Boletim OTCM n.º 3 - Dezembro 2011

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    ObservatriO dO turismO

    da cidade de maPutON.3 DeZeMbRo.2011Mais de 80% pretendevoltar a Maputo

    Ecoecincia a todo ovapor nos hotis

    Turistas que maisvisitam Maputo tmentre 25 a 44 anos

    Maputo

    Oportunidades de

    desenvolvimento dosvnculos econmicoscom as economias locais

    Nmero detrabalhadores aumentanas reas de conservao

    Meeting o the EUTrade Of cials em

    Maputo

    MoaMbique

    MuNDo

    Captar turistasbrasileiros poder seruma boa aposta

    Turismo europeu crescee supera expectativas

    OMT prev 1.800milhes de turistas em2030

    h://srvrm.lgs.cm/

    Prioridades do Turismopara 2012

    A Educao e a ormao prossionalassim como a atraco de investimentosassumem-se, no sector do turismo, comoos grandes enoques para o ano de 2012.

    A ideia promover cada vez mais a espe-cializao dos recursos humanos atravsdo uso de unidades mveis, centros ouescolas instaladas, e prosseguir com osesoros encetados no que diz respeito atraco de investimentos para zonas deinteresse turstico.Urge ormar e atrair investimentos, maspara 2012 o Ministrio do Turismo pe-remptrio em deender a promoo doturismo domstico; a divulgao da Mar-ca Moambique; a introduo do licen-ciamento electrnico e da plataorma doturismo; e a mobilizao de recursos paraa construo de trs escolas de hotelaria eturismo almejadas h muito pelos ope-radores tursticos. Alis, s o conjunto dasagncias de turismo precisa de 500 pros-sionais.

    A palavra de ordem associada ao novoano passa tambm pelo desenvolvimentointegrado, sendo que em alta continuam aestar o Projecto ncora (nas provncias deMaputo, Inhambane, Zambzia e Nampu-la) e o Projecto Arco Norte (nas provnciasde Nampula, Niassa e Cabo Delgado), queprocuram maiores injeces de investi-mento.Por outro lado, o ministro do Turismo,Fernando Sumbana, deende o carrinhode trs rodas compostas pelo Sector P-

    blico, Privado e Sindicato. Uma estratgiaque az todo o sentido se se tiver em contaque a parceria pblico-privada (PPP) qued vida ao Observatrio do Turismo daCidade Maputo (OTCM) tem vindo a dar

    os seus rutos, no s em termos de inor-maes de inteligncia de mercado comoda promoo de sinergias.No obstante, e diante das metas traa-das para o desenvolvimento sustentvel,torna-se imprescindvel desenvolver a ma-terializao da quarta roda do carrinho doturismo com a adeso das comunidades.Neste momento, a demanda turstica parao nosso Pas considerada alta. Mas o gr-co no se manter constante nem emase ascendente ao longo de 2012. Nessesentido, o apelo do MITUR vai para queem conjunto quebremos a sazonalidadeturstica; aumentemos o volume de che-gadas tursticas internacionais e, ao mes-mo tempo, a quota de viagens internas,actuando na estratgia de diversicaode produtos e servios tursticos.Torna-se premente incluir pacotes de tu-rismo domstico (ao bom estilo do vpara ora c dentro), atravs da promo-o de excurses para destinos histrico-

    -culturais dentro do Pas. Ser uma boaorma de instigar o turismo de rias, oturismo juvenil, numa orte parceria como sector de alojamento e transportes. Sassim conseguiremos reduzir a sazona-lidade das actividades tursticas e renta-bilizar os meios e equipamentos dispon-

    veis. Adicionalmente, e como os turistasviajam na sua maioria sozinhos, de acordocom o Estudo de Satisao levado a cabopelo Observatrio, seria igualmente im-portante estimular o turismo em amlia

    bem como captar o turismo snior que seencontra em ranca expanso na Europae nos EUA.

    Bom Ano Novo!

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    dezembro.2011 ObservatriO dO turismO da cidade maPutO

    Maputo

    Ecoecinciaa todo o vapor nos hotisNo mbito do Projecto de Valorizao da E-cincia do Uso de Recursos e Produo MaisLimpa (ERP+L) na indstria hoteleira em Mo-ambique, no sector da acomodao e sua

    cadeia de valores de ornecimento, realizou-seum seminrio de apresentao de resultadosdas Auditorias de P+L conduzidas em sete ho-tis das cidades de Maputo e Matola.

