Boletim OTCM n.º 5 - Fevereiro 2012

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    ObservatriO dO turismO

    da cidade de maPutON.5 FEVEREIRo.2012Turistas nacionaisapostam maisno Machimbombo

    Estrangeiros continuama hospedar-se maisem hotis

    Inraestruturas do Campode Gole de Maputocarecem de consultoria

    Maputo

    Gastos de moambicanossubiram 88% em Portugal

    Turismo e Hotelariadomina investimentona Beira

    Estrangeiros preeremBazaruto a seguir a

    Maputo

    MoaMbIquE

    MuNDo

    O que ir acontecerat 2020?

    OMT encorajainvestimentos em rica

    Angola quer 4 milhesde turistas

    h://servrim.lgs.cm/

    Mercado inormalcongrega atenesSabe-se que a maioria da populao

    em Moambique obtm os seus rendi-mentos a partir do mercado inormal.No obstante, o caminho rumo ao ple-no emprego encontra-se ligado trans-ormao estrutural desta realidade daeconomia e a gerao de empregos nestesector continua a ser uma preocupaoda poltica laboral do Governo.Nesse prisma, e de acordo com a Estra-tgia de Emprego e Formao Prossio-nal em Moambique 2006-2015, a apostarecai sobre o rpido estabelecimento depequenos negcios e postos de trabalhona economia inormal.

    A abordagem do estabelecimento rpidode pequenos negcios implica atender acertas necessidades especiais como a re-tirada de regulamentos que constituembarreira s actividades inormais, acili-tao do acesso ao crdito, ormao,s tecnologias e a outros meios, que sedestinam a aumentar a viabilidade e a

    produtividade das suas actividades. A Estratgia de Emprego e Formao Pro-ssional pretende, sobretudo, desenvolverprogramas especiais para a absoro da or-a de trabalho em reas com elevado poten-cial de criao de emprego e auto-emprego,onde o turismo naturalmente se inclui.Torna-se essencial desenvolver umaabordagem de emprego que contribuapara o combate pobreza absoluta, ocrescimento econmico e o desenvolvi-mento social. Abordagem essa que vise

    no s o desenvolvimento humano comoo alcance dos Objectivos de Desenvolvi-mento do Milnio.Como tal, so salutares todas as sinergiasencetadas em prol de um turismo susten-

    tvel. No mbito do projecto Moambi-que Hospitaleiro, a ser implementadopelo INEFP com o apoio da SNV, j oiencomendado um Estudo sobre a anlisedas necessidades de ormao de pesso-as que actuam no mercado inormal deturismo na cidade de Maputo.Por outro lado, o Ministrio do Turismo(MITUR), o Instituto Nacional do Em-prego e Formao Prossional (INEFP), oConselho Municipal de Maputo e a SNV(Cooperao Holandesa para o Desen-

    volvimento) uniram esoros no sentidode ormar 800 trabalhadores do merca-do inormal, nas provncias de Maputoe Inhambane, com undos da ComissoEuropeia.E o esoro no ir parar por a. Apesar daormao ser o ponto de partida, a promo-o de uma refexo e o desenvolvimentode micro-plos onde os inormais pos-sam trabalhar constitui outro objectivo.

    A esse propsito, o amoso Mercado do

    Peixe em Maputo - enquanto realidadeinormal que atrai turistas - carece deateno a todos os nveis (ormao es-pecca dos vendedores, higiene e segu-rana no local de trabalho, entre outros).

    A ormao j se encontra planeada peloque ser providencial o nanciamento de11 milhes e 600 mil dlares (concedidoa undo perdido pelo Japo) para a cons-truo de um novo mercado do peixecom melhores condies.Este e outros investimentos demonstram

    como importante prossionalizar os nos-sos recursos humanos, assim como dotaras inraestruturas de apoio com as condi-es ideais para bem-receber os turistas sede acto queremos ser competitivos.

