Boletins 2010

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BOLETIM TRIMESTRAL

Encontro Nacional 15 e 16 de MaioLanamento do livro NUNO DE SANTA MARIAfragmentos de memria persistentePgina 9

N 106Janeiro/Maro 2010

(pg 6 e 7)

Projecto de apadrinhamento da ARM

Pgina 12O programa Encontros com o Patrimnio, de Manuel Vilas-Boas, da TSF arrebatou o Prmio Autores 2010, na categoria Rdio Melhor Programa. promovido pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), no dia 8 de Fevereiro, no Centro Cultural de Belm, em Lisboa. Ao Vilas-Boas, vindos dos 4 cantos de Portugal, os1

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Propriedade: ARM Associao Regina Mundi Sede: Rua da Bempostinha, 30 1150-066 Lisboa Tel. 218 851 546 Fax: 218 850 258 NIPC n. 503 268 372 NIB da conta da ARM:

C O R R E I O A R M I S TAIlustrssimos amigos ARMISTAS, Como vs sabeis, sou membro temporrio da SMBN, estou fazendo meu Estgio Inermdio de Formao Missionria aqui em Malema-Moambique. Como familia Boa Nova que sois gostaria de partilhar convosco um pouco de minha caminhada em terras de Misso: 1 - Caminhada: dizer que a minha caminhada em terras moambicanas est a correr bem. Estou gostando muito. Esta ocasio est sendo um momento de crescimento pessoal, compreenso da realidade do campo de misso, da dimenso missionria e sua importncia... Pude constatar, na minha vida, que Cristo Espera por mim. O contacto com a realidade missionria (campo de misso/povo de Deus, exemplo de Missionrios) est a ajudar-me a ver, compreender e concretizar o que aprendi no meu ANO DE FORMAO, "Meu Ano da Graa". Quero ser padre Missionrio da Boa Nova. Cada dia que se passa sinto-me entusiasmado pela vida missionria. 2 - Estado de Vida: sinto-me contente com os meus Irmos mais Sbios, exemplos vivos, onde juntos formamos a EQUIPA MISSIONRIA DA MISSO DE MALEMA: PP. Baltar, Jernimo, Alexandre e Eu, Irmo mais novo. Que a bondade e amor de Deus nosso Pai e a Fora do Esprito Santo estejam sempre connosco para nos animar ns daqui e vs do outro lado do Atlntico. 3 - Escola: assumi as aulas de informtica e a contabilidade; estamos a ensaiar a Paixo de Cristo, para apresentarmos no dia 2 de Abril, Sexta-feira Santa. A apresentao vai ser em macua, lingua me. O nosso objectivo chamar os jovens para o grupo de teatro, evangeliz-los, filmar as peas, no caso peas bblicas e educativas na lngua materna e depois montar pequenos vdeos para passar nas reunies de formao para coordenadores de pastorais e comunidades. O acto do jovem fazer a pea formativo e evangelizador, no segundo momento pode-se evangelizara outras pessoas usando os vdeos. Sou optimista. Vai d certo 5 - Animao Missionria: ajudo na reunio dos vocacionados, uma vez por ms em conjunto com uma equipa envolvendo casais e irms; 6 - Formao: colaboro na formao dos Catequistas e Animadores de Comunidades, sendo um momento de formao no s para eles, mas tambm para mim; 7 - Lingua: A lingua macua no fcil. Estou estudando aos poucos; 10 meses de estgio pouco para se aprender o macuar, uma vez que os trabalhos pastorais exigem muito do estagirio. Alguma coisa j falo. Gostaria de parabenizar a esforo e trabalho que desenvolver para com necessitam. Que abenoe. ARM pelo est a os que Deus vos

003501210000130053098Presidente da Direco: Jos Domingues dos Santos Ponciano Direco, Redaco e Administrao: Rua da Bempostinha, 30 1150-066 Lisboa Telemvel: 927 651 624 Tel. 218 851 546 / Fax: 218 850 258 Site: www.arm.org.pt E-mail:

[email protected] e Impresso: Escola Tipogrfica das Misses Cucujes Tiragem desta Edio: 750 exemplares Colaboradores deste nmero: Albino dos Anjos Anselmo Borges Santos Ponciano Jos Campinho Antnio Correia scar Rodrigues Antnio Emlio Pires Ronaldo Viana

Contai com minhas frgeis oraes. 4 - Juventude: estamos a formar um grupo de teatro. O teatro algo Saudaes a todos,2

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A subverso da religioNo meio da vertigem das compras e das prendas, do consumismo, no sei quantas pessoas se lembraro ainda de que a festa do Natal est referida ao nascimento de Jesus Cristo. Seja-se cristo ou no, crente ou ateu, impe -se reconhecer que se trata de uma figura determinante da Histria. Sem ele, a nossa autocompreenso no seria a mesma. Nos ltimos tempos, a ateno voltou--se para o que no de modo nenhum central, quando se pensa no que ele e no seu significado: como e quando nasceu, se a me era virgem, se teve irmos e irms... Compreende-se a curiosidade das pessoas, mas estas perguntas no vo ao essencial. Hoje sabemos que Jesus nasceu alguns anos antes da era crist (entre 6 e 4) - o erro deveu-se a Dionsio o Pequeno, quando no sculo VI calculou a data do seu nascimento. Provavelmente nasceu em Nazar da Galileia, onde se criou. Os relatos dos Evangelhos referentes ao nascimento e infncia servem-se de linguagem simblica para significar o que mais interessa. Assim, a data de 25 de Dezembro foi adoptada mais tarde pelos cristos de Roma, para significar que ele o Sol verdadeiro que a todos ilumina. A presena dos pastores e dos magos anuncia o ncleo da sua mensagem: que Deus se interessa em primeiro lugar pelos mais pobres e que no exclui ningum. Hoje ningum intelectualmente responsvel pe em dvida que Jesus existiu. A sua existncia atestada no apenas por fontes crists, pois h tambm textos de Flvio Josefo, Tcito, Suetnio, Plnio, entre outros. O que preciso compreender que os textos cristos, concretamente os Evangelhos, so textos de crentes, que narram a histria de Jesus a partir da f e convocando f. Na vida de Jesus, h um paradoxo. Por um lado, viveu num recanto obscuro do Imprio Romano, a sua vida pblica pode no ter chegado sequer a dois anos, morreu crucificado - a pena de morte mais ignominiosa, aplicada aos escravos. Por outro lado, a sua influncia decisiva atravessa a Histria e mais de dois mil milhes de homens e mulheres reclamam-se ainda hoje do seu nome e confiam nele na vida e na morte. Qual foi o ncleo da sua mensagem? A sua revoluo consistiu em primeiro lugar numa nova ideia de Deus. Deus no o Deus longnquo e tenebroso, que quer adorao e submisso, que exclui, que explora e humilha os seres humanos. Pelo contrrio, Jesus fez a experincia de Deus como Abb, paizinho. Embora as crianas se dirigissem com esta palavra ao pai, em Jesus, no se trata, com esta invocao, nem de infantilismo nem de machismo, pois este Deus-Pai tem traos de Me. A partir desta experincia radical, deriva toda a mensagem de Jesus, para quem o decisivo no era a religio, mas a humanidade. Como mostrou recentemente o telogo Jos M. Castillo, o centro do interesse de Jesus no foi a religio, mas a sade, a comida, as relaes humanas boas,

por Anselmo Borges para Deus a humanidade. O Deus de Jesus encontra-se, antes de mais, no secular, no no religioso. "O 'sagrado', o 'religioso' e o 'espiritual' so autnticos, aceitveis e meios para encontrar Deus, na medida, e s na medida, em que nos humanizarem, nos tornarem mais profundamente humanos". Para Jesus, o "sagrado" indubitvel neste mundo o ser humano. Leia-se os Evangelhos e concretamente aquele passo de So Mateus, referente verdade ltima, ao chamado Juzo Final. Nada h a de religioso, pois tudo secular: "Destes-me de comer, de beber, de vestir, fostes ver-me ao hospcio e cadeia." Jesus, que no era sacerdote, mas leigo, teve de enfrentar a religio e os seus dirigentes, num conflito mortal, porque a religio e os seus dirigentes estavam mais interessados na religio do que na vida e porque "a religio pode ser e costuma ser uma ameaa, um perigo muito srio, para a vida e para a felicidade dos seres humanos". Condenaram-no morte os dirigentes da religio oficial do seu tempo. Mas Jesus foi to profundamente humano que "se ps do lado da vida e deu vida, vencendo as foras da morte".In Dirio de Notcias

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Al! Al! Ano 1955 e alguns de 1954...Quem consegue legendar a fotografia?sade no estar muito famosa, tambm estar presente conforme prometeu. Para os contactos temos para j: P. Lus Marques Ribeiro: 917237071 e scar: 969014398. Um abrao e at breve em Cucujes nos dias 15/16 de Maio 2010. scar Rodrigues *************************

Cernache 10 de JunhoCaros Colegas, Um abrao a todos e vamos s notcias. J que no comemormos o cinquentenrio da nossa entrada no Seminrio, vamos faz-lo de outra forma, ou seja, comemorarmos o cinquentenrio da sada de Cernache do Bonjardim. Ser no dia 10 de Junho prximo, pelas 10 horas, com a concentrao no seminrio e o resto vir por acrscimo... Esta lembrana foi-me dada pelo nosso colega Padre Lus Marques Ribeiro, que est em Castelo de Vide, aquando da sua passagem por Rio Meo e depois de fazer uma visita ao nosso Padre Amado, juntamente com o Pe.Antnio Valente Pereira e o Jos Maria da Costa Moreira. O nosso ano, quase tenho a certeza, foi o que mais sacerdotes deu Sociedade Missionaria. Foram nove, ao todo. Portanto, mais do que justo, comemorarmos este grande acontecimento. Deveremos ter entre ns o nosso Padre Joo Baltar da Silva, que est actualmente em Moambique, pois em conversa de surpresa, pelo telefone, ficou muito radiante e entusiasmado com a ideia e que estava com muitas saudades e ansioso por nos abraar a todos. Fez-me uma meia promessa que iria estar presente, mas tem de ser promessa inteira. O Padre Amado, apesar da4

sempre bom ver esta vivacidade na ARM. Parabns pela iniciativa. Rapaziada de 1955 e 1954, vamos l tocar a reunir para o dia 10 de Junho. feriado e Cernache tem aquela mstica que todos bem conhecemos. Organizem-se, levem as famlias e vo ver que a experincia vale por todos os incmodos ou mesmo pequeno sacrifcio que sejam necessrios fazer para estar presente. H muita gente que no se v desde que saiu do seminrio e estes reencontros so extremamente interessantes e com grande carga

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HISTRIAS E UM PEDIDO

Demonstrao de Resultados 1/04/2009 a 31/03/2010

PARECER DO CONSELHO FISCAL CAROS CONSCIOS

Saldo ano anterior Receitas: Quotas Publicidade Donativos Receitas encontros Vendas livros/outros Inscries Valadares Inscries Valadares

4.612,67 1.551,49 375,00 589,80 183,50 6.771,00 1.715,00 110,00 Despesas: CTT Livro CB-Terra Sto Condestvel Aloj Valadares Serigrafias e moldura Livro Seminrio Cernache Edit. Misses - boletins Edit. Misses - boletins Capa livro Nihimo-2. Ed Office CTT Ramo flores CTT Rq cheques Office CTT lanamento livro-Porto honra Saldo ano seguinte 225,06 752,03 1.849,00 1.485,00 1.890,00 789,00 976,89 60,00 2.379,05 32,90 166,78 60,00 229,36 8,77 70,80 19,77 190,00 11.184,41 4.724,05

No cumprimento das disposies legais e estatutrias, e nos termos do mandato que nos foi conferido pela AG, vimos apresentar-vos o nosso parecer sobre os documentos de prestao de contas da Direco relativos ao ano findo. Analisados esses documentos, constatou o Conselho Fiscal que os mesmos reflectem a actividade desenvolvida pela ARM bem como a sua situao patrimonial. O saldo positivo apresentado nas contas gerais da ARM foi apreciado positivamente pelo Conselho Fiscal. No temos dvidas, por isso, em dar o nosso parecer favorvel s contas apresentadas e propomos que na AG seja deliberado: a) Aprovao do relatrio da Direco e das contas apresentadas; b) Aprovao da proposta da aplicao de resultados apresentada pela Direco; c) Um voto de pesar por todos os associados falecidos. Lisboa, 31 de Maro de 2010 O Presidente do Conselho Fiscal Armindo A. Henriques

Total

15.908,46

O ano de 2009, foi um ano de grandes investimentos para a ARM, com a edio de 2 livros, 1 serigrafia do Seminrio de Cernache e a 2. edio do Nihimo. Continuaremos a investir na cultura e na divulgao das obras de todos os Armistas. No ano de 2010 j est nas bancas um novo livro, conforme noticia pg. 9, que contou com o apoio da Cmara Municipal da Sert, a quem agradecemos.

