Boletim Paroquial de São Pedro da Cova · Caminheiros em Comissão de Serviço: Daniela Santos...

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Em Missão Começaram as obras Abertura do novo ano Escutista Crisma As Marchas dos cortejos para as obras da Igreja Matriz Espectáculo da Acção Católica Todos os Santos e Fiéis Defuntos Catequese em Missão CPM em S. Pedro da Cova Novo Grupo do Crisma Feira de Natal A Igreja Missionária ( Pe. Anselmo da Silva) A Crise A pergunta na hora de partir Para um rosto Missionário da Igreja em Portugal Boletim Paroquial de São Pedro da Cova

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Em Missão

Começaram as obras

Abertura do novo ano

Escutista

Crisma

As Marchas dos cortejos para

as obras da Igreja Matriz

Espectáculo da Acção

Católica

Todos os Santos e Fiéis

Defuntos

Catequese em Missão

CPM em S. Pedro da Cova

Novo Grupo do Crisma

Feira de Natal

A Igreja Missionária ( Pe. Anselmo da Silva)

A Crise

A pergunta na hora de

partir

Para um rosto Missionário

da Igreja em Portugal

Boletim Paroquial de São Pedro da Cova

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EM MISSÃO

Por proposta do nosso Bispo, a

Diocese está a viver um ano de Missão:

Missão 2010. Disso já todos ouvimos falar

e participamos em algumas actividades.

Este mês de Outubro é dedicado

tradicionalmente às Missões e ganha mais

forte necessidade dedicarmos O Poço a

esse assunto.

A Igreja é por sua natureza Missão:

é enviada a todos os homens para lhes

levar o Evangelho, a Boa Notícia de Cristo

como Filho de Deus e Salvador dos

homens. Essa é a sua obrigação porque foi

para isso que Jesus a fundou, reuniu o

grupo dos seus, deu-lhes o Espírito Santo e

permanentemente a fortalece para isso

mesmo. Não podemos esquecer isso. Os

que hoje temos fé, e para nós é um bem tão

precioso (quem sabe o mais precioso) foi

porque alguém cumpriu a sua missão:

falou-nos de Jesus, levou-nos à Catequese,

introduziu-nos nos Sacramentos, fez-nos

crescer na fé até nos tornarmos

responsáveis por esse caminho. Não foi só

para cumprir tradições e fazer festas que

nos educaram na Igreja, senão não teria

dado este resultado de nos empenharmos,

agora, a continuar a Missão da Igreja.

Esta continua a ser a Missão. Não

podemos pensar que se trata só da Missão

aos de longe (diz-se em latim: ad gentes),

onde os Missionários continuam a fazer

um trabalho extraordinário de

evangelização e promoção dos povos que

não interessam a ninguém, só interessam à

Igreja porque a Igreja pensa que todos,

sem nenhuma excepção, precisam de

conhecer o Salvador. A Missão é também

para os que estão perto, para os que estão

ao nosso lado, é a esses que somos

enviados. E, talvez sejam esses os mais

difíceis de converter.

Como podemos fazer isso? Ao modo

de Jesus, claro. Não temos outro modelo.

Há que nos aproximarmos, servi-los com o

nosso amor e a nossa verdade, falar-lhes e

mostrar-lhes o que Deus faz por nós,

apresentar-lhes Jesus para que O possam

conhecer e fazer com eles o caminho de O

amar. Jesus fez assim. Nem sempre teve

sucesso… mas a Fé é sempre uma proposta,

é sempre uma resposta que se dá em liberdade, que

corresponde a um amor que se reconhece, o de

Deus.

Como é que cada um tem cumprido a sua

Missão? Pelo que vemos, pelo desinteresse que

vemos, pela falta de profundidade dos que pedem o

Baptismo, pela leviandade com que se desiste da

Catequese, pela falta de compromisso com que

alguns se dizem católicos para logo condenar a

Igreja, pelo pouco ou nenhum empenho que muitos

põem na vida quotidiana da Fé… parece que não

temos cumprido muito a nossa Missão. Precisamos

de mudar.

Para uma melhor Missão temos, antes de

mais, de olhar para nós próprios, com que verdade e

alegria vivemos a nossa fé. Só uma fé verdadeira

pode passar para os outros. Depois ter uma vida

espiritual séria, isto é, activa, com momento de

oração, com a celebração da Eucaristia, com

espaços de reflexão e crescimento. Finalmente, e

não menos importante, com um empenho social e

familiar responsável e construtivo, que possam

expressar naturalmente essa riqueza que a fé

semeia dentro de nós. O melhor testemunho é

aquele que nasce sem darmos conta, que sai de nós

sem nos apercebermos. Depois é chamar os outros

para que possam vir beber da mesma fonte que nós

bebemos: Jesus Cristo!

Estamos em Missão. Estamos sempre em

Missão enquanto formos Igreja. Será que cada um

se sente responsável por isso? Se Cristo não contar

connosco como é que há-de chegar ao coração de

todos, como quer?

Pe. Fernando Rosas

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Sendo assim a nova direcção de Agrupamento

é constituída da seguinte forma:

Chefe de Agrupamento – Marlene Resende;

Chefe Adjunto de Agrupamento: - Joaquim

França;

Assistente de Agrupamento - Pe. Fernando

Rosas;

Secretária de Agrupamento - Susana Santos;

Tesoureiro de Agrupamento – Mário Costa

As equipas de Animação são constituídas da

seguinte forma:

Equipa de Animação:

1ª Secção:

Chefe de Secção: José Almeida

Chefe Adjunto de Secção: Marlene Resende

Instrutores:

Anabela Almeida

Joaquim França

Susana Santos

Caminheiros com insígnia de ligação:

Ana Rocha

João França

Caminheiros em Comissão de Serviço:

Daniela Coimbra

Filipe Bessa

2ª Secção:

Chefe de Secção: Augusto Gonçalves

Chefe Adjunto de Secção: Luísa Sequeira

Candidata a Dirigente: José Carlos

Marlene Susana

Caminheiros com insígnia de ligação:

André Gaspar

3ª Secção:

Chefe de Secção: Jorge Ferreira

Chefe Adjunto de Secção: Mário Costa

Caminheiros com insígnia de ligação:

Daniel Ferreira

Caminheiros em Comissão de Serviço:

Daniela Santos

Jorge Santos

4ª Secção:

Chefe de Secção: Joaquim França.