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    fevereiro.2012 ObservatriO dO turismO da cidade maPutO

    Maputo

    Perfl do Turismo

    e dos hotis em MaputoO turismo considerado um sector vitalpara o desenvolvimento do pas pelo Go-

    verno moambicano, e apesar do seu pesodiminuto no PIB (menos de 2%) este tem

    vindo a recuperar o seu potencial, querpela atraco de investimentos quer atra-

    vs da melhoria das inraestruturas e aces-sibilidades. O Plano Estratgico para o De-senvolvimento do Turismo 2004-2013, a

    publicao da Lei do Turismo e a recentedeclarao de Quatro Zonas de InteresseTurstico, demonstram o estabelecimentodas bases da poltica e estratgia para odesenvolvimento deste sector no pas.

    O Governo prev ainda o investimento decerca de 11,4 milhes de dlares na nova

    campanha da Marca Moambique.O nmero de turistas tem vindo a registaruma evoluo positiva, estimando-se quea chegada de turistas a Maputo se saldeem 382 mil, no ano de 2011, representando

    um crescimento de 7% ace a 2010. As viagens de negcios representam oprincipal motivo dos turistas estrangei-ros que visitam Maputo, ora das pocasde rias e lazer. E a nvel de oerta de es-tabelecimentos hoteleiros, Maputo contacom quatro hotis classicados de cincoestrelas, sendo que o preo mdio nos es-tabelecimentos hoteleiros de 3 estrelas

    de 74 dlares americanos, nos hotis de 4estrelas de 174, e nos hotis de 5 estrelas de 257 dlares, de acordo com um estu-do de mercado realizado pela Prime Yield- Consultoria e Avaliao Imobiliria.

    Turistas nacionais apostam

    mais no MachimbomboO II Estudo de Satisao ao Turista,orientado pelo Observatrio do Turismo,revela que os turistas nacionais usaramuma maior diversidade de transportespblicos convencionais e os estrangeirosconcentraram-se em muito maior pro-poro no recurso ao txi.Os resultados obtidos no caso dos turis-tas estrangeiros demonstram maior ade-so aos meios de tansporte tradicionaisnesta segunda vaga, embora no tives-sem aectado o ndice de recurso ao txique at se maniestou superior (+14%).

    J os turistas nacionais revelaram maiorestabilidade nos transportes pblicos

    utilizados, embora com um acrscimo de10% no nmero dos que recorreram aomachimbombo, ou autocarro. Pensa-seque concorre para essa evoluo positivaesteja a melhoria de qualidade dos meiose o conorto proporcionado aos utentespor parte das companhias de transporte.Em termos de meios de transporte, tanto otxi, como a txopela (pequenas motos comassentos) e o comboio turstico evidencia-ram maiores ndices de utilizao por partedos turistas estrangeiros, do I para o II Estu-do de Satisao. J os visitantes moambi-canos, aquando da sua estadia em Maputo,usaram mais o machimbombo.

    Em termos gerais, os estrangeiros con-tinuam a usar mais o txi para se deslo-carem e os nacionais percorrem mais acapital nos chapas - transportes pbli-cos que podem comportar entre 15 e 30lugares sentados.

    J para visitar outros locais ora da cida-de de Maputo, tanto os turistas estran-geiros (64%) como nacionais (98%) pre-erem o automvel em detrimento dosrestantes meios de transporte. Contudo,os estrangeiros usam mais o avio emsegunda instncia (36%) enquanto os na-cionais recorrem ao servio dos chapas emachimbombos (2%).

    Preos mdios por quarto

    74 usd 174 usd 257 usdFe: Pme Yeld 2012

    Chapa

    Machimbombo

    Taxi

    Txopela

    Comboio Turstico

    Outros Meios

    EstrangEiros nacionais

    63 %

    27 %

    40 %

    21 %

    1 %

    4 %

    8 %

    4 %

    88 %

    27 %

    5 %

    1 %Fonte: Observatrio do Turismo da Cidade de Maputo 2012

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    Maputo

    Estrangeiroscontinuam a hospedar-semais em hotisDe acordo com o II Estudo de Satisa-o ao Turista da Cidade de Maputo,realizado em Novembro de 2011, os tu-ristas estrangeiros que visitam Maputocontinuam a preerir os hotis (58%) casa de amiliares e amigos (29%) e al-ternativa proporcionada pelo segmentoda penso/residencial (9%). Quanto s

    casas alugadas e backpackers, a percen-tagem mnima e corresponde a 3% e1%, respectivamente.

