Boletim informativo - Maio 2019 CONTIGO Nº 32 · tismo ou evangelismo, 0,3% são muçulmanos e...

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1 De perto Conheça Raúl Naranjo Valentín, Coordenador do Centro de Reabilitação Laboral (CRL) Retiro das Irmãs Hospitaleiras em Madrid (Espanha) Notícias Informe-se sobre as notícias mais relevantes das nossas Províncias nos últimos meses #Comprometidos Apresentamos-lhe Adela Ávila Gómez, integrante do grupo da pastoral juvenil, da Residência de Menores da Fundación Purísima Concepción, das Irmãs Hospitaleiras em Granada (Espanha) A fundo Descubra a nova presença das Irmãs Hospitaleiras em Timor Leste, país situado no sudeste asiático CONTIGO Nº 32 Boletim informativo - Maio 2019

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De pertoConheça Raúl Naranjo Valentín, Coordenador do Centro de Reabilitação Laboral (CRL) Retiro das Irmãs Hospitaleiras em Madrid (Espanha)

NotíciasInforme-se sobre as notícias mais relevantes das nossas Províncias nos últimos meses

#ComprometidosApresentamos-lhe Adela Ávila Gómez, integrante do grupo da pastoral juvenil, da Residência de Menores da Fundación Purísima Concepción, das Irmãs Hospitaleiras em Granada (Espanha)

A fundo Descubra a nova presença das Irmãs Hospitaleiras em Timor Leste, país situado no sudeste asiático

CONTIGO Nº

32

Boletim informativo - Maio 2019

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Nova presença hospitaleira na República Democrática de Timor Leste

O Governo geral das Irmãs Hospitaleiras impulsiona a presença da Congregação na República Democrática de Timor Leste, país situado no sudeste asiático, para dar resposta

à necessidade de atendimento em saúde mental.

Timor Leste, oficialmen-te República Demo-crática de Timor Leste,

compreende a metade orien-tal da ilha de Timor, as ilhas próximas de Atauro e Jaco, e o enclave de Oecusse (Oecus-si-Ambeno). As únicas fron-teiras terrestres do país são formadas com a Indonésia, enquanto a fronteira marítima é feita com a Austrália. A sua população ascende a mais de 1.066.580 habitantes e a sua capital é Dili, situada na costa norte. O tétum e o português constituem as duas línguas oficiais do país, embora o in-

donésio e o inglês sejam con-siderados idiomas de trabalho, pela sua situação geográfica.

Características socioeconómi-casO território atual de Timor Leste foi colonizado por Portugal no Séc. XVI e passou a ser conhe-cido como Timor português. A colónia declarou a sua indepen-dência em 1975, mas alguns dias depois foi invadida e ocupada por tropas da Indonésia, país que converteu este território na sua vigésima sétima provín-cia. Em 1999, depois de um ato de autodeterminação de Timor

Leste, apoiado pela ONU, a In-donésia abandonou a antiga co-lónia portuguesa e Timor Leste converteu-se, em 20 de maio de 2002, no primeiro estado sobe-rano a nascer no Séc. XXI. Depois da sua independência, a nação converteu-se em membro das Nações Unidas e da “Comuni-dade de Países de Língua Portu-guesa”. Além disso, Timor Leste é um dos dois únicos países asiá-ticos cuja religião maioritária é o catolicismo; o outro são as Fili-pinas.

Atualmente, o rendimento mé-dio em Timor Leste é inferior ao

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da economia mundial; 37,4% da população do país vive abaixo do limiar internacional da pobreza, o que significa viver com menos de 1,25 dólares por dia. Cerca de 50% da população não tem sequer o ensino primário. O país continua a sofrer os efeitos colaterais de uma luta pela independência contra a ocupação indonésia que durou décadas, danifi-cou gravemente as infraestruturas do país e acabou com a vida de, pelo menos, cem mil pessoas. Ocu-pa o 128º lugar no Índice de Desenvolvimento Hu-mano (IDH). Não obstante, em 2013 experimentou o maior crescimento percentual do produto interior bruto do mundo. A moeda em vigor é o dólar nor-te-americano.