Sociedade de Advogados

Antnio Emlio Pires

O Francisco Domingues, apresentou, durante o ms de Maro, de norte a sul do pas, o seu ltimo livro: Um mundo liderado por Mulheres. Os nossos parabns. Ofereceu ARM 10 exemplares, que estaro venda no Encontro Nacional. Obrigado5

Advogado

Av. Conselheiro Fernando de Sousa, n 19 18 1070-072 Lisboa Portugal Tel.: 351.21 384 63 00 Fax 351.21 387 01 67 Email: [email protected]

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NIHIMO

ENCONTRO NACIONAL Cucujes, 15 e 16 de Maio de 2010 Programa Dia 15 de Maio de 2010 A Repblica e as Misses14, 00h 15,00h 15,10h 15,30h 15,50h 16,20h 17,00h 17,30h 18,30h 19,00h 19,30h 20,00h 21,00h 21,30h Chegada e Acolhimento Incio dos trabalhos O Estado e a Igreja / Miguel Ramalho As Misses Laicas / Amadeu Arajo O Convento Beneditino de Cucujes na Repblica/ Candeias da Silva Debate Lanche Projecto Um sorriso para Ti / Pe. Albino dos Anjos Informaes sobre o projecto/ Santos Ponciano Debate Romagem Gruta Jantar Ensaio coral preparao missa dominical / coordenao Jos Quina, Pisco Cruz, Adelino Serafim Sarau /Com a espontaneidade de cada um. 23,00h Luz de silncio Alojamento e Refeies no Seminrio: Quarto duplo (penso completa) Camarata de 6 camas c/ 2 WCs (penso completa) S refeio: por refeio6

ARM Associao Rainha do Mundo Antigos Alunos da Sociedade Missionria Portuguesa2009 - 2 EDIO

Foi apresentado no Encontro Nacional a 2. Edio do Nihimo. Corrigimos os erros da primeira, com um trabalho exaustivo e exemplar do Armindo Henriques, que para levar a cabo a sua tarefa, teve que se deslocar vrias vezes a todas as nossas Casas. Esta 2. Edio composta por 2 volumes, o 1. base de dados e 2. endereos. Foi impresso na Editorial Misses, e como tal, teve custos, pelo vendido a 5 os 2 volumes em conjunto.

30,00 / pessoa 27,50 / pessoa 8,50 / pessoa

Apenas temos 5 quartos e 4 camaratas, mas h outras solues (pg. seguinte)

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ENCONTRO NACIONAL Cucujes, 15 e 16 de Maio de 2010 Programa Dia 16 de Maio de 2010 Assembleia Geral

Seminrio de Cernache do Bonjardim - Figuras e Memrias, coordenado pelo senhor Dr. Joo Gamboa. As receitas da venda de todos os livros, destinam-se aos projectos de solidariedade que estamos a levar a efeito.

15,00

9,00h 9,15h 10,00h 10,10h 10,30h 11,00h 11,20h 11,50h 12,00h 13,00h 13,30h 17,00h

Chegada e Acolhimento Ensaio Incio da A.G. / Dr. Ribeiro Novo Relatrio de actividades / Santos Ponciano Delegaes Debate Votao propostas Encerramento AG Missa Almoo Convvio Regresso a casa 10,00

Na Missa: Coordenao coral Jos Quina, Pisco Cruz, Adelino Serafim 1. Leitura Azucena Villarreal Salmista Pisco da Cruz 2. Leitura Jos Fernandes Orao dos Fiis Emlio Pires Alojamento fora do seminrio:Albergaria do CampoS. Tiago de Riba Ul

Quarto casal s/ pequeno almoo Quarto individual s/ pequeno almooS. Joo da Madeira Hotel (4 estrelas)

45,00 40,00 55,00 50,007

Quarto casal c/ pequeno almoo Quarto individual c/ pequeno almoo

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Encontro Regional de CernacheNo passado dia 21, no seminrio de Leiria, reuniram as Associaes dos antigos alunos dos Institutos Catlicos Portugueses, com o objectivo de discutir o projecto de estatutos da UASPUnio das Associaes dos Antigos Alunos dos Seminrios Portugueses. J tinham sido feitas outras reunies de preparao. A ARM fez-se representar pelo Presidente da Direco, Santos Ponciano, e pelo Secretrio da Mesa da Assembleia Geral, Victor Borges. Demos o nosso contributo, e na Assembleia Geral de 17 de Maio prximo, entregaremos aos presentes cpia dos mesmos para apreciao e votao. Ser ainda votado a nossa integrao, ou no, naquela Unio.

Cumprindo o Regulamento das Delegaes Regionais da ARM, decorreu no passado dia 15 de Novembro, em terras de S. Nuno, o tradicional e esperado encontro de Armistas, tendo o programa sido escrupulosamente cumprido. Felizmente apesar do S. Pedro no ter colaborado o n de Armistas presentes aumentou substancialmente, tendo estado presentes 20 Armistas, 19 familiares de Armistas, os Srs. P. Paulo Jorge, P. Mamede e P.

obrigatria pelos Paos do Bonjardim, bero de S. Nuno. Aps um agradvel almoo, servido no antigo refeitrio do Seminrio, fomos pelo presidente Santos Ponciano postos ao corrente dos audaciosos projectos da ARM e do empenhamento que para a concretizao dos mesmos espera de todos ns. Para concluir seguiu -se o tradicional magusto regado com boa gua-p, tendo as despedidas sido feitas pelos resistentes j perto das 20 horas. O sacrifcio valeu a pena pois ficamos mais unidos e enriquecidos.

Ambrsio e Freguesia Cernache Bonjardim.

o

executivo de do

da

5,00

Aps a eucaristia, fomos visitar a Gruta, onde recordamos tempos passados tendo rezado e cantado, seguindo-se uma passagem8

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SERT Livro sobre S. Nuno esclarece data e local de nascimento02-Abr-2010 de S. Nuno, referindo que na ocasio do S. Nuno de Santa Maria nasceu em nascimento Flor da Rosa ainda no Cernache do Bonjardim no dia 25 de estava completa e no consta que tivesse Junho de 1360, como atestou Aires instalaes para ter as famlias, muito Nascimento autor da obra apresentada no menos a famlia dos naturais, e ainda que dia que assinalou o falecimento deste novo lvaro Gonalves Pereira, o pai, nunca santo portugus. iria querer que a me de S. Nuno, por ser Se dvidas existiam, foram ontem uma senhora de grande dignidade, ficasse dissipadas na apresentao do livro Nuno perante olhares menos honrosos dos de Santa Maria Fragmentos de Memria membros dos Hospitalrios. Aires Persistente. Assim, S. Nuno de Santa Nascimento atesta assim que o Crato no Maria nasceu em Cernache do Bonjardim tem argumentos a seu favor e que algum no dia 25 de Junho de 1360, como atestou anda a mexer os cordelinhos com Aires Nascimento autor da obra determinados interesses. apresentada no dia que assinalou o Outra certeza deixada foi a de que Nuno falecimento deste novo santo portugus, 1 lvares Pereira nasceu a 25 de Junho e de Abril. no no dia 24 como at aqui se pensava Jos Farinha Nunes, presidente da Cmara isto porque o Cronista Ferno Lopes Municipal da Sert, comeou por enaltecer disse que Nuno lvares Pereira, no dia 6 o gesto de lanar esta obra na Sert e que de Abril de 1385 tinha 24 anos, 9 meses e serve para catapultar to nobre figura 12 dias. Outro argumento recai no facto para outros patamares da histria, disse de quando o pai pede a Mestre Toms para classificando a atitude deste autor como lhe fazer o horscopo no o associa ao um exemplo a seguir, ou seja contribuir dia 24. para que Nuno de Santa Maria atinja Nuno de Santa Maria Fragmentos de definitivamente um lugar nico no Memria Persistente vai ainda ser consciente colectivo de Portugal. apresentado no prximo dia 26 de Abril Este o ano em que se assinalam os 650 em Lisboa, data do primeiro aniversrio da anos do nascimento de S. Nuno e o autarca canonizao de S. Nuno de Santa Maria. sertaginense elogiou a vida de princpios Refira-se ainda que todos os lucros deste e humanismo quer perante o prximo, livro serviro para ajudar os Missionrios quer perante a ptria, enaltecendo da Boa Nova na sua misso em tambm o facto de, 600 anos depois, ter acontecido a sua canonizao. Numa altura em que tanto se fala de ausncia de valores, o autarca sertaginense desejou ainda que o acto de canonizao seja um sinal de arquitectura e mobilirio esperana, de que existem valore intemporais e de que se deve lutar por Escritrios. - Diviso e Tratamento do Espao, Mveis. boas causas, justa e nobres sem esperar Escolas. - Mobilirio e RR Audiovisuais; nada em troca. Auditrios, Salas de Cinema e Teatro. Bibliotecas. Colectividades. Jos Farinha Nunes classificou ainda Centros de Arquivo e Documentao.(Soluo fixa e Dinmica) esta obra como um instrumento de Lares de 3 idade. - Mobilirio Geritrico e Hospitalar, Armazenamento. Estanteria: carga leve, mdia, pesada, paletizao estudo e um contributo que muito honra o concelho. Este livro retrata alguns meses de pesquisa e reflexo sobre a personalidade de Nuno lvares Pereira e logo aqui que Aires Nascimento refere que "o Condestvel do Reino nasceu em terras da Sert. Mais frente o autor desmistifica a confuso existente, e na sua opinio fabricada por questes tursticas, Ergotempus Mveis de Escritrio e Decorao, Lda Av. Maria Helena Vieira da Silva, N 4 1750-179 Lisboa relativamente ao local de nascimento Telf: 21 755 05 85 Fax: 21 755 05 87 [email protected]

Os nossos DoentesNa nossa vida, freneticamente vivida ao ritmo que a sociedade nos impe, por vezes esquecemo-nos dos que esto doentes. Temos lembrado os que repentinamente so internados, e nos do a saber, mas temos esquecido os que sofrem de doena prolongada. O Catarino, acamado nos Olivais, o Toms, que no pode sair de sua casa na Parede, o Figueiredo com os seus problemas do corao a necessitar de vigilncia continua, o Adelino Tom (ex-irmo auxiliar) que esteve internado mais de 3 meses. Para eles as nossas desculpas e as nossas oraes.

