história do boletim paroquial. No to-tal, em março foram feitas 7 mil cópias do boletim que fiéis e visitantes levaram para seus lares.

EJC prepara encontroCom o objetivo de arrecadar recursos para a

realização de mais um encontro de jovens, que se realizará de 31 de maio a 1º de junho de 2008, EJC (Encontro de Jovens com Cristo) promoveu suculen-ta feijoada, no dia 29 de março. Grande parte da comunidade e participantes das pastorais de nossa paróquia prestigiaram o evento e puderam saborear o prato típico nacional. Além de se prestar à arrecadação de recursos, serviu também para reunir e unir os paroquianos.

Apresentação do Coro Nova PhilarmônicaAos 30 de março, o Coro

Nova Philarmônica do Teatro Guaíra, sob a regência do Ma-estro Isaque Lacerda e Ema-nuel Martinez, realizou em nossa igreja matriz das Mer-cês belíssima apresentação, após o término da missa das 19h.

Doações do mês de marçoA Ação Social da Paróquia

Nossa Senhora das Mercês distribuiu 242 quilos de ali-

mentos, 39 cestas básicas, 2.821 peças de roupas, 253 pares de calçados e 813 diversos ao albergue São João Batista à Paróquia Nossa Senhora da Luz e à Toca de Assis. Deus abençoe a todos os que, de alguma forma, contribuíram para essa grande caridade que fizemos com tanto carinho e amor.

Encontro dos PastoralistasFrei Alvadi P. Marmentini (pároco) representou a

paróquia N. Sra, das Mercês no encontro dos Pas-toralistas Capuchinhos do Brasil, que foi celebrado

de 2 a 8 de abril de 2008 na Casa de Retiro dos freis capu-chinhos, situada em Butiatuba, município de Almirante Taman-daré-PR. No encontro havia ca-puchinhos que representaram vários estados do Brasil, desde o Amazonas até o Rio Grande do Sul. Nossa paróquia lhes ofereceu o almoço do dia 5 de abril (domingo).

ComunicadoIniciamos neste mês, uma

parceria de assistência na pro-moção humana e ajuda com alimentos, roupas e outros do-nativos na paróquia Nossa Sra. da Conceição, em Almirante Tamandaré-PR. Esta comunida-de é também dirigida pelos freis capuchinhos. Daremos mais informações e detalhes sobre este trabalho na próxima edição do nosso jornal.

Secretaria da Paróquia

DÍZIMO – FAMÍLIA UNIDAÉ muito bom quando a família decide conversar

sobre o Dízimo. É sinal que a família está caminhando na mesma direção e a partilha será feita como ade-são e compromisso de cada um.

No entanto, como há diversidade muito grande de realidades, é preciso levar em consideração a situa-ção particular em cada caso.

Atualmente, nas cidades, em grande parte das fa-mílias, marido e esposa têm rendas próprias. Neste caso, cada um pode fazer individualmente a opção pelo Dízimo.

Se em determinada família, somente o marido tem renda, sendo a esposa sua dependente, ele pode fazer a opção pelo Dízimo e, evidentemente, a esposa

estará participando com ele.Existem famílias onde todos trabalham juntos e

não se tem renda individual. Isto é, todos trabalham para o sustento familiar. Neste caso a opção pode ser feita em nome do cabeça da família, e conseqüente-mente, os demais estarão também participando.

O mais importante é que todas as pessoas de-vem cultivar o hábito da partilha, que é um ato de fé, alimentado pelo amor a Deus e ao próximo. E isto deve ser feito principalmente no ambiente fami-liar onde marido, esposa, filhos e filhas se ajudam mutuamente na superação do egoísmo e da indivi-dualidade.

Neste contexto, todos – adultos, jovens, adoles-centes e crianças – aprendem a fazer sua opção pelo Dízimo, e contribuem de acordo com suas possibili-dades, praticando a caridade que é o maior de todos os dons.

Caro Dizimista e Benfeitor. Deus abençoe você e sua família, promovendo a saúde, a felicidade e a prosperidade em sua casa.

Pastoral do Dízimo

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20 - Ano IX - Abril de 2008

Olá, amigos e amigas da Catequese!Já começamos nossos encontros de Catequese

há um mês. Como o tempo passa rápido!Este mês temos duas novas brincadeiras: O ‘Cercado das Ovelhas’ e ‘A Frase Secreta’. Ah, sim! Quem tentou responder às perguntas

da Gincana Bíblica da Semana? Veja abaixo as res-postas da Gincana de março e uma nova Gincana. Tomara que vocês tenham acertado!

Temos muitas surpresas nas próximas edições do nosso jornal, “O Capuchinho”. Então, fiquem li-gados. Até lá!

CATEQUESE

DETETIVE - FRASE SECRETA

Essa palavra tem um poder muito especial. Sem ela, estaríamos literalmente “fritos”... por-que todos nós ofendemos a Deus várias vezes durante nossa vida, mas, Ele é pai amoroso, que acolhe e perdoa seus filhos, quando estes per-cebem que erraram e pedem sinceramente Seu perdão. Foi isto que Jesus nos ensinou durante toda a sua vida, dando inúmeros exemplos sobre a misericórdia do Senhor.

Ache a frase secreta descobrindo o lugar cor-reto das palavras do quadro abaixo. Para isso, você tem apenas uma pista: cada letra da pala-vra MISERICÓRDIA é o início de uma palavra do quadro, que deve fazer par te da frase.

BOA SORTE!

Você sabe o que quer dizer “misericórdia” ?

ignoram seus arrependeu erros Cristo muitos

reconhecem indivíduo receber imitar dar ouvir

M

I

S

E

R

I

C

Ó

R

D

I

A

quando os comentem, mas depois

e se arrependem. Vamos

a

que nos ensinou a

,

e

seu perdão ao

que se

do que fez, porque assim também Ele fará conosco.

EU SOU A PORTA DA FRENTEJesus disse: “Quem não entra pela porta da frente é o ladrão, mas quem entra pela porta da frente é

o pastor das ovelhas. A este as ovelhas seguem-no, pois conhecem a sua voz. Mas não seguem o estra-nho, pelo contrário, fogem dele. Eu sou a porta da frente, quem entra por mim será salvo e encontrará a pastagem”.

Vamos descobrir qual dos caminhos representa Jesus, nosso pastor, que nos conduz a um lugar se-guro e que leva à porta da frente do lugar onde estão as ovelhas.

Respostas das perguntas da edição anterior:

1. R.: O apóstolo Pedro.2. R.: Com o beijo.3. R.: Cirineu.4. R.: Jesus Nazareno, Rei dos Judeus.5. R.: Maria Madalena.

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 21

OS SACRAMENTOSEstamos iniciando, a partir deste número de “O

Capuchinho”, um estudo sobre os Sacramentos. No presente artigo, trataremos dos “Sacramen-

tos em geral”, dos “sete sacramentos” e do “Ba-tismo”. Nos próximos números, estudaremos dois sacramentos em cada artigo. No final de nosso estudo, apresentaremos uma bibliografia sobre o tema; mas durante as abordagens vou indicando, no próprio texto, as fontes pesquisadas.

Os sacramentos em geralA palavra “Sacramento” quer dizer sinal. Sinal

do quê? Sinal da presença de Deus entre nós. As-sim, em sentido amplo, todos os seres que existem são sacramentos: a criação toda que nos rodeia, as pessoas com as quais nos relacionamos, a história e tudo o que acontece conosco, em nossa volta e no mundo, tudo é e deve ser sacramento de Deus, porque nos revelam o próprio Deus. Dentro deste “complexo sacramental”, dois merecem destaque: Jesus Cristo e a Igreja.

Jesus Cristo é o “Sacramento do Pai” por ex-celência. Ele se revelou conhecedor do Pai e é da sua mesma natureza (Jo 10,30). Através de gestos e palavras, Jesus revela o Pai de infinita ternura. Seus atos humanos são atos de Deus; atos do Fi-lho de Deus e, por isso, possuem força divina de salvação. Logo, Jesus é o primeiro Sacramento de Deus.

A Igreja é o grande sacramento da graça e da salvação no mundo, pois carrega dentro de si Cris-to, o Sacramento de Deus. Jesus Cristo continua e se faz palpável através da Igreja ao longo da histó-ria (cf. Leonardo Boff, Os Sacramentos da vida e a vida dos Sacramentos, p. 50). Os atos históricos de Jesus são continuados através da Igreja. Ela é o sinal visível do Cristo glorioso.

Os sete sacramentosAté o século II não se havia definido os sacra-

mentos como sete. Tudo o que se referia ao sagra-do era “sacramento”. A partir de então, os cristãos começaram a destacar, dentre as centenas de “sa-cramentos”, sete gestos primordiais da Igreja. Esta doutrina foi oficialmente assumida pela Igreja no Sínodo de Lyon em 1274. O Concílio de Trento, em 1547, definiu solenemente que “os Sacramentos da Nova Lei são sete, nem mais e nem menos”.

O número sete, na Bíblia, significa totalidade. É a soma de 3+4. O número 4 significa o cosmos e o número 3 o absoluto ou o espírito. Assim, pelo número sete se expressa o fato de que a totalida-de da existência humana, material e espiritual, é consagrada à Deus. De fato, “os sete sacramentos atingem todas as etapas e todos os momentos im-portantes da vida do cristão: dão à vida de fé do cristão origem e crescimento, cura e missão. Nisto existe uma certa semelhança entre as etapas da vida natural e as da vida espiritual” (Catecismo da Igreja Católica, n. 1210).