COMEÇARAM AS OBRAS

Como todos já sabem, começaram as obras

no Centro Pastoral e Residência Paroquial. Tão

desejadas por muitos e tão necessárias para a

Paróquia. Era um desperdício, para além da

vergonha, vermos uma casa tão bonita desprezada e

desaproveitada. Vai ser muito difícil mas tinha de

ser feito, não podíamos esperar mais.

Vai servir para a residência do Pároco (o 1º

andar e o sótão) e terá salas para as reuniões e a

catequese no rés-do-chão. Quer uma coisa, quer

outra, são muito necessárias; nem podemos dizer

qual é a mais necessária…

À empreitada concorreram 5 empresas.

Depois de muitas contas e muita análise, ganharam

as Construções Vieira & Pacheco. Já iniciaram a

parte de demolição e vão continuar conforme o

plano estabelecido pelos técnicos. No próximo mês

de Setembro terá de estar pronto o rés-do-chão para

iniciarmos a Catequese com melhores instalações,

como merecem as crianças e os muitos grupos da

Paróquia.

Como vamos pagar as obras? Esse é o

grande problema. É claro que vamos ser nós, o povo

de São Pedro. Não temos ajudas de ninguém, por

isso vamos ter de arregaçar ainda mais as mangas e

ir à lutas: realizar festas, fazer espectáculos, cantar

Janeiras, fazer sorteios, ir bater porta a porta…

Temos algum dinheiro junto ao fim de dois anos,

fruto duma gestão cuidadosa e honesta mas, num

instante, se vai.

Contamos com a tua ajuda. Mesmo a

pequenina, porque tem sido a juntar o pouco

dinheiro de cada um que temos conseguido fazer

alguma coisa.

Não se esqueçam, coloquem um bocadinho

do orçamento para as obras. Os tempos são difíceis

mas não podemos deixar de as fazer. Contamos com

a ajuda do generoso povo de São Pedro da Cova. E

não temos razões para duvidar…

ABERTURA DO NOVO ANO

ESCUTISTA

A abertura do Novo Ano Escutista do Corpo

Nacional de Escutas do Agrupamento 892 São

Pedro da Cova realizou-se nos dias 1 e 2 de Outubro

do corrente ano. A actividade de abertura foi um

acampamento na Quinta da Valdeira.

Nessa actividade foi apresentada a nova de Direcção

de Agrupamento e as novas Equipas de Animação

aos elementos e aos pais.

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Cripta e os bilhetes estão á venda. Não percam. Quem não

pôde ver ou quer ver outra vez porque as nossas excelentes

cozinheiras estão a preparar tudo para petiscarmos. Já

sabem, reservem a tarde toda. Cá vos esperamos.

ESPECTÁCULO ACÇÃO

CATÓLICA

Foi no passado dia 24 de Setembro, também dia

litúrgico de N. Senhora das Mercês, que se repetiu a

maravilhosa representação, proporcionada por alguns

membros da Antiga Acção Católica, desta vez no Centro

Social e Cultural de N. Senhora das Mercês. Foi um

espectáculo muito concorrido e participado por todos,

animado por um óptimo jantar servido pelas gentes do

lugar, que contribuiu, assim como a receita da bilheteira,

para as obras da nossa casa paroquial. É desta animação,

iniciativas e actividades que a nossa paróquia anseia e

necessita há muitos anos.

Este movimento (Acção Católica) nasceu em 1933,

tendo sido formalmente extinto e “desmembrado” em

1974. O seu principal objectivo era estimular a participação

dos leigos na Igreja, bem como levar os valores da própria

Igreja à sociedade, ainda que de um modo mais informal.

Foi grande a sua influência e importância na sociedade.

Presente em todas as dioceses do país, estava dividido em

diferentes grupos, cada qual “especializado” na sua

vertente: agrário, escolar, independente, operário e

universitário. Com o objectivo de fazer a “recristianização”

do país, após o duro golpe sofrido pela Igreja resultado da

primeira república, surge da necessidade da igreja

envolver mais os leigos na vida da própria Igreja e

aproveitar o seu trabalho, assente numa força espiritual,

aumentando as obras religiosas e de caridade.

Bem precisa a Igreja novamente desta força e,

quem sabe, se este espectáculo não poderá ser mais um

contributo para que os mais jovens se entusiasmem e

interessem por movimentos deste tipo, de modo a

aumentar e fortalecer a presença dos leigos e da sociedade

em geral na vida cristã. É necessário caminhar nesse

sentido. Alguns passos já foram dados mas é longo o

caminho a percorrer. Enquanto se reconhece a

necessidade de organizar os leigos e de lhes conferir um

mandato eclesiástico, para que por meio deles a Igreja

possa cumprir melhor a sua missão apostólica, a própria

sociedade tem o dever de se organizar e fomentar a vida

em sociedade, em família, na luta pelos valores que se têm

vindo a perder, camuflados por falsos argumentos de uma

sociedade mais moderna e progressista onde o “EU”,

egocêntrico impera. É necessária uma sociedade mais

justa, mais equilibrada, mais solidária e mais unida a

Cristo. Que cada um de nós, à sua maneira, tenta ser mais

“Acção Católica”.

