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Rua Dr. Edgar Pinheiro Dias, 70, Presidente Costa e Silva – Itaperuna-RJ – Tel.: 3822-1819 3ª SÉRIE LÍNGUA PORTUGUESA TEXTO PARA AS QUESTÕES 01 E 02. É por causa do meu engraxate que ando agora em plena desolação. Meu engraxate me deixou. Passei duas vezes pela porta onde ele trabalhava e nada. Então me inquietei, não sei que doenças mortíferas, que mudança pra outras portas se passaram em mim, resolvi perguntar ao menino que trabalhava na outra cadeira. O menino é um retalho de hungarês, cara de infeliz, não dá simpatia alguma. E tímido, o que torna instintivamente a gente muito combinado com o universo no propósito de desgraçar esses desgraçados de nascença. "Está vendendo bilhete de loteria", respondeu antipático, me deixando numa perplexidade penosíssima: pronto! Estava sem engraxate! Os olhos do menino chispeavam ávidos, porque sou um dos que ficam fregueses e dão gorjeta. Levei seguramente um minuto pra definir que tinha de continuar engraxando sapatos toda a vida minha e ali estava um menino que, a gente ensinando, podia ficar engraxate bom. (Mário de Andrade, Os Filhos da Candinha.) QUESTÃO 1 É correto afirmar que: (A) o narrador ficou sem engraxate, mas queria encontrar o menino para agradecer pelos bons serviços que recebera. (B) o menino hungarês é antipático, pois se refere, com ironia, ao outro que, um dia, já esteve trabalhando ao seu lado como engraxate, prestando serviços ao narrador. (C) a possibilidade de ficar definitivamente sem seu engraxate, que poderia lograr êxito no novo emprego, perturbava demais o narrador. (D) o espírito generoso do narrador com o engraxate, ficando freguês e dando gorjetas, não foi suficiente para evitar ser maltratado pelo menino. (E) a forma dissimulada como o menino hungarês trata o narrador naquele momento difícil mostra-o como se estivesse se divertindo com a situação. QUESTÃO 2 Indique a opção em que o grifo esteja, sintaticamente, mal analisado: (A) “É por causa do meu engraxate que ando agora em plena desolação.” adjunto adverbial de modo (B) “Meu engraxate me deixou.” objeto indireto (C) “O menino é um retalho de hungarês,...” adjunto adnominal (D) “’Está vendendo bilhete de loteria’, respondeu antipático,...” predicativo do sujeito (E) “Levei seguramente um minuto pra definir que tinha de continuar engraxando sapatos...” núcleo do objeto direto QUESTÃO 3 Assinale o sujeito do verbo forjar, no período abaixo. Chama atenção das pessoas atentas, cada vez mais, o quanto se forjam nos meios de comunicação modelos de comportamento ao sabor de modismos lançados pelas celebridades do momento. (A) meios de comunicação (B) modelos de comportamento (C) modismos (D) celebridades do momento (E) pessoas atentas ANALISE ESTA CHARGE E RESPONDA ÀS QUESTÕES 04 E 05. QUESTÃO 4 A palavra “escolarização” significa, de acordo com o Dicionário Aurélio, “s.f. Ação ou efeito de escolarizar”, e esta, por sua vez, significa “v.t.d. Submeter ao ensino escolar”. Baseado nesses conceitos, assinale a única alternativa que não corresponde a uma leitura possível da charge. (A) A animação do primeiro garoto diante da manchete do periódico deve-se ao fato de que quase todos os brasileiros, entre 5 e 17 anos, são alfabetizados, porque se submeteram ao ensino escolar. (B) Porque compra e lê jornal, entendendo claramente o conteúdo das notícias nele contidas, o primeiro garoto é, necessariamente, um intelectual e tem padrão de vida melhor que o do amigo. (C) A informação do jornal na charge considera a escolarização apenas como um dado estatístico e não como um processo de produção de conhecimento aliado ao de transformação social dos indivíduos. (D) Pela fala do segundo garoto, que demonstra falta de capacidade efetiva de leitura, para além da decodificação, expõe-se a ideia de que a escolarização, considerada simplesmente como o acesso à escola formal, não diminui os antagonismos sociais. (E) O fato de ambos os garotos saberem ler sugere que eles têm ou tiveram acesso ao ensino escolar, mas que a aprendizagem se deu diferenciadamente entre os dois.

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3ª SÉRIE

LÍNGUA PORTUGUESA TEXTO PARA AS QUESTÕES 01 E 02.

É por causa do meu engraxate que ando agora em plena desolação. Meu engraxate me deixou. Passei duas vezes pela porta onde ele trabalhava e nada. Então me inquietei, não sei que doenças mortíferas, que mudança pra outras portas se passaram em mim, resolvi perguntar ao menino que trabalhava na outra cadeira. O menino é um retalho de hungarês, cara de infeliz, não dá simpatia alguma. E tímido, o que torna instintivamente a gente muito combinado com o universo no propósito de desgraçar esses desgraçados de nascença. "Está vendendo bilhete de loteria", respondeu antipático, me deixando numa perplexidade penosíssima: pronto! Estava sem engraxate! Os olhos do menino chispeavam ávidos, porque sou um dos que ficam fregueses e dão gorjeta. Levei seguramente um minuto pra definir que tinha de continuar engraxando sapatos toda a vida minha e ali estava um menino que, a gente ensinando, podia ficar engraxate bom.

(Mário de Andrade, Os Filhos da Candinha.)

QUESTÃO 1 É correto afirmar que: (A) o narrador ficou sem engraxate, mas queria encontrar o menino para agradecer pelos bons serviços que recebera. (B) o menino hungarês é antipático, pois se refere, com ironia, ao outro que, um dia, já esteve trabalhando ao seu lado como

engraxate, prestando serviços ao narrador. (C) a possibilidade de ficar definitivamente sem seu engraxate, que poderia lograr êxito no novo emprego, perturbava demais o

narrador. (D) o espírito generoso do narrador com o engraxate, ficando freguês e dando gorjetas, não foi suficiente para evitar ser

maltratado pelo menino. (E) a forma dissimulada como o menino hungarês trata o narrador naquele momento difícil mostra-o como se estivesse se

divertindo com a situação. QUESTÃO 2 Indique a opção em que o grifo esteja, sintaticamente, mal analisado: (A) “É por causa do meu engraxate que ando agora em plena desolação.” → adjunto adverbial de modo (B) “Meu engraxate me deixou.” → objeto indireto (C) “O menino é um retalho de hungarês,...” → adjunto adnominal (D) “’Está vendendo bilhete de loteria’, respondeu antipático,...” → predicativo do sujeito (E) “Levei seguramente um minuto pra definir que tinha de continuar engraxando sapatos...” → núcleo do objeto direto QUESTÃO 3 Assinale o sujeito do verbo forjar, no período abaixo. Chama atenção das pessoas atentas, cada vez mais, o quanto se forjam nos meios de comunicação modelos de comportamento ao sabor de modismos lançados pelas celebridades do momento. (A) meios de comunicação (B) modelos de comportamento (C) modismos (D) celebridades do momento (E) pessoas atentas ANALISE ESTA CHARGE E RESPONDA ÀS QUESTÕES 04 E 05.

QUESTÃO 4 A palavra “escolarização” significa, de acordo com o Dicionário Aurélio, “s.f. Ação ou efeito de escolarizar”, e esta, por sua vez, significa “v.t.d. Submeter ao ensino escolar”. Baseado nesses conceitos, assinale a única alternativa que não corresponde a uma leitura possível da charge. (A) A animação do primeiro garoto diante da manchete do periódico deve-se ao fato de que quase todos os brasileiros, entre 5

e 17 anos, são alfabetizados, porque se submeteram ao ensino escolar. (B) Porque compra e lê jornal, entendendo claramente o conteúdo das notícias nele contidas, o primeiro garoto é,

necessariamente, um intelectual e tem padrão de vida melhor que o do amigo. (C) A informação do jornal na charge considera a escolarização apenas como um dado estatístico e não como um processo de

produção de conhecimento aliado ao de transformação social dos indivíduos. (D) Pela fala do segundo garoto, que demonstra falta de capacidade efetiva de leitura, para além da decodificação, expõe-se a

ideia de que a escolarização, considerada simplesmente como o acesso à escola formal, não diminui os antagonismos sociais.

(E) O fato de ambos os garotos saberem ler sugere que eles têm ou tiveram acesso ao ensino escolar, mas que a aprendizagem se deu diferenciadamente entre os dois.

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3ª SÉRIE

QUESTÃO 5 Quanto às flexões das palavras no uso da língua, assinale a única alternativa correta. (A) O substantivo feminino “Cara”, no primeiro balão, funciona como vocativo, uma vez que expressa, na conversa, a

interpelação de um menino ao outro, razão por que vem separado por vírgula. (B) O verbo “passa”, ainda no primeiro balão, deveria estar no plural concordando com a expressão numérica de porcentagem

(93%), que funciona como sujeito. (C) Considerando a relação com as pessoas do discurso, o pronome “essa”, no segundo balão, está empregado corretamente

pelo personagem, porque a notícia a que este se refere encontra-se no jornal em suas mãos. (D) A fala do segundo garoto, iniciada pela conjunção “mas”, configura uma circunstância adversativa ao ato de ler, se se tomar

por base o conceito de que “ler” é, segundo o Dicionário Aurélio, “4. Decifrar ou interpretar o sentido de”. (E) A expressão “quase nada”, no terceiro balão, pode ser substituída por “coisa alguma”, sem comprometer o discurso do

personagem. TEXTO PARA AS QUESTÕES 06 E 07. O homem deve reencontrar o Paraíso...