    A iniciativa decorreu da continuidade dostrabalhos realizados nos hotis, entre 2010 e2011, e participaram activamente do projec-to o Ministrio para a Coordenao de Ac-o Ambiental (MICOA), atravs da DirecoNacional de Gesto Ambiental (DNGA) e doCentro Nacional de Produo Mais Limpa(CNPML), em colaborao com a Direco

    Nacional de Turismo (DNATUR) do Minist-rio do Turismo (MITUR), e com o apoio daUNIDO (Organizao das Naes Unidas parao Desenvolvimento Industrial).No Seminrio, a UNIDO, o MICOA e o MITUR

    organizaram uma cerimnia de premiaodos hotis com boas prticas de conservaodos recursos, melhor desempenho ambientale cometimento na implementao do Projec-

    to, a 3 de Novembro.Nos dias 7 e 8 do mesmo ms, iniciou a se-gunda ronda de Capacitao dos Tcnicos deHotis em ecincia do uso de recursos, Pro-duo Mais Limpa e Responsabilidade Socialpara numa ase posterior se poder arrancarcom as auditorias nos respectivos empreen-dimentos.O Observatrio do Turismo da Cidade deMaputo, que se ez representar em ambos oseventos e no sentido de mobilizar e convidarmais hotis da Cidade de Maputo para inte-

    grarem o Projecto, inorma que os custos departicipao no Projecto, incluindo as audito-rias, so cobertos pela UNIDO e que os hotisdevem ser de 3 Estrelas para cima; ter ummnimo de 50 camas e possuir uma piscina.

    Indicadores Tursticos da Demanda - Destino Maputo

    2008 2009 2010 2011*Nmeo de Tuistas 294.698 333.000 357.310 382.320

    Nacionais 40% 44% 44% 47%Estangeios 60% 56% 56% 53%

    Pemanncia Mdia 3 3 4 7

    Gasto Mdio po dia (USD) 95 95 106 123**

    Taxa de Ocupao Hoteleia 39.5% 44.3% 53,8% -

    Contibuio ao PIB de Maputo (USD) $ 95 M $ 151 M $ 187 M

    Geao de Empego Diecto 3.880 4.000 4.116 4.239

    * Pojeco Obsevatio ** Estimativa Intecampus

    Mais de 80%pretendevoltar aMaputo

    Segundo o Estudo de Satisaoao Turista na Cidade de Mapu-to, levado a cabo pelo Obser-

    vatrio do Turismo da Cidadede Maputo, 80% dos turistasestrangeiros tencionam voltar cidade de Maputo aps a sua vi-sita, contra 89% dos nacionais.Quais so as razes invocadaspara o retorno?Para 42% dos turistas vindos deora a razo prende-se sobretu-do com a oportunidade de ce-lebrar negcios e para 35% dosmesmos a questo motivadapelo gozo de rias. J os nacio-

    nais pretendem retornar ca-pital de Moambique em maiorpercentagem (51%) para passaras suas rias e 34% dos mesmosdevido a actividades de passeioe turismo.Face questo colocada sobrese recomendaria a algum uma

    visita cidade de Maputo?, 92%de estrangeiros e 97% dos nacio-nais respondem armativamen-te um dado que nos enche de

    orgulho e que nos motiva aindamais no sentido de transormarMaputo num destino de eleio.Para tal, as sinergias inter-paressero cruciais!

    Paticipantes do seminio de apesentao de esultados das Auditoias de P+L, que foam conduzidas em sete hotisdas cidades de Maputo e Matola.

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    Maputo

    Investimentostursticos

    atingemReservaEspecial deMaputo

    As zonas tursticas de Dobela e Mili-bangalala, localizados na Reserva Es-

    pecial de Maputo (REM), iro bene-ciar de um investimento calculadoem mais de 100 milhes de dlaresnorte-americanos.