    Aqui se encontra um indicador interes-sante, sobretudo para os hoteleiros quepodero criar adicionalmente outrascondies como orma de delizar osseus clientes. Alis, a realizao de even-tos e de iniciativas culturais, desportivase de lazer podero servir para prolongara estadia e conerir um maior nvel deprazer e satisao.

    A preerncia inverte-se, no entanto,no que diz respeito aos visitantes na-cionais. Os mesmos acedem em largonmero casa de amiliares e amigos(68%) e apenas 18% deles utiliza o ho-tel e 8% a penso/residencial. Por outro

    lado, apenas 4% recorre ao aluguer decasas e 2% a outras alternativas.

    Apesar da importncia da opo casade amiliares e amigos ser maior emrelao aos visitantes locais, o II Estudoregistou um valor ligeiramente supe-rior (18%) ao registado na vaga anterior(13%). No obstante, os hotis podiamoptar por arranjar uma taxa mais atrac-tiva para o hspede de origem nacional, semelhana do que j acontece em ou-tros pases aricanos que promovem oturismo domstico, como por exemploo Malawi e a Nambia.

    Fonte: Observatrio do Turismo da Cidade deMaputo

    Inraestruturas do Campo de Golede Maputo carecem de consultoriaO Conselho Municipal de Maputo lanou um concurso

    pblico que visa a contratao de uma consultoria que seproponha avaliar e propor um projecto vivel para o de-senvolvimento das inraestruturas do Campo de Gole deMaputo.

    A iniciativa visa resgatar o nome que a Cidade de Maputoe o Pas j tiveram no passado ace prtica desta moda-

    lidade, de olhos postos no potencial que este desporto deelite possui em termos de atraco de turistas da categoriascio-econmica alta.Nesta empreitada, o Conselho Municipal de Maputo conta

    com um parceiro estratgico que o Clube de Maputo, eque sob a orma de arrendamento de longo prazo tem vin-do a gerir h muitos anos aquelas inraestruturas munici-pais.De orma resumida, a ideia expandir o campo de gole etorn-lo num espao propcio para a prtica daquela moda-lidade com 18 buracos; vedar e proteger a rea; e permitir

    um desenvolvimento imobilirio que conduza arrecada-o de receitas, que, por sua vez, garantam a sustentabili-dade de todo o empreendimento e, naturalmente, a geraode empregos e receitas para o Municpio.

    CoNSELHo MuNICIpaL DE Maputo

    HotelPenso/Residencial

    Casa de familiares/amigosCasa alugadaBackpackers

    Outros

    58%

    9%

    29%

    3%1%

    18%

    8%

    68%

    4%2%

    EstrangEiros nacionais

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    MoaMbIquE

    Gastos de moambicanossubiram 88% em PortugalOs gastos dos turistas moambicanos eangolanos oram os que mais aumenta-ram em Portugal, ao longo de 2011, e a ho-telaria, compras e entretenimento oramas reas que mais pesaram nas despesas.O Estudo que contabiliza as despesaspagas com cartes Visa (crdito, dbitoe pr-pagos), em Frana, Grcia, Itlia,Portugal, Espanha e Turquia, indica que,nos primeiros quatro meses de 2011, asdespesas de moambicanos e angolanos

    tiveram a maior subida no top 10 de Por-tugal. Alis, estes dois pases aricanos deexpresso portuguesa protagonizaramos maiores aumentos neste indicador, se-guidos do Brasil.Segundo as contas da Visa Europe, os10,9 milhes de euros desembolsadospor moambicanos, que so uma novi-dade entre o top 10 dos turistas que gas-tam mais em Portugal, representam umaumento um aumento de 88% ace ao

    perodo homlogo. J os brasileiros des-penderam mais 26,69%, totalizando 47,6miilhes de euros.Por pases, no primeiro quadrimestre,