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NOTCIAS BREVES DA SMBN1 A Direco Geral nomeou a 18 de Dezembro a nova direco da OMAS ficando assim constituda: DIRECO Presidente: P. Zacarias Lima Pinho Secretria: Diana Campos Salgado Tesoureiro: P. Amadeu Oliveira CONSELHO FISCAL Presidente: Dr. Carlos S Correia Vogais: Dr. Joaquim Valente Silva Dionsio Ferreira Correia 2 Depois de terem sido ultrapassadas as dificuldades burocrticas relacionadas com obteno dos vistos, o Ano de Formao ter incio oficial a 28 de Fevereiro de 2010 pelas 16.30. Os alunos chegaro entre os dias 23 e 24 de Fevereiro. Pedimos a todos os membros para manifestarem a sua comunho e, se possvel, a sua presena. Teremos este ano 4 alunos (2 de Angola e 2 de Moambique). 3 J se encontra na frica do Sul o nosso colega P. Fernando Jos Matapalo. Encontra-se neste momento a estudar ingls. Depois deste tempo ir para a Zmbia. Reside com proco da S de Johannesburg e ao fim de semana colabora com o P. Carlos Gabriel. 4 O Superior Geral viajar no dia 14 de Fevereiro para o Japo. Esta viagem ter como motivo marcar oficialmente o incio da nova fase da presena da SMBN no Japo. A partir de agora o grupo da SMBN ficar separado do IEME. Ser celebrado um acordo com a arquidiocese de Osaka. No regresso passar por Roma para visitar o P. Lus Castro e P. Nuno. 5 Informamos que a ARM realizar seu encontro nacional em Cucujes nos dias 15 e 16 de Maio. Na medida do possvel, pede -se a presena e colaborao dos membros neste encontro nacional. Como j foi informado pela ARM, neste momento a ARM apoia 100 crianas no regime de apadrinhamento provindas das misses de Moambique e Angola. 6 Recordamos que a Festa Missionria se realizar a 6 de Junho. Este ano vamos incluir a celebrao que tradicionalmente fazemos com os familiares dos nossos membros no mesmo dia. A celebrao ser presidida por D. Ximenes Belo. A peregrinao missionria a Ftima decorrer nos dias 19 e 20 de Junho. Ser presidida por D. Antnio Marto. Na medida do possvel, peo que as actividades pastorais desenvolvidas pelos departamentos e individualmente tenham em conta a importncia de marcarmos a nossa presena em Ftima. 7 Cumprindo o estipulado no artigo 103 das Constituies, foi eleito pelos Irmos para participar na XI Assembleia Geral o Ir. Alberto Lus da Silva. 8 A DG nomeou o P. Adelino Ascenso director da Igreja e Misso. Prev-se alterao da redaco a curto prazo. 9 A DG entendeu retomar os Colquios como amplo espao de formao para todos os membros. Est calendarizado o prximo para 9 e 10 de Outubro de 2010. A organizao est a cargo do P. Anselmo Borges. 10 A DG nomeou o P. Francisco de Jesus Leito Pereira assistente dos Leigos Boa Nova. A nvel da DG ficou responsvel por atender e acompanhar oficialmente os Leigos Boa Nova o P. Zacarias de Lima Pinho 11 Na linha de preparao da XI Assembleia Geral, a DG ir enviar at ao final do ms de Fevereiro um conjunto de textos que podero ser usados na reflexo. O objectivo desta reflexo projectar um plano de aco da SMBN para os tempos mais prximos. 12 Partiram para as misses, a 15 de Dezembro de 2009, P. Jernimo Nunes (que se encontra em Malema) e P. Samuel (que se encontra no Seminrio / Maputo). No dia 29 do mesmo ms regressou a Moambique o Ir. Antnio Lopes. No mesmo dia viajou para Moambique o membro temporrio Ronaldo Caldas para realizar o seu Estgio Intermdio de Formao Missionria em Malema. No dia 21 de Janeiro de 2010 partiu o Ir. Eduardo para Pemba. 13 O seminrio de Contagem tem 5 alunos. 14 O Seminrio da Matola tem este ano 14 alunos: 4 de filosofia e 10 do propedutio. 15 Encontra-se de frias em Portugal o P. Anbal Joo. Ficar mais algum tempo em tratamento em Portugal o P. Manuel Ferreira de S. 16 Recordamos os aniversariantes deste ano: 50 anos de SacerdcioArt. 24 dos Estatutos da ARM: So deveres dos associados e) Assinar a revista Boa Nova aproveitada como veculo noticioso da ARM

31.07.1960 P. Manuel de Castro Afonso Pe. Albino dos Anjos

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A Sustentabilidade da ARMNuma poca em que tanto se fala de sustentabilidade das empresas, das pessoas singulares e colectivas, das entidades pblicas e privadas, das finanas locais, regionais e at da sustentabilidade das economias dos pases, fortemente abaladas nos ltimos meses, em consequncia de erros acumulados, pela ganncia dos homens ou pura irresponsabilidade daqueles que tendo especiais deveres de gerir, seguem os caminhos do imediatismo e da irresponsabilidade, hipotecando irremediavelmente as geraes vindouras, fui confrontado numa reunio de direco da ARM com uma questo simples, mas que a todos nos deve por a pensar: O que poder cada um de ns fazer desde j, para financiar os custos fixos da ARM? Sendo eu um dos recm chegados a esta humilde, calorosa e muito digna famlia, no sou do tempo, daqueles que me dizem que h j muitos anos parece que nos anos 80, teria sido institudo pelos armistas o pagamento de uma quota de Cem Escudos mensais, que se destinaria a cobrir as despesas fixas da ARM. Acontece porm que os tempos foram passando, uns certamente por falta de informao outros por ignorncia ou desleixo, deixaram de cumprir esse dever e muitos, onde eu me incluo, sendo novos armistas nunca tomaram conhecimento desta realidade e da necessidade de com um pequeno contributo de cada um de ns, podermos assegurar a sustentabilidade da ARM. Bem sei que a grande maioria dos armistas aproveita os nossos almoos convvio, para contribuindo com mais alguma coisa, de certa forma financiar as despesas que a ARM tem de suportar para fazer chegar at ns o boletim trimestral, custear a sua impresso e colmatar outras pequenas despesas, mas a verdade que no tendo estas receitas carcter de obrigao e de regularidade, a falta de receitas fixas criam Direco, por vezes momentos de alguma aflio financeira, que julgo com um pequeno gesto de cada um de ns11

poderamos por certo evitar. Foi feito um esforo, por parte desta Direco para atravs da publicidade no boletim, se procurar financiar o seu custo de produo e de distribuio, com bons resultados certo, mas insuficiente, podendo esta ser uma via ao dispor dos armistas que a julguem til, para contribuir para a sustentabilidade da ARM. Porm, a medida concreta e imediata que se impe, a de cada um de ns, na medida das reais possibilidades, passar a proceder ao pagamento de uma quota, cujo valor mnimo penso poderia ascender a 10,00 anuais (podendo o armista preencher o valor com a importncia que entender), a fazer por transferncia bancria, conforme ordem de pagamento que vai em anexo ao presente boletim e devolv-la Direco que a encaminhar para cada banco. Evidentemente que o no pagamento desta quota, no motivo nem de excluso nem de afastamento de qualquer armista, porque mais importante que obter receitas trazer at ns novos armistas, mas se merecer o acordo e concordncia de todos, permitir uma sustentabilidade no tempo, que neste momento a ARM no tem, vivendo apenas da boa vontade e do empenho daqueles, que reconhecendo o que a Sociedade Missionria fez por eles, aproveitam cada momento de convvio e prazer para manifestar a esta Instituio a sua profunda gratido. Bem haja a todos. Antnio Emlio Pires. (1976/1983)

TELECOMUNICAES

J chegou a nova gerao de telefones digitais! Com som e vdeo de qualidade.Carlos Amlcar Dias tm. 91 600 30 39

Assembleia Geral ConvocatriaNos termos do Art. 6 dos Estatutos da ARM Associao dos Antigos Alunos da Sociedade Missionria, convoco todos os Armistas, no pleno gozo dos seus direitos, para a ASSEMBLEIA GERAL ORDINRIA a realizarse no Seminrio de Cucujes, no prximo dia 16 de Maio, Domingo, pelas 9,30h, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Ap rese nta o relatrio actividades. do de

UM SORRISO PARA TI

Em 20 de Janeiro, foi assinado em Lisboa, na Casa Central da SMBN e sede social da ARM, o protocolo de cooperao no mbito do projecto "Um sorriso para Ti". Com as "fotos" acima, pretendemos apenas registar e testemunhar o momento solene da vossa generosidade. Em simultneo foi entregue SMBN um cheque de 8.000,00 Euros, correspondente ao ano de 2010. Escolas a apoiar e responsveis pela implementao do projecto, conforme deciso do Senhor Pe. Albino dos Anjos: ANGOLA: MOAMBIQUE: Escola N. S. Boa Nova Pe. Joo Cavalcante Malema - Pe. Jos Alexandre Nametil - Pe. Francisco Godinho Chibuto - Pe. Amaro e Pe. Firmino Pemba - Pe. Lus Figueiredo

Foi tambm reiterado o pedido e a urgncia de uma foto de cada grupo e seu responsvel, para podermos divulgar pelos "Padrinhos". a) Santos Ponciano ************************* Aps a assinatura do protocolo as inscries continuaram a chegar. Nesta data contabilizamos 110 inscries. Estamos todos de parabns. O objectivo inicial foi superado. Este ano vamos prosseguir com o projecto. Ou com o apoio a novas escolas, ou com a alargamento do nmeros de crianas por escola. A Assembleia Geral assim o determinar.

2. Apreciao, discusso e aprovao das contas de 2009. 3. Apreciao, discusso e aprovao dos projectos para 2010. 4. Outros assuntos.Lisboa, 31 de Maro de 2010

ENCONTRO NACIONALMarca a tua presena quanto antes. Ajuda-nos a organizar-nos e providenciar os meios atempadamente S com a colaborao de todos o sucesso ser garantido. Todos estamos interessados no sucesso. Contamos contigo e famlia. Traz outro contigo12

O Presidente da Mesa da Assembleia GeralBOLETIM N. 106 Janeiro/Maro de 2010 ARM Associao Regina Mundi dos Antigos Alunos da Sociedade Missionria da Boa Nova

BOLETIM TRIMESTRAL N 107Abril/Junho 2010

EncontroCUCUJES, 15 e 16 de Maio ltimo (pg. 6 e7)Nncio Apostlico de Lisboa, agradece em nome pessoal, e em nome Sua Santidade o Papa Bento XVI, ARM e ao autor, Padre Prof. Doutor Aires A. Nascimento, a oferta do livro NUNO de SANTA MARIA fragmentos de memria persistente.Pg. 5 Transmontano

Vimioso:21/Ago/2010 s 10h.Contactos: Gabriel Carvalho: Antnio Padro: Costa Andrade Emilio Pires (pg. 8 )

Combate

pobrezaPg.121

TERENA (pg. 2 e 3)

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Propriedade: ARM Associao Regina Mundi Sede: Rua da Bempostinha, 30 1150-066 Lisboa Tel. 218 851 546 Fax: 218 850 258 NIPC n. 503 268 372 NIB da conta da ARM:

Senhora da Boa Nova: peregrinao a Terena pela comunidade da Sociedade Missionria de LisboaNo dia 9 de Junho de 2010, a comunidade de Lisboa da Sociedade Missionria deslocou-se em peregrinao a Nossa Senhora da Boa Nova de Terena; tal peregrinao tinha sido prevista para 2009, mas a declarao da doena que vitimou o P.e Viriato no consentiu que a nos deslocssemos, pois entre Maio e Outubro a nossa peregrinao foi feita com ele at ao Hospital da CUF, onde veio a falecer. Ficmos devedores a ele e a Nossa Senhora deste gesto que havamos combinado. Razes de tal projecto: acertarmos a nossa memria com o santurio que nos anais consagrados passa por um dos centros mais antigos da devoo mariana e que, em data tambm antiga, apresenta nas denominaes portuguesas o ttulo de Nossa Senhora da Boa Nova. Expliquemos. 1) O santurio de Santa Maria de Terena tem nas Cantigas de Santa Maria, do rei Afonso X de Castela, av do nosso rei D. Dinis, um ncleo de louvores deveras significativo: nada menos que2

003501210000130053098Quota anual: 10,00 Presidente da Direco: Jos Domingues dos Santos Ponciano Direco, Redaco e Administrao: Rua da Bempostinha, 30 1150-066 Lisboa Telemvel: 927 651 624 Tel. 218 851 546 / Fax: 218 850 258 Site: www.arm.org.pt E-mail:

[email protected] e Impresso: Escola Tipogrfica das Misses Cucujes Tiragem desta Edio: 750 exemplares Colaboradores deste nmero: Albino dos Anjos Santos Ramos Santos Ponciano Francisco Costa Andrade Aires A. Nascimento scar Rodrigues Antnio Emlio Pires Ronaldo Viana

de Santa Maria, do rei Afonso X de Castela, av do nosso rei D. Dinis, um ncleo de louvores deveras significativo: nada menos que 12 cantigas, em agradecimento a Nossa Senhora por curas recebidas por seu intermdio; as Cantigas foram recolhidas pelo rei Sbio em torno de 1260, o que faz pensar que j nessa poca existisse uma espcie de pequeno cancioneiro que os jograis entoavam perante os peregrinos que se deslocavam ermida de Santa Maria de Terena: h quem opine que esse cancioneiro (em manuscrito ou em execuo jogralesca) ter sido levado at corte de Afonso X, por um dos Condes de Riba de Vizela, quando teve de se exilar em Castela (fosse D. Gil Martins, fosse seu filho, D. Martin Gil, em data prxima da elaborao das Cantigas). 2) O santurio de Terena conserva ainda elementos antigos que apontam para um antigo culto ao deus Endovlico (que J. Leite de Vasconcelos estudou para as suas Religies da Lusitnia); a