    A ponta de Milibangalala a que ab-sorve a maior atia do investimento,com 90 milhes de dlares. O mon-tante ser aplicado na construo deum hotel de cinco estrelas que incluiuma sala de congressos, restauran-tes e bungalows. Sero construdasainda residncias de ocupao tem-porria e um centro de actividadesdesportivas e saaris.Por seu turno, a Ponta de Dobela,com 10 por cento do investimento(10 milhes de dlares) ir beneciarde um projecto que compreende aimplantao de Chalets, entre outrasaces de apoio s actividades pre-

    vistas na REM.O projecto, em ase de estudo, desen-

    volvido pela Mozaico do ndico, uma

    empresa participada por entidadesestatais e orientada para a promooe gesto das oportunidades de investi-mento no sector do turismo.Para a concretizao dos projectosoi assinado o contrato de concessodas reeridas zonas tursticas, entreo Ministrio do Turismo e a Mozaicodo ndico. Na ocasio, o ministro doTurismo, Fernando Sumbana, desta-cou as recentes medidas promovidaspelo Governo na vertente humana,

    entre as quais a consignao de 20por cento das receitas geradas nosparques e reservas para as comuni-dades locais.

    Turistas viajam mais sozinhosAo perl do visitante que acorre cidadede Maputo junta-se ainda a particulari-dade de que a maioria dos indivduos,

    inquiridos no mbito do I Estudo de Sa-tisao ao Turista na Cidade de Maputo,desloca-se em viagem sozinho. Alis, 59%dos estrangeiros e 76% dos nacionaisacorrem a Maputo sem a companhia dealgum.

    A percentagem dos que que viajam coma amlia ainda pouco expressiva (19%dos estrangeiros e 16% dos nacionais), o

    que nos leva a crer que se os pacotes tu-rsticos ossem cada vez mais orientadospara o segmento amiliar, os operadores

    tursticos iriam ser capazes de captaruma maior atia de turistas.Outro acto curioso que apesar de 30%dos visitantes estrangeiros vir cidadede Maputo no intuito de estabelecer ne-gcios, constata-se que apenas 4% dosmesmos vm em grupo de negcios. Ouseja, uma vez mais, a deslocao e esta-dia so eitas em regime individual.

    Turistas que mais visitamMaputo tm entre 25 a 44 anosDe acordo com o Estudo de Satisaoao Turista na Cidade de Maputo, realiza-do pelo Observatrio do Turismo com oapoio tcnico da empresa de estudos demercado Intercampus, a camada etriados estrangeiros que mais visitam a cida-de de Maputo corresponde que vai dos35 aos 44 anos (36%), logo seguida do es-calo dos 25 aos 34 anos (29%).Quanto aos turistas domsticos ou visitan-tes nacionais a proporo inverte-se de al-gum modo, sendo que 40% dos inquiridos

    que visitam a capital pertencem camadaetria que vai dos 25 aos 34 anos, e 28% soos que possuem entre 35 e 44 anos.No undo, mais de 60% dos entrevistadosque viajam at Maputo representam aconsiderada idade activa. Mas, enquan-to os estrangeiros vm a Maputo maisorientados para o desenvolvimento denegcios (30%), os nacionais acorrem cidade para visitar os amiliares e amigos(34%) e no sentido de gozarem as suasmerecidas rias (33%).Tendo em conta que em determinadospontos do globo, como na Europa e nosEstados Unidos da Amrica, j se promo-

    ve imenso aquilo que se chama de turismo

    snior. Ou seja, um turismo mais vocacio-nado para uma camada etria mais idosa.Seria interessante poder intensicar aaposta num pblico-alvo mais velho ecom uma tranquilidade nanceira su-ciente para poder car mais tempo nacidade, e ao ponto de aumentar a per-centagem de visitantes que se quedamentre os 26% dos estrangeiros e os 15%dos nacionais com mais de 45 anos. Eisum desao que o Observatrio lana aosactores tursticos bem como ao prprioGoverno em termos estratgias de pro-moo e marketing.

