Boletim NOV - DEZ - 2009
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Transcript of Boletim NOV - DEZ - 2009
boletim informativoINDÚSTRIAS DE MADEIRA
Estudo das Serrações
Indústria sem madeira nos próximos anos
Edição Bimensal Novembro | Dezembro 2009 Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal
Dossiê
ESPECIAL
2009 em revista e
perspectivas para 2010
Secretário de Estado das Florestas
Governo está disponível para estabelecer parcerias
editorial
Balanço e novas resoluções
ficha técnica
IndúStrIaS dE MadEIraPropriedade AIMMP Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal | Presidente Fernando Rolin | Secretária-Geral Maria Fernanda Carmo
Coordenação Editorial Liliana Magalhães | redacção Ana Santos Silva e Liliana Magalhães ([email protected]) | Colaboradores Filipa Pereira (Ambiente, Qualidade e
SHST), Joana Sousa (Informação Jurídica), Francine Sampaio, Joana Nunes, Paula Barroso, Vasco Teixeira Pedro | Projecto Gráfico, Design e Paginação Pedro M.S. Teixeira |
Fotografia Arquivo Fotográfico AIMMP | Impressão Tecniforma Print, S.A. | Tiragem 1.500 exemplares | distribuição Gratuita.
Contactos Álvares Cabral, 281 4050-041 PORTO Portugal Tel. +351 223 394 200 Fax. +351 223 394 210 Email [email protected] Web www.aimmp.pt
Num ano em que o tecido empresarial português sofreu graves constrangimentos, a internacionalização foi a grande aposta de todos aqueles que quiseram fazer frente a um mercado em retracção.
Por isso, a aimmp ousou ir mais longe, não só intensificando as acções do seu projecto INTERWOOD, mas também lançando a ASSOCIATIVE DESIGN® - o ponto de partida para uma eficiente cooperação entre as empresas nacionais e para a construção de uma nova imagem do sector.
E o ano de lançamento desta marca terminou em grande, com a apresentação da oferta portuguesa no mercado marroquino, como dá conta a reportagem que nesta edição fazemos da edição inaugural da feira Portugal Expo.
Também o panorama político nacional sofreu mudanças com a realização das eleições legislativas e autárquicas, às quais a aimmp procurou estar atenta de modo a aproximar empresários e governantes, assegurando os necessários apoios à Fileira de Madeira e Mobiliário. Peças neste boletim testemunham isso mesmo.
As pressões sobre a floresta e o Nemátodo da Madeira de Pinheiro foram outros dos temas que marcaram o ano.
Também aqui a aimmp fez um trabalho intensivo, fazendo chegar ao Governo propostas de soluções, lutando pelo accionamento do Fundo de Solidariedade Europeu, desenvolvendo todo um estudo sobre as Indústrias de Primeira Transformação tendo em vista a sua modernização e reestruturação – damos a conhecer, nas páginas seguintes, as conclusões desse documento.
E porque o momento é de viragem, preparámos um dossiê especial que o ajudará a fazer o balanço de 2009 e a tomar as resoluções para o novo ano.
Em nome da Direcção, da nossa Secretária-geral e de todos os colaboradores da aimmp, deixo-lhe, pois, os nossos votos de boas festas e de um próspero ano novo.
destaqueAIMMP apresentou Estudo das Serrações ...................... 03
aimmp em movimentoXVIII Governo Constitucional toma posse ..................... 06Assembleia-geral da AIMMP ............................................. 07Reunião da EPAL ............................................................. 07CEI-Bois elege nova direcção ........................................ 08AIMMP e Vida Económica renovam protocolo ................ 08
inteRnaCionaLiZaÇÃoPortugal Expo em Marrocos ............................................... 09
inFoRmaÇÃo eConÓmiCaCojuntura Económica ........................................................ 12Governo lança fundo de 250 milhões ............................ 13
inFoRmaÇÃo juRídiCaO uso da Internet no local de trabalho ............................... 14
empResa do mêsMadeca inovadora e amiga do ambiente ......................... 15
pRoGRamas & eventosCalendário de feiras 2010 ................................................. 16Competir, exportar e superar a crise com a AIMMP ........ 17
dossiê: 2009 em Revista e peRspeCtivas paRa 2010Depoimentos da Fileira de Madeira e Mobiliário ............ II2009 em revista… .............................................................. VIIPerspectivas para 2010 .................................................. VIII
COMPETE
Fernando RolinPresidente da Direcção aimmp
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AIMMP apresentou Estudo das Serrações
Indústria não terá matéria-prima suficiente nos próximos cinco anos
são 250 as empresas de serração que se encontram ameaçadas pela falta de madeira de
pinho, se nada se fizer nos próximos cinco anos para combater o desaparecimento da floresta
nacional. esta é uma das conclusões saídas do estudo das serrações, que a aimmp apresentou
no passado dia 25 de Novembro, na Curia. O documento já seguiu para o Governo pedindo
intervenção no planeamento florestal e apoios à importação de matéria-prima
“Chegou o momento de os indus-triais decidirem se vão fechar as fábricas, importar madeira para continuarem a laborar ou se vão
emigrar”, afirmou Fernando Rolin, no pas-sado dia 25 de Novembro, numa sessão pública dirigida à Fileira de Pinho, realizada na Curia. A apresentação das conclusões do Estudo Estratégico para a Reestrutura-ção e Modernização da Indústria de Primei-ra Transformação de Madeira em Portugal, mais conhecido por Estudo das Serrações, foi o mote desta iniciativa, que contou com
cerca de 150 empresários que vêem o seu futuro ameaçado.
Os motivos de preocupação não são para menos: “se nada for feito, dentro de cinco anos a floresta nacional não terá capacidade para abastecer de madeira de pinho as indústrias de primeira transfor-mação”, concluiu o presidente da aimmp, com base no trabalho que esta Associação desenvolveu em parceria com a Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI), e que prevê um aumento da procura de pinho em apro-ximadamente 50% (um valor total de cerca
de 8,39 milhões de toneladas).Em causa estão, pois, cerca de 250
empresas de serração, que empregam um total de 4.500 trabalhadores, muito devi-do à ausência de um verdadeiro planea-mento florestal. “Se a produção florestal portuguesa mantiver as actuais práticas (gestão florestal deficiente, falta de espe-cialização territorial da floresta e falta de investimento no apuramento genético do pinheiro bravo), a Indústria da Serração não vai ter madeira suficiente para a sua laboração”, aponta o Estudo.
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Efectivamente, a floresta tem sido, ao longo dos tempos, alvo de danos significa-tivos, quer em termos de áreas ardidas – mais de 35.000 hectares de floresta arde-ram até Agosto de 2009, o que representa mais do dobro do ano anterior –, quer em destruição das suas principais espécies – desde 1995, é notória a diminuição do pinheiro bravo contraposta em grande me-dida pelo aumento do eucalipto.
A aumentar a pressão sobre a flores-ta encontram-se, ainda, dois novos con-sumidores: as indústrias energéticas de biomassa e de produção de pellets, que consomem 1,9 milhões de toneladas de madeira de pinho por ano, contra as 1,750 milhões de toneladas das serrações.
ResponsaBiLidades e soLuÇões Mas o declínio da floresta nacional e
o desaparecimento do pinheiro bravo não preocupam apenas as Indústrias de Primei-ra Transformação.
Por isso, esta sessão contou também com a presença de produtores florestais, empresários das Centrais de Biomassa, membros da AICEP, investigadores univer-sitários, António Rego da Autoridade Flo-restal Nacional, Mira Amaral e Rui Barreiro, secretário de Estado das Florestas. A todos, o Estudo das Serrações incute responsabi-lidades e lança soluções.
O cenário desejado para o futuro das florestas portuguesas é bastante simples: “Desenvolver um sistema de gestão flo-restal que permita a existência de uma floresta com dimensão sustentável e que equilibre as necessidades económicas, sociais e ambientais.” Assim, os silviculto-res portugueses deverão investir no pinhei-ro bravo, respondendo ao aumento da pro-cura do mercado, por via de explorações especializadas de uma só espécie, de ca-racterísticas melhoradas, e de uma gestão profissional das mesmas.
Por seu turno, “a indústria da serração deverá tornar-se mais competitiva, a fim de melhor combater o crescente peso das importações”, efectuando, para esse fim, investimentos em equipamento produtivo e integrando processos industriais a montan-te, de modo a que consiga produzir mais com menos madeira.
“A Indústria de Painéis será dos secto-res que mais terá a ganhar com o aumen-
to da produção florestal”, devendo, pois, incentivá-lo de forma activa, não excluindo o investimento em floresta própria, e de-verá aumentar progressivamente o uso de produtos reciclados.
Ao mesmo tempo, e por via das crescen-tes preocupações dos seus clientes com a sustentabilidade e a gestão responsável das florestas, “a indústria da Carpintaria e a do Mobiliário terão todo o interesse em aprofundar as relações com os seus fornecedores portugueses”.
Já o Governo tem de renovar esforços
no sentido de: fomentar a especialização das explorações florestais; criar um Obser-vatório da Floresta; avançar com o Cadas-tro Florestal; melhorar a gestão das áreas florestais, apoiando quer a constituição das ZIF quer a qualificação dos seus recur-sos humanos; apoiar a I&D com vista ao apuramento e melhoramento do pinheiro bravo; apoiar o investimento produtivo na Indústria da Serração; e estimular a trans-parência da actividade económica ligada à floresta.
O presidente da aimmp, deixou, ali-
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deZ miLhões de euRos ContRa o nemátodo
“Há um lugar para todos, se trabalharmos em conjunto”, afirmou o secretário de Estado das Florestas na sessão de apresentação do Estudo das Serrações, a propósito dos vários agentes que disputem a floresta. Rui Barreiro, que não deixou de marcar presença nesta iniciativa como “prova do interesse do Governo no sector”, declarou estar “completamente dispo-nível para estabelecer parcerias com as associações do sector” para, juntos, “encontrar-se soluções que beneficiem Portugal”.O secretário de Estado adiantou, ainda, duas boas notícias: a existência de 730 milhões de euros para apoiar o sector florestal, por via do PRODER; e um pacote de dez milhões, para a luta contra a praga do Nemátodo, cedidos por Bruxelas.Dos desafios lançados ao Ministério da Agricultura pelo Estudo das Serra-ções, o secretário de Estado destacou a preocupação em combater o abando-no rural, a necessária aposta na regulamentação e fiscalidade relacionadas com a gestão e a utilização dos produtos florestais, e o apoio à investigação para melhoria do material lenhoso.