Vítor Almeida

CRISMA

No passado dia 16 de Outubro

tivemos a grande alegria de ter connosco o

Srº D. António Maria Bessa Taipa, Bispo

Auxiliar do Porto a presidir à Celebração

do Crisma. Foram 22 de S. Pedro da Cova

e 14 de Baguim do Monte. Foi uma bela

Celebração que reuniu duas paróquias

vizinhas e contou com a presença do

Senhor Padre Lucindo, Pároco de Baguim,

e, ainda, com o Pe. Ricardo, Dehoniano

natural de São Pedro da Cova.

Acreditamos que o Espírito Santo

encherá o coração dos que se prepararam

no crescimento da Fé ao longo dum ano e

que agora se sentem mais responsáveis

pela construção da Igreja, tal como

ouviram da boca do Bispo que os convocou

a serem agentes desta Igreja, sempre

unidos, apaixonados, por Jesus de Nazaré,

único que vale a pena ouvir e seguir. Assim

seja porque assim esperamos todos

crescer…

AS MARCHAS DOS

CORTEJOS PARA AS OBRAS

DA IGREJA MATRIZ

Uma grande noite! Onde estava

tanto talento escondido? Um grupo de

senhoras pôs mãos à obra e organizaram

um grande espectáculo com as Marchas

dos diferentes lugares da Paróquia.

Contaram com a ajuda preciosa da Banda

Ligeira de São Pedro da Cova e do Srº

Alberto Vieira e da aparelhagem sonora

cedida pela Junta de Freguesia.

Um espectador inesperado foi o

Senhor Bispo que quis ficar para a Festa

depois do Crisma. No fim deu os parabéns

a todos e ficou encantado com as gentes de

São Pedro da Cova. Soube-se que no dia

seguinte não falava doutra coisa a quem

encontrava. Para nós foi uma honra ter a

sua presença e um grande estímulo para

este esforço que estamos a fazer de nos

unirmos todos como Paróquia e juntar

alguns fundos para as nossas obras. Isso

foi muito bem sucedido. Estão todos de

parabéns.

De tal forma que chegaram muitas

insistências para que fosse repetido. Será

no dia 7 de Novembro, pelas 15.00 H. na

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FILHOS DE DEUS

No mês de Setembro entraram para a Igreja

pelo Baptismo:

Pedro Miguel Alves Cardoso

Leonor Braga Ferreira de Sousa Domingues

Nuno Filipe Sousa da Silva

Yara Oliveira

Victor Hugo Cardoso Moreira

Rodrigo Filipe Santos Pinto

Ana Rita Ferreira Soares

Tiago André Correia da Silva

Fernando Filipe Rocha Moreira

João Pedro Rocha Moreira

DE MÃOS DADAS

Durante o mês de Setembro celebraram o

Matrimónio:

Ricardo Jorge Magina Oliveira e Cidália da

Cunha Lopes

Bruno Miguel Carvalho Martins do Rio e

Mónica Sofia Silva Moreira

Nuno Alexandre Vieira de Sousa e Susana

Cristina Reis Soares

Sérgio Miguel Alves Ferreira e Catarina Moura

Lascasas

António Jorge Oliveira Moreira e Carla

Alexandra Rocha Tavares

Correcção d’ O POÇO anterior: durante o mês

de Agosto celebraram o Matrimónio:

Márcio Filipe Castro Soares e Lídia Sofia dos

Santos Coelho

Gualter Fernando da Cruz Ribeiro e Elisabete

Patrícia de Castro Ribeiro

Henrique Serafim dos Santos Ferreira e Vânia

Patrícia Barbosa Ferreira

Vítor Miguel Teixeira da Rocha e Ana Isabel

Pinto de Abreu

Edgar Manuel Ferreira dos Santos e Caroline

Hélène Georgette Gobillon

Ricardo Miguel Rocha Alves e Bárbara Patrícia

Martins de Sousa

Domingos Fernandes Ferreira e Fernanda

Maria Teixeira Ribeiro

Nuno Ricardo de Sousa Cunha e Liliana

Andreia Santos Silva

NAS MÃOS DE DEUS

Durante o mês de Setembro faleceram:

António Ramos Cardoso – 60 anos

Armando da Costa – 87 anos

José Maria Martins de Freitas – 88

anos

Joaquim Soares de Oliveira – 82 anos

Manuel de Magalhães – 84 anos

TODOS OS SANTOS E FIÉIS

DEFUNTOS

Dia 1 de Novembro é Dia de Todos os

Santos: A Igreja alegra-se por ser chamada à

Santidade e de ser caminho de Santidade.

Assim foi para muitos que nos precederam e

que vivem agora na Glória de Deus. É um

dia especial porque lembramos muitos que

nos edificaram na fé, por causa deles, do seu

testemunho e dos seus ensinamentos,

também nós podemos continuar esse

caminho da Santidade. Só Deus nos pode

dar esse caminho porque só Ele é Santo e

nos convida a partilhar essa Alegria. Neste

dia celebraremos a Eucaristia nos horários

habituais de Domingo.

No dia seguinte, dia 2, temos o Dia

de Fiéis Defuntos, dia de lembrarmos e de

rezarmos por aqueles que faleceram. Para

eles pedimos a misericórdia de Deus

assentes na fé na bondade Divina que a

todos nos quer, nos chama e nos aguarda. O

Deus a quem rezamos é o mesmo que nos

revela o Seu amor e, por isso, a nossa oração

é um testemunho da nossa esperança em

Deus, cuja grandeza a todos nos espera.