Rubem Alves

Era uma família grande, todos amigos. Viviam como todos nós: moscas presas na enorme teia de aranha que é a vida da cidade. Todos os dias a aranha que é a vida da cidade. Todos os dias a aranha lhes arrancava um pedaço. Ficaram cansados. Resolveram mudar de vida: um sonho louco: navegar! Um barco, o mar, o céu, as estrelas, os horizontes sem fim: liberdade. Venderam o que tinham, compraram um barco capaz de atravessar mares e sobreviver tempestades. Mas para navegar não basta sonhar. É preciso saber. São muitos os saberes necessários para se navegar. Puseram-se então a estudar cada um aquilo que teria de fazer no barco: manutenção do casco, instrumentos de navegação, astronomia, meteorologia, as velas, as cordas, as polias e roldanas, os mastros, o leme, os parafusos, o motor, o radar, o rádio, as ligações elétricas, os mares, os mapas... Disse cero o poeta: Navegar é preciso, a ciência da navegação é saber preciso, exige aparelhos, números e medições. Barcos se fazem com precisão, astronomia se aprende com o rigor da geometria, velas se fazem com saberes exatos sobre tecidos, cordas e ventos, instrumentos de navegação não informam mais ou menos. Assim, eles se tornaram cientistas, especialistas, cada um na sua – juntos para navegar. Chegou então o momento de grande decisão – para onde navegar. Um sugeria as geleiras do sul do Chile, outro os canais dos fiordes da Noruega, um outro queria conhecer os exóticos mares e praias das ilhas do Pacífico, e houve mesmo quem quisesse navegar nas rotas de Colombo. E foi então que compreenderam que, quando o assunto era a escolha do destino, as ciências que conheciam para nada serviam. De nada valiam, tabelas, gráficos, estatísticas. Os computadores, coitados, chamados a dar seu palpite, ficaram em silêncio. Os computadores não têm preferências – falta-lhes essa sutil capacidade de gostar, que é a essência da vida humana. Perguntados sobre o porto de sua escolha, disseram que não entendiam a pergunta, que não lhes importava para onde se estava indo. Se os barcos se fazem com ciência, a navegação faz-se com sonhos. Infelizmente a ciência, utilíssima, especialista em saber como as coisas funcionam, tudo ignora sobre o coração humano. É preciso sonhar para se decidir sobre o destino da navegação. Mas o coração humano, lugar dos sonhos, ao contrário da ciência, é coisa preciosa. Disse certo poeta: Viver não é preciso. Primeiro vem o impreciso desejo. Primeiro vem o impreciso desejo de navegar. Só depois vem a precisa ciência de navegar. Naus e navegação têm sido uma das mais poderosas imagens na mente dos poetas. Ezra Pound inicia seus Cânticos dizendo: E pois com a nau no mar/ assestamos a quilho contra as vagas... Cecília Meireles: Foi, desde sempre, o mar! A solidez da terra, monótona/ parece-nos fraca ilusão! Queremos a ilusão do grande mar / multiplicada em suas malhas de perigo. E Nietzsche: Amareis a terra de vossos filhos, terra não descoberta, no mar mais distante. Que as vossas velas não se cansem de procurar esta terra! O nosso leme nos conduz para a terra dos nossos filhos... Viver é navegar no grande mar! Não só os poetas: C. Wright Mills, um sociólogo sábio, comparou a nossa civilização a uma galera que navega pelos mares. Nos porões estão os remadores. Remam com precisão cada vez maior. A cada novo dia recebem novos, mais perfeitos. O ritmo da remadas acelera. Sabem tudo sobre a ciência do remar. A galera navega cada vez mais rápido. Mas, perguntados sobre o porto do destino, respondem os remadores: O porto não nos importa. O que importada é a velocidade com que navegamos. C Wright Mills usou esta metáfora para descrever a nossa civilização por meio duma imagem plástica: multiplicam-se os meios técnicos e científicos ao nosso dispor, que fazem com que as mudanças sejam cada vez mais rápidas; mas não temos ideia alguma de para onde navegamos. Para onde? Somente um navegador louco ou perdido navegaria sem ter ideia do para onde. Em relação à vida da sociedade, ela contém a busca de uma utopia. Utopia, na linguagem comum, é usada como sonho impossível de ser realizado. Mas não é isso. Utopia é um ponto inatingível que indica uma direção. Mário Quintana explicou a utopia com um verso: Se as coisas são inatingíveis... ora!/ não é um motivo para não querê-las... Que tristes os caminho, se não fora/ A mágica presença das estrelas! Karl Mannheim, outro sociólogo sábio que poucos leem, já na década de 1920 diagnosticava a doença da nossa civilização: Não temos consciência de direções, não escolhemos direções. Faltam-nos estrelas que nos indiquem o destino. Hoje, ele dizia, as únicas perguntas que são feitas, determinadas pelo pragmatismo da tecnologia (o importante é produzir o objeto) e pelo objetivismo da ciência (o importante é saber como funciona), são: Como posso fazer tal coisa? Como posso resolver este problema concreto em particular? E conclui: E em todas essas perguntas sentimos o eco intimista: não preciso de me preocupar com o todo, ele tomará conta de si mesmo. Em nossas escolas é isso que se ensina: a precisa ciência da navegação, sem que os estudantes sejam levados a sonhar com as estrelas. A nau navega veloz e sem rumo. Nas universidades, essa doença assume a forma de peste epidêmica: cada especialista se dedica com paixão e competência, a fazer pesquisas sobre o seu parafuso, sua polia, sua vela, seu mastro. Dizem que seu dever é produzir conhecimento. Se forem bem-sucedidas, suas pesquisas serão publicadas em revistas internacionais. Quando se lhes pergunta: Para onde seu barco está navegando?, eles respondem: Isso não é científico. Os sonhos não são objetos de conhecimento científico. E assim ficam os homens comuns abandonados por aqueles que, por conhecerem mares e estrelas, lhes poderiam mostrar o rumo. Não posso pensar a missão das escolas, começando com as crianças e continuando com os cientistas, como outra que não a da realização do dito poeta: Navegar é preciso. Viver não é preciso. É necessário ensinar os precisos saberes da navegação enquanto ciência. Mas é necessário apontar com imprecisos sinais para os destinos da navegação: A terra dos filhos dos meus filhos, no mar distante... Na verdade, a ordem verdadeira é a inversa. Primeiro, os homens sonham com navegar. Depois aprendem a ciência da navegação. É inútil ensinar a ciência da navegação a quem mora nas montanhas. O meu sonho para a educação foi dito por Bachelard: O universo tem um destino de felicidade. O homem deve reencontrar o Paraíso. O paraíso é o jardim, lugar de felicidade, prazeres e alegrias para os homens e mulheres. Mas há um pesadelo que me atormenta: o deserto. Houve um momento em que se viu, por entre as estrelas, um brilho chamado progresso.

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3ª SÉRIE

Está na bandeira nacional... E, quilha contra as vagas, a galera navega em direção ao progresso, a uma velocidade cada vez maior, e ninguém questiona a direção. E é assim que as florestas são destruídas, os rios se transformam em esgotos de fezes e veneno, o ar se enche de gases, os campos se cobrem de lixo – e tudo ficou feio e triste. Sugiro aos educadores que pensem menos nas tecnologias do ensino – psicologias e quinquilharias – e tratem de sonhar, com os seus alunos, sonhos de um Paraíso. QUESTÃO 6 À falta de certa precisão quanto aos tempos, utilizam-se algumas locuções verbais que traduzem mais adequadamente o aspecto verbal. Assim, a construção que expressa melhor a noção de início de uma ação aparece no fragmento da alternativa. (A) Mas para navegar não basta sonhar. É preciso saber. São muitos os saberes necessários para se navegar. (B) Os computadores, coitados, chamados a dar o seu palpite, ficaram em silêncio. (C) Puseram-se então a estudar cada um aquilo que teria de fazer no barco: manutenção do casco, instrumentos de navegação,

astronomia, meteorologia, as velas, as cordas, as polias e roldanas, os mastros, o leme, os parafusos (...). (D) Naus e navegação têm sido uma das mais poderosas imagens na mente dos poetas. (E) Não posso pensar a missão das escolas começando com as crianças e continuando com os cientistas, como outra que não

a da realização do dito do poeta (...). QUESTÃO 7 Mario Quintana explicou a utopia com um verso (...) Analisando-se os fragmentos que se seguem, a regência da forma verbal que difere do exemplo acima aparece na alternativa (A) Venderam o que tinham, compraram um barco capaz de atravessar mares e sobreviver (...) (B) Resolveram mudar de vida: um sonho louco: navegar! (C) Houve um momento em que se viu, por entre as estrelas, um brilho chamado progresso. (D) Mas para navegar não basta sonhar. É preciso saber. (E) (...) e tratem de sonhar, com os seus alunos, sonhos de um Paraíso. QUESTÃO 8

A campanha dos Médicos sem Fronteiras desenvolve sua argumentação na chamada principal, através de elementos verbais e não verbais, que estão corretamente analisados na alternativa (A) A contração “daqui” e o advérbio “lá”, presentes no texto, sugerem que o enunciador aborda a realidade de um espaço do

qual está distante, assim como o seu interlocutor, ficando implícito que esse distanciamento não é empecilho para que se possa apoiar essa organização.