Os sete sacramentos foram instituídos por Jesus Cristo. A Palavra de Deus, no Novo Testa-mento, deixa claro a instituição direta por Cristo do Batismo (cf. Mt 28,18-20), da Eucaristia e da

Ordem (cf. 1Cor 11,23-26) e da Penitência (cf. Jo 20,22-23). Mas também os outros sacramentos foram instituídos, indiretamente, por Jesus Cristo, pois “ele querendo a Igreja, quer também os Sa-cramentos que detalham para a concretez da vida o Sacramento Universal” (cf. Leonardo Boff, Os Sa-cramentos da vida e a vida dos Sacramentos, p. 62). Assim sendo, At 8,15ss fala da imposição das mãos e da efusão do Espírito para a Confirmação; em Tg 5,14, a “unção com o óleo em nome do Se-nhor” ao doente refere-se à Unção dos Enfermos; em Mc 10,2-12 e Ef 5,21-23 temos o matrimônio como dignidade original e indissolúvel.

Mas, o que é um sacramento? “É um sinal sen-sível e eficaz da graça de Deus que, por instituição divina, tem a virtude de produzir aquilo que signi-fica”. Então, toda vez que celebramos um sacra-mento, Deus realiza de fato o que está sendo sig-nificado. É o próprio Cristo que se faz presente em

nossa vida em cada sacramento que celebramos. “O essencial dos sacramentos é a presença de Je-sus Cristo como força de vida eterna e a atuação de seu Espírito que infunde a força divina” (José Comblin, A Igreja e sua Missão, p. 76).

O BatismoO Batismo é o Sacramento pelo qual a pessoa

ingressa na comunidade cristã. Ele é o “pórtico da vida no Espírito e a porta que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo Batismo, somos liberta-dos do pecado e regenerados como Filhos de Deus, tornando-nos membros de Cristo e somos incorpo-rados à Igreja e feitos participantes da sua mis-são” (Catecismo da Igreja Católica, n. 1213). Ele confere verdadeira renovação na pessoa do batiza-do. É o início de nova vida (cf Rm 6,4) que devemos desenvolver na história. Faz-nos verdadeiramente Filhos de Deus num sentido muito mais profundo do que aquela filiação divina natural pela criação:

somos filhos no Filho (em Jesus Cristo), a quem somos configurados (cf Rm 8,14-17). E sendo in-corporados à Igreja de Cristo, devemos inserir-nos na sua missão (cf. 1Pd 2,9-10). Assim, o Batismo é o fundamento do sacerdócio comum dos fiéis.

Mas, se o Batismo confere tanta dignidade e acarreta tantos compromissos, por que não deixar para batizar a pessoa depois de adulta? Entenda-mos o seguinte: “Por nascerem com a natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento no Batismo, a fim de possuírem a liberdade dos filhos de Deus. A gratuidade pura da graça da Sal-vação é particularmente manifesta no Batismo das crianças. A Igreja e os pais privariam então a crian-ça da graça inestimável de tornar-se filho de Deus se não lhe conferissem o Batismo pouco depois do nascimento” (Catecismo da Igreja Católica, n. 1250). Mas é preciso que os pais, padrinhos e toda a comunidade cristã ofereçam as condições necessárias para a criança batizada desenvolver sua vida de fé e de participação na Igreja.

O próprio rito da celebração do Batismo ajuda-nos a entender o seu significado:

• O sinal da cruz no início da celebração assina-la a marca de Cristo no batizando e significa a graça da redenção que Cristo nos adquiriu pela sua cruz.

- O anúncio da Palavra de Deus ilumina, com a verdade revelada, o candidato ao batismo e toda a assembléia, e suscita a resposta da fé.

• A unção com o óleo dos catecúmenos signifi-ca a libertação do pecado e a pertença do batizando a Deus.

• A água batismal é abençoada e segue-se o rito essencial do sacramento, que é o Batismo. Este é conferido derramando-se por três vezes a água so-bre a cabeça do candidato e pronunciando as pala-vras “N..., eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

• A unção com o óleo do Crisma, consagrado pelo Bispo, significa o dom do Espírito Santo ao novo batizado.

• A veste branca (ou de outra cor, mas sempre uma veste especial para o dia do batismo) significa que o batizado “vestiu-se de Cristo” (Gl 3,27), res-suscitou com Cristo.

• A vela acesa significa que Cristo iluminou aquele que foi batizado. Em Cristo os batizados são “a luz do mundo” (Mt 5,14).

• O novo batizado é agora filho de Deus no Filho único, Jesus Cristo. Pode, portanto, rezar a oração dos filhos de Deus, o Pai Nosso.

Concluindo nosso primeiro artigo, notemos a im-portância dos sacramentos em nossa vida. Não se trata só de um sinal. Mas de um sinal eficaz (que realiza o que significa). E quanto ao sacramento do Batismo, empenhemo-nos em vivenciá-lo, levando uma vida de acordo com a vontade de Deus (pois somos seus filhos!) e inserindo-nos cada vez mais na missão da Igreja. Sejamos agradecidos a Deus por este dom maravilhoso do batismo!

Frei Pedro Cesário Palma, OFMCap

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22 - Ano IX - Abril de 2008

SAÚDE: UM PROJETO DE VIDANa sua essência, todo ser humano é perfeito.

O corpo pode adoecer, a essência é eternamente saudável. A saúde física é a expressão da har-monia do ser humano total, o estado normal da pessoa. Quando se rompe um elo dessa estrutura, produz-se evasão de energia vital, com conseqüen-te degradação física em algum ponto mais frágil.

É sempre importante e necessário refazer a har-monia, e isto a começar pela mente. A vida do cor-po é a mente. Ele age e reage, através da energia mental e espiritual.

Sabendo que a saúde do corpo é conseqüência da energia positiva da mente, é de suma importância:

- ter pensamentos positivos, que mantenham a mente alegre, feliz, cheia de amor e bondade;

- cultivar a paz interior; - procurar compreender;- perdoar o passado e desligar-se dele; - criar hábitos saudáveis de combate ao estres-

se: exercícios físicos, alimentação adequada, ho-ras suficientes de sono...

A prática diária de técnicas de meditação e relaxa-mento são instrumentos muito eficazes para prevenir doenças e manter a saúde do corpo e da mente.

A enfermidade do corpo é resultado da desar-monia mental e o conseqüente enfraquecimento do sistema imunológico. Quando a mente se per-turba e se atormenta, desajusta o funcionamento do organismo, criando doenças.

Não podemos esquecer que a saúde e a enfer-midade obedecem à lei de causa e efeito.

A causa está na mente; o efeito se manifesta no corpo. “Mente sadia em corpo saudável”, diz o antigo e sempre válido provérbio.

Ter um projeto de vida saudável não é apenas necessidade, é dever de cada ser humano. Sua saúde é contribuição importante para a harmonia do seu ambiente familiar, social e de todo o Univer-so. Saúde é vida, é bem estar, é harmonia. Doen-ça é desarmonia, é sofrimento e gera morte.

Seu corpo é a sua morada. É o templo onde habita a vida, que é você. Portanto, trate-o com carinho. Ame-o! Dê-lhe o descanso e alimentação necessária. Não o perturbe com pensamentos e sentimentos negativos e pessimistas.

Amor, carinho, alegria e felicidade são energias preventivas, curadoras e rejuvenescedoras do corpo.

Se acaso há alguma doença em você ou na sua família, não se desespere. Acredite na cura. Seja qual for a gravidade da doença. Saiba que há um po-der curador infinito dentro de você. Desperte-o pela fé. Reze! Toda vez que você revitaliza a união com Deus, através da oração, você entra em estado de harmonia mental e espiritual. Ao atingir o estado de paz interior, automaticamente você entra em estado de saúde. A paz é a saúde da mente, que produz a saúde do corpo; e a fé é a força curadora infalível.

Da mesma forma como os pensamentos, os sentimentos e as emoções negativas provocam de-vastação no corpo, assim também os pensamen-tos, as emoções, os sentimentos e as crenças po-sitivas recompõem as energias e produzem efeitos altamente benéficos ao organismo.

A todos vocês, nossa profunda gratidão pelo benefícios que vêm prestando a tanta gente neces-sitada de ajuda. Certamente, vocês estão sendo abençoados por Deus e terão seus nomes inscritos

no livro dos Bem-aventurados.

Nelly KirstenCoordenadora do Serviço Voluntário

PsicólogosAna Isabel G. de AraújoIvone K. SolderaClaudini G. AndreattaCleuza VirgíniaDaniela R. MatheusDeucélia G. PereiraEliane D. NogiriGabriela R. da Silva BonatoMaria Cristina FurlanMariana B. P. da SilvaMiriam G. de M. LinsRosane CastorRosecler SchmitzTelma Cristine CabralTerezinha Vian RamboTomas C. Magalhães dos Reis

ParapsicólogosAna Maria F. AranaFlávio WozniackFrancisco A. Ricardo FilhoJosé LevekMeire G. MarcengoNelly KirstenTeresinha M. FerrariWandaJ. Sluczanowski

FisioterapiaAna O. Konopatzki

Iriodologia Leonilda A. Fernandez

AcupunturaAlessandra V. B. GarciaIvone K. SolderaLilian A. Fulfuro

Terapia FloralCleusa VirginiaIara PenteadoRosiliani G. Padilha

IogaM.ª de Lourdes B. MartinsTerezinha Amália Tonin

MassoterapiaLuis FrettoLílian A. FulfuroOlinda T. Neves

ArquitetaRegina do R. Bilek

ReikiJosé Valter Nogueira Rosiliani G. Padilha

Saúde e Serviço VoluntárioNeste Dia Mundial da Saúde, queremos pa-

rabenizar a Paróquia N. Sra. das Mercês dos freis capuchinhos, pelo extraordinário ser-viço que vem prestando à comunidade através de númerosos profissionais da área de saúde (ver abaixo o elenco), que doam semanalmente horas de seu tempo, conhecimentos, amor e carinho, no atendimento a milhares de pessoas carentes de recursos financeiros, que vêm buscar atra-vés das Terapias Alternativas, o remédio para curar seus males.