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Senhora da Boa Nova: peregrinao a Terena pela comunidade da Sociedade Missionria de Lisboamariano ter ocorrido em perodo alto da cristianizao da zona alentejana, mas no existem testemunhos que permitam saber qual o perodo em que isso se verificou (parecendo razovel a hiptese que tenha acontecido antes da ocupao muulmana). 3) A denominao do santurio era de Santa Maria de Terena, tal como est nas Cantigas: a designao de Nossa Senhora da Boa Nova no primitiva: deve remontar a finais do sc. XVII, pois em 1708, o P.e Antnio Carvalho da Costa, Corografia Portuguesa, j apresenta tal designao; associa-a ele, pela primeira vez, a uma antiga notcia, conhecida da Crnica de D. Afonso IV, por Rui de Pina, segundo a qual a filha deste rei, casada com o rei de Castela, passou por Terena, quando veio ter com o pai e lhe solicitou auxlio para a aco militar que o marido teria de empreender contra os mouros que ameaavam os seus domnios em Terena teria ela recebido a notcia de que o pai se dispunha a anuir ao pedido e mandava foras para se oporem aos infiis (formaram o contingente portugus que, sob as ordens de D. Gonalo Pereira, Mestre dos Hospitalrios e de seu filho D. lvaro Gonalves Pereira, pai de D. Nuno lvares Pereira, se bateu na batalha do Salado em 1340, acompanhado pela relquia da Vera Cruz que se encontra na igreja do Marmelar). Sendo antiga, ainda que no originria do primitivo santurio, a designao de Nossa Senhora da Boa Nova, importar acentuar a caracterizao da respectiva imagem: como est, a imagem de roca (como frequente em muitas das imagens antigas que se veneram em Portugal uma delas a de Nossa Senhora da Conceio que se encontra no santurio de Vila Viosa e cujo culto se diz remontar a S. Nuno de Santa Maria que ali ter deixado a imagem vinda de Inglaterra); a Senhora da Boa Nova apresenta-se com o Menino no brao esquerdo e de mos estendidas; a atitude de majestade, pelo que as coroas, da Senhora e do Menino, se justificam; tambm de acolhimento, em aceitao de quem se Lhe confia. Esta iconografia est reproduzida na imagem que veneramos em Valadares, trazida que pequena capela que havia na Casa da Quinta da Boa Nova, em Vilar do Paraso (da Condessa de Lobo, proprietria a quem a Sociedade Missionria comprou a herdade para construo do Seminrio; a quinta do Penedo, onde acabou por ser construdo, pertencia a outra pessoa). Se esta a iconografia tradicional, no valer a pena apostar em veleidades de transferir para outras representaes o que tem iconografia bem marcada desde sculos. Acentue-se tambm que a celebrao da festa de Nossa Senhora da tal ocorrncia est tambm consignada para outras festas de Nossa Senhora com outras invocaes, deixando todas elas entrever que a suspenso das festas marianas durante o Tempo Quaresmal e primeira semana da Pscoa conduzia associao de Maria com as alegrias pascais e com o anncio da Ressurreio. Que agora se celebre a festa de Nossa Senhora da Boa Nova no dia da celebrao da Visitao de Maria a Santa Isabel uma opo que no cabe aqui discutir: facto que, nas celebraes de Terena, o andor que sai da capela da ermida em direco ao castelo da vila se encontra com o andor de S. Pedro, que o patrono da igreja matriz; dizem-nos que, em outros tempos, o encontro era com a imagem da Senhora do Rosrio, mas foi alterado o rito para evitar interpretaes menos correctas. Aires A. Nascimento

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Ano 1955 e alguns de 1954 Cernache 10 de JunhoNo eram muitos, mas eram de peso. Olhem bem para eles: scar Rodrigues (grande dinamizador do evento), Vieira de S, Z Maria Moreira, Ir. Edgar, Luis Gamboa, Pe. Luis Marques, Moreira e Anibal Dias Pedro. Os Padres Librio, Baltar e Valente Pereira no no puderam estar presentes por atraso no cacilheiro, mas mantiveram-se em contacto vrias vezes durante todo o dia. Parabns Rapaziada. Um pequeno reparoda redaco: Em nenhuma fotografia aparece qualquer superior do Seminrio.

At ltima hora estive espera de uma pequena crnica do encontro. No chegou, e nestas ocasies o redactor tem que substituir o jornalista e encher o espao da melhor forma que sabe. Pois, aqui ficam duas fotografias que valem por mil palavras, mas como eu gostaria, (deliciar-me-ia), com uma crnica do homem que muito admiro, como homem e como ser humano, que me ensinou a lgica da matemtica e que escreve sem pieguices e nostalgias achacadas, mas antes com o pragmatismo to necessrio nossa sociedade. Venha de l essa crnica, Vieira de S. Neste ou noutro assunto.

Sociedade de Advogados

Antnio Emlio Pires Advogado

Av. Conselheiro Fernando de Sousa, n 19 18 1070-072 Lisboa Portugal Tel.: 351.21 384 63 00 Fax 351.21 387 01 67 Email: [email protected]

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Ao comemorarmos os 650 anos do seu nascimento e primeiro da sua canonizao, a ARM quis prestar uma singela homenagem a NUNO de SANTA MARIA. Pediu ao Senhor Prof. Doutor Aires A. Nascimento, para ser o autor e escrever algo diferente do que soe fazer-se

Prontamente aceitou. E neste livro, que no nenhuma biografia, trouxe memria o testemunho do rei D. Duarte, Crnica do Condestvel, Ferno Lopes, Ca m es s o bre Nunlvares. De referir que o autor ofereceu os direitos, sendo estes integralme nte canalizados para o projecto Um Sorriso para Ti.

Reproduzimos, como j havamos feito na pgina da internet, cpia da carta recebida de S. Rev. o Nncio Apostlico em Lisboa. Permitam-nos que chamemos ateno para o facto de a nossa carta ser datada de 11 de Maio, e a resposta de 12 de Maio, isto , exactamente a data em que Sua Santidade se encontrava em Lisboa. Coincidncia? No sei. Eficincia no secretariado? Tambm no sei. Dada a agenda carregadssima quero mais acreditar em preocupao e ateno a pequenos5

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NIHIMO

ENCONTRO NACIONAL da ARM 2010Por hbito, sempre que participo em qualquer actividade, pergunto-me se valeu a pena e interrogo-me sobre o que me levou ali. Procuro tambm identificar as mais e as menos valias, ou, dizendo quase o mesmo por outras palavras, os pontos fortes e os pontos fracos. No h dvida de que a fora que me levou a Cucujes, vem de muito longe, dos anos cinquenta e sete/sessenta e dois, de Tomar e Cernache do Bonjardim. O objectivo era reviver ambientes, reencontrar amigos e reeditar emoes. E no me senti frustrado. As mais-valias foram muitas. Gostei muito de ouvir as palestras do Miguel Ramalho (A Repblica e as Misses Catlicas) e do Amadeu Arajo (A Repblica e a Laicizao das Misses) que nos proporcionaram uma viagem ao passado, expondo-nos alguns dos momentos da nossa histria em que houve confrontao entre a Igreja e o Estado. Inicialmente, face aos ttulos das comunicaes, pensei que iam dizer a mesma coisa, mas no foi assim. O primeiro abordou os aspectos gerais das situaes da poltica da corda esticada entre a Igreja e o Estado, fazendo, em prembulo, o enquadramento do tema na ideologia europeia, e navegando depois pela histria portuguesa. Ouvimos falar do Beneplcito Rgio de D. Pedro I, em que se determinou que a exequibilidade de quaisquer documentos pontifcios, ou outros documentos apostlicos, dependia da sua prvia aprovao rgia, at aos tempos mais modernos da Repblica em que foi instituda a separao da Igreja e do Estado. Na exposio, foram aparecendo os nomes dos vrios mata-frades da nossa histria, se bem que seja o do Joaquim Antnio Augusto de Aguiar o que aparece tradicionalmente ligado a esta conotao. A explicao da ideologia da laicidade republicana permitiu um bom enquadramento da referncia lei da separao da Igreja do Estado e dos seus reflexos na usurpao do patrimnio das instituies religiosas, com destaque para o caso do Colgio das Misses de Cernache do Bonjardim. Enquanto que a exposio do Miguel Ramalho tratou de um enquadramento geral, a do Amadeu Arajo versou sobre aspectos mais detalhados dessa tentativa republicana de dilatar o Imprio sem a F e do papel do Instituto das Misses Laicas de Cernache do Bonjardim, nesse mais que falhado empreendimento. Gostei muito das referncias feitas ao Dr. Ablio Maral pois um nome que me deixou intrigado a partir do momento em que, num dos passeios que fazamos a p pelos arredores de Cernache, um dos saudosos padres que nos acompanhava nos indicou a casa onde viveu essa figura histrica. Nunca mais me esqueci desse pormenor porque foi acompanhado de uma referncia que me deixou deveras intrigado. Foi dito que ele fora o reitor do colgio das misses laicas que funcionou no Seminrio. E que ele era to ateu que, para mostrar bem a fora da6

ARM Associao Rainha do Mundo Antigos Alunos da Sociedade Missionria Portuguesa 2009 - 2 EDIO

Foi apresentado no Encontro Nacional de Valadares, em 2009, a 2. Edio do Nihimo. Corrigimos os erros da primeira, com um trabalho exaustivo e exemplar do Armindo Henriques, que para levar a cabo a sua tarefa, teve que se deslocar vrias vezes a todas as nossas Casas. Esta 2. Edio composta por 2 volumes, o 1. base de dados e 2. endereos. Foi impresso na Editorial Misses, e como tal, teve custos, pelo vendido a 5 os 2 volumes em conjunto.

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ENCONTRO NACIONAL da ARM 2010chegou a fazer cama e a dormir no altar-mor da igreja do seminrio, em desafio directo e ostensivo a quaisquer poderes divinos.Valeu a pena ouvir estes bons amigos falar destes interessantes assuntos, na

linguagem simples de quem conta bem uma histria. Foi tambm um ponto forte a apresentao feita pelo P. Aires Nascimento do livro sobre D. Nuno. No tive oportunidade de assistir ao lanamento do livro em Lisboa e, por isso, foi para mim uma mais-valia acrescida. Admirei, com reconhecimento de muito mrito, o empenho do Z Quina em abrilhantar o encontro com os seus dotes de musiclogo e instrumentista. Ele puxou da guitarra, da trompete, da flauta e conseguiu tocar tudo afinadinho com o rgo. caso para dizer que s faltou mesmo a gaita-de-foles. E por trs de tudo, est o seu trabalho em preparar os livrinhos com os cnticos para a celebrao. E que me dizem da genica do nosso jovem P. Albino a fazer quarenta anos exuberando felicidade e espalhando-a para todos de cima de uma cadeira? Que Deus lhe d longa vida! Gostei mito de ouvir o relato do estado da meritria iniciativa Um sorriso para ti. Parabns Direco! Neste tipo de encontros, sempre enfadonho ter de ouvir as sucessivas histrias dos rancores motivados pelos puxes de orelhas dos superiores do Seminrio. Compreendo que um puxo de orelhas aos onze anos possa ter deixado uma cicatriz mais profunda do que uma bala numa perna na guerra de frica quinze anos mais tarde. Mas tudo tem de ter um limite com minutos contados. De outro modo, o tempo fica enfadonhamente ocupado. Era desnecessrio passar tanto tempo a discutir os detalhes da aplicao dos 11.194 euros, o total da conta da ARM. Teria sido tambm interessante discutir um oramento que fundamentasse o plano de actividades. Isto porque importante que os armistas votem a expectativa da realizao dos nmeros para ficarem solidariamente vinculados sustentao financeira dos projectos da Associao. Sabemos que, passados os anos, o que fica do essencial da histria das instituies pode ser encontrado nos livros de actas. Estas so uma das fontes privilegiadas dos investigadores. Daqui a muitos anos, pode ser que haja algum interessado em saber o que se passou na reunio anual da ARM de dois mil e dez. E se esse algum cruzar a informao, poder notar a falta de uma nota de agradecimento ao P. Aires Nascimento, por ter cedido ARM os direitos autorais do seu livro sobre o D. Nuno. Acho que seria interessante, organizar algo em separado para as acompanhantes, um passeio simples que seja, ou mesmo um ch, libertando-as da parte formal da Assembleia-Geral. Penso que elas apreciariam a oportunidade de trocar experincias em relao sua vivncia com ex-seminaristas. A. Santos Ramos Lisboa, 6 de Junho de 20107

Seminrio de Cernache do Bonjardim - Figuras e Memrias, coordenado pelo senhor Dr. Joo Gamboa. As receitas da venda de todos os livros, destinam-se aos projectos de solidariedade que estamos a levar a efeito.