Para a nossa oração nos Cemitérios, iremos

celebrar a Eucaristia nos Cemitérios no dia 1

à tarde: às 15.00 H. no Cemitério da Mó e às

17.00 H. no Cemitério da Covilhã.

Nesse mesmo dia 2, à porta dos

Cemitérios será distribuído gratuitamente

uma pequena publicação com uma reflexão

sobre a morte e a esperança. É uma boa

oportunidade de fazer da nossa visita aos

Cemitérios não só um rito anual, não só uma

homenagem aos mortos, mas pensar um

pouco sobre o nosso fim e o nosso destino. É

uma proposta que se faz com o desejo que

todos possam aproveitar para crescer em

humanidade.

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ESPAÇO CATEQUESE Ideias Partilhadas, Positivas e

Pertinentes

Colabora! Envia as tuas

ideias, as tuas opiniões e

sugestões sobre Catequese

para

[email protected].

CATEQUESE EM MISSÃO

CRUZES ANUNCIADORAS

No âmbito da Missão 2010,

catequizandos, catequistas e pais foram

mobilizados a construírem, ao longo do mês

de Outubro, uma cruz, em cada sala de

catequese. Em madeira, gesso, com flores,

corações, mais rústicas ou estilizadas, cada

cruz foi concebida e construída com muito

empenho, entusiasmo e carinho por cada

um dos grupos de catequese da nossa

paróquia. No entanto, a Cruz não irá ficar

fechada na sala de catequese: o objectivo é

fazê-la sair à rua, para que cumpra a missão

de anunciar aos mais distraídos a morte e

ressurreição de Jesus.

Assim, dezenas de cruzes serão

distribuídas por diversos espaços comercias

/ públicos da paróquia onde ficarão

expostas durante o mês de Novembro…

para que nos lembremos que Jesus está

presente em todos os gestos do nosso dia-a-

dia…

Amanhã, dia 31 de Outubro, poderão

encontrá-las nas Eucaristias das 9h (Srª de

Fátima), 10H (Srª das Mercês) e 11h (Igreja

Matriz) de onde serão enviadas,

simbolicamente, a anunciar que Jesus está

vivo, para sempre, no meio de nós.

O secretariado de Catequese

CPM EM SÃO PEDRO DA COVA

Mais um ano se vai realizar um CPM em

São Pedro da Cova. Os noivos, quando se

aproxima a data do Casamento, são convidados a

fazer uma preparação mais cuidada do

Matrimónio e da vida conjugal que aí nasce. O

Curso de Preparação para o Matrimónio é, pois,

um espaço de diálogo e crescimento, de reflexão e

partilha em ordem a um futuro mais sereno e

mais intenso de compromisso e felicidade. Não é

isso que todos desejamos: uma família sólida e

feliz? Pois o CPM quer fortalecer esse desejo e

ajudar a essa construção. Desejamos que todos se

empenhem na sua realização, que os noivos

aproveitem para melhor se decidirem e que a

equipa de casais que o está a preparar enraíze

mais o amor que os une. Começamos no dia 29 de

Outubro e acabamos no dia 10 de Dezembro,

sempre às sextas-feiras pelas 21.30 H.

NOVO GRUPO DO CRISMA

Estamos a formar um novo Grupo de

preparação para o Crisma. Todos aqueles que

ainda não celebraram este Sacramento da

Iniciação Cristã devem inscrever-se se tiverem

mais de 16 anos ( ou os completar durante o ano

de 2011). Como todos sabem é um tempo de

Catequese de Adultos sobre o fundamental da Fé

para que possamos acreditar com maior

profundidade e nos empenharmos mais na

construção da Igreja, unidos a Jesus Cristo para

glória do Pai. As inscrições estão abertas e os

interessados devem inscrever-se rapidamente

para iniciarmos durante o mês de Novembro. Este

ano, as reuniões serão às terças-feiras, das 21.15

H. às 22.45 H. Aproveitem a oportunidade.

FEIRA DE NATAL

Aproxima-se mais um Natal, um tempo de

Paz e Amor, em que somos chamados à

solidariedade e à partilha. Assim, como tem

acontecido nos anos anteriores, vamos voltar a

fazer a nossa feira de Natal. Já estamos a

organizar as coisas mas, precisamos da ajuda de

todos, por isso, mais uma vez apelamos à vossa

compreensão e generosidade, para fazerem as

vossas ofertas, novas ou usadas. Como é do

conhecimento de todos, as obras já começaram e,

como um pequeno contributo pode fazer toda a

diferença, ficamos à vossa espera.

A

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de cada um a vocação missionária, e ao

mesmo tempo suscita na Igreja Institutos

que assumam, como tarefa própria, o

dever de evangelizar, que pertence a toda

a Igreja.” (cf.”Ad Gentes” Capitulo IV, 23).

Com efeito, a mensagem do

Evangelho chegou até nós pelo anúncio

missionário, iniciada com a pregação dos

apóstolos às primeiras comunidades

cristãs, e continua na Igreja através dos

séculos.

Graças aos Apóstolos Pedro e

Paulo, missionários de Jesus Cristo,

fundadores da Igreja em Roma, todos nós,

no Ocidente , recebemos o anúncio do

Evangelho. Os apóstolos Pedro e Paulo

têm um significado muito especial para

nós, pois seu papel foi determinante na

difusão do Evangelho e na configuração da

Igreja nascente e do próprio Cristianismo.

