Boletim Técnico Comércio Varejista 1º semestre 2015

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Boletim do COMÉRCIO VAREJISTA 1º SEMESTRE 2015 do Pará Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará Fapespa FACIAPA FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS EMPRESARIAIS DO ESTADO DO PARÁ

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Boletim do

COMÉRCIO VAREJISTA

1º SEMESTRE 2015

do Pará

Fundação Amazônia de Amparoa Estudos e Pesquisas do Pará

Fapespa FACIAPAFEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS

EMPRESARIAIS DO ESTADO DO PARÁ

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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

Simão Robison Oliveira JateneGovernador do Estado do Pará

José da Cruz Marinho Vice-Governador do Estado do Pará

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA, EDUCAÇÃO TÉCNICA E TECNOLÓGICA - SECTEC

Alex Fiúza de MeloSecretário de Estado de Ciência, Educação Técnica e Tecnológica

Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará - Fapespa

Eduardo José Monteiro da CostaDiretor-Presidente

Alberto Cardoso ArrudaDiretor Científi co

Geovana Raiol PiresDiretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural

Maria Glaucia MoreiraDiretora de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação

Andrea dos Santos CoelhoDiretora de Pesquisas e Estudos Ambientais

Marco Antônio Barbosa da CostaDiretor Administrativo

Eduardo Alberto da Silva LimaDiretor de Planejamento, Orçamento e Finanças

Natália do Socorro Santos RaiolDiretora Interina de Operações Técnicas

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DIRETORIA ELEITA – 2015/2016PRESIDENTE INTERINO Fábio Lúcio de Souza Costa

VICE - PRESIDENTE SECRETÁRIO: ACIASI - Assoc. Com. de Santa Izabel do Pará Valmir Batista

VICE-PRESIDENTE ADMINISTRATIVO ACP- Associação Comercial do ParáFINANCEIRO Sérgio Bitar

VICE-PRESIDENTE REGIONAL ACIA - Associação Empresarial de AnanindeuaMETROPOLITANO Allan Jefferson Bitar

VICE-PRESIDENTE REGIONAL NORDESTE ACIC- Associação Comercial Industrial de Capanema Francinélio Duarte Lourenço (Nelio)

VICE-PRESIDENTE REGIONAL OESTE ACES- Associação Empresarial de Santarém Alberto Batista de Oliveira

VICE-PRESIDENTE REGIONAL SUL - I ACIAPT- Associação Comercial Ind de Tucumã Jadiel Schmidt Menezes

VICE-PRESIDENTE REGIONAL SUL - II ACIT – Associação Comercial Industrial de Tucurui Marcelo Alexandre e Silva

CONSELHO FISCAL - TITULARACIP- Associação Comercial Ind de ParauapebasOriovaldo Mateus ACIAPA – Associação Comercial Ind de XinguaraAlfredo Américo Soffa ACIC- Associação Industrial de CastanhalKleiton Sampaio

NOMEADOS

DIRETORA INSTITUCIONAL ACP - Associação Comercial do Pará Ciane Barros

DIRETOR SECRETÁRIO ACIACCA- Assoc Coml Industrial de Canaã dos Carajás Anderson Mendes

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DIRETOR ADMINISTRATIVO FINANCEIRO ACII – Associação Comercial e Ind de Icoaraci Luiz Otavio Rei Monteiro DIRETOR REGIONAL METROPOLITANO ACA – Associação Comercial de Abaetetuba Marinoel Manolo de Souza

DIRETOR REGIONAL NORDESTE ACICAP – Associação Com de Ind de Capitão Poço Nilson Soeiro Maia DIRETOR REGIONAL OESTE ACIAPA- Associação Comercial Ind Agrop. de Altamira Valdir Narzetti

DIRETOR REGIONAL SUL - I ACIM- de Marabá Associação Com Industrial Italo Pojucan

DIRETOR REGIONAL SUL - II ACIRP- Associação Com Ind de Rondon do Pará Itamar Silva

CONSELHO FISCAL - SUPLENTEASSEB- Associação Empresarial de BarcarenaMichel Covre Kozak

ACITA – Associação Comercial Ind de TailândiaDailton Oliveira Ferreira ACIR – Associação Comercial Ind. de RedençãoAdilson S. da Silva

CONSELHO SUPERIOR1º - ROBERTO ELIAS FARID MASSOUD – 1983 á 1986 2º - DÉLIO CHUQUIA MUTRAN – 1990 á 1994 3º - OSVALDO NASSER TUMA – 1995 á 1996 4º - JOÃO AUGUSTO LOBATO RODRIGUES – 2002 á 2006 5º - ALTAIR CORRÊA VIEIRA – 2007 á 2010 6º - REGINALDO FERREIRA – 2011 - 2012