    59% 19% 12% 4% 6%

    76% 16% 6%

    sozinho famlia amigos grupo negcios grupo turismo

    Fonte: Obsevatio do Tuismo da Cidade Maputo

    8%

    18%

    36%

    28%

    10%

    4%

    11%

    28%

    41%

    16%

    55 ou mais

    45-54

    35-44

    25-34

    16-24

    Fonte: OTCM

    Estangeios Nacionais

    ESTrANGEIrOS

    NACIONAIS

    2%

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    MoaMbique

    O crescimento do turismo em Moambiquee as oportunidades de desenvolvimento dosvnculos econmicos com as economias locais

    As estatsticas ociais indicam que o nmero de chegadasinternacionais ao Pas tem estado a crescer progressiva-mente. Os investimentos no Turismo tambm demons-tram um crescimento considervel, colocando o sectorno quarto lugar no conjunto dos investimentos directosestrangeiros registados em Moambique nos ltimos 6anos. Por outro lado, o recente enmeno da nossa econo-mia relacionado com a descoberta e incio de exploraode carvo mineral, gs e petrleo tem vindo a contribuirpara o aumento do trego de pessoas a nvel interno, paraalm de que as relaes econmicas do mercado internoe as actividades relacionadas com a administrao nacio-nal contribuem para que cada vez mais moambicanos

    viagem pelo Pas.A oerta turstica em termos de servios de alojamento(quartos) e similares (restaurantes) tem tambm regis-tado aumentos progressivos. No entanto, nota-se aindauma raca ligao entre o crescimento das actividades deturismo e a resposta das economias locais crescente de-manda de produtos e servios a incorporar na Cadeia de

    Valor do Turismo como ornecimentos locais de terceiros.O turismo como actividade econmica tem um grandepotencial de estimular a capacidade empresarial local de-

    vido ao acto de exigir um vasto leque de servios e pro-dutos undamentais para a prestao de servios de alo-

    jamento, restaurao e actividades que tirem partido dosatractivos locais como programas tursticos, o que cons-titui em ltima anlise a essncia do negcio do Turismo.Os produtos hortcolas e a respectiva cadeia de produo

    e ornecimentos proporcionam grandes oportunidadesde incluso de pequenos e mdios produtores, mas sernecessrio introduzir novos produtos que respondams necessidades de servios de restaurao de qualida-de internacional. Servios de segurana e manuteno,lavandarias e outros podem ser contratados em regimede outsourcing pelos hotis. O desenvolvimento de ne-gcios ligados s actividades nuticas, pesca de lazer, oartesanato, os espectculos culturais, o teatro, as agnciasde turismo receptivo, os operadores de programas locais,o turismo de habitao, entre muitas outras actividades,azem parte de um grande universo de negcios comgrandes oportunidades de incluso na Cadeia de Valor do

    Turismo.Torna-se necessrio entender que todas as pesquisas rea-lizadas sobre a Cadeia de Valor do Turismo tm demons-trado que o enmeno do Turismo no aponta somentepara o mercado estrangeiro como estando na origem docrescimento do sector mas que, pelo contrrio, o nmeromaior de turistas que visitam os diversos pontos do Passo essencialmente nacionais ou residentes.Por esse motivo dever ser entendido pelas pessoas acti-

    vas das economias locais que o Turismo abre inmerasportas para a diversicao das actividades econmicaslocais que esto gradualmente a ser inuenciadas por no-

    vos tipos de solicitaes ligadas a necessidade de alojar,alimentar e divertir turistas e viajantes nacionais e estran-geiros.

    tuRCoNSuLt

    Moambique entre os melhoresdestinos tursticos para 2012Para o jornal Financial Times, Moam-bique uma das grandes atraces domercado turstico para 2012. O jornalrecolheu a opinio de vrios agentes de

    viagens que apontaram alguns dos des-tinos que devero ser mais procuradospelos turistas.

    Will Jones da agncia de viagens Jour-neys by Design diz: Com uma linhacosteira de 2,500 km inexplorada, plena

    de belezas, Moambique o ltimo gritodos destinos litorais. Mas outro agente,

    Joel Zack, da Heritage Tours no lhe caatrs: Moambique oerece o luxo semperder a sensao de se estar em rica.

    As praias so antsticas e as pessoasmuito amveis.No que diz respeito ao turismo de topo,o destaque vai para a ilha de Quilalea, si-tuada no arquiplago das Quirimbas, no

    Norte do Pas. No obstante, outros pon-tos mgicos so igualmente apontadoscomo a Ilha de Ibo e as ilhas de Bazaru-to e Benguerra, que atraem as atenesdas agncias de viagem, assim como oParque Nacional da Gorongosa. Ou seja,Moambique soma e segue em termos dedestinos de reconhecida qualidade turs-tica.