    Angola ocupava a quarta posio dessegrupo, atrs da Frana, Reino Unido eEspanha, lugar que manteve no segun-do quadrimestre. J entre Setembro eDezembro, Angola substituiu a Espanha,passando para terceiro posto na lista dospases, cujos turistas deixam mais di-

    nheiro em Portugal.Nesses quatro meses, os gastos dos an-golanos avanaram 55,37% para mais de90 milhes de euros, uma subida apenasultrapassada pelas despesas dos visitan-tes oriundos de Moambique, embora asmesmas representem menos de 2% do to-tal dos gastos de estrangeiros em Portugal.Os turistas que visitaram Portugal, noltimo quadrimestre de 2011, deixaram569 milhes de euros no Pas, de acordo

    com o estudo Mediterranean Rim Tou-rism Monitor da Visa Europe. E apesarde no ser possvel perceber onde queos estrangeiros gastaram 242 milhes deeuros - j que oram levantados no mul-tibanco - do restante sabe-se que oi naroupa e na estadia que se gasta mais di-nheiro.

    Seria interessante e muito til que sepudesse azer o trackingdos turistas

    estrangeiros em Moambique, se-melhana do que sucede em Portugale na rica do Sul. O Observatrio doTurismo da Cidade de Maputo gos-taria imenso de poder contar com oapoio do grupo Visa na ormulao eapresentao de Estudos que mani-estassem as tendncias de aquisiodesses turistas, no s em Maputocomo no resto do Pas.

    Turismo e Hotelaria dominainvestimento em SoalaO sector do Turismo e Hotelaria dominao investimento na provncia de Soala, deacordo com o CPI.

    A atia representada pelo sector do Tu-

    rismo e Hotelaria oi de 41%, no primeirosemestre de 2011, e o investimento globalsomou a quantia de 18.550.000 dlaresnorte-americanos. A seguir, situaram-seos sectores do Transporte e Comunica-es, com 18% (8.350.000 dlares) e a In-dstria, com 13% (6.017.801 dlares).Trs projectos contriburam para que talsucedesse, sendo que o IDE oi de 100.000dlares, o IDN de 3.125 dlares e o Sup/Emp de 4.681.875. Os projectos em causacontriburam para garantir 191 postos de

    trabalho (ou seja, 16,20% da atia do em-prego global).Na listagem das empresas em 2011 sur-gem o Beira Terrace Hotel (15.000.000dlares) na cidade da Beira, o Ngalamo

    Saaris (550.000 dlares), em Muanza, e oComplexo Turstico Luna Mar (3.000 d-

    lares) tambm na cidade da Beira.O investimento de 18.550.000 dlaresrepresenta um aumento substancial setivermos em conta que, em 2009, o vo-lume de investimento totalizou apenas

    7.803.722 dlares, atribuindo emprego a69 trabalhadores, e que, em 2010, o Tu-

    rismo e Hotelaria arrecadou 8.867.714dlares de investimento, originando 194postos de trabalho. Ou seja, o aumentoregistado oi superior a 100%, entre 2010e 2011.

    Turismo e Hotelaria 18.550.000 usd

    Transporte e Comunicaes 8.350.000 usd

    Indstria 6.017.801 usd

    Servios 4.785.000 usdAquacultura e Pescas 4.712.060 usd

    Construo e Obras Pblicas 2.421.200 usd

    Agricultura e Agro-Indstrias 878.001 usd

    41 %

    18 %

    13 %

    11 %

    10 %

    5 %Total 45.714.062 usd

    Investimentoautorizadopor sectorno primeirosemestre de2011

    Fe: cPi

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    MoaMbIquE

    LAM vai voar para Brasil e China A companhia Linhas Areas de Mo-ambique registou um crescimentoglobal dos proveitos operacionais na