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ás, o recado: “A floresta tem de ser vista como problema da economia e fazer par-te dos altos desígnios nacionais.”
um pLano de aCtuaÇÃo Desenvolvido no âmbito da crise provo-
cada pela conjugação da situação econó-mica mundial com a propagação da praga do Nemátodo da Madeira de Pinheiro, e contando com um apoio de 120 mil euros do Fundo Florestal Permanente, o trabalho desenvolvido pela aimmp e a SPI permi-tiu efectuar um diagnóstico detalhado das
Indústrias de Primeira Transformação, prio-ritariamente da Serração mas também das Indústrias de Painéis e do Papel.
O estudo incluiu ainda um levantamen-to dos consumos previsionais de madeira, quantitativos e qualitativos, para os pró-ximos 20 anos, tendo em consideração o Plano de Erradicação do Nemátodo. Deste modo, foi possível a definição de uma estra-tégia para a reestruturação e modernização do sector, identificando os investimentos prioritários e as soluções a implementar.
Pretende-se, assim, oferecer um guia
de actuação para todos os agentes com in-terferência nesta problemática.
Junto dos Ministérios da Agricultura e da Economia e Inovação, irá funcionar como um documento de suporte às suas políticas de incentivos e ao seu relacionamento com a produção florestal. Para as associações do sector, também visa ser um documento de suporte aos apoios a disponibilizar aos seus associados. Entre a indústria e os pro-dutores florestais nacionais, em particular, servirá de base para negociações sobre a capacidade de fornecimento de pinho.
Sessões de trabalho
Marcações, certificações e tratamento fitossanitário
Odia de apresentação das con-clusões do Estudo das Serra-ções foi ainda aproveitado pela aimmp para a realização de
duas sessões de trabalho dedicadas a te-mas da maior relevância para a Fileira de Pinho: Marcações e Certificações; Trata-mento Fitossanitário pelo Calor – Choque Térmico.
A primeira, contando com represen-tantes do IPQ, da DGAE, da CERTIF, do LNEC, da Metacortex, da APCER e do
projecto Tropical Forest Trust, procurou esclarecer os participantes sobre a Mar-cação CE e os dois tipos de Certificação Florestal possíveis – FSC e PEFC -, dando especial enfoque às novas normas co-munitárias que entram em vigor no próxi-mo ano. Na segunda, Ricardo Cunha, da LENHOTEC, fez uma apresentação exaus-tiva sobre os requisitos de infra-estrutura, as tabelas de tratamento e os sistemas de gestão.
Também os técnicos da aimmp estive-
ram presentes nestas sessões, anuncian-do a continuidade do projecto PRODIMMP - Programa para o Desenvolvimento das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Por-tugal em 2010, que apoia as empresas a implementarem os principais factores de competitividade que são cada vez mais re-queridos ao sector.
Consulte as apresentações destas sessões no site www.aimmp.pt, e mani- feste o seu interesse no PRODIMMP atra-vés do e-mail [email protected]
aimmp em movimento
XVIII Governo Constitucional toma posse
AIMMP comunica a novos governantes principais preocupações do sector
Efeitos da crise, Nemátodo, disponibilidade de matéria-prima e biomassa para produção de
energia. Estas foram as principais preocupações que a aimmp fez chegar aos novos governantes
do país nas suas cartas de felicitação pela tomada de posse do vXiii Governo Constitucional, que
ocorreu em Novembro. A Associação luta, assim, por um lugar no diálogo que José Sócrates
diz querer ter com todos os sectores da sociedade portuguesa
Foi a 27 de Setembro que se rea-lizaram as eleições legislativas das quais saiu vencedor o PS com 36,55% dos votos (97 deputados
eleitos), contra os 29,11% do PSD (81), 10,43% do CDS-PP (21), 9,82% do BE (16) e 7,86% do PCP (15).
Tomou, assim, posse o XVIII Governo Constitucional de Portugal, mantendo-se José Sócrates no cargo de primeiro-minis-tro. A tomada de posse teve lugar no passa-do dia 26 de Outubro, altura em que o PM declarou, como prioridades para os próxi-mos quatro anos, “combater a crise, re-lançar a economia, promover o emprego, modernizar o país e desenvolver políticas sociais”.
Mas a “tarefa primeira”, disse, é “tra-balhar com todos os sectores da socieda-de portuguesa para vencer a crise econó-mica e para consolidar uma trajectória de crescimento sustentado da economia”.
GaRantiR o pasimmA aimmp mostrou já a sua disponibili-
dade em contribuir para o diálogo tão pro-clamado pelo novo Governo, não perdendo a oportunidade de, nas suas cartas de fe-licitações aos novos governantes, partilhar as preocupações do sector que deverão ser alvo de medidas governativas.
A crise económica tem-se traduzido na contracção da procura nacional e interna-cional, com quebras de vendas na ordem dos 30% em 2009.
Por isso, uma das necessidades parti-
lhadas pela aimmp ao Governo é a imple-mentação do PASIMM – Plano de Apoio ao Sector das Indústrias de Madeira e Mobi-liário.
Importa, nomeadamente, afiançar um adequado acesso ao crédito financeiro e de seguros; reforçar os capitais próprios das empresas, promovendo a concentra-ção para obtenção de massa crítica; apoiar os investimentos em modernização, mar-
keting, inovação e I&D, bem como a ma-nutenção do emprego e a qualificação dos quadros; incentivar o consumo nacional e a promoção externa dos produtos e das em-presas da Fileira de Madeira e Mobiliário.
Também o alastramento do Nemátodo da Madeira de Pinheiro a todo o país, e consequentes restrições à exportação de madeira e embalagens, teve implicações graves no sector, como o aumento subs-tancial dos custos de produção. Tendo em conta o compromisso já assumido pelo an-
terior Governo no que respeita à utilização do QREN, a aimmp solicitou o lançamen-to imediato do respectivo Concurso, e que este abranja as regiões onde estão pre-vistos os grandes investimentos públicos, como a zona do Poçeirão e a península de Setúbal (NUT II Lisboa).
Biomassa e eneRGiaEntretanto, e sendo já conhecidas as
conclusões do Estudo das Serrações [ver Destaque nesta edição], prevê-se que a flo-resta entrará em ruptura até 2015.
A aimmp reclama, assim, uma acção directa do Estado sobre os problemas es-truturais que afectam a floresta, destacan-do que o Governo deverá subsidiar o trans-porte na importação de madeira.
Neste âmbito, a biomassa para produ-ção de energia também preocupa o sector, pelo que se considera urgente a definição e regulamentação dos materiais que podem ser encaminhados para queima e os que são fonte de matéria-prima para a indús-tria, adoptando, para esse fim, o trabalho da Comissão de Acompanhamento da Cen-tral Termoeléctrica de Mortágua.
Quanto à disponibilidade de biomassa para a procura prevista pelas centrais já licenciadas, a aimmp apoia a alterna-tiva da instalação de 10 a 20 pequenas centrais de co-geração localizadas, nas unidades industriais, com acesso privi-legiado à matéria-prima combustível e com o aproveitamento integral da energia produzida.
A AIMMP apoia a
instalação de 10 a 20 centrais de co-geração
localizadas nas unidades industriais
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aimmp em movimento
Assembleia-geral da AIMMP
Associação apresenta projectos para 2010
Depois de um ano marcado por uma conjuntura económica mundial de crise, que veio agra-var os constrangimentos sen-
tidos pela Fileira de Madeira e Mobiliário em Portugal, é altura de passar em revista os passos mais significativos dados pela aimmp neste contexto e de preparar o ca-minho para novos desafios que assegurem a sustentabilidade e competitividade das empresas do sector.
Assim, está marcada, para 18 de De-zembro, mais uma Assembleia-geral da aimmp, a realizar-se pelas 10h00, na sede da Associação. Nesta reunião, os as-sociados terão oportunidade de ficar a par do balanço das actividades desenvolvidas em 2009 e do relatório de contas do ano.
O encontro será, ainda, aproveitado para a apresentação dos projectos e das iniciativas da Associação previstos para o
ano de 2010. Em destaque estarão aqueles que con-
tam com o apoio do QREN e que, à seme-lhança do que aconteceu este ano, têm como objectivo principal ajudar as empre-sas a saírem reforçadas para a economia da retoma.
Exemplo disso são os apoios disponí-
veis para financiar investimentos em diver-sas áreas, tais como a internacionalização, a produtividade, a formação, a certificação, entre outros.
A prestação de serviços aos associa-dos e a organização de acções em prol do desenvolvimento do sector são outros dos temas previstos na ordem de trabalhos.
Reunião da EPAL
Comércio de paletes em análise
“Realiza-se, a 18 de Dezembro, a Assembleia-geral Ordinária da EPAL. A reunião, a ter lugar na sede da aimmp, pelas 14h30, pretende tra-
zer à discussão diversos temas da actuali-dade que afectam o sector das Paletes.
No que respeita ao comércio de Paletes em Portugal, vão estar em análise aspec-tos como a diminuição de venda de agrafos EPAL, a contrafacção das Paletes EPAL e
acções que levem à sua erradicação – atra-vés, por exemplo, dos media. Já no âmbito da entidade inspectora SGS, será feita uma análise da situação das empresas não pro-dutoras e a actualização dos Níveis.
Outros dos tópicos a abordar são a fis-calização sobre fabricantes que estejam a contrafaccionar paletes EPAL, a avaliação das visitas mensais, a publicidade e divul-gação da marca EUR-PAL e os apoios dispo-
níveis para a Certificação Florestal através do PRODIMMP – Programa para o Desen-volvimento das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal, desenvolvido pela aimmp.
Esta Assembleia será ainda aprovei-tada para fazer um balanço dos custos e proveitos da EPAL ao longo do ano e para a eleição da Direcção do seu Comité Nacio-nal para o próximo triénio.
Vantagens para associados
AIMMP e Vida Económica renovam protocolo
Aaimmp e o Grupo Vida Econó-mica renovaram, recentemente, o seu protocolo de cooperação, que teve início em 2007. A assi-
natura do documento teve como principal objectivo o estabelecimento de um canal fluido e oportuno de informação que poten-cie, simultaneamente, a melhoria dos con-teúdos editoriais do Grupo Vida Económica e a adequada divulgação das actividades da aimmp, entre outros dados relevantes sobre o sector que representa.
Este protocolo oferece, ainda, várias vantagens aos associados da aimmp, que poderão usufruir de um desconto na ordem dos 10%, quer na assinatura e aquisição de publicações editadas pelo Grupo Vida Eco-nómica, quer na aquisição de outros bens e serviços disponibilizados actualmente. Es-tão, também, previstos descontos de 18% na tabela de publicidade em vigor para re-
serva de espaços. Complementarmente, o Grupo Vida
Económica irá promover a oferta de pu-blicações integrando pacotes temáticos relativamente aos quais estão fixados des-contos específicos para os associados da aimmp.
inFoRmaÇÃo empResaRiaL Deste grupo editorial faz parte o sema-
nário Vida Económica, cuja origem remon-ta a 1933. Economia, finanças, mercados, fiscalidade, relações de trabalho e oportu-nidades comerciais são algumas das áreas sobre as quais este órgão de informação desenvolve uma intensa actividade de in-vestigação.