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    MoaMbique

    BW Mozambiquevai investir1 bilio de dlares

    em NampulaO governo moambicano assinou coma BW Mozambique, Lda., uma empre-sa ormada pela INATUR - InstitutoNacional de Turismo e a BW Group, deoperadores britnicos domiciliados naEspanha, um contrato na rea do tu-rismo estimado num bilio de dlares.

    A verba ser aplicada nas ilhas deCrusse e Jamal, localizadas na pro-

    vncia de Nampula, segundo o minis-tro do Turismo, Fernando Sumbana,e prev-se que o arranque das obraspossa ocorrer no primeiro trimestrede 2012.Este investimento enquadra-se numasrie de empreendimentos tursticosque sero instalados nas provncias deCabo Delgado, Niassa e Nampula, de-signados por Projecto Arco Norte.

    Ante-projecto de Leidas reas de ConservaoNo dia 24 de Novembro realizou-se aConsulta sobre o ante-projecto da Leidas reas de conservao. Participa-ram desta reunio a Governadora daCidade de Maputo, o ministro do Turis-mo, juristas, docentes, responsveis decoutadas de caa e representantes dasociedade civil bem como o Observat-rio do Turismo da Cidade de Maputo.O ante-projecto prev dar respostaadequada realidade actual, harmo-nizar-se lei de pescas, minas, caa e

    estradas no que concerne proteco,conservao e uso sustentvel da di-

    versidade biolgica para o benecio dahumanidade e de geraes moambi-canas em particular.Foram debatidos aspectos sobre:(i) a essncia conceptual das reas deconservao total, posto que habitamno seio dos Parques Nacionais (rea deconservao total) comunidades que

    tm progressivamente vindo a crescere com impacto directo sobre o ambien-te;(ii) a necessidade de de inir claramentea participao das comunidades locaisnas reas de conservao.Salientou-se a diculdade de uncionarcom trs institutos autnomos que re-gem a mesma matria, nomeadamenteo Ministrio do Turismo, o Ministriopara Coordenao da Aco Ambiental(MICOA) e o Ministrio da Agricultura,

    ainda no mesmo mbito sobre a buro-cracia exigida pelos Governos provin-ciais e distritais no que toca s licenaspara actividade do turismo e activida-de cinegtica.Este projecto prev uma reviso pro-unda sobre as penalizaes dos actoscriminosos voluntrios com a integra-o de priso eectiva nos crimes co-metidos por reincidncia.

    Nmero de trabalhadoresaumenta nas reas deconservao

    O pessoal aecto s reas de conservaotem vindo a aumentar em praticamente

    todos os parques e reservas de Moambique. A variao do n-mero de eectivos tem sido positiva em 10 das 11 reas existen-

    tes, sendo que a que registou um maior aumento oi a reserva doGil, com uma variao positiva na ordem dos 288,9%. A reservaem causa viu aumentar o seu nmero de trabalhadores, entre2008 e 2010, de 9 para 35, de acordo com a DNAC.Tambm a Reserva do Niassa apresenta uma evoluo positivade 80 para 174 postos de trabalho criados de 2008 a 2010 (regis-tando uma variao positiva de 117,5%). No terceiro e quarto lu-gares, no que diz respeito gerao de emprego e no perodo emestudo, posicionam-se o Parque Nacional de Banhine e a Reservade Pomene, com uma variao de 87,5 e 62,5%, respectivamente.Curiosamente, e em termos numricos, o Parque Nacional daGorongosa possui o maior nmero de trabalhadores quando

    comparado com as restantes reas de conservao do Pas, comum total de 406 uncionrios.

