BOLETIM SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DO...

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BOLETIM SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DO EXERCÍCIO E DO ESPORTE - MARCOS BRAZÃO evento inovador evento inovador supera expectativas! supera expectativas! evento inovador supera expectativas! evento inovador evento inovador supera expectativas! supera expectativas! evento inovador supera expectativas! ANO 04 - EDIÇÃO 11 28º Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte 28º Congresso Brasileiro 28º Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício de Medicina do Exercício e do Esporte e do Esporte 28º Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte 28º Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte Novembro Azul pelo Dr. Marco Aurélio Moraes pág . 03 Artigo O surfe e o médico do esporte Dra Ana Paula Simões pág. 11 Entrevista Dr. Kawazoe - Preparativos para os principais eventos da especialidade no país pág. 12 1º Simpósio de Medicina do Esporte da Regional do Pará pág. 14

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BOLETIM SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINADO EXERCÍCIO E DO ESPORTE - MARCOS BRAZÃO

evento inovador evento inovador supera expectativas!supera expectativas!evento inovador supera expectativas!evento inovador evento inovador supera expectativas!supera expectativas!evento inovador supera expectativas!

ANO 04 - EDIÇÃO 11

28º Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte

28º Congresso Brasileiro 28º Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício de Medicina do Exercício e do Esporte e do Esporte

28º Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte

28º Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte

Novembro Azul pelo Dr. Marco Aurélio Moraespág . 03

ArtigoO surfe e o médico do esporte Dra Ana Paula Simõespág. 11

Entrevista Dr. Kawazoe - Preparativos para os principais eventos da especialidade no paíspág. 12

1º Simpósio de Medicina doEsporte da Regional do Parápág. 14

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EditorialPrezados colegas:

ExpedienteSociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte

SedeoAv. Brig. Luís Antônio, 278 – 4 andar

São Paulo – SPFone: (11) 3106-7544

E-mail [email protected]

Nova diretoria da SBMEE:

Presidente:Dr. Daniel Arkader Kopiler

Vice-presidente:Dr. Marcos Laraya

Diretor científico:Dr. José Kawazoe Lazzoli

Diretor financeiro:Dr. Marco Aurélio Moraes

Secretário:Dr. Héldio Fortunato Gaspar de Freitas

Diretor de relações comerciais:Dr. João Ricardo Turra

Editor RBME/ Editor-chefe do Boletim SBMEE: Marcos Brazão - Dr. Ricardo Munir Nahas

Editor associado: Luiz Jorge da Conceição.

Diretor de comunicação:Dr. Ivan Pacheco

Diretor de regionais:Dr. Ricardo Galotti

Diretoria de defesa profissional 1:Dr. Jimmy Henry Ricaldi Rocha

Diretoria de defesa profissional 2:Dr. Ronaldo Cançado

Presidente passado:Dr. Samir Daher

Redação e ediçãoMônica Petry (Mtb 28972)

Jornalista responsávelVanessa Mastro (Mtb 45224)

Coordenação editorial: Dr. Ronaldo Arkader

Contato com a redação:[email protected]@vanessamastro.com.br

Projeto gráfico e editoração:Ponto Criarte - Filipe [email protected]

pág. 02

Foto: Arquivo SBMEE/Antonio Bertagnoli

Prezados Colegas

Outubro nos reservou muitas emoções. Tivemos na bela Florianópolis um

grande evento que foi o 28º Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do

Esporte.

Reunimos cerca de 900 participantes, entre palestrantes e congressistas, que

tiveram a oportunidade de trazer assuntos relevantes e muitas vezes

polêmicos para discussão, elevando o nível da informação, e muitas vezes nos

fazendo repensar sobre os nossos conceitos.

Novos modelos de vanguarda nas apresentações foram criados como: “SBME

ONZE & MEIA”, “SBME LINHA DE PASSE” e ”RESENHA SBME”, procurando

passar a informação científica de uma maneira mais informal e palatável.

Tivemos ainda uma reunião com os representantes das Sociedades Regionais,

incluindo as que estão em processo de regularização ou pretendem ser

criadas, capitaneadas pelo Dr. Ricardo Galloti, com o objetivo de fortalecer a

especialidade, aumentar o número de associados e criar referências nas

diversas regiões do Brasil.