    ordem dos 15%.Destaca-se ainda o resultado operacio-nal e lquido positivo, o crescimento do

    volume de trego em 4%, o crescimentoda produo (isto , passageiros quilo-mtricos) e das horas voadas na ordemdos 10%, e a taxa mdia de ocupao queatingiu os 73%, uma melhoria de 3 pon-tos percentuais, comparativamente aoano de 2010.Contriburam para o bom desempenho,a optimizao da oerta e a maior utili-

    zao das aeronaves modernas, cujo n-vel de ecincia permitiu reduzir os pe-rodos de rotao, aumentar o nmerode requncias e reduzir o consumo decombustvel.

    Importa ainda reerir o estreitamento dasrelaes de parceria (code-share) j exis-tentes com a SAA e SAX na rica do Sul,

    KQ no Qunia, a TAP em Portugal e a ETna Etipia, permitindo aos passageirosacesso a um leque maior de opes nassuas viagens.Em termos de perspectivas para o anode 2012, e no mbito da renovao darota, a LAM proceder muito breve-mente ao fase-outdo B737-200. Em suasubstituio, passar a contar com umboeingmais moderno alugado na ricado Sul, o B737-500, enquanto aguarda achegada do terceiro Embraer E190, em

    Outubro. A LAM espera ainda recebera quarta aeronave do tipo Embraer emOutubro de 2013.Respondendo crescente demanda cau-sada pelos grandes projectos de desen-

    volvimento no Pas, atravs da MEX, suacompanhia subsidiria, a LAM pretendeposicionar aeronaves a jacto com capaci-

    dade para transportar 50 passageiros noCentro (Tete) e Norte (Nampula).Ainda no mbito do crescimento de mer-cado, em Janeiro, a LAM assinou maisacordo de parceria, desta vez com a com-panhia area Precision Air, da Tanzania,desta eita para os destinos mais atrac-tivos da Tanzania como so os casos deZanzibar e Kilimanjaro, bem como ou-tros Pases da Regio Oriental de rica.Por outro lado, a companhia aposta noaumento de parcerias no continente

    americano e asitico, abrindo horizon-tes para a utura realizao de voos parao Brasil e a China, grandes parceiros dopas em termos de projectos de desen-

    volvimento.

    Estrangeiros preerem Bazarutoa seguir a MaputoConrontados se visitaram outros lo-cais para alm da capital, os visitantesestrangeiros e nacionais inquiridos peloII Estudo de Satisao ao Turista da Ci-dade de Maputo, encetado pelo Obser-

    vatrio do Turismo e levado a cabo pelaempresa Intercampus (Gk), registaramrespostas dierentes.Os turistas estrangeiros dividem-se: 51%diz que no visitou outras paragens con-tra 49% dos que visitaram. Ao mesmotempo, 64% dos nacionais diz que no

    visitou outros locais sendo que apenas36% o zeram.Nessa perspectiva, os 49% de inquiridos

    estrangeiros preeriram ocupar parte dasua estadia, em Novembro de 2011, via-

    jando at localidades associadas prti-ca de praia e actividades martimas quelhe so inerentes.

    As preerncias so inequvocas e o Ba-zaruto oi o local mais visitado (51%)seguido pelo Bilene (45%), que era oprimeiro do ranking no I Estudo reali-zado. Surgem igualmente mencionadosa Praia do Too (19%), a Ponta do Ouro(12%) e Pemba (9%). A escolha pode-secolocar por um lado devido poca sermais propcia ao gozo de rias e pas-seio e turismo no Pas e tal conrmado

    pelos dados recolhidos, mas precisoter em conta que os negcios tambmestiveram presentes na agenda dos visi-tantes.Quanto aos visitantes nacionais, a ten-dncia para visitar mais a provncia deSoala mantm-se. Contudo, Pembaperde o seu segundo lugar no ranking(de acordo com o I Estudo de Satisaorealizado em Agosto) para a Zambzia esalta para o terceiro lugar. Curiosamente,tanto Soala como a Zambzia poderomais acilmente ser associados prticade negcios do que a outro propsito de

    visita.