Há mais de seis anos, a Paró-quia criou o Centro Franciscano de Voluntariado, anexado às instala-ções da mesma Igreja N. Sra. das Mercês. No início, eram apenas um ou dois terapeutas. A cada ano que passa, o número de profissionais au-menta e a demanda é cada vez maior.

A seguir, os nomes dos que atuam atual-mente e respectivas profissões:

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 23

NOSSA DEFESA PELA VIDA AINDA É TÍBIAA reflexão sobre o tema da Campanha da Frater-

nidade de 2008 – Fraternidade e Defesa pela Vida – não se encerra com a quaresma. Por isso, nesta edição do nosso jornal faremos algumas considera-ções que nos levam a tornar nossas atitudes uma constante defesa e preservação da nossa vida e a dos nossos irmãos.

Não há várias vidas, mas uma só e uma Força no centro dessa vida. Uma Força de união: “O Es-pírito de Deus que no princípio pairava sobre as águas...” (Gn 1,1-2).

“Eu sou a vida”, diz Deus, e eu creio o que Deus diz. A fonte da Vida é o Amor de Deus!

Poderíamos abafar nossa consciência e dizer: “Sempre defendi a vida, não pratiquei aborto volun-tário, não fiz fertilização in vitro, não tenho embriões congelados, não matei”, e outras frases similares.

No entanto, a defesa pela vida vai muito além de defendermos os nasciturnos e ter cuidados com a gestação. Defender a vida desde seu início até o declínio com dignidade – um dever de todo o ser humano – é o que contempla o texto da Campanha da Fraternidade.

Na nossa comunidade, na Celebração da Ceia do Senhor, na quinta-feira santa, no momento do lava-pés, houve uma coreografia: a igreja estava na penumbra e jovens vestidos de preto se levanta-vam no meio da assembléia e gritavam palavras, como, inveja, ciúme, violência, corrupção, roubo e outras. Em seguida apareciam faixas com dizeres:

- “Não matarás!” Como? A inveja mata? O ciúme mata?”

ViolênciaA violência doméstica é silenciosa, raramente

vem a público, a não ser em casos extremos de morte e tortura, quando denunciada. A violência, em

casa, não tem estatísticas. É abafada pela ameaça, pelo medo e pela vergonha. Aparece estampada no corpo da mulher e da criança, principalmente, atra-vés dos semblantes tristes, sofridos, acabrunhados, nas marcas e sinais de espancamento e no compor-tamento estranho, magoado e doentio.

A violência doméstica tem suas origens nos de-sajustes familiares. E desta violência doméstica origina-se toda a violência praticada na socieda-de. Analisemos, por exemplo, nossas atitudes no desrespeito às leis do trânsito. Quanta agressão à nossa própria vida e à dos outros. É tão corriqueiro que nem nos damos conta de verdadeiros crimes que cometemos infrigindo o código do trânsito.

A violência nos cerca em todos os sentidos: so-mos roubados em nossas casas, em qualquer dire-ção por onde andamos, a pé, no ônibus, no carro... Nossa vida está muito vulnerável, com ameaças, golpes, e, infelizmente, a segurança relegada pelo órgãos públicos.

CorrupçãoCom as imagens que a mídia nos mostra no dia-

a-dia, ficamos estarrecidos. As epidemias incontro-

láveis, as filas dos doentes nos hospitais públicos com atendimentos precários e demorados... São as vidas de tantas pessoas ameaçadas de morte.

As verbas públicas para a saúde são desviadas para financiar os interesses políticos, a corrupção e as mordomias. Só lembramos os 14 anos do imposto sobre a movimentação financeira (CPMF), que não foi totalmente aplicado na saúde como previa a Lei. Certamente o que mais seifa vidas humanas é falta de investimentos na saúde.

Inveja e ciúmeEstão na lista dos pecados capitais. A inveja

mata porque ela usa as armas da denúncia, mui-tas vezes infundada, da calúnia. Mata a fama e a boa reputação,. Atrapalha muitas vezes a execução de trabalhos valiosos. Tira o ânimo, sem falar que prejudica a saúde física e mental. A honra perdida é como “um câncer espiritual”, é difícil de curá-la e sempre tem seqüelas. O ciúme doentio corroe e faz da vida do outro um inferno, sem paz. A desconfian-ça mata a alegria de viver.

Poderíamos continuar esta lista de doses de verdadeiros venenos, que destroem nossa vida e a dos nossos irmãos.

Não somos juízes uns dos outros, mas – cada um no seu mundo, no seu ambiente onde vive a vida de cada dia – poderá, aos olhos da Fé e da Palavra de Deus – que orienta –, tomar decisões de como Defender a Vida. Desta maneira, com esforço contí-nuo e comum, colaboramos em tornar a vida mais bela e feliz sob o olhar confiante em Cristo, que veio para que todos “tenham vida plenamente”!

“Pai,... a vida eterna é esta: que eles te conhe-çam a ti, o Deus único verdadeiro, e aquele que enviaste, Jesus Cristo” (João 17,3).

Erotides Floriani

VOCAÇÃO FAMILIARNo sentido cristão, a vocação é o chamado de

Deus, a proposta que nosso Pai, com muito amor, dirige a todos nós, seres humanos. Ele nos chama, convida e convoca. Todo chamado pede uma respos-ta. É onde nós entramos com nossa liberdade de di-zer SIM ou NÃO ao chamado de Deus. Mas, como descobrimos este apelo de Deus em nossa vida?

Somos, primeiramente, chamados à vida. Deus nos chama a viver. Ele nos convida a sair do “vazio” em que estávamos para entrar para a vida, para a história. E também somos chamados a ser cristãos. Sabemos e valorizamos o que isto significa?

Viver a vida como cristãos é procurar viver como Jesus Cristo viveu, assumindo a sua liber-dade de filho de Deus. Foi um homem livre e ne-nhuma estrutura humana o prendia, nem mesmo a sua família.

A vida familiar é um dos estados de vida mara-vilhosos. Nela descobrimos quem somos. É, sem dúvida, o habitat natural e seguro para o cresci-mento sadio da pessoa.

A família é o “meio”, o lugar privilegiado de

vivência da vocação, mas, como meio, aponta para um fim. É passagem e caminho para algo que está além dela.

Nosso mundo está carente de valores, de tes-temunhos e de esperança. É o desafio apresenta-do na nossa realidade.

Os jovens perdem cada vez mais o desejo e a motivação para se casarem. Ademais, muitos dos que chegam ao casamento já vivem juntos há algum tempo. Qual a nossa atitude diante dessa realidade? Sem um trabalho consciente e comprometido, não é possível hoje à Igreja tornar-se realmente presente no mundo. A gratuidade faz parte do amor, pela qual nós, famílias cristãs, somos convocados a vivê-la.

Não há porque “esperar” alguma coisa para levar as boas novas às pessoas. Somos todos evangelizadores em todos os dias e lugares e com as pessoas que encontramos. Também somos co-responsáveis pela felicidade de todos quantos nos cercam, bem como pelo nível de compaixão que as pessoas terão com as outras pessoas, compaixão de verdade!

Compaixão significa manter a serenidade frente à dor dos outros. Significa manter a calma, para poder auxiliar quem sofre um revés, uma dor. É ser otimista, entusiasmado, pronto a dar ânimo aos amigos que enfrentam situações difíceis, ajudando a enfrentá-las de forma positiva e corajosa.

Testemunhemos aos jovens, aos nossos filhos, aos sobrinhos, aos filhos dos amigos, funcionários e mesmo aos chefes a mais nobre das virtudes huma-nas: o altruísmo, a sensibilidade capaz de interrom-per a nossa caminhada a fim de ajudar os outros.

Segundo os psicólogos, altruísmo não se apren-de em escola ou faculdade. Altruísmo se forma dentro de casa, na convivência de famílias unidas pelo amor. Somos todos cristãos e, por isso, evan-gelizadores. Nossa missão de contribuir para um mundo melhor começa no lar. Se a solidariede com os outros for exercitada no amor de Cristo, então estará em nós a essência de toda virtude, a carida-de, dom de Deus aos que crêem e esperam.

LourdesTieko e José Francisco Machado

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24 - Ano IX - Abril de 2008

DIA DO JORNALISTA: 7 de abrilNo dia 7 de abril, comemora-se o dia do jorna-

lista. Este profissional utiliza, como instrumento de trabalho, a informação, tendo como função princi-pal a de transmitir informações em seus mais di-versos níveis.

Os precursores dos atuais jornalistas foram os trovadores viajantes que freqüentavam feiras, mer-cados e cortes aristocráticas, aos quais eles comu-nicavam notícias de outros lugares que mesclavam com as que escutavam ali e, assim, sucessivamen-te, os mensageiros e escrivões públicos, os edito-res de livros, os negociantes e outras pessoas que possuíam fácil acesso à informação.

Uma primeira demarcação para entender as cir-cunstâncias que proporcionaram o surgimento da Imprensa no mundo é situar o fato no contexto do desenvolvimento histórico e econômico do mercan-tilismo, a partir das trocas de mercadorias e in-formações nas cidades originárias do capitalismo (burgos). A Revolução Francesa (1789) – que entre importantes implicações trouxe à tona a liberdade de imprensa – contribuiu para a evolução do jor-nalismo, tornando-o componente do cotidiano das pessoas.

Nesse momento histórico, a profissão de jornalista passou a fazer parte, ainda que na fase embrionária, da gama de profissões. Mas, foi somente no século XIX, na Europa e nos Estados Unidos, que o jornalis-mo chegou a ser profissão em tempo integral.

No Brasil, a Imprensa surge em 1808, quando passou a circular, em 1º de junho, o jornal “Correio Braziliense”, editado em Londres, por Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça.

Em toda a história do jornalismo no Brasil, não há, sem dúvida alguma, pior momento para os jor-nalistas que a ditadura militar (1964-1985), mo-mento em que foi cessada a liberdade de imprensa e instituída a censura a todos os meios de comu-nicação. Além de punições morais, muitos jornalis-tas foram violentados e até mesmo mortos durante o regime ditatorial.