Ainda nessa linha, a busca do futuro médico do esporte, através do

fortalecimento e criação das ligas acadêmicas. Quantos potenciais médicos do

esporte podem ser despertados dentro das universidades para a nossa área, e

ficam sem saber o potencial da nossa especialidade.

Temos um caminho longo e difícil, mas o nosso time de médicos do exercício e

do esporte é forte e tem muita vontade. Vamos criar bases sólidas para um

crescimento independente das forças individuais.

Abraço,

Daniel Kopiler

Presidente

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Redução de risco – Exercícios X Câncer Indivíduos mais ativos fisicamente apresentam redução do risco de mortalidade câncer-específico, tal como redução de recorrência ou mortalidade por recorrência câncer-específico em mama, próstata e cólon/reto, quando comparado a indivíduos sedentários (1). Trabalhos recentes inclusive demonstram, em modelos animais, que o exercício aumentaria o influxo de células imunes em tumores, com uma redução maior que 60% na incidência e crescimento tumoral (2). Exemplificando a importância do exercício, em relação ao câncer de sistema digestivo, em especial trato digestivo, a atividade física aeróbica regular reduziu o risco destes, quando com gasto de energia equivalente a caminhada leve a moderada de 10 horas semanais (3). Além disto, exercício aeróbico está associado a redução de incidência gradual e substancial de eventos cardiovasculares em mulheres com câncer de mama não metastático (que é a principal causa de morte neste grupo de pacientes)(4).

Exercício como prevenção do câncer de próstata O sedentarismo tem sido ligado a aumento de PSA, e uma meta-análise encontrou uma relação inversa entre atividade física e risco de câncer prostático (5). Intervenções no estilo de vida, dentre eles a atividade física regular, indicam redução do número de pacientes submetidos a tratamento ativo (tratamento excessivo de doença clinicamente pouco significativa) e modificações positivas na modulação de processos biológicos envolvidos na progressão do tumor prostático (6).

Exercício como opção terapêutica associada

Em pacientes com câncer de próstata, que é uma doença de curso progressiva e lenta, e que tem apresentado avanços s ignificat ivos no tratamento e detecção diagnóstica precoce, a doença cardíaca isquêmica é a principal causa de morte. Assim sendo, percebe-se que o

Novembro AzulNovembro AzulDr. Marco Aurélio Gomes Moraes, médico do esporte, coordenador médico do Serviço de Reabilitação Cardíaca do Hospital Pró-Cardíaco do Rio de Janeiro ediretor financeiro da SBMEE escreve sobre o papel dos exercícios físicos na prevenção do câncer de próstata, na redução de incidências e como opção terapêutica.

Foto: Novembro AzulFoto: Samantha Mara Turbay e Álvaro de Maria/Foto em Congresso

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exercício pode ser uma ferramenta fundamental na prevenção de morte neste grupo. Nos pacientes com quadros mais graves (câncer prostático metastático ou localmente avançado) a utilização da terapia de privação do androgênio (ADT) constitui-se como o tratamento sistêmico primário. Porém, o ADT aumenta o risco de eventos cardiovasculares, primordialmente por modificações indiretas nos fatores de risco cardiovascular, o que motivou, dentre outras medidas, a se utilizar a atividade física regular como um mecanismo importante no tratamento deste subgrupo de pacientes. Recomenda-se atualmente 150 minutos de atividade física aeróbica de leve a moderada intensidade, ou 75 minutos de atividade de alta intensidade, ou exercícios de força ou ambos associados, como programa de treinamento (7). Deve-se ressaltar que os pacientes com menor percepção de sintomas secundários das alterações hormonais induzidas pelo tratamento com ADT apresentam maior aderência à realização de atividade física regular, pois experimentam melhor percepção positiva da capacidade de executar tarefas diárias ou atividades de lazer (8). Exercícios afetam parâmetros laboratoriais diagnósticos para câncer de próstata?