(B) O uso do imperativo “Ajude”, por meio do sujeito implícito, revela que o público a que ela se dirige faz parte do contexto evidenciado na imagem.

(C) O infinitivo “espalhar” gera, pela ausência de seu objeto direto, um paradoxo com o imperativo “Ajude”, revelando uma ação oposta e contraditória ao que foi proposto inicialmente.

(D) O demonstrativo “o” faz referência anafórica ao local em que se encontra o locutor, indicando que o leitor deve divulgar as suas próprias experiências e o cenário em que atua, para que indivíduos de outros lugares e países possam ter mais exemplos de solidariedade.

(E) A forma verbal “acontece” está no presente do indicativo, apresentando uma comparação entre fatos que já se concretizaram e práticas futuras, inspiradas na ideia transmitida pelo verbo “ajudar”.

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3ª SÉRIE

QUESTÃO 9 LEIA: “Pela primeira vez na história, pesquisadores conseguiram projetar do zero o genoma de um ser vivo (uma bactéria, para ser mais exato) e ‘instalá-lo’ com sucesso numa célula, como quem instala um aplicativo no celular. É um feito e tanto, sem dúvida. Paradoxalmente, porém, o próprio sucesso do americano Craig Venter e de seus colegas deixa claro o quanto ainda falta para que a humanidade domine os segredos da vida. Cerca de um terço do DNA da nova bactéria (apelidada de syn3.0) foi colocado lá por puro processo de tentativa e erro – os cientistas não fazem a menor ideia do porquê ele é essencial.”

Folha de S. Paulo, 26/03/2016.

O texto informativo acima, que apresenta ao público a criação de uma bactéria apenas com genes essenciais à vida, contém vários conectivos, propositadamente destacados. Pode-se afirmar que: (A) para inicia uma oração adverbial condicional, pois restringe o genoma à condição de bactéria. (B) e introduz uma oração coordenada sindética aditiva, pois adiciona o projeto à instalação do genoma. (C) como introduz uma oração adverbial conformativa, pois exprime acordo ou conformidade de um fato com outro. (D) porém indica concessão, pois expressa um fato que se admite em oposição ao da oração principal. (E) para que exprime uma explicação: falta muito para a humanidade dominar os segredos da vida. QUESTÃO 10 Sobre o mar e o navio Na guerra naval, existem ainda algumas peculiaridades que merecem ser abordadas. Uma delas diz respeito ao cenário das batalhas: o mar. Diferente, em linhas gerais, dos teatros de operações terrestres, o mar não tem limites, não tem fronteiras definidas, a não ser nas proximidades dos litorais, nos estreitos, nas baías e enseadas. Em uma batalha em mar aberto, certamente, poderão ser empregadas manobras táticas diversas dos engajamentos efetuados em área marítima restrita. Nelas, as forças navais podem se valer das características geográficas locais, como fez o comandante naval grego Temístocles, em 480 a.C. ao atrair as forças persas para a baía de Salamina, onde pôde proteger os flancos de sua formatura, evitando o envolvimento pela força naval numericamente superior dos invasores persas. As condições meteorológicas são outros fatores que também afetam, muitas vezes de forma drástica, as operações nos teatros marítimos. O mar grosso, os vendavais, ou mesmo as longas calmarias, especialmente na era da vela, são responsáveis por grandes transtornos ao governo dos navios, dificultando fainas e manobras e, não poucas vezes, interferindo nos resultados das ações navais ou mesmo impedindo o engajamento. É oportuno relembrar que o vento e a força do mar destruíram as esquadras persa (490 a.C.), mongol (1281) e a incrível Armada Espanhola (1588), salvando respectivamente a Grécia, o Japão (que denominou de kamikaze o vento divino salvador) e a Inglaterra daqueles invasores vindos do mar. O cenário marítimo também é o responsável pela causa mortis da maioria dos tripulantes dos navios afundados nas batalhas navais, cujas baixas por afogamento são certamente mais numerosas do que as causadas pelos ferimentos dos impactos dos projéteis, dos estilhaços e dos abalroamentos. Em maio de 1941, o cruzador de batalha britânico HMS Hood, atingido pelo fogo da artilharia do Bismarck, afundou, em poucos minutos, levando para o fundo cerca de 1.400 tripulantes, dos quais apenas três sobreviveram. Aliás, o instante do afundamento de um navio é um momento crucial para a sobrevivência daqueles tripulantes que conseguem saltar ou são jogados ao mar, pois o efeito da sucção pode arrastar para o fundo os tripulantes que estiverem nas proximidades do navio no momento da submersão. Por sua vez, os náufragos podem permanecer dias, semanas, em suas balsas à deriva, em um mar batido pela ação dos ventos, continuamente borrifadas pelas águas salgadas, sofrendo o calor tropical escaldante ou o frio intenso das altas latitudes, como nos mares Ártico, do Norte ou Báltico, cujas baixas temperaturas dos tempos invernais limitam cabalmente o tempo de permanência n’água dos náufragos, tornando fundamental para a sua sobrevivência a rapidez do socorro prestado. O navio também é um engenho de guerra singular. Ao mesmo tempo morada e local de trabalho do marinheiro, graças à sua mobilidade, tem a capacidade de conduzir homens e armas até o cenário da guerra. Plataforma bélica plena e integral, engaja batalhas, sofre derrotas, naufraga ou conquista vitórias, tornando-se quase sempre objeto inesquecível da história de sua marinha e país.

(CESAR, William Carmo. Sobre o mar e o navio. In: __________. Uma história das Guerras Navais: o desenvolvimento tecnológico das belonaves e o emprego do Poder Naval ao longo dos tempos. Rio de Janeiro: FEMAR, 2013. p. 396-398)

Assinale a opção em que a oração subordinada reduzida está corretamente classificada. (A) “[...] ao atrair as forças persas para a baía de Salamina [...]” (3º parágrafo) – subordinada adverbial final (B) “[...] dificultando fainas e manobras e, não poucas vezes, [...]” (4º parágrafo) – subordinada substantiva subjetiva (C) “[...] atingido pelo fogo da artilharia do Bismarck [...]” (5º parágrafo) – subordinada adjetiva restritiva (D) “[...] sofrendo o calor tropical escaldante ou o frio intenso [...]” (6º parágrafo) – subordinada adverbial causal (E) “[...] de conduzir homens e armas até o cenário da guerra.” (7º parágrafo) – subordinada substantiva completiva nominal

MATEMÁTICA I QUESTÃO 11 Um garoto dispõe de um único exemplar de cada poliedro de Platão existente. Para brincar, ele numerou cada vértice, face e aresta de cada poliedro sem repetir nenhum número. Em seguida, anotou esses números no próprio poliedro. Se ele sortear um dos números usados, aleatoriamente, qual será a probabilidade de o número sorteado representar um vértice?

(A)

59

(B)

514

(C)

13

(D)

519

(E)

110

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3ª SÉRIE

Os poliedros de Platão são:

Tetraedro regular, Hexaedro regular (Cubo), Octaedro regular, Dodecaedro regular e Icosaedro regular.

O Tetraedro regular possui 4 vértices, 4 faces e 6 arestas.

O Hexaedro regular possui 8 vértices, 6 faces e 12 arestas.

O Octaedro regular possui 6 vértices, 8 faces e 12 arestas.

O dodecaedro possui 20 vértices, 12 faces e 30 arestas.

O Icosaedro regular possui 12 vértices, 20 faces e 30 arestas.

Assim, o total de vértices é 4 8 6 20 12 50,+ + + + = o total de faces é 4 6 8 12 20 50+ + + + = e o total de arestas é

6 12 12 30 30 90.+ + + + =

Portanto, serão necessários 50 50 90 190+ + = números, dos quais 50 serão usados para os vértices.

Então, sendo p a probabilidade pedida,

50p

1905

p19

=

=

QUESTÃO 12 Doze pontos são assinalados sobre quatro segmentos de reta de forma que três pontos sobre três segmentos distintos nunca são colineares, como na figura.

O número de triângulos distintos que podem ser desenhados com os vértices nos pontos assinalados é

(A) 200.

(B) 204.

(C) 208.

(D) 212.

(E) 220.

Há 12 12!

2203 3! 9!

= = ⋅

maneiras de escolher três pontos quaisquer. Dentre essas possibilidades, devemos descontar

aquelas em que não se pode formar um triângulo. Temos dois segmentos de reta que apresentam quatro pontos cada um,

resultando, portanto, em 4

2 2 4 83

⋅ = ⋅ =

possibilidades.

A resposta é 220 8 212.− = QUESTÃO 13 Leia o texto a seguir.

Segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, em 2014 houve 59.627 homicídios no

Brasil, o que representa 4,9% do total de óbitos do mesmo ano. Restringindo esses dados ao sexo masculino, obtemos que

7,9% desse novo total de óbitos são homicídios. De forma análoga, se restringirmos os dados ao sexo feminino, observamos

que aqueles causados por homicídio representam 0,9% desse total. (Adaptado de: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Atlas da Violência 2016. p. 6).

Um pesquisador decide representar as informações presentes no texto através do uso de incógnitas de acordo com a tabela a seguir.

Incógnita Significado M Número de óbitos do sexo masculino

F Número de óbitos do sexo feminino m Número de homicídios do sexo masculino f Número de homicídios do sexo feminino

Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a forma matricial do sistema de equações lineares que representa as informações contidas no texto.

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3ª SÉRIE

(A)

3 3

3

3

0 0 1 1

49 49M 59.6270 0

10 10 F 59.62779

0 1 0 m 010

f 09

0 0 110

⋅ = − −

(B)

2 2

2

2

0 0 1 1

49 49M 59.6270 0

10 10 F 59.62779

0 1 0 m 010

f 09

0 0 110

⋅ =

(C)

1 1 0 0 M 59.627

0,049 0,049 0 0 F 59.627

0,079 0 1 0 m 0

0 0,09 0 1 f 0

⋅ = −

(D)

3 3

3

3

0 0 1 1

49 49M 59.6270 0

10 10 F 59.62779

0 1 1 m 010

f 09

0 0 110

⋅ = −

(E)

0 0 1 1 M 59.627

4,9 1 0 4,90 F 59.627

0 0 1 7,9 m 0

0 0,9 0 1 f 0

⋅ = −

Sabendo que:

Incógnita Significado

M Número de óbitos do sexo masculino 0,049(M F) 59627+ = F Número de óbitos do sexo feminino

m Número de homicídios do sexo masculino m 0,079M=

f Número de homicídios do sexo feminino f 0,009F=

Pode-se escrever:

3 3

3

3

0 0 1 1

49 49M m f 59.6270 0

10 10 F 0,049M 0,049F 59.62779

0 1 0 m 0,079M m 010

f 0,009F f 09

0 0 110

+ + ⋅ = = − −

− −

QUESTÃO 14

O valor do determinante

13

13

13 3

3

3 3

0 log 3 log

1 log 27 log 27

0 log 81 log 243

é

(A) 0

(B) 1

(C) 1−

(D) 3

(E)

13

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3ª SÉRIE

Calculando:

13

13

13 3

3

3 3

0 log 3 log0 1 1

1 log 27 log 27 1 3 3 4 5 1

0 4 50 log 81 log 243

= − = − = −

QUESTÃO 15 Um parque tem 3 pistas para caminhada, X, Y e Z. Ana deu 2 voltas na pista X, 3 voltas na pista Y e 1 volta na pista Z,

tendo caminhado um total de 8.420 metros. João deu 1 volta na pista X, 2 voltas na pista Y e 2 voltas na pista Z, num

total de 7.940 metros. Marcela deu 4 voltas na pista X e 3 voltas na pista Y, num total de 8.110 metros. O comprimento da maior dessas pistas, excede o comprimento da menor pista em (A) 1.130 metros. (B) 1.350 metros. (C) 1.570 metros. (D) 1.790 metros. (E) 1.800 metros Calculando:

2x 3y z 8420 2x 3y z 8420 2x 3y z 8420 2x 3y z 8420 x 820

x 2y 2z 7940 3x 4y 8900 9x 12y 26700 3x 4y 8900 y 1610

4x 3y 8110 4x 3y 8110 16x 12y 32440 7x 5740 z 1950

z x 1950 820 1130m

+ + = + + = + + = + + = = + + = − − = − − − = − + = = + = + = + = = =

− = − =

MATEMÁTICA II

QUESTÃO 16 Qual é a equação da reta tangente a circunferência de equação �� � �� � 4� � 2� � 5 0 no ponto (1, 2)? (A) x + 3y + 5 = 0 (B) x + 3y – 5 = 0 (C) x - 3y – 5 = 0 (D) x + 5y – 3 = 0 (E) x - 3y + 5 = 0 Solução:

Completando os quadrados, obtemos que a equação reduzida da circunferência, a saber: �� � 2�� � �� � 1�� 10

Assim, obtemos o centro (2, -1) da circunferência. Sabemos que a reta � tangente a circunferência no ponto (1, 2) é perpendicular à reta � que passa pelo centro da circunferência e pelo ponto de (1, 2). Daí temos que a equação de � é � �3� � 5 de coeficiente angular igual a �� �3. Como � ⊥ �, temos que o coeficiente angular de � é dado por �� ��

�� ��.

E como � passa por (1, 2) teremos

� �3 � � ⇔ 2 13 � � ⇔ � 53

Assim, a equação de � fica:

� �3 � 53 ⇔ � � 3� � 5 0

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3ª SÉRIE

QUESTÃO 17 A área do pentágono cujos vértices são (0, 0), (3, 1), (1, 2), (2, 5) e (-2, 3) é: (A) 10,0 (B) 10,5 (C) 11,0 (D) 11,5 (E) 12,0 Solução: Basta construir os segmentos CE e AC, formando os triângulos ABC, ACE e CDE de áreas:

���� �� !0 0 13 1 11 2 1! 2,5

���" ! 0 0 11 2 1�2 3 1! 3,5

��$" ! 1 2 12 5 1�2 3 1! 5

Daí, ����$" ���� � ���" � ��$" 11 QUESTÃO 18 Um cubo ABCDEFGH foi seccionado por um plano MNGB, sendo M e N respectivamente os pontos médios das arestas AE e EH. A figura abaixo representa o cubo e a secção.

Se a medida de cada aresta desse cubo é 2 cm, a área, em cm², do quadrilátero MNGB é igual a: (A) 4,5 (B) 4,8 (C) 5,0 (D) 5,2 (E) 5,6 Solução: Temos que BG é a diagonal de um quadrado de lado 2, log %& 2√2 cm. Fazendo Pitágoras no triângulo MNE obtemos () √2 cm. Por �*+, ()+, 45° temos ()//�*. Daí e �*//%&, temos ()//%&. Logo BGMN é um trapézio isósceles de bases 2√2 e √2, e lados não paralelos igual a √5 (Pitágoras). Fazendo o Teorema de Pitágoras no triângulo BNP temos:

/√50� 1)� � 2√�� 3�

1)� 5 � 12 92 ∴ 1) 3√22

Daí a área do trapézio será de

��678 /√2 � 2√202 3√22 4,5 :�² QUESTÃO 19

√2

√2

√5

√22 √22

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3ª SÉRIE

Observe o dado ilustrado abaixo, formado a partir de um cubo, e com suas seis faces numeradas de 1 a 6.

Esses números são representados por buracos deixados por semiesferas idênticas retiradas de cada uma das faces. Todo o material retirado equivale a 4,2% do volume total do cubo. Considerando π = 3, a razão entre a medida da aresta do cubo e do raio de uma das semiesferas, expressas na mesma unidade, é igual a: (A) 6 (B) 8 (C) 9 (D) 10 (E) 11 Solução:

Considere-se < a medida da aresta do cubo e � a do raio de cada semiesfera. O volume do cubo

é <³ e o de cada semiesfera �� >�³.

O número de semiesferas retiradas desse cubo é igual a 1 � 2 � 3 � 4 � 5 � 6 21, e o volume de todas elas é igual a 14>�³. Como esse volume equivale a 4,2% do volume total do cubo,

14>�� 4,2100 <� ∴ 1000�� <� ∴ <� 10

QUESTÃO 20 Um cone circular reto K e um cilindro circular reto C, são tais que K e C possuem bases circulares congruentes e que o volume de C é dez vezes o volume de K, pode-se afirmar que a razão entre a altura do cilindro e a altura do cone é igual a: (A) 10 7B (B) 10 (C) 3 (D) 10 3B

(E) 1 3B Solução: Sejam Vk e Vc os volumes do cone K e cilindro C, respectivamente. Temos que Vc = 10 Vk. Daí, CD 10 CE

>F�ℎD 10>F�ℎE3

ℎD 10ℎE3

ℎDℎE 103

HISTÓRIA

QUESTÃO 21 O Marquês de Pombal, ministro do rei D. José I (1750-1777), foi o responsável por uma série de reformas na economia, educação e administração do Estado e do império português, inspiradas na filosofia iluminista e na política econômica do mercantilismo, cabendo a ele a expulsão dos padres jesuítas da Companhia de Jesus dos domínios de Portugal. O Marquês de Pombal foi um dos representantes do chamado: (A) Despotismo Esclarecido. (B) Socialismo Utópico. (C) Socialismo Científico. (D) Liberalismo. (E) Parlamentarismo Monárquico. QUESTÃO 22 Em nosso país queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra pela probidade, os usos pelos princípios, as conveniências pelos deveres, a tirania da moda pelo império da razão, o desprezo à desgraça pelo desprezo ao vício, a insolência pelo orgulho, a vaidade pela grandeza de alma, o amor ao dinheiro pelo amor à glória, a boa companhia pelas boas pessoas, a intriga pelo

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3ª SÉRIE

mérito, o espirituoso pelo gênio, o brilho pela verdade, o tédio da volúpia pelo encanto da felicidade, a mesquinharia dos grandes pela grandeza do homem.