15,00

10,00

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No encontro do dia 12, devo dizer que foi 'excelente': a 'lio do J. Csar das Neves', o debate, o almoo, a interveno da M Brites, tudo. tica e biotica... para reflexo sobre os valores (que ainda so reconheciveis'mas pouco 'reconhecidos' ou desconhecidos na prtica dos que assumem as responsabilidades (a todos os nveis) no seguidismo das 'modas'. Bom. Agora era eu a enveredar pela motivao que suscitou o dia 12. Quanto ao assunto dos estatutos da UASP ainda no foi desta que se aprovaram, embora houvesse discusso acesa para se concluir ali mesmo. O bom senso fez adiar a aprovao para que houvesse mais contribuies. E a vossa a ARM e outros ausentes ou os que no tiveram oportunidade de obterem o 'placet' das prprias estruturas, ficam responsabilizados pela leitura e 'crtica' da verso que vou reenviada a todos at data fixada. Ficou o David Francisco encarregado do reenvio. J receberam?Guilhermino Pires Presidente da COPAAEC At data nada recebemos. Esperemos pelo prximo boletim.

GRANDE ENCONTRO DE ARMISTAS EM VIMIOSO NO DIA 21 DE AGOSTO DE 2010Organizado pela Delegao de Bragana da ARM, com o apoio da Direco da ARM, vai realizar-se em Vimioso, no dia 21 de Agosto prximo, o encontro anual da delegao da ARM que, como todos devem estar lembrados, no pode ficar mais uns dias em Trs-osMontes, que garantam o alojamento atempadamente, directamente ou atravs dos organizadores do encontro.

CONTACTOS:

realizar-se em Novembro passado Gabriel Carvalho por causa do mau tempo, situao muito habitual no Inverno naquelas e-mail: [email protected] terras. Delegao da ARM de Bragana Porque, desde os primrdios da Telm.917 258 242 Sociedade Missionria, at aos Antnio Padro nossos dias, Vimioso e todo o planalto mirands foram um dos Direco da ARM maiores alfobres de vocaes e, Telm. 919 730 409 e 962 051 159 concomitantemente de Missionrios (quem no se lembra, de entre Costa Andrade muitos outros, dos Padres Amndio, Delegao do Porto, Aquiles, Anbal, Firmino, Benjamim, Policarpo, Pino, Amado, Telm. 914852452 Andr, Viriato, Lopes, Casimiro, [email protected] (Agostinho), agora sem a desculpa do mau tempo, estamos certos que junto dos quais podero ser obtidas este ser um encontro histrico que, todas as informaes referentes com muita facilidade, poder juntar ao programa e a toda a logstica do em Vimioso um grande nmero de Encontro antigos alunos da Sociedade, seus EM AGOSTO, ENCONTRAMONOS EM VIMIOSO PARA familiares e amigos. CONVIVER, RELEMBRAR, No obstante a razovel capacidade hoteleira disponvel, como estaremos na poca alta das frias, para que tudo corra a preceito, sugerimos aos armistas que queiram aproveitar a oportunidade para8

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Fotografias Histricas

Reparem s na alegria desta garotada! Isto, j ningum nos tira!Na era do digital, e porque as Instituies tm memria, desde que registada, queremos durante a ano de 2010/2011 ( i sto , j hoje! ) fazer um arquivo fotogrfico digital de tudo o que se relacione com a vida dos Armistas. Assim, e pedimos, rogamos,

mail.

Se no tiver, envia os tratamos do

originais que ns

Grupo de 1968. Do-se alvssaras a quem reconhecer alguns (basta metade. Somos 105).

arquitectura e mobilirioEscritrios. - Diviso e Tratamento do Espao, Mveis. Escolas. - Mobilirio e RR Audiovisuais; Auditrios, Salas de Cinema e Teatro. Bibliotecas. Colectividades. Centros de Arquivo e Documentao.(Soluo fixa e Dinmica) Lares de 3 idade. - Mobilirio Geritrico e Hospitalar, Armazenamento. Estanteria: carga leve, mdia, pesada, paletizao

prometemos fotos de Tomar,

devolver, Cernache,

rapidamente, a quem tenha Cucujes e Ftima, em grupo ou individual, que nos envie identificando o ano. Se tiverErgotempus Mveis de Escritrio e Decorao, Lda Av. Maria Helena Vieira da Silva, N 4 1750-179 Lisboa Telf: 21 755 05 85 Fax: 21 755 05 87 [email protected]

digitalizador basta enviar por e-

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NOTCIAS BREVES DA SMBN Alunos 2009/2010VALADARES1. Ricardo Filipe Rosa Marques (Membro Temporrio da SM) Frequenta o 3 ano de teologia Nascimento: 26.08.1977 Antes de entrar no Seminrio, concluiu o curso de Informtica de Gesto, na Escola Superior de Gesto de Santarm. 2.Gregrio Eugnio Neto Perregil Entrada no Seminrio da Boa Nova: Setembro de 2009 Frequenta o 4 e 5 ano de teologia Nascimento: 04.01.1979 Antes de entrar no Seminrio, frequentou o Colgio do Rosrio, Porto e a Universidade Catlica no Porto. 3.Rui Jorge Santos Vieira Ferreira Entrada no Seminrio da Boa Nova: Setembro de 2009 Frequenta o 1 ano de teologia Nascimento: 31.03.1981 Antes de entrar no Seminrio, frequentou o Instituto Superior de Psicologia Aplicada, concluiu em 26.02.2009 o Mestrado Integrado em Psicologia, rea de especializao de Psicologia Social e das Organizaes. CERNACHE DO BONJARDIM 1.Benedito Antoko dos Anjos Musscula - Moambique Nasceu em 1985.06.19 Completou o Curso de Filosofia 2. Constantino Antnio Epalanga Hatende - Angola Nasceu em 1986.03.27 Completou o Curso de Filosofia 3.Hiplito Maria Andr Julio Vida Mo. Nasceu em 1983.05.12 Completou o Curso de Filosofia 4. Lubaki Meya Zicanda Jos Angola Nasceu em 1983.04.03

SEMINRIO CONTAGEM1. Marcos Pereira da Silva 20 anos de idade 1 ano de Filosofia, ISTA 2. Jailson Nascimento de Lima 19 anos de idade 3 ano de Filosofia, ISTA 3. Jos Antonio Lima 32 anos de idade 3 ano de Teologia, PUC 4. Francisco Mrio (Membro Temp. da SM) 27 anos de idade 1 de Teologia, ISTA 5. Laurindo Visele (Membro Temp. da SM) 27 anos de idade 4 ano de Teologia, ISTA.

2. Antunes Marcelino 22 anos de idade 1 ano de Propedutico 3. Geraldo Paulino Guidione 23 anos de idade 1 ano de Propedutico 4. Amaral Adelino Nihirike 22 anos de idade 2 ano de Propedutico 5. Atansio Arlindo de Sousa 22 anos de idade 2 ano de Propedutico 6. Augusto Raimundo Nicoroma de 25 anos de idade 2 ano de Propedutico 7. Amaral Mateus Bambo 24 anos de idade 3 ano de Propedutico 8. Felizardo Luheia 21 anos de idade 3 ano de Propedutico 9. Lucas Jaime Lucas 20 anos 3 ano de Propedutico 10. Mateus Joo Bosco 23 anos de idade 3 ano do Propedutico 11. Alfredo Tumbo Jnior 21 anos de idade 1 ano de Filosofia 12. Francisco Raimundo Mateus 24 anos de idade 1 ano de Filosofia 13. Tiago da Conceio Estvo Toms 21 anos de idade 1 ano de Filosofia 14. Proena Tonito Gabriel 27 anos de idade 3 ano de Filosofia

SEMINRIO VIANA (LUANDA)1.Afonso Gomes Tchivela Nasceu a 1986.10.31 2 ano de Filosofia 2. Belchior Mutaka Nasceu a 1984.03.22 3 ano de Filosofia 3. Carlos Domingos Jorge Nasceu a 1982.01.27 2 ano de Filosofia 4. Donato Manuel Jacques Nasceu a 1966.08.21 2 ano de Filosofia 5. Sabino Katchinombelo Ulombe Nasceu a 1989.08.19 2 ano de Filosofia 6. Emiliano Maiapia Prata Nasceu a 1987.05.15 1 ano (Salesianos)

SEMINRIO DA MATOLA1. Antnio Joo Amisse 21 anos de idade 1 ano de Propedutico 10

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O MOSTEIRO E O CARUNCHONos passados dias 15 e 16 de Maio, decorreu, nas instalaes do Seminrio de Cucujes, o encontro anual e nacional da ARM (Associao Regina Mundi) que congrega os antigos alunos da Sociedade dos Missionrios da Boa Nova. Foi um interessante fim de semana de convvio, onde se reviveram rituais moda antiga, como seja a romagem Gruta de Nossa Senhora da Conceio, e pudemos reencontrar companheiros da nossa vivncia dos onze anos e seguintes, marco temporal que, no meu caso, chegou aos dezassete. Em dois dias de sol radioso pudemos percorrer os claustros e corredores desse antigo Mosteiro Beneditino, situado no topo de uma colina, e ainda parcialmente rodeado por extensos prados verdejantes, onde so visveis os sinais de uma antiga e prspera casa agrcola conventual. De toda a informao que foi prestada pela Direco da ARM, foi particularmente interessante a actualizao em relao ao projecto Um Sorriso para Ti, uma feliz iniciativa para ajudar na escolaridade de crianas nas terras de misso. Este projecto simples. Foi estimado que os custos anuais da escolaridade de uma criana na frica profunda so cerca de cem euros. O exemplo foi tomado a partir da situao concreta de terras do interior de Moambique. Ora, com cem euros anuais, possvel apadrinhar a formao de uma criana. O dinheiro entregue aos Missionrios locais que rigorosamente o aplicam nessa finalidade. Na reunio, foram projectadas as fotografias e os nomes das crianas que j esto a beneficiar do projecto. J houve cerca de 110 adeses. Qualquer pessoa pode participar. Pretende-se estender esta meritria aco s terras de Angola e do interior do Brasil onde trabalham os Missionrios da Noa Nova. Neste tipo de encontros h sempre lugar a momentos nostlgicos quando encontramos pessoas que nos foram e so queridas, como seja, no meu caso, o meu prefeito do quinto ano, e professor, P. Jos Marques Gonalves, um santo homem da Beira Interior (Orca 11

Fundo). Visivelmente desgastado pelo trabalho duro da misso no interior de Moambique (Chiure) est agora em Portugal para tratamento. Desejo-lhe boas melhoras e uma rpida e completa recuperao para voltar para as terras que, com o corao, adoptou. Por outro lado, di-nos o corao ao passearmos pelos corredores, ptios e instalaes, outrora repletas de alunos e agora vazias anos sucessivos e conservadas no limiar das possibilidades que a todo o custo tentam evitar a total decadncia. Vejam este exemplo significativo. A capela conventual encheu-se, subitamente, para a celebrao da missa dominical dos armistas. Quando procurei um assento num dos bancos de madeira, fiquei surpreendido, pelos abundantes sinais do caruncho, prenncio da degradao irreversvel que os ainda poucos residentes tentam sustar. O Seminrio de Cucujes, outrora um fervilhante e prspero Mosteiro Beneditino, que, na segunda metade do sculo XX acolhia os numerosos alunos dos cursos de filosofia e teologia da Sociedade dos Missionrios da Boa Nova, luta agora para no ser irreversivelmente tomado pelo caruncho.