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FÁBIO LÚCIO DE SOUZA COSTA CIANE REGINA BARROS JOSÉ SEVERINO FILHO LUTFALA DE CASTRO BITAR FARID ANTÔNIO RAAD MASSOUD

JOSÉ FERNANDO GOMES FILHO EDUARDO DAHER SANTOS

MARIA DE NAZARÉ A. CHAVES MIGUEL RUFINO GOMES SAMPAIO

ELY RIBEIRO MARIA AUGUSTA RODRIGUES BASTOS

CARLOS BENEDITO DE MELLO GONÇALVES

CARLOS FRANCISCO DE SOUSA MAIA ANA MARIA SANTIAGO

MARCEL MORAES DE SOUZA

OSWALDO DINIZ MENDES ANTÔNIO REYNALDO GOUVÊA CLAUDIO FIGUEIREDO

MAURO DA C. DE MELLO GONÇALVES

JOÃO BRAGA DA SILVA LUCIA DIAS CARVALHO

FERNANDO FREITAS SEVERINO

MAURO DOS SANTOS LEONIDAS

PRESIDENTE 1º VICE-PRESIDENTE

2º VICE-PRESIDENTE 3º VICE-PRESIDENTE VICE-PRES. COMERCIAL

VICE-PRES. INDUSTRIAL VICE-PRES. RURAL

VICE-PRES. DE SERVIÇOS

VICE-PRESIDENTE DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS VICE-PRESIDENTE MULHER EMPRESÁRIA

1º DIRETORA SECRETÁRIO DIRETOR SECRETARIO ADJUNTO DIRETOR ADMINISTRATIVO FINANCEIRO DIRETORA ADMINISTRATIVO FINANCEIRO ADJUNTA

DIRETOR DE PLANEJAMENTO

DIRETOR DE COMUNICAÇÃO E MARKETING

DIRETOR ESTUDOS ECONÔMICOS

DIRETOR DE PATRIMÔNIO DIRETOR DE NEGÓCIOS DIRETOR DE EVENTOS

PRESIDENTE DO CONSELHO DA MULHER EMPRESÁRIA - CME

PRESIDENTE DO CONSELHO DE JOVENS EMPRESARIOS - CONJOVE

PRESIDENTE DA UNIVERSIDADE CORPORATIVA - UC

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SÉRGIO BITAR PINHEIRO

ELIZABETE MARIA PINHEIRO GRUNVALD

OSWALDO DIAS MENDES

ALVARO DO ESPIRITO SANTO

ANA CELESTE FRANCO ANDRÉA CRISTINA REIS

ANTONIO C. REZENDE DOS SANTOS ÉDSON RAYMUNDO PINHEIRO FRANCO

JOÃO DOS SANTOS VAZ PISCO

JORGE MARIA PORTUGAL DOS SANTOS JOSÉ FRAGOSO REI JOSÉ MARIA BRITO NEVES KLEBER FERREIRA DE MENEZES PAULO JOAQUIM SANTOS DE OLIVEIRA

PAULO SÉRGIO PINHEIRO PEDRO FLÁVIO COSTA AZEVEDO

RICARDO MEDINA VIANA

ROBERTO KATAOKA OYAMA

SUELY DE CASTRO MENEZES

DÉLIO CHUQUIA MUTRAN OSWALDO NASSER TUMA

JOÃO AUGUSTO RODRIGUES

PRESIDENTE DA CÂMARA BRASILEIRA DEMEDIAÇÃO E ARBITRAGEM EMPRESARIAL - CBMAE

PRESIDENTE CONSELHO DAS CÂMARAS SETORIAIS

PRESIDENTE DO CONSELHO SUPERIOR DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO PARÁ

DIRETOR DIRETORA DIRETORA DIRETOR DIRETOR DIRETOR DIRETOR DIRETOR

DIRETOR DIRETOR DIRETOR DIRETOR DIRETOR DIRETOR DIRETOR

DIRETORA

MEMBRO-NATO

MEMBRO-NATO

MEMBRO-NATO

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EXPEDIENTE

Publicação Oficial:© 2015 Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará – FapespaTodos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra,desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.

1ª edição - 2015Elaboração, edição e distribuiçãoFundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará – Fapespa

Endereço: Tv. Nove de Janeiro, 1686, entre Av. Gentil Bittencourt e Av. Conselheiro Furtado.Bairro: São Braz – Belém – PA, CEP: 66.060-575Fone: (91) 3323 2550Disponível em: www.fapespa.pa.gov.br

Presidente da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará – FAPESPAEduardo José Monteiro da Costa

Superintendente da ACPJosé Lúcio Cavalcanti da Silva

Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural - FapespaGeovana Raiol Pires

Coordenadoria de Núcleo de Estudos Econômicos - FapespaEdson da Silva e Silva

Equipe Técnica - FapespaDavid Costa Correia SilvaEdson da Silva e Silva

Produção Editorial:Frederico MendonçaHelen da Silva BarataJuliana SaldanhaWagner Santos