A publicação direcciona-se, assim, às empresas e seus profissionais, oferecendo-lhes dados de informação essenciais e de-cisivos no contexto laboral.
Bruxelas
CEI-Bois elege nova direcção
“Como poderá uma Associação Eu-ropeia auxiliar os membros do Par-lamento Europeu?” Foi esta a ques-tão central a que se procurou dar
resposta na Assembleia-geral da Confede-ração Europeia das Indústrias de Madeira (CEI-Bois), que teve lugar no passado dia 20 de Novembro, em Bruxelas.
Enquanto membro da Direcção desta entidade, a aimmp marcou presença nes-te encontro, através do seu presidente Fer-nando Rolin. A Associação fez parte, igual-mente, das reuniões que precederam a Assembleia-geral, a 19 de Novembro – nos grupos de trabalho CEI-Bois R&D Group e Forest-Based Industries debateram-se te-mas como a Importância da Indústria dos
Produtos Florestais no Futuro e Quais os Desafios para o Sector Florestal?
Para além da preparação do programa de actividades para 2010/2011, foi ponto alto deste encontro a eleição da nova direc-ção da CEI-Bois: a Mikael Eliasson, que pre-sidiu esta entidade durante dois mandatos consecutivos, sucedeu Matti Mikkola; na vice-presidência foi reconduzido Ladislaus Döry; a aimmp, por sua vez, mantém-se como membro de Direcção em representa-ção e defesa dos interesses da Fileira de Madeira portuguesa.
Roadmap 2010 Outro dos temas centrais debatido em
Bruxelas foi a avaliação do programa Ro-
admap 2010. Iniciado em 2003, esta ini-ciativa pretendia, entre outros objectivos, a identificação de oportunidades para o sector, a descrição da sua posição ideal e, ainda, a criação de um plano de acção para as suas indústrias até 2010.
Este projecto contou com apoio da Comissão Europeia, sobretudo na sua 1.ª fase, terminada em Março de 2004. A esta seguiu-se uma 2.ª fase, mais focalizada na utilização de madeira na construção, em embalagem e transporte, bem como a im-portância dessa utilização em prol do de-senvolvimento sustentável. Atendendo aos dados actuais, espera-se que esta etapa seja melhor sucedida que a sua anteces-sora.
aimmp em movimento
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2009 em revIsta e perspectIvas para 2010
DOSSIÊ ESPECIAL
O ano que agora termina foi o da crise económica global, o de (quase) todas as eleições políticas, o de grandes tensões sociais e também o da tão esperada
Cimeira de Copenhaga. Será que a recuperação da economia que começou nos últimos meses de 2009 vai trazer mais sossego para o ano que se avizinha ou essa paz está ameaçado por um Governo minoritário em acção? E as empresas serão capazes de enfrentar uma “nova ordem”?
Descubra as respostas nas próximas páginas.
DO
SSIÊ
ESP
ECIA
L
DOSSIÊ ESPECIAL
O ano de 2009, marcado por uma crise global nunca vista, foi, também para as Indústrias da Madeira, um ano de “muitos males”. No caso particular da primeira transformação – exploração florestal e serrações -, “a cereja em cima do bolo” foi protagonizada pela propagação da praga do Nemátodo do pinheiro bravo e o “tsunami” legislativo que a acompanhou.Para 2010 é difícil esperar pior: a crise global, apesar de instalada, parece querer regredir; as medidas de combate à propagação do Nemátodo pelas florestas estão oficialmente implementadas, a legislação respectiva está estabilizada e o facto de terem já fechado muitas serrações parece abrir uma oportunidade para as que ainda sobrevivem.Acreditemos que o mercado vai responder de forma a repor a vitalidade no sector e, acima de tudo, que haja saúde!
António CruzICIMAD
DEP
OIM
ENTO
S
Como todos sabem, 2009 foi um ano marcado pela crise, sucederam-se as falências de várias empresas do sector e o consumo ficou marcado por uma enorme contracção. Neste contexto, o grupo J. Louro adoptou uma estratégia de contenção e de racionalização que nos tem permitido “aguentar” este difícil período e que, estamos convictos, nos vai permitir sair desta crise de forma reforçada.Para 2010 temos expectativa que haja uma melhoria ainda que pouco acentuada deste cenário. Apesar disso vemos com enorme preocupação o problema do aparecimento de grandes superfícies de distribuição de mobiliário no nosso país, que estão a provocar dificuldades acrescidas e a determinar o encerramento de um número significativo de PME da indústria e do comércio. A concretizar-se a abertura de mais uma grande superfície de distribuição de mobiliário em 2010, como é ventilado, então seguramente este será um ano marcado por mais encerramentos e desemprego.
Joaquim LouroJ.J. LOURO
A Molaflex lutou contra a crise, nos últimos dois anos, criando novas oportunidades com o apoio de várias entidades, entre elas a aimmp, tendo previsto mais que duplicar a sua facturação em 2010.É disso exemplo as iniciativas da aimmp, nomeadamente as diversas missões empresarias que permitem o acesso a mercados onde as pequenas e médias empresas sozinhas demorariam mais tempo a consegui-lo e teriam de investir mais.Com o contributo da aimmp, a Molaflex acelerou, pois, o passo para a exportação.
Victor MarinheiroMOLAFLEX
2009 foi um ano muito complicado, consequência de uma crise nacional e internacional.Uma baixa de actividade muito acentuada, sérios e continuados problemas de liquidez, muita dificuldade de acesso ao crédito e o “desaparecimento” do seguro de crédito, foram as notas de dificuldade mais relevantes do ano.2010 será um ano muito exigente. A luta pela sobrevivência obrigará as empresas a dar prioridade aos resultados, a melhorar os níveis de competitividade, a pensar a sua actividade para um mercado sem fronteiras e a fazer uma aposta definitiva no conhecimento. Em 2010, seria bom que, neste país e no nosso sector, os pagamentos fossem efectuados no prazo acordado, penalizando-se os incumpridores…e quem cumpre fiscalmente devia ser premiado.
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Vitor NevesGrupo TECNIwOOD
MADEICávADO
DEPOIMENTOS
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DOSSIÊ ESPECIAL
Em 2009, conjugaram-se dois factores que tiveram um considerável impacto na vasta mas frágil indústria portuguesa de Mobiliário: por um lado, a força da globalização; por outro, a forte retracção no consumo nacional e internacional. Nenhum destes factores apareceu em 2009 mas foi, seguramente, o ano em que mais se fizeram sentir os seus efeitos.A globalização, através do crescimento das importações provenientes de países de baixo custo e da instalação de grandes cadeias internacionais de retalho em Portugal – neste caso, o efeito primordial é a concorrência versus fabricantes nacionais mais em preço do que em qualidade. Aqui se conjuga o segundo factor: com o país a atravessar uma crise económica profunda e os mercados internacionais recessivos, a Indústria de Mobiliário teve grandes dificuldades em fazer escoar o seu produto e em se impor de forma a resistir a ambos os factores.No entanto, existem alguns nichos de mercado que não só resistiram como prosperaram. Estes são os que têm maiores probabilidades de sucesso no próximo ano: empresas que pela sua elevada eficiência conseguem competir em fortes volumes; empresas dedicadas a segmentos profissionais com soluções chave-na-mão; e empresas que tenham a coragem e capacidade de apostar na diferenciação e na qualidade para conquistar segmentos importantes do mercado internacional… Muito poucas no panorama nacional.Infelizmente, para todas as outras, 2010 não será muito diferente de 2009.
2009 foi um ano especial. Não pelas melhores razões. Foi durante 2009 que se fez sentir a crise financeira de dimensões históricas que afectou os dois sectores principais para os quais se dirigem os nossos produtos: Mobiliário, muito influenciado pelo crédito ao consumo e níveis de confiança dos consumidores; Construção, como consequência directa da escassez de crédito imobiliário.Quanto ao abastecimento de matéria-prima, podemos dividir o ano em duas partes: na primeira metade do ano, de salientar o reduzido nível de actividade; na segunda metade, assistiu-se a uma grande pressão de escassez de matéria-prima, como resultado do aumento exponencial de produção de pellets, o que nos tem levado a proceder à importação de quantidades crescentes de madeira e a reduzir as nossas exportações de produto acabado por perda de competitividade. Esperemos que não sejam verdade as notícias sobre novas capacidades de produção (fortemente subsidiadas) deste produto que necessita de 80% menos de mão--de-obra.Em 2010, é nossa convicção que os níveis de actividade poderão melhorar se forem estimulados. Da nossa parte, esperamos surpreender o mercado com novidades em produtos e serviços. Sugerimos que os nossos governantes aproveitem alguns bons exemplos que se têm levado a cabo na Europa, em particular Espanha – caso do Plan Renove Vivienda, um incentivo, via redução do IvA, às obras de remodelação de habitações com mais de 15 anos. Se foi possível organizar um programa de incentivos semelhante para o sector automóvel em Portugal, mais razões temos para um que incentive a renovação das habitações.
A actividade económica em 2009 acentuou a tendência já verificada em 2008 e prosseguirá em 2010. Embora os indicadores económicos apontem para uma retoma da actividade, continua sem se saber como essa recuperação se verificará. No entanto, há já a possibilidade de retirar algumas conclusões, sobretudo com o objectivo de todos os intervenientes da Fileira da Madeira reflectirem.Alguns dos aspectos mais relevantes são as alterações ao nível dos mercados onde se acentuarão os níveis de competitividade que já se verificavam anteriormente. Este aumento de competitividade exigirá uma gestão mais rigorosa assente numa análise dos mercados que permita optimização das margens e percepção das tendências; na valorização dos RH; na I&D para acrescentar valor ao produto.Naturalmente que esta estratégia levará a um aumento de custos que prejudicará a competitividade mas garantirá a sobrevivência a médio e longo prazo. O desenvolvimento de parcerias comerciais, industriais e de I&D, que, no limite, poderão resultar em fusão entre empresas, é uma das soluções que importa desenvolver.A aimmp tem feito um esforço assinalável neste sentido, mas também reconhece que há muito por fazer para dotar a Fileira da Madeira dos instrumentos que lhe possibilitem adequar-se aos novos desafios que o final da actual crise irá trazer. Devemos, pois, olhar para a actual crise sob uma perspectiva positiva, pois quem conseguir sobreviver sairá mais forte e mais preparado.