(HUNT, L. Revolução Francesa e Vida Privada. In: PERROT, M. (Org.) História da Vida Privada: da Revolução Francesa à Primeira Guerra. Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1991 (adaptado))

O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro de 1794, do qual o trecho transcrito é parte, relaciona-se a qual dos grupos político-sociais envolvidos na Revolução Francesa? (A) À alta burguesia, que desejava participar do poder legislativo francês como força política dominante. (B) Ao clero francês, que desejava justiça social e era ligado à alta burguesia. (C) A militares oriundos da pequena e média burguesia, que derrotaram as potências rivais e queriam reorganizar a França

internamente. (D) À nobreza esclarecida, que, em função do seu contato, com os intelectuais iluministas, desejava extinguir o absolutismo

francês. (E) Aos representantes da pequena e média burguesia e das camadas populares, que desejavam justiça social e direitos

políticos. QUESTÃO 23 Analise as proposições que se referem aos séculos XVII, XVIII e XIX. • I. A Doutrina Monroe, estabelecida em 1823 pelo presidente norte-americano James Monroe, definiu os princípios sobre a segurança dos EUA, justificando intervenções e guerras contra vários países da América Latina. • II. A dominação inglesa, no território indiano, foi ampliada no contexto das práticas imperialistas durante o período que precedeu a Primeira Guerra Mundial. • III. A partir do final do século XVIII e no decorrer do século XIX, as condições de vida na Europa sofreram transformações em decorrência de vários fatores, entre os quais a melhoria dos meios de transporte e comunicação, a introdução de novas técnicas de trabalho no campo e nas indústrias, além do aumento populacional. • IV. A maioria dos países que surgiram após a Independência da América Espanhola se tornaram países republicanos e democráticos, devido à participação das populações descendentes de indígenas e de mestiços que tiveram suas reivindicações por terras e trabalhos atendidas. Assinale a alternativa correta. (A) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. (B) Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras. (C) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. (D) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. (E) Todas as afirmativas são verdadeiras. QUESTÃO 24 É uma ideia grandiosa pretender formar de todo o Novo Mundo uma única nação com um único vínculo que ligue as partes entre si e com o todo. Já que tem uma só origem, uma só língua, mesmos costumes e uma só religião, deveria, por conseguinte, ter um só governo que confederasse os diferentes Estados que haverão de se formar; mas tal não é possível, porque climas remotos, situações diversas, interesses opostos e caracteres dessemelhantes dividem a América.

(Simón Bolívar. Carta da Jamaica [06.09.1815]. Simón Bolívar: política, 1983.)

O texto foi escrito durante as lutas de independência na América Hispânica. Podemos dizer que, (A) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar não aceitou a diversidade americana e, em sua ação política e militar, reagiu à

iniciativa autonomista do Brasil. (B) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar combateu as propostas de independência e unidade da América e se empenhou

na manutenção de sua condição de colônia espanhola. (C) conforme afirma na carta, Bolívar defendeu a unidade americana e se esforçou para que a América Hispânica se associasse

ao Brasil na luta contra a hegemonia norte-americana no continente. (D) conforme afirma na carta, Bolívar aceitou a diversidade geográfica e política do continente, mas tentou submeter o Brasil à

força militar hispano-americana. (E) conforme afirma na carta, Bolívar declarou diversas vezes seu sonho de unidade americana, mas, em sua ação política e

militar, reconheceu que as diferenças internas eram insuperáveis. QUESTÃO 25 "Os verdadeiros chefes não têm nenhuma necessidade de cultura e ciência".

(H. Goering) "Quando ouço a palavra cultura, ponho a mão no revólver."

(J. Goebbels) "Os intelectuais são como as rainhas que vivem das abelhas trabalhadoras."

(A. Hitler) "Sem espírito militar a escola alemã não poderá existir. Um professor pacifista é um palhaço ou um criminoso. Deve ser exterminado."

(Ministro Schewemm - Bavária) "Professores alemães... nenhum menino e nenhuma menina da escola devem sair de vossas aulas sem o sagrado propósito de ser um inimigo mortal do bolchevismo judeu, na vida e na morte."

(F. Weachter) Contextualizando historicamente as declarações anteriores, de lideranças nazistas na Alemanha, pode-se afirmar que (A) o nazismo não tinha nenhum projeto para as áreas de educação e cultura, pois dentro da perspectiva do culto ao corpo e

da obediência sem questionamentos, aquelas lhes eram completamente indiferentes. (B) ao contrário da produção cultural, à qual eram refratários, os nazistas permitiram a permanência das diretrizes educacionais

da República de Weimar. (C) tanto a educação como a cultura foram áreas enquadradas dentro dos pressupostos básicos do regime transformando-se

em instrumentos ideológicos de controle e propaganda. (D) o Estado nazista interveio fortemente somente nas escolas frequentadas por alunos não-arianos e filhos de pais

bolcheviques. (E) educação e militarização da sociedade eram projetos excludentes dentro do projeto nazista de dominação.

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3ª SÉRIE

GEOGRAFIA QUESTÃO 26 Em meados da década de 1970, as condições externas que haviam sustentado o sucesso econômico do regime militar sofreram alterações profundas.

(Tania Regina de Luca. Indústria e trabalho na história do Brasil, 2001.)

As condições externas que embasaram o sucesso econômico do regime militar e as alterações que sofreram em meados da década de 1970 podem ser exemplificadas, respectivamente (A) pelos investimentos oriundos dos países do Leste europeu e pelo aumento gradual dos preços em dólar das mercadorias

importadas. (B) pela ampla disponibilidade de capitais para empréstimos a juros baixos e pelo aumento súbito do custo de importação do

petróleo. (C) pelos esforços norte-americanos de ampliar sua intervenção econômica na América Latina e pela redução acelerada da

dívida externa brasileira. (D) pela ampliação da capacidade industrial dos demais países latino-americanos e pelo crescimento das taxas internacionais

de juros. (E) pela exportação de tecnologia brasileira de informática e pela recessão econômica enfrentada pelas principais potências do

Ocidente. QUESTÃO 27 No artigo “Gênero e sexualidade na análise do espaço urbano”, de Joseli Maria Silva (2007), é apontada uma série de características da relação entre pobreza, gênero e espaço urbano. Vejamos duas delas: [...] as mulheres de baixa renda, em geral, possuem uma vivência reduzida do espaço total da cidade, desenvolvem deslocamentos menos extensos e frequentes do que os estabelecidos pelos homens dos mesmos locais. Além disso, os motivos dos deslocamentos estão relacionados com seu papel da maternagem e, fora deste, não há registros de deslocamentos para realizar interesses particulares. As narrativas das proibições masculinas em relação aos deslocamentos realizados pelas mulheres, ao controle do vestuário, locais e horários são regulares em todas as pesquisas atualmente realizadas […]. Impressionante é a constatação da naturalização dos códigos de honra internalizados pelas próprias mulheres, que promovem, por conta disso, uma autorregulação. Com base nessas informações, assinale a alternativa correta. (A) As fortes desigualdades no país, fruto das diferenças de gênero, justificam a necessidade de os homens terem uma vivência

mais ampla do espaço total da cidade. (B) O aumento de famílias monoparentais femininas contribui com a democratização da cidade como espaço de lazer. (C) As mulheres que possuem filhos sob seu encargo ampliam sua vivência do espaço total da cidade, por somarem seus

interesses aos dos filhos. (D) O controle masculino da espacialidade do cotidiano feminino exerce-se a partir da própria mulher. (E) O uso do espaço urbano por homens e mulheres de baixa renda é regido pelas mesmas regras sociais, restringindo os

deslocamentos de ambos ao cuidado dos filhos. QUESTÃO 28 O fenômeno da mobilidade populacional vem, desde as últimas décadas do século XX, apresentando transformações significativas no seu comportamento, não só no Brasil como também em outras partes do mundo. Esses novos processos se materializam, entre outros aspectos, na dimensão interna, pelo redirecionamento dos fluxos migratórios para as cidades médias, em detrimento dos grandes centros urbanos; pelos deslocamentos de curta duração e a distâncias menores; pelos movimentos pendulares, que passam a assumir maior relevância nas estratégias de sobrevivência, não mais restritos aos grandes aglomerados urbanos.

OLIVEIRA, L. A. P.; OLIVEIRA, A. T. R. Reflexões sobre os deslocamentos populacionais no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2011 (adaptada).

A redefinição dos fluxos migratórios internos no Brasil, no período apontado no texto, tem como causa a intensificação do processo de (A) descapitalização do setor primário. (B) ampliação da economia informal. (C) tributação da área residencial citadina. (D) desconcentração da atividade industrial. (E) saturação da empregabilidade no setor terciário. QUESTÃO 29

Gosta de tomar sorvetes Wall’s? Lava suas roupas com sabão em pó Persil? Que tal comer um lanche no Hungry Jack’s? Você pode não saber, mas provavelmente faz ou já fez tudo isso. Esses são nomes que marcas muito conhecidas dos brasileiros têm lá fora. Wall’s é a Kibon, Persil é o Omo, e Hungry Jack’s é o Burger King. As diferenças existem porque, algumas vezes, os nomes são adaptados à língua. Em outros casos, marcas locais, após serem compradas por multinacionais, passam a adotar a identidade global que aquela empresa criou para determinada linha de produtos, como é o caso da Kibon, comprada pela Unilever em 1997.