Atualmente, o jornalista está presente em diver-sas áreas. Chama-se a isso de segmentação do jornalismo, na qual é possível especializar a infor-mação e tratá-la com foco no segmento de atua-ção.

A Igreja Católica, conhecendo a necessidade de informação voltada para seus temas, há muito reconhece e utiliza o jornalismo em suas ativida-des por meio da Pastoral da Comunicação. A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) traz a definição da Pastoral da Comunicação como o con-junto de ações realizadas dentro de comunidade eclesial. É a pastoral do ser e estar em comunhão com a comunidade. É a pastoral da acolhida, da participação, das inter-relações humanas, da orga-

nização solidária e do planejamento democrático do uso de recursos e instrumentos que facilitem o intercâmbio de informações e de manifestações das pessoas no interior da comunidade ou da co-munidade para o mundo que o rodeia. É a pastoral da valorização das expressões da cultura humana.

No ano em que se comemora o bicentenário da imprensa no Brasil, a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) quer fazer de 7 de abril o momento privilegiado de luta por reivindicações dos jornalis-tas, como, uma nova Lei de Imprensa e a convoca-ção da Conferência Nacional de Comunicação.

Janaína Martins TrindadeJornalista

SOCORRO SEMPRE PRESENTE!Na última temporada de verão, o garoto de 7

anos de idade, Carlos Alberto de Freitas, desobe-decendo à determinação de seus pais, resolveu entrar sozinho no mar da Praia Brava de Caiobá.

Imediatamente, a correnteza começou a puxá-lo para o fundo e para baixo. E, em pouco tem-po, o garoto estava muito além da arrebentação e sendo rapidamente arrastado pela implacável força das águas. Suas braçadas de nada adian-tavam, e, pior do que isso, haviam-lhe tirado toda energia.

Não conseguindo manter-se à superfície, o menino recorreu à proteção de Nossa Senhora: “Salva-me, Mãezinha querida! Salve-me!”.

O menino, a seguir, sente fortes e intermiten-

tes dores no peito. Abre os olhos e, então, vê um homem massageando fortemente o seu coração. Sente que está deitado na areia da praia, que há várias pessoas ao redor e percebe as expressões de apreensão que elas trazem em seus rostos. Nisso, uma grande quantidade de água passa pela sua garganta; e, então, finalmente, volta a respirar!

“Bem-aventurados aqueles que vivem debaixo da proteção de uma Mãe, tão amante e tão pode-rosa!”, diz Santo Afonso de Ligório.

Conta-se que a baleia guarda na boca os seus filhos, quando os vê ameaçados pela tempesta-de ou pelos caçadores. E o que faz a nossa boa Mãe quando seus filhos encontram-se em perigo,

no meio das tempestades da vida? “Esconde-os amorosamente”, diz Santo Afonso, “como dentro de suas próprias entranhas, e ali os guarda até que os coloca em porto seguro”.

Ó Mãe amantíssima, ó Mãe piedosíssima, bendito sejais e bendito seja para sempre aquele Deus que vos deu a nós todos por Mãe e refúgio seguro em todos os perigos desta vida!

Certa vez, disse a Virgem Maria à Santa Brígi-da que uma mãe, se visse seu filho entre as es-padas dos inimigos, faria todo esforço para salvá-lo. “Assim”, falou Maria, “faço e farei eu com os meus filhos, por maiores pecados que possuam, sempre que a mim recorrerem”.

Marcos de Lacerda Pessoa

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 25

DATAS CÍVICASHá muitas datas importantes em abril. Vamos

nos ater somente àquelas que julgamos mais im-portantes:

• 2: Dia do Livro Infantil;• 3: Dia do Hino Nacional;• 7: Dia Nacional da Saúde;• 8: Dia Mundial da luta contra o câncer;• 14-21: Semana da cidadania;• 22: Dia da descoberta do Brasil (1500);• 22: Dia do Planeta Terra;• 24: Dia Internacional do jovem trabalhador;• 28: Dia da Educação;• 30: Dia Nacional da Mulher.

Os meios de comunicação social (MCS) hodier-nos estão absorvendo o tempo que poderíamos dedicar à leitura. Além dos grandes benefícios que oferecem, os MCS tornam-se, em parte, ini-migos em criar o hábito da leitura.

As crianças brasileiras, por exemplo, lêem pouco porque ainda lhes falta o hábito da leitura ou porque não dispõem de meios para a aquisi-ção de livros. Às vezes, os pais – que lêem pouco – não dão exemplo de leitura aos filhos. Sabemos como a leitura é importante tanto para os pais como para os filhos.

Com a leitura aprende-se muito. Por isso, é muito importante incentivar as crianças à leitura que, inicialmente, pode ser uma leitura simples, histórias em quadrinhos, por exemplo. Acostu-mando-se à leitura, as crianças vão crescendo e, aos poucos, começam ler outros livros. O que importa é despertar nelas, desde os primeiros anos, a constância em ler alguma coisa.

Pouco adiantaria ter bibliotecas em casa, na escola ou pública se não houver leitores para usu-fruirem deste material.

Dia 22 de abril de 1500 foi o Dia da descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral e sua equipe. Naquele tempo, eles nem imaginavam a imensidão territorial do Brasil: “Um país de dimensões terri-toriais.!”

Hoje, esse “Gigante adormecido” está se des-pertando para o mundo. Somos um país! Temos voz e vez, apesar de tudo. Este país, apesar do pessimismo de muitos, vai longe. Creio que eu e muitos de nós não veremos a potência em que esta terra vai se tornar. “Quem viver, verá!”

Cabe a todos nós, dentro do que estiver ao nosso alcance, lutar pelas realizações nacionais. Desejamos vê-lo forte, grande e firme em suas rea-lizações. Deus nos ajudará, por certo!

Nosso civismo está caindo em desuso. Um povo só é realmente patriota se valorizar seus símbolos cívicos. Já vai longe o tempo em que as simples escolas do interior ensinavam sobre o respeito e o amor aos brasões da Pátria.

Aos nos postarmos diante da Bandeira Nacio-nal e ao ouvirmos os primeiro acordes de nosso Hino Nacional é hora de respeito e de mostrar o amor à pátria.

Queremos paz e precisamos aumentar o respei-to mútuo. Nossos Brasões Brasileiros, entre eles o Hino Nacional, têm que ser mais distinguidos, mais ensinados nas escolas, a fim de que todo e qualquer brasileiro se ufane da beleza desses Bra-sões, em especial da música e do contexto poético de nosso Hino Nacional.

Tiradentes é o Protomártir a Independência, cujo nome é Joaquim Xavier da Silva. Tiradentes é a alcunha que recebeu por causa da profissão que exercia.

Dentro do coração deste primeiro mártir pal-pitava o anseio da liberdade. “Libertas quae ta-men” (=A liberdade, ainda que tardia). Isto signifi-cava o desconforto que os inconfidentes sentiam (na época) em relação ao civismo nacional. Viam uma nação grande, nova, nobre e pujante sendo explorada pelos portugueses. Era o amor à esta terra, sentido pelos primeiros colonizadores.

Conhecemos os fatos. Um herói assumiu toda culpa, sendo morto e esquartejado pelo ato que, para nós, foi todo de bravura e heroísmo. Valeu o sangue derramado pela nação brasileira. Falta-nos, hoje, outros Tiradentes”

O ser humano nasce pequeno e inculto. Com o tempo, com o zelo dos pais, aquele pequeno reben-to, torna-se adulto, maduro e pronto para os mais diversos afazeres profissionais.

Como uma jóia, incrustada na pedra bruta, o ser humano vai recebendo de seus semelhantes o grande benefício da educação.

A boa educação visa conduzir física, moral e cultu-ralmente o ser humano ao mais elevado nível possí-vel. Estão aí as profissões mais variadas e diversas, como fruto da educação que cada um assimilou.

Ainda bem que o ser humano é ambicioso. Ele quer mais e melhor. Não se acomoda facilmente. Deste “não se acomodar” provieram as mais diversas inven-ções e técnicas, usadas para o bem-estar humano.

Hoje, mais do que nunca, as instituições de ensino se despertam e proporcionam aos jovens excelente formação cultural. Disto resulta que um povo, com a educação e cultura, vai criando e soli-dificando uma população mais esclarecida, visando o progresso dentro dos princípios da democracia e detesta tudo o que levar à anar-quia.

O Dia do Livro Infantil: 2 de abril

Dia da descoberta do Brasil: 22 de abril

Dia da Educação: 28 de abril

Dia do Hino Nacional: 3 de abril

Dia de Tiradentes: 21 de abril

Dia do Planeta Terra: 22 de abril

Diante da grandeza do Planeta Terra, nossas mentes vão além das fronteiras nacionais.

Vemos os povos antigos, cada um com suas virtudes e defeitos, lutando bravamente para me-lhorar as condições de seus compatriotas.

Hoje constatamos que cada nação, com suas respectivas peculiaridades topográficas, raciais e culturais, luta para dar o melhor de si mesma.

No Planeta Terra existem países mais ricos, maiores, mais desenvolvidos e outros mais po-bres, menos cultos e menos desenvolvidos.

Em nosso século XXI, o ser humano está des-pertando para o grande problema do aquecimento global. Não se trata de tarefa desta ou daquela nação. É tarefa humanitária e de responsabilida-de plena de todos os países.

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26 - Ano IX - Abril de 2008

EMOÇÕES E SAÚDENo dia 8 de abril celebramos o dia mundial da

luta contra o câncer. Sabemos, por todos os estu-dos feitos recentemente nesta área, que esta do-ença está muito ligada às nossas emoções.