Stephan MoraisTEMAHOME
João Paulo PintoSONAE Indústria
Mário NunesvIROC Portugal
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Barack Obama toma posse como presidente dos EUA, com mandato
previsto até Janeiro de 2013. _______________
A República Popular da China torna-se a terceira maior
economia do mundo.
Comemoração dos 200 anos do nascimento de Charles Darwin, “Pai do
evolucionismo”._______________
Satélites da Rússia e dos EUA colidem no
espaço, 800km acima da Sibéria, no primeiro acidente do género na
era espacial.
O presidente da Guiné Bissau, José vieira, é assassinado durante um ataque armado à
sua residência._______________NASA lança com sucesso a Sonda
Kepler, que tem como missão encontrar
exoplanetas._______________
Papa Bento XvI viaja pela primeira vez ao continente africano.
Aparecimento dos primeiros casos de
Gripe Suína (vírus H1N1), no México.
_______________Em Londres, G20
anuncia uma injecção de 1 trilião de dólares
para conter a crise mundial.
Coreia do Norte realiza os seus primeiros testes nucleares e
recebe a condenação do Conselho de
Segurança das Nações Unidas.
_______________Realização da 54.ª edição do Festival da Eurovisão, em
Moscovo, na Rússia.
O “Rei da Pop”, Michael Jackson, morreu aos 50
anos, vítima de uma paragem cardíaca.
_______________Bernard Madoff, autor
de uma das maiores fraudes da história dos
EUA, é condenado a 150 anos de prisão.
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É conhecido o Caso Freeport que levanta suspeitas contra José Sócrates por alegado tráfico de influências.
_______________António Gomes de
Pinho, presidente da Fundação de Serralves,
propõe ao Governo a criação de um plano
anti-crise para o sector cultural e suas indústrias criativas.
Surge, a 26 de Fevereiro, um novo canal de notícias:
o TVI24._______________Comemora-se
o aniversário do terramoto de Lisboa
que, em 1531, vitimou aproximadamente 30
mil pessoas.
A 13 de Março sai à rua a maior manifestação de sempre realizada
pela CGTP, que reuniu cerca de 200 mil
trabalhadores em Lisboa.
_______________No conjunto dos doze países da Zona Euro,
a taxa de desemprego subiu para os 8,7%,
atingindo o valor mais elevado desde Fevereiro de 2000.
Portugal comemora os 35 anos do 25 de Abril.
_______________Início da cobertura
fotográfica do serviço Google Street view em
Lisboa e no Porto._______________
Implantação, por parte da PT, da TDT em 41%
do território português.
Lançamento do jornal diário i, dirigido
por Martim Avilez Figueiredo e com
uma redacção de 74 jornalistas.
Portugueses são chamados às urnas
para elegerem os deputados ao
Parlamento Europeu._______________Lançamento do
jornal Grande Porto, o primeiro semanário da cidade e apoiante
claro da regionalização, com Manuel Queiroz na
direcção.
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Lançamento da marca ASSOCIATIvE DESIGN®
pela aimmp na feira Interiors Birmingham.
_______________Reunião da SC5
(Sub-Comissão do Nemátodo da Madeira
de Pinho), da qual resultaria a elaboração da Norma Portuguesa
4487:2009.
Entra em vigor a NP 4487:2009, que estabelece
os requisitos que conduzem ao
tratamento da madeira serrada, paletes e
embalagens resinosas para eliminação do
Nemátodo._______________
Publicação da Portaria n.º 230-B/2009,
que estabelece os termos da aplicação
das medidas aprovadas pela
norma Internacional para as Medidas
Fitossanitárias n.º 15.
ANEFA comemora 20 anos de existência ao
serviço da floresta._______________
Industriais do sector, em conjunto com a aimmp, deslocam-
-se a Lisboa para entregar ao Governo proposta de soluções para o problema do
Nemátodo.
Salão Internacional do Móvel, em
Milão, recebe a maior participação
portuguesa de sempre; pela primeira vez, e a
convite da aimmp, um governante português,
Castro Guerra, visita os expositores
portugueses nessa feira e na Zona
Tortona._______________Realização, no
Parlamento Europeu, em Estrasburgo, da 4.ª
reunião do Club du Bois
Lançamento do PASIMM - Plano de Apoio ao Sector das
Indústrias de Madeira e Mobiliário, em Paços
de Ferreira, com a presença de Manuel
Pinho._______________
Arranque do programa de Formação-Acção para PME, do qual a
aimmp é beneficiária. _______________Para responder ao problema do
Nemátodo, a aimmp pede o accionamento
do Fundo de Solidariedade Europeu.
Decisão Comunitária n.º 2009/462/CE
estabelece a data de aplicação de medidas suplementares contra
a propagação do Nemátodo.
_______________Conservatório das
Ciências e Tecnologia apresenta o projecto
Materiais de Construção – Conhecer
as Necessidades de Qualificação dos RH para Melhorar
o Desempenho das Empresas.
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Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
voo 7908 da Caspian Airlines cai no
noroeste do Irâ, com 168 pessoas a
bordo, não deixando sobreviventes.
_______________Comemoração dos 40 anos da deslocação do Homem à lua (20 de
Julho de 1969).
A walt Disney Company comprou a
Marvel Entertainment Inc. e as suas mais de
5 mil personagens por 4 biliões de dólares.
A venezuela reconhece a independência da
Abecásia e Ossétia do Sul durante uma visita
de Hugo Chávez a Moscovo.
_______________Golpe militar nas
Honduras: Manuel Zelaya, presidente das
Honduras, refugia-se na embaixada
brasileira, em Tegucigalpa.
Rio de Janeiro é a cidade escolhida
para acolher os Jogos Olímpicos de
verão de 2016._______________Barack Obama é
nomeado Nobel da Paz._______________Microsoft lança
windows 7.
Europa comemora o 20.º aniversário da queda do Muro de
Berlim.
Copenhaga é palco da Cimeira do Ambiente, que reúne quase duas centenas de líderes de Estado para discutir o Protocolo de Quioto.
_______________São sorteados os
grupos do Mundial de 2010, na áfrica do Sul.
áfrica do Sul e Botsuana manifestam
interesse em energias renováveis
portuguesas._______________Investigadores
portugueses identificam
mecanismos moleculares envolvidos
na geração de neurónios a partir de
células estaminais embrionárias.
Jornal de Sexta da TVI é suspenso pela
administração da Prisa, o que leva à demissão
de Manuela Moura Guedes da direcção de informação do canal.
_______________Morte de Raul Solnado
– actor, humorista e apresentador de televisão –, aos 80
anos.
Eleições legislativas a 27 de Setembro._______________No Parlamento
Europeu, Durão Barroso é reeleito presidente
da Comissão Europeia com maioria absoluta.
A 11 de Outubro realizam-se as eleições
autárquicas._______________
Novo Governo toma posse, assumindo
o PS uma liderança minoritária.
Portugal acolhe a XIX cimeira de chefes de Estado e de Governo
ibero-americanos, sob o tema Inovação
e Conhecimento, e contando com a participação de 22
países.
Entra em vigor o Tratado de Lisboa, que
trouxe uma reforma ao funcionamento da
União Europeia._______________Renault-Nissan
anuncia a construção de uma fábrica de
baterias para carros eléctricos em Cacia, que estará concluída
em 2012 e irá empregar 200 pessoas.
Comissária Europeia da Saúde, Androulla
vassiliou, sobrevoa as áreas mais afectadas pelo Nemátodo, em
Portugal._______________
Criação do Cluster do Mobiliário e do Pólo de Competitividade
e Tecnologia das Indústrias de Base
Florestal._______________Edição inaugural da Export Home
Angola, em Luanda, com a presença
da ASSOCIATIvE DESIGN®.
Dados da Autoridade Florestal Nacional dão
conta de 31 grandes incêndios ocorridos em Portugal, desde o início
de 2009._______________
Arranque da FACIM - Feira Internacional de Maputo, onde a
aimmp apresenta o projecto Casa Popular
Moçambicana.
aimmp organiza debate político,
contando com os cinco principais partidos com
assento parlamentar para apresentação das suas opções políticas
para o sector._______________aimmp associa-se ao Movimento
Limpar Portugal, uma iniciativa que pretende
limpar as florestas portuguesas num só
dia.
Projecto INTERwOOD para 2010,
desenvolvido no âmbito do QREN, é
aprovado._______________Realiza-se, em Genebra, o 2.º
Encontro Internacional das Federações dos
Comerciantes de Madeira.
_______________A aimmp e a sua
marca ASSOCIATIvE DESIGN® apresentam, na Constrói Angola, o
projecto Casa de Sonho Angolana.
Apresentação pública das conclusões do
Estudo das Serrações._______________
Assembleia-geral da CEI-Bois, em Bruxelas, durante a qual ocorre
a eleição da nova direcção da CEI-Bois,
mantendo-se a aimmp nos seus órgãos
sociais._______________
ASSOCIATIvE DESIGN® faz sucesso na edição
inaugural da feira Portugal Expo, em Marrocos, com a
exposição da Casa Ideal Marroquina.
Reunião da EPAL elege a direcção do seu Comité Nacional para o
próximo triénio._______________
Assembleia-geral da aimmp faz o balanço de 2009 e apresenta
o seu plano de actividades para 2010.
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Previsões
O que precisamos de saber sobre o novo ano
A CENA POLÍTICAEm 2010, a cena política mun-
dial será marcada por medidas
que acompanhem e estimu-
lem o período de recuperação
económica que se avizinha,
pois, embora se deixe de falar
em sobrevivência, os próximos
tempos prometem ser difíceis.
Na Europa, Durão Barroso,
presidente da Comissão Euro-
peia, estabelece as prioridades
da política para 2010, em prol
de uma recuperação susten-
tável: a reforma efectiva dos
mercados financeiros e uma
maior supervisão dos mesmos;
a redução dos incentivos fis-
cais, que podem levar a uma
dívida insustentável; as alte-
rações aos mercados laborais
- passagem para os “empregos
de amanhã” para combater o
desemprego; as energias reno-
váveis; a revisão das políticas
de inovação; e a abertura dos
mercados.
Já nos EUA o próximo ano
será um momento de teste
para Obama. A decisão de re-
formar o sistema de saúde e
a sua falta de intervenção em
causas como os casamentos
entre homossexuais e a prisão
de suspeitos de terrorismo sem
julgamento são alguns dos mo-
tivos que podem pôr em risco o
resultado das eleições de meio
mandato, em Novembro.
Em POrTugALPouco tempo depois do início
da actual legislatura, a cena
política nacional parece marca-
da pela tensão entre o Governo
e os partidos da oposição. Em
cima da mesa está o Orçamen-
to de Estado para 2010 que, não
obtendo a aprovação da maioria
dos deputados, porá em risco a
estabilidade governativa es-
sencial para sair da crise.