De acordo com a orientação de diversos laboratórios de análises clínicas, em relação a dosagem do PSA, deve-se evitar exercícios em bicicleta ou equitação nas 48 horas que precedem a data da coleta do exame. Ferramenta indispensável para vida saudável

Para fecharmos esta entrevista a sugestão que fica é: atividade física é fundamental, e no câncer de próstata não é diferente. Portanto, vamos aproveitar esta campanha de prevenção (novembro azul) para lembrar da importância do exercício como ferramenta indispensável para uma vida mais saudável, com menos riscos de morbimortalidade e melhor qualidade de vida. Referências:

1 - Clin Cancer Res 2016. Oct 1;22(19): 4766-75

2 - Mol Cell Oncol 2016. Apr15;3

3- JAMA Oncol 2016. Sept 1; 2(9): 1146-53

4 - J Clin Oncol 2016. Aug 10; 34(23): 2743-49 5 - Lancet Oncol 2014. Oct 15(11): 484-492

6 - Nat Rev Urol 2016. May 13(5): 258-65

7-Circulation 2016. Feb 2; 133 (5): 537-41

8- Cancer Med 2016. May 5 (5): 787-94

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O 28O Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte que aconteceu entre os dias 13 e 15 de outubro no Costão do Santinho Resort, em Florianópolis, Santa Catarina, contou com um público de 900 pessoas entre médicos, nutricionistas, fisioterapeutas e profissionais de educação física, entre outros.

Foram 123 palestrantes que ministraram cursos, palestras, simpósios, como o Internacional Sports & Cardiology II, ainda no dia 12; e mesas-redondas sobre diversos temas relacionados à medicina esportiva. “A bela Florianópolis com certeza recebeu um Congresso inesquecível, aliando conhecimento e vanguarda", declarou o presidente da SBMEE, Dr. Daniel Kopiler.

Os destaques ficaram por conta de três atrações especiais, inspiradas em programas da televisão brasileira: Na sexta-feira, dia 14, a atividade “Linha de Passe”, atividade que remete aos programas de comentaristas esportivos comandada pelo diretor científico da SBMEE, Dr. José Kawazoe Lazzoli, teve como temas centrais os Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016.

Houve participação de médicos dos Comitês Olímpico e Paralímpico Brasileiro (COB e CPB), como o Dr. Roberto Vital, médico do CPB que atua há 30 anos com o esporte adaptado; do coordenador médico do Comitê Olímpico do Brasil, Dr. Roberto Nahon e a ex-triatleta profissional e membro do Controle Anti-Doping, Dra. Sandra Soldan. A participação do atleta paralímpico Clodoaldo Silva, nadador medalhista, foi uma das atrações que mais chamou a atenção do público, com quem foi simpático, conversou e tirou fotos.

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Com formato diferenciado e intensa

participação do público, evento foi

marcado por novidades e dinamismo

Com formato diferenciado e intensa

participação do público, evento foi

marcado por novidades e dinamismo

O Congresso foi um sucesso!O Congresso foi um sucesso!

Fotos: Samantha Mara Turbay e Álvaro de Maria/Foto em Congresso

Drs. Daniel Zarrillo, José Kawazoe, Daniel Kopiler, Marcelo Leitão e Lourenço Mara em Cerimônia de Abertura do Congresso SBMEE 2016

Drs Roberto Nahon, Sandra Soldan, José Kawazoe, Clodoaldo Silva (atleta paralímpico) e Roberto Vital

Fotos: Samantha Mara Turbay e Álvaro de Maria/Foto em Congresso

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“A SBMEE tem no pioneirismo uma de suas características e procuramos fugir do lugar-comum das atividades tradicionais dos congressos médicos”, declarou Lazzoli.

No mesmo dia Dr. Kopiler entrevistou especialistas em medicina do esporte na atração em formato talk-show “SBMEE Onze & Meia”.

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Dr. Daniel Kopiler entrevista o Dr. Serafim Borges em SBMEE Onze & Meia Drs André Pedrinelli, Edilson Thiele, Serafim Borges, Ivan Pacheco, Ricardo Galotti e Marcelo Leitão na Resenha SBMEE.

O Dr. Serafim Borges, ex-presidente da Sociedade de Medicina do Exercício e do Esporte do Rio de Janeiro e ex-cardiologista da Seleção Brasileira de Futebol, falou de sua carreira e experiência.

Já a “Resenha do SBMEE” que aconteceu no sábado, dia 15, foi uma atividade bastante descontraída, comandada pelo presidente eleito da SBMEE, Dr. Marcelo Leitão. O mote foi a interação entre especialistas em medicina do esporte que trabalham com futebol como os doutores André Pedrinelli, Ricardo Galotti, Serafim Borges, Ivan Pacheco e Edilson Thiele.