A influência das emoções na saúde humana, já apontada pelo grego Hipócrates no século IV a.C., recebe atenção cada vez maior nos dias de hoje. Estudos comprovam que o sistema imunológico é afetado pelos sentimentos. Tanto é assim que cien-tistas americanos da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, criaram a nova ciência cha-mada Psiconeuroimunologia. Esse estudo eviden-ciou a influência e a grande ligação entre o Sistema Imunológico e o Sistema Nervoso Central das pes-soas e que a maioria das doenças são de origem psicossomática.

Todos os médicos e especialistas em saúde sa-bem que as boas emoções trazem às pessoas efei-tos positivos tão benéficos que remédio nenhum é capaz. Por outro lado, não são poucos os exemplos de pessoas que possuíam emoções ruins, como, tensão emocional prolongada, ansiedade, dificulda-de para expressar sentimentos, guardando-os para si e não os “colocando para fora”, que, de uma hora para outra, descobriram que tinham câncer.

Quantas pessoas que, depois de forte emoção forte, ficaram doentes. Por exemplo, luto, acidente, perda de emprego, injustiça, separação, dívidas, calúnias, problemas familiares e outros mais.

Podemos e precisamos controlar nossas emo-ções, evitando assim o aparecimento de doenças e tendo melhor qualidade de vida. O segredo é não se deixar dominar por elas. Não temos controle sobre o que nos acontece, mas podemos contro-

lar nossas emoções e atitudes diante de qualquer acontecimento. Se não é possível evitar que um pensamento negativo de desânimo, raiva, ressen-timento, frustração, desilusão, decepção, dúvida e outros, surja na mente, cabe a cada um de nós não permitir que esses pensamentos se fixem em nós, destruindo o que nos é mais sagrado: nossa saúde. Por isso, cada vez que um pensamento ne-gativo vier á mente, substitua-o por outro positivo.

Ao perceber, por exemplo, que está pensando no passado, lamentando o que não fez, ou recor-dando um fato desagradável que lhe aconteceu, mude o foco. Em vez de pensar no que não fez, co-loque a atenção em tudo o que pode fazer de agora em diante. Aceite o que já foi e perdoe o passado, sejam fatos ou pessoas. Isso impede que emoções negativas se reproduzam abrindo espaço para o de-sequilíbrio e as doenças.

Em situações de crise, você pode escolher como se posicionar diante do que está vivendo. Pode la-mentar-se e colocar-se no papel de vítima ou pode também escolher fazer da crise a oportunidade de dar uma virada na vida. Descarte o que não funcio-nou e aprenda com suas experiências.

Por isso, para superar obstáculos e dificuldades, mantenha o pensamento no momento presente. Uma crise é sempre temporária. Cabe a você não multiplicá-la. Cada um de nós é o artista da própria vida. Se algo não está bom para você e não está trazendo os resultados que desejava obter em sua vida, perceba o que pode aprender com isso. E não fique se perguntando: por que acontece isso comi-go? Que fiz para merecer isto? Procure antes anali-sar qual desarmonia existe na sua vida que fez com

que você atraísse esse sofrimento e elime-o. Lembre-se que todas as suas experiências ne-

gativas podem ser utilizadas para seu crescimento. Como diz a Bíblia em Rom 8,28: “Todas as coi-sas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus”. Portanto, nada de desespero, de revolta, de culpar as pessoas, os fatos ou a Deus. Na escola da vida sempre aprendemos. Emoções reprimidas, intoxicam nossos sentimento.

Arrume tempo para o lazer, não deixe de fazer o que gosta. Valorize sua família. Não se desarmo-nize com nenhum de seus parentes. Leve a vida com mais humor e alegria. Tenha consciência que você não é máquina. Não faça do trabalho uma obsessão. Programe certo espaço de tempo para um trabalho voluntário. Não deixe de participar de sua paróquia ou de algum grupo de ajuda mútua. Sentir-se agregado a um grupo elimina a solidão.

Tome cuidado para não ter preocupações exces-sivas. Não deixe que nada e ninguém tire sua paz e serenidade. Livre-se definitivamente de toda a má-goa e ressentimento que envenenam nossa vida. Para isso, pratique o perdão. Partilhe suas emoções com pessoa amiga de confiança. Fortaleça sua espi-ritualidade. Na sua oração, entregue tudo nas mãos de Deus. Tenha paciência. O tempo é um santo re-médio. Nada melhor que um dia após o outro. Você aprendeu que a fé remove montanhas. Por isso, tudo é possível àquele que crê (cf. Mc 9,23) . Agin-do assim, tenho certeza que você terá mais saúde.

Frei Alvadi Pedro Marmentini, OFMCapPsicólogo e Parapsicólogo Clinico

[email protected]

PARAPSICOLOGIA E QUALIDADE DE VIDA (n.º 21)O psiquiatra austríaco, Dr. Hans Berger, fez impor-

tante descoberta em 1929. Ele colocou eletrodos na cabeça de um paciente e descobriu cientificamente que o cérebro emite ondas elétricas ou impulsos ele-tromagnéticos. O aparelho do Dr. Berger, precursor do moderno eletroencefalograma, detectou no cérebro uma vibração de 10 ciclos por segundo (cps), aproxima-damente. Ele chamou esta vibração de Alfa, primeira letra do alfabeto grego. Alfa é o sinal mais forte, tendo o máximo de energia elétrica emitida pelo cérebro.

À medida em que as máquinas usadas para mo-nitorar a atividade cerebral foram se tornando mais sofisticadas e sensíveis, outras vibrações foram detec-tadas. As letras gregas continuaram a nomear estes outros níveis de freqüência descobertos: Beta, Tetha, Delta e Gama.

Quando estamos acordados, tranqüilos, nosso cé-rebro produz a onda Beta, cuja freqüência vai de 14 a 21 cps (ciclos por segundo). Mas, se nos deixarmos envolver por fortes emoções de raiva, medo, angústia, etc, a freqüência cerebral acelera ficando entre 22 e 50 cps. É a onda Gama, que é a que mais consome energia. É a freqüência do estresse, das tensões, das doenças psicossomáticas.

A freqüência Alfa, identificada entre 8 e 13 cps,

surge quando estamos adormecendo, despertando de um sono, ou fazendo um exercício de relaxamento ou meditação. Sempre que alguém relaxa o corpo e desliga-se das preocupações atingindo aquele estado de paz e tranqüilidade interior entra no estado Alfa.

Quando estamos dormindo ou em estado de tran-qüilidade profunda estamos na freqüência Tetha, que está entre 4 e 7 cps. Abaixo disso está a freqüência Delta, que vai de 0,5 a 3,5 cps. Ela ocorre no sono profundo e no estado de coma.

Para Exercitar: Sente-se ou deite-se numa posição confortável, feche os olhos, não se mexa, inspire pro-fundamente enchendo os pulmões e dilatando o ab-dome. Enquanto o ar entra conte mentalmente até 3 ou 4. Faça uma pausa, prendendo a respiração e contando até 3 ou 4. Esvazie os pulmões bem devagar contando até 6 ou 8. Faça outra pausa de pulmões vazios contando até 3 ou 4. Faça a contagem tranqüila-mente. O tempo para esvaziar os pulmões deverá ser o dobro do tempo da inspiração e das pausas. Inspire, segure, solte bem devagar, espere, recomece. Assim você estará treinando uma respiração com ritmo que leva ao relaxamento e ao Estado Alfa.

Concentrar-se na respiração ajuda a desenvolver a capacidade de concentração e a melhorar nossa per-

cepção. Enquanto sua mente se mantém concentrada, seu corpo desfruta de repouso profundo. Isto faz bai-xar a pressão sanguínea e diminuir o ritmo do coração, ajudando seu corpo a se recuperar do estresse. Mui-tos médicos receitam estes exercícios como parte do tratamento de distúrbios como a hipertensão, dores de cabeça, dores nas costas, problemas de ansieda-de, e para controlar ou diminuir dores crônicas.

O repouso profundo propiciado pelo relaxamento traz outro benefício: ele reforça o sistema imunológico que é a defesa do seu organismo contra bactérias, vírus e câncer.

O hábito de relaxar concentrando-se vai lhe ajudar a desligar-se do estresse e trará calma e energia para você enfrentar melhor os desafios que vêm pela fren-te. Pratique diariamente, de preferência.

Flávio Wozniack - Parapsicólogo - CNPAC nº101 Atendimentos: 1. Gratuito (para carentes) Paróquia das Mercês – 3335-5752 2. Rua Manoel Ribas, 852 - sala 12 Mercês -3336-5896 9926-5464Cursinho gratuito de Parapsicologia na Paróquia

das Mercês: quintas-feiras das 19h30 às 20h30! Informe-se!

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 27

RIVALIDADE ENTRE IRMÃOSA rivalidade entre irmãos existe e faz parte do processo de socialização humana, mas

depende do nível e da recorrência em que estes sentimentos e comportamentos se repe-tem na vida entre eles.

O livro mais antigo do mundo para os cristãos – a Bíblia Sagrada – traz relato de que Caim, por ciúmes, mata seu irmão Abel. Temos aqui uma herança que vem se atualizando de geração em geração até os dias atuais.

Entre irmãos de idades distintas, a rivalidade se dá quando a criança e o pré-adoles-cente disputam o computador ou os jogos de videogame, por exemplo. Na adolescência, irmãos de idades semelhantes também disputam entre si, agora pelo motivo de pegar objetos pessoais do outro sem permissão. Partilhar não é tarefa fácil para ninguém, mas pode ser aprendido.

Os pais estão sabendo lidar com esta situação? São eles os mediadores entre os filhos e precisam desenvolver a estrutura psicológica para lidar com essa questão. Os pais precisam “se equipar” para resolver as rivalidades entre os filhos, caso contrário, atritos poderão desgastar e comprometer profundamente a relação futura entre eles. Se os pais não se sentem capacitados para mediar essas situações, podem buscar ajuda profissional.