Revisão:Wagner Santos

Normalização:Anderson Alberto Saldanha TavaresÂngela Cristina Nascimento SilvaJacqueline Queiroz Carneiro

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BOLETIM DO COMÉRCIO VAREJISTA DO PARÁ

1º SEMESTRE

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação

F981b Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará Boletim do Comércio Varejista: 1º semestre de 2015. Belém, nº 1, setembro 2015. 18 f.: il. 1. Comércio Varejista - Pará. 2. Volume de Vendas do varejo - Pará. 3. Receita Nominal do Comércio Varejista - Pará. I. FAPESPA. II. Título

CDD: 23 ed. 658.87

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BOLETIM DO COMÉRCIO VAREJISTA DO PARÁ

1º SEMESTRE

APRESENTAÇÃO

A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (FAPESPA), em par-ceria com a Associação Comercial do Pará (ACP) e a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Pará (FACIAPA), divulga o Boletim do Comércio Varejista trazendo os principais resultados do setor para o primeiro semestre de 2015. O conteúdo analítico explorado neste Boletim é construído com base nos resultados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Esta-tística (IBGE), que faz referência ao Índice de Volume de Vendas (IVV) e ao Índice de Receita Nominal (IRN) do Comércio Varejista paraense no primeiro semestre de 2015. Com o objetivo de melhor ratifi car a análise desses indicadores, são observadas outras informações relacionadas ao setor comercial, em especial ao varejista, como: infl ação, endividamento das famílias, de-sempenho no mercado de trabalho, arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e movimentação (abertura e fechamento) de empresas. A principal diretriz norteadora deste esforço institucional conjunto, que pretende-se pere-ne, além de consolidar e publicizar informações setoriais, é a de contribuir para o ciclo do pla-nejamento público (planejamento, monitoramento e avaliação) e para a defi nição de melhores estratégias privadas, visando em primeira instância o desenvolvimento do setor comercial no estado do Pará. E, como consequência, o desenvolvimento do próprio estado do Pará na medida em que o adensamento do setor representa o aumento na oferta de empregos, e a consolidação de uma economia mais robusta e inclusiva.

Eduardo CostaPresidente da FAPESPA

Fábio Lúcio de Souza CostaPresidente da ACP

Presidente Interino da FACIAPA

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BOLETIM DO COMÉRCIO VAREJISTA DO PARÁ

1º SEMESTRE

Gráfi co 1 – IVV (%) do Comércio Varejista no Brasil e Unidades da Federação, 1º sem/2015

Fonte: IBGE, 2015. / Elaboração: FAPESPA/ACP/FACIAPA, 2015.

1 O SETOR VAREJISTA

O volume de vendas do Comércio Varejista paraense recuou 1,4% no primeiro se-mestre de 2015, em relação ao mesmo período de 2014, de acordo com o IVV na série sem ajuste sazonal. A receita nominal, por sua vez, apesar de obter crescimento de 5,2%, esteve abaixo do registrado no mesmo semestre do ano passado, quando IRN encerrou o período com elevação de 8%. O desempenho negativo das vendas no setor varejista paraense neste primeiro se-mestre esteve presente em 20 das 27 unidades federativas (Gráfico 1), tendo como conse-quência a retração do volume de vendas no Brasil de 2,2%, acompanhado de um aumento na receita de vendas de 4,2%, abaixo do incremento observado no ano anterior (10,5%). Esse resultado ratifica a desaceleração nas vendas ocorridas nos primeiros seis meses do ano na maior parte do país, tendo no aumento das taxas de juros, elevação de impostos e crescimento da inflação alguns dos principais motivos para a diminuição do consumo; adi-cionalmente, a conjuntura econômica é marcada pelos ajustes fiscais do governo federal. Na região Norte, o Pará foi um dos cinco estados, entre os sete pesquisados, que apresen-tou variação negativa do IVV

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BOLETIM DO COMÉRCIO VAREJISTA DO PARÁ

1º SEMESTRE A retração de 1,4% no volume de vendas do Comércio Varejista paraense foi o único registro negativo em seis anos, de 2010 a 2015 (Gráfico 2), para o primeiro semestre. Res-salta-se que nesse período os anos de 2012 e 2013 tiveram no primeiro semestre subsídio dado pelo governo federal para o varejo, que contemplou com a redução do Imposto de Pro-dutos Industrializados (IPI) produtos da “linha branca”, como geladeiras, fogões, máquinas de lavar etc. Como resultado o setor manteve-se aquecido.Gráfi co 2 – Comportamento do IVV (%) e do IRN (%) do Comércio Varejista paraense, 1º sem/2010-2015

Fonte: IBGE, 2015. / Elaboração: FAPESPA/ACP/FACIAPA, 2015.