É sempre bom lembrar que o Evangelho

de Jesus chegou até nós pela pregação e o

testemunho dos apóstolos; por isso, a

Igreja os tem em grande consideração e,

ao longo da história, sempre mediu a

autenticidade da própria fé e do seu

ensinamento na “tradição apostólica”, ou

seja, naquilo que foi transmitido pelos

apóstolos. Nossa Igreja é “católica e

apostólica”, pois ela foi edificada sobre o

ensinamento dos apóstolos e manteve, de

maneira nunca interrompida, sua

fidelidade à fé por eles transmitida. Somos

parte desse imenso povo que crê em Jesus

Cristo, com os apóstolos, e como eles

creram. Isso nos alegra e também é motivo

de firmeza para nossa fé e adesão à Igreja

Católica. Ao mesmo tempo, compromete-

nos a revigorar nossa vida cristã, sempre

de novo, no testemunho apostólico para

realizarmos hoje a missão Jesus confiou a

eles e também a nós. Como eles, também

nós somos convidados a ser ardorosos

discípulos e missionários de Jesus Cristo.

“Nossa Igreja é missionária por

excelência, se ela deixar de ser

missionária, deixa de ser a Igreja de Jesus

Cristo. Se nós não formos missionários,

somos como uma árvore que seca, que não

dá mais flores e frutos; é a vida

missionária que renova constantemente a

vida da Igreja”. (D. Odilo Scherer, Cardeal

de S. Paulo).

A IGREJA MISSIONÁRIA

O mês de Outubro, mês de Nossa Senhora do

Rosário, período em que a Igreja celebra o mês das

missões. A Igreja é uma comunidade de discípulos

missionários.

O primeiro missionário, palavra que significa

enviado, foi Jesus Cristo, o qual, na plenitude dos

tempos, saindo do aconchego da Trindade Santa,

onde existia no princípio junto de Deus, se fez carne

e veio morar no meio de nós. Foi Ele que nos deu a

conhecer a Deus, que ninguém jamais viu. Isso está

claro no Prólogo do Evangelho de João: “De sua

plenitude todos nós recebemos graça por graça. Pois

a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a

verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Ninguém

jamais viu a Deus; o Filho único, que é Deus e está

na intimidade do Pai, foi quem o deu a conhecer.”

(Jo 1, 16-18)

Com efeito, a missão principal de Jesus

Cristo no mundo foi revelar a face bendita de seu

Pai, através de sua vida, milagres e cumprimento

estrito da vontade do Pai: “Eis que venho, ó meu

Deus, para cumprir a vossa vontade” (Hb 10,7):

“rosto divino do homem, rosto humano de Deus”.

(Oração da Conferência de Aparecida elaborada pelo

Papa Bento XVI)

Pois bem, Jesus, sabendo que não era deste

mundo e que voltaria ao Pai, donde saíra, para dar

continuidade à sua obra de sempre estar revelando

aos homens a vontade de Deus, escolheu apóstolos e

discípulos a quem incumbiu de dar continuidade à

missão que lhe fora confiada. Após sua ressurreição,

Jesus apareceu aos onze discípulos, e lhes disse:

“Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio

a vós” (Jo. 20,21).

O mandamento missionário, confiado por

Cristo aos apóstolos, é válido ainda hoje. Temos

certeza de que Jesus Cristo, Missionário por

excelência do Pai, nos acompanha na tarefa

essencial da Igreja, que é evangelizar. Pois Ele

mesmo disse: “Eis que estou convosco todos os dias,

até o fim dos tempos” (Mt 28, 20).

Esse mandato missionário recebeu os apóstolos, que

os transmitiram aos seus sucessores e vigorará até o

fim dos tempos, quando se implantar,

definitivamente, o Reino dos Céus. “Embora todo

discípulo de Cristo tenha a obrigação de difundir a fé

conforme as suas possibilidades, Cristo Senhor

chama sempre dentre os discípulos os que ele quer

para estarem com ele e os envia a evangelizar os

povos. (cf. Mc 3,11ss) E assim, mediante o Espírito

Santo, que para utilidade comum reparte os

carismas como quer (1Cor 12,11), inspira no coração

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Santos missionários portugueses,

citarei somente três:

Santo António de Lisboa, missionário e

discípulo de Jesus.

Fernando de Bulhões e Taveira

nasceu em Lisboa. Ordenado sacerdote

entre os Cónegos Regulares de Santo

Agostinho, deixou-se fascinar pelo

anúncio do Evangelho entre os infiéis.

O martírio de cinco franciscanos,

decapitados em Marrocos, e a vinda dos

seus restos mortais em 1220 para

Coimbra fizeram Fernando abraçar o

espírito de evangelização e trocar a Regra

de Santo Agostinho pela Ordem de São

Francisco, recolhendo-se no Eremitério

dos Olivais de Coimbra e mudando então

o nome para António.

Por essa altura, decidiu deslocar-se

a Marrocos em acção de evangelização,

onde esteve, mas acometido por grave

doença decidiram os Superiores da Ordem

repatriá-lo. No regresso, uma forte

tempestade arrastou o barco para as

costas da Sicília. É aqui, na Itália, que

António se notabilizaria como exímio

teólogo e grande pregador, verdadeiro

missionário.

São João de Brito, ardoroso

missionário na Índia.

Em 1673, foi ordenado sacerdote e

enviado para evangelizar na Índia. Viveu

em Goa, depois no Sul da Índia, onde

aprofundou-se nos estudos e todo aquele

lugar, toda aquela região conheceu o

ardor deste apóstolo.

Homem que comunicava o

Evangelho com a vida, ele buscava viver a

inculturação para que muitos se

rendessem ao amor de Deus num diálogo

constante com as culturas, o que não quer

dizer que sempre encontrou acolhimento.

São João de Brito, modelo para

todos nós de que o amor a Cristo, à Igreja

e a salvação das almas não pode ter

medidas. Por amor à Igreja ele aceitou o

martírio. Exortou e consolou seus filhos

espirituais. Foi morto e lançado ao mar. E

todos foram martirizados, alcançando a

coroa da glória na eternidade.

Beato Inácio de Azevedo

Inácio de Azevedo nasceu no Porto

em 1526. Aos 23 anos, já tinha entrado na

Companhia de Jesus ocupando vários

serviços. Era ardoroso pelas missões além

fronteiras.