    Fe: obev d tum d cdde de Mpu

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    5 %

    12 %

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    26 %

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    0 %

    1 %

    9 %

    19 %

    51 %

    12 %

    6 %

    45 %

    EstrangEiros nacionais

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    MuNDo

    FEIRASInternacionaisem 2012

    ITB, Berlim(Alemanha)

    18 a 20 de Abril

    COTTM, Beijing(China)

    12 a 15 de Maio

    INDABA, Durban(frica do Sul)

    Novembro

    World Travel Market, Londres(Inglaterra)

    27 a 29 de Novembro

    EIBTM, Barcelona(Espanha)

    Medida argentina de controlode cmbio pode aectarturismo no Brasil

    O governo argentino decidiu reoraro controlo de cmbio para evitar a sa-da de dlares do pas. A partir do dia3 de abril, os argentinos no poderomais utilizar seus cartes de dbitobancrio no exterior para retirar moe-da estrangeira de suas contas em pesos.

    Ao viajarem para o Brasil, por exemplo, eretirar reais de suas contas em pesos, spodero az-lo se tiverem uma caderne-ta de poupana em dlares na Argentina.Pensa-se que a medida venha a aectar

    o turismo argentino no exterior porque,mesmo que as pessoas ainda possamusar cartes de crdito, vo-se sentirmenos seguras, ao saber que no con-tam com outras ormas de pagamento.

    E comprar dlares para viajar ao exteriortorna-se assim muito mais complicado.Esta a segunda medida de controlo docmbio adoptada pelo governo argentinoem menos de cinco meses. A primeira, emOutubro passado, obrigou os argentinosque queriam comprar dlares (ou qual-quer moeda estrangeira) a pedir autoriza-o prvia Ap, a Receita Federal local.Nos bancos e nas casas de cmbio, oscompradores de divisa estrangeira devemapresentar provas de que tm sucientes

    pesos declarados para realizar a operao.Turistas que querem trocar os pesos quesobram das viagens podem az-lo, desdeque apresentem provas de que trocarammoeda estrangeira por moeda local.

    O que ir acontecer at 2020?Numa longa caminhada, at ao ano de2020, e segundo o Travel & Tourism Cou-

    ncil, o segmento das viagens e Turismoir manter a sua capacidade de lideranano que concerne a conduzir o crescimen-to global, gerando emprego e aliviando apobreza. expectvel que as economias emer-gentes, em particular, venham a ser osmotores de crescimento, dando alentos viagens internacionais com a Chi-na a garantir sozinha quase 95 milhesde visitantes para outros destinos em2020 e gerando igualmente um cres-

    cente e vibrante sector de viagem do-mstica.No obstante, as economias desenvolvi-das vo continuar a dominar o denomi-nado Global Travel & Tourism no utu-ro, visto que a maioria constituda pormercados maduros a atingir o topo emtermos de propenso para a viagem.Prev-se que uma crescente preerncia e

    focus no lazer venha a providenciar turis-tas para novos destinos, logo que os con-sumidores retomem a conana.

    A popularidade de pequenas pausas

    tanto a nvel domstico como interna-cional iro continuar a aumentar. E ainovao da indstria das Viagens & Tu-rismo contribuir certamente para criarnovos produtos e mercados, nos prxi-mos oito anos.De um modo geral, previsvel que a eco-nomia das Viagens & Turismo cresa cer-ca de 4.4% por ano em termos reais, entre

    2010 e 2020, suportando mais de 300 mi-lhes de trabalhos at 2020.Ou seja, 9.2% do total do desemprego e9.6% do PIB global. Tal vem conrmarque o segmento de Viagens & Turismo vaicontinuar a crescer em importncia comoum dos sectores mundiais prioritrios,mesmo enquanto empregador.