BOLETIM DO COMÉRCIO VAREJISTA DO PARÁ 1º SEMESTRE 2015

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A retração de 1,4% no volume de vendas do Comércio Varejista paraense foi o único

registro negativo em seis anos, de 2010 a 2015 (Gráfico 2), para o primeiro semestre.

Ressalta-se que nesse período os anos de 2012 e 2013 tiveram no primeiro semestre subsídio

dado pelo governo federal para o varejo, que contemplou com a redução do Imposto de

Produtos Industrializados (IPI) produtos da “linha branca”, como geladeiras, fogões,

máquinas de lavar etc. Como resultado o setor manteve-se aquecido.

Gráfico 2 – Comportamento do IVV (%) e do IRN (%) do Comércio Varejista paraense, 1º sem/2010-2015

Fonte: IBGE, 2015. Elaboração: FAPESPA/ACP/FACIAPA, 2015.

Nos anos seguintes (2014 e 2015), com a suspensão do incentivo fiscal, o Comércio

Varejista paraense recuou, sendo que no primeiro semestre deste ano o setor absorveu os

efeitos associados também à elevação de tarifas e impostos, que contribuíram para o

contingenciamento dos gastos e para a retração da demanda, refletindo tanto no declínio das

vendas, quanto na elevação dos preços (inflação).

14,9

8,4 10,8

4,9 4

-1,4

19,2

12 14,4 14,9

8 5,2

-5

0

5

10

15

20

25

1º sem/10 1º sem/11 1º sem/12 1º sem/13 1º sem/14 1º sem/15

(%)

IVV IRN

Nos anos seguintes (2014 e 2015), com a suspensão do incentivo fiscal, o Comércio Varejista paraense recuou, sendo que no primeiro semestre deste ano o setor absorveu os efeitos associados também à elevação de tarifas e impostos, que contribuíram para o con-tingenciamento dos gastos e para a retração da demanda, refletindo tanto no declínio das vendas, quanto na elevação dos preços (inflação). Ao comparar os resultados mensais do IVV de 2014 e 2015 do Pará, sem ajuste sazonal, verifica-se desempenhos opostos durante os cinco primeiros meses. Entretanto, junho apresentou resultado exatamente igual em ambos os anos (-0,6%) (Gráfico 3). Numa análise por trimestre, os dois primeiros de 2014 foram positivos, enquanto os equivalentes para 2015 tiveram resultados negativos.Gráfi co 3 – Comportamento do IVV no Pará (%) nos meses de janei-ro a junho (2014 e 2015)

Fonte: IBGE, 2015. / Elaboração: FAPESPA/ACP/FACIAPA, 2015.

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Ao comparar os resultados mensais do IVV de 2014 e 2015 do Pará, sem ajuste

sazonal, verifica-se desempenhos opostos durante os cinco primeiros meses. Entretanto, junho

apresentou resultado exatamente igual em ambos os anos (-0,6%) (Gráfico 3). Numa análise

por trimestre, os dois primeiros de 2014 foram positivos, enquanto os equivalentes para 2015

tiveram resultados negativos.

Gráfico 3 – Comportamento do IVV no Pará (%) nos meses de janeiro a junho (2014 e 2015)

Fonte: IBGE, 2015. Elaboração: FAPESPA/ACP/FACIAPA, 2015.

As medidas macroeconômicas do governo federal de reajustes de preços do

combustível e da energia elétrica impactaram diretamente no poder de compra do consumidor,

reduzindo o consumo das famílias e, consequentemente, desaquecendo as atividades do

comércio. Outro fator que influenciou nas vendas do semestre foi o grande número de

feriados coincidido com datas próximas aos finais de semana.

6,4

10,1

0,9

4,4 3,8

-0,6

-1,7 -4,9

3,8

-1,1 -3,8 -0,6

-10

-5

0

5

10

15

Jan Fev Mar Abr Mai Jun

(%)

2014 2015

As medidas macroeconômicas do governo federal de reajustes de preços do com-bustível e da energia elétrica impactaram diretamente no poder de compra do consumidor, reduzindo o consumo das famílias e, consequentemente, desaquecendo as atividades do comércio. Outro fator que influenciou nas vendas do semestre foi o grande número de feria-dos coincidido com datas próximas aos finais de semana.