Adaptado de economia.uol.com.br, 12/02/2016.

A utilização das marcas conforme descreve a reportagem revela a adoção da seguinte estratégia empresarial: (A) redução dos custos de produção (B) adequação aos mercados nacionais (C) padronização dos hábitos de consumo (D) diminuição dos investimentos publicitários (E) cartel sem associação de preços

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3ª SÉRIE

QUESTÃO 30 O terremoto de 8,8 na escala Richter que atingiu a costa oeste do Chile, em fevereiro, provocou mudanças significativas no mapa da região. Segundo uma análise preliminar, toda a cidade de Concepción se deslocou pelo menos três metros para a oeste, enquanto Santiago, mais próxima do local do evento, deslocou-se quase 30 centímetros para a oeste-sudoeste. As

cidades de Valparaíso, no Chile, e Mendoza, na Argentina, também tiveram suas posições alteradas significativamente (13,4

centímetros e 8,8 centímetros, respectivamente). Revista InfoGNSS, Curitiba, ano 6, n. 31, 2010.

No texto, destaca-se um tipo de evento geológico frequente em determinadas partes da superfície terrestre. Esses eventos estão concentrados em (A) áreas vulcânicas, onde o material magmático se eleva, formando cordilheiras. (B) faixas costeiras, onde o assoalho oceânico recebe sedimentos, provocando tsunamis. (C) estreitas faixas de intensidade sísmica, no contato das placas tectônicas, próximas a dobramentos modernos. (D) escudos cristalinos, onde as rochas são submetidas aos processos de intemperismo, com alterações bruscas de

temperatura. (E) áreas de bacias sedimentares antigas, localizadas no centro das placas tectônicas, em regiões conhecidas como pontos

quentes. BIOLOGIA

QUESTÃO 31 A partir da contagem de indivíduos de uma população experimental de protozoários, durante determinado tempo, obtiveram-se os pontos e a curva média registrados no gráfico ao lado. Tal gráfico permite avaliar a capacidade limite do ambiente, ou seja, sua carga biótica máxima.

De acordo com o gráfico, (A) a capacidade limite do ambiente cresceu até o dia 6. (B) a capacidade limite do ambiente foi alcançada somente após o dia 20. (C) a taxa de mortalidade superou a de natalidade até o ponto em que a capacidade limite do ambiente foi alcançada. (D) a capacidade limite do ambiente aumentou com o aumento da população. (E) o tamanho da população ficou próximo da capacidade limite do ambiente entre os dias 8 e 20. QUESTÃO 32 A respiração orgânica permite a troca de gases do organismo com o ambiente. Nela o ar entra e sai dos pulmões graças à contração do diafragma e dos intercostais. Considere as seguintes etapas do processo respiratório no homem: I. Durante a inspiração, o diafragma se contrai e desce aumentando o volume da caixa toráxica. II. Quando a pressão interna na caixa toráxica diminui e se torna menor que a pressão do ar atmosférico, o ar penetra nos pulmões. III. Durante a expiração, o volume toráxico aumenta, e a pressão interna se torna menor que a pressão do ar atmosférico. IV. Quando o diafragma relaxa, ele reduz o volume toráxico e o ar usado sai dos pulmões. Assinale as opções corretas: (A) I e II. (B) II, III e IV. (C) I, II e III. (D) I, II e IV. (E) Todas. QUESTÃO 33 A ilustração mostra um inseto estilizado de tamanho exagerado.

(Maurício de Sousa.Adaptado.)

Argumenta-se que a inexistência de insetos de grande tamanho corporal deve-se a restrições quanto à sustentação e dinâmica de fluidos corporais. Essas restrições estariam relacionadas ao tipo de sustentação corporal, sistemas circulatório e respiratório, que nos insetos correspondem a (A) endoesqueleto quitinoso, sistema circulatório aberto e respiração cutânea. (B) exoesqueleto quitinoso, sistema circulatório aberto e respiração traqueal. (C) exoesqueleto incompleto, sistema circulatório misto e respiração traqueal. (D) exoesqueleto mineralizado, sistema circulatório fechado e respiração cutânea. (E) endoesqueleto calcáreo, sistema circulatório aberto e respiração traqueal.

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3ª SÉRIE

QUESTÃO 34 Um determinado tipo de proteína, presente em praticamente todos os animais, ocorre em três formas diferentes: a forma P, a forma PX, resultante de mutação no gene que codifica P, e a forma PY, resultante de mutação no gene que codifica PX. A ocorrência dessas mutações pôde ser localizada nos pontos indicados pelos retângulos escuros na árvore filogenética, com base na forma da proteína presente nos grupos de animais I, II, III, IV e V.

Indique a alternativa que mostra as proteínas encontradas nos grupos de animais I a V. Proteína P Proteína PX Proteína PY (A) I, IV e V III II (B) IV e V I e III II (C) IV e V II I e III (D) I e II III IV e V (E) I e III II IV e V QUESTÃO 35 A respeito do ciclo reprodutivo das plantas fanerógamas (gimnospermas e angiospermas), considere as seguintes afirmações:

I. Formam tubo polínico para que o gameta masculino possa alcançar o gameta feminino no interior do ovário. II. Apresentam alternância de gerações, sendo que a geração esporofítica é predominante sobre a gametofítica. III. Após a fecundação, o óvulo origina a semente com endosperma 3n. IV. o grão-de-pólen é formado a partir do micrósporo haplóide. Estão corretas, apenas:

(A) I e II. (B) I e III. (C) I e IV. (D) II e III. (E) II e IV.

FÍSICA QUESTÃO 36 É consenso na comunidade científica que o efeito estufa em demasia, causado pela emissão excessiva de 2CO no ambiente,

pode contribuir para o aquecimento global. Em Setembro de 2017 o furacão Irma devastou várias regiões no hemisfério norte do planeta Terra mantendo por tempo considerável ventos acima de 200 km h. Se acredita, baseado em evidências e dados cada

vez mais numerosos, que o aquecimento global também possa corroborar com a frequência e intensidade desses fenômenos naturais, já que estes, ocorrem devido ao aquecimento das águas do oceano. Isso acaba reforçando a necessidade do controle da quantidade de emissão de gases poluentes. Sobre as teorias vigentes na física sobre Calorimetria e Termodinâmica analise as proposições a seguir. I. Para cada grama de gelo a uma temperatura de 273 K são necessárias aproximadamente 80 calorias, para transformá-

lo em água a 0 C.°

II. A primeira Lei da Termodinâmica afirma que a energia do universo não se conserva, já que para o bom funcionamento de uma máquina térmica, uma parte deve ser dissipada.

III. A temperatura alta das águas dos oceanos permite que ventos quentes desçam e frios subam como ocorre nas correntes de convecção devido à diferença de densidades, permitindo a formação de furacões.

IV. Se uma mini máquina térmica de laboratório trabalha a temperatura na fonte quente de 473 K e sua fonte fria está a 60 C,°

o rendimento dessa máquina, sabendo-se que foi projetada para trabalhar pelo ciclo de Carnot, é de aproximadamente 29%.

Marque a alternativa que apresenta as CORRETAS: (A) Apenas I e IV. (B) Apenas II e III. (C) Apenas III e IV. (D) Apenas I e III. (E) Apenas I e II.

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3ª SÉRIE

[I] Correta. O calor latente de fusão do gelo é 80 cal g.

[II] Incorreta. A energia é conservada

[III] Incorreta. A convecção é justamente ao contrário. Ventos quentes sobem e ventos frios descem.

[IV] Correta. Dados: q fT 473 K; T 60 C 333 K.= = ° =

O rendimento de uma máquina de Carnot é:

f

q

T 3331 1 1 0,704 0,29 29%.

T 473η η η= − = − = − ≅ ≅

QUESTÃO 37 Um recipiente contendo 1 litro de água, a 20 C,° é colocado no interior de um forno de micro-ondas. O aparelho é possui uma

potência de 1100 W Após 40 minutos, verifica-se que ainda resta 14

de litro de água líquida no recipiente. Determine o

rendimento percentual aproximado desse aparelho. Dados: pressão atmosférica: 1atm

densidade da água: 31g cm

calor latente de vaporização da água: 540 cal g

calor específico da água: 1cal g C°

1caloria 4,2 joules=

(A) 19 (B) 25 (C) 71 (D) 77 (E) 80 Dados:

3 30V 1L 1.000 cm ; 1g cm ; U 110 V; i 10 A; c 1cal g C; L 540 cal g;

p 1atm; 1cal 4,2 J; t 40 min 2.400 s.

ρΔ

= = = = = = ⋅ ° == = = =

Calculando a energia liberada pelo forno no intervalo de tempo considerado:

6E P t Ui t 110 10 2.400 E 2,64 10 J.Δ Δ= = = ⋅ ⋅ = ×

Calculando a massa inicial de água:

0M V 1 1.000 M 1.000 g.ρ= = ⋅ =

Se resta 1 4 de litro é porque 3 4 de litro evaporaram. A massa evaporada é:

3 3m M 1.000 m 750 g.