    Fonte: Oxord Economics

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    MuNDo

    OMT encoraja investimentos em ricaO secretrio-geral da Organizao Mun-dial do Turismo (OMT) encorajou as em-

    presas a que continuem os seus investi-mentos no continente aricano e no seucrescente mercado turstico, durante oFrum de Investimentos Tursticos em

    rica (Investour).frica foi uma das regies que maiscresceu na ltima dcada, armouo responsvel mximo da OrganizaoMundial do Turismo, para juntar a ideiade que com uma estratgia adequada,as chegadas de turistas continuaro aaumentar, os investidores obtero um

    excelente rendimento, iro criar-se no-vos postos de trabalho e toda a economia

    ganhar com isso.Reorando as palavras de Riai, o minis-

    tro de Turismo dos Camares, M. BelloBouba Maigari, realou o modo comoos projectos tursticos na rica Centralajudaram milhares de pessoas a transporo limiar da pobreza, enquanto o respon-svel da Comunidade de rica Orientalsublinhou que, em termos de atractivostursticos, rica ainda est a arranhara superfcie do seu potencial.Por seu turno, o director-geral da Casade rica, Ricardo Martnez, armou queace s previses de que se atinjam em

    2012 os mil milhes de turistas em todo omundo, temos que fazer do turismo

    uma prioridade da poltica externa eda cooperao espanhola.

    A Investour, j na sua 3 edio, visa incre-mentar a visibilidade de rica enquantodestino turstico e mobilizar investimen-tos em projectos de desenvolvimentosustentvel. Neste rum, organizado con-

    juntamente pela OMT e pela FITUR, es-tiveram representados mais de 25 pasesaricanos, entre os quais Cabo Verde.

    OMT considera rica a regio

    que mais cresceu na ltima

    dcada

    lanado alerta para a concentraode investimentos no turismo em Cabo Verde

    Joseph Cool, representante da UnioEuropeia chamou a ateno de Cabo

    Verde para o perigo da concentraode investimentos no sector do turismo.A diversifcao uma coisa que

    boa. O turismo excelente, uma jane-

    la para ora, permite que o pas seja co-

    nhecido l ora, mas no podemos con-

    centrar tudo na rea do turismo, disse,salientando que existe toda uma agendade reormas e de modernizao que temde ser levada adiante.

    Por outro lado, sem precisar outras reas deinvestimentos, salientou que h uma sriede problemas que devem ser atacados, no-meadamente a reorma laboral, questesde incentivos scais, da competitividade etrabalhar para a boa governao e manu-teno da estabilidade poltica.O esoro do Governo deve estar vi-

    rado para a criao de condies p-

    timas para atrair os investimentos,reeriu, risando que um fuxo nanceiroimportante decorre na regio da rica

    Ocidental. Joseph Cool lembrou que existe um es-oro da UE em apoiar Cabo Verde naelaborao da convergncia normativa etcnica e garantiu que tanto a UE comoos seus Estados-membros esto dis-postos a continuar a ajudar para que atransio de Cabo Verde de pas menosavanado para o de rendimento mdio,em curso, acontea da orma mais equili-brada possvel.

    Economias avanadas crescem mais em 2011O Turismo Internacional cresceu quase5% no primeiro semestre de 2011, totali-zando um novo recorde de 440 milhesde chegadas.Estima-se que as chegadas de turistas in-ternacionais tenham crescido 4,5%, con-solidando o aumento de 6,6% registado

    em 2010. Entre Janeiro e Junho de 2011,o nmero total de chegadas registou 19milhes a mais, quando comparado como mesmo perodo de 2010.

    Ao mesmo tempo, o crescimento nas

    economias avanadas acabou por seortalecer ao longo do ano passado, su-periorizando-se de algum modo ao daseconomias emergentes, que tm vindoa impulsionar o crescimento do turismointernacional nos ltimos anos. Uma ten-dncia que refecte a diminuio regista-

    da no Mdio Oriente e no Norte de rica,bem como um ligeiro abrandamento docrescimento de alguns destinos asiticos,como o caso do Japo.