Embora as prioridades de-
vam ser direccionadas para a
economia, em especial para o
combate ao desemprego, tam-
bém a regionalização promete
ser um dos temas predominan-
tes do próximo ano. Pouco con-
sensual, a matéria será alvo de
novo referendo.
Já em Janeiro, a Assembleia
da República deverá discutir o
diploma sobre a legalização do
casamento entre pessoas do
mesmo sexo – outro dos temas
fortes de 2010.
EsTAdO sOCIEdAdEAo longo de 2009 nem se veri-
ficaram alterações nos confli-
tos existentes no Iraque, Irão,
Afeganistão, Paquistão, Israel/
Palestina, Cáucaso, América
Latina, Somália/Polinésia, Tur-
quia, nem nas zonas de tensão
em áfrica e Coreia do Norte.
É, assim, de se esperar que
o mundo vá seguindo a Nova
Ordem Mundial – resultante da
queda do muro de Berlim em
1989 e na qual predomina uma
maior insegurança e nível de
incerteza e instabilidade – sem
se vislumbrar soluções no curto
prazo.
Contudo, espera-se que o
papel do Ocidente nestas guer-
ras seja clarificado para que se
encontre uma forma eficaz de
lidar com as ameaças.
Tristezas à parte, a 11 de
Julho as melhores equipas de
futebol do mundo reúnem-se
na áfrica do Sul para o Cam-
peonato mundial de Futebol
da FIFA. Em Portugal, destaca-
se o regresso do Rock in Rio e
a deslocação da iniciativa Red
Bull Air Race para Lisboa.
De resto, 2010 será o 300.º
aniversário das porcelanas
Meissen, o 200.º de Fréderic
Chopin e da independência de
vários países da América Lati-
na, o 100.º da iniciativa Girl Gui-
de e o 50.º do laser.
sAúdE E ENTrETENImENTOA nível da saúde, o vírus H1N1
continuará a ser notícia em
2010, prevendo-se que a pan-
demia mantenha o padrão
observado durante a segunda
metade de 2009.
Na maioria dos casos, os
doentes vão sentir sintomas
ligeiros seguidos de uma rápida
e total recuperação. O vírus vai
matar, mas nunca em números
semelhantes aos da devasta-
dora pandemia de 1918, que
vitimou 50 milhões de vidas. A
lamentar o desadequado forne-
cimento de vacinas – o mundo
vai deparar-se com uma quan-
tidade de vários biliões de do-
ses a menos.
No que respeita a entre-
2010PERSPECTIVAS PARA
Fontes: Previsão do Estado da Economia Nacional para 2010 por General Vizela Cardoso; The Economist; Público, Expresso, jornal I. | Agradecimento especial a General Vizela Cardoso, presidente da Assembleia-geral da aimmp e administrador da Manuel Freitas Lopes & Ca.
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tenimento, perto de 20 filmes
serão lançados no formato 3D,
passando o disco Blu-ray a ser
o preferido no consumo 3D nas
habitações e as tecnologias
com base no vidro a dominar o
mercado deste género de apa-
relhos.
Já ao nível dos media, os e-
readers prometem salvar os jor-
nais, que vão continuar a lutar
contra as quedas das receitas
de publicidade e a ascensão da
Internet: vão ser melhores e
mais baratos, vão aparecer os
primeiros modelos com ecrãs
a cores e os touch-screens vão
tornar-se mais comuns.
CONjuNTurA ECONómICA
As principais agências mun-
diais, como o FMI e a OCDE,
prevêem uma melhoria dos
indicadores económicos mais
relevantes, pelo que o ano de
2010 ficará marcado pela recu-
peração da economia à escala
global. Contudo, apontam que
o crescimento será bastante
moderado e pautado por uma
diferença substancial de com-
portamento entre as econo-
mias mais desenvolvidas e as
emergentes, com a República
Popular da China à cabeça.
De acordo com os últimos
dados do FMI, estima-se, para
o novo ano, um crescimento
global de 3,1% - 5,3% de cresci-
mento para os países emergen-
tes e 1,3% para os desenvolvi-
dos. Não há, pois, razão para
grande optimismo. A Europa,
os EUA e o Japão estão a sair
de uma recessão técnica, mas
há fortes dúvidas sobre o im-
pacto que terá na actividade
económica a retirada, ao longo
de 2010, dos estímulos fiscais
e monetários até aqui concedi-
dos. É, assim, de esperar que,
por exemplo, as taxas de juro
de referência se mantenham
nos actuais níveis.
Quanto ao desemprego,
prevê-se que este continue a
aumentar, mas havendo uma
desaceleração desse cresci-
mento.
ECONOmIA NACIONALEm 2010, verificar-se-á uma
retracção no investimento pri-
vado e estrangeiro – apenas o
investimento público contri-
buirá para uma melhoria deste
indicador, que deverá ser de
+2,0%.
Relativamente à dívida
pública, tendo em conta o nú-
mero de empresas encerradas
em 2009 e a falta de controlo
na despesa, esta continuará a
subir – cerca de 9% - em 2010.
Por sua vez, a dívida exter-
na deverá bater novo recorde,
devido à quebra de receitas e
consequente recurso do Estado
ao financiamento externo, que
será mais oneroso em juros.
Entre os indicadores eco-
nómicos destaca-se, ainda, a
inflação que deverá subir para
1,2 a 1,5%; o consumo que apre-
sentará uma queda de 2,1%; o
desemprego que voltará a cres-
cer para valores entre 10,5 e
11%; a estabilização da descida
das exportações em 2009; e a
manutenção do valor negativo
das importações – situado en-
tre 4,4 e 5,5%.
Por tudo isto, em 2010, o
crescimento económico de Por-
tugal não vai atingir os +0,5%
do PIB.
AmbIENTENuma altura em que as altera-
ções climáticas estão em dis-
cussão a nível mundial, com es-
pecial enfoque no aquecimento
global e no degelo dos pólos,
parece certo que 2010 será o
ano de uma mudança definiti-
va nas políticas e práticas am-
bientais. São, pois, esperadas
diversas iniciativas em prol da
preservação do planeta.
Countdown 2010 – Save
Biodiversity é uma dessas ac-
ções que irão marcar a luta pela
sustentabilidade ambiental.
Travar o desaparecimento das
espécies animais e vegetais a
nível local, regional, nacional e
global, o que, por si, facilita o
equilíbrio do ecossistema e a
saúde do Planeta, é o grande
objectivo deste projecto.
Na União Europeia, cuja
presidência será de Espanha
no primeiro semestre do ano,
a produção energética comum,
centrada na diversidade de
fontes e no uso de energias
limpas, foi já assumida como
tema central.
Também do outro lado do
mundo chegam ecos de uma
outra preocupação ambiental.
Tendo como mote a expres-
são Better City, Better Life, a
Expo 2010 Xangai dá conta de
um desejo de humanização do
espaço urbano, com vista ao
desenvolvimento sustentável
das cidades (onde, de resto,
vive mais de metade da popu-
lação mundial).
VErdE EsPErANÇAEmbora realizada em 2009,
a COP15 será, certamente,
alvo de atenção em 2010.
Do seu possível sucesso ou fra-
casso, pode dizer-se, depende
o futuro do planeta. Em jogo,
nesta Cimeira, esteve a elabo-
ração de um acordo que, assi-
nado por todas as nações do
mundo, veio substituir o Proto-
colo de Quito.
Deste saiu renovadas me-
tas: contrariar a tendência de
aumento da temperatura glo-
bal; obter dos países desen-
volvidos verbas que ajudem os
em desenvolvimento a prote-
ger o ambiente; assinar, em
2013, um acordo para diminuir
a degradação das florestas; e
declarar 2020 como ano limite
para a redução das emissões de
carbono entre 25% e 40%.
Em Portugal, as expectati-
vas apontam para uma aposta
contínua nas energias alterna-
tivas. O investimento das em-
presas portuguesas em ener-
gias renováveis e em eficiência
energética está a aumentar,
ao mesmo tempo que cresce
a sensibilidade para os temas
ambientais. A chegada, em
2010, de cinco viaturas híbridas
da Toyota – um lote ainda em
teste - é disso exemplo.
... NO PAÍS E NO MUNDO
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Ano novo, vida empresarial e associativa renovada
Aguentar 2010 e sair reforçado para a economia da retoma
Com o desemprego a
atingir, pela primei-
ra vez na história do
país, os dois dígitos
percentuais, 2010 será ainda
um ano marcado pela recessão.
Neste contexto, parece eviden-
te que o enfoque da acção em-
presarial tem de estar nas pes-
soas – o emprego é a principal
variável a controlar num cená-
rio de crise sob pena de um co-
lapso social – e o grande mote é
aguentar 2010 e sair reforçado
para a economia da retoma.
A Fileira de Madeira e Mobi-
liário vem tendo como principal
suporte do seu crescimento o
aumento das exportações. Mas
tanto a Espanha como o Reino
Unido, a França e outros países
para os quais exportávamos
bem – Itália, Alemanha, países
do Benelux, Estados Unidos –,
foram severamente “castiga-
dos” pela crise internacional.
Resta-nos Angola, alternativa
crescente para muitas empre-
sas, e Marrocos, aqui tão próxi-
mo e em crescimento.
Esta situação provocou, em
2009, quebras das vendas na
ordem dos 30% no sector e ver-
dadeiras guerras de preços no
mercado internacional, a que
grande parte das Indústrias de
Madeira e Mobiliário não pode
fazer face porque trabalha com
margens mais reduzidas do que
as suas congéneres espanho-
las, francesas, italianas, brasi-
leiras e asiáticas.
Tão ou mais grave são os
enormes atrasos, ou mesmo
falhas, nos recebimentos das
mercadorias vendidas, aliados
aos constrangimentos no aces-
so a seguros de crédito, quer
pelas empresas, que o necessi-
tam para compensar as dificul-
dades nos recebimentos, quer
pelos particulares/consumido-
res. Quando procuram recorrer
à Banca para financiamento às
suas operações, as empresas
encontram as portas fechadas
ou um caminho longo e difícil a
percorrer.
A esta situação acresce ain-
da as dificuldades intrínsecas
ao sector, como a escassez de
matéria-prima nacional, agra-
vada pela propagação da praga
do Nemátodo da Madeira de Pi-
nheiro que não só fez aumentar
os custos de produção devido
às exigências de tratamento,
como afectou seriamente a
imagem dos produtos de ma-
deira portugueses no estran-
geiro.
PrEPArAr O FuTurOResultado: as empresas estão
descapitalizadas, sem fundo de
maneio, sem capacidade para
investir e com dificuldades para
manter a laboração “normal”.