4 4= = ⋅ =

A quantidade de calor absorvida pela água é igual à soma do calor sensível com calor latente.

( ) 6Q Mc T mL Q 1.000 1 100 20 750 540 4,2 Q 2,04 10 cal.Δ = + = ⋅ ⋅ − + ⋅ ⋅ = ×

O rendimento percentual aproximado é, então:

6

6

Q 2,04 10100 100 77%.

E 2,64 10η η×= × = × ≅

×

QUESTÃO 38 Numa aula de laboratório do curso de Soldagem da FATEC, um dos exercícios era construir um dispositivo eletromecânico utilizando duas lâminas retilíneas de metais distintos, de mesmo comprimento e soldadas entre si, formando o que é chamado de “lâmina bimetálica”. Para isso, os alunos fixaram de maneira firme uma das extremidades enquanto deixaram a outra livre, conforme a figura.

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3ª SÉRIE

Considere que ambas as lâminas estão inicialmente sujeitas à mesma temperatura 0T , e que a relação entre os coeficientes de

dilatação linear seja A B.α α>

Ao aumentar a temperatura da lâmina bimetálica, é correto afirmar que (A) a lâmina A e a lâmina B continuam se dilatando de forma retilínea conjuntamente. (B) a lâmina A se curva para baixo, enquanto a lâmina B se curva para cima. (C) a lâmina A se curva para cima, enquanto a lâmina B se curva para baixo. (D) tanto a lâmina A como a lâmina B se curvam para baixo. (E) tanto a lâmina A como a lâmina B se curvam para cima. A lâmina de maior coeficiente (A) sofre maior dilatação e tende a envolver a de menor coeficiente (B) e ambas se curvam

para baixo, como ilustrado na figura.

QUESTÃO 39 Um pequeno balão esférico flexível, que pode aumentar ou diminuir de tamanho, contém 1,0 litro de ar e está, inicialmente,

submerso no oceano a uma profundidade de 10,0 m. Ele é lentamente levado para a superfície, a temperatura constante. O

volume do balão (em litros), quando este atinge a superfície, é

Dados: 5 3 3 2atm águap 1,0 10 Pa; 1,0 10 kg m ; g 10 m sρ= × = × =

(A) 0,25

(B) 0,50

(C) 1,0

(D) 2,0

(E) 4,0 Como a temperatura será constante, a relação entre pressão e volume é dada pela Lei de Boyle:

1 1 2 2p V p V (1)⋅ = ⋅

A pressão no balão imerso é dada pela Lei de Stevin:

5 3 3 21 atm 1p p gh p 1,0 10 Pa 1,0 10 kg m 10 m s 10 mρ= + = × + × ⋅ ⋅

51p 2,0 10 Pa= ×

Substituindo na equação (1), obtemos o volume que o balão terá na superfície da água.

5 51 1 2 2 2 2p V p V 2,0 10 Pa 1,0 L 1,0 10 Pa V V 2,0 L⋅ = ⋅ × ⋅ = × ⋅ ∴ =

QUESTÃO 40 Um motor de potência 2,5 cv absorve 925 cal s de uma fonte térmica quente, cuja temperatura é de 927 C.° Sendo a

temperatura da fonte fria de 80,6 F,° determine a razão entre o rendimento de um motor de Carnot que operasse entre essas

mesmas fontes térmicas e o rendimento do referido motor.

(A) 0,75

(B) 1,00

(C) 1,50

(D) 2,00 (E) 1,70 Para o cálculo do rendimento da máquina de Carnot, primeiramente devemos transformar as temperaturas das fontes

quente qT e fria fT para a escala Kelvin:

q q

ff

T 927 273 T 1200 K

T 273 80,6 32T 300 K

5 9

= + ∴ =

− −= ∴ =

O rendimento da máquina de Carnot Carnotη será:

fCarnot Carnot Carnot

q

T 300 K1 1 0,75

T 1200 Kη η η= − = − ∴ =

A potência total tP do motor em watts é calculada pelo calor absorvido:

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3ª SÉRIE

t tcal 4 J

P 925 P 3700 Ws 1 cal

= ⋅ ∴ =

E a potência útil do motor uP , também em watts, é dada por:

u u740 W

P 2,5 cv P 1850 W1 cv

= ⋅ ∴ =

Logo, o rendimento do motor motorη pode ser obtido:

umotor motor motor

t

P 1850 W0,5

P 3700 Wη η η= = ∴ =

Finalmente, fazendo a razão entre os rendimentos, obtemos a resposta:

Carnot Carnot

motor motor

0,751,5

0,5

η ηη η= ∴ =

QUÍMICA

QUESTÃO 41

O glifosfato 3 8 5(C H NO P) é bastante utilizado no cultivo da soja, um dos pilares do agronegócio mundial. Em 2015, a

Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou o produto como “provavelmente cancerígeno para seres humanos”, o que causou eventual efervescência no mercado e interferiu na legislação dos países. No Brasil, o limite de glifosfato aceito é de 10 ppm. As concentrações de glifostato, informadas nos rótulos de três produtos comercializados para a cultura da soja,

estão indicadas no quadro a seguir:

Produto Concentração de glifostato

I 480 g L

II 42,80 10 M−×

III 0,9 g mL

Considerando que todos os produtos recomendam diluição de 1 para 100 L antes da aplicação na lavoura da soja, está(ao)

de acordo com a legislação atual apenas Dados: C 12 g mol;= H 1g mol;= N 14 g mol;= O 16 g mol;= P 31g mol=

(A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III.

3 8 53 8 5 C H NO PC H NO P 169; M 169 g / mol.

1 g1ppm

1.000 L

= =

=

Considerando que todos os produtos recomendam diluição de 1 para 100 L antes da aplicação na lavoura da soja, vem:

Produto Concentração de glifostato

I × = × =480 g L 1L c 100 L c 4,8 g L

II μ μ− −× × = × = ×4 62,80 10 mol /L 1L 100 L 2,80 10 mol /L

III × = × =0,9 g mL 1L c ' 100 L c ' 0,009 g/mL

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3ª SÉRIE

Produto Concentração de glifostato

I

×= = × × = × >×

10 ppm

g 1.000g 1 g4,8 4,8 480 10 480 10 ppm 10 ppm

L 1.000L 1.000 L1442443

II

− − −

×× × = × × = × ××

= × × × = × <×

6 6 6

4

10 ppm

mol 169 g 1.000 g2,80 10 2,80 10 473,2 10

L L 1.000 Lg

473,2 10 10 0,04732 10 ppm 10 ppm1.000 L1442443

III

× × ×× = × = × = × ×× ×

= × >10 ppm

g 1.000 g 1.000 1.000 g g0,009 0,009 0,009 900 10

mL L 1.000 L 1.000 L

900 10 ppm 10 ppm

1442443

QUESTÃO 42 Considere os dados termodinâmicos da reação abaixo, na tabela a seguir.

Substância CO 2NO 2CO NO

1fH (kJ mol )−∆ 110,5− 33,2 393,5− 90,3

Com base nesses dados, considere as seguintes afirmações sobre o deslocamento do equilíbrio químico dessa reação. I. O aumento da temperatura desloca no sentido dos produtos. II. O aumento da pressão desloca no sentido dos produtos.

III. A adição de 2CO desloca no sentido dos reagentes.

Quais estão corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas I e II. (E) I, II e III. [I] Incorreta. O aumento da temperatura desloca no sentido dos reagentes (reação endotérmica).

[ ] [ ]

− + − +

→+ +←

= −

= − + − − +

= −

+

(g) 2(g) 2(g) (g)

110,5 kJ 33,2 kJ 393,5 kJ 90,3 kJ

produtos reagentes

Exotérmica(favorecida pela diminuição da tempera

(g) 2(g)

1CO 1NO 1CO 1NO

H H H

H 393,5 90,3 110,5 33,2

H 225,9 kJ

CO NO

14243 14243 14243 14243

ΔΔΔ

→ + = −←tura

2(g) (g)Endotérmica(favorecida pela elevação da temperatura

CO NO H 225,9 kJ / molΔ

[II] Incorreta. A variação de pressão não desloca o equilíbrio.

→+ +←

→←

(g) 2(g) 2(g) (g)

2 volumes 2 volumes

1CO 1NO 1CO 1NO

2 volumes 2 volumes

144424443 144424443

[III] Correta. A adição de 2CO desloca no sentido dos reagentes.

→+ +←(g) 2(g) 2(g) (g)Deslocamentopara a esquerda Aumento de

concentração

CO NO CO NO14243

QUESTÃO 43 (Fuvest 2018) Um método largamente aplicado para evitar a corrosão em estruturas de aço enterradas no solo, como tanques e dutos, é a proteção catódica com um metal de sacrifício. Esse método consiste em conectar a estrutura a ser protegida, por meio de um fio condutor, a uma barra de um metal diferente e mais facilmente oxidável, que, com o passar do tempo, vai sendo corroído até que seja necessária sua substituição.