Características geográficas, culturais e religiosas Timor Leste é muito montanhoso e apresenta um clima com características equatoriais, com duas es-tações anuais diferenciadas: a época das chuvas e a época seca. A escassa amplitude térmica anual é generalizada em todo o território.

A cultura de Timor Oriental reflete uma infinidade de influências, entre as quais se incluem a portugue-sa, a tradição Católica Romana e a malasiana, para além das culturas indígenas. Conta a lenda que um crocodilo gigante se transformou na Ilha de Timor, ou Ilha do Crocodilo, como também é conhecida (o crocodilo é o símbolo do país). Embora exista

um baixo nível cultural, há uma forte tradição poé-tica. Quanto à arquitetura, é possível encontrar al-guns edifícios de estilo português juntamente com estruturas de casas tradicionais, conhecidas como lulik (“casas sagradas” em idioma tétum). Também existe uma grande tradição de artesanato.

Segundo o censo de 2010, 96,9% da população professa o catolicismo romano, 2,2% o protestan-tismo ou evangelismo, 0,3% são muçulmanos e 0,5% praticam outra religião ou nenhuma. A vo-cação religiosa e/ou sacerdotal é considerada uma promoção pessoal e, por isso, o grande desafio colocado, no âmbito das Congregações ali presen-tes, é acompanhar previamente os processos voca-cionais. Aproximadamente 50% da população tem menos de 30 anos.

Assistência SanitáriaO país conta com inúmeras necessidades no âmbi-to da saúde. Os doentes ainda são “tratados” com medicina tradicional, rituais culturais e religiosos muito antigos… Não existe uma resposta organiza-da em matéria de saúde mental, salvo a oferecida pelos Irmãos de S. João de Deus, que dispõem de um centro localizado no interior do país, o que faz com que, devido às barreiras geográficas e natu-rais, esteja algo isolado.

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Saiba mais sobre Timor

96,9% da população professa o catolicismo romano

50% da população tem menos de 30 anos

37,4% da população do país vive abaixo do limiar internacional de pobreza

Timor nasceu como Estado em 2002 e é o país mais jovem da Ásia

A maioria dos casos psiquiátricos diagnosticados são a esquizofrenia, psicose grave e transtornos bipolares, bem como epilepsia e outros transtor-nos depressivos ou de ansiedade. A tradição fami-liar, que submete a mulher ao domínio do marido e dos irmãos deste, contribui em grande medida para o desenvolvimento de transtornos depressi-vos e de ansiedade nas mulheres e adolescentes do país. Existe um mito que associa a doença men-tal a algum tipo de castigo relacionado com os an-tepassados familiares.

Participação das Irmãs Hospitaleiras Perante esta situação, a presença das Irmãs Hos-pitaleiras é necessária para responder às necessi-dades da população no que se refere às doenças mentais. A nossa presença poderá cobrir os se-guintes objetivos:

• Formar os profissionais dos diferentes distritos em saúde mental.• Apoiar o diagnóstico precoce quando for neces-sário.• Prescrever consultas de deteção e tratamento para pessoas com doença mental.• Incentivar o tratamento e dar acompanhamento aos casos diagnosticados.

• Diminuir o estigma familiar associado à doença mental.

Para tal, a Congregação tem previsto estabelecer-se na cidade de Maliana, a partir de onde pode abarcar mais distritos, tais como: Liquiçá, Aileu, Ermera, Bo-bonaro, Cova Lima, Ainaro, Manufahi e Oecussi.

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Raúl Naranjo Valentín, Psicólogo Clínico, que trabalha desde 2006 num dos nossos Centros de Reabilitação Laboral em Espanha, explica-nos qual é a situação e como se trabalha a inserção laboral de pessoas com doença mental.