Foi quando o Superior Geral o enviou para o

Brasil e, ao retornar, testemunhou a necessidade de

mais missionários. Saíram por isso, 3 naus

missionárias. Em uma delas estavam Inácio de

Azevedo e os 39 companheiros. Inácio de Azevedo,

portuense, e seus companheiros se tornaram

mártires missionários.

Como ser um missionário em nome de Cristo

no mundo actual?

Jesus Cristo confiou à Igreja, 2010 anos

atrás, a Missão de evangelizar todos os povos até os

confins da terra. Devemos semear a Palavra de Deus

no meio da indiferença e da violência, que tentam

anular o bem já semeado em todo esse tempo.

Ao longo dos séculos, a Missão da Igreja não foi

fácil, muito menos isenta de obstáculos: foi sempre

Jesus Cristo confiou à Igreja, 2010 anos

atrás, a Missão de evangelizar todos os povos até os

confins da terra. Devemos semear a Palavra de Deus

no meio da indiferença e da violência, que tentam

anular o bem já semeado em todo esse tempo.

Ao longo dos séculos, a Missão da Igreja não foi

fácil, muito menos isenta de obstáculos: foi sempre

alimentada pelo sangue dos mártires, pelo

sofrimento e privações dos Missionários, pelo

sofrimento daqueles cristãos que, mesmo

torturados, não renegaram sua fé.

A Igreja deve continuar a desempenhar sua

tarefa Missionária de anunciar Jesus, único

Salvador, convidando todos a reconciliar-se com

Cristo. Hoje, somos chamados a ser Missionários e

evangelizadores em um tempo marcado pela

fragmentação dos valores, pelo pluralismo teológico

e pelo consequente relativismo do problema da

verdade. Mas este também é um tempo que

manifesta a acção do Espírito. Santo no meio de nós

e que se abre às exigências da esperança e da

solidariedade entre todos os homens de Boa

Vontade.

Diante dessa realidade, como ser um Missionário

em nome de Jesus Cristo no mundo actual?

A primeira resposta nos vem do Espírito

Santo: acolhemos Cristo sem limites ou

condicionamentos, aceitando corajosamente

deixarmo-nos conquistar sem erguer muros de

interesses humanos ou de egoísmo; em outras

palavras, é preciso fazer com que Cristo viva e aja

em nós. É preciso levar a todos os povos, o Cristo

Vivo.

O Missionário de hoje prega o Evangelho e a

mensagem autêntica de Cristo com a sua pessoa,

com o seu testemunho transforma as realidades ao

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seu redor.

São muitos e diversificados desafios

enfrentados pelos missionários, que procuram ser

outro Cristo, levando a paz e a justiça aos homens.

Diante da violência, Cristo responde com seu

Evangelho, de forma autêntica e necessária aos

nossos dias. O missionário quer construir o Reino

de Deus, quer implantar a Civilização do Amor

neste Terceiro Milénio! Que são sementes de

esperança e do amor de Deus num mundo tão

carente de Deus!

Pe. Anselmo da Silva

A CRISE

Um tema tão comum e recorrente sobre o

qual não poderia faltar também uma reflexão no

nosso Jornal. No entanto, cada um tem a sua

opinião e vê a “crise” à sua maneira. Gostávamos

de ter mais opiniões sobre “a crise”. Enviem-nos

os vossos textos! Aqui fica “uma opinião”. Pode ser

a minha ou a de muitos, pode ser a mais correcta

ou mais distante da realidade. Esta é a minha e

está aberta à discussão.

Desculpem-me a expressão mas: Que raio é

isto de “crise”? Já entrou tantas vezes pelos nossos

ouvidos. Todos os dias a ouvimos, seja no

autocarro, na rua, na mercearia ou nas notícias. É

algo mau, isso todos nós sabemos, até pelo tom

com que é pronunciado mas… O que é realmente?

Nas minhas pesquisas, ou simplesmente nas

minhas conversas do dia-a-dia ouço expressões

como: “Isto agora está muito bom! A fartura é que

nos estraga… antigamente… tínhamos apenas um

par de sapatos e andávamos descalços para não os

romper. Uma sardinha dava para dois ou para

três… passávamos fome e às vezes nem pão

tínhamos para comer… vocês (mais novos) não

sabem nem sonham o que isso é”. Bem,

comparativamente, e pensando que hoje em dia

ninguém se encontra nesta situação,

pelo menos em Portugal, que não por

sua vontade ou culpa, não vivemos em

crise alimentar. E, para os casos mais

graves, podemos sempre encontrar

ajuda nos Vicentinos, no Banco

Alimentar Contra a Fome ou através dos

programas específicos para o efeito

promovidos pelas autarquias.

Estragamos muito, isso é verdade. Há

muito desperdício e pouca capacidade

de sacrifício e de “remedeio”.

Certamente não poderemos comer bife

ou cabrito todos os dias, certamente

também não nos faria bem. É tudo uma

questão de regra e de equilíbrio.

Felizmente a nossa sociedade ainda é

sensível o suficiente aos casos mais

dramáticos e não falta ajuda a quem

verdadeiramente precisa. Bem, esta

crise está “resolvida”, passemos a outra.