Rivalidade entre os filhos não se justifica por motivo de que os pais são separados, visto que entre pais que moram juntos a rivalidade também existe. Os pais precisam falar na mesma sintonia, caso contrário, a criança percebe o ponto fraco e joga contra eles.

Ao planejar nova gestação, inserir o irmão neste contexto em que a família está aumen-tando. A chegada de novo irmão pode gerar reações agressivas, regressões instintivas como, por exemplo, a criança perder o controle dos esfíncteres (ato de urinar e evacuar involuntariamente) e outras mudanças de atitude por ciúmes do irmão mais novo, com-prometendo o desenvolvimento da sua personalidade. Não compreendendo que o bebê necessita de atenção e cuidados redobrados por parte da mãe, a criança mais velha, às vezes, sente-se um estranho no ninho ou pior, que perdeu o amor que lhe era dispensado antes de o irmão nascer.

Pais habilidosos incluem, desde a gestação do bebê, ambos os irmãos em experiên-cias que estimulam o companheirismo. O mais velho incorpora essas atitudes e deixa de encarar o irmão mais novo como rival e desenvolve afetividade por ele. Quando o irmão está para nascer, não é o momento de colocar a criança na escola nem enviar o filho para a casa dos avós, pois ele poderá desenvolver sentimentos dolorosos de rejeição na vida futura. Em muitas situações, a criança começa a regredir, não quer crescer e volta a se infantilizar para chamar a atenção dos pais ou responsáveis sobre si.

Como os pais estão administrando a rivalidade entre filhos? É preciso estar atento e manter o controle da situação. Os pais necessitam de tranqüilidade para exercer a função de pai e de mãe, mas, cada qual no seu lugar e com a consciência de que os papéis são distintos mas não antagônicos. A criança aprende por modelo, e a melhor educação que os pais podem dar aos filhos é através de seu exemplo.

Rosecler SchmitzPsicóloga ClínicaCRP-08/10 728

Cel.: (41) 9601 6045

REMÉDIO NATURAL Alô, mamães!

Não é novidade para ninguém que o leite ma-terno faz bem para os bebês. Agora, porém, sabe-se que o mesmo leite materno, na primeira hora de vida, pode salvar o bebê e protegê-lo contra di-versas doenças, alergias e infecções. “O primeiro leite, o colostro, é rico em anticorpos. Estatísticas apontam que cerca de sete mil mortes de bebês até o primeiro ano de vida no Brasil poderiam ter sido evitadas com a amamentação na primeira

hora após o parto”, garante o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. A amamentação imediata também beneficia a mãe, ajudando-a nas contra-ções uterinas e diminuindo o risco de hemorragia. Além disso, o costume de amamentar minimiza a chance de câncer de mama, diabetes e anemia e contribui para perda de peso pós-gravidez.

Lílian Santos KisielewiczFarmacêutica Bioquímica

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28 - Ano IX - Abril de 2008

APROVAÇÃO DA PASTORAL DE RUANA ARQUIDIOCESE DE CURITIBA

A convivência diária, os depoimentos e testemunhos de moradores de rua motivam a implantação da Pastoral de Rua. Citamos apenas os seguin-tes depoimentos, dentre os inúmeros que vão se repetindo no dia-a-dia.

- “As pessoas – estando na rua e se elas não acham um apoio, uma pessoa para descobri-las e depois se tornarem cidadãs – elas continuam a mesma coisa. A gente vê as pessoas jogadas na rua. Enquanto não chegar ninguém para poder enxergar estas pessoas, elas nunca vão sair dali! Ela se sente mendiga! Ela se sente sem valor nenhum. Por isso, ela bebe, fica suja, não toma banho. É por isso que ela não está vivendo”.

- “A gente, vivendo misturado ao lixo, acaba pensando que é lixo mes-mo”.

Ao serem desenvolvidas as atividades dos Projetos “Abrace Jesus no Morador de Rua” (Fraternidade N. Sra das Mercês-OFS e Ação Social dos Amigos do Jardim Botânico, ASAB) e o Projeto Makon (Congregação da Mis-são, Província do Sul) deparamos, diariamente, nas ruas de Curitiba, com depoimentos e clamores provocados pela dor do preconceito, indiferença, desamor e miséria.

Frente à esta realidade tornou-se premente a necessidade de organizar e de buscar o apoio da Igreja – a Igreja da opção pelos Pobres por exce-lência - e da Arquidiocese de Curitiba para melhorar os trabalhos com os irmãos em situação de rua.

Após algumas reuniões e estudos, elaborou-se o Projeto para a implan-tação da Pastoral do Povo da Rua, a qual está no contexto das Pastorais Sociais e é reconhecida pela CNBB. Quando o Projeto ficou pronto, foi sub-metido à apreciação, sendo aprovado, aos 11 de março de 2008, pelo arce-bispo Dom Moacir José Vitti.

O objetivo geral desta Pastoral resume-se em “ser presença junto do povo da rua, reconhecer os sinais de Deus presentes em sua história e desenvolver ações que transformem a situação de exclusão em projeto de vida para todos”.

São inúmeras as áreas de atuação, mas um dos princípios que rege o trabalho desta Pastoral é: “se queremos transformações é preciso trabalhar com e junto do povo da rua e não para o povo da rua. Cada irmão de rua deve ser o protagonista na busca de expressão e respeito na sociedade”.

O morador de rua não pode ser tratado como objeto da nossa “caridade”, mas sim como filho à imagem do PAI, reconhecendo a sua individualidade e autonomia de pensamento e ação.

Outro aspecto fundamental é o da espiritualidade de Jesus Cristo Liber-tador, de Jesus Cristo, que é amor, infunde a esperança, recupera a auto-estima e dá sentido à vida. Só ELE desperta o desejo e a criatividade de alcançar novos rumos.

Em Lima (1985), diante do Papa João Paulo II, um irmão proclamou: “Temos fome de pão e temos fome de Deus”, exprimindo assim duas neces-sidades básicas do ser humano. À esta saudação, João Paulo II respondeu: “Que a fome de Deus permaneça e a fome de pão desapareça”.

Com o propósito de levar a esperança de Jesus que venceu a morte e de dizer “sim” à vida, a Ação Social dos Amigos do Jardim Botânico (ASAB) e a Fraternidade Nossa Senhora das Mercês da Ordem Franciscana Se-cular, com o apoio da Paróquia e Convento N. Sra. das Mercês dos freis capuchinhos e da Arquidiocese de Curitiba, por meio da Pastoral da Rua, prosseguem com suas atividades junto e com os moradores de rua.

Por isso, convidamos as pessoas que gostam de ajudar o próximo a fim de que participem deste trabalho pastoral. Estamos à disposição de todos para prestar melhores informações.

PAZ E BEM!Suely Rodaski

Fraternidade N. Sra. das Mercês - OFS

“A fé cristã é fonte deinspiração e poderosa razão para que os pobres não percam as esperanças no futuro”

(Gustavo Gutiérrez).

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 29

Silêncio, Meditação e Contemplação: uma experiência de Deus

Estamos sempre tão ocupados que freqüen-temente nos esquecemos de reservar um tempo para apenas estar com Deus. Com tanto ruído ao nosso redor através da TV, rádio, Internet e tanto trabalho (e também tantas opções de lazer), perde-mos oportunidades para ficarmos mais a sós com Deus, para fazermos silêncio interior e exterior. Ocupamos nossas mentes com incontáveis pensa-mentos, em grande parte inúteis e que nos trazem mais preocupações do que soluções para nossos problemas e aflições.

Muitos pais e mães trabalham horas e horas diariamente para proporcionar bom padrão de vida para eles e seus filhos. Depois de alguns anos, constatam terem pouco tempo de convívio e inti-midade com seus filhos ou o casal ficou simples-mente a sós.

Algo semelhante parece acontecer em nosso relacionamento com Deus: todas as nossas ativi-dades pastorais, tão importantes para nossa co-munidade e para a Igreja, dependem dessa relação mais íntima com Deus.

Jamais seremos capazes de definir Deus, mui-to menos de compreendê-Lo, porque tanto Deus quanto sua vida em nós (a graça do Espírito Santo) é mistério. Santo Tomás de Aquino dizia: “Se você compreende Deus, ele não é Deus”.

Gregório de Nazianzo, santo e místico, dizia no século IV: “Que linguagem poderá jamais dizer o que és? Nenhuma palavra é capaz de te exprimir... Ó, Tu, que estás além de tudo, não é isto tudo o que podemos cantar de ti?”

Nosso Deus, a Santíssima Trindade, quer habi-tar em nós. Deus quer ter relacionamento pessoal, de ternura, de confiança e de intimidade com cada um de nós. Deus Pai, que nos chamou à vida e à vida em abundância, através de seu filho Jesus Cristo, quer que tenhamos uma experiência d’Ele, com Ele e através d’Ele. Jesus disse a Nicodemos: “Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus” (João 3, 5).

Bruno Secondin, carmelita e professor na Uni-versidade Gregoriana de Roma, mostra-nos a im-portância da espiritualidade nos dias de hoje: “O cristianismo deve saber propor menos doutrina e mais espiritualidade, menos organização e mais

valores vitais”. Reconhece também que vivemos em um mundo “voltado ao consumo telemático-te-levisivo, que é, de fato, usurpação dos sentimentos e das mentes”. E adverte: “Sem o silêncio, sem a profundidade, sem a sabedoria que sabe decantar, não se terá coragem de enfrentar o futuro; haverá apenas angústias e deslocamentos” (...) “Ao se fugir do silêncio, foge-se sobretudo da própria ver-dade” (Espiritualidade em diálogo – novos cenários da experiência espiritual, editora Paulinas).

Será, então, que precisamos largar tudo e entrar em convento carmelita ou em mosteiro beneditino para podermos, através do silêncio e da contem-plação, chegarmos a essa experiência de um Deus eterno e infinito? A resposta é : “Não!”

