BOLETIM INFORMATIVO SEGURANÇA DO PACIENTE E QUALIDADE EM SERVIÇOS DE SAÚDE - V1N3 (2011)
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8/4/2019 BOLETIM INFORMATIVO SEGURANA DO PACIENTE E QUALIDADE EM SERVIOS DE SADE - V1N3 (2011)
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Este boletim tem por objetivo apresentar um resumo descritivo das notificaes
recebidas pela Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa) para o Indicador
Nacional de Controle de Infeco: Densidade de incidncia de infeco primria
de corrente sangunea (IPCS) em pacientes em uso de cateter venoso central (CVC)
internados em servios de sade com dez ou mais leitos de Unidades de Terapia
Intensiva (neonatal, peditrica e adulto).
As notificaes das Infeces Relacionadas Assistncia Sade (IRAS) foram feitas
pelos hospitais cadastrados, de forma descentralizada nas 27 unidades da
federao, sob a orientao das Coordenaes Estaduais/Distrital de Controle de
Infeco Hospitalar (CECIH).
Os dados foram coletados por meio de formulrio eletrnico (FormSUS verso 3.0), no
perodo de setembro de 2010 a janeiro de 2011, com exceo do Estado de So
Paulo, que possui sistema informatizado prprio de vigilncia.
Todos os dados coletados foram reunidos em uma base nacional com o objetivo de
estimar a magnitude das IRAS e de obter o marco inicial para o monitoramento
desses eventos no Brasil. O Estado do Paran, que tambm possui sistema prprio de
notificao, encaminhou seus registros para formao do banco nacional, no
entanto, apenas sobre os dados referentes infeco de corrente sangunea
associada ao uso de CVC em UTI adulto.
O perodo selecionado para anlise foi de janeiro a dezembro de 2010. A anlise dosdados apresentados neste boletim foi realizada com a utilizao do software para
estatstica computacional R verso 2.9.0. Para o tratamento do banco de dados
utilizou-se os aplicativos Microsoft Excel e R verso 2.9.0.
Indicador Nacional das Infeces Relacionadas Assistncia Sade
Nesta edio:
1 Introduo
2 Material e Mtodos
3 Resultados obtidos
4 Limitaes
5 Consideraes gerais
Densidade de
incidncia deinfeco primria
de corrente
sangunea em
pacientes em uso
de cateter venoso
central
Boletim informativoSegurana do Paciente e Qualidade em Servios de
Sade
VOLUME 1 NMERO 3
Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria - Braslia, Jan-Jul de 2011
Material e mtodos
Introduo
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PGINA 2 SEGURANA DO PACIENTE E QUALIDADE EM SERVIOS DE SADE
No ano de 2010, 690 hospitais notificaram a ocorrncia de IRAS por meio doFormSUS, dos quais 49,4% possuem mais de 150 leitos de internao e 89,3% com
dez ou mais de leitos de UTI. Pouco mais de 55% dos hospitais localizam-se na
Regio Sudeste do pas.
44%
7%
49%
< 50
50 a 149
150 ou mais
Foi notificado um total de 18.370 IPCS que ocorreram no perodo de janeiro a
dezembro de 2010: 10.889 (59,3%) em UTI adulto; 1.525 (8,3%) em UTI peditrica;
5.956 (32,4%) em UTI neonatal. A proporo de IPCS notificadas com
confirmao laboratorial foi de 42,9% no geral, 40,7% em UTI adulto, 24,7% em UTI
peditrica e 51,5% em UTI neonatal.
Resultados obtidos
3 1 1
25
9 11
2412
7
59
514
5 2
28
8
99
48
4 1
3226
8
250
53
0
50
100
150
200
250
300
AC
AL
A
MBA
CE
DF
ES
G
O
M
A
M
G
M
SMT
PA
PB
PE P
IPR R
JRN
R
ORR
RS
SC
SE
SP
TO
Grfico 2. Hospitais que notificaram IPCS, no ano de 2010, segundo Unidade da Federao.
Foram notificadas
18.370 IPCS
A proporo de IPCS
com confirmao
laboratorial de 42,9%.
Grfico 1. Proporo de hospitais que notificaram IPCS, no ano de 2010, segundocategoria de nmero de leitos.
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8/4/2019 BOLETIM INFORMATIVO SEGURANA DO PACIENTE E QUALIDADE EM SERVIOS DE SADE - V1N3 (2011)
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PGINA 3SEGURANA DO PACIENTE E QUALIDADE EM SERVIOS DE SADE
Com relao frequncia de notificao, verificou-se que 320 hospitais (46,4%) informaram os dados de
infeco nos doze meses do ano de 2010 e 562 (81,4%) notificaram pelo menos em seis meses. Os estados
que apresentaram maior regularidade de notificaes dos hospitais foram So Paulo (61,6%), Esprito Santo
(58,3%) e Pernambuco (57,1%).
Tabela 1. Nmero de hospitais que notificaram IPCS, no ano de 2010, segundo frequncia das notificaes
(nmero de meses).
Frequncia das HospitaisNotificaes % % acumulada
12 320 46,4 46,4
11 78 11,3 57,710 54 7,8 65,59 38 5,5 71,08 41 5,9 77,07 14 2,0 79,06 17 2,5 81,45 11 1,6 83,04 17 2,5 85,53 22 3,2 88,72 23 3,3 92,01 55 8,0 100,0
Total 690 100 -
33,3
0,0 0,0
28,0
44,4
18,2
58,3
8,3
28,6
49,2
20,0
0,0
20,0
0,0
57,1
0,0
47,5
29,2
25,0
0,0 0,0
34,4
46,2
25,0
61,6
20,0
46,4
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
AC
AL
AM
BA
CE
DF
ES
GO
MA
MG
MS
MT
PA
PB
PE P
IPR
RJ
RN
RO
RR
RS
SC
SE
SP
TO
Total
Grfico 3. Proporo (%) de hospitais que notificaram IRAS nos doze meses de 2010, segundo Unidade da
Federao.