Congressistas fazem yoga ao ar livre no sábado, dia 15. Foto: Lourenço S. Mara/Arquivo pessoal

Outros assuntos debatidos foram Esporte Competitivo em Crianças e Adolescentes, Síndrome do Excesso de Treinamento, Reabilitação Cardiovascular, Joelho do Atleta, Exercício Físico do Idoso e Suplementação e Ergogênicos no Esporte, entre muitos outros.

No sábado, dia 15, entusiasmados participantes do Congresso acordaram cedo, às 07h00, para fazer a yoga e a caminhada na praia com a orientação do professor Felipe Godinho.

yogayoga

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Apresentação Oral dos Trabalhos CientíficosOs vencedores receberam o prêmio de 1.500, 750 e 500 reais pelo primeiro, segundo e terceiro lugar, respectivamente.

Confira o resultado:

1º LUGARTerapia regenerativa com células-tronco do tecido adiposo na cartilagem articular do joelho. Autores : A lessandro Rozim Zorzi ; Angela Cristina Malheiros Luzo; João Batista de Miranda - UNICAMP - Campinas - São Paulo - Brasil

2º LUGARAlterações na glicemia e no perfil lipídico provocadas pelo exercício físico durante o processo de abstinência alcoólica em ratos wistar. �Autores: Paulo Henrique Quaresma Bizanha; Thamires Righi; Eveline Torres Pereira; Luciana Moreira Lima; Daise Nunes Queiroz da Cunha; Ana Carolina Silva Paiva - Universidade Federal de Viçosa - Viçosa - Minas Gerais - Brasil

3º LUGARAvaliação da função aeróbia em atletas profissionais de futebol d e c a m p o s u b m e t i d o s a reconstrução do ligamento cruzado anterior. Autores: Adriano Marques De Almeida; Paulo Roberto Santos-Silva; André Pedrinelli; Arnaldo José Hernandez - IOTHCFMUSP - SÃO PAULO - São Paulo – Brasil

Reunião das Regionais teve como Objetivo Promover a Medicina do Esporte no PaísReunião das Regionais teve como Objetivo Promover a Medicina do Esporte no PaísO presidente da SBMEE Dr. Daniel Kopiler, acompanhado do diretor de regionais da instituição, Dr. Ricardo Galotti, receberam os presidentes das regionais de medicina do exercício e do esporte dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco, Bahia e Santa Catarina no Congresso para debater e compartilhar sugestões e experiências com o intuito de promover a medicina esportiva em todo o país. A ampliação das residências médicas, dos congressos e a abertura de novas regionais foram alguns dos assuntos. Entre os convidados, o Dr. Helton Novoa (Pará), Dr. Fabrício Buzzato (Espírito Santo) e Dr. Fabrício Frauzino (Tocantins), representantes de estados que ainda não contam com uma regional oficial foram convidados por Galotti, que acredita ser possível e importante a abertura de novas sedes. “Daremos todo o suporte e respaldo a eles. Vamos esperar a regularização da documentação”, declarou o diretor de regionais.A expansão das ligas de medicina esportiva também foi tema do encontro. Em sua maioria da região sudeste (são 13 de São Paulo e 07 do Rio de Janeiro), elas formaram-se em outros estados em 2016 e estão presentes em Minas Gerais, Amazônia, Bahia, Paraná e Santa Catarina. “Trabalhamos para cadastrar todas as ligas do país e aproximar os acadêmicos de medicina da SBMEE.”, declarou Galotti. “Além disso estamos reativando e regularizando as regionais que já existem, porém estão inativas, como as da Bahia, Paraná, Pernambuco e Ceará. Acreditamos muito em aumentar a atuação da região nordeste”, concluiu.

Foto: Daniel Kopiler/arquivo pessoal

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Como em todos os anos as provas para o Título de Especialista foram aplicadas no Congresso. Reconhecida pela Associação Médica Brasileira (AMB), que entrega o título aos aprovados, ela teve 100 questões de múltipla escolha com quatro alternativas (somente uma correta). A prova contou com os mesmos rígidos critérios – como a ida do candidato ao banheiro acompanhado por monitores.Os resultados foram ótimos: com 90% de aprovação:

dos 40 candidatos apenas 04 foram reprovados. Para ser aprovado era necessário obter 60% de acertos pontos (sendo 50% de acertos na prova escrita). As outras provas foram as de teste oral e de habilidades.