Ouço também muitas vezes por aí

(assim como certamente muitos de vós):

“Está tudo tão caro: a gasolina, a roupa,

os medicamentos, a saúde, os livros…”

um imenso número de coisas,

independentemente de serem bens de

primeira necessidade ou não, cujo preço

aumenta a cada dia. Muitas vezes, e

infelizmente para a nossa carteira, não

conseguimos distinguir o essencial do

acessório. Quem não gostaria de ir mais

vezes ao cabeleireiro, de ir todas as

semanas jantar fora, ou mesmo de tirar

férias 3 vezes por ano mas… será que

trabalhamos e produzimos o suficiente

para isso enquanto cidadãos? E

voltando às prioridades: quantos de nós

não acham uma consulta no dentista

cara, que o é efectivamente, mas estão

dispostos a pagar 5, 6, 7 e até 10 vezes

mais por um telemóvel de última

geração ou por uma consola de

videojogos? Digo e repito: é tudo uma

questão de prioridades. Contava-me

uma professora amiga, daquelas que

felizmente ainda se preocupam com o

bem-estar dos seus alunos: “Tenho

crianças cujo seu desenvolvimento

cognitivo está comprometido porque

não fazem uma alimentação correcta e

saudável. Às vezes, muitas vezes, os

únicos alimentos que têm disponíveis

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durante o dia, são os que lhes são dados

nas escolas. Falei com os pais, fui a casa de

alguns deles (quando não conseguia que

viessem à escola) e, para meu espanto,

tinham televisões de plasma nas salas e

uns bons carros à porta… que posso eu

fazer por estas crianças?”

Sim, que pode cada um de nós fazer

nesta sociedade doente e sustentada a

subsídios que, ajudando alguns, fomentam

a preguiça e o laxismo de outros. Que

posso eu fazer se um pai ou uma mãe, em

vez de utilizar os rendimentos mínimos e

subsídios de desemprego para comprar

alimentos para os seus filhos, os usam para

comprar bens acessórios e que em nada

vão contribuir para alterar a sua situação

que deveria ser provisória. É esta a “crise”

de que todos falam? Esta é uma crise de

mentalidade que será muito difícil de

mudar… mas porquê? Não é óbvio?!

Terceiro exemplo (e poderia

enumerar mais uns quantos!): Crise de

valores, de exemplos, de modelos de vida.

Quais são hoje os nossos “exemplos”? Para

quem podemos olhar e dizer: “quero ser

como tu”. Cristo! É, foi e sempre será o

Nosso Maior Exemplo. A Ele devemos

sempre ouvir e seguir, com todas as nossas

forças! Mas… e ao nosso lado? Nos

principais cargos de responsabilidade da

nossa vida em sociedade? Da nossa nação,

região, distrito ou mesmo do nosso

concelho? Ouvimos falar em corrupção

sem limites, crimes atrás de crimes, a

maioria das vezes impunes, sem que

ninguém duvide da culpabilidade dos

arguidos, mas absolvidos por um sem fim

de “erros processuais”. Hoje em dia

duvidamos da honestidade e seriedade de

todos. A palavra de um homem já não vale

o que valia. E se eles podem, nós também

podemos! Ou acham que se, por exemplo,

os nossos políticos fossem os primeiros a

dar “o exemplo” não estaríamos melhor?

Desde os ordenados exorbitantes às

acumulações de reformas e vencimentos, à

não promoção da meritocracia mas sim

dos favorecimentos e amizades que

colocam pessoas mal preparadas e mal

formadas à frente dos nossos destinos…

enfim… É, para mim, infelizmente, parte

da nossa realidade. É esta a nossa crise?

Será?

Mas “a crise” não é senão culpa

nossa e fruto das nossas acções. Somos um

país que vive do “chico-espertismo” saloio, onde

quanto mais se enganar e delapidar o bem comum

mais somos considerados os “maiores”. Quando

maior for o nosso”golpe”, com mais “respeito”

somos vistos pelos nossos pares. E é isto que nos

trama como sociedade: fuga aos impostos,

corrupção, falta de honestidade, violência,

mentira, impunidade, etc, etc, etc… Se não, como

é que os outros países conseguem sair da “crise” e

nós continuamos sempre nesta vida miserável

que, do meu ponto de vista, é muito mais culpa de

como nós a pintamos e não como é na realidade

(ver início do texto).

É um facto que estamos mal, é uma

realidade que poderíamos estar muito melhor

mas… que pode cada um de nós fazer? O que é

cada um de nós está realmente disposto a fazer?

Podemos não conseguir mudar o mundo inteiro,

mas é melhor mudar o que nos rodeia do que não

fazer nada e deixar tudo na mesma! A esperança

existe e não deve morrer nunca! É sempre

possível fazer mais e melhor, é sempre possível

lutar por uma sociedade mais justa, é sempre

possível levantarmo-nos, aprendermos com o

erros e seguirmos em frente mais fortes do que

nunca! Somos um Povo de heróis e de grandes

vitórias! Para voltarmos a sê-lo basta querermos,

cada um de nós contribuindo para um todo, para

um bem comum. A crise não está senão nas

nossas cabeças, a ocupar e a atrofiar todos os dias

a clareza do nosso pensamento, a limitar os

nossos passos e a nossa coragem para seguir em

frente na luta que temos que travar para termos

um futuro mais risonho e promissor. Depende de

todos, depende de cada um de nós e da nossa

disponibilidade, sob pena de continuarmos nesta

depressão e neste caminho que não nos leva a

lado nenhum…! Vamos acabar com a crise que

existe dentro de cada um, esse é o primeiro passo

e o maior de todos os obstáculos!

Vítor Almeida

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CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA

Ferial

(2ª a 6ª feira): 19.00 H na Igreja Paroquial

Dominical

Sábado:

19.00 H. na Igreja Paroquial

Domingo:

8.00 H. na Igreja Paroquial

9.00 H. na Igreja da Senhora de Fátima

10.00 H. na Igreja da Senhora das Mercês

11.00 H. na Igreja Paroquial

HORÁRIO DA SECRETARIA

PAROQUIAL

A Secretaria Paroquial está instalada junto da

entrada lateral da Igreja do lado do Cemitério e

funciona de 2ª a Sábados das 15.00 Horas às 19.00

Horas

O atendimento normal do Pároco é de 3ª a 6ª feira

das 16.30 Horas às 18.30 Horas. Se houver

necessidade de atender noutro horário, pode-se

combinar com o Pároco qualquer outra hora mais

conveniente.