    Parque Nacional de Banhine

    Parque Nacional de Bazaruto

    Parque Nacional de Gorongosa

    Parque Nacional de Zinave

    Parque Nacional das Quirimbas

    Parque Nacional do Limpopo

    Reserva Especial de Maputo

    Reserva Nacional do Niassa

    Reserva de Pomene

    Reserva de Marromeu

    Reserva do Gil

    Reserva de Chimanimani

    45

    24

    51

    52

    35

    71

    72

    116

    84

    40

    406

    385

    61

    55

    174

    80

    13

    8

    9

    6

    359

    63

    41

    2010

    2008FONTE:DNAC

    Nmero de Trabalhadoresnos Parques Naturais e Reservas

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    MoaMbique

    Meeting o the EU Trade Ofcials em Maputo

    O Observatrio do Turismo da Cidade deMaputo esteve presente no Meeting o

    the EU Trade Ofcials, a 30 de Novem-bro de 2011, na delegao da Unio Eu-ropeia em Maputo. Um evento dedicados oportunidades de investimento nosector do Turismo, no qual participaramigualmente o INATUR e a empresa Tur-consult.Nesse contexto, o INATUR, atravs do Dr.Mrio Sevene (responsvel pelo depar-tamento de desenvolvimento e investi-mento), apresentou as oportunidades deinvestimento no seio do sector e alguns

    projectos em Moambique que poderoser tentadores para empresrios estran-geiros, sobretudo nas regies de Pemba,Inhassoro e Vilanculos.O Dr. Rui Monteiro, empresrio respon-svel pela rma Turconsult, abordou

    as oportunidades e desaos do sectorprivado no que diz respeito ao turismo,evidenciando o papel relevante dos pro-

    jectos empresariais de pequena e mdiadimenso, da ormao prossional bemcomo os negcios complementares sempresas do ramo da hotelaria e restau-

    rao (evidenciando sobretudo os respei-tantes ao agrobusiness).Em representao do Observatrio doTurismo da Cidade de Maputo, a Dra.Helga Nunes apresentou o organismoque monitora e analisa o mercado; apoia

    a gesto das empresas de turismo e daspolticas e estratgias do sector e quepromove a Cidade de Maputo enquantodestino atractivo.Presentes estiveram os responsveis pe-las reas de investimento e negcio dasembaixadas de Espanha, Frana, Irlanda,

    Itlia e Portugal, e ainda Myriam Sekkat(Ocial do Sector Privado e Comrcio) eFrancesca Di Mauro (Primeira Secretria Chee de Seco, Desenvolvimento Eco-nmico e Governncia), da delegao daUnio Europeia em Moambique.

    RAS, Swazilndia e Moambique unemesoros tursticos As autoridades do sector de turismo de Moambique,rica do Sul, atravs da provncia de Kwazulu Natal, eSwazilndia organizaram, de 26 a 29 de Novembro, uma

    expedio motorizada denominada Cross Border Excur-sion.

    A expedio partiu da regio de Kwazulu Natal, concreta-mente em Durban Hluhluwe, seguindo para Maputo (Ponta

    do Ouro, Reserva Especial de Maputo), prosseguindo para aSwazilndia (Mbabane) e terminando em Durban, na pro-cedncia.

    A excurso contou com a participao de 200 pessoas,numa coluna constituda por 50 viaturas com trao a qua-tro rodas e trs adicionais mega-buses.Segundo o programa, em cada um dos trs pases por ondepassou a caravana de turistas, oi realizdo um seminriocom o envolvimento de aproximadamente 500 pessoas,sendo 200 excursionistas e 300 empresrios, designada-mente operadores tursticos, jornalistas eparceiros locais.

    A conerncia teve como enoques a apresentao de opor-tunidades de investimento, actividade que oi coordenadapelas agncias de promoo de investimentos de Moam-bique, rica do Sul e Swazilndia.O evento teve um orte envolvimento do sector privado,

    patrocinando a iniciativa sob orma de cedncia de meiosde transporte, nanciamento de combustvel, telecomuni-caes, seguros, servios de salvamento dos participantes,em caso de necessidade, e noutras reas.

    A excurso oi um encontro de culturas em que se juntaramos povos de Moambique, rica do Sul e Suazilndia parase tornar num nico com o objectivo de desenvolvimento

    econmico.Moambique trabalhou com o sector privado, o que per-mitiu receber condignamente os visitantes. Foram mobili-zados os artesos, pescadores e operadores tursticos paraque cada um pudesse oereer o seu melhor em termos dealojamento, gastronomia, arte e cultura e de pescado. Aocasio serviu para mostrar o que o Moambique tem demelhor atravs de brochuras e vdeos, sob o ponto de vistaturstico e o que tem a vender, incluindo oportunidades deinvestimento.