O caruncho est activo e ningum se preocupou em limpar os seus sinais In dicforte

Deus quer, o homem sonha e a obra nasce - Fernando PessoaA actual Direco da ARMAssociao Regina Mundi, dos Antigos Alunos da Sociedade Missionria Portuguesa, quando venceu as eleies em Maio de 2008, tinha um sonho: Dar uma dimenso missionria Associao. Combater a pobreza via alfabetizao. A ideia foi germinando, fomo-nos aconselhando com quem tem experincia no terreno (os nossos missionrios) e desenhmos o projecto: Com a nossa vivncia crist, missionria e acima de tudo humana, por c, com a logstica dos nossos missionrios no terreno, por l, no havia fugas, nem desperdcios. O objectivo para o primeiro ano era ambicioso. 100 crianas. Conseguimos. Parabns e obrigado. Assim em 20 de Janeiro, foi assinado em Lisboa, na Casa Central da SMBN e sede social da ARM, o protocolo de cooperao no mbito do projecto "Um sorriso para Ti". Em simultneo foi entregue SMBN um cheque de 10.000,00 Euros, correspondente ao ano de 2010.

Visitmos o Pe. Antnio Figueiredo nos Hospitais da Universidade de Coimbra, o n d e t i n h a f ei t o um transplante ao corao no final de Maio. Estava bem disposto e com uma mquina mais nova, como dizia. Inicialmente houve algumas preocupaes de rejeio,

Escola do Chibuto

mas felizmente j teve alta e ter que estar pronto para nos ajudar nos encontros de Outubro. Um abrao, rapaz.

As e sc o l as a p o i a d as e os responsveis pela implementao do projecto so: ANGOLA: MOAMBIQUE:

Escola de Pemba

Escola N. S. Boa Nova Pe. Joo Cavalcante Malema - Pe. Jos Alexandre Nametil - Pe. Francisco Godinho Chibuto - Pe. Amaro e Pe. Firmino Pemba - Pe. Lus Figueiredo

Um sorriso para Ti - Vdeo: http://arm-smbn.blogspot.com/ No ano de 2010 a 2013, estamos a apoiar 100 crianas. Pretendemos que o projecto progrida, e gostaramos de 2011 a 2014, estivssemos a apoiar mais 100 crianas. Para ns 1 caf, para eles um futuro. Apoia, entusiasma e passa a ideia, mas no vendas caridade.

Antnio da Silva Toms, natural de Vale de Prazeres,BOLETIM N. 107 Abril/Junho de 2010 ARM Associao Regina Mundi dos Antigos Alunos da Sociedade Missionria da Boa Nova

Fundo, entrou no Seminrio de Tomar em 1939. Grande entusiasta, dinamizador e muito trabalhador na organizao das reunies da ARM. Faleceu no dia 23 de Janeiro de 2010. Da Famlia Armista ningum teve noticias at h 2 meses. No dia 23 de Julho, aps 6 meses, celebraremos uma missa de sufrgio na Casa Central, em Lisboa, pelas 19h.12

BOLETIM TRIMESTRAL / Suplemento ao n. 107

Participao na

XI Assembleia Geral

da Sociedade Missionria da Boa Nova19 de Julho de 2010 Valadares1

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Propriedade: ARM Associao Regina Mundi Sede: Rua da Bempostinha, 30 1150-066 Lisboa Tel. 218 851 546 Fax: 218 850 258 NIPC n. 503 268 372 NIB da conta da ARM: 003501210000130053098 Quota anual: 10,00 Presidente da Direco: Jos Domingues dos Santos Ponciano Direco, Redaco e Administrao: Rua da Bempostinha, 30 1150-066 Lisboa Telemvel: 927 651 624 Tel. 218 851 546 / Fax: 218 850 258 Site: www.arm.org.pt E-mail: [email protected] Fotocomposio e Impresso: Escola Tipogrfica das Misses Cucujes Tiragem desta Edio: 750 exemplares Colaboradores deste nmero: Santos Ponciano Pe. Zacarias (fotos)

Exm. e Revm. Senhor Padre Superior Geral Exms. e Revms. Senhores Padres Delegados Exm. Senhor Delegado dos Irmos Missionrios Caros Amigos uma honra para a ARM (Associao Regina Mundi, dos Antigos Alunos da Sociedade Missionria Portuguesa) ser convidada e poder estar presente nesta XI Assembleia Geral da Sociedade Missionria da Boa Nova. Muito obrigado pelo convite, muito obrigado pelo tempo que nos disponibilizaram e muito obrigado por nos ouvirem. Os armistas, todos eles, uns de uma forma mais efusiva, outros mais discretamente, amam a Sociedade Missionria e esto reconhecidamente gratos pelos anos que passaram nos seminrios. Foi a que formaram o seu carcter, desenvolveram a sua personalidade, deram os primeiros passos de percursos mais ou menos longos na sua carreira acadmica, aliceraram a f2

crist e aprenderam a ser homens bons. O armista um homem imperfeito, como todos os outros homens, mas um homem bom. Isto devese essencialmente aos formadores da Sociedade Missionria, que aqui, caros Delegados, representais. Vs fostes os nossos pais, nossas mes e os nossos educadores. Se verdade que dos 3.400 alunos que entraram nos nossos seminrios apenas 8 a 10% tiveram o privilgio de serem escolhidos para o sacerdcio ministerial, os outros 90 ou 92% tiveram um outro privilgio: o de serem formados por vs. Numa poca em que em Portugal, como foi o sculo XX, as famlias na sua grande maioria viviam em pobreza extrema e os estabelecimentos de ensino no conheciam a distribuio de hoje, os Seminrios, tomando o lugar das famlias e do Estado, foram responsveis pela educao e desenvolvimento de uma grande parcela da sociedade portuguesa, sobretudo dos que viviam fora dos grandes meios urbanos, esquecidos nos confins do Minho, de Trs-os-Montes, das Beiras sem voz e sem capacidade para ocuparem um lugar na

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sociedade do tempo. Viemos, s dezenas e s vezes centenas, ter convosco, trazidos ora por tradio familiar, ora por convite expresso de algum dos propagandistas que passavam, ora por encaminhamento de uma professora que tivera oportunidade de conhecer as publicaes da Sociedade Missionria, ora por orientao do proco que com a SM criara laos de proximidade e procurava garantir que assim a sua comunidade paroquial atingia modos de comunho com uma Igreja inteira espalhada pelos quatro cantos da terra. Viemos muitos; bastantes para darmos a todos a alegria de que estvamos a caminhar para uma Igreja com futuro. No estudmos as razes que levaram uns tantos, em percentagem escassa, a determinar-se pelo sacerdcio ministerial: fcil dizer que os caminhos do Senhor so insondveis; baste-nos saber, como salienta o Salmista, que todos esses caminhos so rectos, mas, sem pruridos de sociologia, seria til percebermos como tais caminhos se foram apresentando e como eles derivaram para destinos diferentes queremos hoje afirmar que, como homens de f, acreditamos que esses destinos foram / so complementares: podem ser entendidos como tal e queremos afirmar que estamos convictos de que no foi em vo que todos (formadores e formandos) nos cruzmos nos corredores dos Seminrios de Tomar, Cernache do Bonjardim, Cucujes, Valadares. Devemo-vos uma formao humana que teria sido muito mais difcil sem o contributo de quem aceitava ficar3

connosco a acompanhar o desenvolvimento da inteligncia e da vontade ou do carcter, em vez de ir buscar as alegrias da pastoral missionria. Muitos de ns hoje respondem por cargos de reconhecido mrito pblico: Juzes Desembargadores, Professores Catedrticos, Juzes, Provedores, Membros do Governo, Governadores Civis, Presidentes de Cmara, Mdicos, Advogados, Professores, etc. Todos sabem que, cargos como esses, exigem inteligncia, nobreza de carcter, tica e prudncia, justia, sensibilidade a padres de vida com os outros e dedicao de samaritano. Trazamos das nossas famlias muitos desses valores e vs ajudastes a purific-los, tornando-os mais conscientes numa confiana mtua que nos marcou para toda a vida. Sabamos rezar e tnhamos feito a catequese; convosco aprendemos a estruturar a vida crist em moldes mais robustos. Ns estamos gratos. Obrigado. Vs podeis estar orgulhosos do trabalho desenvolvido. A vs queremos tomar por testemunhas de que no foi em vo que passmos alguns anos da nossa vida em comum, formando uma famlia de convocados para o discernimento do nosso futuro, ouvindo a Deus e deixando que vs fsseis nossos orientadores. O esprito de vida em comunidade apreendido nos Seminrios foi to fortemente enraizado em ns que em apenas dez anos de formao, os ex-alunos sentiram necessidade de se encontrarem regularmente e j em 1944 criavam a

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ARM, ainda que informalmente, como estrutura de que sentiam necessidade. Comemormos, no ano passado, o 65 aniversrio da primeira reunio. Somos a Associao mais antiga do pas e mesmo esta particularidade fruto da aprendizagem que tivemos na nossa adolescncia. Ao longo destes 65 anos passmos de uns encontros ocasionais, para reviver o passado e encontrar velhos amigos e companheiros, para encontros regulares. Altermos o estatuto e temos hoje uma Associao formalmente constituda. Crescemos e tornmo-nos adultos. Mas sempre com o propsito: Unir em redor da Sociedade Missionria os Associados (alunos e eventuais sacerdotes) aumentando e estreitando os laos de amizade entre eles, com o fim de mutuamente se auxiliarem no campo social, missionrio e cultural (art. 3 dos estatutos da ARM) Cimentados que estavam os alicerces da ARM havia que desenvolv-la e criar laos de proximidade. Recrimos em 1994 o nosso Boletim informativo (publicado anteriormente como suplemento do Missionrio Catlico, mas suspenso desde 1974), trimestral, que sabemos ser pobre, e temos conscincia do nosso amadorismo, mas que chega aos quatro cantos do mundo onde haja algum que em tempos viveu o mesmo sonho. Com as novas tecnologias a informao flui muito mais rapidamente quer pela nossa pgina da internet (modesta, mas visando o essencial) quer por e-mail pessoal (essa inveno maravilhosa que em segundos leva a qualquer canto do planeta as boas e4

as ms notcias). neste contexto de proximidade que as Assembleias Gerais, uma por ano, so sempre num dos nossos Seminrios e assim fortalecemos os laos com a SMBN. Crimos 9 Delegaes, dinmicas, tambm com encontros anuais, para estarmos mais prximos de armistas que, por diferentes razes, no podem estar nos Encontros Nacionais. Em 2007, a conscincia de participao acentuou-se e formou-se a inteno de demonstrar que os objectivos da ARM no eram apenas vagos e afectivos. Sentamos necessidade de fazer algo mais. Pela primeira vez, que eu tenha conhecimento (e peo desculpa se estiver errado), na Assembleia Geral de 2008, em Cernache do Bonjardim, os rgos Sociais da ARM no foram escolhidos aleatoriamente entre os presentes. Houve listas candidatas, com programa a cumprir no mandato. Um novo sinal de maturidade. Esperamos que no prximo ano, ano de eleies, haja novas listas com novas ideias. A actual Direco da ARM - Associao Regina Mundi, dos Antigos Alunos da Sociedade Missionria Portuguesa, quando venceu as eleies em Maio de 2008, tinha um sonho: Dar uma dimenso missionria comum, efectiva e visvel, Associao. Conscientes de que havamos recebido uma formao intelectual e humana como base da nossa insero social na vida,