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BOLETIM DO COMÉRCIO VAREJISTA DO PARÁ

1º SEMESTRE

2 INFLAÇÃO E VENDAS NO VAREJO

A elevação dos níveis de preços é uma das variáveis responsáveis pela restrição do consumo e pela retração nas vendas do varejo no primeiro semestre de 2015, uma vez que acumulou variação positiva de 7,71% no período, superior à registrada no mesmo semestre de 2014 (5,35%), segundo a estimativa do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-FAPESPA) para a Região Metropolitana de Belém. Habitação e despesas pessoais foram os segmentos de maior alta no período (8,23% e 6,54%, respectivamente). Fatores ligados à instabilidade econômica, como aumento de preços e desempre-go, corroboram para o desequilíbrio entre oferta e demanda. Nesse sentido, a economia nacional descreve um cenário preocupante do ponto de vista econômico, com aumento do desemprego, elevação da inflação, crescimento dos juros, encarecimento do dólar frente ao real, tendo como consequência uma menor expectativa dos agentes. Os reflexos dessa conjuntura rebateram no Comércio Varejista, que se comporta como um termômetro tanto do nível de consumo (demanda), como do nível produtível (oferta). O Pará é o maior mercado consumidor do norte do Brasil e tem sofrido com os efeitos da conjuntura econômica. No Gráfico 4 são apresentados os comportamentos da inflação e das vendas do varejo, expressos nas taxas do IPC-FAPESPA e do IVV entre janeiro de 2014 e junho de 2015.Gráfi co 4 – Relação entre o IVV (%) e IPC (%) no Pará (jan/14 - jun/15)

Fonte: FAPESPA e IBGE/SIDRA, 2015. / Elaboração: FAPESPA/ACP/FACIAPA, 2015.

O comportamento da infl ação apresenta tendência ascendente enquanto, de maneira oposta, o volume de vendas tem, na maioria das vezes, nos últimos 18 meses, comportamento declinante. Este último também infl uenciado por outros fatores, conforme já mencionado.

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2 INFLAÇÃO E VENDAS NO VAREJO

A elevação dos níveis de preços é uma das variáveis responsáveis pela restrição do consumo e pela retração nas vendas do varejo no primeiro semestre de 2015, uma vez que acumulou variação positiva de 7,71% no período, superior à registrada no mesmo semestre de 2014 (5,35%), segundo a estimativa do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-FAPESPA) para a Região Metropolitana de Belém. Habitação e despesas pessoais foram os segmentos de maior alta no período (8,23% e 6,54%, respectivamente).

Fatores ligados à instabilidade econômica, como aumento de preços e desemprego, corroboram para o desequilíbrio entre oferta e demanda. Nesse sentido, a economia nacional descreve um cenário preocupante do ponto de vista econômico, com aumento do desemprego, elevação da inflação, crescimento dos juros, encarecimento do dólar frente ao real, tendo como consequência uma menor expectativa dos agentes. Os reflexos dessa conjuntura rebateram no Comércio Varejista, que se comporta como um termômetro tanto do nível de consumo (demanda), como do nível produtível (oferta).

O Pará é o maior mercado consumidor do norte do Brasil e tem sofrido com os efeitos da conjuntura econômica. No Gráfico 4 são apresentados os comportamentos da inflação e das vendas do varejo, expressos nas taxas do IPC-FAPESPA e do IVV entre janeiro de 2014 e junho de 2015.

Gráfico 4 – Relação entre o IVV (%) e IPC (%) no Pará (jan/14 - jun/15)

Fonte: FAPESPA e IBGE/SIDRA, 2015. Elaboração: FAPESPA/ACP/FACIAPA, 2015.

O comportamento da inflação apresenta tendência ascendente enquanto, de maneira

oposta, o volume de vendas tem, na maioria das vezes, nos últimos 18 meses, comportamento

declinante. Este último também influenciado por outros fatores, conforme já mencionado.

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BOLETIM DO COMÉRCIO VAREJISTA DO PARÁ

1º SEMESTRE

3 ENDIVIDAMENTO E INADIMPLÊNCIA

Acrescenta-se ainda aos efeitos conjunturais sobre o Comercio Varejista o endivi-damento e a inadimplência das famílias. Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadim-plência do Consumidor (PEIC), divulgadas pela Federação do Comércio do Estado do Pará (FECOMÉRCIO-PA), identificaram aumento no endividamento das famílias paraenses de 67,80% em janeiro para 68,60% em junho (Tabela 1). Outra informação revelada pela pes-quisa foi o aumento do percentual de famílias com contas em atrasos, que quase dobrou em junho (28,10%), quando comparado a janeiro (14,30%). O endividamento e o atraso, em boa parte, são ocasionados pela perda de poder aquisitivo das famílias, frente à conjuntura econômica atual, gerando uma dificuldade das famílias em pagar as dívidas, fator que tem crescido sistematicamente e atingiu 10,40% das famílias no último mês do semestre.Tabela 1 – Endividamento e inadimplência das famílias paraenses, 1º sem / 2015

Fonte: FECOMÉRCIO-PA, 2015 / Elaboração: FAPESPA/ACP/FA-CIAPA, 2015.