A densidade de incidncia de IPCS em UTI adulto agregada, obtida a partir das notificaes, foi de 4,8
infeces por 1.000 CVC-dia com confirmao por critrios clnicos, e de 3,3 infeces por 1.000 CVC-dia
com confirmao laboratorial (mediana=3,5).
Somente com a participao de todos ser
possvel controlar as infeces relacionadas
assistncia
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PGINA 4 SEGURANA DO PACIENTE E QUALIDADE EM SERVIOS DE SADE
A partir da avaliao preliminar dos dados de notificao de IPCS clnica e laboratorial, verificou-se a
necessidade de um maior cuidado no preenchimento das notificaes, sendo que os principais
problemas detectados foram:
Ausncia de identificao do estabelecimento com o nmero do Cadastro Nacional deEstabelecimentos de Sade (CNES) em alguns registros;
Ocorrncia de duplicidades, com a presena de mais de uma notificao de um mesmo hospitalpara um determinado ms/ano;
Insero de valores invlidos nos campos (nmeros no inteiros para numeradores edenominadores das taxas, denominadores zerados etc.);
Ausncia de padro, em todo o banco de dados, quanto ao preenchimento adotado no casode campos no aplicveis, vazios ou zerados.
Quanto melhoria do processo de estimativa da magnitude e do monitoramento da IPCS no Brasil,
verifica-se, em primeiro lugar, a necessidade de ampliar a adeso de hospitais notificadores, pois em
2010 conseguiu-se obter informaes de pouco mais da metade dos hospitais considerados prioritrios,
ou seja, aqueles que possuem dez ou mais leitos de UTI adulto, peditrico ou neonatal (60,3%). Outro
aspecto importante, diz respeito necessidade de aumento da regularidade de envio dessas
notificaes, uma vez que grande parte dos hospitais no informou a completude de seus dados de UTI
no ano de 2010, apresentando dados relativos de apenas alguns meses.
Com o aumento esperado na captao de notificaes de IRAS para os prximos anos, considera-se
fundamental a implantao de um sistema de informaes com vistas a aperfeioar o processo de
captao e anlise desses dados, visando diminuio de erros de preenchimento. Outra questorelevante a ser considerada, a necessidade de ampliao da estrutura laboratorial de apoio aos
hospitais no pas, de forma a melhorar a caracterizao do evento em estudo. A maior parte dos casos
identificados no tem confirmao laboratorial (IPCS clnica) e isto faz com que as densidades de
infeco reais sejam subestimadas.
Apesar das limitaes apontadas, cuja citao fundamental para o aperfeioamento da vigilncia de
IRAS no Brasil, verifica-se um enorme avano com relao ao conhecimento desse importante evento e
dos entraves a ele relacionados.
Oportunidades de Melhoria
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PGINA 5SEGURANA DO PACIENTE E QUALIDADE EM SERVIOS DE SADE
Consideraes gerais
Reconhece-se que, pela primeira vez, a Anvisa, em conjunto com as unidades da federao, dispe de
um conjunto de dados de abrangncia nacional sobre IRAS e que este um passo importante para aformao e consolidao do processo de monitoramento das IRAS no pas.
A disseminao da cultura da informao imperativa para este trabalho. Portanto, torna-se fundamental
que todos os envolvidos trabalhem explorando os dados de sua regio, conhecendo as fortalezas e as
fragilidades envolvidas, de modo a avanar para a construo de uma linha de base que fornea
subsdios para as aes de vigilncia sanitria no campo do controle de IRAS. Cabe ainda elogiar o
esforo realizado pelas Coordenaes Estaduais/Distrital de Controle de Infeco Hospitalar na coleta dos
dados, o que propiciou uma grande capilaridade, verificada pelos nmeros apresentados.
ExpedienteAgncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa)Gerncia-Geral de Tecnologia em Servios de Sade (GGTES)Gerncia de Vigilncia e Monitoramento em Servios de Sade (GVIMS)SIA Trecho 5, rea especial 57, Lote 20071025 - 050, Braslia-DFPortal eletrnico: www.anvisa.gov.br
Diretor PresidenteDirceu Aparecido Brs Barbano
DiretoresMaria Ceclia Martins de Brito, Jaime Csar de Moura Oliveira e Jos Agenor lvares da Silva
Gerente-Geral de Tecnologia em Servios de SadeDiana Carmem Almeida Nunes de Oliveira
Gerente de Vigilncia e Monitoramento em Servios de SadeMagda Machado de Miranda Costa
AutoresKarla Arajo Ferreira e Andr Anderson Carvalho
Reviso ortogrficaSmia de Castro Hatem
Comit/Conselho Tcnico CientficoAna Clara Bello, Carlos Lopes Dias, Cssio Marques, Daniel Marques Mota, Fabiana Cristina de Sousa, Heiko TherezaSantana, Janaina Sallas, Magda Machado de Miranda Costa e Suzie Marie Gomes
E-mail para [email protected]
Este boletim informativo destina-se a divulgao e promoo das aes de Segurana do Paciente e da Qualidade emServios de Sade. Qualquer parte desta publicao pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Todos os direitosreservados Anvisa.
Ficha Catalogrfica
Boletim Informativo sobre Segurana do Paciente e Qualidade em Servios de Sade. v.1 n. 3 Jan-jul 2011. Braslia:GGTES/Anvisa, 2011
Agncia Nacional de Vigilncia SanitriaSIA, trecho 5, rea Especial 57, lote 20071.025.050 Braslia/DF Brasil55 61 3462 4257