Podemos descobrir espaços e momentos de silêncio em nosso dia-a-dia. Provavelmente passa-remos menos tempo diante da TV ou ao lado do rádio. É possível que, no início, essa experiência de silêncio e solidão nos pareça estranha ou mesmo desconfortável.

Contudo, precisamos aprender a deixar que Deus nos encha de Sua presença (e não tentarmos ‘colocá-Lo dentro de nós’). Precisamos aprender a depender cada vez mais d’Ele e deixar que Ele, o próprio Deus, nos conduza nesse caminho. Quem sabe, compreenderemos um dia essa linda mensa-gem de Santa Tereza d’Ávila: “Rezo como se tudo dependesse de Deus e ajo como se tudo depen-desse de mim”.

Em termos práticos, o ideal seria reservarmos 15 a 20 minutos diários – se possível no início e no final do dia; em momento e local sem muito barulho – para praticarmos esse silêncio através da meditação.

Para tanto, devemos manter a coluna ereta mas em posição confortável, os olhos levemente fecha-dos e a respiração pausada e profunda. Durante esse tempo, procuramos nos concentrar em nossa respiração ou repetirmos interiormente um mantra – o recomendado é ‘maranathá’ -- e deixar a nossa mente o mais vazia possível. Se alguma distração surgir em nossa mente voltamos simplesmente a nos concentrar na respiração ou na repetição do mantra. Depois desses 15 a 20 minutos podemos ler um salmo ou um trecho do Evangelho.

Podemos também permanecer em silêncio – procurando não pensar em nada, ou mesmo dizer ou pedir alguma coisa a Deus – quando estamos ocupados em atividades cotidianas como lavar lou-ça, varrer a casa, cuidar de um jardim ou mesmo, de olhos fechados, sentados em um ônibus ou numa sala de espera.

Gradualmente, com o passar dos dias e das semanas, vamos descobrindo esse Deus de amor e de silêncio. Ou melhor, vamos nos deixando ser invadidos por Ele.

Todos os homens e mulheres, com vida de pro-funda oração, sempre enfatizaram a importância do silêncio e dessa atitude de devoção e adoração a Deus, que vai além das palavras e dos pensa-mentos, amando-O com o mais profundo de nosso coração. “... O Espírito socorre a nossa fraqueza. Pois não sabemos o que pedir como convém; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis” (Rom. 8, 26).

Citaremos aqui três desses mestres da vida de oração e contemplação:

- “Eu te ordeno a ficar simplesmente em Deus ou perto d’Ele, sem tentar fazer qualquer coisa, sem pedir algo a Ele, senão o que Ele te pede” (São Francisco de Sales).

- “Deus jamais pode ser possuído por ninguém. Podemos somente nos entregar a Ele, deixarmo-nos ser possuídos por Ele” (Peter Van Breeman).

“Quem é chamado à contemplação não deve preocupar-se demais quanto ao progresso na ora-ção, porque abandonou a estrada comum e está viajando por caminhos que não podem ser deter-minados ou medidos. Deixe então que Deus cuide do seu grau de santidade e contemplação. Procure apenas purificar cada vez mais seu amor a Deus, abandonar-se cada vez mais perfeitamente à Sua vontade e amá-Lo de modo mais exclusivo e total, mas também simples e seriamente, com uma con-fiança mais completa e incondicional” (Thomas Merton).

Se você quer juntar-se a um grupo de medita-ção / contemplação silenciosa entre em contato com o Alvaro pelo telefone 3027-6231 ou do e-mail [email protected].

Álvaro Milanez

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30 - Ano IX - Abril de 2008

DIVÓRCIOS E INVENTÁRIOS EM CARTÓRIOJá falamos em outras edições mas nunca é pre-

judicial repetir informações que possam auxiliar a todos.

A questão dos inventários e divórcios através dos Cartórios (Tabelionatos) tem por base legal a lei nº 11.441, de 4 de janeiro de 2007, que altera dispositivos da Lei nº 5.869 de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil, possibilitando a realização de inventário, partilha, separação con-sensual e divórcio consensual por via administra-tiva.

Conheça agora alguns artigos que passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 982. Havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á ao inventário judicial; se to-dos forem capazes e concordes, poderá fazer-se o inventário e a partilha por escritura pública, a qual constituirá título hábil para o registro imobiliário.

Parágrafo único. O tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as partes interessa-

das estiverem assistidas por advogado comum ou advogados de cada uma delas, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial” (NR).

“Art. 1.124-A. A separação consensual e o divórcio consensual, não havendo filhos menores ou incapazes do casal e, observados os requisitos legais quanto aos prazos, poderão ser realizados, por escritura pública, da qual constarão as dispo-sições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o casamento.

§ 1º A escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para o registro civil e o registro de imóveis.

§ 2º O tabelião somente lavrará a escritura se os contratantes estiverem assistidos por advogado comum ou advogados de cada um deles, cuja quali-ficação e assinatura constarão do ato notarial.

§ 3º A escritura e demais atos notariais serão gratuitos àqueles que se declararem pobres sob as penas da lei”.

O custo médio dos inventário s feitos em Car-tório são:

Sem partilha de bens: R$ 66,15Valor máximo com partilha de bens: R$ 522,06Custo na esfera judicial: R$ 609,00Havendo menores beneficiários, o procedimen-

to deverá ser através de Cartório, também chama-dos de Varas Cíveis, junto ao Fórum de seu Muni-cípio, com procedimento de protocolo, distribuição, custas processuais e todos os demais encargos correspondentes.

Alertamos ainda, que, mesmo o procedimento sendo em Cartório, se faz necessária a participa-ção de um advogado, visto a necessidade de sua assinatura no referido termo e pela necessidade de se evitar prejuízos de qualquer natureza às par-tes envolvidas no processo.

O QUE DIZ A LEI - (XVII)

A Lei nº 6.015 de 31/12/1973, em seus artigos 109 e seguintes, abre a possibilidade de retificação dos registros que, porventura, venham maculados por erros. É patente o direito que assiste às pes-soas que se sentem prejudicadas, motivos de cha-cotas dos amigos ou de terceiros, ou ainda, que de alguma forma denigre sua pessoa, sua família ou seu trabalho, de ter seu registro retificado, sendo imperioso seu bem estar psicológico e afetivo.

Ressalto ainda a aplicação da Lei nº 3.764 de 25 de abril de 1960 que estabelece Rito Sumarís-simo para as Retificações no Registro Civil (obs. dji.grau 3: Art. 9º, I, Personalidade e Capacidade

– Pessoas Naturais – Pessoas – Código Civil – CC – L. 010.406-2002 e dji.grau 4: Procedimento Su-mário; Procedimento Sumaríssimo; Registro Civil. Retificação; Rito Processual).

Na maioria das vezes, o procedimento é rápi-do, porém, quando depende de documentos que venham de outras Comarcas, se faz mister um levantamento prévio de todos os processos que envolvem as partes, como, avôs, pais e a própria pessoa, na formação do processo de registro origi-nário que, por conseguinte, veio a instruir e gerar informações para a confecção do documento defi-nitivo, o qual necessita de correção.

Quando detectado o problema, por mais demo-rado e oneroso que seja, é importante que se fa-çam as correções necessárias para evitar graves prejuízos futuros como, por exemplo, em relação a inventários, bens imóveis e até para a aquisição de passaporte para a mudança de país.

Todo e qualquer erro pode custar caro e até uma definição de futuro profissional e financeiro. Pense nis-so. Como dizia meu querido Pai, muito severo nestes casos: “Não deixe que uma letra errada possa lhe tra-zer transtornos e considerável prejuízo financeiro”.

Valter KisielewiczAdvogado e vice-presidente do CAEP.

Retificação de Registro Civil

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 31

A DOR DE QUEM VAI E A DOR DE QUEM FICA

MORTE

Através de entrevista concedida à revista Veja, em agosto de 2007, conheci o trabalho feito pelo psiquiatra inglês Dr. Colin Murray Parkes, um dos mais respeitados estudiosos do luto no mundo. Como consultor do St. Christopher’s Hospital em Londres, a maior referência mundial no tratamen-to de pacientes terminais, trabalha há mais de 40 anos, com o drama vivido pelas famílias que per-deram alguém no leito do hospital, bem como com a angústia e sofrimento de quem sabe que está morrendo.

Em 2002 trabalhou na assistência a parentes das vítimas dos atentados de 11 de Setembro em Nova York e, três anos depois, em 2005, foi cha-mado para dar suporte psicológico às vítimas do Tsunami.

Quando era ainda jovem médico, resolveu es-pecializar-se em psiquiatria. Na clínica onde traba-lhava, dois pacientes haviam se suicidado após terem passado por um forte estresse, ocasionado por longo e doloroso processo de luto. A partir daí, focou seu trabalho no atendimento e recuperação de pessoas que haviam perdido um ente querido.

Alguns tópicos da entrevista:- No caso de doentes terminais, dizer a verdade

sempre ajuda. Quando alguém está morrendo, mui-tas vezes as pessoas, querendo ajudar, cometem erros clássicos. Um deles é fingir que o paciente não está doente: - “Você está ótimo hoje!”, diz um parente. É evidente que é mentira e o paciente

sabe disso, mas compactua com o fingimento por-que também quer proteger o familiar.

- Quando se trata de pessoas enlutadas, ficar próximo, dar carinho, fazer com que se sintam acompanhados e seguros, é o mais importante que se tem a fazer. O enlutado precisa de espaço para derramar sua emoção.

- Vizinhos e amigos, não se afastem! Muitos se queixam disso, apesar de ser evidente que esta atitude não é proposital. A verdade é que ninguém sabe lidar direito com a morte.

- Permitam que expressem sua tristeza. Muitos relatam que a família não os deixa chorar e que quer vê-los alegres o tempo todo. Não há nada pior do que ouvir alguém dizendo: - “Não quero ver você triste assim! Reaja!”