A despeito do tempo médio para os pagamentos em atraso, observa-se na Tabela 1 um comportamento crescente de janeiro a maio de 2015, alcançado médias superiores a 62 dias, apresentando recuo para 59,9 dias em junho. Especialistas consideram que a partir de 90 dias o consumidor tende a não pagar a dívida, se enquadrando, portanto, na classe dos inadimplentes. No universo do endividamento, o cartão de crédito foi apontado por 76,2% das famí-lias como sendo o principal tipo de dívida em junho de 2015, seguido pelo carnê (23,7%) e crédito pessoal (13,2%). O crédito consignado, comum entre aposentados e funcionário pú-blicos, aparece como o quarto tipo de endividamento mais frequente nas famílias paraenses (FECOMÉRCIO-PA, 2015).

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3 ENDIVIDAMENTO E INADIMPLÊNCIA

Acrescenta-se ainda aos efeitos conjunturais sobre o Comercio Varejista o

endividamento e a inadimplência das famílias. Dados da Pesquisa de Endividamento e

Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgadas pela Federação do Comércio do Estado do

Pará (FECOMÉRCIO-PA), identificaram aumento no endividamento das famílias paraenses

de 67,80% em janeiro para 68,60% em junho (Tabela 1). Outra informação revelada pela

pesquisa foi o aumento do percentual de famílias com contas em atrasos, que quase dobrou

em junho (28,10%), quando comparado a janeiro (14,30%). O endividamento e o atraso, em

boa parte, são ocasionados pela perda de poder aquisitivo das famílias, frente à conjuntura

econômica atual, gerando uma dificuldade das famílias em pagar as dívidas, fator que tem

crescido sistematicamente e atingiu 10,40% das famílias no último mês do semestre.

Tabela 1 – Endividamento e inadimplência das famílias paraenses, 1º sem / 2015 Ano de 2015 jan fev mar abr mai jun

Total de Endividados 67,80% 61,90% 64,50% 67,50% 69,30% 68,60% Dívidas ou Contas em Atraso 14,30% 19,50% 21,00% 24,00% 26,60% 28,10% Não Terão Condições de Pagar 3,20% 5,90% 6,90% 8,30% 9,50% 10,40% Tempo Médio com Pagamento em Atraso (em dias)

57,6 64,8 63,9 62,8 63,1 59,9

Tempo Médio de Comprometimento com Dívidas (em meses)

4,8 4,7 4,9 5,5 5,9 5,5

Parcela Média da Renda Comprometida com Dívidas (em meses)

27,1 26,4 27,5 27,5 27,1 29,1

Fonte: FECOMÉRCIO-PA, 2015. Elaboração: FAPESPA/ACP/FACIAPA, 2015.

A despeito do tempo médio para os pagamentos em atraso, observa-se na Tabela 1 um

comportamento crescente de janeiro a maio de 2015, alcançado médias superiores a 62 dias,

apresentando recuo para 59,9 dias em junho. Especialistas consideram que a partir de 90 dias

o consumidor tende a não pagar a dívida, se enquadrando, portanto, na classe dos

inadimplentes.

No universo do endividamento, o cartão de crédito foi apontado por 76,2% das

famílias como sendo o principal tipo de dívida em junho de 2015, seguido pelo carnê (23,7%)

e crédito pessoal (13,2%). O crédito consignado, comum entre aposentados e funcionário

públicos, aparece como o quarto tipo de endividamento mais frequente nas famílias paraenses

(FECOMÉRCIO-PA, 2015).

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BOLETIM DO COMÉRCIO VAREJISTA DO PARÁ

1º SEMESTRE

4 EMPREGO NO SETOR VAREJISTA

O comportamento das vendas do Comércio Varejista paraense influenciou no mer-cado de trabalho varejista. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregos (CA-GED), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), este setor do mercado teve saldo total de vínculos trabalhistas negativo em mais de 11 mil postos formais no semestre, resultado que foi composto pela redução do emprego no varejo de 2.269 vagas (Tabela 2).Tabela 2 – Movimentação do Mercado de Trabalho no Comércio Varejista paraense (2014/2015)

Fonte: MTE/CAGED, 2015 / Elaboração: FAPESPA/ACP/FACIAPA, 2015.

BOLETIM DO COMÉRCIO VAREJISTA DO PARÁ 1º SEMESTRE 2015

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4 EMPREGO NO SETOR VAREJISTA

O comportamento das vendas do Comércio Varejista paraense influenciou no mercado

de trabalho varejista. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregos (CAGED), do

Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), este setor do mercado teve saldo total de vínculos

trabalhistas negativo em mais de 11 mil postos formais no semestre, resultado que foi

composto pela redução do emprego no varejo de 2.269 vagas (Tabela 2).

Tabela 2 – Movimentação do Mercado de Trabalho no Comércio Varejista paraense (2014/2015)

Ano Comércio Varejista Total Geral

Admissão Desligamento Saldo Admissão Desligamento Saldo

2014 38.820 41.272 -2.452 202.500 187.094 15.406 2015 38.530 40.799 -2.269 176.402 187.636 -11.234

Fonte: MTE/CAGED, 2015. Elaboração: FAPESPA/ACP/FACIAPA, 2015.