CONTACTOS

Igreja Paroquial de São Pedro da Cova

Rua da Igreja

4510-283 SÃO PEDRO DA COVA

Tel.: 938 539 139

e-mail da Paróquia:

[email protected]

e-mail do Pároco:

[email protected]

e-mail do Boletim Paroquial:

[email protected]

Pagina Web da Paróquia:

www.paroquiasaopedrodacova.org

A PERGUNTA NA HORA DE

PARTIR

Seminário: “A pergunta na hora de partir”

– A morte na poesia Portuguesa do séc. XX

Este Seminário realiza-se no dia 15

de Novembro, no Auditório 1 da

Universidade Católica Portuguesa – Centro

Regional do Porto (Pólo da Foz) e conta

com quatro comunicações sobre quatro

poetas portugueses: António Nobre,

Teixeira de Pascoaes, Ruy Belo e Daniel

Faria.

Programa: 15.00 h.: Abertura: Prof. Joaquim Azevedo

15.30 h.: António Nobre: José Carlos Seabra Pereira

16.00 h.: Teixeira de Pascoaes: António Cândido

Franco

17.00 h.: Pausa para Café

17.30 h.: Ruy Belo: Manuel António Ribeiro

18.00 h.: Daniel Faria: Carlos A. Moreira Azevedo

19.00 h.: Encerramento: D. Manuel Clemente

À noite, às 21.30 h., no Auditório Ilídio

Pinho, na mesma Universidade, haverá:

- apresentação dum texto de José Manuel

Teixeira: “Penas Pesadas da Neve”.

- Concerto: “Quarteto para o Fim dos Tempos”

de Olivier Messiaen por: Filipe Pinto-Ribeiro

(piano), Pascal Moraguês (clarinete), Tatiana

Samouil (violino) e Justus Grimm (violoncelo)

Decorrerá simultaneamente uma

exposição de esculturas de Karin Somers.

A entrada em todos estes

acontecimentos é livre e grátis. Contudo,

devem inscrever-se até 10 de Novembro para:

Secretariado Diocesano da Pastoral da Cultura

Casa Diocesana, Rua Arcediago Van Zeller, 50

– 4050-621 PORTO

ou [email protected]

EQUIPA EDITORIAL

Clã – Agrupamento Escuteiros

Fernanda Albertina Costa Correia

Fernando José Teixeira Oliveira

Fernando Silvestre Rosas Magalhães

João Vasco Castro Rodrigues

José Armando Coimbra de Pinho

José Cristóvão Fernandes Nogueira

Vitor Damião França Almeida

Arranjo Gráfico:

Rui Pombares (www.token.pt)

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PARA UM ROSTO MISSIONÁRIO DA IGREJA

EM PORTUGAL Carta Pastoral dos Bispos de Portugal

Atravessamos hoje um mundo em profunda mudança. Na cidade hodierna

cruzam-se pessoas de diferentes cores, culturas, línguas e credos. A busca de

melhores condições de vida tão depressa traz para a cidade pessoas de outros

países e de diferentes situações sociais, culturais e religiosas, como faz partir

também muitos dos seus anteriores habitantes. Dado o crescente pluralismo

cultural e religioso, aliado a uma onda de secularização e individualismo e a um

crescente relativismo e indiferença, já não são os campanários das igrejas que

marcam o ritmo da vida das pessoas. O Evangelho de Jesus Cristo é cada vez

menos conhecido. E para uma parte significativa daqueles que dizem conhecê-

lo, é notório que já perdeu muito do seu encanto e significado. Este cenário é

preocupante e pede, com urgência, à Igreja presente na cidade dos homens uma

nova cultura de evangelização, que vá muito para além de uma simples pastoral

de manutenção. Deve notar-se que, nas comunidades cristãs primitivas, o termo

«Evangelho» é um nome de acção e não de estado, significa «anunciar a notícia

feliz da Ressurreição de Jesus», pelo que não pode ser confundido com um livro

colocado na estante que gera vidas colocadas na estante; «Evangelho» significa

então «evangelização», e evangelização implica movimento e comunicação, e

requer tempo, formação, inteligência, entranhas, mãos e coração.

Se não estivermos entusiasmados pela profundidade e pela beleza da

nossa fé, não podemos verdadeiramente transmiti-la nem aos vizinhos nem aos

filhos nem às gerações futuras. Neste tempo em que, no sentir de muitos, a fé

cristã deixou de ser património comum da sociedade, não bastam os discursos,

os apelos morais ou os acenos genéricos aos valores cristãos, ainda que estes

continuem a ser indispensáveis. É sabido, de facto, que «a mera enunciação da

mensagem não chega ao mais fundo do coração da pessoa, não toca a sua

liberdade, não muda a vida». Num tempo assim, «aquilo que fascina é sobretudo

o encontro com pessoas crentes que, pela sua fé, atraem para a graça de Cristo,

dando testemunho d’Ele. Num tempo como este, já não é suficiente reformar

estruturas. É necessário converter a nossa vida, expondo-nos permanentemente

àquela rajada de verbos do Senhor Jesus: «vai», «vende», «dá», «vem» e «segue-

Me» (Mc 10,21), e transformarmo-nos em testemunhas de Cristo Ressuscitado

no nosso ambiente e em toda a parte. Já não basta conservar as comunidades já

existentes, ainda que isso seja importante. Entre tantas urgências, todos temos

de reconhecer que o mais urgente é ainda e sempre a missão. É, portanto,

necessário e inadiável levantar-se e partir em missão.

http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?&id=80195

José Pinho