- Se a morte foi em conseqüência de um aci-dente ou grande tragédia, o que as famílias mais precisam no período imediatamente posterior, é de informação e instrução. Não se deve tentar prote-ger as famílias escondendo dados que possam vir a machucá-las. Psicologicamente, é mais fácil lidar com o conhecido. As instruções são fundamentais, pois nesse momento de aflição máxima, os familia-res não têm condições de resolver nada e precisam de alguém que assuma o controle da situação.

- É mais difícil aceitar a morte quando não se tem o corpo para realizar os ritos fúnebres. Precisa-mos ajudá-las a acreditar que a pessoa realmente morreu. Nas Filipinas, uma tribo de pescadores faz ritual substitutivo quando alguém dos seus inte-

grantes morre no mar e seu corpo não é resgatado. A família faz uma estátua, veste-a com as roupas do falecido e é esta estátua é que é enterrada.

- Na escala do sofrimento pelo luto, o pior tipo de dor é o que vem acompanhado de sentimentos de culpa. Em segundo lugar, bem próximo do pri-meiro, estão as mortes por assassinato.

- O povo que melhor lida com a morte são os orientais. No Japão, sinos invocam a pessoa morta a cada vez que são tocados. Desse modo, acredi-tam manter-se em contato com os espíritos de seus mortos. É isso que a terapia tenta fazer com os en-lutados: ajudá-los a não esquecer de seus mortos, mas a achar um lugar para eles em sua vida.

- As mulheres lidam melhor com a morte do que os homens, pois conseguem expressar seus sen-timentos mais facilmente. Os homens têm muito mais dificuldade para mostrar sua fragilidade dian-te da morte.

Na entrevista, o Dr. Colin deixa claro o envolvi-mento emocional com seu trabalho e o quanto é avassalador ver o sofrimento em massa. Diz que, depois do 11 de Setembro, tirou férias e viajou com os netos. Estes então lhe disseram que ele não era mais o avô de sempre. Disseram que ele estava longe... E estava mesmo. Sua cabeça não saía de Nova York. Era difícil continuar sendo a mesma pes-soa depois de ver tanta tragédia!

Marisa CremerGrupo de Apoio ao Luto.

Reuniões: Terças-feiras às 14:30 horas.

Morte natural é o fim da vida no sentido de provi-soriedade da vida terrestre e no sentido de finalida-de para a vida celeste. Morte e vida não se opõem. Morte é o momento da explosão definitiva da vida pela ressurreição. Sendo que, nessa forma de vida, é impossível a plena realização humana, seria maldi-ção para o homem viver eternamente em suas limi-tações.

Morte é um processo natural de evolução. Morte é um capítulo da vida. Toda criatura é naturalmente mortal. A caducidade é um elemento constitutivo da criação. Pela morte não abandonamos o mundo, mas iremos nos relacionar plenamente com ele em Cris-to Jesus. É o sonho da pancosmicidade, segundo o teólogo Karl Rahner. Morte é o ato mais importante e decisivo de nossa vida, porque é a opção decisiva para Deus ou contra Deus.

Morte não é separação da alma e do corpo inte-rior, que são inseparáveis, mas apenas do corpo exte-rior que é humano, isto é, feito de humus, que vai se integrar com a terra. Por isso, na Liturgia a Igreja reza que a vida não é tirada, mas transformada.

Morte não-natural é um castigo que podemos pro-vocar para nós e para outros, contra a vontade benéfi-ca de Deus. Na guerra, quando um exército abandona suas linhas com soldados mortalmente feridos aos quais não há jeito de acudir pela invasão do inimi-go, costuma-se dar o “tiro de misericórdia”. Parece uma expressão tragicômica. Seria isto contra o quinto

mandamento? Que dizer do fuzilamento de soldados desertores e traidores na guerra?

Em algumas nações, existe a pena de morte para pessoas perigosas para a Sociedade. Será que o Es-tado tem direito de morte para criminosos?

A cada três concepções, uma criança é abortada. Estatísticas falam de, em média, 50.000 homicídios por ano no Brasil.

O tabagismo provoca, em média, a morte de 250.000 mil brasileiros por ano.

Pior ainda é o alcoolismo e drogas com seus de-sastres sem fim.

Quantos morrem no mundo devido a doenças venéreas como AIDS e Sífilis? Não seriam tipos de suicídio? Somos nós que, de uma forma ou outra, determinamos a hora da morte.

Da parte de Deus, devemos viver a vida em ple-nitude na qualidade e tempo. A morte não natural não é destino, mas condição e opção humana, qua-se sempre lastimável. Pode ser heróica e redentora, como a de Cristo Jesus. A morte dos mártires é tes-temunho de vida eterna.

Quando visitamos alguma pessoa querida na UTI em estado terminal, cheia de sondas e outras ligações, ficamos apavorados. Os sinais e o es-petáculo da morte são tristes. Até onde devemos aprovar a continuidade artificial da vida? Até que for possível? O que é mesmo vida? E quando não há dinheiro para pagar isso? Sabemos que mais

da metade da população mundial morre sem ne-nhuma assistência médica. As despesas de UTI po-dem provocar miséria na família da pessoa doente e esta miséria provocará mais doenças e mortes. Teríamos nós o direito de solicitar que nos deixas-sem morrer como os pobres?

A atual Medicina prolonga a vida. Conquista admirável! Médicos e enfermeiros associam-se a Deus na defesa da vida. O que precisamos con-quistar é que todos os homens possam usufruir deste benefício. Mais que recorrer apenas à Medi-cina, devemos dedicar-nos ao controle interior para neutralizar elementos negativos ou demônios, pois 86% de nossas doenças orgânicas acontecem por somatização.

Tudo isso nos faz refletir sobre o poema da vida. De um lado, o crescimento assustador dos crimes contra a vida; do outro, as maravilhas da Medicina. Lembramos a Campanha da Fraternidade na Quares-ma passada sobre a vida.

Apesar de tantas dificuldades, vamos permitir que a força e energia de Cristo ressuscitado também em nós vençam a morte e nos garantam uma excelente vida nesta terra e, depois, a eterna juventude. Vale a pena viver na esperança da ressurreição.

Concluindo, devemos lutar para evitar os aten-tados contra a vida e ampliar o cuidado e defesa da vida.

Frei Ovídio Zanini, OFMCap

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32 - Ano IX - Abril de 2008

O medo é sentimento natural e necessário à pessoa humana. O problema é quando ele se tor-na uma desculpa para fazer o que é necessário ou conveniente.

A pessoa corajosa não foge quando o lobo che-ga. A palavra “corajosa” tem sua origem no vocábu-lo latino “cor”, coração. Nossa força vem do interior de quem ama. Quanto mais amamos uma pessoa ou uma causa, mais corajosos nos tornamos.

A coragem é a resistência ao medo, domínio do medo e não a ausência do medo.

É muito comum ouvirmos expressões como es-tas:

-“Ficava calado nas reuniões, muitas vezes eu tinha ótimas idéias, mas faltava coragem para apresentá-las”.

-“Meu maior medo era o julgamento que as pes-soas fariam de mim. Não queria que me achassem ignorante. O mundo desabava sobre mim toda vez que um colega falava exatamente o que eu queria dizer.”

-“Só resolvi o problema quando tive a coragem de me abrir e procurar ajuda”.

-“Tenho medo de lidar com esse pessoal de-pendente de drogas, com portadores de HIV, com presidiários... Eles são complicados e perigosos”.

-“Tenho medo de perder o emprego”.- “Tenho medo de não dar conta. Não vou acei-

tar a proposta”.

Bastam alguns cuidados para não deixar o medo e a ansiedade prejudicarem seu desempe-nho e sua própria vida:

• Prepare-se com antecedência e cheque to-dos os dados possíveis, inclusive, consultando pessoas experientes no assunto.

• Não diga a Deus que você tem um grande problema, diga ao seu problema que você tem um grande Deus. Ore sobre o que o perturba. Quando não existe solução à vista, entregue o problema a Deus e faça outra coisa.

• Não soluce, solucione. Procure saber as ver-dadeiras dimensões da problemática. Não fique serrando serragem com reclamações e dramati-zações. Canalize suas energias para a solução a curto, médio e longo prazo.

• Tenha consciência de que é impossível agra-dar a todos, porém, procure sensibilizar pessoas sobre o assunto, motivando-as para possível ação de conjunto. Existem sempre pessoas de boa-von-tade e com disponibilidade.

• Vença a ansiedade fazendo exercícios de re-laxamento e visualize um final feliz.

• Ilumine sua razão com a luz da Palavra de Deus: ”Não tenhais medo, meu pequeno rebanho, eu venci o mundo”; “Vinde a mim, vós todos que

estais cansados e fatigados e eu vos aliviarei”; “Junto a mim, seu bastão e seu cajado, passarei os mais difíceis abismos, sem temer mal algum” e outras expressões bíblicas.

O único problema que não teria solução seria a morte, mas foi solucionado, porque a ressurrei-ção existe.

Viva a música, a alegria, mande embora toda a melancolia. Tristeza atrai problema. Está cansa-do, vá pescar! Está triste, vá cantar!

Cristo ressuscitou. Ele é nossa força e alegria. Pe. João Ceconello

Informações:Paróquia Pessoal Cristo RedentorRua Jacarezinho, 1717 – MercêsTelefone: (41) 3339-1113Pároco: Padre João CeconelloMissas: Domingos e terças-feiras: 16h e 19h Encontro de oração e aconselhamento familiar: nas terças-feiras, às 14h30Grupos de autoajuda da Pastoral da Sobriedade para dependentes químicas e famíliares: Domingos, 17h; terças-feiras, 20h

Saiba como vencer o falso medo

Conheça e participe do grupo de jovens, EJC

QUEM TEM MEDO DE MORRER, MORRE DE MEDO