A Dra. Daniela Nacaratto passou na prova, mas conta que não foi fácil. “O mais difícil foi estudar realmente tudo, pois a medicina esportiva é um campo muito amplo, que se relaciona com diversas especialidades, então o conteúdo é muito extenso.” Nacaratto aprovou a postura dos examinadores e acredita que os tópicos mais importantes foram abordados. Agora com a sensação de dever cumprido, ela diz ser gratificante ter o conhecimento reconhecido. “Saber que a certificação é levada a sério me dá uma sensação maior de segurança por ter certeza que temos médicos competentes atuando ao nosso lado.”

A lista de aprovados está no site da SBMEE: http://medicinadoesporte.org.br/confira-a-lista-de-aprovados-do-teme-2016/

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TEME

Daniela Nacaratto (esq.) com amigas congressistas

Candidatos aguardam instruções para prova do TEMECandidatos aguardam instruções para prova do TEME

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- O médico do esporte e o seu papel no surfe- O médico do esporte e o seu papel no surfe*Dra Ana Paula Simões

Milhões de surfistas em todo o mundo são propensos a condições agudas e crônicas de lesões durante a prática do esporte. As lesões ortopédicas mais comuns são: entorses, distensões, luxações e fraturas, com uma taxa global de 3,5 lesões por mil dias de surfe. As áreas mais comumente afetadas para entorses, distensões e luxações são a coluna lombar e cervical, ombro, joelho e tornozelo. Para fraturas, a cabeça é o local mais comum, envolvendo principalmente o nariz e os dentes; apesar das fraturas de costela serem o segundo local mais comum. Fraturas cranioespinhais são raras, mas temos uma preocupação especial por causa das consequências graves, incluindo paralisia e morte.

Causas

Existem três mecanismos comuns para lesões no surfe:

• Wipeout - queda com contato com a superfície do fundo do mar – podem ser traumas diretos no recife, rocha ou areia que podem causar lesões e escoriações. O tipo e a extensão dependem da posição e contato da área do surfista.

• Manobras aéreas - ao levantar-se em ondas rápidas e íngremes, o surfista pode pousar com os pés fora do centro, colocando excessiva rotação ou medial/força lateral através de joelhos ou tornozelos, levando a um entorse agudo no joelho e tornozelo, lesionando ligamentos e articulações das pernas.

• Uso excessivo/crônica - lesões do ombro, pescoço, costas e cotovelo são comuns e se relacionam com tempo prolongado de remada, (barriga para baixo), em uma prancha.

Prevenção

1- Equipamento de proteção: Usar o equipamento adequado pode ajudar a prevenir lesões. Entre eles:

• Protetores de bico da prancha: podem ser plásticos ou de borracha montados na ponta dianteira da prancha para suavizar o golpe numa queda ou contato com o surfista.

• Capacetes: em grandes ondas ou quando navegar sobre recifes.• Leash maior: também pode ser muito útil na prevenção de lesões de

contato com a prancha.

2- Conhecimento das condições climáticas e de surfe específicos:

• Conhecer onde a onda quebra; ou seja, onde o mar está raso, a direção das ondas, vento, etc.

3 – Flexibilidade:

• A flexibilidade de um surfista é muito importante. Alongar antes de saltar na água pode fazer uma grande diferença no desempenho e prevenção de lesões.

Principais locais que devem ser aquecidos e alongados: extensão torácica da coluna posterior, manguito rotador, afastadores escapulares, peitoral, sistema miofascial, do glúteo, flexão da coluna lombar/extensão, flexão do quadril, rotação do quadril, flexão dorsal do tornozelo.

4 – Condicionamento:

• Surfar envolve grandes desafios para o equilíbrio, por isso o trabalho da estabilidade do núcleo (CORE) deve formar claramente uma parte integrante da do condicionamento através de exercícios funcionais .

• Exercícios de força da perna de cadeia fechada, como de cócoras, e trabalho de força superior do tronco para empurrar para fora da prancha são mandatórios .

• Trabalhar no sentido de desenvolver a energia. Pliometria e de agilidade são exercícios ideais e devem ser incluídos em um programa de progressão e evolução conforme o atleta melhora seu condicionamento.