Não é, portanto, uma altu-
ra para grande optimismo: em
2010 é inevitável a falência de
mais de 1.000 empresas e a
perspectiva, no geral, é de uma
difícil gestão de tesouraria,
planos de despedimentos ou
de lay-offs com uma potencial
perda de 10.000 postos de tra-
balho, a redução de investimen-
tos planeados prejudicando a
competitividade da economia
no pós-crise.
Mas vislumbra-se já uma
luz ao fundo do túnel. No perí-
odo pós-crise, será de esperar
um “boom” de crescimento nos
mercados, sobretudo em bens
de longa duração que as pes-
soas têm estado a evitar com-
prar desde há ano e meio. Para
o aproveitarmos, temos de nos
preparar desde já.
A internacionalização, so-
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bretudo a aposta em mercados
emergentes, e a cooperação
empresarial continuam a ser
vectores essenciais ao futuro
do sector.
Contudo, para se fazer face
às dificuldades resultantes da
conjuntura económico-finan-
ceira desfavorável e promover
uma imagem positiva dos pro-
dutos portugueses, temos de
contar com uma acção governa-
tiva eficaz e com a implemen-
tação de medidas de apoio.
Já para a resolução de pro-
blemas estruturais do sector,
é imperativo uma acção con-
certada de todos os agentes
económicos por forma a se
desenvolver um sistema de
Gestão Florestal que permita a
existência de uma floresta com
dimensão sustentável, para
equilibrar as necessidades eco-
nómicas, sociais e ambientais
que dela dependem.
O PAPEL dA AImmPÉ neste contexto que a Asso-
ciação das Indústrias de Madei-
ra e Mobiliário de Portugal vai
procurar actuar.
Para a sua equipa, empre-
sas saudáveis são essenciais
para o progresso do país e ofe-
recem melhores condições de
vida aos seus colaboradores;
e pessoas com estabilidade,
segurança e confiança no fu-
turo produzem mais e melhor,
contribuindo para o desenvolvi-
mento das empresas.
É este o ciclo que tem de
ser fortemente reactivado e
que a aimmp ambiciona fo-
mentar. Para esse fim, conti-
nuará a colocar-se ao serviço
do tecido empresarial, a ser
porta-voz das preocupações de
toda a Fileira de Madeira e Mo-
biliário junto dos decisores e a
agir sempre na defesa dos seus
interesses.
Assim, para 2010, a aimmp
propõe-se a centrar grande
parte da sua actividade a pro-
mover medidas que apoiem as
empresas a resistirem às difi-
culdades financeiras e econó-
micas da crise e a preparem-se
para um novo posicionamento
competitivo na economia da
retoma [ver caixa].
…PASIMM: Formalizado em Abril de 2009, ainda muito resta por fazer do Plano de Apoio ao Sector das Indústrias de Madeira e Mobi-liário. A aimmp irá bater-se, especialmente, pela implementação plena dos eixos: apoio ao financiamento (agilizar a iniciativa PME Investe e flexibilizar os sistemas de incentivos do QREN); apoio ao investimento, exporta-ção e promoção externa (apoiar a promoção nos mercados internacionais); ajustamento ao perfil industrial e tecnológico do sector (abertura de concurso do QREN, em articula-ção com o PRODER, para modernização das serrações); e incentivo ao consumo (estímulo à troca de mobiliário para reciclagem).
…ESTUDO DAS SERRAÇÕES: Conhecidas as suas conclusões e accionado o Fundo de Solidariedade Europeu para compensar as empresas pelos custos com o tratamento fitossanitário, falta agora definir como vai ser aplicado esse apoio financeiro. A aimmp propõe-se a cooperar com o Ministério da Agricultura a fim de implementar um meca-nismo eficaz e transparente para a distribui-ção das verbas.
…COMPETWOOD: O CONSULTWOOD dá lugar, em 2010, ao COMPETWOOD, projecto que disponibiliza um conjunto de serviços cuidadosamente identificados mediante a realização de um diagnóstico prévio à posição competitiva das empresas, utilizando o benchmarking sectorial como ferramenta estratégica. No próximo ano, este projecto, promotor de factores de competitividade, será
reforçado com novas iniciativas nas áreas da propriedade intelectual e inovação, da utilização de novas tecnologias de informação e comunicação e do marketing estratégico, entre outras.
…INTERWOOD: Em 2010, dá-se continuidade ao projecto que, há dois anos, tem contribuído para incrementar a exportação sustentada, desta feita com um novo leque de ofertas, desde a participação em missões empresa-riais de prospecção de novos mercados, pas-sando pela presença nos mais importantes certames internacionais, até à organização de mostras de produtos em mercados de elevado poder de compra, como a Rússia ou o Japão.
…SECTORWOOD: Também em 2010 esperam-se resultados de várias iniciativas que, no conjunto, visam constituir uma rede de suporte à actividade empresarial, tais como o Programa de benchmarking e scoring de inovação sectorial; o Observatório da Com-petitividade da Fileira de Madeira e Mobiliário; o Modelo para a Cooperação no sector; a Con-centração da Indústria Portuguesa de Madeira e Mobiliário e sua reestruturação (Dossiê para a Captação de Investimento Externo); e Guia de Boas Práticas. Em prol da cooperação empresarial e da promoção dos produtos portuguesas das fileiras Casa e Decoração e dos Materiais de Construção nos mercados internacionais, a aimmp vai também dar continuidade à orga-nização de eventos com a marca ASSOCIATI-VE DESIGN®.
Em 2010, a AIMMP vai dedicar especiais esforços ao…
2010 ... NA AIMMP E NO SECTOR
IX
A Direcção e Colaboradores da AIMMP, desejam-lheBoas Festas e um Próspero Ano Novo!
Portugal Expo em Marrocos
ASSOCIATIVE DESIGN® apresentou Casa Ideal Marroquina
Realizou-se, em Novembro, a edição inaugural da Portugal Expo – Feira de equipamentos,
Produtos e Serviços de Portugal, em Casablanca. Na mostra organizada pela Exposalão e que
reuniu cerca de uma centena de empresas lusas, a Casa Ideal Marroquina, projecto da aimmp e
da sua marca assoCiative desiGn®, foi a “grande atracção”
No ano da sua criação, e já per-to de 2010, a ASSOCIATIVE DESIGN® voltou ao continente africano. Desta vez o destino
foi Marrocos e a feira Portugal Expo, que teve lugar em Casablanca. Foi assim que, de 19 a 22 de Novembro, Portugal voltou a afirmar a qualidade dos seus produtos em solo internacional, unidos em torno do pro-jecto Casa Ideal Marroquina.
Organizada pela Exposalão, em parce-ria com a aimmp, a mostra foi considera-da o maior encontro de marcas lusas em Marrocos. De sectores tão variados como a construção civil, mobiliário e decoração e equipamentos para hotelaria e restaura-ção, foram muitas as empresas que não quiseram deixar de estar presentes nesta edição inaugural. Factores como a proxi-midade geográfica entre os dois países e a sustentada evolução da economia mar-
roquina explicam, em parte, a grande ade-são. [ver caixa]
Ao longo dos quatro dias do certame, foram muitas as manifestações da abertu-ra deste mercado à oferta portuguesa. Em altura de balanço, os empresários partici-pantes comprovam isso mesmo.
Segundo Vítor Hugo, director geral da Euroverniz, a sua empresa “considera-se
privilegiada por ter recebido no seu stand, só num dia, mais de 100 simpáticos po-tenciais clientes ou colaboradores com interesses no ramo e com conhecimentos técnicos bastante elevados, o que permi-tiu discutir pormenores importantes para a realização de negócios futuros.”
No que toca à participação con-junta organizada pela ASSOCIATIVE DE-SIGN®, Rosário Úngaro, directora comercial da Osnofa, afirma que exporem “integra-dos na Casa Ideal Marroquina foi, sem dúvida, uma mais-valia a nível logístico e, até, a nível emocional”. “Sentimo-nos bastante apoiados”, completa.
“CRIAçãO DE vAlOR PARtIlhADO” Dos muitos visitantes que pas-
saram pela Casa Ideal Marroquina, desta-cam-se, entre outras, as presenças de Elid Mahssousi, secretário-geral do Ministério
Proximidade geográfica e sustentada evolução da
economia marroquina explicam a grande adesão
internacionalização
A Direcção e Colaboradores da AIMMP, desejam-lheBoas Festas e um Próspero Ano Novo!
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maRRoCos aqui tÃo peRto
Marrocos conjuga dois ingredientes basilares para se destacar como um mercado de potencial inquestionável para Portugal: a proximidade geográ-fica e a sustentada evolução económica. Considerada a 6.ª maior economia de África, este país apresenta um crescimento de consumo na ordem dos 5% ao ano e um aumento das importações a rondar os 20% anuais. Dos cerca de 32 milhões de habitantes - onde se inclui uma classe média emergente, com apetência para o consumo - 5 a 10% tem razoável poder de compra. Outros números animam os empresários nacionais que pretendam entrar no mercado marroquino: dados do AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) indicam que as exportações portuguesas para Marrocos aumentaram, entre 2004 e 2008, 129,3 milhões de euros. Fernando Rolin, presidente da aimmp, destaca: “O tempo de voo de Lisboa a Casablanca é praticamente igual ao de Lisboa a Madrid, só que este último mercado está já saturado.” O dirigente associativo realça, também, que “a grande abertura dos marroquinos às tendências ocidentais e, consequentemente, aos produtos portugueses” – factores que poderão tornar mais fáceis os negócios entre ambos os países.
do Comércio Externo, Benayad Mohamed, secretário geral do Conselho Nacional do Comércio Externo, e de João Rosa Lã, em-baixador de Portugal em Marrocos.
Airemármores, Boca do Lobo, CCastro Lighting, Cordeuropa, Cormar, Designers-pad, Dimensão, Euroverniz, Fenesteves, Frasa, Glamm Fire, IMOC, Jetclass, Levira, Meireles Mobiliário, Megastone, MJG, Mo-belco, More Contract by J. Moreira da Silva, Munna, Mundo Têxtil, Mundos Perdidos, NG Oficina de Porcelanas, OAT, Osnofa, Paulo Coelho, Villa Lumi e Vista Alegre foram as marcas apoiadas pela aimmp, quer atra-vés da marca ASSOCIATIVE DESIGN®, quer do seu projecto de internacionalização, o INTERWOOD.
A Casa Ideal Marroquina contou, ain-da, com o apoio das empresas Carpicruz, Castro&Filhos e Novembro. A decoração esteve a cargo de Alcina Monteiro e de Ri-cardo Magalhães.