Antes de mais, poderia comentar a situação, a nível global, das pessoas com doença mental relativamente ao âmbito laboral? A integração laboral das pessoas com problemas mentais continua a ser um grande desafio a nível mundial. Mesmo nos países onde se desenvolve-ram mais políticas para favorecer a integração la-boral de pessoas com incapacidade, os dados in-dicam que este coletivo oferece os piores rácios de inserção, em comparação com as incapacidades fí-sicas, sensoriais ou intelectuais. Como tal, fica mui-tíssimo por fazer, e grande parte do foco deve ser colocado no contexto social, já que continua a exis-tir um grande estigma associado a estas patologias.

Quais são os diferentes modelos de integração laboral?Podemos dizer que existem dois grandes modelos de integração laboral. O modelo clássico de reabili-tação está fundamentado em treinar as competên-cias e capacidades necessárias para que a pessoa possa integrar-se posteriormente num emprego. Seria um esquema de “preparar e depois colocar”.

Por outro lado, foi desenvolvido um novo enfoque conhecido como “Emprego Com Apoio” que se ba-seia em conseguir uma rápida inserção laboral num ambiente normalizado e, posteriormente, ir dando os apoios necessários para que a pessoa possa fun-

cionar adequadamente nesse emprego. Ou seja, este modelo baseia-se em “primeiro colocar e de-pois preparar”.

Parece que há múltiplas evidências que vêm confir-mar que o modelo de “Emprego com Apoio” apre-senta uma maior eficácia no objetivo de integração laboral e funcionamento das pessoas no emprego. Por outro lado, quase todos os estudos foram rea-lizados no contexto anglo-saxónico, onde este mo-delo tem um amplo desenvolvimento e está bem implantado. No nosso contexto, não existe esta im-plantação, sobretudo no conjunto de pessoas com doença mental; continua a ser difícil as empresas comuns contratarem pessoas com doença mental de forma consciente, apesar de lhes ser oferecido apoio para manter o posto de trabalho. Além disso, as próprias pessoas a integrar têm receio de que, no seu emprego, saibam que têm algum tipo de problema.

Qual é o modelo concreto que desenvolvem no Centro de Reabilitação Laboral (CRL) Retiro, das Irmãs Hospitaleiras em Madrid (Espanha)? Em Espanha, temos diferentes dispositivos que procuram o mesmo objetivo de integração laboral, a partir de diferentes estratégias ou metodologias. O CRL é um tipo de dispositivo próprio do modelo da “Rede de Atendimento Social para pessoas com Doença Mental Grave” da Comunidade de Madrid, mas não é o único, e cada Comunidade Autónoma tem os seus próprios programas ou recursos para este mesmo fim.

No caso concreto do nosso CRL, baseia-se num

De perto

Coordenador do Centro de Reabilitação Laboral (CRL) Retiro das Irmãs Hospitaleiras em Madrid (Espanha)

Raúl Naranjo Valentín

“A integração laboral das pessoas com doença mental continua a ser um grande desafio a nível mundial”

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De perto

modelo muito flexível que in-tegra aspetos dos dois mode-los anteriormente citados. Trei-namos hábitos, capacidades e competências transversais para o emprego, através de works-hops de formação pré-laboral e outras intervenções.

Também tratamos de criar “Emprego com Apoio”, dando suporte aos utilizadores que conseguirem integrar-se labo-ralmente, e fazemo-lo com toda a flexibilidade necessária, por-que, mais do que cingirmo-nos a um modelo concreto, adap-tamos a intervenção à peculia-ridade e especificidade de cada utilizador, de cada pessoa que temos à frente. Além disso, é o próprio utilizador que, em gran-de medida, nos guia e nos diz o que vai necessitando em cada momento, e isso também é um elemento muito importante.

Como é o processo de prepa-ração laboral que desenvol-vem no CRL?Há pessoas que precisam de desenvolver hábitos laborais, porque nunca trabalharam; ou-tras pessoas precisam de orien-tação vocacional, ou de adqui-rir competências para procurar emprego ou enfrentar uma en-trevista. As necessidades podem ser muito variadas e, por isso, trabalha-se com um plano de objetivos individualizados. Por outro lado, a intervenção não se baseia apenas em trabalhar as-petos da pessoa (os seus défices ou dificuldades…), mas também há que trabalhar o ambiente, já que uma das principais dificul-

dades na integração dos nossos utilizadores não está neles, mas sim na sociedade. Ainda existe um estigma social muito forte sobre as doenças mentais e, no campo laboral, é uma das ba-rreiras mais difíceis de superar. Desconhece-se este coletivo, e continuam a prevalecer os pre-conceitos e estereótipos negati-vos.