    A Cross Border Excursion est integrada numa iniciativatripartida de promoo de turismo, envolvendo Moambi-

    que, rica do Sul, atravs da provncia de Kwazulu Natal, eSwazilndia, cujo lanamento aconteceu recentemente emSandton, Joanesburgo, na rica do Sul.

    Rafael Nambal, assessor de Comunicao e Imagem

    MituR

    Um evento dedicado s oportunidades de investimento no

    sector do Turismo, no qual participaram igualmente o INATUR e

    a empresa Turconsult

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    MuNDo

    Captar turistas brasileiros poderser uma boa apostaO turismo interno no Brasil cresceu 16%entre 2007 e 2010, passando de 43 para 50milhes de pessoas. Parte da responsabili-dade desse crescimento pertence aos via-

    jantes domsticos que j correspondem a85% do turismo brasileiro, segundo dados

    do Ministrio do Turismo.A tendncia ser continuar crescendo, es-perando-se que emerjam mais 50 milhesde brasileiros que no tinham o turismona sua base de consumo e que agora tero- uma tendncia que se espera ver concreti-zada tambm em Moambique.

    Alm dos turistas domsticos, o sector irinvestir igualmente na Amrica do Sul. Asprincipais apostas sero no Chile, pela suaboa posio econmica, e na Argentina quetem vindo a se reestruturar nanceiramen-

    te. Alm disso, o Peru e a Colmbia tambmtm apresentado um orte crescimento eco-nmico, com bons mercados a serem explo-rados pelo turismo brasileiro, uma ideia queMoambique poderia replicar em relao

    a pases vizinhos em pleno gozo da sadeeconmica e at um pouco mais distantescomo Angola (o quinto mercado emissor deturistas para a cidade de Maputo).Por outro lado, o cmbio com o Real orte

    vem prejudicando a balana comercial do

    turismo, propiciando a sada dos brasilei-ros das classes A e B, que consideram maisvantajoso viajar para ora do pas. Um dadoextremamente importante, se tivermos emconta a proximidade estabelecida, nos l-timos tempos, em termos de actividadesculturais e de negcio entre Moambique eo Brasil.Face cooperao encetada entre os doispases e as oportunidades de negcio quese antevem, urge estabelecer uma estra-tgia de captao de turistas brasileiros

    para Moambique. Quem sabe a Copa doMundo no Brasil no poder ajudar Mo-ambique no sentido da atraco de mais

    visitantes?

    65% dos estrangeirosno conhecem

    a Marca Moambique Alm do recente lanamento, porparte de Moambique, Suazilndia ea provncia sul-aricana de Mpuma-langa, da marca regional de turismodenominada Triland, que nasce paracaptar potenciais visitantes na Euro-pa, na sia e no continente americano,urge reectir sobre a propalada Marca

    Moambique.Depois de cerca de trs anos aps o seulanamento (tendo o mesmo decorridoa 26 de Fevereiro de 2009), apenas 35%dos turistas estrangeiros diz conheceraquele branding, contra 91% dos na-cionais. Alis, 65% dos estrangeiros peremptrio quando arma desconhe-cer a Marca Moambique, que nasceupara promover um pas rico em segre-

    dos e tesouros naturais.Na altura icou expresso que a MarcaMoambique iria uncionar, sobretu-do, como um compromisso no sentidoda exigncia que no se pode compa-decer com a alta de limpeza nas cida-des, a pouca aabilidade dos agentesda polcia, a ineiccia dos operadores

    nem com a inexistncia de inraestru-turas de apoio, entre outras alhas.

    A meta deinida pelo Ministrio doTurismo consistia em suplantar os180 milhes de dlares da receita doturismo internacional, arrecadadosem 2008, e atingir os 4 milhes de tu-ristas em 2020. Ser que o Triland vaiservir para ortiicar a Marca Moam-bique?

    no9%

    Conhece a marcaMoambique?Nacionais

    sim91%

    no65%

    sim35%

    Estrangeiros

    no45%

    sim55%

    Total

    Fonte: Obsevatio do Tuismo da Cidade de Maputo

    Turismoeuropeu crescee superaexpectativas

    Contrariamente tendncia dosltimos anos, o crescimento naschegadas durante os oito primei-

    ros meses de 2011 oi maior naseconomias avanadas (+4,9%)do que nas emergentes (+4,0%),devido principalmente aos re-sultados especialmente bons daEuropa (+6%).Na Europa do Norte (+7%) e Eu-ropa Central e Oriental (+8%), arecuperao do declive de 2009,iniciado em 2010, ganhou impul-so este ano. O mesmo sucedeuem alguns destinos da Europa

    do Sul (+8%), que este ano tam-bm se beneciaram da dimi-nuio das viagens para o MdioOriente (-9%) e para o Norte de

    rica (-15%).