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parecia-nos til e possvel comear por esse lado a nossa aco. Nasceu assim o Projecto de combater a pobreza pela via da alfabetizao, mediante o apadrinhamento de crianas em idade escolar sem ter a pretenso de competir com outras organizaes, mas atravs de apoio directo e esclarecido aos Missionrios da SMBN. A ideia foi germinando, fomo-nos aconselhando com quem tem experincia no terreno (os nossos missionrios) e desenhmos o projecto. Com a nossa vivncia crist e missionria, atravs da nossa inquietao humana, por c, com a logstica dos nossos missionrios no terreno, por l, poderamos envolver-nos numa aco concreta, sem fugas nem desperdcios. Era possvel. Para tal era necessrio que o projecto fosse credvel. Que no restasse qualquer dvida a quem, com a sua generosidade, apoiasse uma ou mais crianas. Era necessrio darlhes algo em que acreditassem. As pessoas so generosas por natureza, mas na sociedade actual, minada pela corrupo, pela desinformao e mesmo pelos abusos que os media tanto gostam de explorar, necessrio dar-lhes garantias. Essas garantias so simples: comprovar a confiana, trocando informaes sobre aces concretas, distribuindo o que nos entregam, dando conta de como e onde gastmos o dinheiro que retiraram das suas contas. Acreditmos. Baptizmos o projecto de Um sorriso para Ti. Nome bonito e apelativo. Comea aqui uma outra era de estreita5

cooperao entre a SMBN e a ARM, isto , entre vs e ns. As dificuldades unem as pessoas, e medida que amos resolvendo os pequenos problemas, desenvolvendo a dinamizao e agilizao da logstica, os laos entre a SMBN e a ARM sentiam-se mais fortes de dia para dia. O objectivo para o primeiro ano era ambicioso: 100 crianas. O Senhor Padre Superior Geral, conhecedor das dificuldades no terreno, escolheu algumas escolas e pediu aos responsveis que, em cada uma delas, elegessem 20 crianas com maiores carncias, nos enviassem alguns dados biogrficos dos midos para que pudssemos apresent-los nas nossas aces de dinamizao. O relatrio dos factos dever aqui acentuar que algumas respostas foram lestas, outras nunca chegaram. Quanto a estas s poderemos fazer uma leitura: ou no precisavam de ajuda ou pura e simplesmente no acreditavam no Projecto. Falta de tempo no se compreendia ao fim de seis meses. Compreendemos que, por vezes, preciso ter a pacincia do semeador que lana a semente e espera que ela nasa; aceitamos tambm que alguns precisem de demonstraes para acreditarem mal pareceria que comparssemos alguns dos nossos interlocutores com o apstolo Tom, mas invocamo-lo para ouvir a palavra do Senhor Ressuscitado; queremos dizer-vos que no temos pretenses a interferir no ritmo da actividade apostlica, mas apenas estar convosco ao

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longo das vossas caminhadas para vos levar o cntaro que vos permita tirar a gua de tantos poos que podem dessedentar o Senhor que passa pelas terras da Samaria. A todos queremos dizer que nesta aco est tambm comprometida a nossa vida de cristos e de armistas com a solidariedade em que nos envolvestes quando aceitastes ser nossos formadores e nos destes o sentido de famlia que no perdemos ao longo a vida e queremos revitalizar convosco na partilha das vossas preocupaes e actividades; tanto mais o queremos fazer quanto vos consideramos como gestores de um projecto divino de anncio do Amor de Deus entre os Homens. Em vs nos revemos e em vs confiamos como pregoeiros adiantados num mundo cada vez mais esquecido de Deus: mesmo que outros pudessem fazer melhor do que ns (todos juntos, ns e vs), acreditamos que temos algo de novidade a levar por vosso intermdio a mensagem do sorriso de Deus que vem at ao Homem e nele confia, pois foi ele que disse deixai vir a mim os pequeninos. justo referir que Chibuto e Nametil responderam quase na volta do correio. Em actos multiplicados, chegaram depois outros pedidos. Tivemos de experimentar os contratempos das burocracias para preenchermos os quadros documentais: sabemos como muitos so avessos a planeamento, talvez porque gostam de cumprir o preceito evanglico que diz no dar a conhecer mo direita o que faz a esquerda e porque acreditam na generosidade da Providncia que todos os6

dias manda o sol sem perguntar o que fizemos no dia anterior com a chuva que tambm caiu... Entendam-nos: no pretendemos reivindicar contas nem desconfiar de quem quer que seja; no entanto, a solidariedade tem gestos que so mais eficazes quando os elos se mantm apertados! Precisamos da vossa ateno para que a nossa tenso se mantenha vigorosa e atenta! Conseguimos crianas. o objectivo das 100

Foi preciosa a divulgao na Revista Boa Nova, que representou cerca de 15% do sucesso. Aqui queremos deixar aqui um agradecimento redaco da revista e em particular ao Senhor Pe. Armando Soares. Recompostas as coisas, em 20 de Janeiro, foi assinado em Lisboa, na Casa Central da SMBN e sede social da ARM, o protocolo de cooperao no mbito do projecto Um sorriso para Ti. Em simultneo foi entregue SMBN um cheque de 10.000,00 Euros, correspondente ao ano de 2010, para apoio em 5 escolas. O apoio ser por 3 anos, o que representa um envio de 30.000,00. As escolas apoiadas e os responsveis pela implementao do projecto so: ANGOLA: Escola N. S. Boa Nova Pe. Valente Pereira MOAMBIQUE: Malema - Pe. Jos Alexandre Nametil - Pe. Francisco Godinho

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Chibuto - Pe. Amaro e Pe. Firmino Pemba - Pe. Lus Figueiredo Nessa mesma data foram pedidas as fotos das crianas, para que pudssemos estabelecer uma ligao maior entre os padrinhos quem estavam a apoiar e as

embora compreendamos possam ser at mais prementes, tal desvio desvirtua as intenes e descredibiliza a aco de apoio. Estamos disponveis e abertos a abraar outras formas de ajuda, mas sem desvirtuar aquele em que nos comprometemos explicitamente. Se queremos ser credveis, precisamos de cumprir as nossas promessas. Fao aqui um apelo s Escolas de Malema e Nossa Senhora da Boa Nova em Viana para que, num pequeno esforo, nos enviem as fotos em falta.

Escolas apoiadas. Com alguma mgoa, temos de confidenciar que ao fim de 7 (sete) meses, apenas 3 (trs) Escolas responderam Estamos em crer que faltaram mquinas fotogrficas para obter o que pedamos! Foi o Senhor Padre Superior Geral com o Presidente da Direco da ARM quem se comprometeu a dar conta dos resultados. Fizemo-lo em diversos fruns pblicos. As regras so poucas e simples. A primeira que as verbas enviadas sejam aplicadas no mbito do Projecto, e no noutro, isto , na educao das crianas indicadas e no desviadas para outras iniciativas, pois,7

Pretendemos que o projecto progrida, e gostaramos que de 2011 a 2014, estivssemos a apadrinhar mais 100 crianas. Foi essa a nossa proposta no Encontro Nacional de Maio passado em Cucujes, e nela que estamos a trabalhar. Falta ainda definir se elegeremos outras 5 escolas ou se alargaremos o nmero de alunos nas escolas j apoiadas. Este ser um assunto a decidir aps esta Assembleia Geral. Outra das intenes para 2009 era conseguir entidades que apoiassem a

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reconstruo da Escolinha do Chibuto. Foram feitos pedidos, acompanhados de dossier com fotografias da escola, plantas e oramento, Fundao Calouste Gulbenkian, Fundao Luso-Americana, Fundao do Oriente e Fundao Rui Nabeiro. O oramento no era grande, cerca de 145.000,00, mas a crise financeira que abala o mundo desde 2008 e a liquidez destas entidades tm comprometido as receitas geradas pelas empresas e talvez por isso no estaro elas na situao confortvel que tinham em anos anteriores. H a registar, no entanto, como facto positivo a resposta das Fundao Luso-Americana e a Sociedade Rui Nabeiro, embora declarando a impossibilidade de apoiarem no imediato. Foi com muita alegria que apoimos, em Abril do ano passado, o Seminrio dos Leigos da Boa Nova, em Valadares. Admirando e valorizando o seu trabalho, reconhecendo a mais-valia que estes jovens trazem para a Sociedade Missionria e sabendo que, sendo jovens estudantes ou desempregados, no tm eles liquidez para arcar com despesas, colabormos nos custos de hospedagem, organizao e lembranas, com aproximadamente 1.750,00. O que relevante neste caso no o contributo mas o facto de em menos de 2 semanas, e aps divulgao de S.O.S. por e-mail, termos a verba necessria disponvel para o efeito. a prova de que os armistas esto mobilizados, envolvidos, atentos e disponveis para abraar aces concretas e estruturadas. Apraz-me aqui louvar o trabalho dos LBN (Leigos Boa Nova), pela sua dedicao, empenho, alegria que8

irradiam e a sua grande disponibilidade para com os outros. Parabns a todos eles e o nosso bem hajam. Tambm no ano de 2009, e em consequncia de um dos temas debatidos no Encontro Nacional de 2008: Cernache do Bonjardim Alma Mater da Sociedade Missionria, apresentado pelo armista Prof. Candeias da Silva, editmos o livro Seminrio das Misses de Cernache do Bonjardim Figuras e Memrias, coordenado pelo Joo Gamboa. Era o terceiro livro editado sobre os nossos Seminrios. Agora falta-nos o de Valadares: posso informar, em primeira mo, que o trabalho j est na forja e no quereramos que os 50 anos do estabelecimento da Sociedade Missionria nesta terra seja esquecido: graas a Deus, temos ainda connosco alguns dos primeiros que a tiveram responsabilidades institucionais e queremos partilhar com eles as suas memrias. As Instituies so o que as suas memrias ditam, e considero que a ARM, tambm nesta matria, tem estado bem deixando um legado sobre as histrias das nossas casas. Uma figura incontornvel ligada ao local do Seminrio de Cernache , sem sombra de dvidas, o nosso padroeiro S. Nuno de Santa Maria. Desafimos o Senhor Padre Prof. Doutor Aires do Nascimento a escrever algo sobre Nunlvares para o livro do Seminrio de Cernache. O captulo, de 64 pginas, surpreendeu tudo e todos, pelo que entendeu a Direco da ARM que no poderia ficar apenas nas estantes dos armistas. Assim, editmos e

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levmos a pblico o livro Cernache do Bonjardim Terra do Santo Condestvel, da autoria do mesmo Padre Aires; com o assentimento das autoridades paroquiais e cvicas, fizemos a apresentao desse pequeno livro na Parquia / Freguesia do Santo Condestvel, em Lisboa no dia 17 de Abril de 2009, dias antes de S.S. o Papa Bento XVI canonizar o nosso padroeiro no dia 26 de Abril. Foi a nossa singela, mas sentida homenagem ao Santo Padroeiro. Associmo-nos ainda s comemoraes em Cernache, no dia 1 de Maio, promovendo uma palestra sobre o ento j Santo Nuno de Santa Maria em que o conferencista, o mesmo P.e Aires Nascimento salientou a importncia da purificao da memria nacional para entender e venerar a figura excelsa de S. Nuno de Santa Maria. Ao longo dos meses, foram-se sucedendo as vezes em o P.e Aires Nascimento foi solicitado a fazer intervenes sobre Nuno lvares Pereira. Cada palestra, com o rigor histrico e literrio que caracterizam o autor, apresentava contedos novos e sugeria uma imagem renovada do santo que heri da terra portuguesa. Os contedos nada tinham a ver com as biografias que proliferaram nas nossas livrarias, mas projectavam o sentido da crtica histrica em exigncias para os nossos dias. Desafimos por isso o autor a compilar todos os seus estudos sobre o santo para editarmos um livro (agora j sem a pressa que tnhamos tido em Abril do ano passado). Conseguimos que a CM da Sert apoiasse a edio e neste ano de 2010, em que comemoramos o 650 aniversrio do nascimento de Nunlvares9

nos Paos do Bonjardim (hoje quinta do Seminrio de Cernache) e em que simultaneamente festejamos o 1 aniversrio da canonizao de Nuno de Santa Maria, editmos o livro, que temos o grato prazer de vos oferecer, NUNO DE SANTA MARIA fragmentos de memria persistente. Desta obra, sublime sob o ponto de vista intelectual, apraz-nos ainda registar: 1- O autor abdicou dos seus direitos gesto simples para ele, mas muito significativo para ns que todos os dias nos defrontamos com exigncias de honorrios. 2- Os proventos da sua venda so canalizados exclusivamente para o projecto Um sorriso para Ti. 3- Nos dias imediatamente anteriores visita do Papa a Portugal, entregmos na Nunciatura Apostlica dois exemplares da obra: um dos exemplares com dedicatria (em latim) para Sua Santidade Bento XVI, outro exemplar, com dedicatoria em portugus ao Senhor Nncio Apostlico. Tivemos a felicidade de receber agradecimento de S. Rev. o Nncio Apostlico em Lisboa, em seu nome e em nome de S. Santidade o Papa pela oferta de dois exemplares; a assinatura da carta de agradecimento, feita pelo Senhor Nncio, tem a data (pasme-se) de 12 de Maio de 2010, dia em que o protocolo da visita de Sua Santidade a Portugal tinha sido mais intenso e nada fazia prever que os prprios