Acreditamos que a melhor for-ma de superar esse estigma é com a própria integração labo-ral. Quando estas pessoas co-meçam a trabalhar e a funcio-nar bem num emprego, é uma realidade tão incontestável que exerce um efeito transformador em todos os agentes em redor: os próprios utentes que, muitas vezes, também têm uma grande auto estigma, os familiares, os empresários e até os próprios profissionais que, em certa me-dida, também estão impregna-dos deste estigma social.

Poderia comentar os dados es-tatísticos do último ano sobre a integração laboral alcançada pelos utilizadores do CRL?Nos últimos anos, os resulta-dos da integração laboral nos CRL da Comunidade de Madrid mantiveram uma ascensão con-tínua. No último ano, a média de pessoas com atividade laboral situou-se nos 67,3%. Ou seja, 2 em cada 3 pessoas atendidas conseguiram aceder a um em-prego. São números muito bons com os quais devemos estar muito contentes.

Quais são os principais desa-

fios de futuro?Ainda há desafios e metas que queremos alcançar. Um muito importante é a qualidade do em-prego ao qual estas pessoas po-dem aceder. A maior parte delas abandonou os estudos devido ao surgimento dos problemas de saúde mental e depois não puderam retomar. Como con-sequência disso, não têm uma boa formação, o que as relega para empregos de baixa quali-ficação, com condições muito mais precárias.

Na minha opinião, um grande desafio para o futuro seria agir antes, quando a doença apare-ce, para evitar a quebra de des-envolvimento educativo. E isto é mais importante ainda, tendo em conta que o emprego está num processo contínuo de transfor-mação digital, o que aprofun-da a brecha entre quem possui e adquire certas capacidades e competências, relativamente a quem não as tem, ficando estes últimos relegados a empregos precários ou ao desemprego.

“No último ano, a média de pessoas

com atividade laboral situou-se

nos 67,3%. Ou seja, 2 em cada 3 pessoas atendidas

conseguiram aceder a um emprego”

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Dia Mundial da SaúdeProvíncia de Portugal

Colocação da primeira pedra Província de França

Notícias

No passado dia 28 de março, foi colocada a pri-meira pedra do novo Centro de Saúde Mental Te-lema-Kintambo que proporcionará assistência em saúde mental a crianças, jovens e adultos da Repú-blica Democrática do Congo.

Durante o evento, a Irmã Thérèse Ngo Mbog, Supe-riora da Comunidade de Kinshasa, recordou a nos-sa história missionária na República Democrática do Congo e reafirmou a vontade da Congregação de se abrir a novos desafios assistenciais, como ir às zonas periféricas da cidade para satisfazer as ne-cessidades das pessoas com doença mental.

Pablo MONTESINO-ESPANTENO, embaixador de Espanha na República Democrática do Congo, colo-cou a primeira pedra, inaugurando, assim, as obras de construção do novo Centro de Saúde Mental. Além disso, o Núncio Apostólico da República De-mocrática do Congo, Mons. Ettore Balestrero, ben-zeu o local.

Por fim, a Irmã Ángela Gutiérrez agradeceu a todos pela sua presença e convidou-os a continuar a co-laborar para ajudar a construir um mundo melhor para a comunidade de Kintambo.

Para comemorar o Dia Mundial da Saúde, celebrado a 7 de abril, a Casa de Saúde Rainha Santa Isabel das Irmãs Hospitaleiras, em Condeixa-a-Nova (Coimbra), organizou uma aula especial de ginástica para os utilizadores do centro, bem como para os utilizadores de outros centros socio sanitários de Coimbra. Esta atividade, que teve lugar a oito de abril, contou com a participação de mais de 100 pessoas. Começou às 14h30, com as boas-vindas a todos os presentes; posteriormente, foram realizadas duas aulas, uma de “Mix Dance” e outra de “Body Balance”.