  • 8/2/2019 Boletim OTCM n. 3 - Dezembro 2011

    8/8

    dezembro.2011 ObservatriO dO turismO da cidade maPutO

    MuNDo

    FICHA TCNICAO Observatrio do Turismo da Cidade de Maputo

    (OTCM) resultado de uma parceria entre as 16

    organizaes que o integram. Trata-se de um

    organismo especializado em monitorar e analisar

    as informaes de inteligncia de mercado. O

    Boletim do OTCM distribudo em Moambique

    e em todas as embaixadas do Pas no exterior.

    EQUIPA

    Coordenao / concepo de textos:

    Helga Nunes (AHSM)

    Assessoria / concepo de textos:

    Federico Vignati (SNV)

    Secretariado: Tnia Barbero (AHSM)Design e Paginao: Rui Batista

    Traduo: Pedro Amaral

    Impresso: Kamatsolo, Lda.

    INFORMAES

    Associao de Hotis do Sul de Moambique

    Rua da S, n 114, 6 andar Porta 608

    Maputo - MoambiqueTel. +258 21 31 4970

    Subscries e informaes do Boletim:

    [email protected]

    http://observatoriomaputo.blogspot.com/

    MEMBROS DO OTCM

    OMT prev 1.800 milhesde turistas em 2030Em 2030, as chegadas de turistas inter-nacionais em todo o mundo devero as-cender ao nmero de 1.800 milhes. Aestimativa da OMT e oi apresentadadurante a XIX Assembleia Geral desteorganismo, que decorreu na Coreia.De acordo com a OMT, o turismo vaicontinuar a crescer at 2030 mas aum ritmo mais moderado, mais con-cretamente a cerca de 3,3% ao ano. Tal

    signica que a cada ano, entraro nomercado turstico mais 43 milhes deturistas, sublinha a OMT, avanandoque a meta dos 1.000 milhes ser jultrapassada no prximo ano.O nmero de turistas previstos para2030, 1.800 milhes, signica, segun-do a OMT que em duas dcadas, 5milhes de pessoas cruzaram por diaas ronteiras internacionais, seja emlazer, negcio ou atravs de outras ac-tividades.

    At 2030, os destinos que maior cres-

    cimento iro apresentar so os emer-gentes. Assim, sia, Amrica Latina,Europa Central e Oriental, EuropaMediterrnica Oriental, Mdio Orien-te e rica devero ganhar cerca de 30milhes de turistas por ano, nmeroque se compara aos 14 milhes quedevero ser ganhos pelos destinosmais tradicionais das economias maisavanadas: Amrica do Norte, Europa

    e sia-Pacco. A OMT avana ainda que j em 2015as economias emergentes igualaro asmais avanadas em nmero de turis-tas, mas em 2030 j as tero ultrapassa-do, com uma quota de 58%. Por outrolado, nas prximas dcadas, os pasesda sia e do Pacco iro ser os prin-cipais emissores de uxos tursticos,pensando-se que at 2030 podero ge-rar 17 milhes de chegadas a cada ano,contra os 16 milhes gerados pelos eu-ropeus.

    FEIRASInternacionais

    em 201218 a 22 de JaneiroFeira Internacional de Madrid(Espanha)

    29 de Fevereiro a 04 de MaroBolsa de Turismo de Lisboa(Portugal)

    07 a 11 de MaroITB, Berlim(Alemanha)

    18 a 20 de AbrilCOTTM, Beijing(China)

    12 a 15 de MaioINDABA, Durban(frica do Sul)

    NovembroWorld Travel Market, Londres(Inglaterra)

    27 a 29 de NovembroEIBTM, Barcelona

    (Espanha)