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servios da Nunciatura houvessem de se ocupar de tal tarefa. 4- Apresenta o livro dez captulos, cada um deles dedicado a um tema; no conjunto atravessa-se a cultura portuguesa para entender como a figura de Nuno lvares Pereira nela est presente, mas pretendeu o seu autor acentuar como continua verdadeiro o juzo de D. Antnio Ferreira Gomes, em 1974, quando dizia que o S. Nuno de todos os santos portugueses o menos aproveitado e, nalguns meios, at vilipendiado. O texto marcado com iconografia do santo: por certo, ser posta em causa a imagem tradicional que dele se constituiu, mas ganhar-se- um perfil que faz de Nuno de Santa Maria uma das figuras mais genunas da portugalidade e da nossa identidade crist. Ainda no ano de 2009 participmos no Primeiro Congresso de Antigos Alunos dos Seminrios Portugueses, que intitulmos: Seminrios: da memria profecia: decorreu em Ftima durante 3 dias e trouxe a lume a importncia que os seminrios tiveram no desenvolvimento da sociedade portuguesa bem como o papel dos leigos na Igreja. ramos cerca de 300 congressistas, sendo dez da ARM. Pela primeira vez em conjunto e com diferentes experincias debatemos a vocao, a misso e os valores cristos. Uma das concluses: O Seminrio proporcionounos formao slida e aptides em muitas reas do saber. Comparvel a um 'sistema operativo' informtico que activa muitas10

ferramentas. Marca quem por l passou e ajuda a 'estar em rede'. Esta preparao deu-nos competncias em variados contextos profissionais e sociais: capacidade de cultivar o pensamento, expressar opinies e de viver em grupo. Era uma ambio nossa a congregao de todas as Associaes de antigos alunos. Poderamos ter projectos colectivos, ajuda mtua, aproveitar sinergias. Por isso abramos e encorajmos desde incio a criao de uma Unio de todas as associaes. Desde Setembro passado, as reunies tm sido regulares com vista criao da UASP Unio das Associaes dos Antigos Seminaristas Portugueses, tendo a ARM sempre participado. Na penltima reunio, em 21 de Maro, foram discutidos os estatutos nos quais foi introduzido que a UASP reger-se-iam pelo Direito Cannico. Discordmos, pois preferamos que a Unio tivesse natureza Civil, semelhana da prpria Associao; defendemos que no fosse uma Instituio Cannica, regida pelo Direito Cannico. Aguardamos a aprovao dos Estatutos definitivos e, ento, a Direco submeter Assembleia Geral, convocada para o prximo ms de Maio, a aprovao, ou no, da adeso da ARM UASP. Permitam-me uma nota pessoal. No dia 16 de Agosto, eu, a minha mulher e a minha filha mais nova, acompanhados de mais duas colegas de trabalho, partimos para Moambique para fazer frias missionrias de 3 semanas. No deixa de ser curioso o facto de a iniciativa ter partido da minha mulher: ainda que no

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tenha tido grande formao religiosa em famlia, foi ela que aps vrios encontros da ARM e o contacto com alguns de vs, me desafiou para irmos ao terreno tomar contacto com a realidade dos nossos missionrios. Visitaremos Pemba, Nampula, Chibuto, Malema, Nametil e Maputo. Vamos com 4 propsitos: 1- Passar merecidas frias e conhecer Moambique. 2- Conhecer a realidade das misses e rastrear problemas que possamos, num futuro prximo, ajudar a resolver. Poder, eventualmente, haver situaes que para ns sero de fcil resoluo e para vs de boa mais-valia no quotidiano. 3- Sermos testemunho vivo e desafio para que outros sigam o mesmo caminho. A ARM, para os armistas que queiram ir de 6 meses a 1 ano ou mais cooperar nas misses, est disponvel para encarar o custo das viagens, se necessitarem. Por vezes quem tem dinheiro no tem disponibilidade e quem tem disponibilidade no tem posses para as despesas. 4- Promover no seminrio da Matola um encontro com antigos alunos daquele instituto, tambm eles armistas. Connosco levaremos 400 manuais escolares, dos ensinos primrio e secundrio, que a livraria Bulhosa de11

Campo de Ourique gentilmente nos deu, depois de, atravs do livro Nuno de Santa Maria Fragmentos de Memria Persistente (que entregmos para distribuio), os gerentes terem tomado conhecimento do nosso Projecto. O ano de 2009 foi um ano muito difcil para a Sociedade Missionria. A sada sbita do Senhor Padre Superior Geral, D. Antnio Couto, que, por disposio de Deus foi nomeado bispo auxiliar de Braga, e a consequente assumpo do cargo pelo Senhor Padre Albino dos Anjos, obrigaram a uma reestruturao da Direco Geral; seguiu-se o falecimento do nosso querido amigo Pe. Viriato, ecnomo geral. Estes acontecimentos no nos passaram despercebidos e acompanhmos de perto as situaes criadas, estreitando com isso a nossa colaborao. A ARM foi colaborando, sempre que solicitada, na ajuda na resoluo de alguns dos problemas entretanto surgidos. Esta cooperao tem-se traduzido essencialmente no apoio jurdico dado por armistas e pela assessoria na rea financeira. Se verdade que nas dificuldades que se conhecem os amigos, tambm o que a resoluo conjunta dos problemas fortalece as amizades. Tem sido o que acontece entre a SMBN e a ARM. A cooperao entre ambas no ltimo ano incrementou grandemente o nosso bom relacionamento. Os armistas esto disponveis para cooperar com a SMBN em todos os campos e de todas as formas que a Sociedade Missionria necessitar. Partilhem connosco as vossas dificuldades

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los, promov-los e concretiz-los. Gostaramos de receber com maior frequncia informaes vossas. Os armistas preocupam-se convosco e gostam de saber notcias. Nem sempre estou habilitado a responderlhes. Peovos, pois, que com alguma regularidade e na medida do possvel,

disponvel para nos ajudar em tudo o que lhe solicitamos. Temos convivido mais com os membros da Sociedade que esto na Casa de Lisboa, por razes bvias e pragmticas.

individualmente ou pelos Superiores Regionais, nos faam chegar noticias, mesmo as mais bsicas. Ns j ficamos contentes. de toda a justia deixar aqui nesta Assembleia um pblico agradecimento ao Senhor Padre Martinho, que pese embora a sua sobrecarga BOLETIM N. 107 d e Suplemento tra b a lh o , sempre, ARM Associao Regina Mundi m a s dos Antigos Alunos da Sociedade Missionria Portuguesa sempre, e s t 12

Queremos tambm agradecer aos Senhores Padres Reitores dos Seminrios de Valadares, Cucujes, Ftima e Cernache do Bonjardim, pela disponibilidade e acolhimento que nos tm dado em todas as nossas reunies. Para terminar garanto-vos que rezamos para que o Esprito Santo desa e ilumine esta Assembleia Geral nesta hora difcil e que a nossa Sociedade Missionria preserve a sua identidade e cumpra a sua Misso. A ARM estar sempre convosco.

BOLETIM TRIMESTRAL

Encontros

N 108Julho/Setembro 2010

Regionais

Pg. 12

Vimioso

(pg. 8 e 9 )

Comeamos neste nmero a divulgao das notas de viagem que o Santos Ponciano e famlia, a ttulo particular, fizeram este vero s misses de Moambique. Sendo uma viagem muito intensa torna-se impossvel partilhar tudo numa nica edio. Nas prximas falaremos de Nampula, Malema, Mutuali, Chibuto e Maputo.

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Propriedade: ARM Associao Regina Mundi Sede: Rua da Bempostinha, 30 1150-066 Lisboa Tel. 218 851 546 Fax: 218 850 258 NIPC n. 503 268 372 NIB da conta da ARM:

Correio ArmistaUm Sorriso para todosAproveitando uma abertura numa das minhas ltimas deslocaes a Trs-osMontes, no trajecto de Bragana para Caro, desviei por Quintanilha, para visitar o nosso companheiro armista Duarte Celestino Fernandes que, como eu, entrou em Tomar em Outubro de 1954, cumprindo assim uma promessa feita no sei h quantos anos, vezes sem conta adiada. Do sentimento indescritvel e da emoo arrasadora que foi reencontrar o amigo e antigo companheiro, depois duma separao de 56 e seis anos, confesso que no sou capaz de falar. Reflectindo um pouco sobre aquele turbilho de sentimentos que me assolou naquela maravilhosa tarde de Setembro, pergunto-me a mim prprio quem deu tanta fora quele abrao e tanto significado quele encontro de duas pessoas que, crianas ainda, que se conheceram no comboio do Tua em 1954 a caminho de Tomar, onde conviveram menos de meio ano, separados pela terrfica sentena de NO TENS VOCAO, inquisitorialmente lanada sobre a irrequietude e os sonhos daquele jovem cheio de vida e ambies, despachado para Quintanilha antes da Pscoa de 1955, sem d nem contemplao. Naquele tempo era assim e, ponto final pargrafo. Do que foi aquele nosso encontro, apenas mais duas palavras. A primeira para informar que o Duarte, algo limitado por algumas mazelas prprias da idade, vive no Lar da 3 idade de Quintanilha, com uma razovel qualidade de vida. Dotado duma memria impressionante e, ao mesmo tempo que relata, at ao mais nfimo pormenor, o que era a vida de ento na memria um autntico Miinho dos companheiros do seu2

003501210000130053098Quota anual: 10,00

Presidente da Direco: Jos Domingues dos Santos Ponciano Direco, Redaco e Administrao: Rua da Bempostinha, 30 1150-066 Lisboa Telemvel: 927 651 624 Tel. 218 851 546 / Fax: 218 850 258 Site: www.arm.org.pt E-mail:

tempo, deu para ver quanto a visita o fez feliz, espelhando bem no rosto toda a felicidade que lhe ia na alma e a nsia de, se a sade lho permitir, estar num dos nossos prximos encontros. A segunda para todos os armistas, lanando-lhes dois desafios: 1 - Tentar descobrir e listar todos os nossos companheiros, em situao idntica do Duarte. 2 - Atravs de visitas, Via Email, telefone ou outras, estabelecer com eles uma rede de contactos, tentando assim mant-los vivos e integrados nas nossas actividades. Vamos dar sentido e cor a todo o pas, com uma enorme vaga de sorrisos? A resposta depende um pouco de todos.Francisco Costa Andrade ************************************ Obrigado pelo convite ao curso 1958. Garanto que iremos participar espiritualmente j que no podemos dar a nossa presena fsica. Agradecemos por termos sabido que a vossa viagem correu bem, ate a prxima oportunidade. J lanamos o convite (ARM) para a maioria dos nossos colegas (antigos seminaristas), embora muitos deles ainda no tenha nos correspondido. No entanto, em breve mandaremos os nomes e endereos dos que j temos, esperando q ue os o ut r os , q ue est i ve rem interessados, tambm nos mandem. Esta riqueza de que se refere aqui, nesta mensagem, garanto que nos a temos de mais, pois desde aquele encontro, naquela noite chuvosa e inesquecvel, mudamos de mentalidade, passamos a ser pessoas que pensam em "projectos", pessoas que reflectem sobre o estilo de vida do dia a dia, a nvel pessoal e social, etc. Para terminar, em nome de todos reitero o nosso muito obrigado. Passem bem nesse grande encontro do domingo dia 10 de Outubro. Esperamos notcias.

[email protected] e Impresso: Escola Tipogrfica das Misses Cucujes Tiragem desta Edio: 750 exemplares Colaboradores deste nmero: Albino dos Anjos Graciano Armando Santos Ponciano Francisco Costa Andrade Domingos Fernandes scar Rodrigues Armindo Henriques Ronaldo Viana

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A ARM em MoambiqueNAMPULAS e t e m b r o . Gostaria de me encontrar com todos os que conseguissem r eunir . Em Pemba estarei desde o d