O comportamento no mercado de trabalho do segmento varejista pode ser conferido

através do desempenho das atividades com melhores e piores saldos, conforme destacado na

Tabela 3.

O comportamento no mercado de trabalho do segmento varejista pode ser conferido atra-vés do desempenho das atividades com melhores e piores saldos, conforme destacado na Tabela

BOLETIM DO COMÉRCIO VAREJISTA DO PARÁ 1º SEMESTRE 2015

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Tabela 3 – Movimentação do emprego formal das atividades com os 10 melhores e os 10 piores saldos no Comércio Varejista Paraense, 1º sem/2015

Atividades do Comércio Varejista Admitidos Demitidos Saldo

10 Melhores Saldos Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios - Hipermercados e Supermercados 7141 -6573 568

Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos para Uso Humano e Veterinário 2424 -2260 164

Comércio Varejista de Combustíveis para Veículos Automotores 2041 -1891 150 Comércio Varejista de Produtos Alimentícios em Geral ou Especializado em Produtos Alimentícios não Especificados Anteriormente 1211 -1071 140 Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios - Minimercados, Mercearias e Armazéns 2221 -2098 123

Comércio Varejista de Produtos de Padaria, Laticínio, Doces, Balas e Semelhantes 878 -824 54

Comércio Varejista de Hortifrutigranjeiros 158 -134 24

Comércio Varejista de Bebidas 256 -233 23

Comércio Varejista de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) 434 -419 15

Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos Automotores 1826 -1815 11

10 Piores Saldos

Comércio Varejista Especializado de Equipamentos de Telefonia e Comunicação 456 -560 -104

Comércio Varejista Especializado de Tecidos e Artigos de Cama, Mesa e Banho 780 -903 -123 Comércio Varejista Especializado de Eletrodomésticos e Equipamentos de Áudio e Vídeo 864 -1037 -173

Comércio Varejista e Atacadista de Veículos Automotores 1173 -1359 -186

Comércio Varejista de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria 438 -672 -234

Comércio Varejista de Ferragens, Madeira e Materiais de Construção 2955 -3218 -263

Comércio Varejista de Calçados e Artigos de Viagem 720 -1094 -374

Comércio Varejista Especializado de Móveis, Colchoaria e Artigos de Iluminação 1427 -2038 -611 Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, sem Predominância de Produtos Alimentícios 548 -1239 -691

Comércio Varejista de Artigos do Vestuário e Acessórios 3210 -4371 -1161 Fonte: MTE/CAGED, 2015. Elaboração: FAPESPA/ACP/FACIAPA, 2015.

Tabela 3 – Movimentação do emprego formal das atividades com os 10 melhores e os 10 piores saldos no Comércio Varejista Paraense, 1º sem/2015

Fonte: MTE/CAGED, 2015 / Elaboração: FAPESPA/ACP/FACIAPA, 2015.

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BOLETIM DO COMÉRCIO VAREJISTA DO PARÁ

1º SEMESTRE

5 ARRECADAÇÃO DE ICMS NO SETOR VAREJISTA

No que diz respeito à arrecadação do setor varejista na primeira metade de 2015, a desaceleração nas vendas impactou na receita, que, por sua vez, comprometeu o recolhi-mento do ICMS no setor. Nesse sentido, segundo dados provisórios do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), no acumulado de 2015 de janeiro a junho, foram arreca-dados R$ 417.270 milhões de ICMS do setor varejista contra R$ 436.506 milhões (corrigido pelo IPCA a preços de 2015) do acumulado do mesmo período de 2014, significando recuo de 4,41% na arrecadação. A Figura 1 ilustra o comparativo da arrecadação do varejo e sua proporcionalidade em 2014 e 2015. Enquanto no primeiro semestre de 2014 a arrecadação do segmento varejista correspondeu a 50% do total arrecadado pelo setor do Comércio, nos seis primeiros meses de 2015 a proporção do varejo foi de 54%. Nesse cenário, a redução da arrecadação do ICMS no setor de Comércio teve menos impacto no recolhimento do varejo.Figura 1 - Arrecadação do Varejo e Atacado no Pará, 1º sem/2014-2015

Fonte: CONFAZ, 2015. / Elaboração: FAPESPA/ACP/FACIAPA, 2015.

BOLETIM DO COMÉRCIO VAREJISTA DO PARÁ 1º SEMESTRE 2015

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5 ARRECADAÇÃO DE ICMS NO SETOR VAREJISTA

No que diz respeito à arrecadação do setor varejista na primeira metade de 2015, a

desaceleração nas vendas impactou na receita, que, por sua vez, comprometeu o recolhimento

do ICMS no setor. Nesse sentido, segundo dados provisórios do Conselho Nacional de

Política Fazendária (CONFAZ), no acumulado de 2015 de janeiro a junho, foram arrecadados

R$ 417.270 milhões de ICMS do setor varejista contra R$ 436.506 milhões (corrigido pelo

IPCA a preços de 2015) do acumulado do mesmo período de 2014, significando recuo de

4,41% na arrecadação.