Para concluir a jornada, os participantes puderam desfrutar de um lanche, rico em alimentos benéficos

para a saúde.

O principal objetivo desta iniciativa foi promover hábitos de vida saudáveis, bem como fomentar a convivência e o lazer entre os utilizadores de diversas instituições da região.

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I Congresso Nacional de Bioética Província de Espanha

Respeito pelas diferentes crenças Província de Inglaterra

Notícias

Nos dias 9 e 10 de maio, a Província de Espanha celebrou, no Hospital San Rafael, das Irmãs Hospitaleiras em Barcelona (Espanha), o seu I Congresso Nacional de Bioética.

Ética em toda a atuaçãoAs jornadas, enquadradas no tema “Ética em toda a atuação”, reuniram os maiores especialistas em Bioética da nossa Instituição em Espanha, que abordaram temas como “Bioética e pessoas vulneráveis”. Durante as sessões, os especialistas centraram-se em dar visibilidade à situação de pessoas com incapacidade intelectual, pessoas com doença mental grave e pessoas na fase final da vida.

O quadro geral do Congresso mantém uma grande ligação com os projetos assistenciais das Irmãs Hospitaleiras: vulnerabilidade da pessoa,

fragilidade, respeito pela sua dignidade, autonomia e gestão (económica, clínica e de distribuição dos seus recursos limitados), que resume a Identidade da nossa Instituição.

É precisamente o atendimento de pessoas frágeis e vulneráveis, que sofrem de diversas patologias, o que nos interpela como Instituição a adotar comportamentos na nossa atividade quotidiana em que a pessoa seja o Centro da nossa atividade.

A missão, baseada nos valores hospitaleiros, fomenta e apoia, como um dos seus pilares fundamentais, o cuidado espiritual das pessoas às quais atendemos, respeitando as suas crenças e necessidades.

Nos centros das Irmãs Hospitaleiras localizados em Inglaterra, grande parte dos nossos utilizadores pertence à Comunhão anglicana, pelo que todos dispõem de um serviço espiritual anglicano, realizado por pastores que os visitam regularmente.

Este ano, o Dia da Mãe que, no Reino Unido, se celebra no quarto domingo de Quaresma, foi muito interessante, ao produzir um intercâmbio de crenças entre a fé católica e a anglicana. Por exemplo, em “St. Teresa´s Home”, em Londres, a pastora anglicana falou, durante o seu serviço, da importância de louvar a Deus durante esse dia, já que, segundo as suas palavras: “embora nos refiramos a Ele como nosso pai, ao mesmo tempo também é nossa mãe, que nos guia e nos envolve com o Seu amor e cuidados”.

Por outro lado, paroquianos anglicanos da cidade de Watford convidaram a Irmã Isabel Cantón a dar uma palestra sobre a figura da Virgem Maria e a sua importância no catolicismo, também por motivo dessa festividade. O seu contributo foi muito bem recebido por todos.

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Novo grupo de Laicos HospitaleirosProvíncia da América Latina

No passado dia 11 de março, começou o trabalho de um novo grupo de Laicos Hospitaleiros na Província da América Latina, concretamente o grupo pertencente ao Hospital Mental Ntra. Sra. del Perpetuo Socorro, das Irmãs Hospitaleiras em Pasto (Colômbia).

O grupo, composto por 8 pessoas, deseja viver esta aventura de misericórdia apoiando-se em Jesus, nos fundadores e na oração de toda a comunidade hospitaleira.