Maria Fernanda Carmo, secretária geral da Associação, volta assim a reafir-mar: “Orgulhamo-nos do facto de termos conseguido reunir as melhores marcas portuguesas sob a criação de valor parti-lhado.”
internacionalização
10
informação económica
Conjuntura económica
Economia mundial continua a dar sinais de recuperação
Segundo o Relatório de Conjuntura Económica, elaborado pela Confederação Portuguesa da Indústria (CIP), as previsões para Portugal apontam para uma recuperação muito ligeira da actividade económica. A taxa de Desemprego deverá manter-se em 2010 e sofrer uma
diminuição de 9% para 8,9% em 2011. também os dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) revelam sinais crescentes de estabilização na economia norte-americana
estados unidos da améRiCaSegundo dados divulgados pelo FMI, a
economia norte-americana mostra sinais crescentes de estabilização. No 3.º trimes-tre de 2009, as vendas a retalho diminuí-ram 6,7%, a produção industrial diminuiu 9,7% e a taxa de utilização da capacidade produtiva da indústria recuperou, ainda que ligeiramente, para 70%. Em Outubro de 2009, a taxa de desemprego ultrapas-sou os dois dígitos (10,2%), facto que não se verificava desde 1983.
uniÃo euRopeiaDe acordo com as mais recentes previ-
sões da Comissão Europeia, depois da que-da de -2,9% do PIB em 2009, para 2010 e 2011 as projecções são de 0,3% e 1%.
No que toca à taxa de desemprego, esta deverá ultrapassar a “barreira” de 10% em 2010 e manter-se assim ainda em 2011, quer na UE quer na zona euro. Importa sa-lientar que, em Setembro deste ano, a taxa de desemprego ficou pelos 9,2% na União Europeia e 9,7% na área do euro.
A apreciação do euro face ao dólar dos EUA (valores médios), que teve início em Março de 2009, continuou em Outubro: a taxa de câmbio registada neste mês foi de 1.4816 dólares dos EUA por 1 euro.
poRtuGaLPara o nosso país, o Relatório de Conjun-
tura Económica de Novembro, elaborado pela CIP, prevê uma muito ligeira recupe-ração da actividade económica em 2010 (+0,3%), após uma quebra de 2,9% em 2009. Em 2011, espera-se uma subida do PIB de 1%.
Numa altura em que o país enfrenta uma situação de défice excessivo (acima de 3% do PIB), a Comissão Europeia propôs a sua correcção até 2013. Assim, o défice orça-mental deverá situar-se abaixo dos 3% em 2013, o que se traduz num ajustamento or-çamental estrutural de cerca de 1,25% por ano, ao mesmo tempo que qualquer melho-ria na situação orçamental deve ser utiliza-da para a redução do défice e da dívida.
A produção industrial registou uma
variação homóloga de -6,7%; a sec-ção das Indústrias Transformadoras continuou a apresentar quebras mas, pelo terceiro mês consecutivo, es-sas quebras são de apenas um dígito. O volume de negócios da indústria diminuiu -12,2%: esse indicador para o mercado na-cional e para o mercado externo registaram variações de -11,3% e de -13,8%, respecti-vamente.
Em Outubro de 2009, o indicador de con-fiança dos consumidores aumentou mas de forma menos expressiva que nos meses anteriores. Ainda assim, registou o valor mais elevado desde Junho de 2007. Tam-bém o indicador de confiança da indústria transformadora recuperou, prolongando, desta forma, o movimento ascendente que se observa desde Março deste ano.
No que diz respeito à taxa de desempre-go, em 2010, esta será, previsivelmente, igual à de 2009 (9%), descendo para os 8,9% em 2011. Dados do Eurostat indicam que este índice tem apresentado alguma estabilidade nos últimos meses.
12
informação económica
À luz da crise económica global, o sector da madeira foi obrigado a tomar medidas adequadas para salvaguardar o seu futuro e competitividade. Na maioria dos casos, fazer frente à crise implicou sérios constrangimentos na produção através de medidas como a redução de turnos e a redução de custos.Na União Europeia, são muitas as reacções dos seus membros ao actual panorama económico. Alguns, por exemplo, reduziram os impostos na área da construção ou na substituição de mobílias e passaram a conceder incentivos fiscais no que respeita aos trabalhos de renovação. Não se espera que esta situação de reduzida actividade se altere neste último trimestre de 2009 nem nos primeiros meses de 2010. Ainda assim, existe confiança no futuro da madeira, particularmente tendo em conta as vantagens oferecidas por esta matéria-prima, numa altura em que o debate em torno das alterações climáticas está na ordem do dia.
Impactos na Fileira de Madeira e Mobiliário
Comissão Europeia - Previsões de Outono/2009 UE e área do euro - PIB (taxa de crescimento real, %)
Comissão Europeia - Previsões de Outono/2009UE e área do euro - PIB (taxa de crescimento real, %)
0,8
-4,1
0,7
1,6
0,6
-4,0
0,7
1,5
-5,0
-4,0
-3,0
-2,0
-1,0
0,0
1,0
2,0
2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011
UE Área do euro%
Segundo Joaquín Almunia, Comissário para os Assuntos Económicos e Monetários, “a economia da UE está a sair da recessão. Isso deve-se, em muito, às ambiciosas medidas adoptadas por governos, bancos centrais e pela UE, que não só impediram o colapso do sistema (financeiro) como permitiram o arranque da recuperação”.
A taxa de desemprego deverá ultrapassar a “barreira” de 10% em 2010 (e manter-se assim ainda em 2011) quer na UE quer na área do euro.
- Em Setembro/2009, a taxa de inflação média anual continuou a diminuir quer na UE quer na área do euro; os valores registados foram 1.4% e 0.8%, respectivamente.
Índice Harmonizado de Preços no Consumidor(variação média dos últimos 12 meses)
3,4 3,33,1
2,92,7
2,52,1
1,81,4
1,10,8
3,7 3,73,5 3,4
3,23,0
2,72,4
2,11,8
1,4
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
Nov-
08
Dez
-08
Jan-0
9
Fev-
09
Mar
-09
Abr-
09
Mai
-09
Jun-0
9
Jul-
09
Ago-0
9
Set
-09
%
Área do euro UE
- Em Setembro/2009, a taxa de desemprego foi de 9.2% na UE e de 9.7% na área do euro. Dada a sua expressividade, importa salientar que, em
CIP – Confederação da Indústria Portuguesa Conjuntura Económica – Novembro 2009
2/8
Taxa de desemprego
- Em Outubro/2009, o indicador de confiança dos consumidores aumentou mas de forma menos expressiva que nos meses anteriores; no entanto, registou o valor mais elevado desde Junho/2007. Este indicador tem vindo a registar, desde Abril/2009, um forte movimento ascendente.
O indicador de confiança da indústria transformadora recuperou, prolongando, desta forma, o movimento ascendente que se observa desde Março/2009.
- Segundo o Eurostat, a taxa de desemprego tem apresentado alguma estabilidade desde Maio/2009; em Setembro/2009 foi de 9.2%.
Taxa de desemprego
9,0
9,1
9,2 9,2 9,2
9,1
9,2
8,5
8,8
9,0
9,3
9,5
Mar-09 Abr-09 Mai-09 Jun-09 Jul-09 Ago-09 Set-09
%
- Comparando o período Julho/2009-Setembro/2009 com o período homólogo de 2008, as saídas e as entradas de bens diminuíram 17.5% e 20.4%, respectivamente; esta evolução levou a um desagravamento da balança comercial de cerca de 1.5 mil milhões de euros.
- No trimestre terminado em Setembro/2009 (face ao trimestre homólogo do ano anterior), o valor das novas encomendas recebidas pela indústria registou uma quebra de 27%; as novas encomendas com origem no mercado nacional também diminuíram (-21.5%), mas de forma menos intensa que a registada nas novas encomendas com origem no mercado externo (-32.4%).
CIP – Confederação da Indústria Portuguesa Conjuntura Económica – Novembro 2009
6/8
Fonte: CIP – Confederação da Indústria PortuguesaConjuntura Económica – Novembro 2009
PME Exportadoras
Governo lança fundo de 250 milhões
OGoverno aprovou medidas para a concretização da estratégia de internacionalização da eco-nomia nacional, nomeadamen-
te para aumentar as exportações, estimu-lar o crescimento económico, promover a renovação da base produtiva e reduzir o défice externo.
É disso exemplo um fundo de 250 mi-lhões de euros para apoiar operações de desenvolvimento das PME em mercados internacionais e o Programa Inov-Export, destinado a apoiar a inserção, numa pri-meira fase, de 500 jovens especialistas em comércio internacional em PME expor-tadoras ou potencialmente exportadoras, e atingir, em fases subsequentes, a meta de inserção de 1500 quadros.
Foram também criadas 14 Lojas da Ex-portação dedicadas a fornecer apoio técni-co às empresas exportadoras ou potencial-mente exportadoras, bem como o Conselho Coordenador para a Internacionalização, que será presidido por Francisco van Zeller.
13
Na era da informação e das novas tecnologias é quase impensável não ace-der, diariamente, à Internet e, através dela, participar, por exemplo, em redes sociais e trocar correio electrónico. Mas a sua utili-zação no local de trabalho levanta várias dúvidas ao empregador. Para as minimizar, a presente edição do Indústrias de Madeira apresenta algumas considerações sobre o artigo 22.º do Código do Trabalho, alusivo à utilização da Internet em contexto laboral.
Dispõe o referido Artigo, no seu n.º 1 que “o trabalhador goza do direito de re-serva e confidencialidade relativamente ao conteúdo das mensagens de natureza pessoal e acesso a informação de carác-ter não profissional que envie, receba ou consulte, nomeadamente através do cor-reio electrónico”.
Afirma-se assim, como regra geral, que se encontra vedado ao empregador o aces-so ao conteúdo de todas as mensagens de carácter não profissional que o trabalhador receba, envie ou consulte, a partir ou no lo-cal de trabalho.
Tal regra se aplica a todas as formas de
comunicação: missivas, correio electrónico, comunicações telefónicas e até à consulta de sítios na Internet.
Embora tal preceito se traduza num re-forço da primazia do direito à reserva da vida privada que assiste ao trabalhador, o disposto no n.º 2 do referido artigo pretende conciliar o mesmo com o princípio da liber-dade de gestão e organização empresarial que assiste ao empregador, ressalvando que “o disposto no número anterior não prejudica o poder de o empregador esta-belecer regras de utilização dos meios de comunicação na empresa, nomeadamen-te do correio electrónico”.
Como deFiniR ReGRasÉ, deste modo, conferida ao empre-
gador a legitimidade para definir quais as regras de utilização dos meios de comuni-cação e das tecnologias de informação no local de trabalho, nomeadamente através da imposição de limites, tempos de utiliza-ção, filtragem de acessos ou definição de sítios vedados aos trabalhadores.
Importa, contudo, definir de que for-
ma pode o empregador o fazer e até que ponto.