A Figura 1 ilustra o comparativo da arrecadação do varejo e sua proporcionalidade em

2014 e 2015. Enquanto no primeiro semestre de 2014 a arrecadação do segmento varejista

correspondeu a 50% do total arrecadado pelo setor do Comércio, nos seis primeiros meses de

2015 a proporção do varejo foi de 54%. Nesse cenário, a redução da arrecadação do ICMS no

setor de Comércio teve menos impacto no recolhimento do varejo.

Figura 1: Arrecadação do Varejo e Atacado no Pará, 1º sem/2014-2015

Fonte: CONFAZ, 2015. Elaboração: FAPESPA/ACP/FACIAPA, 2015.

54% 46%

2015

VarejoAtacado50% 50%

2014

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1º SEMESTRE

ABERTURA E FECHAMENTO DE EMPRESAS NO CONTEXTO PARAENSE

Belém liderou os municípios com os maiores números entre abertura e fechamento de empresas,

com um total de 1.569 abertas e 4.401 fechadas, de janeiro a junho de 2015. No mesmo período de 2014,

esse número foi de 3.179 (abertas) e 3.828 (fechadas). O déficit gerado pelo saldo negativo de empresas

em 2015 superou o do ano anterior no primeiro semestre, ratificando a retração no estoque de empregos

de 5.065 vínculos trabalhistas em Belém, nos seis primeiros meses deste ano.

Entre os municípios levantados pela Junta Comercial do Estado do Pará (JUCEPA), Belém foi o

único a apresentar desempenho deficitário na criação de novas empresas no primeiro semestre de 2015

(Tabela B). Os demais mais obtiveram resultados positivos, com destaque para Santarém, com 402 novas

empresas, seguido por Marabá e Ananindeua, com 394 e 300 novos registros, respectivamente.

Tabela A – Abertura, Fechamento e Saldo de empresas no Pará, 1º sem/2014-2015

Fonte: JUCEPA, 2015. / Elaboração: FAPESPA/ACP/FACIAPA, 2015.

Tabela B – Abertura, Fechamento e Saldo de empresas no Pará por Municípios, 1º sem/2015

Fonte: JUCEPA, 2015. / Elaboração: FAPESPA/ACP/FACIAPA, 2015.

Os indicadores conjunturais, em muitas ocasiões,

estão voltados para as análises dos agregados econômicos, tais como os índices

de vendas e de receita ou as quantidades de produção e emprego. Essas variáveis

são relevantes para uma leitura da economia, mas podem ser completadas por uma análise

microeconômica entre os agentes, como por exemplo, as empresas.

Nos primeiros seis meses de 2015, a conjuntura econômica do país apontou um quadro de

dificuldades sinalizado por vários indicadores, com rebatimento nas economias regionais, sobretudo nos

estados.

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BOLETIM DO COMÉRCIO VAREJISTA DO PARÁ

1º SEMESTRE

6 NOTA METODOLÓGICA

De acordo com o IBGE, os indicadores IVV e IRN são elaborados para acompanhar a evolução conjuntural do Comércio Varejista. A construção desses indicadores é feita a partir da receita nominal, na qual os valores têm preços constantes, e dos indicadores de volume, nos quais os preços são construídos a partir do Índice Nacional de Preços ao Consumo Ampliado (IPCA) e Índices da Construção Civil (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI). O IVV e o IRN do Comércio Varejista são índices que se originam da receita das atividades no varejo, divulgadas para o Brasil nas 27 unidades da federação. No Pará, os resultados do IVV e do IRN são sintetizados pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (FAPESPA) e relacionados com informações relativas ao emprego, à inflação, à inadimplência, ao ICMS e à movimentação de empresas, providas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), FAPESPA, FECOMÉRCIO-PA, CONFAZ e JUCEPA, respec-tivamente, usadas como fontes complementares à análise deste boletim.

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BOLETIM DO COMÉRCIO VAREJISTA DO PARÁ

1º SEMESTRE

7 REFERENCIAS

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Programa de disseminação de Estatística do trabalho: sumário executivo 2011. Disponível em: <http://www.mte.gov.br/pdet >. Acesso em: 10 ago. 2015.

CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA FAZENDÁRIA. Boletim do ICMS, 2015. Disponível em: < http://www1.fazenda.gov.br/confaz/>. Acesso em: 20 ago. 2015.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Sistema IBGE de recuperação automática - SIDRA, 2015. Disponível em:<http://www.sidra.ibge.gov. br/bda/>. Acesso em: 14 ago. 2015.

FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DO ESTADO DO PARÁ. Relatório Técnico Junho de 2015. Belém, 2015.

JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DO PARÁ. Relatório Técnico Junho de 2015. Belém, 2015