Tratamento

As lesões agudas devem ser geridas como se faria para qualquer outro atleta. Repouso, gelo, compressão, elevação. Deve haver ênfase em devolver o completo movimento das articulações como coluna, ombro, joelho e tornozelo. O médico do esporte deve tentar alcançar objetivos de reabilitação específicos para surfe, gesto esportivo e suas necessidades individuais.

* A Dra. Ana Paula Simões é médica do esporte, professora, instrutora, mestre em ortopedia e traumatologia pela Santa Casa de São Paulo e vice-presidente da Sociedade Paulista de Medicina de Desportos (SPAMDE).

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“Congresso da FIMS 2018 no Brasil tem tudo para ficar marcado na história”

O diretor científico da SBMEE e tesoureiro de Federação Internacional de Medicina do Esporte fala sobre a responsabilidade do cargo, das novidades do último Congresso mundial na Eslovênia e da expectativa e preparativos para os próximos eventos internacionais no Rio de Janeiro: Pan-Americano e Mundial

SBMEE - O senhor é tesoureiro da Federação Internacional de Medicina do Esporte (FIMS) desde 2014. Qual o seu envolvimento com a entidade e qual a importância de pertencer à sua diretoria?

Sou tesoureiro da Federação Internacional de Medicina do Esporte e anteriormente era membro eleito do Comitê Executivo, cargo que ocupei de 2010 a 2014. A importância reside no fato da medicina do exercício e do esporte brasileira estar representada no núcleo de comando da principal entidade internacional da nossa especialidade. O cargo de Tesoureiro da FIMS é parte do assim denominado “FIMS Bureau”, formado pelo presidente, pelo 1º vice-presidente, pelo secretário-geral e pelo tesoureiro. SBMEE - O que lhe chamou a atenção na edição deste ano do Congresso Internacional?

Muitos avanços no cuidado ao atleta de alto rendimento têm sido desenvolvidos em todo o mundo, tanto nas estratégias para um melhor rendimento, como também para uma prática desportiva mais saudável e segura (tanto do ponto de vista clínico, cardiológico e de prevenção de lesões). Além disso, muitas pesquisas têm sido conduzidas em todo o mundo sobre os efeitos benéficos do exercício físico para a saúde do cidadão comum, não atleta. A Genética do Esporte é uma área nova e promissora. E a área de controle anti-doping tem procurado assegurar aos atletas limpos (que representam a grande maioria) que possam continuar competindo de forma honesta e sem prejudicar a sua saúde. SBMEE - Em 2018 teremos a 35a edição do Congresso Mundial de Medicina do Esporte no Rio de Janeiro. A SBMEE teve um papel determinante nesta escolha. Como foi, em 2014, a campanha para promover a capital carioca?

Nós aprendemos com os nossos erros e fomos capazes de superá-los. Em 2012, em Roma, disputamos pela primeira vez para trazer o Congresso Mundial em 2016 para o Rio de Janeiro; na ocasião, disputamos com Kuala Lumpur e Istambul, tendo sido esta última cidade eleita para o Congresso deste ano (o Congresso acabou sendo transferido para Ljubliana, Eslovênia). Fomos capazes de identificar onde poderíamos ter feito melhor e estávamos

mais bem preparados para Quebec, onde disputamos com Kuala Lumpur e Praga. Creio que fomos capazes de mostrar aos delegados de todos os países que a SBMEE está suficientemente amadurecida para organizar um Congresso de tamanho vulto, justamente na cidade maravilhosa, que acaba de sediar o maior evento desportivo do planeta! SBMEE - O que deve ser feito para que o Congresso Mundial da FIMS no Brasil seja um sucesso?

Penso que devamos trabalhar com muita seriedade e assessorados pelos melhores profissionais. Hoje a SBMEE tem uma estrutura enxuta, porém está apta a encarar esse grande desafio. Penso que o esforço deve ser de todos, não somente dos membros da diretoria da SBMEE, mas daqueles que militam na nossa especialidade e desejam demonstrar claramente que, a despeito de todos os problemas estruturais que possamos ter no Brasil, a medicina do exercício e do esporte brasileira é composta por profissionais do mais alto nível e capazes de situar o nosso país no mais alto patamar, entre as principais potências da especialidade no mundo. A SBMEE terá o papel de congregar todos aqueles que desejam dar a sua contribuição para um evento que tem tudo para ficar marcado na nossa história. E todos aqueles que pretendam estar conosco devem se manifestar desde já, pois já estamos iniciando os trabalhos em uma trajetória ascendente que passa pelo Congresso Pan-Americano em 2017 e pelo Congresso Mundial em 2018.