No que se refere à forma, é consensual na Doutrina, e recomendado pela Comis-são Nacional de Protecção de Dados, que o empregador estabeleça, em Regulamento Interno, tanto as regras de utilização como o tipo de controlo efectuado e as eventu-ais consequências a aplicar ao trabalhador que incorra em incumprimento, por forma a garantir a boa publicidade e o pleno conhe-cimento por parte de todos os envolvidos.
No entanto, e ainda que seja legítimo ao empregador impor tais restrições, o mesmo não poderá aceder ao conteúdo das mensagens transmitidas ou recebidas, utilizando-as enquanto prova da infracção disciplinar.
Já no que toca à possibilidade de fisca-lização e controlo por parte do empregador, importa salientar que apenas será admis-sível um controlo realizado de forma alea-tória, com carácter geral e não individuali-zado. [Para mais informações, consulte o departamento jurídico da aimmp através do e-mail [email protected]]
Novas tecnologias da informação
O uso da Internet no local de trabalhoQuais as implicações do uso das tecnologias de informação no contexto laboral?
Pode o empregador facultar como instrumento de trabalho o uso da Internet mas controlar a
forma como o trabalhador a utiliza? E, em caso afirmativo, até que ponto? Como restringir e
fiscalizar a utilização da mesma? A estas questões vamos procurar dar resposta nesta edição
informação jurídica
C riada em 1953, a actividade inicial da Madeca consistiu no fabrico de madeira para caixas e madeiras de construção e
carpintaria. Em 1958, a empresa cria um escritório em Lisboa para dar apoio às áre-as comercial e produtiva.
Anos mais tarde, e devido ao aumento da procura, interna e externa, expande-se e abre uma filial em Salvaterra de Magos, cuja produção viria a destinar-se quase ex-clusivamente ao mercado interno.
Já na década de 1970 surge o negócio da madeira serrada para paletes, que, 20 anos mais tarde, viria a ganhar expressão na produção da Madeca.
Estes foram alguns dos passos que conduziram esta associada da aimmp a um presente de sucesso, nunca esquecen-do o saber de várias gerações.
Para o administrador da empresa, Pau-lo Verdasca, a actividade desta é “feita de equilíbrios”. “por um lado, as linhas auto-máticas para produção de paletes stan-dard; por outro, as linhas de produção mais flexíveis, que permitem executar formatos especiais. De um lado, o abaste-cimento do mercado interno e, de outro, a exportação e a procura de novos desti-nos”, explica.
França, Holanda, Reino Unido e paí-
ses do Médio Oriente constituem, aliás, os principais mercados de exportação da em-presa.
ResponsaBiLidade amBientaLDe olhos postos no futuro, os respon-
sáveis pela MADECA vêem o respeito pelo ambiente como algo fundamental.
Paulo Verdasca acredita mesmo que, “no futuro, não vai haver lugar para em-presas que não tenham a sua actividade configurada em harmonia com a nature-za”.
O empresário defende, ainda, que “a in-dústria pode e deve ser a principal defen-sora do ambiente” e que conceitos como eficiência e sustentabilidade são “impera-tivos para a sua sobrevivência”.
E, neste campo, muito pode ser feito: gerir e optimizar os consumos de energia, aproveitar tudo (usar subprodutos e resídu-os como recursos) e reduzir as emissões, entre outros.
A ocupar, igualmente, o cargo de presi-dente do Comité Executivo da FEFPEB, a fe-deração europeia do sector, Paulo Verdasca considera que “a situação dos produtores de paletes e embalagens de madeira é a mesma da indústria em geral”, visto que aqueles produzem para todas as outras unidades.
Madeca - Madeiras de Caxarias, Lda.
Indústria inovadora e amiga do ambiente
Com uma história já longa,
a madeca é uma das poucas
empresas totalmente
verticalizadas na Fileira
Florestal. as suas actividades
incluem a exploração florestal,
a serração, a produção de
paletes e embalagens de
madeira e, também, os
serviços de reparação e
gestão associados a estas.
Além de florestas próprias,
a empresa conta com duas
unidades fabris, situadas
em Caxarias e Salvaterra de
Magos
associado n.º 183 | Apartado 1 - Caxarias Norte - 2436-909, VN de Ourém | telf. 249 570 000 | www.madeca.pt
empresa do mês
15
FEIrA F dATA F LOCAL F WEb F
MOBILIáRIO e DECORAÇÃO f
IFFS 9 a 12 de Março Singapura, Singapura www.iffs.com.sg
FERIA DEL MUEBLE DE YECLA 9 a 13 de Março Yecla, Espanha www.feriayecla.com
MOBILIARIA'10 10 a 13 de Março Sevilha, Espanha
MOVELSUL BRASIL 22 a 26 de Março Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, www.movelsul.com.br
CASA PASARELA 24 a 27 de Março Madrid, Espanha www.ifema.es
FURNITURE 25 a 28 de Março Vilnius, Lituânia
GREATER ROCHESTER HOME 26 a 28 de Março Rochester, USA www.homeshowrochester.com
IDEAL HOME SHOW 27 de Março a 11 de Abril Londres, UK www.idealhomeshowscotland.co.uk
INTERIORS UAE 29 a 31 de Março Abu Dhabi, EUA www.interiorsuae.com
HIA : HOME IDEAS SHOW 7 a 11 de Abril Melbourne, Austrália www.hiahomeideasshow.com.au
MOBITEX 13 a 17 de Abril Brno - República Checa www.bvv.cz/mobitex-gb
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO f
SICO 18 a 21 de Março Instituto Ferial de Vigo, Espanha www.feriadelaconstruccion.es
BUILDINT KENYA 2010 27 a29 de Março Nairobi, Kenya www.growevent.com/buildkenya
MOSBUILD 31 de Março a 3 de Abril Moscovo, Rússia www.mosbuild-expo.com
SALONE INTERNAZIONALE DEL 14 a 19 de Abril Milão, Itália www.cosmit.it
CONSTRULAN 14 a 17 de Abril Bilbao, Espanha www.construlan.com
INDÚSTRIA DE MADEIRA f
TECHNOMEBEL 23 a 27 de Março Sofia, Bulgária dev.bulgarreklama.com
EXPOBOIS 24 a 27 de Março Paris Villepinte, França www.expobois.net
EXPOFOREST 24 a 27 de Março Santa Cruz de la Sierra, Bolivia www.fexpocruz.com.bo/expoforest
DUBAI WOODSHOW 2010 13 a 15 de Abril Dubai Airport Expo www.dubaiwoodshow.com
DREMA 13 a 16 de Abril Poznan, Polónia www.drema.pl
EUROPARKET 2010 25 a 27 de Abril Kortrijk, Bélgica www.europarket.com
TECHNIBOIS 28 a 30 de Abril Québec, Canada www.technibois.com
FUNERáRIAS f
TANEXO 26 a 28 de Março Bologna, Itália www.tanexpo.com
OUTRAS FEIRAS f
ECOBUILD 2010 2 a 4 de Março Earl's Court, Londres www.bpcc.pt
KITCHEN & BATH EXPO 9 a 12 de Março São Paulo, Brasil www.kitchenbathexpo.com.br
KBB 21 a 24 de Março Birmingham, UK
DOMOTEX CHINA 23 a 25 de Março China www.domotexasiachinafloor.com
STROIKO 2000 24 a 30 de Março Sofia, Bulgária www.stroiko2000.com
EUROCUCINA 14 a 19 de Abril Rho, Milano, Itália www.cosmit.it
SALONE INTERNAZIONALE DEL 14 a 19 de Abril Rho, Milano, Itália www.cosmit.it
SALONEUFFICIO 14 a 19 de Abril Rho, Milano, Itália www.cosmit.it
programas & eventos
pRojeCtos e iniCiativas ÚLtimas aCÇões ReaLiZadas pRÓXimos passos
PASIMM - Plano de Apoio ao Sector das Indústrias de Madeira e Mobiliário
Envio de cartas ao novo Governo para felicitações e comunicação da posição da aimmp face aos governantes que tomaram posse.
Envolvimento dos vários Ministérios do Governo com intervenção no sector nas várias iniciativas da aimmp, a fim de fomentar o diálogo, sensibilizando e responsabilizando para as medidas e os apoios necessários; Esclarecimentos aos associados para acesso aos apoios disponíveis.
Estudo das Serrações - Plano Estratégico de Reestruturação e Modernização da indústria de 1.º transformação
Realização de sessão pública para apresentação das conclusões do Estudo das Serrações, sua divulgação ao sector pelos media, publicação do documento para consulta no site da aimmp e envio do mesmo para o Ministro da Agricultura.
Realização de reuniões com o Ministério da Agricultura e outros agentes envolvidos (produtores florestais, produtores de pellets, associações, entre outros), para implementação das medidas defendidas no Estudo; Esclarecimentos aos associados para acesso aos apoios disponíveis no PRODER.
INtERWOOD (internacionalização)Organização da participação individual de empresas na feira Portugal Expo, em Marrocos.
Divulgação de Estudos de Mercado; Organização de reuniões com as empresas participantes nas feiras 2009 para follow up; Organização da participação individual de empresas na Funergal (Espanha) e na Interiors Birmingham (Reino Unido); Organização de Missão Empresarial a Argentina & Chile.
COOPERWOOD (cooperação)Participação da ASSOCIATIVE DESIGN® na Portugal Expo, em Marrocos; Apresentação de candidatura para 2010 ao SIAC.
Divulgação das acções aprovadas pelo SIAC ao sector; Organização da participação da ASSOCIATIVE DESIGN® na feira Interiors Birmingham (UK).
CONSUltWOOD (consultadoria)
Divulgação e esclarecimentos ao sector sobre o projecto em causa e respectivos apoios de que pode beneficiar; Apoio na elaboração de candidaturas individuais ao QREN e submis-são das mesmas a concurso.
Divulgação de abertura de novos concursos ao QREN e apoio na elaboração e submissão de candidutas; Acompanhamento dos projec-tos em execução.
FORMWOOD (formação)Realização do 6.º seminário da Acção Individualizada e do 2.º workshop da Acção Padronizada.
Organização do 7.º seminário da Acção Indivi-dualizada, relativo ao tema Inovação, entre os dias 29 e 30 de Janeiro; e do 3.º workshop da Acção Padronizada, entre 8 e 9 de Janeiro.
pRojeCto anGoLa
Divulgação do projecto pelo presidente da aimmp na conferência Habitação em Angola: Desafios e Oportunidades, a convite da Câma-ra de Comércio e Indústria Portugal - Angola.
Preparação da iniciativa Rua da Amizade, para a Constrói Angola, em 2010.
Competir, exportar e superar a crise com a AIMMPConheça, passo a passo, os projectos e as iniciativas que a sua Associação desenvolve em prol da Fileira de Madeira e Mobiliário.
programas & eventos
URUGUAY
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