    Fonte: World Tourism Organization (UNWTO)

    Chegadas Internacionais, evoluo mensalEconomias Avanadas & Economias Emergentes

    Economias avanadas

    Economias Emergentes

    16 meses

    10 meses

  • 8/2/2019 Boletim OTCM n. 5 - Fevereiro 2012

    8/8

    fevereiro.2012 ObservatriO dO turismO da cidade maPutO

    MuNDo

    FICHA TCNICAO Observatrio do Turismo da Cidade de Maputo

    (OTCM) resultado de uma parceria entre as 18

    organizaes que o integram. Trata-se de um

    organismo especializado em monitorar e analisar

    as informaes de inteligncia de mercado. O

    Boletim do OTCM distribudo em Moambique

    e em todas as embaixadas do Pas no exterior.

    EQUIPA

    Coordenao / concepo de textos:

    Helga Nunes (AHSM)

    Assessoria / concepo de textos:

    Federico Vignati (SNV)

    Secretariado: Tnia Barbero (AHSM)Design e Paginao: Rui Batista

    Traduo: Pedro Amaral

    Impresso: Kamatsolo, Lda.

    INFORMAES

    a de H d sul de Mmbque

    Rua da S, n 114, 6 andar Porta 608

    Maputo - MoambiqueTel. +258 21 31 4970

    Subscries e informaes do Boletim:

    [email protected]

    http://observatoriomaputo.blogspot.com/

    MEMBROS DO OTCM

    Angola quer 4 milhes

    de turistas Angola pretende ter um movimentode quatro milhes de turistas at 2020,de acordo com projeces apresen-tadas, em Luanda, pelo ministro deHotelaria e Turismo, Pedro Mutindi.De acordo com o governante, que a-lava na cerimnia de tomada de possedos directores-gerais e adjuntos dosPlos de Desenvolvimento Tursti-co, o sector prev criar um milho depostos de trabalho directos e indirec-

    tos, ao longo dos prximos oito anos. At l, vai ser desenvolvido um planode mobilizao a avor do turismo in-terno, para que 60 por cento dos ango-lanos viagem mais por Angola Adentro.O uturo que almejamos depen-

    de sempre da orma como alicer-

    amos o presente e como olha-

    mos para o passado, realouPedro Mutinde, para quem o turismo a indstria da paz e do desenvolvi-mento sustentvel de qualquer nao.O ministro Pedro Mutindi pediu, ain-

    da, maior mobilizao em torno dasaces do Plano Director do Turismo,na reormulao e adequao do pa-cote legislativo do sector e na cria-o de uma maior disponibilidadede oerta de equipamentos e, conse-quentemente, de preos competitivos,capazes de atrair e permitir a livre ade-so dos turistas internos e externos.Na sequncia da instaurao da paz, hdez anos, milhares de turistas estran-

    geiros tm escolhido Angola, que contacom muitos lugares de atraco tursticaem todo o territrio nacional.De salientar que Angola o quarto mer-cado emissor de turistas para Moambi-que, segundo o II Estudo de Satisao aoTurista na Cidade de Maputo, e que seriaproveitoso se se encetassem estratgiase parcerias no sentido de promover o tu-rismo entre o pas angolano e Moambi-que, e vice-versa. Alis, Angola passou dosexto lugar do rankingde turistas para oquarto.

    85% dosaeroportosno Brasil estoem situao crticaUm estudo do Instituto de PesquisaEconmica Aplicada (Ipea) diz que17 dos 20 principais aeroportos bra-sileiros, ou 85%, esto em situaocrtica ou preocupante. Desses, 12esto a uncionar acima da capaci-dade operacional. Apenas os aero-portos de Porto Alegre, Salvador eManaus uncionam em condies

    adequadas, ora do cenrio de es-trangulamento.Segundo o estudo, as etapas do Pla-no de Investimentos da Inraero(Empresa Brasileira de Inraestrutu-ra Aeroporturia) pouco evoluramnos ltimos 12 meses, entre Feverei-ro de 2011 e Janeiro de 2012. Dos 11aeroportos, nos quais esto previs-tos investimentos nos terminais depassageiros, oito ainda esto na aseinicial do projecto.