Dr. Kawazoe no Congresso da FIMS deste ano na Eslovênia. Foto: Arquivo pessoal.

Dr. Kawazoe no Congresso da FIMS deste ano na Eslovênia. Foto: Arquivo pessoal.

Entrevista: Dr. José Kawazoe Lazzoli

Entrevista: Dr. José Kawazoe Lazzoli

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Entre os dias 29 de setembro a 02 de outubro a a34 edição do World Congress of Sports

Medicine, que aconteceu na cidade de Ljubljana, na Eslovênia, reuniu os mais renomados especialistas em medicina do esporte e representantes das principais entidades de todo o mundo.

Assuntos como nutrição esportiva, cardiologia aplicada ao exercício e ao esporte, o jovem atleta e riscos da inatividade física, além de s i m p ó s i o s e w o r k s h o p s t r o u x e r a m informações e troca de conhecimento a todos que participaram do evento.

Entre eles o médico do esporte, diretor científico da SBMEE e tesoureiro da FIMS, Dr. José Kawazoe Lazzoli participou de atividades administrativas e científicas. Lazzoli ministrou a conferência Elegibilidade de Atletas e Portadores de Doenças Cardiovasculares. “Foi incrível falar para uma plateia de colegas dos cinco continentes. Recebi comentários muito positivos.”

Como tesoureiro Lazzoli teve de apresentar o seu relatório na reunião do comitê executivo da FIMS (diretoria) e no conselho de delegados (Assembleia Geral Ordinária). “Do ponto de vista administrativo foram tomadas medidas muito importantes”, conclui.

O u t r o s m e m b r o s d a S B M E E q u e compareceram ao evento foram o presidente da entidade, Dr. Daniel Kopiler; o ex-presidente da SBMEE e da COSUMED, Dr. Fe l ix Drummond e o Dr. Eduardo De Rose, ex-presidente da SBMEE e da FIMS.

Dr. Kopiler e Dr. Kawazoe apresentaram para a plateia internacional os preparativos e ações realizadas para próxima edição do evento, que acontece em 2018 entre os dias 13 a 15 de setembro no Hotel Windsor Barra, na cidade do Rio de Janeiro.

FIMS – SBMEE representa o Brasil na Eslovênia

Dr. Daniel Kopiler recebe a bandeira oficial do Congresso FIMS para levar ao Rio de Janeiro. Foto: arquivo pessoal.

Dr. José Kawazoe e Dr. Daniel Kopiler após apresentação dos preparativos para o Congresso FIMS 2018.Foto: arquivo pessoal.

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Primeiro Simpósio da Região consolida participação do Estado em Ações de Promoção da Medicina do Exercício e do Esporte

O 1o Simpósio de Medicina do Esporte da Sociedade e Liga Acadêmica de Medicina do Esporte do Pará acontece entre os dias 01 e 02 de dezembro no Centro Universitário do Pará, na Unidade José Malcher, em Belém. O evento contará com palestrantes regionais que falam sobre temas como a Avaliação Pré- Participação, Lesões Musculoesqueléticas no Esporte, Fisiologia do Esporte e Nutrição Esportiva, entre outros.

O objetivo é atualizar profissionais e preencher eventuais lacunas do c o n h e c i m e n t o d e i x a d a s p e l a s instituições de ensino superior, por meio

de uma abordagem multidisciplinar da saúde e da performance de atletas e esportistas.Após o evento haverá a inscrição para o V Processo Seletivo para vagas na Liga Acadêmica. Os participantes recebem o certificado de participação, além de concorrerem a brindes durante sorteios.

1º Simpósio Liga Acadêmica de Medicina do Exercício e do Esporte do Pará01 e 02 de dezembroAuditório CESUPA – Unidade José MalcherAv. Gov. José Malcher, 1963 - São Brás - Belém (91) 3205-9300Investimento: R$ 25,00

Mais informações: www.simposiolameesp.vpeventos.com

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