Nas palavras de dois integrantes do grupo de Laicos Hospitaleiros: “Sentimos uma grande alegria ao saber que Cristo faz parte da nossa vida. Preparamo-nos para conhecê-lo, anunciá-lo e sentir a sua presença em todos os nossos pensamentos, ações e sentimentos. Estamos empenhados em ser portadores da Boa Nova em todos os lugares onde nos encontrarmos”. “O testemunho da nossa vida é necessário para a transmissão do carisma hospitaleiro,

mas também é imprescindível uma boa formação; este caminho formativo que empreendemos tem como principal objetivo fortalecer a nossa Fé e Amor por Jesus, bem como partilhar a semente desse amor de misericórdia com aqueles que mais precisam”.

Workshop de primeiros-socorrosDelegação das Filipinas

Recentemente, as Irmãs e colaboradores do centro de María Josefa Therapeutic Centre, das Irmãs Hospitaleiras em Cebu (Filipinas), organizaram, com o apoio da Fundação ERUF, especializada em resgate e assistência de emergências em saúde, workshops de formação centrados em intervenções de primeiros-socorros.

Os seminários foram ministrados por profissionais de saúde especializados, que mostraram aos assistentes como reconhecer aquelas situações em que uma vítima está a sofrer uma paragem cardíaca ou uma asfixia, e como proceder para tentar salvar a sua vida.

Ao terminarem as sessões teóricas, os participantes puderam praticar, dois a dois, técnicas de respiração

assistida, bem como o método correto para realizar uma RCP (reanimação cardiopulmonar).

Durante a jornada, os profissionais de saúde deram uma atenção especial à importância de realizar corretamente as técnicas de primeiros-socorros, já que, em alguns casos, podem ser decisivas para ajudar a salvar a vida de uma pessoa que se encontra em risco.

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Mais informações e contacto [email protected]

www.hospitalarias.org

Estudei Educação Social na Uni-versidad de Granada e, atual-mente, trabalho como educa-

dora na Residência de Menores da Fundación Purísima Concepción. Além disso, faço parte do grupo da Pastoral das Irmãs Hospitaleiras deste centro.

O meu primeiro contacto com a Con-gregação foi quando tive de escolher onde realizar os meus estágios uni-versitários. Pareceu-me uma Insti-tuição que me poderia oferecer mui-to, tanto a nível profissional como pessoal, pelo que enviei a minha can-didatura para o centro, que me acei-tou, e comecei o meu estágio.

Depois de terminado o estágio, o centro propôs-me que ficasse a tra-balhar, até ao dia de hoje. Lembro-me

Idade: 23 anos.

Uma cor: azul celeste, transmite-me calma e paz.

Um adjetivo que a defina: considero-me uma pessoa empática.

Um momento: o primeiro beijo de DSG, o mais pequeno da “nossa casa” que chegou às nossas vidas sem saber mostrar o seu afeto.

Adela Ávila Gómez

Datas destacadas: maio-junho de 2019

que o aceitei com muita alegria e en-tusiasmo… nem podia acreditar!

O que mais me agrada desde que comecei a trabalhar, há dois anos, é que não deixei de aprender com cada uma das pessoas que me rodeiam. Dia após dia crescemos juntos e sin-to-me parte de uma bonita família hospitaleira. Obrigada!

“Nunca deixo de aprender com cada uma das pessoas que me rodeiam, crescemos juntos diariamente”

9 de maio: assistência de Sor Blanca Guerrero, 3ª Conselheira Geral, à celebração dos 125 anos da presença das Irmãs Hospitaleiras em Portugal.De 9 a 10 de maio: assistência de Sor Begoña Pérez, 4ª Conselheira Geral, ao I Congresso Nacional de Bioética da Província de Espanha.Primeira quinzena de maio: visita de Sor Léontine Ngo Mbock, 2ª Conselheira Geral, a África, concretamente a comunidades dos Camarões e da República Democrática do Congo.De 18 de maio a 11 de junho: visita de Sor Anabela Carneiro, Superiora Geral, às comunidades da América Latina. No Brasil, será acompanhada por Sor Claudice Santana, Ecónoma geral.31 de maio: 138º aniversário de fundação da Congregação.21 de junho: saída das nossas fundadoras de Granada para Ciempozuelos (Espanha).28 de junho: festa do Sagrado Coração de Jesus, titular da Congregação.

#Comprometidos