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3ª SÉRIE

Um experimento para identificar quais metais podem ser utilizados como metal de sacrifício consiste na adição de um pedaço de metal a diferentes soluções contendo sais de outros metais, conforme ilustrado, e cujos resultados são mostrados na tabela. O símbolo ( )+ indica que foi observada uma reação química e o ( )− indica que não se observou qualquer reação química.

Metal X

Soluções Estanho Alumínio Ferro Zinco

2SnCl + + +

3A Cl l − − −

3FeCl − + +

2ZnCl − + −

Da análise desses resultados, conclui-se que pode(m) ser utilizado(s) como metal(is) de sacrifício para tanques de aço: Note e adote: - o aço é uma liga metálica majoritariamente formada pelo elemento ferro.

(A) Al e Zn. (B) somente Sn.

(C) Al e Sn.

(D) somente A .l (E) Sn e Zn. Os metais de sacrifício devem apresentar menor potencial de redução ou maior potencial de oxidação do que o metal X a

ser protegido, ou seja, neste caso os cátions destes metais não devem reagir com o ferro presente no aço do tanque.

De acordo com a tabela alumínio (A )l e zinco (Zn) não reagem:

Soluções Cátions

presentes Ferro

2SnCl 2Sn + (reage)

3A Cl l 3A +l (não reage)

3FeCl 3Fe + (não interfere)

2ZnCl 2Zn + (não reage)

QUESTÃO 44 (Upf 2018) A seguir, está representada a fórmula estrutural do aspartame, substância utilizada como adoçante.

Sobre essa fórmula e sua estrutura química, são feitas as seguintes afirmações: I. Apresenta um anel aromático. II. Apresenta dois carbonos assimétricos.

III. Apresenta as funções éter e amina, entre outras.

IV. Apresenta nove carbonos com hibridização 2sp .

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3ª SÉRIE

Está correto o que se afirma em (A) I e II, apenas. (B) III e IV, apenas. (C) I, II, III e IV. (D) II e III, apenas. (E) I, II e IV, apenas. [I] Correto. Apresenta um anel aromático representado pelo símbolo Ph (Phenyl do nome em inglês).

[II] Correto. Apresenta dois carbonos assimétricos (carbonos ligados a quatro ligantes diferentes entre si).

[III] Incorreto. Apresenta as funções ácido carboxílico, amina, amida e éster.

[IV] Correto. Apresenta nove carbonos com hibridização 2sp .

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3ª SÉRIE

QUESTÃO 45 (Upf 2016)

Sobre os compostos A, B e C são fornecidas as seguintes afirmações.

3

2

2

A CH COOH

B C CH COOH

C C CHCOOH

===

l

l

I. O composto A tem maior caráter ácido do que o composto B, ou seja, A é um ácido mais forte do que B.

II. O valor de aK (constante de equilíbrio do ácido ou constante de ionização), em meio aquoso, a 25 C,° é maior no

composto C do que no composto A. III. Todos esses compostos, ao reagirem com uma solução aquosa de hidróxido de sódio, produzem os carboxilatos

correspondentes. IV. Todos esses compostos apresentam, em meio aquoso, a 25 C,° o mesmo valor de aK , porque todos são da mesma

função orgânica. Está correto apenas o que se afirma em: (A) I. (B) II. (C) II e III. (D) III e IV. (E) I e IV. Análise das afirmações:

[I] Incorreta: Os compostos B e C têm maior caráter ácido do que o composto A devido à presença do(s) átomo(s) de

cloro em sua estrutura (efeito indutivo).

[II] Correta: O valor de aK (constante de equilíbrio do ácido ou constante de ionização), em meio aquoso, a 25 C,° é maior

no composto C do que no composto A, devido à presença de dois átomos de cloro em sua estrutura do composto C.

[III] Correta: Todos esses compostos, ao reagirem com uma solução aquosa de hidróxido de sódio, produzem os carboxilatos

correspondentes:

3 3

2 2

2 2

CH COOH NaOH HOH CH COO Na

C CH COOH NaOH HOH C CH COO Na

C CHCOOH NaOH HOH C CHCOO Na

− +

− +

− +

+ → +

+ → +

+ → +

l l

l l

[IV] Incorreta: Esses compostos apresentam, em meio aquoso, a 25 C,° valores diferentes de aK , devido ao efeito indutivo

gerado pela presença do(s) átomo(s) de cloro.

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3ª SÉRIE

REDAÇÃO TEXTO 1 Bullying O bullying corresponde à prática de atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, cometidos por um ou mais agressores contra uma determinada vítima. Em outros termos, significa todo tipo de tortura física ou verbal que atormenta um grande número de vítimas no Brasil e no mundo. O termo em inglês "bullying" é derivado da palavra "bully" (tirano, brutal). Ainda que esse tipo de agressão tenha sempre existido, o termo foi cunhado na década de 70 pelo psicólogo sueco Dan Olweus O Bullying pode ocorrer em qualquer ambiente onde existe o contato interpessoal, seja no clube, na igreja, na própria família ou na escola. TEXTO 2 Um em cada dez estudantes brasileiros é vítima de bullying – anglicismo que se refere a atos de intimidação e violência física ou psicológica, geralmente em ambiente escolar. O dado foi divulgado esta semana pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2015. Especialistas, como a professora de psicologia Ciomara Shcneider, psicanalista de crianças e adolescentes, defendem que pais e escola devem estar atentos ao comportamento dos jovens e manter sempre abertos os canais de comunicação com eles. Para ela, o diálogo continua a ser a melhor arma contra esse tipo de violência, que pode causar efeitos devastadores em crianças e adolescentes. A Lei nº 13.185, em vigor desde 2016, classifica o bullying como intimidação sistemática, quando há violência física ou psicológica em atos de humilhação ou discriminação. A classificação também inclui ataques físicos, insultos, ameaças, comentários e apelidos pejorativos, entre outros. O bullying se diferencia das brigas comuns – as que chegam às vias de fato ou as que ficam apenas na discussão. Isso é considerado normal por Ciomara e chega, segundo ela, a fazer parte do desenvolvimento. O problema, afirma, é quando se torna algo rotineiro, em que um jovem ou grupo começa a perseguir um ou mais colegas. De acordo com Ciomara, crianças que têm um perfil mais retraído costumam ser as maiores vítimas. No geral, elas apresentam maior dificuldade para se expressar ou se abrir em casa ou na escola. O medo de piorar a situação, quando a chantagem costuma fazer parte das agressões, também contribui para o silêncio. “Os casos de bullying começam muito mais silenciosos e, por isso, são mais graves. Quem sofre a agressão não conta nem na escola nem na família, mas começa a mudar o comportamento”, explica. De acordo com ela, queda no rendimento escolar, faltas na escola e mudanças no comportamento são os sinais mais frequentes apresentados por quem sofre esse tipo de violência. Por isso, família e escola devem estar sempre atentos para os sinais que são apresentados pelos jovens. Os mesmos cuidados, alerta a psicóloga, valem para situações enfrentadas fora da escola, seja no mundo virtual – como em casos de cyberbullying –, na vizinhança onde moram ou nos locais que costumam frequentar. Assessoria de Comunicação Social

http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/34487

TEXTO 3 O aparente anonimato do mundo virtual pode fazer ainda mais vítimas de bullying do que no mundo real. É o chamado Cyberbullying. Pela internet as agressões se alastram numa velocidade que tornam o bullying ainda mais perverso e difícil de combater. No cinema, o cyberbullying foi mostrado de duas formas em As Melhores Coisas do Mundo, de Laís Bodanzky. Uma das personagens mantém um blog com fofocas e há ainda a troca de mensagens comprometedoras pelo celular. A foto de uma aluna numa pose sensual começa a circular sem sua autorização. Cyberbulling: a violência virtual TEXTO 4 O bullying é um fenômeno que pode deixar muitas marcas na vida de crianças e adolescentes. Para muitos educadores, uma excelente estratégia para combater esse mal, é a discussão da ética na escola, com os estudantes. Trabalhar constantemente valores como respeito, cooperação, tolerância, solidariedade e diálogo, pode ser a chave para prevenir agressões e resolver conflitos. TEXTO 5

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: O desafio de combater a prática de bullying nas escolas brasileiras. Apresente proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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3ª SÉRIE

RASCUNHO

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3ª SÉRIE

Número de Inscrição

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

11.

12.

13.

14.

15.

16.

17.

18.

19.

20.

21.

22.

23.

24.

25.

26.

27.

28.

29.

30.

CRITÉRIOS DE CORREÇÃO E AVALIAÇÃO

ESTÉTICA MODALIDADE ESCRITA

ORGANIZAÇÃO TEXTUAL

TIPOLOGIA TEXTUAL

CONHECIMENTO DE MUNDO

Rasuras 1 2 3 4

Caligrafia 1 2 3 4

Margens 1 2 3 4

Ortografia/acentuação 1 2 3 4

Pontuação 1 2 3 4

Concordância/regência 1 2 3 4

Vocabulário 1 2 3 4

Coerência 1 2 3 4

Coesão 1 2 3 4

Gênero textual 1 2 3 4

Paragrafação 1 2 3 4

Interpretação do tema 1 2 3 4

Originalidade 1 2 3 4

Conhecimentos escolares

1 2 3 4

Leituras/culturas geral 1 2 3 4